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CONCEITOS DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO

1.1. O que é ética?


1.2. O que é moral e conduta ética?
1.3. O direito como ciência;
1.4. A legislação sobre informática no Brasil;
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ÉTICA NA
COMPUTAÇÃO
2.1. A abrangência da ética em computação;
2.1.1. A importância do raciocínio ético na
tomada de decisões éticas;
2.1.2. Ética profissional;
2.1.3. Virtude como substância ética;
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
3.1. Ética e regulamentação da profissão;
3.1.1. Códigos de ética profissionais versus código
de moral na área de computação;
3.1.2. Código de ética da SBC;
3.1.3. Projetos de leis no Parlamento;
 
DIREITO
4.1. Direito Constitucional;
4.2. Direito Administrativo;
4.3. Direito Penal;
4.4. Direito Civil;
4.5. Direito do Trabalho;
DIREITO DO CONSUMIDOR NO MEIO ELETRÔNICO
5.1. Legislação aplicável ao e-Commerce;
5.2. Publicidade na internet;
5.3. CDC à conclusão dos contratos pela internet;
5.4. As responsabilidades das homes pages;
5.5. Responsabilidade civil e responsabilidade penal.
LEGISLAÇÃO
6.1. Lei 9609/98 – Lei do software;
6.2. Lei 9610/98 – Lei dos direitos autorais;
6.3. Lei 10973/04 – Lei de Inovação Tecnológica;
6.4. Lei 12965/14 – Lei da internet no Brasil
6.5. Outras legislações pertinentes;
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
7.1. Certificação Eletrônica;
7.2. e-CPF e e-CNPJ;
7.3. Estudo de Casos de segurança da informação;
CONCEITOS DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO

• Ética: é um conjunto de
conhecimentos extraídos da
investigação do comportamento
humano ao tentar explicar as regras
morais de forma racional,
fundamentada, científica e teórica. É
uma reflexão sobre a moral.
Moral
• Moral: é o conjunto de regras aplicadas
no cotidiano e usadas continuamente
por cada cidadão. Essas regras orientam
cada indivíduo, norteando as suas ações
e os seus julgamentos sobre o que é
moral ou imoral, certo ou errado, bom
ou mau.
Valores
• São características, que determinam a forma como a pessoa
ou organização se comportam e interagem com outros
indivíduos e com o meio ambiente.

• significa merecimento, talento, reputação, coragem e valentia.

• São valores morais que afetam a conduta das pessoas.

• Sociais e éticos: conjunto de regras estabelecidas para uma


convivência saudável numa sociedade.
Comportamento moral
"Vigie seus pensamentos, porque eles se
tornarão palavras. Vigie suas palavras, pois elas
se tornarão atos. Vigie seus atos, pois eles se
tornarão seus hábitos. Vigie seus hábitos, pois
eles se tornarão seu caráter. Vigie seu caráter –
porque ele será o seu destino."
(Autor desconhecido)
Conduta Ética
Visar ao bem comum;
Princípios - orientar a conduta humana -
Organizações ou na Sociedade;
Tomada de decisão, a forma de ser e de
agir, respeitando diferenças individuais e
as diversidades culturais.
Moral versus Ética
Conduta ética no trabalho
O DIREITO como CIÊNCIA ou a CIÊNCIA do DIREITO
Ciência do direito faz referência à maneira de se entender o Direito como objeto
de estudo científico, isto é, como um conhecimento sistematizado . No entanto, o
termo pode ser também usado num sentindo amplo, referindo-se ao estudo do
direito, de maneira geral.

A ideia de uma Ciência do direito em seu sentido estrito normalmente é associada


ao positivismo jurídico, que, a partir de uma distinção entre fato e valor, teria
buscado excluir ou pelo menos diminuir a influência da moral e dos valores no
Direito. Nesse sentido, a Ciência do direito estaria fundada num fenômeno
objetivo e observável e não em valores relativos e subjetivos.

O conceito teria sido fundado por John Austin (jurista), um dos primeiros a
estabelecer a distinção entre Direito e moral e adquiriu especial importância com o
advento da Teoria Pura do Direito, obra do jurista austríaco Hans Kelsen, que
buscava uma teoria do direito positivo, científica e alheia de todos os elementos
que lhe são estranhos (como a política, a moral, etc.)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO COMO CIÊNCIA
Houve, dos séculos XVII e XVIII para o século XIX, uma mudança
do paradigma da ciência que trouxe consequências para o
pensamento jurídico. No primeiro período, em que a geometria e
a física eram as ciências dominantes, os juristas nelas se
inspiravam, buscando aplicar ao direito o modo geométrico de
pensar. Já no século XIX, voltavam-se para a história natural, que
parecia ser o paradigma científico da época. Junto a isso,
verificou-se uma tendência do século XIX de aplicar a ciência às
ações humanas, contexto no qual desenvolvem-se a economia, a
sociologia e a ciência política como ciências autônomas. Ainda
nesse contexto, os juristas passaram a ser chamados a colaborar
na tarefa de administrar cientificamente a sociedade, e o direito
passou a ser visto como um dos seus instrumentos de direção.
O DIREITO COMO CIÊNCIA
O direito como ciência, valoriza, qualifica, atribui consequências
a um comportamento. Não em função de critérios filosóficos,
religiosos ou subjetivos, mas em função da utilidade social. Para
o direito, a conduta é o momento de uma relação entre pessoas,
e não o momento da relação entre pessoas e divindade e entre
pessoa e sua consciência, ou seja, o direito não se limita apenas
na verificação simples dos atos ou dos acontecimentos, muito
pelo contrário, eles são analisados pelas consequências que
produzem. Portanto, o direito como ciência se preocupa antes e
principalmente com a ordem e a segurança da sociedade. São as
necessidades sociais e a vontade do homem que atuam na
interpretação dessas necessidades e transformam as regras que
essas necessidades impõem naquilo que se denomina direito
positivo.
A POLÍTICA NACIONAL DE INFORMÁTICA
(PNI):
Lei 7.232, foi aprovada em 29 de Outubro
de 1984 pelo Congresso Nacional, com
prazo de vigência previamente
estabelecido em 8 anos e visando a
estimular o desenvolvimento da indústria
de informática no Brasil através do
estabelecimento de uma
reserva de mercado para as
empresas de capital nacional.
RESERVA DE MERCADO PARA A INFORMÁTICA
A ideia de instituir uma reserva de mercado para
fabricantes nacionais de produtos de informática
começou a tomar forma na primeira metade da década
de 1970, durante a vigência do Regime Militar, dentro
do espírito vigente de "Brasil Grande Potência". A
justificativa é que, protegidas da concorrência com as
multinacionais do setor (IBM, Burroughs, HP, Olivetti
etc), os fabricantes brasileiros poderiam desenvolver
uma tecnologia genuinamente nacional e estariam
plenamente aptos para competir em pé de igualdade
com suas concorrentes estrangeiras quando a reserva
de mercado terminasse.
RESERVA DE MERCADO PARA A INFORMÁTICA
Os defensores da medida alegavam ainda que o
protecionismo havia surtido efeito em outras
circunstâncias históricas, citando como exemplos o caso
do Japão e dos Estados Unidos da América. Todavia, para
a implementação das medidas de execução da futura Lei
de Informática, o governo federal criou um órgão, a SEI (
Secretaria Especial de Informática), controlado por
coronéis ligados ao Serviço Nacional de Informações,
algo que despertou protestos por parte dos segmentos
mais liberais da classe empresarial.
A LEI DE INFORMÁTICA
A Lei de Informática recebeu o apoio entusiástico de
entidades ligadas ao setor, como a ABICOMP
(associação dos fabricantes nacionais de
computadores), a SBC (entidade representante dos
professores universitários de informática) e a APPD
(associação sindical "oficiosa" dos técnicos de
processamento de dados). Graças a um trabalho de "
lobby" das referidas entidades, muitos setores da
sociedade civil acolheram com simpatia a Reserva de
Mercado, embora críticos do porte de Roberto Campos
tivessem ido várias vezes aos jornais para denunciar os
potenciais efeitos danosos da medida protecionista.
Aspectos positivos da implantação da PNI

