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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

GRUPO 2

CRISTIANY BARROS LUDWIG - RA: N2199B-0


GIOVANNA PEREIRA DE OLIVEIRA - RA: D30128-4
HENRIQUE RAMOS SEVER - RA: N169JJ-1
MARIA BEATRIZ IGNÁCIO MENDES - RA: N775FG-5
MURILO FILIETAZ DE VASTO URQUIZA - RA: D3923F-0
THAIS SANTOS DE ZOPPA - RA: N1253F-4

RELATÓRIO PARCIAL: Geração e idade: Descarte de Lixo em


Diferentes Contextos

SOROCABA
2019
CRISTIANY BARROS LUDWIG RA: N2199B0

GIOVANNA PEREIRA DE OLIVEIRA RA: D30128-4

HENRIQUE RAMOS SEVER RA: N169JJ-1

MARIA BEATRIZ IGNÁCIO MENDES RA: N775FG5

MURILO FILIETAZ DE VASTO URQUIZA RA: D3923F0

THAÍS SANTOS DE ZOPPA RA: N1253F-4

RELATÓRIO PARCIAL: Geração e idade: Descarte de Lixo em


Diferentes Contextos

Trabalho apresentado no curso de graduação em Psicologia da Universidade


Paulista – UNIP, referente a matéria de Práticas Sociais e Subjetividade

Orientador(a): Prof.ª Mariella Passarelli

SOROCABA

2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

1.1 DESCRIÇÃO DO FENÔMENO


4

1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO 6

1.3 CENÁRIO ATUAL 7

1.4 COMPREENSÕES DO FENÔMENO A PARTIR DO DISCURSO VEICULADO A


MÍDIA 11

2 PROCEDIMENTOS 13

2.1 PROCESSOS DE OBSERVAÇÃO


13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15
1. INTRODUÇÃO
Segundo Zygmund Bauman (2000), vivemos em uma Modernidade Líquida.
Uma modernidade fluida, que como uma solução líquida, sofre constante mudança e
não conserva sua forma por muito tempo. Essa modernidade é marcada por
mudanças, que alimenta a incerteza do futuro e deixa de ser estável e previsível.
Essa modernidade líquida surge para superar a Modernidade Sólida e podemos ter
como exemplos, alguns marcos que impulsionaram essa transição: o Capitalismo, o
Individualismo, Imediatismo tanto na forma de se viver, quanto nas relações e
interações. A incapacidade de manter a mesma identidade por muito tempo, marco
dessa nova modernidade, reforça um estado temporário e frágil das relações sociais
e dos laços humanos. O homem líquido acaba por viver numa comunidade de laços
individualizantes.
Nesta nova modernidade, com a “vitória do capitalismo”, com os reflexos do
grande crescimento da indústria, as coisas passam a ser instantâneas e
temporárias, o novo/moderno acaba sendo supervalorizado e a crescente criação de
novas necessidades e novos produtos para atenderem a elas. Ou seja, passamos
de uma sociedade de produção (Modernidade Sólida) para uma sociedade de
consumo (Modernidade Líquida). E consumir significa descartar também.
Numa sociedade de consumo exacerbado, com foco no individual e no prazer
instantâneo, onde relações e produtos são imediatos e rapidamente são
substituídos, e somente cresce o número de exploração de recursos naturais, como
é compreendido as sobras e os descartes nessa realidade? Uma sociedade que
valoriza o prazer momentâneo e substituição frequente de produtos entende as
consequências e os impactos que as sobras dessa modernidade podem causar?

