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Ética e Legislação

Profissional_Arquitetura
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APRESENTAÇÃO

A disciplina tem como principal foco a abordagem das Legislações que incidem sobre a prática da
profissão da Arquitetura e Urbanismo no Brasil e de projetos e execução de obras no país.

O CAU, desde sua instituição em 2010, por meio da Lei 12.378/10 e Resoluções complementares,
regulamenta e orienta o exercício da profissão no país.

As Leis Federais, Estaduais/Distritais, Municipais/Regionais Administrativas de parcelamento, uso e


ocupação do solo, código de obras e outras, complementam um vasto universo de leis a ser atendido na
elaboração de projetos de arquitetura e urbanismo.

Já a NBR 13.532/95 e a NR 18/1978 orientam e disciplinam os escopos de tarefas de arquitetura e


urbanismo e as condições de saúde e ambiente de trabalho na indústria de construção civil, respectivamente.

Com base nesse conjunto de leis citados, também será possível elaborar estudos de viabilidade
de arquitetura e urbanismo para estimativa de valor de obra (com base em índice CUB) e honorários
profissionais de arquitetura e urbanismo.

Diversos desafios conceituais se apresentam presentes nas nossas vidas, os quais refletem situações
práticas em que indivíduos devem reagir com base em seu próprio repertório, mas também sempre
avaliando consequências que terão nas vidas dos outros:

• Ontem fiz uma promessa a um amigo e sei que ela me causará problemas financeiros... Devo
cumpri-la (fala o ditado popular que “toda promessa é dívida”)?

• O soldado por cumprir ordens mata uma pessoa numa guerra... Ele pode ser julgado e condenado (um
soldado tem em seu regulamento fundamental o dever de cumprir as ordens de seus superiores)?

• Um aluno está assinando a lista de presença por outro... Devo denunciá-lo ao professor (assumir
a identidade de outra pessoa é crime de falsidade ideológica)?

Na solução dessas situações, os indivíduos se defrontam com a necessidade de pautar o seu


comportamento em regras que julgam mais apropriadas ou mais dignas para serem cumpridas. Essa
dignidade se baseia na moral de cada indivíduo.

Nesses casos dizemos que se age de modo moralmente adequado quando...

... “ele agiu bem naquelas circunstâncias!”

Os homens não só agem moralmente, mas também refletem sobre a prática desse comportamento e
o tomam como objeto de sua reflexão. Ao se pensar se passa da prática da moral para a teoria da moral
e essa teoria moral se dá o nome de Ética.

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É, portanto, ética qualquer situação teórica em que o indivíduo tem de avaliar suas ações e relações
para com grupos e fatos que impliquem em suas futuras atitudes perante seus pares.

É inútil recorrer à ética buscando um manual de boa conduta e de soluções para situações concretas.
A solução dos problemas de relacionamento é de ordem prática e, portanto, não teórico...

... Porém o embasamento teórico que faz a discussão do problema com todas suas possíveis
consequências a esse ou a seu objeto são sim campo da ética!

É muito comum que o ser humano busque se relacionar com pessoas de mesma formação e com
afinidades sociais, financeiras e de diversas outras características que proporcionem o sentimento de
identidade entre seus componentes. Os “grupos sociais” são a forma mais básica de associação humana!

O que difere os grupos sociais dos chamados “agregados sociais” é justamente a forma de interação
entre as pessoas, ou seja, uma multidão numa passeata corresponde a um agregado social e não
necessariamente a um grupo social, visto que compartilham, de alguma forma, um ideal, uma curiosidade.

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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

Unidade I
1. A ÉTICA NA SOCIEDADE ATUAL

Desde nosso nascimento nos é ensinado o que é certo e errado e a partir daí reproduzimos valores
impostos pela sociedade. Isso quer dizer que agimos conforme regras impostas, sendo recompensados
quando seguimos as regras e castigados quando as infringimos. Mesmo assim, somos livres para agirmos
dentro dos limites impostos pela ética e pela moral. Essa liberdade parte do princípio do respeito aos
direitos alheios.

Entretanto, na vida prática não existe o respeito ao homem em si, o que existe na consciência
humana é o respeito a si mesmo, a busca constante para si próprio. Não nos faltam exemplos em
nossa vida cotidiana; todos nos deparamos e ouvimos nos noticiários comportamentos reprováveis e aí
pensamos: será que ainda há uma sociedade que valoriza princípios éticos e morais? Se esses valores se
perdem, que tipo de sociedade teremos ou o que podemos esperar das futuras gerações?