• Crescimento rápido da indústria de informática nos


anos 1980 (contrastando com a estagnação que
atingiu o restante da indústria de transformação na
chamada "década perdida");
• Presença maciça de empresas nacionais;
• Criação de empregos diretos em número substancial
(cerca de 70 mil até 1989, dos quais 34% para
profissionais de nível superior);
• Nível de gastos em P&D superior a média da indústria
de transformação (cerca de 5% da receita líquida).
Aspectos negativos da implantação da PNI
• Falta de visão estratégica.
• Ausência de sinergia com as demais indústrias do setor eletro-eletrônico e
com as universidades para a criação de novos produtos;
• Não desenvolvimento da indústria de microeletrônica;
• Falta de investimentos no desenvolvimento de softwares;
• Sub-utilização dos diversos incentivos previstos em lei.
• Ausência de uma política de exportações.
• Subestimação do ritmo das mudanças tecnológicas na indústria eletrônica.
• Facilitação do surgimento de empresários "rentseekers" (aproveitadores com
boas relações governamentais).
• Uma nova lei de informática foi aprovada pelo Congresso em 1991, alterando o
conceito de empresa nacional para atrair o capital estrangeiro e criando novos
incentivos fiscais. O fim da reserva de mercado, contudo, foi mantido e expirou
conforme previsto, em Outubro de 1992.
A abrangência da ética em
computação
• Segundo Sanchez Vazquez, os problemas éticos
caracterizam-se pela sua generalidade e isto os
distingue dos problemas morais da vida cotidiana, que
são os que nos apresentam nas situações concretas. A
ética pode contribuir para fundamentar ou justificar
certa forma de comportamento moral. Por causa de
seu caráter prático, enquanto disciplina teórica,
tentou-se ver na ética uma disciplina normativa, cuja
função fundamental seria a de indicar o melhor
comportamento do ponto de vista moral.
A abrangência da ética em
computação
• As tecnologias da informação e comunicação tomaram
conta do cotidiano das pessoas e empresas. A maioria das
transações e relacionamentos estão sendo efetuados com
auxilio de um computador ou de um telefone, seja fixo ou
celular. Os negócios são realizados instantaneamente,
tanto entre pessoas no mesmo espaço físico ou a milhares
de quilômetros de distância. A avaliação ética deve
permear todos esses relacionamentos humanos, sob pena
de sair do mercado aqueles que insistem em ter conduta
anti-ética.
A importância do raciocínio ético
na tomada de decisões éticas
• A ética é teoria, investigação ou explicação de
um tipo de experiência humana ou forma de
comportamento dos homens, O DA MORAL,
considerado porém na sua totalidade,
diversidade e variedade. O valor da ética
como teoria está naquilo que explica, e não no
fato de prescrever ou recomendar com vistas
à ação em situações concretas.
A importância do raciocínio ético
na tomada de decisões éticas
• A ética é a ciência da moral, por isso em todas as
tomadas de decisão, devemos raciocinar levando em
consideração os efeitos dessa decisão: bons ou ruins,
pra nós e para as outras pessoas ou empresas. Seus atos
são morais somente se considerados nas suas relações
com os outros; contudo, sempre apresentam um
aspecto subjetivo, interno, psíquico, constituído de
motivos, impulsos, atividade de consciência que se
propõe fins, seleciona meios, escolhe entre diversas
alternativas, formula juízos de aprovação ou de
desaprovação.
Ética profissional
A ética profissional é análise crítica que se faz quando se está
transacionando com pessoas ou organizações, quando se está
negociando. O que não for bom para mim ou para minha
empresa, não será bom também para a outra parte com que
estamos nos relacionando. Quando vamos abrir um negócio (uma
empresa ou organização) devemos conhecer quais os critérios e
obrigações que as Repartições Públicas exigem para se legalizar
uma empresa. Essas obrigações aqui no Brasil são junto a Receita
Federal, Juntas Comerciais nos Estados, Cartório de registro de
Pessoas Jurídicas, Receita Estadual, Receita Municipal, órgãos de
classe como OAB, CRC, CREMEC, CRF, CRA, CREA, etc.
Ética profissional
• Por que ética profissional?
• O que é profissão?
• O que é profissão
regulamentada?
• Como podem ser os vínculos
profissionais?
Virtude como substância ética
• Primeiro vamos saber o que é Virtude (latim: virtus; em grego: ἀρετή) é
uma qualidade moral particular. Virtude é uma disposição estável em
ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples característica
ou uma aptidão para uma determinada ação boa, trata-se de uma
verdadeira inclinação.
• Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o
bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente,
quer coletivamente.
• A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades
essenciais que constituem o homem de bem. Segundo Aristóteles, é
uma disposição adquirida de fazer o bem, e elas se aperfeiçoam com o
hábito.
Virtude como substância ética
a prudência, que "dispõe a razão para discernir em todas as
circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para
o atingir. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a
medida", sendo por isso considerada a virtude-mãe humana. a
justiça, que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o
que lhes é devido; a fortaleza que assegura a firmeza nas
dificuldades e a constância na procura do bem; a temperança que
"modera a atração dos prazeres, assegura o domínio da vontade
sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens
criados", sendo por isso descrita como sendo a prudência
aplicada aos prazeres.
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

• 3.1. Ética e regulamentação da profissão;


• 3.1.1. Códigos de ética profissionais versus
código de moral na área de computação;
• 3.1.2. Código de ética da SBC;
• 3.1.3. Projetos de leis no Parlamento;
Ética e regulamentação da profissão

