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Profissional_Arquitetura
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quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
APRESENTAÇÃO
A disciplina tem como principal foco a abordagem das Legislações que incidem sobre a prática da
profissão da Arquitetura e Urbanismo no Brasil e de projetos e execução de obras no país.
O CAU, desde sua instituição em 2010, por meio da Lei 12.378/10 e Resoluções complementares,
regulamenta e orienta o exercício da profissão no país.
Com base nesse conjunto de leis citados, também será possível elaborar estudos de viabilidade
de arquitetura e urbanismo para estimativa de valor de obra (com base em índice CUB) e honorários
profissionais de arquitetura e urbanismo.
Diversos desafios conceituais se apresentam presentes nas nossas vidas, os quais refletem situações
práticas em que indivíduos devem reagir com base em seu próprio repertório, mas também sempre
avaliando consequências que terão nas vidas dos outros:
• Ontem fiz uma promessa a um amigo e sei que ela me causará problemas financeiros... Devo
cumpri-la (fala o ditado popular que “toda promessa é dívida”)?
• O soldado por cumprir ordens mata uma pessoa numa guerra... Ele pode ser julgado e condenado (um
soldado tem em seu regulamento fundamental o dever de cumprir as ordens de seus superiores)?
• Um aluno está assinando a lista de presença por outro... Devo denunciá-lo ao professor (assumir
a identidade de outra pessoa é crime de falsidade ideológica)?
Os homens não só agem moralmente, mas também refletem sobre a prática desse comportamento e
o tomam como objeto de sua reflexão. Ao se pensar se passa da prática da moral para a teoria da moral
e essa teoria moral se dá o nome de Ética.
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É, portanto, ética qualquer situação teórica em que o indivíduo tem de avaliar suas ações e relações
para com grupos e fatos que impliquem em suas futuras atitudes perante seus pares.
É inútil recorrer à ética buscando um manual de boa conduta e de soluções para situações concretas.
A solução dos problemas de relacionamento é de ordem prática e, portanto, não teórico...
... Porém o embasamento teórico que faz a discussão do problema com todas suas possíveis
consequências a esse ou a seu objeto são sim campo da ética!
É muito comum que o ser humano busque se relacionar com pessoas de mesma formação e com
afinidades sociais, financeiras e de diversas outras características que proporcionem o sentimento de
identidade entre seus componentes. Os “grupos sociais” são a forma mais básica de associação humana!
O que difere os grupos sociais dos chamados “agregados sociais” é justamente a forma de interação
entre as pessoas, ou seja, uma multidão numa passeata corresponde a um agregado social e não
necessariamente a um grupo social, visto que compartilham, de alguma forma, um ideal, uma curiosidade.
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
Unidade I
1. A ÉTICA NA SOCIEDADE ATUAL
Desde nosso nascimento nos é ensinado o que é certo e errado e a partir daí reproduzimos valores
impostos pela sociedade. Isso quer dizer que agimos conforme regras impostas, sendo recompensados
quando seguimos as regras e castigados quando as infringimos. Mesmo assim, somos livres para agirmos
dentro dos limites impostos pela ética e pela moral. Essa liberdade parte do princípio do respeito aos
direitos alheios.
Entretanto, na vida prática não existe o respeito ao homem em si, o que existe na consciência
humana é o respeito a si mesmo, a busca constante para si próprio. Não nos faltam exemplos em
nossa vida cotidiana; todos nos deparamos e ouvimos nos noticiários comportamentos reprováveis e aí
pensamos: será que ainda há uma sociedade que valoriza princípios éticos e morais? Se esses valores se
perdem, que tipo de sociedade teremos ou o que podemos esperar das futuras gerações?
Avaliando as responsabilidades pessoais – lei é toda regra jurídica, escrita ou não. Aqui, ela abrange
os costumes e todas as normas formalmente produzidas pelo Estado, que servem para ligar os fatos ou
os acontecimentos à ordem e à paz social.
Semelhanças:
• A lei e a ética resultam de um caráter histórico e social que se orienta por valores próprios de uma
determinada sociedade.
Diferenças:
• A ética pode apresentar variações para um mesmo grupo, enquanto a Lei é única para todos.
• A falta de ética pode gerar uma rejeição do grupo social, o descumprimento da lei gera
obrigatoriamente uma penalidade.