Avaliando as responsabilidades pessoais – lei é toda regra jurídica, escrita ou não. Aqui, ela abrange
os costumes e todas as normas formalmente produzidas pelo Estado, que servem para ligar os fatos ou
os acontecimentos à ordem e à paz social.

Semelhanças:

• A lei e a ética resultam de um caráter histórico e social que se orienta por valores próprios de uma
determinada sociedade.

Diferenças:

• Ética é mais informal, enquanto que a lei é formal, escrita e promulgada.

• A ética pode apresentar variações para um mesmo grupo, enquanto a Lei é única para todos.

• A falta de ética pode gerar uma rejeição do grupo social, o descumprimento da lei gera
obrigatoriamente uma penalidade.

Legislação profissional

É a lei que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo, cria o Conselho de Arquitetura e


Urbanismo do Brasil – CAU/BR – e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito
Federal – CAU – e dá outras providências.

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Unidade I

“[...] orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo, zelar pela fiel
observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar
pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo” (§ 1º, do art. 24, da Lei 12.378/2010).

Os conselhos profissionais são pessoas jurídicas de direito público (de regime autárquico) que se
destinam ao controle e à fiscalização de determinadas profissões regulamentadas (por meio de Lei
Federal)1, enquanto os sindicatos têm função de “regulação das relações trabalhistas, empregadores e
empregados. Qualquer empresa ou empregado deve, por força de lei, ser representado pelo sindicato da
sua categoria econômica ou profissional, respectivamente”2.

Fontes:

(1)
https://jus.com.br/artigos/21519/a-criacao-de-conselhos-profissionais-e-a-delegacao-da-atividade-de-
fiscalizacao-de-profissoes-regulamentadas

(2)
http://www.sinaenco.com.br/faq_sindical.asp#sthash.bBaZWfq1.dpuf

1.1 Legislação profissional

Atribuições profissionais

1. supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica;

2. coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação;

3. estudo de viabilidade técnica e ambiental;

4. assistência técnica, assessoria e consultoria;

5. direção de obras e de serviço técnico;

6. vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem;

7. desempenho de cargo e função técnica;

8. treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária;

9. desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e controle de qualidade;

10. elaboração de orçamento;

11. produção e divulgação técnica especializada;

12. execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico (art. 2º, da Lei 12.378/2010).
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

1.2 Campos de atuação

I. da Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos;

II. da Arquitetura de Interiores, concepção e execução de projetos de ambientes;

III. da Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos, livres e
abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas,
dentro de várias escalas, inclusive a territorial;

IV. do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico, arquitetônico, urbanístico, paisagístico, monumentos,


restauro, práticas de projeto e soluções tecnológicas para reutilização, reabilitação, reconstrução,
preservação, conservação, restauro e valorização de edificações, conjuntos e cidades;

V. do Planejamento Urbano e Regional, planejamento físico-territorial, planos de intervenção


no espaço urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura,
saneamento básico e ambiental, sistema viário, sinalização, tráfego e trânsito urbano e rural,
acessibilidade, gestão territorial e ambiental, parcelamento do solo, loteamento, desmembramento,
remembramento, arruamento, planejamento urbano, plano diretor, traçado de cidades,
desenho urbano, sistema viário, tráfego e trânsito urbano e rural, inventário urbano e regional,
assentamentos humanos e requalificação em áreas urbanas e rurais;

VI. da topografia, elaboração e interpretação de levantamentos topográficos cadastrais para a


realização de projetos de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo, fotointerpretação, leitura,
interpretação e análise de dados e informações topográficas e sensoriamento remoto;

VII. da tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção, patologias e
recuperações;

VIII. dos sistemas construtivos e estruturais, estruturas, desenvolvimento de estruturas e aplicação


tecnológica de estruturas;

IX. de instalações e equipamentos referentes à arquitetura e urbanismo;

X. do conforto ambiental, técnicas referentes ao estabelecimento de condições climáticas, acústicas,


lumínicas e ergonômicas, para a concepção, organização e construção dos espaços;

XI. do meio ambiente, estudo e avaliação dos impactos ambientais, licenciamento ambiental,
utilização racional dos recursos disponíveis e desenvolvimento sustentável (Parágrafo único – art.
2º, da Lei 12.378/2010).

Deve ficar claro que as atribuições profissionais são equivalentes aos substantivos, pois indicam as
tarefas que os profissionais podem exercer. Portanto, de forma a saber exatamente o que um arquiteto e
urbanista pode realizar em sua vida profissional, devemos somar uma atividade com um campo de atuação.
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Unidade I

Quais os requisitos para fazer parte do CAU?