O ponto de partida é diferenciar profissão de um ofício


qualquer. Profissão exige nível acadêmico completo, já o
ofício, basicamente, requer o conhecimento de alguma
“arte”. Não é necessário, por exemplo, cursar uma
faculdade para consertar sapatos. Neste ponto, nossa
opinião é clara: Informática não é arte, não é intuitiva e
não se aprende sozinho ! Partindo deste princípio,
podemos defender e lutar por uma regulamentação,
todavia, existem alguns requisitos para regulamentação
de uma profissão que complicam e impedem a
regulamentação do profissional de informática por vias
normais.
Ética e regulamentação da profissão
• Cumpre esclarecer a diferença entre Profissão
Reconhecida e Profissão Regulamentada. O
reconhecimento apenas assegura o registro e atesta a
existência de uma categoria profissional.
• A regulamentação em termos práticos, impede que
pessoas não qualificadas exerçam determinado ofício, e
com isso, limita o mercado e a geração de emprego. A
Regulamentação já se mostrou necessária, nos casos dos
Conselhos de Medicina e de Engenharia, na OAB por
exemplo, não só para proteger os profissionais, mas a
própria população dos efeitos danosos da atuação de um
profissional não qualificado.
Ética e regulamentação da profissão

• Regulamentar uma profissão é definir direitos


e deveres, ao mesmo tempo em que se cria
uma espécie de reserva de mercado para
proteger os profissionais vinculados a um
Conselho Regional. Toda lei que regulamenta
uma profissão prevê que cada profissional
integrante daquela categoria deve contribuir
com o pagamento de uma ANUIDADE a essas
entidades.
Ética e regulamentação da profissão

• O Legislativo mergulhou nos últimos anos, em


uma política abrangente de regulamentação,
envolvendo TODAS as profissões. Tramitam
no Congresso, mais de 200 projetos para
regulamentação de profissões.
• A profissão de escritor é reconhecida, e consta
na CBO – Classificação Brasileira das
Ocupações, mas não é regulamentada.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO (SBC)
Fundada em 1978, SBC é uma sociedade científica, civil e sem fins lucrativos, formada por
professores universitários, pesquisadores, profissionais de Informática e outros membros da
comunidade técnico-científica da Computação brasileira. A finalidade principal da SBC é
contribuir para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa científica e tecnológica da
Computação no Brasil e desdobra-se nos seguintes objetivos:
•1. incentivar atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento em Computação no Brasil;
•2. zelar pela preservação do espírito crítico, responsabilidade profissional e personalidade
nacional da comunidade técnico-científica que atua no setor de computação no País;
•3. ficar permanentemente atenta à política governamental que afeta as atividades de
computação no Brasil, no sentido de assegurar a emancipação tecnológica de País;
•4. promover por todos os meios academicamente legítimos, por meio de reuniões,
congressos, conferências e publicações, o conhecimento, informações e opiniões que tenham
por objetivo a divulgação da ciência e os interesses da comunidade de computação.
•A SBC tem âmbito nacional, sede administrativa em Porto Alegre, RS, e possui cerca de 3.000
associados, oriundos de todas as regiões do Brasil.
POSIÇÃO DA SBC EM RELAÇÃO À
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
A comunidade científica da computação brasileira vem discutindo a questão da regulamentação da profissão de
Informática desde antes da criação da SBC em 1978. Fruto dos debates ocorridos ao longo dos anos, nos diversos
encontros de sua comunidade científica, em relação às vantagens e desvantagens de uma regulamentação da
profissão de informática, a SBC consolidou sua posição institucional em relação a esta questão pela formulação dos
seguintes princípios, que deveriam ser observados em uma eventual regulamentação da profissão:
•1. exercício da profissão de Informática deve ser livre e independer de diploma ou comprovação de educação
formal;
•2. nenhum conselho de profissão pode criar qualquer impedimento ou restrição ao princípio acima;
•3. a área deve ser Auto-Regulada.
•Os argumentos levantados junto à comunidade da SBC e que nortearam a formulação dos princípios acima estão
detalhados na Justificação que acompanha o PL 1561/2003, o qual é integralmente apoiado pela Sociedade de
Computação.
•Resumidamente, a SBC posiciona-se CONTRA o estabelecimento de uma reserva de mercado de trabalho,
geralmente instituída pela criação de conselho de profissão em moldes tradicionais, o qual, como já ocorre em
muitas outras áreas, pode levar a uma indevida valorização da posse de um diploma em detrimento da posse do
conhecimento, que é a habilitação que ele deveria prover.
•A SBC é a FAVOR de liberdade do exercício profissional, sendo o conhecimento técnico-científico e social,
normalmente adquirido em curso superior de boa qualidade, o principal diferencial de competência profissional. O
diploma, com todas as informações que o compõem, é o principal e melhor instrumento para proteção da
Sociedade.
CONSELHO DE AUTO-REGULAÇÃO