1.1. Descrição do Fenômeno


Com essa indagação, o presente trabalho tem por objetivo, analisar, através
de pesquisa bibliográfica e observações em campo, como é realizado o descarte de
lixo em locais públicos. A escolha do tema foi influenciada pela reflexão que partiu
dos alunos sobre como a produção e o consumo desenfreado, reflexos do
capitalismo presente na sociedade gera impactos enormes no meio ambiente, para
melhor compreensão, basta olharmos para algumas estatísticas recentes:
 No Brasil, aproximadamente 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos
são produzidos por ano e somente 58% desses resíduos são descartados em
locais adequados (ABRELPE, 2016);
 O Brasil é o 4º maior gerador de resíduos sólidos no mundo (ABRELPE,
2016);
 Mundialmente, 2 bilhões de toneladas de lixo são produzidas por ano e 800
milhões são descartados em aterros (ONU, 2018);
 Uma pessoa produz, anualmente, 1,2 kg de lixo por dia (ONU, 2018).

Conforme a população mundial cresce, surge junto com esse crescimento o


aumento do nível de consumo e consequentemente a geração de lixo cresce
também. Quanto mais mercadoria é adquirida, mais embalagens e mais recursos
naturais utilizamos, por fim gerando mais lixo.
Poucos sabem, mas já chegamos ao esgotamento dos recursos naturais
disponíveis no nosso planeta e os níveis de contaminação e geração de resíduo
cresce cada dia mais. Segundo o portal G1: [...] Isso significa que, a partir de agora,
todos os recursos usados para a sobrevivência (água, mineração, extração de
petróleo, consumo de animais, plantio de alimentos com esgotamento do solo, entre
outros pontos) entrarão em uma espécie de "crédito negativo" para a humanidade.
(G1, 2019).
A era do consumismo criou de certa forma essa cultura onde consumimos
muito mais do que precisamos sem considerar os riscos que isso traz ao meio
ambiente. Se colocarmos os recursos naturais a disposição das exigências do
consumismo é um fato que o colapso ambiental será inevitável e irreversível, daí a
importância da consciência que se deve ter de consumir de forma sustentável,
explorando de maneira equilibrada os recursos naturais.
O consumidor consciente não deve apenas refletir sobre quais produtos
consumir e se tal objeto se faz necessário, mas também deve levar em consideração
sua forma de uso e de descarte com objetivo de evitar o desperdício sempre que
possível.

1.2. Caracterização do contexto


A produção excessiva de lixo e o descarte em locais incorretos é uma
característica natural da sociedade de consumo estabelecida com a consolidação do
fenômeno da globalização, como analisa o sociólogo polonês Zygmunt Bauman no
livro Modernidade Líquida. Para Bauman (2000), as pessoas passaram a gerar mais
lixo devido ao consumismo, já que a prioridade não é acumular bens, mas usá-los e
descartá-los, a fim de abrir espaço para as novidades do mercado.
A busca por essas novidades gera a rotatividade dos produtos, sendo
necessário o descarte constante dos resíduos. “Sustentamos uma visão equivocada
de que lixo é algo que não pode ser aproveitado e essa é uma ideia insustentável do
ponto de vista ambiental. As pessoas têm que aprender a não gerar lixo e o que for
gerado pode ser reutilizado ou reciclado antes de ir para o aterro”, sugere Moraes
(2007).
O fácil acesso à produtos de todos os tipos e para todas as necessidades é o
principal fator para esse aumento excessivo na produção de lixo, porém a falta de
consciência da sociedade gera grandes problemas ambientais. Bauman (2000)
afirma que vivemos em tempos líquidos, uma vez que o imediatismo predomina
sobre a preocupação com o futuro, ou seja, temos a necessidade de fazer o
descarte do lixo de imediato, nem que seja em local inapropriado, sem pensar nas
futuras consequências que isso irá gerar.
Além disso, a força que move o mundo globalizado é o capitalismo, que se
configura pela busca incessante de produção, pela expansão dos mercados e por
maiores lucros. Muitos avanços e melhorias de vida vêm sendo proporcionados às
pessoas, mas tudo tem o seu preço, e hoje quem é vítima desse sistema de
produção é o meio ambiente, pois esse é tido como ilimitado. O modelo de produção
capitalista para atingir seus objetivos precisa produzir e fazer circular seus produtos,
já os indivíduos consomem de forma desenfreada. Vivemos numa sociedade do
consumo, onde o descarte é marca fundamental, é fator que impulsiona o ciclo:
produzir-consumir-descartar. Por consequência, a quantidade de resíduo produzido
é alarmante. O crescimento populacional e o estilo de vida têm reflexos na
globalização, as cidades crescem desordenadas e os problemas ambientais
acompanham o mesmo ritmo. Devido as sobras desse consumo, o “luxo” das
cidades está sendo encoberto pelo seu próprio lixo. Precisamos refletir sobre o
nosso estilo de vida e de consumo, educar para uma vida sustentável e
principalmente contribuir para que se tenha cidades mais limpas, saudáveis e
agradáveis para viver.