Art. 5º Para uso do título de arquiteto e urbanista e para o exercício das atividades profissionais privativas
correspondentes, é obrigatório o registro do profissional no CAU do Estado ou do Distrito Federal.

Parágrafo único. O registro habilita o profissional a atuar em todo o território nacional.

Art. 6º São requisitos para o registro:

1. capacidade civil; e

2. diploma de graduação em arquitetura e urbanismo, obtido em instituição de ensino superior


oficialmente reconhecida pelo poder público (art. 2°, da Lei 12.378/2010).

Cancelamento e registro de pessoa jurídica no CAU:

Art. 9º É facultada ao profissional e à pessoa jurídica, que não estiver no exercício de suas atividades,
a interrupção de seu registro profissional no CAU por tempo indeterminado, desde que atenda as
condições regulamentadas pelo CAU/BR.

Art. 10 [...] sociedade que preste serviços de arquitetura e urbanismo dever-se-á cadastrar no CAU
da sua sede [...].

Art. 11 É vedado o uso das expressões “arquitetura” ou “urbanismo” ou designação similar na razão
social ou no nome fantasia de sociedade que não possuir arquiteto e urbanista entre os sócios com
poder de gestão ou entre os empregados permanentes.

Penalidades e sanções

1. registrar projeto ou trabalho técnico ou de criação no CAU, para fins de comprovação de direitos
autorais e formação de acervo técnico, que não haja sido efetivamente concebido, desenvolvido
ou elaborado por quem requerer o registro;

2. reproduzir projeto ou trabalho técnico ou de criação, de autoria de terceiros, sem a devida


autorização do detentor dos direitos autorais;

3. fazer falsa prova de quaisquer documentos exigidos para o registro no CAU;

4. delegar a quem não seja arquiteto e urbanista a execução de atividade privativa de arquiteto e urbanista;

5. integrar sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo sem nela atuar, efetivamente,
com objetivo de viabilizar o registro da empresa no CAU, de utilizar o nome “arquitetura” ou
“urbanismo” na razão jurídica ou nome fantasia ou ainda de simular para os usuários dos serviços
de arquitetura e urbanismo a existência de profissional do ramo atuando;
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

6. locupletar-se ilicitamente, por qualquer meio, às custas de cliente, diretamente ou por intermédio
de terceiros;

7. recusar-se, injustificadamente, a prestar contas a cliente de quantias que houver recebido dele,
diretamente ou por intermédio de terceiros;

8. deixar de informar, em documento ou peça de comunicação dirigida a cliente, ao público em


geral, ao CAU/BR ou aos CAUs, os dados exigidos nos termos desta Lei;

9. deixar de observar as normas legais e técnicas pertinentes na execução de atividades de arquitetura


e urbanismo;

10. ser desidioso na execução do trabalho contratado;

11. deixar de pagar a anuidade, taxas, preços de serviços e multas devidos ao CAU/BR ou aos CAUs,
quando devidamente notificado;

12. não efetuar Registro de Responsabilidade Técnica quando for obrigatório (art. 18, da Lei
12.378/2010).

2. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

As Resoluções do CAU/BR tratam de assuntos específicos sobre os quais o Conselho pode deliberar.
O texto completo de cada Resolução está disponível na página www.caubr.gov.br.

Resolução no 21, de 5 de abril 2012

Dispõe sobre as atividades e as atribuições profissionais do arquiteto e urbanista e dá outras providências.

Atribuições profissionais do arquiteto e urbanista:

I - supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica;

II - coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação;

III - estudo de viabilidade técnica e ambiental;

IV - assistência técnica, assessoria e consultoria;

V - direção de obras e de serviço técnico;

VI - vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem;

VII - desempenho de cargo e função técnica;


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Unidade I

VIII - treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária;

IX - desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e controle


de qualidade;

X - elaboração de orçamento;

XI - produção e divulgação técnica especializada;

XII - execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico.

As atribuições aplicam-se aos seguintes campos de atuação:

I - de Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos;

II - de Arquitetura de Interiores, concepção e execução de projetos;

III - de Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos, livres e
abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas,
dentro de várias escalas, inclusive a territorial;

IV - do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico, arquitetônico, urbanístico, paisagístico, monumentos,


restauro, práticas de projeto e soluções tecnológicas para reutilização, reabilitação, reconstrução,
preservação, conservação, restauro e valorização de edificações, conjuntos e cidades;

V - do planejamento urbano e regional, planejamento físico-territorial, planos de intervenção no espaço


urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura, saneamento básico
e ambiental, sistema viário, sinalização, tráfego e trânsito urbano e rural, acessibilidade, gestão
territorial e ambiental, parcelamento do solo, loteamento, desmembramento, remembramento,
arruamento, planejamento urbano, plano diretor, traçado de cidades, desenho urbano, inventário
urbano e regional, assentamentos humanos e requalificação em áreas urbanas e rurais;