• A SBC propõe a constituição de um Conselho Nacional de Auto-Regulação, a ser formado por um conjunto
de entidades representativas da Sociedade Civil com a finalidade de definir, manter um Código de ética e
aplicá-lo no setor de Informática, visando a proteção da Sociedade e defesa da Área do ponto de vista ético
e político.
• O cenário idealizado pela SBC para o exercício das atividades de Informática no País é caracterizado pelos
seguintes elementos conciliadores dos diversos interesses da Sociedade e dos profissionais:
• 1. regime de liberdade ao trabalho na profissão de Informática em todo o País;
• competência profissional e posse do conhecimento como principais diferenciais a serem utilizados pela
Sociedade e pelas empresas na contratação de serviços profissionais;
• 2. valorização do diploma de cursos superior como instrumento diferenciador de capacidade tecno-
científica e indicador de elevado potencial de competência profissional;
• 3. uso do controle de qualidade de produto para garantia da satisfação do consumidor;
• 4. uso da legislação pertinente (Cível, Penal, Comercial, Código do Consumidor, etc) para resolver
divergências, punir irregularidades e promover a defesa de direitos;
• 5. sindicatos atuantes para defender os interesses legítimos direitos da categoria profissional;
• 6. conselho de Auto-Regulação atuante para a defesa da Sociedade por meio da vigilância do cumprimento
da ética e de defesa da área do ponto de vista político.
PROJETO DE LEI PROPOSTO PELA SBC PARA
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
A partir dos princípios acima, fruto do entendimento da questão produzido pelo
debate travado no âmbito da Comunidade Científica da Computação Brasileira, em
suas reuniões, Congressos e Simpósios, nos últimos 30 anos, a SBC, através de sua
Diretoria de Regulamentação da Profissão, preparou, em 2002, a
proposta de projeto de lei de regulamentação SBC, a qual foi aprovada por seu
Conselho em dezembro de 2002 e então encaminhada ao deputado Ronaldo
Vasconcellos, que a transformou no PL 1561/2003, com sua apresentação no Plenário
da Câmara Federal dos Deputados em 27 de julho de 2003, quando entrou em
processo regular de TRAMITAÇÃO.
•Ao PL 1561 foram apensados outros projetos de lei sobre o mesmo tema, na forma
determinada pelo Regimento da Câmara dos Deputados, formando um bloco de
projetos, identificado pelo PL mais antigo, PL 815/1995. O bloco recebeu um parecer,
que antes de ser votado, foi arquivado junto com o bloco 815/95 em 31 de janeiro de
2007, em consequência do término da Legislatura 1999-2003.
•O texto do PL 1561/2003 serviu de base para a nova PROPOSTA DA SBC, que
permanece fiel ao princípio de defender a liberdade do exercício profissional na Área.
Códigos de ética profissionais versus código de
moral na área de computação
• Os códigos de ética que vemos nas mais diversas
profissões são mais códigos de moral, porque
relacionam uma gama de normas e condutas a serem
obedecidas pelos profissionais.
• Lembramos que a ÉTICA é uma crítica à MORAL. No
entanto, estes códigos normatizam procedimentos
adequados e inadequados para cada profissional. Ou
como queiram: certos e errados no desempenho de
cada profissão. Só serve para penalizar moralmente os
infratores de cada atitude anti-ética.
Regulamentação da profissão de
informática
• A comunidade científica da computação brasileira vem discutindo a questão da regulamentação
da profissão de Informática desde antes da criação da SBC em 1978.
• Fruto dos debates ocorridos ao longo dos anos, nos diversos encontros de sua comunidade
científica, em relação às vantagens e desvantagens de uma regulamentação da profissão de
informática, a SBC consolidou sua posição institucional em relação a esta questão pela
formulação dos seguintes princípios, que deveriam ser observados em uma eventual
regulamentação da profissão:
• Exercício da profissão de Informática deve ser livre e independer de diploma ou comprovação
de educação formal.
• Nenhum conselho de profissão pode criar qualquer impedimento ou restrição ao princípio
acima.
• A área deve ser Auto-Regulada.
• Os argumentos levantado junto à comunidade da SBC e que nortearam a formulação dos
princípios acima estão detalhados na Justificação que acompanha o PL 1561/2003, o qual é
integralmente apoiado pela Sociedade de Computação.
• Para outras informações acesse: http://homepages.dcc.ufmg.br/~bigonha/Sbc/plsbc.html
Projetos de Lei no Parlamento
• Projeto lei proposto pelo Sílvio de Abreu, possui como principais características, [PL 815/1995]:
• Projeto lei proposto pelo Edison Andrino, possui como principais características, [PL 981/1999]:
• Projeto lei proposto pelo José Carlos Coutinho e possui como principal finalidade a criação de
um Conselho Federal e Regional de Informática e definir suas formas atuação, [PL 6639/2002].
• Projeto lei proposto pelo Eduardo Paes, que assim como a PL Nº 815/1995, propõe as mesmas
regras quanto às exigências para desenvolver cargos de Analista de Sistemas e Técnico em
informática, [1947/2003].
• Segundo [BIGONHA 2010], a SBC [SBC 2010] em dezembro de 2002, aprovou em seu Conselho e
encaminhou ao deputado Ronaldo Vasconcellos uma proposta para regulamentação da
profissão, e este, a transformou no projeto de lei PL 1561/2003.
• Projeto lei proposto pelo Senador Expedito Júnior, tem como principais características, [PLS
607/2007]:
Projeto lei [PL 815/1995]:
• torna livre, em todo o território nacional, o exercício das atividades de análise de
sistemas e demais atividades relacionadas com a Informática;
• para exercer a função de Analista de Sistemas, os profissionais deverão possuir
diploma de nível superior em Análise de Sistemas, Ciência da Computação,
Informática, Processamento de Dados ou, na data em que entrar em vigor esta lei,
tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo, 5 anos, a
função de Analista de Sistemas;
• para exercer a função de Técnico em informática, os profissionais deverão possuir
diploma de nível técnico em Técnico em informática ou, na data em que entrar em
vigor esta lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no
mínimo, 4 anos, a função de técnico em informática.
• O projeto lei foi arquivado pelo congresso.
DIREITO
4.1. Direito Constitucional;

4.2. Direito Administrativo;

4.3. Direito Penal;

4.4. Direito Civil;

4.5. Direito do Trabalho;


Direito Constitucional

• é o ramo do direito público interno dedicado à análise e


interpretação das normas constitucionais. Tais normas
são compreendidas como o ápice da pirâmide normativa
de uma ordem jurídica, consideradas Leis Supremas de
um Estado soberano, e tem por função regulamentar e
delimitar o poder estatal, além de garantir os direitos
considerados fundamentais. O Direito constitucional é
destacado por ser fundamentado na organização e no
funcionamento do Estado e tem por objeto de estudo a
constituição política desse Estado.
Direito público

• se refere ao conjunto das normas jurídicas de natureza


pública, compreendendo tanto o conjunto de normas
jurídicas que regulam a relação entre o particular e o
Estado, como o conjunto de normas jurídicas que
regulam as atividades, as funções e organizações de
poderes do Estado e dos seus servidores.
• Por se tratar de um conceito classificatório em relação
ao conteúdo da norma jurídica, distingue-se das
normas jurídicas de natureza privada.
Constituição Federal (CF)

• no caso de uma Federação, Constituição Política,1


Constituição da República no caso de uma República,
Constituição Nacional, Lei Fundamental, Lei Básica, Lei
Suprema, Lei das Leis, Lei Maior, Magna Carta ou Carta Magna
para o documento constitucional britânico, e ainda referida
com eufemismos como Carta Mãe, Carta da República, Carta
Política, Lei das Leis, Texto Magno ou Texto Constitucional) é
um conjunto de normas do governo, que pode ser ou não
codificada como um documento escrito, que enumera e limita
os poderes e funções de uma entidade política.
Ordem Jurídica
é uma das acepções do termo Direito, que designa um
sistema de normas que regula a conduta humana e
que, diferentemente das demais ordens sociais,
contém o elemento da coação, isto é, exige
determinado comportamento expresso por uma
norma ligando o comportamento oposto a um ato de
coerção, apoiado no uso da força. Cabe destacar que o
termo Ordem Jurídica é recorrentemente usado como
sinônimo de Ordenamento Jurídico, sendo bastante
difícil diferenciar a que se refere cada um deles.
Livro o LEVIATHAN de Thomas Robbes
Na obra Leviatã, Thomas Robbes
explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre
a necessidade de governos e sociedades. No estado natural,
enquanto que alguns homens possam ser mais fortes ou mais
inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais
por forma a estar além do medo de que outro homem lhe possa
fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez
que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de
todos contra todos (Bellum omnia omnes). No entanto, os homens
têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar
com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num
contrato social.
De acordo com Hobbes

tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros


devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a
autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum. Este
soberano, quer seja um monarca ou uma assembleia (que pode até
mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia),
deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. A teoria política
do Leviatã mantém no essencial as ideias de suas duas obras anteriores,
Os elementos da lei e Do cidadão (em que tratou a questão das relações
entre Igreja e Estado).
ESTADO: poder absoluto e
centralizado
Thomas Hobbes defendia a ideia segundo a qual os homens
só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a
um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja cristã e o
Estado cristão formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo
monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras,
decidir questões religiosas e presidir o culto. Neste sentido,
critica a livre-interpretação da Bíblia na Reforma Protestante
por, de certa forma, enfraquecer o monarca. Sua filosofia
política foi analisada pelo cientista político Richard Tuck como
uma resposta para os problemas que o método cartesiano
introduziu para a filosofia moral.
Filosofia política
Hobbes argumenta que só podemos conhecer algo do
mundo exterior a partir das impressões sensoriais que
temos dele ("Só existe o que meus sentidos percebem").
Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar
uma teoria coerente de uma formação social puramente
no fato das impressões por si, a partir da tese de que as
impressões sensoriais são suficientes para o homem agir
em sentido de preservar sua própria vida, e construir
toda sua filosofia política a partir desse imperativo.
ESTADO
Segundo o jurista italiano Norberto Bobbio, a palavra foi
utilizada pela primeira vez, com o seu sentido contemporâneo,
no livro Arte da Guerra, pelo general estrategista Sun Tzu e
posteriormente no livro denominado O Príncipe, do diplomata
e militar Nicolau Maquiavel. É organizado politicamente,
socialmente e juridicamente, ocupando um território definido e
onde normalmente a lei máxima é uma constituição escrita, e
dirigida por um governo que possui soberania reconhecida
tanto interna como externamente. Um Estado soberano é
sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território".
ESTADO
• O Estado é responsável pela organização e
pelo controle social, pois detém, segundo Max
Weber, o monopólio da violência legítima
(coerção, especialmente a legal). Segundo a
divisão setorial sociológica mais comum,
considera-se o Estado o Primeiro Setor,
ficando o Mercado e as Entidades da
Sociedade Civil respectivamente como
Segundo e Terceiro Setor
ESTADO
O reconhecimento da independência de um
Estado em relação aos outros, permitindo ao
primeiro firmar acordos internacionais, é uma
condição fundamental para estabelecimento da
soberania. O Estado pode também ser definido
em termos de condições internas,
especificamente (conforme descreveu Max
Weber, entre outros) no que diz respeito à
instituição do monopólio do uso da violência.
Nação
• - denota um povo que acredita que partilha os
"mesmos ideais", origens e história. No
entanto, os adjetivos nacional e internacional
também se referem a questões relacionadas ao
que são estritamente Estados, como na capital
nacional, o direito internacional.
• Estado - refere-se ao conjunto de instituições
que regulam e de apoio que têm soberania ao
longo de um território definido e população.
Governo
é "a organização, que é a autoridade governante de uma unidade
política", "o poder de regrar uma sociedade política" e o aparato pelo
qual o corpo governante funciona e exerce autoridade. O governo é
usualmente utilizado para designar a instância máxima de
administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de
um Estado ou uma nação. Os Estados que possuem tamanhos variados
podem ter vários níveis de Governo conforme a organização política
daquele país, como por exemplo o Governo local, regional e nacional.
No Direito Administrativo contemporâneo, Governo é a expressão que
define o núcleo diretivo do Estado, alterável por eleições e responsável
pela gerência dos interesses estatais e pelo exercício do poder político.
ordenamento jurídico brasileiro
é baseado na tradição romano-germânica, isto é, civilista.
A Constituição da República Federativa do Brasil, em
vigor desde 5 de outubro de 1988, é a Lei Maior do país e
caracteriza-se por sua forma rígida, organizando o país
em uma República Federativa, formada pela união
indissolúvel dos estados, dos municípios e do Distrito
Federal. Os 26 estados federados têm autonomia para
elaborar suas próprias Constituições Estaduais e leis.
Entretanto, sua competência legislativa é limitada pelos
princípios estabelecidos na Constituição Federal.
ordenamento jurídico brasileiro
Os municípios também gozam de autonomia restrita,
pois suas legislações devem seguir as prescrições da
Constituição do Estado ao qual pertencem e,
conseqüentemente, as da própria Constituição
Federal. O Distrito Federal harmoniza funções de
Estado Federado e de município, e seu equivalente a
uma Constituição Estadual denomina-se Lei Orgânica,
que deve, também, obedecer aos termos da
Constituição Federal.
ordenamento jurídico brasileiro
Os poderes da União são: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário,
independentes e harmônicos entre si. O chefe do Executivo é o
Presidente da República, eleito por sufrágio universal e incumbido tanto
das atribuições de chefe de Estado quanto das de chefe de Governo. O
Congresso Nacional é composto pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado Federal, ambos integrados por representantes eleitos pelo voto
popular. Compõem o Poder Judiciário Federal: o Supremo Tribunal
Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), os Tribunais Regionais
Federais (TRFs) e a Justiça Federal. Há, ainda, tribunais especializados
para lidar com questões eleitorais, trabalhistas e militares. 
ordenamento jurídico brasileiro
• O Poder Judiciário divide-se em federal e estadual. Os municípios não
possuem sistema jurídico próprio e, portanto, dependendo da
natureza do caso, devem recorrer ao sistema jurídico federal ou
estadual. O sistema judiciário é composto por vários tribunais
regulados pelo STF. A função precípua deste Tribunal, formado por
onze ministros, é garantir o cumprimento da Constituição. Entre
outras obrigações, tem jurisdição, originariamente, para: (a) julgar
leis federais ou estaduais inconstitucionais em face da Constituição
Federal; (b) ordenar a extradição solicitada por Estados estrangeiros;
e (c) decidir casos julgados em tribunais de instância única quando a
apelação puder violar dispositivos da Constituição.
ordenamento jurídico brasileiro
O STJ, dentre várias atribuições, é responsável por julgar, em última
instância, recursos de processos envolvendo leis federais e tratados
internacionais. Os cinco TRFs são responsáveis por julgar, em grau de
recurso, as decisões dos juízes federais de primeira instância, que, por sua
vez, estão incumbidos de julgar os processos em que uma das partes é a
União e as causas que envolvem Estados estrangeiros ou organismos
internacionais. A Justiça Estadual no Brasil consiste em Tribunais Estaduais
e juízes de Direito, também chamados de juízes de primeira instância.
ordenamento jurídico brasileiro
A respeito do processo legislativo, inicia-se, em termos gerais,
com projeto de lei em uma das casas do Congresso – a Câmara
dos Deputados ou o Senado Federal –, então denominada Casa
Originária. Após a votação do projeto, ele é rejeitado ou, se
aprovado, enviado para a outra casa, que é então chamada de
Casa Revisora. Nesta, o projeto de lei pode ser rejeitado,
aprovado ou emendado, para ser então devolvido à Casa
Originária. O projeto de lei, após aprovação congressional, é
enviado ao Presidente da República para ser sancionado ou
vetado, no todo ou em parte. Se o projeto é vetado, os
membros do Congresso Nacional podem anular tal veto.
ordenamento jurídico brasileiro
• A Constituição Federal dispõe sobre os instrumentos legais do
ordenamento jurídico brasileiro, quais sejam: (a) emendas à
Constituição, que consistem em mudanças no texto constitucional;
(b) leis complementares, que complementam a Constituição ao
detalhar uma questão sem interferir no texto Constitucional; tais leis
são admissíveis apenas em casos expressamente autorizados na
Constituição; (c) leis ordinárias, que lidam com todas as matérias, à
exceção daquelas reservadas às leis complementares; e (d) medidas
provisórias, que são editadas pelo Presidente da República em
situações importantes e urgentes; têm natureza temporária e força
de lei, devendo, assim, ser submetidas ao Congresso Nacional para
possível aprovação legislativa.
ordenamento jurídico brasileiro
• Após serem examinadas pelo Congresso
Nacional, as medidas provisórias deverão ser
convertidas em lei ordinária, se aprovadas. Se
rejeitadas, tacitamente ou expressamente,
perdem a eficácia ex tunc, e o Congresso
Nacional deverá regular as relações jurídicas
que surjam a partir de então.
Ex tunc

