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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 2

2. Objectivos ................................................................................................................................ 3

3. Código de ética do Engenheiro Moçambicano ........................................................................ 4

4. Código de ética do Engenheiro Português ............................................................................... 6

5. Comparação entre o código de ética do Engenheiro Português e Moçambicano .................... 9

5.1 Quanto aos deveres do Engenheiro para com a comunidade ........................................... 9

5.2 Quanto aos deveres do Engenheiro para com a entidade ............................................... 10

5.3 Quanto aos deveres do Engenheiro no exercício da sua profissão ................................. 11

5.4 Quanto aos deveres recíprocos dos Engenheiros ........................................................... 12

6. Conclusão .............................................................................................................................. 13

7. Bibliografia ............................................................................................................................ 14
1. Introdução

Por todo tempo em que a humanidade tem vivido em grupos, sociedade, a regulamentação moral
tem sido necessária para o bem-estar desses grupos. A ética é um conjunto de princípios ou
padrões pelos quais se pauta o comportamento e conduta humana. A ética regula e equilibra o
comportamento humano, e por isso um código ético é muito importante e se faz necessária em
toda parte, principalmente para um profissional de Engenharia. O Engenheiro, no exercício da
sua profissão cria impactos na qualidade de vida das pessoas, ambiente e em todos os sectores de
economia. Por isso, exige-se aos Engenheiros um comportamento ético impecável para garantir o
sucesso da sua profissão e impedir situações de corrupção, e actividades anti-éticas que podem
ser consideravelmente drásticas para o meio ambiente e para o homem. A ética deve acompanhar
todas as tomadas de decisões em projectos ou em serviços realizados por um profissional de
engenharia.
2. Objectivos

Geral: Comparar o código de ética do Engenheiro Moçambicano e Português;

Específicos:

Descrever os códigos de ética dos Engenheiros Moçambicanos e Portugueses;


Apresentar as semelhanças e diferenças entre os códigos de ética do engenheiro
Moçambicano e Português.
3. Código de ética do Engenheiro Moçambicano

O Código Deontológico da Ordem dos Engenheiros de Moçambique tem por objectivo manter
padrões elevados de conduta pessoal e profissional dos Engenheiros e garantir um
comportamento ético no exercício das suas actividades de forma a dar resposta cabal à
responsabilidade social dos Engenheiros perante a sociedade, a nação e o mundo, e fazer todos
os esforços para combater a corrupção sob qualquer forma e a qualquer nível.

O Código Deontológico aplica-se a todos os membros da Ordem dos Engenheiros de


Moçambique independentemente da categoria ou nível dos mesmos e do país em que se
encontrem. Nestes termos, ao abrigo do artigo 64, nº2 dos Estatutos da Ordem dos Engenheiros
de Moçambique, a Assembleia Geral determina para todos os seus membros:

A. Deveres do Engenheiro para com a comunidade

1. O Engenheiro deve procurar as melhores soluções técnicas, ponderando a economia e a


qualidade do produto sob sua responsabilidade.

2. O Engenheiro deve defender a saúde pública, o ambiente e a utilização racional dos recursos
naturais.

3. O Engenheiro deve garantir a segurança do pessoal executante das obras, dos utentes das
mesmas e do público em geral.

4. O Engenheiro deve opor-se à utilização fraudulenta, ou contrária ao bem comum, do seu


trabalho.

B. Deveres do Engenheiro para com a entidade empregadora

1. O Engenheiro deve contribuir para a realização dos objectivos económicos e sociais das
organizações em que se integra, promovendo o aumento da produtividade, a melhoria da
qualidade dos produtos e das condições de trabalho.
2. O Engenheiro deve respeitar o segredo profissional e de informações confidenciais obtidas no
exercício das funções, salvo se, em consciência, considerar poderem estar em sério risco
exigências de bem comum e interesse público, e nunca em benefício próprio.

3. O Engenheiro só deve responsabilizar-se e ser pago pelos serviços que tenha efectivamente
prestado e tendo em atenção o seu justo valor.

4. O Engenheiro deve recusar a sua colaboração em trabalhos que impliquem situações


ambíguas ou de conflitos de interesse.

C. Deveres do Engenheiro no exercício da profissão

1. O Engenheiro deve executar o seu trabalho com competência, honestidade, empenho,


objectividade e isenção.