VI - de topografia, elaboração e interpretação de levantamentos topográficos cadastrais para a


realização de projetos de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo, foto-interpretação, leitura,
interpretação e análise de dados e informações topográficas e sensoriamento remoto;

VII - da tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção, patologias
e recuperações;

VIII - dos sistemas construtivos e estruturais, estruturas, desenvolvimento de estruturas e aplicação


tecnológica de estruturas;

IX - de instalações e equipamentos referentes à Arquitetura e Urbanismo;

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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

X - do conforto ambiental, técnicas referentes ao estabelecimento de condições climáticas, acústicas,


lumínicas e ergonômicas, para a concepção, organização e construção dos espaços;

XI - do meio ambiente, estudo e avaliação dos impactos ambientais, licenciamento ambiental,


utilização racional dos recursos disponíveis e desenvolvimento sustentável.

Para fins de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), definido em Resolução própria do CAU/BR,
as atribuições profissionais de arquitetos e urbanistas serão representadas no Sistema de Informação
e Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (SICCAU) por meio das seguintes atividades:

1. Projeto.

2. Execução.

3. Gestão.

4. Meio Ambiente e Planejamento Regional e Urbano.

5. Atividades Especiais em Arquitetura e Urbanismo.

6. Ensino e Pesquisa.

7. Engenharia de Segurança do Trabalho (Lei no 7.410, de 27 de novembro de 1985).

Resolução no 51, de 12 de julho de 2013

Dispõe sobre as áreas de atuação privativas de arquitetos e urbanistas e as áreas de atuação


compartilhadas com outras profissões regulamentadas, e dá outras providências.

I - Da Arquitetura e Urbanismo:

a) projeto arquitetônico de edificação ou de reforma de edificação;

b) projeto arquitetônico de monumento;

c) coordenação e compatibilização de projeto arquitetônico com projetos complementares;

d) relatório técnico de arquitetura referente a memorial descritivo, caderno de especificações e de


encargos e avaliação pós-ocupação;

e) desempenho de cargo ou função técnica concernente à elaboração ou análise de projeto


arquitetônico;

f) ensino de teoria, história e projeto de arquitetura em cursos de graduação;


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Unidade I

g) coordenação de curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo;

h) projeto urbanístico;

i) projeto urbanístico para fins de regularização fundiária;

j) projeto de parcelamento do solo mediante loteamento;

k) projeto de sistema viário urbano;

l) coordenação e compatibilização de projeto de urbanismo com projetos complementares;

m) relatório técnico urbanístico referente a memorial descritivo e caderno de especificações


e de encargos;

n) desempenho de cargo ou função técnica concernente à elaboração ou análise de projeto


urbanístico;

o) ensino de teoria, história e projeto de urbanismo em cursos de graduação.

II - Da Arquitetura de Interiores:

a) projeto de arquitetura de interiores;

b) coordenação e compatibilização de projeto de arquitetura de interiores com projetos


complementares;

c) relatório técnico de arquitetura de interiores referente a memorial descritivo, caderno de


especificações e de encargos e avaliação pós-ocupação;

d) desempenho de cargo ou função técnica concernente à elaboração ou análise de projeto de


arquitetura de interiores;

e) ensino de projeto de arquitetura de interiores.

III - Da Arquitetura Paisagística:

a) projeto de arquitetura paisagística;

b) projeto de recuperação paisagística;

c) coordenação e compatibilização de projeto de arquitetura paisagística ou de recuperação


paisagística com projetos complementares;

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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

d) cadastro do como construído (as built) de obra ou serviço técnico resultante de projeto de
arquitetura paisagística;

e) desempenho de cargo ou função técnica concernente a elaboração ou análise de projeto de


arquitetura paisagística;

f) ensino de teoria e de projeto de arquitetura paisagística.

IV - Do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico:

a) projeto e execução de intervenção no patrimônio histórico cultural e artístico, arquitetônico,


urbanístico, paisagístico, monumentos, práticas de projeto e soluções tecnológicas para
reutilização, reabilitação, reconstrução, preservação, conservação, restauro e valorização de
edificações, conjuntos e cidades;

b) coordenação da compatibilização de projeto de preservação do patrimônio histórico cultural e


artístico com projetos complementares;

c) direção, condução, gerenciamento, supervisão e fiscalização de obra ou serviço técnico referente


à preservação do patrimônio histórico cultural e artístico;

d) inventário, vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo e parecer técnico, auditoria e


arbitragem em obra ou serviço técnico referente à preservação do patrimônio histórico cultural
e artístico;

e) desempenho de cargo ou função técnica referente à preservação do patrimônio histórico


cultural e artístico;

f) ensino de teoria, técnica e projeto de preservação do patrimônio histórico cultural e artístico.