1.3. Cenário atual


O consumidor consciente, seja no âmbito individual ou em grupo, pessoa,
empresa ou entidade social deve manter suas atitudes consolidadas em valores que
buscam contribuir para um mundo melhor. É aquele que valoriza e prioriza empresas
que se preocupam com o impacto ambiental na produção de seus produtos,
buscando a melhor solução entre preço, qualidade, sustentabilidade e atitude social.
É aquele que preza atitudes como a reciclagem por exemplo, que reaproveita
materiais como vidro, plástico, papel e metal, que consomem milhões de litros de
água e energia, demorando milhares de anos para se decompor em um aterro.
Sendo assim, viver de maneira sustentável é um desafio proposto a todos e
implica em poupar os recursos naturais, conter desperdício, diminuir geração de
resíduos, reutilizar e reciclar a maior quantidade possível de produtos e embalagens,
para assim conseguir harmonizar nossa relação com o planeta.
Podemos descrever os recursos naturais como sendo elementos da natureza
utilizados pela sociedade com o fim de desenvolver atividades econômicas, como a
produção de matéria prima para fabricação de produtos, geração de energia, entre
outras diversas atividades. Alguns exemplos desses recursos naturais são as
florestas, o solo, a água, os minerais, o vento, luz solar, petróleo, gás natural e etc.
Os recursos naturais podem ser subdivididos em duas categorias: os
renováveis e os não renováveis. Os recursos renováveis são aqueles que
apresentam a capacidade de se recompor naturalmente ou com o auxílio da
atividade humana, que são inesgotáveis, como por exemplo o vento e a luz solar. Já
os recursos naturais não renováveis são aqueles que são finitos, ou seja, que
podem cedo ou tarde acabar, aqueles que possuem um curto ou longo prazo de
duração, terão sua disponibilidade esgotada tais como o carvão, alumínio, ouro,
água potável entre outros. A falta desses recursos não renováveis causaria grande
impacto no estilo de vida da sociedade, sendo o principal, a água potável, fonte
indispensável para a sobrevivência não só do ser humano, mas como de todos os
seres vivos presente no planeta (PENA, Rodolfo F. Alves. Recursos Naturais. Alunos
Online, s.d.)
Recursos como o petróleo e o carvão responsáveis pela matriz energética
planetária (distribuição e geração de energia através de combustíveis fósseis)
segundo relatório publicado no World Energy Outlook (2010) afirma que a produção
de petróleo deve atingir o pico por volta de 2035, depois disso desaparecendo
consideravelmente. Não se sabe em qual velocidade, mas se pode afirmar uma
considerável diminuição. Já no caso do carvão já se tem até data estipulada para
seu desaparecimento, são estipulados, conforme o ritmo de consumo atual,119 anos
para que o recurso esteja inacessível no planeta.
A terras raras, compostas por 17 elementos químicos entre ele o metal e
elementos utilizados como por exemplo na fabricação de eletrônicos, podem causar
grande impacto caso seja exterminado (Esgotamento dos Recursos Naturais. Super
Interessante, 2012).
No caso do cobre, um dos metais mais utilizados pelo homem, está presente
em cabos elétricos, equipamentos eletrônicos, joias e etc. Ao contrário dos citados
anteriormente é reciclável, porém o aumento de seu uso tem sido tão exacerbado
nos últimos anos (Esgotamento dos Recursos Naturais. Super Interessante, 2012)
que se chegará a um patamar onde a capacidade humana de extraí-lo do solo será
menor que sua demanda por ele.
O gás natural utilizado em indústria e automóveis é mais um combustível
fóssil, por tanto finito. A previsão para sua extinção segundo dados da BP Statistical
World Review (2010) é de que ocorra antes do carvão, daqui a mais ou menos 45
anos (é importante lembrar que o estudo da BP leva em conta apenas as reservas
de gás natural confirmadas e com possibilidade futura de uso).
Esses são alguns exemplos de recursos finitos extremamente importante para
sobrevivência e cotidiano do ser humano, e como o uso não consciente desses
recursos tem afetado a natureza de forma direta e devastadora, de como o consumo
consciente é importante no que se diz respeito a preservação deles.
Com base nos riscos que extinção de recursos como os citados acima trazem
