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As dimensões não são formas fixas, nem anatômicas, fornecem objetos de intervenção
profissional, só existem em relação umas com as outras.
FUNÇÃO DO AS- Na realização das suas atribuições profissionais, o as intervem através das
políticas e ou serviços sociais, na criação de condições favorecedoras de reprodução da força
de trabalho ocupada e excedente, a partir das formas de regulação social capitaneadas pelo
Estado burguês, cuja natureza contraditória é permeável aos interesses da classe e ou
segmentos da classe trabalhadora.
Há uma relação estreita entre o cotidiano e a nossa intervenção. O cotidiano é uma mediação
elementar entre o particular e o universal e tem como características:
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-espontaneidade: Como as demandas profissionais são dadas de maneiras imediatas e quase
irrefletida, o exercício profissional passa a se restringir ao cumprimento de rotinas
institucionais, metas de produtividade e o profissional passa a responder mecanicamente no
âmbito das determinações da instituição. O espontâneo alinha-se ao imediatismo. Isso
infelizmente acaba resultando um conjunto de respostas profissionais rápidas, irrefletidas,
instrumentais, baseadas em analogias, experiências, senso comum, despecializadas, formais,
em obediência a leis e superiores, sem qualificação necessária para distinguir de respostas
atribuídas por leigos.
-imediaticidade
A pratica irrefletida, pragmática, estabelece uma radical distancia entre a elaboração teórica e
a intervenção profissional, ao mesmo tempo em que opera uma ruptura entre meios e fins,
fortalece a concepção de que não importam os meios, desde que os fins sejam alcançados.
DIMENSÃO INVESTIGATIVA: é uma mediação fundamental, que permite uma revisão dos
fundamentos técnicos, teóricos e ético políticos que orientam a profissão, conduzindo seu
avanço no sentido de que aponta tendências e permite uma antecipação , a reconstituição de
objetos de intervenção, a reconfiguração das demandas. É através dessa dimensão que se
pode fazer a critica ontológica do cotidiano, permite a produção de conhecimento voltados
para os interesses dos setores populares que são usuários das instituições. É através dessa
dimensão que os AS SERÃO OS RESPONSAVEIS POR FACILITAR OU NÃO O ACESSO DA
POPULAÇÃO AOS SERVIÇOS SOCIAIS.
Iamamoto (1992) diz que o AS é solicitado não tanto pelo carater proriamente técnico
especializado de suas ações, mas antes e basicamente, por suas funções de cunho educativo,
moralizador e disciplinador... o AS aparece como profissional de coerção e do consenso, cuja
ação recai em um campo político.
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Toda intervenção profissional é uma ação teleológica que implica uma esco,lha consciente das
alternativas objetivamente dadas e a elaboração de um projeto no qual o profissional lança
luzes sobre fins visados e busca-se os meios que permitem o AS escolherem os que são mais
adequados.
Mesmo no exercício profissional incidindo no cotidiano das classes sociais na busca de sua
modificação, ainda que em caráter emergencial, imediato e pontual, não alcança
determinações estruturais, resultando na reincidência da demanda, que em geral é remetida a
responsabilidade dos próprios sujeitos.
Ainda que se trate de uma profissão interventiva, cabe resgatar a natureza teórico e
investigativa das atribuições privativas e competências profissionais, de modo que o SS tem se
apropriado das ciências sociais, e daí retirando e reformulando um conjunto de modos de
operar necessários a concretização de suas ações, lançando mão de um referencial nosso,
eclético.
Há uma imagem social da profissão, bem como na sua autoimagem, uma incorporação da
noção de o SS como técnica social ou tecnologia destinada a solucionar problemas imediatos
no sentido de administrar conflitos adaptar indivíduos ao meio e construir AA sociedade
adequada as necessidades e interesse da ordem burguesa. Neste âmbito, conhecimentos e
valores acabam submidos ao fazer imediato do AS, o que os torna reféns da razão
instrumental.
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intervenção no cotidiano da vida dos usuários. Dentre as diversas expressões desta
racionalidade, podemos identificar a tendência de classificar e categorizar a condição social
dos sujeitos, para serem inseridos em uma das políticas/programas sociais fragmentados,
demandará a utilização de instrumentos específicos (no eterno retorno as práticas de caso,
grupo e comunidade). Isso tbm reflete na utilização Do instrumental tradicional,
principalmente nas entrevistas e nas visitas domiciliares, na medida em que ao utilizar esses
instrumentos, o profissional adota o perfil fiscalizador.
A profissão não se explica por si mesma, e por isso, necessita da analise lógica do estagio do
desenvolvimento do capitalismo, das relações sociais do modelo de Estado , da condição de
política social. Tais ações absorvem o exercício profissional, convertendo-o e o reduzindo a um
conjunto de ações instrumentais, visando a fins imediatos. Exemplo disso é o BPC, averiguação
de condicionalidades e a verdade de informações.