V - Do Planejamento Urbano e Regional:

a) coordenação de equipe multidisciplinar de planejamento concernente a plano ou traçado


de cidade, plano diretor, plano de requalificação urbana, plano setorial urbano, plano de
intervenção local, plano de habitação de interesse social, plano de regularização fundiária e de
elaboração de estudo de impacto de vizinhança.

VI - Do Conforto Ambiental:

a) projeto de arquitetura da iluminação do edifício e do espaço urbano;

b) projeto de acessibilidade e ergonomia da edificação;

c) projeto de acessibilidade e ergonomia do espaço urbano.


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Unidade I

As demais áreas de atuação dos arquitetos e urbanistas constantes do art. 2º, da Lei no 12.378
de 2010, que não lhes sejam privativas nos termos do art. 2º desta Resolução, constituem áreas de
atuação compartilhadas entre os profissionais da Arquitetura e Urbanismo e os de outras profissões
regulamentadas.

Resolução no 17, de 2 de março de 2012

Dispõe sobre o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) na prestação de serviços de arquitetura e


urbanismo e dá outras providências.

Art. 1° A elaboração de projetos, a execução de obras e a realização de quaisquer outros serviços


técnicos no âmbito da Arquitetura e Urbanismo, que envolvam competência privativa de arquitetos e
urbanistas ou atuação compartilhada destes com outras profissões regulamentadas, ficam sujeitas ao
Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) nos termos desta Resolução, em conformidade com a Lei no
12.378, de 31 de dezembro de 2010.

Art. 2° O Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) deverá ser efetuado:

I - previamente ao início da atividade técnica, quando se tratar das atividades listadas no item 2 do
art. 3° da Resolução CAU/BR no 21, de 5 de abril de 2012;

II - antes ou durante o período de realização da atividade técnica, quando se tratar das atividades
listadas nos itens 1 e 3 a 7 do art. 3º da Resolução CAU/BR n° 21, de 2012.

Parágrafo único. Em atendimento ao que dispõe o parágrafo único do art. 50 da Lei n° 12.378, de
2010, não se aplica a obrigatoriedade de registro nos prazos de que tratam os incisos deste artigo aos
casos de atividade técnica realizada em situação de emergência oficialmente decretada, quando será
permitido ao arquiteto e urbanista efetuar o RRT pertinente em até 90 (noventa) dias depois de cessada
a emergência.

Art. 3° O RRT identifica, para todos os efeitos legais, o responsável pela realização de atividade
técnica no âmbito da Arquitetura e Urbanismo.

Art. 4° O RRT será efetuado segundo um dos tipos, modalidades, formas de participação e situação
de tempestividade definidos nesta Resolução.

Resolução no 24, de 6 de junho de 2012

Dispõe sobre o acervo técnico do arquiteto e urbanista e a emissão de Certidão de Acervo


Técnico (CAT), sobre o registro de atestado emitido por pessoa jurídica de direito público ou privado
e sobre a baixa, o cancelamento e a nulidade do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), e dá
outras providências.

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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

Art. 1° Esta Resolução fixa os procedimentos necessários para a constituição do acervo técnico do
arquiteto e urbanista, para a emissão de Certidão de Acervo Técnico (CAT), para o registro de atestado
emitido por pessoa jurídica de direito público ou privado, e para a baixa, o cancelamento e a anulação do
Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) referente à prestação de serviços de Arquitetura e Urbanismo.

Art. 2° O acervo técnico do arquiteto e urbanista é o conjunto das obras e dos serviços profissionais por
ele realizados, que sejam compatíveis com as atividades, atribuições e campos de atuação da Arquitetura e
Urbanismo e que tenham sido registrados no CAU/UF por meio de Registros de Responsabilidade Técnica
(RRT), nos termos das normas em vigor. Parágrafo único. Serão considerados para fins de constituição
de acervo técnico do arquiteto e urbanista somente os serviços profissionais que tenham sido por ele
efetivamente realizados e devidamente registrados no CAU/UF, e de cujos RRT tenham sido dadas as
respectivas baixas, em conformidade com o disposto nesta Resolução.