• é uma expressão em latim que significa


"desde o início", "desde então", "daquele
momento em diante" etc. é usada por
exemplo para afirmar que uma lei será
aplicada de forma retroativa, ou seja, em
casos anteriores ao da aprovação da lei. É o
oposto de ex nunc.
DIREITO ADMINISTRATIVO
é um ramo autônomo do direito público interno que se
concentra no estudo da Administração Pública e da atividade
de seus integrantes. Tal disciplina tem por objeto os órgãos,
entidades, agentes e atividades públicos, e a sua meta é a
sistematização dos fins desejados pelo Estado, ou seja, o
interesse público, regrado pelo princípio da legalidade. Tudo
que se refere à Administração Pública e à relação entre ela e
os administrados e seus servidores é regrado e estudado pelo
Direito Administrativo.
Direito Administrativo
• integra o ramo do Direito Público, cuja principal característica
encontramos no fato de haver uma desigualdade jurídica
entre cada uma das partes envolvidas. De um lado, a
Administração Pública defende os interesses coletivos; de
outro, o particular. Havendo conflito entre tais interesses,
haverá de prevalecer o da coletividade, representado pela
Administração Pública. No Direito Público, a Administração
Pública se encontrará sempre em um patamar superior ao do
particular, diferentemente do que é visto no Direito Privado,
onde as partes estão em igualdade de condições
Direito Administrativo
• é o ramo do direito público que trata de
princípios e regras que disciplinam a função
administrativa e que abrange entes, órgãos,
agentes e atividades desempenhadas pela
Administração Pública na consecução do
interesse público.
Fontes do Direito Administrativo
• os preceitos normativos do ordenamento jurídico, sejam eles
decorrentes de regras ou princípios, contidos na Constituição, nas
leis e em atos normativos editados pelo Poder Executivo para a fiel
execução da lei;
• a jurisprudência, isto é, reunião de diversos julgados num mesmo
sentido. Se houver Súmula Vinculante, a jurisprudência será fonte
primária e vinculante da Administração Pública;
• a doutrina: produção científica da área expressa em artigos,
pareceres e livros, que são utilizados como fontes para elaboração de
enunciados normativos, atos administrativos ou sentenças judiciais;
• os costumes ou a praxe administrativa da repartição pública.
Função administrativa
• é a atividade do Estado de dar cumprimento aos comandos
normativos para realização dos fins públicos, sob regime jurídico
administrativo (em regra), e por atos passíveis de controle.
• A função administrativa é exercida tipicamente pelo Poder Executivo,
mas pode ser desempenhada também pelos demais Poderes, em
caráter atípico. Por conseguinte, também o Judiciário e o Legislativo,
não obstante suas funções jurisdicional e legislativa (e fiscalizatória)
típicas, praticam atos administrativos, realizam suas nomeações de
servidores, fazem suas licitações e celebram contratos
administrativos, ou seja, tomam medidas concretas de gestão de
seus quadros e atividades.
Função administrativa
• relaciona-se com a aplicação do Direito, sendo consagrada a frase de
Seabra Fagundes no sentido de que “administrar é aplicar a lei de
ofício”. A expressão administração pública possui, segundo Di Pietro ,
no entanto, dois sentidos:
• o sentido subjetivo, formal ou orgânico: em que é grafada com letras
maiúsculas, isto é, Administração Pública, e que indica o conjunto de
órgãos e pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função
administrativa do Estado; e
• o sentido objetivo, em que o termo é grafado com minúsculas
(administração pública), sendo usado no contexto de atividade
desempenhada sob regime de direito público para consecução dos
interesses coletivos (sinônimo de função administrativa).
Princípios e regras do direito
administrativo
Ressalte-se que só os princípios e regras constantes dos
preceitos normativos do Direito são considerados fontes
primárias. Os demais expedientes: doutrina, costumes e
jurisprudência são geralmente fontes meramente
secundárias, isto é, não vinculantes; exceto no caso da
súmula vinculante, conforme sistemática criada pela
Emenda Constitucional nᵒ 45/04, que é fonte de
observância obrigatória tanto ao Poder Judiciário, como à
Administração Pública direta e indireta, em todos os níveis
federativos.
Princípios
• Segundo Alexy, princípios são mandamentos
de otimização, que se caracterizam pelo fato
de poderem ser cumpridos em diferentes
graus. A medida imposta para o cumprimento
do princípio depende: (a) das possibilidades
reais (fáticas), extraídas das circunstâncias
concretas; e (b) das possibilidades jurídicas
existentes.
Princípios
• Com o pós-positivismo os princípios foram alçados
dos Códigos às Constituições, ganhando status de
normas jurídicas de superior hierarquia. Antes eram
tidos como pautas supletivas das lacunas do
ordenamento, conforme orientação do art. 4ᵒ da
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
mas com o avanço da hermenêutica jurídica sabe-se
que eles não são só sugestões interpretativas, pois
eles têm caráter vinculante, cogente ou obrigatório.
Princípios do Direito
Administrativo
• expressos no caput do art. 37 da Constituição:
• legalidade;
• impessoalidade;
• moralidade;
• publicidade; e
• eficiência, sendo que este último foi
acrescentado pela Emenda Constitucional nᵒ 19/98.
Legalidade administrativa
• significa que a Administração Pública só pode
o que a lei permite. Cumpre à Administração,