2. O Engenheiro só deve aceitar trabalhos para os quais seja competente e tenha disponibilidade.

3. O Engenheiro deve pugnar pelo prestígio da profissão e impor-se pelo valor da sua
colaboração e por uma conduta irrepreensível, usando sempre de boa fé, lealdade e isenção, quer
actuando em associação quer individualmente.

4. O Engenheiro deve opor-se a qualquer concorrência desleal.

5. O Engenheiro deve usar da maior sobriedade nos anúncios profissionais que fizer ou autorizar.

6. O Engenheiro deve desenvolver o seu conhecimento profissional, procurando manterse


permanentemente actualizado.

D. Dos deveres recíprocos dos Engenheiros

1. O Engenheiro não deve prejudicar a reputação profissional ou as actividades profissionais de


colegas, devendo, quando chamado a apreciá-los, fazê-lo com elevação e salvaguardando a
dignidade da classe.
2. O Engenheiro deve recusar substituir outro engenheiro, numa posição contratual ou em
negociação, só o fazendo quando as razões dessa substituição forem correctas e dando ao colega
a necessária satisfação.

3. O Engenheiro deve apoiar na medida das suas possibilidades a formação, treino e


desenvolvimento profissionais de outros engenheiros.

4. O Engenheiro deve contribuir para a boa reputação da Ordem dos Engenheiros de


Moçambique e para o alargamento da sua influência.

5. O Engenheiro deve informar a Ordem de qualquer ofensa criminal ou acto de corrupção ou


desvio das regras definidas neste Código Deontológico e nos Estatutos levados a cabo por outro
Engenheiro e de que tenha conhecimento.

4. Código de ética do Engenheiro Português

Segundo a (Ordem dos Engenheiros de Portugal, 2002), os deveres decorrentes do exercício da


actividade profissional são:

A. Deveres do Engenheiro para com a comunidade

1 - É dever fundamental do engenheiro possuir uma boa preparação, de modo a desempenhar


com competência as suas funções e contribuir para o progresso da engenharia e da sua melhor
aplicação ao serviço da Humanidade.

2 - O engenheiro deve defender o ambiente e os recursos naturais.

3 - O engenheiro deve garantir a segurança do pessoal executante, dos utentes e do público em


geral.

4 - O engenheiro deve opor-se à utilização fraudulenta, ou contrária ao bem comum, do seu


trabalho.

5 - O engenheiro deve procurar as melhores soluções técnicas, ponderando a economia e a


qualidade da produção ou das obras que projectar, dirigir ou organizar.
B. Deveres do Engenheiro para com a entidade empregadora

1 - O engenheiro deve contribuir para a realização dos objectivos económico-sociais das


organizações em que se integre, promovendo o aumento da produtividade, a melhoria da
qualidade dos produtos e das condições de trabalho com o justo tratamento das pessoas.

2 - O engenheiro deve prestar os seus serviços com diligência e pontualidade de modo a não
prejudicar o cliente nem terceiros nunca abandonando, sem justificação os trabalhos que lhe
forem confiados ou os cargos que desempenhar.

3 - O engenheiro não deve divulgar nem utilizar segredos profissionais ou informações, em


especial as científicas a técnicas obtidas confidencialmente no exercício das suas funções, salvo
se, em consciência, considerar poderem estar em sério risco exigências do bem comum.

4 - O engenheiro só deve pagar-se pelos serviços que tenha efectivamente prestado e tendo em
atenção o seu justo valor.

5 - O engenheiro deve recusar a sua colaboração em trabalhos cujo pagamento esteja


subordinado à confirmação de uma conclusão predeterminada. Embora esta circunstância possa
influir na fixação da remuneração.

6 - O engenheiro deve recusar compensações de mais de um interessado no seu trabalho quando


possa haver conflitos de interesses ou não haja o consentimento de qualquer das partes.

C. Deveres do Engenheiro no exercício da profissão

1 - O engenheiro, na sua actividade associativa profissional, deve pugnar pelo prestígio da


profissão e impor-se pelo valor da sua colaboração e por uma conduta irrepreensível, usando
sempre de boa fé, lealdade e isenção, quer actuando individualmente, quer colectivamente.

2 - O engenheiro deve opor-se a qualquer concorrência desleal.