a vida humana o desenvolvimento sustentável passou a ser definido como “a
capacidade de satisfazer as necessidades presentes da humanidade sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias
necessidades” (REQUIÃO, Glauco. Os investimentos sustentáveis e responsáveis
no Brasil. Bem Paraná, 2019). A partir dessa premissa que novos paradigmas de
governança empresarial e indicadores sociais de sustentabilidade passaram a ser
construídos. Como consequência organizações foram fundadas com o objetivo de
incorporar preocupações ambientais nas ações do mercado, fazendo com que as
empresas passassem a se preocupar com questões socioambientais, mesmo que
no primeiro momento de forma distorcida pois ainda tinham o lucro como objetivo
principal.
Esse novo ideal criou um novo tipo de investimento entre as empresas, o ISR
– Investimento Sustentável e Responsável (REQUIÃO, Glauco. Os Investimentos
Sustentáveis e Responsáveis no Brasil. Bem Paraná, 2019).
Em 2006 a ONU lança os “Princípios para o Investimento Responsável – PRI”
com o objetivo de sensibilizar o mercado sobre questões ambientais e sociais. A
iniciativa contava com uma rede internacional de 1400 signatários distribuídos por
mais de 50 países (REQUIÃO, Glauco. Os Investimentos Sustentáveis e
Responsáveis no Brasil. Bem Paraná, 2019).
Um exemplo de empresa brasileira que adotou princípios e valores que se
preocupam com questões socioambientais é a CPFL (empresa de geração de
energia). Atualmente 95% da energia gerada pela empresa vem de fontes
renováveis, contando com seis usinas de biomassa e 15 parques eólicos
(BARBOSA, Vanessa. 21 empresas-modelo em sustentabilidade no guia exame
2012. Exame. 2014)
Mas no que se trata do âmbito individual de que modo então podemos
adaptar nosso cotidiano e adotar atitudes que visem preservar o meio ambiente e
seus recursos naturais? Tanto no individual como no coletivo esse é um tema que
gera diversas dúvidas, entre elas, e uma das mais famosa é a questão do descarte
de lixo, onde e qual a melhor maneira de realizá-lo.
“A coleta seletiva do lixo urbano tem se apresentado como uma alternativa na
solução dos problemas socioambientais locais, reduzindo o volume de resíduos
sólidos depositados nos aterros sanitários ou em lixões a céu aberto e
consequentemente no meio ambiente, minimizando a extração de recursos naturais
para fabricação de produtos diversos, além de atribuir maior tempo de vida útil aos
aterros (COELHO, 2009) ” (Lixo urbano, um problema social e responsabilidade de
todos).
Hoje em dia já são postas em prática diversas maneiras sustentáveis e
consciente do descarte de lixo como por exemplo a separação de lixo reciclável,
onde o lixo é dividido basicamente em três categorias: o lixo orgânico (restos de
comida e etc.), resíduos secos (composto em grande parte por materiais recicláveis)
e o lixo sanitário. Em uma situação ideal onde podemos contar com a coleta seletiva,
cada um desses resíduos teria um destinatário diferente, conforme sua composição.
Os resíduos orgânicos sendo direcionado a compostagem, as matérias recicláveis
para a reciclagem e os resíduos sanitários para os aterros sanitários.
Contudo isso não eliminaria o uso das tão famosas sacolas plásticas, certo?!
A alternativa disponível no mercado atualmente seria o grande saco plástico de 50
litros ou mais que suportaria a mesma quantidade de várias sacolinhas plásticas.
Sua utilização diminuiria, portanto, a quantidade de resíduos plásticos gerados.
Outra prática sustentável para utilização seria a inovação do bioplástico
(plástico feito a partir de material renovável) que poderá ser compostado juntamente
com os resíduos orgânicos (Alternativas Sustentáveis. Ministério do Meio Ambiente,
s.d)
Infelizmente, atualmente no cenário brasileiro são pouco os municípios que
oferecem esse tipo de coleta seletiva e sistemas de compostagens, mas há
alternativas como as cooperativas de catadores e a realização de composteiras
caseiras e comunitárias, por exemplo.
É uma batalha árdua, onde nos vemos obrigados a mudar hábitos enraizados
e adotar um novo tipo de vida no que se diz a respeito aos bens que consumimos.
Trata-se de uma ação coletiva a fim de preservarmos os meios inerentes a nossa
sobrevivência.