Legislação profissional
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Unidade I
“[...] orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo, zelar pela fiel
observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar
pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo” (§ 1º, do art. 24, da Lei 12.378/2010).
Os conselhos profissionais são pessoas jurídicas de direito público (de regime autárquico) que se
destinam ao controle e à fiscalização de determinadas profissões regulamentadas (por meio de Lei
Federal)1, enquanto os sindicatos têm função de “regulação das relações trabalhistas, empregadores e
empregados. Qualquer empresa ou empregado deve, por força de lei, ser representado pelo sindicato da
sua categoria econômica ou profissional, respectivamente”2.
Fontes:
(1)
https://jus.com.br/artigos/21519/a-criacao-de-conselhos-profissionais-e-a-delegacao-da-atividade-de-
fiscalizacao-de-profissoes-regulamentadas
(2)
http://www.sinaenco.com.br/faq_sindical.asp#sthash.bBaZWfq1.dpuf
Atribuições profissionais
12. execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico (art. 2º, da Lei 12.378/2010).
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
III. da Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos, livres e
abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas,
dentro de várias escalas, inclusive a territorial;
VII. da tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção, patologias e
recuperações;
XI. do meio ambiente, estudo e avaliação dos impactos ambientais, licenciamento ambiental,
utilização racional dos recursos disponíveis e desenvolvimento sustentável (Parágrafo único – art.
2º, da Lei 12.378/2010).
Deve ficar claro que as atribuições profissionais são equivalentes aos substantivos, pois indicam as
tarefas que os profissionais podem exercer. Portanto, de forma a saber exatamente o que um arquiteto e
urbanista pode realizar em sua vida profissional, devemos somar uma atividade com um campo de atuação.
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Unidade I
Art. 5º Para uso do título de arquiteto e urbanista e para o exercício das atividades profissionais privativas
correspondentes, é obrigatório o registro do profissional no CAU do Estado ou do Distrito Federal.
1. capacidade civil; e
Art. 9º É facultada ao profissional e à pessoa jurídica, que não estiver no exercício de suas atividades,
a interrupção de seu registro profissional no CAU por tempo indeterminado, desde que atenda as
condições regulamentadas pelo CAU/BR.
Art. 10 [...] sociedade que preste serviços de arquitetura e urbanismo dever-se-á cadastrar no CAU
da sua sede [...].
Art. 11 É vedado o uso das expressões “arquitetura” ou “urbanismo” ou designação similar na razão
social ou no nome fantasia de sociedade que não possuir arquiteto e urbanista entre os sócios com
poder de gestão ou entre os empregados permanentes.
Penalidades e sanções
1. registrar projeto ou trabalho técnico ou de criação no CAU, para fins de comprovação de direitos
autorais e formação de acervo técnico, que não haja sido efetivamente concebido, desenvolvido
ou elaborado por quem requerer o registro;
4. delegar a quem não seja arquiteto e urbanista a execução de atividade privativa de arquiteto e urbanista;
5. integrar sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo sem nela atuar, efetivamente,
com objetivo de viabilizar o registro da empresa no CAU, de utilizar o nome “arquitetura” ou
“urbanismo” na razão jurídica ou nome fantasia ou ainda de simular para os usuários dos serviços
de arquitetura e urbanismo a existência de profissional do ramo atuando;
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
6. locupletar-se ilicitamente, por qualquer meio, às custas de cliente, diretamente ou por intermédio
de terceiros;
7. recusar-se, injustificadamente, a prestar contas a cliente de quantias que houver recebido dele,
diretamente ou por intermédio de terceiros;
11. deixar de pagar a anuidade, taxas, preços de serviços e multas devidos ao CAU/BR ou aos CAUs,
quando devidamente notificado;
12. não efetuar Registro de Responsabilidade Técnica quando for obrigatório (art. 18, da Lei
12.378/2010).
2. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL
As Resoluções do CAU/BR tratam de assuntos específicos sobre os quais o Conselho pode deliberar.
O texto completo de cada Resolução está disponível na página www.caubr.gov.br.
