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(Engº Mecânico)
2. A ÉTICA, A DEONTOLOGIA E O
ASSOCIATIVISMO PROFISSIONAL
2.1. A ética e a deontologia profissionais
Segundo Hankinson (1996), do Grego “ethiké” e do latim
“ethica” (ciência relativa aos costumes), a Ética é um ramo
de Filosofia que tem por objectivos o estudo do que
destingue o bem do mal, o comportamento correcto do
incorrecto. E os princípios éticos constituem directrizes
pelas quais o Homem rege o seu comportamento, tendo em
vista uma filosofia moral dignificante.
Direitos individuais:
São reconhecidos os direitos individuais universais aos
profissionais de engenharia, suas modalidades e
especializações, designadamente:
à liberdade de escolha da especialização profissionais;
à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas
de expressão;
ao uso do título profissional;
à justa remuneração proporcional à sua capacidade, grau
de complexidade, risco, experiência e especialização
requeridas por suas tarefas;
ao provimento de meios e condições de trabalho dignos,
eficazes e seguros;
à recusa ou interrupção de trabalho, contrato, emprego,
função ou tarefa quando julgar incompatível com a sua
especialização, capacidade ou dignidade pessoais;
à protecção do seu título, de sues contratos e de seu
trabalho;
à protecção da sua propriedade intelectual;
à competição honesta no mercado de trabalho;
à liberdade de associar-se à organismos profissionais;
2.2.5. Infracção ética
Constitui infracção ética todo acto cometido pelo
engenheiro, no exercício das suas funções, que:
atente contra os princípios éticos,
viole os deveres profissionais;
pratique condutas expressamente vedadas, ou
lese direitos reconhecidos de outrem.
Entretanto, a tipificação da infracção ética para efeitos
de processos disciplinares é geralmente estabelecida,
pelos organismos profissionais, a partir dos respectivos
códigos deontológicos, na forma que a lei determinar.
2.3. O associativismo profissional
Existem três factores que diferenciam um grupo
profissional de uma sociedade ou de um clube, a saber:
Os membros admitidos num grupo profissional são
exigidos a possuir um certo grau académico;
Os padrões de desempenho, éticos e técnicos, dos
membros dum grupo profissional são específicos; e
Os corpos gerentes dos grupos profissionais são criados
para orientar as actividades e regulamentar os padrões de
desempenho dos seus membros.
Segundo Markel (1993), na sociedade moderna, as
profissões são caracterizadas por seus próprios perfis, pelo
saber científico e tecnológico que incorporam as expressões
técnicas e artísticas que utilizam, os resultados sociais e
económicos e impactos ambientais do trabalho que
realizam. E os profissionais são os detentores do saber
especializado de suas profissões e os sujeitos provocativos
do desenvolvimento.
Além disso, os objectivos e a acção dos profissionais são,
geralmente, voltadas para o bem estar da humanidade e o
desenvolvimento do Homem, em seu ambiente e na sua
diversa dimensão, como:
indivíduo e/ou família;
comunidade e/ou sociedade; e
nação e/ou humanidade.
“Artigo 5 (Atribuições)”
a) A Ordem dos Engenheiros tem como atribuições:
b) liderar o progresso da engenharia pondo-a ao serviço do
desenvolvimento nacional;
c) registar e acreditar os engenheiros que querem exercitar a engenharia em
Moçambique;
d) zelar pelo cumprimento das regras de ética profissional e o nível de
qualificação profissional dos engenheiros;
e) defender os interesses, direitos e prerrogativas dos seus membros;
f) zelar pela função social, dignidade e prestígio da profissão de
engenheiro;
g) fomentar o desenvolvimento de ensino e investigação da
engenharia;
h) promover, organizar e apoiar a formação contínua dos seus
membros e outros técnicos de engenharia;
i) contribuir para a estruturação das carreiras de dos engenheiros;
j) atribuir e proteger o título profissional de engenheiro,
promovendo o procedimento judicial contra quem o use ou exerça
ilegalmente;
k) promover a cooperação e solidariedade entre os seus membros;
l) prestar colaboração técnica e científica solicitada por quaisquer
entidades, públicas ou privadas, quando exista interesse público;
m) desenvolver relações com outras ordens e associações afins,
nacionais e estrangeiras, podendo aderir a uniões e federações
internacionais;
n. exercer jurisdição disciplinar sobre os engenheiros;
o. zelar pela qualidade e segurança dos estudos, projectos e obras
de engenharia;
p. apoiar o Governo, tecendo pareceres sobre projectos de
desenvolvimento de infra-estruturas públicas, licenciamento
de empreiteiros para obras públicas, contratação de
engenheiros estrangeiros e sobre outros assuntos relacionados
com a engenharia, desde que haja interesse público;
q. exercer as outras funções que resultem da lei e das disposições
deste Estatuto.