3 - O engenheiro deve usar da maior sobriedade nos anúncios profissionais que fizer ou
autorizar. 4 - O engenheiro não deve aceitar trabalhos ou exercer funções que ultrapassem a sua
competência ou exijam mais tempo do que aquele de que disponha.
5 - O engenheiro só deve assinar pareceres, projectos ou outros trabalhos profissionais de que
seja autor ou colaborador.

6 - O engenheiro deve emitir os seus pareceres profissionais com objectividade e isenção.

7 - O engenheiro deve, no exercício de funções públicas, na empresa e nos trabalhos ou serviços


em que desempenhar a sua actividade, actuar com a maior correcção, de forma a obstar a
discriminações ou desconsiderações.

8 - O engenheiro deve recusar a sua colaboração em trabalhos sobre os quais tenha de se


pronunciar no exercício de diferentes funções ou que impliquem situações ambíguas.

D. Dos deveres recíprocos dos Engenheiros

1 - O engenheiro deve avaliar com objectividade o trabalho dos seus colaboradores, contribuindo
para a sua valorização e promoção profissionais.

2 - O engenheiro apenas deve reivindicar o direito de autor quando a originalidade e a


importância relativas da sua contribuição o justifiquem, exercendo esse direito com 7 respeito
pela propriedade intelectual de outrem e com as limitações impostas pelo bem comum.

3 - O engenheiro deve prestar aos colegas, desde que solicitada, toda a colaboração possível.

4 - O engenheiro não deve prejudicar a reputação profissional ou as actividades profissionais de


colegas, nem deixar que sejam menosprezados os seus trabalhos, devendo quando necessário,
apreciá-los com elevação a sempre com salvaguarda da dignidade da classe.

5 - O engenheiro deve recusar substituir outro engenheiro, só o fazendo quando as razões dessa
substituição forem correctas e dando ao colega a necessária satisfação.
5. Comparação entre o código de ética do Engenheiro Português e Moçambicano

A Ordem dos Engenheiros Portugueses passou a exigir aos candidatos a novos membros a
frequência obrigatória, com aproveitamento, de um “curso de formação em ética e deontologia
profissional” enquanto que a Ordem dos Engenheiros Moçambicanos não exige frequência
obrigatória.

5.1 Quanto aos deveres do Engenheiro para com a comunidade

Semelhanças

O engenheiro deve procurar as melhores soluções técnicas, ponderando a economia e a


qualidade da produção ou das obras que projectar, dirigir ou organizar;
O engenheiro deve garantir a segurança do pessoal executante, dos utentes e do público
em geral;
O engenheiro deve opor-se à utilização fraudulenta, ou contrária ao bem comum, do seu
trabalho;
O engenheiro deve defender o ambiente e os recursos naturais.

Diferenças

Neste subcapítulo o código Português inclui:

É dever fundamental do engenheiro possuir um boa preparação, de modo a desempenhar


com competência as suas funções e contribuir para o progresso da engenharia e da sua
melhor aplicação ao serviço da Humanidade.

E o código Moçambicano inclui :

O Engenheiro deve procurar as melhores soluções técnicas, ponderando a economia e a


qualidade do produto sob sua responsabilidade.
5.2 Quanto aos deveres do Engenheiro para com a entidade

Semelhanças
O engenheiro deve contribuir para a realização dos objectivos económico-sociais das
organizações em que se integre, promovendo o aumento da produtividade, a melhoria da
qualidade dos produtos e das condições de trabalho com o justo tratamento das pessoas;
O engenheiro não deve divulgar nem utilizar segredos profissionais ou informações, em
especial as científicas a técnicas obtidas confidencialmente no exercício das suas funções,
salvo se, em consciência, considerar poderem estar em sério risco exigências do bem
comum;
O engenheiro só deve pagar-se pelos serviços que tenha efectivamente prestado e tendo
em atenção o seu justo valor;
O engenheiro deve recusar compensações de mais de um interessado no seu trabalho
quando possa haver conflitos de interesses ou não haja o consentimento de qualquer das
partes.