no exercício de suas atividades, atuar de
acordo com a lei e com as finalidades
previstas, expressas ou implicitamente, no
Direito.
Impessoalidade
• implica que os administrados que preenchem os
requisitos previstos no ordenamento possuem o
direito público subjetivo de exigir igual tratamento
perante o Estado. Do ponto de vista da
Administração, a atuação do agente público deve
ser feita de forma a evitar promoção pessoal, sendo
que os seus atos são imputados ao órgão, pela
teoria do órgão.
Publicidade
• é o princípio básico da Administração que
propicia a credibilidade pela transparência.
Costuma-se diferenciar publicidade geral, para
atos de efeitos externos, que demandam,
como regra, publicação oficial; de publicidade
restrita, para defesa de direitos e
esclarecimentos de informações nos órgãos
públicos.
Moralidade
• é o princípio que exige dos agentes públicos
comportamentos compatíveis com o interesse
público que cumpre atingir, que são voltados
para os ideais e valores coletivos segundo a
ética institucional.
Eficiência
• foi um princípio introduzido pela Reforma
Administrativa veiculada pela Emenda
Constitucional nᵒ 19/98, que exige resultados
positivos para o serviço público e satisfatório
atendimento das necessidades públicas.
Princípios positivados por Lei
• Além dos princípios constitucionais, existem
princípios que foram positivados por lei,
como, por exemplo, no âmbito federal,
também se extraem do art. 2ᵒ da Lei nᵒ
9.784/99: finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,
ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica e interesse público.
Prerrogativas ou poderes
• Para realizar suas atividades, a Administração
Pública detém prerrogativas ou poderes.
Conforme clássica exposição de Celso Antônio
Bandeira de Mello, tais poderes são poderes-
deveres, ou seja, poderes subordinados ou
instrumentais aos deveres estatais de
satisfação dos interesses públicos ou da
coletividade.
Poderes administrativos
• São poderes administrativos:
• o discricionário;
• os decorrentes da hierarquia;
• o disciplinar;
• o normativo; e
• o de polícia.
Poder discricionário
• Poder discricionário é a prerrogativa que tem a
Administração de optar, dentre duas ou mais
soluções, por aquela que, segundo critérios de
conveniência e oportunidade, melhor atenda ao
interesse público no caso concreto. Entende-se, no
geral, que vinculação não é propriamente um
poder, mas uma sujeição da Administração ao
império da lei.
Poder da hierarquia
• Da hierarquia, decorrem os seguintes poderes:
ordenar atividades, controlar ou fiscalizar as
atividades dos subordinados, rever as
decisões, com a possibilidade de anular atos
ilegais ou de revogar os inconvenientes e
inoportunos, com base na Súmula 473/STF,
punir ou aplicar sanções disciplinares, avocar
ou chamar para si atribuições, delegar e editar
atos normativos internos.
Poder disciplinar
• é o que compete à Administração para apurar
supostas infrações funcionais e, se for o caso,
aplicar as sanções administrativas. Ele abrange
tanto as relações funcionais com os servidores
públicos, como às demais pessoas sujeitas à
disciplina da Administração Pública.
Poder normativo
• envolve a edição pela Administração Pública
de atos com efeitos gerais e abstratos, como
decretos regulamentares, instruções
normativas, regimentos, resoluções e
deliberações. Poder regulamentar é, portanto,
uma espécie de poder normativo.
Poder de polícia
• consiste “na atividade de condicionar e restringir
o exercício dos direitos individuais, tais como
propriedade e a liberdade, em benefício do
interesse público”. São atributos do poder de
polícia: discricionariedade, autoexecutoriedade e
coercibilidade.
Estrutura da Administração Pública
• Na organização administrativa do Estado, há a divisão
estrutural entre entes da Administração Direta e entes da
Administração Indireta. Os entes da Administração Direta
compreendem as pessoas jurídicas políticas: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, e órgãos que
integram tais pessoas pelo fenômeno da desconcentração.
• Desconcentração indica, na definição de Hely Lopes
Meirelles, a repartição de funções entre vários órgãos
(despersonalizados) de uma mesma administração, sem
quebra de hierarquia.
Critérios de desconcentração
• De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, os critérios
de desconcentração são:
• em razão da matéria: em que há a criação de órgãos para
tratar de assuntos determinados, como, no âmbito federal,
os Ministérios da Justiça, da Saúde, da Educação etc.
• em razão do grau: nos distintos escalões de patamares de
autoridade, como, por exemplo, diretoria, chefias etc.
• pelo critério territorial: que toma por base a divisão de
atividades pela localização da repartição, como nas
administrações regionais das Prefeituras.
Administração Indireta
• Já os entes da Administração Indireta são
constituídos por descentralização por
serviços, em que o Poder Público cria ou
autoriza a criação por meio de lei de pessoa
jurídica de direito público ou privado e a ele
atribui a titularidade e a execução de
determinado serviço público, conforme
sistemática do art. 37, XIX, da Constituição.
Administração Indireta
• Integram a Administração Indireta: as
autarquias, as fundações, as sociedades de
economia mista, as empresas públicas e mais
recentemente as associações públicas
constituídas pelos consórcios públicos,
conforme tratamento dado pela Lei nᵒ
11.107/2005.
Ato administrativo