X - elaboração de orçamento;
III - de Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos, livres e
abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas,
dentro de várias escalas, inclusive a territorial;
VII - da tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção, patologias
e recuperações;
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
Para fins de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), definido em Resolução própria do CAU/BR,
as atribuições profissionais de arquitetos e urbanistas serão representadas no Sistema de Informação
e Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (SICCAU) por meio das seguintes atividades:
1. Projeto.
2. Execução.
3. Gestão.
6. Ensino e Pesquisa.
I - Da Arquitetura e Urbanismo:
h) projeto urbanístico;
II - Da Arquitetura de Interiores:
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
d) cadastro do como construído (as built) de obra ou serviço técnico resultante de projeto de
arquitetura paisagística;
VI - Do Conforto Ambiental:
As demais áreas de atuação dos arquitetos e urbanistas constantes do art. 2º, da Lei no 12.378
de 2010, que não lhes sejam privativas nos termos do art. 2º desta Resolução, constituem áreas de
atuação compartilhadas entre os profissionais da Arquitetura e Urbanismo e os de outras profissões
regulamentadas.
I - previamente ao início da atividade técnica, quando se tratar das atividades listadas no item 2 do
art. 3° da Resolução CAU/BR no 21, de 5 de abril de 2012;
II - antes ou durante o período de realização da atividade técnica, quando se tratar das atividades
listadas nos itens 1 e 3 a 7 do art. 3º da Resolução CAU/BR n° 21, de 2012.
Parágrafo único. Em atendimento ao que dispõe o parágrafo único do art. 50 da Lei n° 12.378, de
2010, não se aplica a obrigatoriedade de registro nos prazos de que tratam os incisos deste artigo aos
casos de atividade técnica realizada em situação de emergência oficialmente decretada, quando será
permitido ao arquiteto e urbanista efetuar o RRT pertinente em até 90 (noventa) dias depois de cessada
a emergência.
Art. 3° O RRT identifica, para todos os efeitos legais, o responsável pela realização de atividade
técnica no âmbito da Arquitetura e Urbanismo.
Art. 4° O RRT será efetuado segundo um dos tipos, modalidades, formas de participação e situação
de tempestividade definidos nesta Resolução.
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
Art. 1° Esta Resolução fixa os procedimentos necessários para a constituição do acervo técnico do
arquiteto e urbanista, para a emissão de Certidão de Acervo Técnico (CAT), para o registro de atestado
emitido por pessoa jurídica de direito público ou privado, e para a baixa, o cancelamento e a anulação do
Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) referente à prestação de serviços de Arquitetura e Urbanismo.
Art. 2° O acervo técnico do arquiteto e urbanista é o conjunto das obras e dos serviços profissionais por
ele realizados, que sejam compatíveis com as atividades, atribuições e campos de atuação da Arquitetura e
Urbanismo e que tenham sido registrados no CAU/UF por meio de Registros de Responsabilidade Técnica
(RRT), nos termos das normas em vigor. Parágrafo único. Serão considerados para fins de constituição
de acervo técnico do arquiteto e urbanista somente os serviços profissionais que tenham sido por ele
efetivamente realizados e devidamente registrados no CAU/UF, e de cujos RRT tenham sido dadas as
respectivas baixas, em conformidade com o disposto nesta Resolução.
Art. 4° A Certidão de Acervo Técnico (CAT) é o instrumento que certifica, para os efeitos legais,
que consta dos assentamentos do CAU/UF o acervo técnico de um arquiteto e urbanista, constituído
por obras e serviços técnicos por ele devidamente registrados e efetivamente realizados, conforme
consignado por meio da baixa dos RRT referentes aos mesmos.
Art. 5° A CAT deverá ser solicitada a partir do SICCAU, por meio de requerimento com a indicação
dos RRT que fundamentem a sua constituição e de declaração do arquiteto e urbanista responsável em
que este afirma que as atividades registradas foram efetivamente realizadas e concluídas.
O Código de Ética e Disciplina define os parâmetros deontológicos que devem orientar a conduta
dos profissionais registrados nos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo. As normas reunidas no Código
de Ética e Disciplina impõem elevadas exigências éticas aos arquitetos e urbanistas, as quais se traduzem
em obrigações para com a sociedade e para com a comunidade profissional, além de alçarem o dever
geral de urbanidade. O conjunto normativo deste Código também expressa e reafirma o compromisso
dos arquitetos e urbanistas em assumir as responsabilidades a eles delegadas pela Nação e pelo Estado
brasileiro de autogestão e controle do exercício profissional – responsabilidades reivindicadas há décadas
e consubstanciadas no processo de aprovação da Lei n° 12.378, em 31 de dezembro de 2010.