Art. 4° A Certidão de Acervo Técnico (CAT) é o instrumento que certifica, para os efeitos legais,
que consta dos assentamentos do CAU/UF o acervo técnico de um arquiteto e urbanista, constituído
por obras e serviços técnicos por ele devidamente registrados e efetivamente realizados, conforme
consignado por meio da baixa dos RRT referentes aos mesmos.

Art. 5° A CAT deverá ser solicitada a partir do SICCAU, por meio de requerimento com a indicação
dos RRT que fundamentem a sua constituição e de declaração do arquiteto e urbanista responsável em
que este afirma que as atividades registradas foram efetivamente realizadas e concluídas.

Resolução n° 52, de 6 de setembro de 2013

Aprova o Código de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).

O Código de Ética e Disciplina define os parâmetros deontológicos que devem orientar a conduta
dos profissionais registrados nos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo. As normas reunidas no Código
de Ética e Disciplina impõem elevadas exigências éticas aos arquitetos e urbanistas, as quais se traduzem
em obrigações para com a sociedade e para com a comunidade profissional, além de alçarem o dever
geral de urbanidade. O conjunto normativo deste Código também expressa e reafirma o compromisso
dos arquitetos e urbanistas em assumir as responsabilidades a eles delegadas pela Nação e pelo Estado
brasileiro de autogestão e controle do exercício profissional – responsabilidades reivindicadas há décadas
e consubstanciadas no processo de aprovação da Lei n° 12.378, em 31 de dezembro de 2010.

Sumário:
Preâmbulo
Funções Deontológicas do Código
Estrutura do Código
Obrigações Gerais
Obrigações para com o Interesse Público
Obrigações para com o Contratante
Obrigações para com a Profissão
Obrigações para com os Colegas
Obrigações para com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)
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Unidade I

Funções Deontológicas do Código

Os termos do Código de Ética e Disciplina devem ser integralmente acatados e obedecidos por todos
arquitetos e urbanistas, independentemente do modo de contratação de seus serviços profissionais? Como
autônomo, como empresário ou gestor, como assalariado privado ou como servidor público, ou em qualquer
situação administrativa em que exista dependência hierárquica de responsabilidades, cargos ou funções.
Portanto, as normas constantes nesse Código aplicam-se a todas as atividades profissionais e em todos
os campos de atuação no território nacional. São duas as funções deontológicas desse Código de Ética e
Disciplina. A primeira, e precedente, é a função educacional preventiva, que tem por objetivo a informação
pública sobre a dignidade da Arquitetura e Urbanismo e os deveres de seus profissionais. A segunda função,
subordinada à primeira, é a coercitiva, que admoesta e reprime os desacertos procedimentais porventura
praticados pelos indivíduos sujeitos à ética e à disciplina da profissão.

Estrutura do Código

As normas prescritas neste Código de Ética e Disciplina, embora devam ser consideradas como um
todo coordenado e harmônico, estão estruturadas em uma hierarquia de subordinação relativa, em 3 (três)
classes respectivamente distintas: princípios, regras e recomendações. Os princípios são as normas de maior
abrangência, cujo caráter teórico abstrato referencia agrupamentos de normas subordinadas. As regras, que
são derivadas dos princípios, devem ser seguidas de forma específica e restrita às circunstâncias objetivas e
concretas. A transgressão às regras será considerada infração ético-disciplinar imputável. As recomendações,
quando descumpridas, não pressupõem cominação de sanção, todavia, sua observância ou inobservância
poderão fundamentar argumento atenuante ou agravante para a aplicação das sanções disciplinares.

3. ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE EDIFICAÇÕES

NBR 13.532 – ABNT

Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura

É a NBR que fixa as condições exigíveis para a elaboração de projetos de arquitetura para construção de
edificações. Ela é aplicável para todas as classes de edificação (ex.: habitacional, educacional, cultural etc.).

Sumário:

1. Objetivo
2. Documento preliminar
3. Definições
3.1 Objetos do projeto de arquitetura
3.1.1 Edificação (ambientes exteriores e interiores)
3.1.2 Elementos da edificação e seus componentes construtivos
3.1.3 Instalações prediais e seus componentes construtivos
3.2 Elaboração do projeto de arquitetura de edificação
3.3 Etapas do projeto de arquitetura
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

4. Condições gerais
4.1 Informações técnicas do projeto de arquitetura
4.2 Coordenação da atividade técnica do projeto de arquitetura
4.3 Programação das etapas do projeto de arquitetura
4.4 Execução das etapas do projeto de arquitetura
4.4.1 Elaboração do projeto de arquitetura
4.4.2 Levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ)
4.4.3 Programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ)
4.4.4 Estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ)
4.4.5 Estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ)
4.4.6 Anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-execução (PR-ARQ)
4.4.7 Projeto legal de arquitetura (PL-ARQ)
4.4.8 Projeto básico de arquitetura (PB-ARQ)
4.4.9 Projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ)
4.5 Contratos de prestação de serviços técnicos especializados do projeto de arquitetura
5. Condições específicas
6. Aceitação e rejeição
6.1 Avaliações técnicas

3.1 Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura (NBR 13532, ABNT)

Definições de etapas dos objetos de projeto:

A norma define cada um dos objetos do projeto de arquitetura, instalações, estrutura, jardins, parques
e outros (importante entender a definição para definir ESCOPO).