4. Compreensões do fenômeno a partir do discurso veiculado na mídia


Nos tempos atuais os meios de comunicação (televisão, celulares,
computadores e etc.) são a maneira mais fácil e direta de disseminar notícias,
tendências e os mais variados tipos de informações existentes, tendo um forte poder
de alcance já que seus meios estão espalhados por todo o mundo.
A mídia pode ser uma forte formadora de cultura, não sendo responsável por
vender o produto apenas, mas por gerar ideias e valores em uma sociedade. Nos
dias atuais temos a mídia controlando comportamento por meio de imagens que
representam ideais de felicidade, sucesso, beleza e etc.

Figura 1. Pesquisa no site Google (Brasil) sobre aumento de lixo no mundo. A pesquisa revela dados
e gráficos sobre o tema e faz referência ao programa Pnuma.
Fonte: Google, 2019.

Tendo como base seu alcance e seu poder de influenciar as pessoas,


podemos evidenciar dois aspectos que se relacionam diretamente a questão do
meio ambiente: o consumo exagerado e a produção de lixo que ele gera, uma vez
que a mídia é parte fundamental da cultura do consumismo na nossa sociedade, e
seu potencial no que se trata de conscientização da população, podendo usar seu
poder de alcance e sua capacidade de influência para tratar de problemas como o
descarte inapropriado de lixo, por exemplo. Sendo assim, temos nesse segundo
aspecto um forte meio de propagar informações, práticas sustentáveis, alerta de
recursos naturais finitos entre outras informações relacionadas a consciência
socioecológica.

Figura 2. Pesquisa no portal G1 sobre produção e reciclagem de lixo plástico. O site traz um ponto
importante da realidade ambiental brasileira.
FONTE: G1 Notícias.

Dessa maneira teríamos uma aliada no que se diz respeito a mudança de


cultura com o objetivo de tornar a sociedade cada vez mais consciente a respeito
dos fatores ambientais.
Inicialmente podemos definir como objetivo da mídia e dos canais de
comunicação três pontos básicos.
Em primeiro lugar ela tem a função de contribuir para a disseminação do
conceito de sustentabilidade, eliminando equívocos, como aqueles que associam os
problemas ecológicos apenas como tendo consequência no meio ambiente e não
diretamente na sua vida e cotidiano. Deve se abranger e incorporar junto a
sociedade fatores ambientais, socioculturais, políticos e econômicos. Deve-se fazer
entender como esses fatores permeiam todas as ações humanas.