Sumário:
Preâmbulo
Funções Deontológicas do Código
Estrutura do Código
Obrigações Gerais
Obrigações para com o Interesse Público
Obrigações para com o Contratante
Obrigações para com a Profissão
Obrigações para com os Colegas
Obrigações para com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)
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Unidade I
Os termos do Código de Ética e Disciplina devem ser integralmente acatados e obedecidos por todos
arquitetos e urbanistas, independentemente do modo de contratação de seus serviços profissionais? Como
autônomo, como empresário ou gestor, como assalariado privado ou como servidor público, ou em qualquer
situação administrativa em que exista dependência hierárquica de responsabilidades, cargos ou funções.
Portanto, as normas constantes nesse Código aplicam-se a todas as atividades profissionais e em todos
os campos de atuação no território nacional. São duas as funções deontológicas desse Código de Ética e
Disciplina. A primeira, e precedente, é a função educacional preventiva, que tem por objetivo a informação
pública sobre a dignidade da Arquitetura e Urbanismo e os deveres de seus profissionais. A segunda função,
subordinada à primeira, é a coercitiva, que admoesta e reprime os desacertos procedimentais porventura
praticados pelos indivíduos sujeitos à ética e à disciplina da profissão.
Estrutura do Código
As normas prescritas neste Código de Ética e Disciplina, embora devam ser consideradas como um
todo coordenado e harmônico, estão estruturadas em uma hierarquia de subordinação relativa, em 3 (três)
classes respectivamente distintas: princípios, regras e recomendações. Os princípios são as normas de maior
abrangência, cujo caráter teórico abstrato referencia agrupamentos de normas subordinadas. As regras, que
são derivadas dos princípios, devem ser seguidas de forma específica e restrita às circunstâncias objetivas e
concretas. A transgressão às regras será considerada infração ético-disciplinar imputável. As recomendações,
quando descumpridas, não pressupõem cominação de sanção, todavia, sua observância ou inobservância
poderão fundamentar argumento atenuante ou agravante para a aplicação das sanções disciplinares.
É a NBR que fixa as condições exigíveis para a elaboração de projetos de arquitetura para construção de
edificações. Ela é aplicável para todas as classes de edificação (ex.: habitacional, educacional, cultural etc.).
Sumário:
1. Objetivo
2. Documento preliminar
3. Definições
3.1 Objetos do projeto de arquitetura
3.1.1 Edificação (ambientes exteriores e interiores)
3.1.2 Elementos da edificação e seus componentes construtivos
3.1.3 Instalações prediais e seus componentes construtivos
3.2 Elaboração do projeto de arquitetura de edificação
3.3 Etapas do projeto de arquitetura
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
4. Condições gerais
4.1 Informações técnicas do projeto de arquitetura
4.2 Coordenação da atividade técnica do projeto de arquitetura
4.3 Programação das etapas do projeto de arquitetura
4.4 Execução das etapas do projeto de arquitetura
4.4.1 Elaboração do projeto de arquitetura
4.4.2 Levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ)
4.4.3 Programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ)
4.4.4 Estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ)
4.4.5 Estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ)
4.4.6 Anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-execução (PR-ARQ)
4.4.7 Projeto legal de arquitetura (PL-ARQ)
4.4.8 Projeto básico de arquitetura (PB-ARQ)
4.4.9 Projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ)
4.5 Contratos de prestação de serviços técnicos especializados do projeto de arquitetura
5. Condições específicas
6. Aceitação e rejeição
6.1 Avaliações técnicas
A norma define cada um dos objetos do projeto de arquitetura, instalações, estrutura, jardins, parques
e outros (importante entender a definição para definir ESCOPO).
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Unidade I
• documentos técnicos a apresentar, podendo ser estes produtos: desenhos, textos (memoriais,
relatórios, relações e listagens), planilhas e tabelas, fluxogramas e cronogramas, fotografias,
maquetes e outros meios.
A norma define cada um dos objetos do projeto de arquitetura, instalações, estrutura, jardins, parques
e outros. Apresenta o que é o escopo, isto é, todos os produtos a serem entregues em cada uma das
etapas listadas no item III (levantamento de dado, programa de necessidades e os demais).
Levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ): registro da vistoria local, dados cadastrais (arquivos
municipais, estaduais e federal), vizinhança da edificação, leis municipais aplicáveis (parcelamento, uso
e ocupação, CA, TO, recuos, gabaritos etc.), serviços públicos (concessionárias: água, esgoto, luz, coleta
de lixo, gás, pavimentação), orientação norte-sul, diferenças cadastrais (cadastro x matrícula x real),
interferências (invasões, córregos, rios, postes, torres de transmissão), área de construção, número de
pavimentos, demolições e a manter.
Estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ): apresentar planta geral de implantação, planta dos
pavimentos, planta da cobertura, cortes (longitudinal e transversal), elevações (fachadas), detalhes
construtivos (quando necessário), memorial justificativo, perspectivas (opcionais), maquetes (opcional),
fotografias, montagens (opcional).
Projeto legal de arquitetura (PL-ARQ): produzir informações técnicas suficientes para o atendimento
dos procedimentos legais para a análise e a aprovação do projeto legal e de construção em órgãos
públicos, concessionárias de serviços públicos, conselhos de patrimônio, autoridades estaduais e federais
de meio ambiente e departamento de aeronáutica civil.
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
Projeto básico de arquitetura (PB-ARQ): itens do anteprojeto de arquitetura com mais detalhamento
e compatibilização de complementares.
Projeto executivo de arquitetura (PE-ARQ): apresentar planta geral de implantação, planta dos
pavimentos, planta da cobertura, cortes (longitudinal e transversal), elevações (fachadas), detalhes
construtivos (quando necessário), memorial justificativo, perspectivas (opcionais), maquetes (opcional),
fotografias, montagens (opcional) e detalhamento.
Da contratação
Essa norma poderá ser aplicada integral ou parcialmente, dependendo do tipo de projeto,
complexidade da edificação, dos materiais e das técnicas construtivas. Isso deverá ser objeto de contrato
específico entre as partes interessadas.
NR-18 – MTE
Sumário:
2. Comunicação Prévia
4. Áreas de Vivência
5. Demolição
7. Carpintaria
8. Armações de Aço
9. Estruturas de Concreto
15. Andaimes
28. Treinamento
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ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL_ARQUITETURA
33. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA nas empresas da Indústria da Construção
34. Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção
39. Glossário
a) instalações sanitárias;
b) vestiário;
c) alojamento;
d) local de refeições;
f) lavanderia;
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Unidade I
g) área de lazer;
“O cumprimento do disposto nas alíneas ‘c’, ‘f’ e ‘g’ é obrigatório nos casos onde houver trabalhadores
alojados” (art. 18.4.1.1. NR.18, de julho de 1978).
“Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras e
frentes de trabalho, desde que, cada módulo:
a) possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da área do
piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz
ventilação interna;
e) possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento
elétrico” (art. 18.4.1.3, NR 18, de julho de 1978).
“Nas instalações móveis, inclusive contêineres, destinadas a alojamentos com camas duplas, tipo
beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90m (noventa centímetros)” (art.
18.4.1.3.1, NR 18, de julho de 1978).
“A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção
de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na
proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração (deverá obedecer
o disposto no código de obras do município em questão) e estar situadas em locais de fácil e seguro
acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de
trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios” (art. 18.4.2.4. NR 18, de julho de 1978).
Mais detalhes sobre as normas de PROJETO DE CANTEIRO DE OBRAS, item 18.4.2.5 até 18.4.2.14. São
parte desse escopo:
b. Vestiários;
c. Alojamentos; *
e. Cozinha;
f. Lavanderia; *
g. Área de lazer. *
A partir do item 18.5 serão detalhadas as questões executivas para cada um dos itens a seguir, com
a finalidade de garantir a segurança das pessoas envolvidas e a boa execução:
a. Demolição;
c. Carpintaria;
d. Armações de aço;
e. Estruturas de concreto;
f. Estruturas metálicas;
j. Gruas;
l. Cadeiras suspensas;
o. Telhados e coberturas;
p. Serviços flutuantes;
q. Locais confinados;
r. Instalações elétricas;
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Unidade I
x. Sinalização de segurança.
A1) Treinamento.
A5) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas da Indústria da Construção.
A6) Comitês Permanentes sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção.
Finaliza a NR uma série de disposições finais e transitórias, além de um grande glossário de termos
comuns nas obras de construção civil.
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