Diferenças

Neste subcapítulo a diferença reside no facto do código Português ter dois pontos a mais do que
o código Moçambicano que são:

O Engenheiro deve prestar os seus serviços com diligência e pontualidade, de modo a não
prejudicar o cliente nem terceiros, nunca abandonando, sem justificação, os trabalhos que
lhe forem confiados ou os cargos que desempenhar;

O Engenheiro deve recusar a sua colaboração em trabalhos cujo pagamento esteja


subordinado à confirmação de uma conclusão predeterminada, embora esta circunstância
possa influir na fixação da remuneração.
5.3 Quanto aos deveres do Engenheiro no exercício da sua profissão

Semelhanças

O engenheiro, na sua actividade associativa profissional, deve pugnar pelo prestígio da


profissão e impor-se pelo valor da sua colaboração e por uma conduta 9 irrepreensível,
usando sempre de boa fé, lealdade e isenção, quer actuando individualmente, quer
colectivamente;
O engenheiro deve opor-se a qualquer concorrência desleal;
O engenheiro deve usar da maior sobriedade nos anúncios profissionais que fizer ou
autorizar;
O engenheiro não deve aceitar trabalhos ou exercer funções que ultrapassem a sua
competência ou exijam mais tempo do que aquele de que disponha.

Diferenças.

O código de ética do engenheiro Moçambicano inclui:

O Engenheiro deve executar o seu trabalho com competência, honestidade, empenho,


objectividade e isenção;
O Engenheiro deve desenvolver o seu conhecimento profissional, procurando manter-se
permanentemente actualizado.

O código de ética do engenheiro Português inclui:

O engenheiro só deve assinar pareceres, projectos ou outros trabalhos profissionais de


que seja autor ou colaborador;
O engenheiro deve, no exercício de funções públicas, na empresa e nos trabalhos ou
serviços em que desempenhar a sua actividade, actuar com a maior correcção e de forma
a obstar a discriminações ou desconsiderações;
O engenheiro deve recusar a sua colaboração em trabalhos sobre os quais tenha de se
pronunciar no exercício de diferentes funções ou que impliquem situações ambíguas;
O engenheiro deve emitir os seus pareceres profissionais com objectividade e isenção.
5.4 Quanto aos deveres recíprocos dos Engenheiros

Semelhanças

O engenheiro deve avaliar com objectividade o trabalho dos seus colaboradores,


contribuindo para a sua valorização e promoção profissionais;
O engenheiro não deve prejudicar a reputação profissional ou as actividades profissionais
de colegas, nem deixar que sejam menosprezados os seus trabalhos, devendo quando
necessário, apreciá-los com elevação a sempre com salvaguarda da dignidade da classe;
O engenheiro deve recusar substituir outro engenheiro, só o fazendo quando as razões
dessa substituição forem correctas e dando ao colega a necessária satisfação.

Diferenças

Neste subcapítulo a diferença reside no facto do código Português conter dois pontos que o
codigo Moçambicano não inclui que são:

O engenheiro deve avaliar com objectividade o trabalho dos seus colaboradores,


contribuindo para a sua valorização e promoção profissionais;
O engenheiro apenas deve reivindicar o direito de autor quando a originalidade e a
importância relativas da sua contribuição o justifiquem, exercendo esse direito com
respeito pela propriedade intelectual de outrem e com as limitações impostas pelo bem
comum.

Enquanto que o código Moçambicano contem:

O Engenheiro deve contribuir para a boa reputação da Ordem dos Engenheiros de


Moçambique e para o alargamento da sua influência;
O Engenheiro deve informar a Ordem de qualquer ofensa criminal ou acto de corrupção
ou desvio das regras definidas neste Código Deontológico e nos Estatutos levados a cabo
por outro Engenheiro e de que tenha conhecimento;
O Engenheiro deve apoiar na medida das suas possibilidades a formação, treino e
desenvolvimento profissionais de outros engenheiros.
6. Conclusão

Após a realização do presente trabalho pode se concluir que o codigo de etica dos Engenheiros
Portugueses é muito semelhante ao codigo dos Engenheiros Moçambicanos, pese embora que
apresentam algumas diferenças, o que nos levam a dizer que a Profissão de Engenheiro em
qualquer canto do Mundo que ela tem como finalidade desenvolver actividades que visam
impulsionar a economia de um pais e salvaguardar o meio ambiente.
7. Bibliografia

 Código de ética dos Engenheiros Moçambicanos


 Código de ética dos Engenheiros Portugueses

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