Figura 3. Notícia do site Uol sobre o aumento do consumo e dos gastos no dia das crianças. A
imprensa ao mesmo tempo que divulga dados alarmantes sobre a realidade ambiental do Brasil,
continua a estimular o consumo e produção em excesso.
Fonte: Uol notícias

Figura 4. Notícia do G1 falando sobre um problema atual dessa realidade: o consumismo infantil. A
plataforma Youtube sofre constantes processos por conta da falta de responsabilidade com que os
produtores divulgam produtos e marcas, inclusive para o público mais jovem.
Fonte: G1 notícias.

Em segundo lugar essa comunicação deve ser comprometida com valores de


equidade, justiça social e liberdade. Conscientizar a população aos riscos inerentes
à prática do consumo não consciente, ao desperdício de recursos naturais e também
da desigualdade social. No que se diz respeito às desigualdades sociais, deve se
atentar aos direitos das minorias, das políticas públicas e obrigações do governo,
como saneamento básico e coleta seletiva de lixo.
E por fim a comunicação sustentável deve ser exercida de forma íntegra, não
temendo denunciar desvios e abusos cometidos por indivíduos ou organizações,
deve estar empenhada em resgatar o princípio da convivência harmônica e
solidariedade humana. Sendo assim ela se baseia, portanto, em contemplar a
sustentabilidade em sua integridade, não buscando resultados imediatos, mas sim
buscando reduzir danos e conscientizar a população.
2. PROCEDIMENTOS

O tema fora escolhido durante uma discussão em grupo, na qual optamos por
abordar um tema que mais chamava atenção de acordo com nossas respectivas
vivências.
Dito isto, decidimos pelo “descarte de lixo”, fato muito atual e de grande
ênfase na mídia que é constantemente colocado em pauta. Foram realizadas
observações, de no mínimo 1hr e no máximo 2hr, do cotidiano de pessoas em locais
estratégicos como praças, praças de alimentação, campus da universidade e locais
de grande circulação e consumo de forma que facilitasse a observação do
fenômeno. Tais observações, depois de realizadas, foram redigidas em forma de
texto descritivo, sempre preservando a visão desnaturalizada do cotidiano.
O fenômeno fora discutido e analisado em grupo até que chegássemos numa
conclusão sobre as observações realizadas, buscamos referências bibliográficas
com temáticas que dessem embasamento ao assunto abordado, que foram trazidas
durante as discussões com a professora em sala de aula. Também foram realizadas
pesquisas em artigos e web sites para dados e questões relacionadas a senso
comum.
Por último, foram utilizados programas da Microsoft como WinWord para a
confecção do trabalho escrito a ser entregue e PowerPoint para a criação da
apresentação em forma de slides.

2.1. Processos de observação


Observações de Cristiany Barros Ludwig: As observações foram feitas em
locais com boa circulação de pessoas (entrada de universidade, praça, ônibus e
terminal de ônibus), onde tenham comércios ou espaço para consumo, sempre
dando preferência a locais que tivessem uma lixeira por perto. A integrante sentava
em algum banco disponível, observava por 1 ou 2 horas, e depois anotava os pontos
mais importantes no aplicativo "Evernote". Fez a transcrição para o documento de
registros pelo software "Documentos Google".
Observações de Giovanna Pereira de Oliveira: As observações foram
realizadas em locais públicos e com grande circulação de pessoas (praça, pista de
skate, praça de alimentação e terminal de ônibus). A integrante sentava em um
banco disponível no espaço, observava durante 1 ou 2 horas, depois ia fazendo
anotações no celular, de tópicos que chamaram a sua atenção. A transcrição foi feita
utilizando o programa Word, no computador.
Observações de Henrique Ramos Sever: As observações foram realizadas
em locais com livre circulação de pessoas (praça de alimentação de shopping e
praça de eventos). O integrante sentava em algum banco disponível observava
durante algum tempo, não utilizou nenhum método de gravação durante ou após o
processo. Fez a transcrição na folha de registros utilizando o programa Word, no
computador.
Observação de Maria Beatriz Ignácio Mendes: As observações foram
realizadas em locais públicos e de livre circulação (praças, terminal de ônibus, frente
da universidade). A integrante sentava em algum banco disponível ou no chão e
fazia as suas observações durante 1 ou 2 horas, depois anotava em um caderno os
pontos que mais chamaram a sua atenção e fez as transcrições utilizando o
programa Word, no computador.
Observações de Murilo Filietaz de Vasto Urquiza: As observações foram
realizadas em praças públicas. O integrante sentava em bancos ou no gramado,
observava o fenômeno durante algumas horas e depois fez a transcrição utilizando o
programa Google, no computador.
Observações de Thais Santos de Zoppa: As observações foram realizadas
em locais público de livre circulação (praças, praças de alimentação e área externa
da universidade), a integrante se sentava em um banco disponível, observava
durante algumas horas, A transcrição foi feita utilizando o programa Word, no
computador.
REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS

ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2016. Associação


Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE). Panorama 2016.
Disponível em: <http://abrelpe.org.br/download-panorama-2016/.> Acesso em 27
set. 2019.

BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Edição eletrônica: julho de 2011. Ed:


Jorge Zahar Editor Ltda, 1999.

CERQUEIRA, Wagner. O que é Globalização? Mundo Educação, s.d.


Disponível em https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-que-
globalizacao.htm. Acesso em: 28 set. 2019

Esgotamento dos Recursos Naturais. Super Interessante, 2012. Disponivel


em: <https://exame.abril.com.br/negocios/21-empresas-lideres-em-sustentabilidade-
pelo-guia-exame-2012/>. Acesso em: 27 set. 2019

G1. Sobrecarga da Terra 2019: Planeta atinge esgotamento de recursos


naturais mais cedo em toda a série histórica. G1 Portal de Notícias. 2019.
Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/07/29/sobrecarga-da-
terra-2019-planeta-atinge-esgotamento-de-recursos-naturais-mais-cedo-em-toda-a-
serie-historica.ghtml>. Acesso em 29 set. 2019.

Meios para o controle do lixo gerado no Brasil. Redação Online, s.d.


Disponível em: https://redacaonline.com.br/temas-de-redacao/meios-para-o-controle-
do-lixo-gerado-no-brasil/194365. Acesso em: 28 set. 2019.

MOLINARI, Daniela. Entre o luxo e o lixo: desafios da sociedade de


consumo na gestão dos resíduos sólidos. Disponível em
<http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/4362>. Acesso em: 28
set. 2019.

NOVAES, Tássia. Produção desenfreada de lixo é herança da


globalização. Disponível em:
<https://ecoviagem.com.br/noticias/ambiente/reciclagem/producao-desenfreada-de-
lixo-e-heranca-da-globalizacao-7081.asp>. Acesso em: 28 set. 2019.

ONU BRASIL. Humanidade produz mais de 2 bilhões de toneladas de


lixo por ano. Organização das Nações Unidas Brasil. 2018. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/humanidade-produz-mais-de-2-bilhoes-de-toneladas-de-
lixo-por-ano-diz-onu-em-dia-mundial/> Acesso em 27 set. 2019.

PENA, Rodolfo F. Alves. Recursos Naturas. Alunos Online, s.d. Disponível


em: <https://alunosonline.uol.com.br/geografia/recursos-naturais.html>. Acesso em
27 set. 2019.
Repensando o consumo – a escola é sua. Ministério de Meio Ambiente, s.d.
Disponível em: <https://www.mma.gov.br/component/k2/item/7651.htm>. Acesso em
27 set. 2019.

REQUIÃO, Glauco. Os investimentos sustentáveis e responsáveis no


Brasil. Bem Paraná, 2019. Disponível em:
<https://www.bemparana.com.br/noticia/os-investimentos-sustentaveis-e-
responsaveis-no-brasil#.XY4KZNJKjIU>. Acesso em: 28 set. 2019.
.

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