Definições das etapas do projeto de arquitetura:

• levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ);

• programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ);

• estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ);

• estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ);

• anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-executivo (PR-ARQ);

• projeto legal de arquitetura (PL-ARQ);

• projeto básico de arquitetura (PB-ARQ) (opcional);

• projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ).

17
Unidade I

Execução das etapas de projeto

A elaboração de cada etapa deve ser dada por:

• informações de referência a utilizar;

• informações técnicas a produzir;

• documentos técnicos a apresentar, podendo ser estes produtos: desenhos, textos (memoriais,
relatórios, relações e listagens), planilhas e tabelas, fluxogramas e cronogramas, fotografias,
maquetes e outros meios.

Informações técnicas a produzir por etapa

A norma define cada um dos objetos do projeto de arquitetura, instalações, estrutura, jardins, parques
e outros. Apresenta o que é o escopo, isto é, todos os produtos a serem entregues em cada uma das
etapas listadas no item III (levantamento de dado, programa de necessidades e os demais).

Levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ): registro da vistoria local, dados cadastrais (arquivos
municipais, estaduais e federal), vizinhança da edificação, leis municipais aplicáveis (parcelamento, uso
e ocupação, CA, TO, recuos, gabaritos etc.), serviços públicos (concessionárias: água, esgoto, luz, coleta
de lixo, gás, pavimentação), orientação norte-sul, diferenças cadastrais (cadastro x matrícula x real),
interferências (invasões, córregos, rios, postes, torres de transmissão), área de construção, número de
pavimentos, demolições e a manter.

Programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ): lista de ambientes, quantidades, dimensões,


gabaritos, distinção entre ambientes a construir, ampliar, reduzir, recuperar, permanência dos usuários,
característica dos usuários. Exigências ambientais, de instalações e de desempenho de cada ambiente.

Estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ): apresentar metodologia aplicada, soluções alternativas


(físicas e jurídicas legais), conclusões e recomendações.

Estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ): apresentar planta geral de implantação, planta dos
pavimentos, planta da cobertura, cortes (longitudinal e transversal), elevações (fachadas), detalhes
construtivos (quando necessário), memorial justificativo, perspectivas (opcionais), maquetes (opcional),
fotografias, montagens (opcional).

Anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ): apresentar planta geral de implantação, planta de terraplanagem,


cortes de terraplanagem, plantas de pavimentos, plantas de cobertura, cortes, elevações e detalhes.

Projeto legal de arquitetura (PL-ARQ): produzir informações técnicas suficientes para o atendimento
dos procedimentos legais para a análise e a aprovação do projeto legal e de construção em órgãos
públicos, concessionárias de serviços públicos, conselhos de patrimônio, autoridades estaduais e federais
de meio ambiente e departamento de aeronáutica civil.
18
ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

Projeto básico de arquitetura (PB-ARQ): itens do anteprojeto de arquitetura com mais detalhamento
e compatibilização de complementares.

Projeto executivo de arquitetura (PE-ARQ): apresentar planta geral de implantação, planta dos
pavimentos, planta da cobertura, cortes (longitudinal e transversal), elevações (fachadas), detalhes
construtivos (quando necessário), memorial justificativo, perspectivas (opcionais), maquetes (opcional),
fotografias, montagens (opcional) e detalhamento.

Da contratação

Essa norma poderá ser aplicada integral ou parcialmente, dependendo do tipo de projeto,
complexidade da edificação, dos materiais e das técnicas construtivas. Isso deverá ser objeto de contrato
específico entre as partes interessadas.

4. EXECUÇÃO DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES

NR-18 – MTE

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção

É uma Norma Regulamentadora que fornece procedimentos obrigatórios relacionados à Segurança


e à Medicina do Trabalho. São revistas periodicamente pelo Ministério do Trabalho.

Sumário:

1. Objetivo e Campo de Aplicação

2. Comunicação Prévia

3. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT

4. Áreas de Vivência

5. Demolição

6. Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas

7. Carpintaria

8. Armações de Aço

9. Estruturas de Concreto

10. Estruturas Metálicas


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Unidade I

11. Operações de Soldagem e Corte a Quente

12. Escadas, Rampas e Passarelas

13. Medidas de Proteção contra Quedas de Altura

14. Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas

15. Andaimes

16. Cabos de Aço

17. Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos

18. Serviços de Telhados

19. Serviços em Flutuantes

20. Locais Confinados

21. Instalações Elétricas

22. Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas

23. Equipamentos de Proteção Individual

24. Armazenagem e Estocagem de Materiais

25. Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores

26. Proteção Contra Incêndio

27. Sinalização de Segurança

28. Treinamento

29. Ordem e Limpeza

30. Tapumes e Galerias

31. Acidente Fatal

32. Dados Estatísticos

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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

33. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA nas empresas da Indústria da Construção

34. Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção

35. Recomendações Técnicas de Procedimentos – RTP

36. Disposições Gerais

37. Disposições Finais

38. Disposições Transitórias

39. Glossário

4.1 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção


(NR-18, MTE)

A NR que estabelece diretrizes de ordem administrativa, planejamento e organização, que objetivam


a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

Qual a importância da NR 18? A manutenção das condições de saúde e de segurança no ambiente


de execução de obras de edificações.

O que é uma comunicação prévia? É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho


antes do início das atividades. Informações como número de funcionários, endereço da obra, tipo de
obra, data de início e término, entre outras.

O que é PCMAT? É o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da construção,


que deverá ser elaborado para obras com mais de 20 funcionários.

Canteiro de obras – áreas de vivência (deverão possuir):

a) instalações sanitárias;

b) vestiário;

c) alojamento;

d) local de refeições;

e) cozinha, quando houver preparo de refeições;

f) lavanderia;
21
Unidade I

g) área de lazer;

h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores.

“O cumprimento do disposto nas alíneas ‘c’, ‘f’ e ‘g’ é obrigatório nos casos onde houver trabalhadores
alojados” (art. 18.4.1.1. NR.18, de julho de 1978).

“Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras e
frentes de trabalho, desde que, cada módulo:

a) possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da área do
piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz
ventilação interna;

b) garanta condições de conforto térmico;

c) possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);

d) garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos nesta NR;

e) possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento
elétrico” (art. 18.4.1.3, NR 18, de julho de 1978).

“Nas instalações móveis, inclusive contêineres, destinadas a alojamentos com camas duplas, tipo
beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90m (noventa centímetros)” (art.
18.4.1.3.1, NR 18, de julho de 1978).

“A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção
de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na
proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração (deverá obedecer
o disposto no código de obras do município em questão) e estar situadas em locais de fácil e seguro
acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de
trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios” (art. 18.4.2.4. NR 18, de julho de 1978).

Mais detalhes sobre as normas de PROJETO DE CANTEIRO DE OBRAS, item 18.4.2.5 até 18.4.2.14. São
parte desse escopo:

a. Áreas sanitárias: lavatórios, vasos sanitários, mictórios e chuveiros;

b. Vestiários;

c. Alojamentos; *

d. Local para refeição;


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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA

e. Cozinha;

f. Lavanderia; *

g. Área de lazer. *

A partir do item 18.5 serão detalhadas as questões executivas para cada um dos itens a seguir, com
a finalidade de garantir a segurança das pessoas envolvidas e a boa execução:

a. Demolição;

b. Escavações, fundações e desmonte de rochas;

c. Carpintaria;

d. Armações de aço;

e. Estruturas de concreto;

f. Estruturas metálicas;

g. Operações de soldagem e corte a quente;

h. Escadas, rampas e passarelas;

i. Medidas de proteção contra quedas de alturas;

j. Gruas;

k. Andaimes apoiados, fachadeiros, móveis em balanço e suspensos;

l. Cadeiras suspensas;

m. Plataformas de trabalhos aéreos;

n. Alvenarias, revestimentos e acabamentos;

o. Telhados e coberturas;

p. Serviços flutuantes;

q. Locais confinados;

r. Instalações elétricas;
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Unidade I

s. Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas;

t. Equipamentos de proteção individual;

u. Armazenagem e estocagem de materiais;

v. Transporte de trabalhadores em veículos automotores;

w. Proteção contra incêndio;

x. Sinalização de segurança.

A1) Treinamento.

A2) Ordem e Limpeza.

A3) Tapumes e Galerias.

A4) Acidente Fatal.

A5) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas da Indústria da Construção.

A6) Comitês Permanentes sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção.

Finaliza a NR uma série de disposições finais e transitórias, além de um grande glossário de termos
comuns nas obras de construção civil.

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