• Considera-se ato administrativo, segundo Di


Pietro, a declaração do Estado ou de quem o
represente, que produz efeitos jurídicos
imediatos, com observância de lei, sob regime
jurídico de direito público e sujeita a controle
do Poder Judiciário.
Ato administrativo
• Tendo em vista o regime jurídico administrativo, os atos
administrativos possuem os seguintes atributos:
• presunção de legitimidade e veracidade;
• imperatividade, pois se impõem aos seus destinatários,
independentemente de sua concordância;
• autoexecutoriedade, podendo a Administração como
regra executar suas decisões, sem a necessidade de
submetê-las previamente ao Poder Judiciário.
Ato administrativo
• Maria Sylvia Zanella Di Pietro ainda fala em
um quarto atributo do ato administrativo,
qual seja: a tipicidade, que demanda que eles
correspondam a figuras estabelecidas em lei,
o que afasta da seara do Direito
Administrativo a presença de atos
inominados.
Espécies de atos administrativos
• São espécies de atos administrativos, segundo conhecida
classificação de Hely Lopes Meirelles: negociais, que visam à
concretização de negócios jurídicos públicos ou de atribuição de
certos direitos e vantagens aos particulares, como as licenças e
autorizações; normativos, os quais consubstanciam determinações
de caráter geral para a atuação administrativa, como ocorre nos
regimentos e deliberações; enunciativos, que atestam uma situação
existente, por exemplo, nos atestados, certidões, pareceres e votos;
• ordinatórios, que ordenam a atividade administrativa interna. Por
exemplo: em instruções, circulares e ordens de serviço; punitivos,
que contém sanção imposta pela Administração, como: imposição de
multa administrativa, interdição de atividade e punição de servidores
públicos.
DIREITO PENAL
• Direito penal é o ramo do direito público
dedicado às normas emanadas pelo Poder
Legislativo para reprimir os delitos cominando
penas com a finalidade de preservar a
sociedade e de proporcionar o seu
desenvolvimento.
DIREITO PENAL - ORIGENS
• O direito penal passou por várias fases de
evolução, sofrendo influência do direito romano,
grego, canônico, e também de outras escolas como
a clássica e a positiva. Essas influências serviram de
base para o direito penal brasileiro, justificando
procedimentos atuais dentro do direito penal
moderno , como a criação dos princípios penais
sobre o erro, culpa, dolo, etc., o que resulta na
importância do conhecimento histórico.
DIREITO PENAL - FUNÇÃO
• Tradicionalmente, entende-se que o direito penal visa a
proteger os bens jurídicos fundamentais (todo valor
reconhecido pelo direito). No crime de furto, por exemplo,
o resultado é representado pela ofensa ao bem jurídico
"patrimônio"; no homicídio, há lesão ao bem jurídico "vida
humana"; na coação, uma violação à liberdade individual.
Essa seria a tríade fundamental de bens jurídicos tutelados
coativamente pelo Estado: vida, liberdade e propriedade.
DIREITO PENAL - FUNÇÃO
• Além de tentar proteger os bens jurídicos vitais para a sociedade,
normalmente entende-se que o direito penal garante os direitos da
pessoa humana frente ao poder punitivo do Estado. Esta forma de
encarar as funções do direito penal vem da velha tradição liberal,
muito bem explicitada pelo penalista espanhol Dorado Montero1 .
Ainda que se duvide dessa função garantista, deve ela ser levada em
conta na formulação das normas penais, a fim de poder evitar que o
Estado de polícia se manifeste e se sobreponha ao Estado de direito.
Como diz Zaffaroni, em toda ordem jurídica, ainda que democrática,
o Estado de Polícia está sempre presente e pode conduzir, a qualquer
momento, a um regime autoritário em detrimento das liberdades
humanas.
Crítica à função protetiva de bens
jurídicos fundamentais
• Em face das modernas investigações no campo da
criminologia e ainda das contribuições da sociologia, da
ciência política e da filosofia, chega-se à conclusão de que
essa função protetiva é meramente simbólica. Não há
comprovação empírica de que, efetivamente, o direito
penal proteja valores ou bens jurídicos, nem de que a
referência a essa tarefa protetiva possa servir de
fundamento legitimante de sua atuação. A referência à
proteção de bens ou valores constitui, apenas, um recurso
de justificação das normas proibitivas e mandamentais.
Crítica à função protetiva de bens
jurídicos fundamentais
• Diante dessa situação, a doutrina penal tem posto
em dúvida a validade dessas normas, na medida em
que apenas se fundamentem em finalidades
programáticas, sem correspondência com a
realidade de um Estado democrático de direito, que
exige que as normas interventivas sejam precedidas
de ampla discussão e só possam ser editadas se
vinculadas a elementos concretos de legitimação.
Crítica à função protetiva de bens
jurídicos fundamentais
Buscando sedimentar as normas penais em substratos
apreensíveis, o professor Wolfgang Naucke, catedrático da
Universidade de Frankfurt (Alemanha), postula pela substituição
dos bens ou valores jurídicos pelo conceito de "direito
subjetivo". A incriminação, dessa forma, só estaria legitimada se
voltada à proteção de direitos subjetivos reconhecidos, mas não
de bens ou valores jurídicos simbólicos. A proteção à pessoa por
meio da incriminação do homicídio, por exemplo, estaria
legitimada porque a ela se reconhece em todos os continentes o
direito subjetivo à vida. O conjunto desses direitos subjetivos
constituiria, assim, a base de toda ordem jurídica democrática.
Crítica à função protetiva de bens
jurídicos fundamentais
Mesmo, porém, que se adote a noção de bem jurídico como objeto de
proteção do direito penal, é necessário proceder-se a uma redução de seu
conceito, a fim de diferenciá-lo das simples funções, com as quais não deve
ser confundido. Não se enquadram, assim, no conceito de bem jurídico
meros sentimentos, sensações, opiniões, moralidade como tal, amor, ódio,
fidelidade, controle do tráfego, controle de circulação de pessoas, etc.
Sobre isso, inclusive, a doutrina penal tem desenvolvido uma enorme
consideração. Portanto, não se deve falar de função ético-social do direito
penal. O direito penal, como qualquer direito, deve separar, com bastante
nitidez, as linhas divisórias do que seja legal e do que seja ético ou moral.
Só o que possa ser legal, como contribuição do consenso exercido em um
Estado democrático, pode ser legitimamente exigido.
Crítica à função de garantia do indivíduo

• Embora seja louvável a política de controle da


criminalidade, como recurso a assegurar a todas as pessoas
o pleno exercício de seus direitos subjetivos, não pode ela,
porém, iludir a população com a falsa ideia de que com a
simples incriminação de certas condutas se construirá uma
sociedade verdadeiramente protegida e livre de qualquer
mazela ou perturbação. A sociedade será protegida na
medida em que o Estado atenda aos direitos dos cidadãos,
dentre os quais se incluem, indistintamente, todas as
pessoas.
Crítica à função de garantia do indivíduo
O direito penal como arma jurídica do Estado não pode ser o principal
meio de controle e garantia dos direitos individuais e coletivos, pois a
repressão e a força vingativa do Estado não conseguem diminuir o nível de
criminalidade dentro de uma nação. O Estado democrático de direito tem
outros meios de se evitar o alto índice de criminalidade, sendo o direito
penal o ramo do direito de extremo poder quando todos os outros ramos
nada conseguiram fazer. A sociedade não deve esperar que as penas
severas sancionadas pelo Juízo criminal venha causar temor nos indivíduos
ao ponto de respeitarem entre si seus direitos individuais e coletivos. De
fato o Poder executivo do Estado tem o dever constitucional de garantir e
executar os direitos individuais e coletivos das pessoas na sociedade,
sendo deles a real competência de trabalhar para garantir direitos a
Educação, Saúde mental, corporal e direitos trabalhistas. Assim como a
manutenção dos bens públicos, como o incentivo ao lazer e os diversos
meios de se evitar a atuação do direito penal.
Limitações ao direito penal
Prevalecem no direito criminal (penal) contemporâneo
as exigências ético-sociais da plena garantia do
respeito aos direitos humanos do individuo. Assim
sendo é necessário o respeito à dignidade da pessoa
humana (princípio da dignidade da pessoa humana e
humanidade das penas), do caráter estritamente
pessoal da pena(principio da pessoalidade), do
necessário respeito ao princípio da proporcionalidade,
do caráter da ampla e contraditória defesa (princípio
do devido processo legal) da instrução criminal.
Limitações ao direito penal
• Deve-se sempre ter em mente que o direito
penal, por ser o mais gravoso meio de
controle social, deve ser usado sempre em
último caso (ultima ratio) e visando sempre ao
interesse social, não podendo transformar-se
em instrumento de repressão à serviço dos
governantes, a exemplo do que ocorre nos
Estados policiais.
Limitações ao direito penal
• O direito penal sendo a ultima ratio não deve ser acionado para
reprimir atos ilícitos insignificantes para a sociedade, de caráter
estritamente privado e sem valor para a sociedade local. Isso quer
dizer que o crime deve ser necessariamente uma conduta ilícita
geradora de um dano a algum bem jurídico público ou privado capaz
de despertar a fúria do interesse coletivo, de forma a movimentar o
Poder Judiciário e aplicar o devido processo legal. O direito penal não
deve ser usado para punir crimes como furtos de alimentos em
pequenas quantidades por ocasião de fome do delinquente, por
exemplo. Devendo ser invocados os Princípios da Insignificância e
Proporcionalidade na análise de crimes e julgamento de penas.
Fontes do direito penal
• O Estado é a fonte material do direito penal,
uma vez que é o legislador quem cria as
normas penais; essas normas, por sua vez, são
dadas a conhecimento por meio de leis,
denominadas fontes formais imediatas do
direito penal. As principais fontes do direito
penal são o Código Penal e o Código de
Processo Penal de cada país, bem como a
legislação penal complementar.
Fontes do direito penal
• Entre as fontes auxiliares, estão a doutrina
(conjunto de teses e correntes jurídicas
defendidas por juristas e estudiosos do Direito
) e a jurisprudência (conjunto de decisões
judiciais concretas, formando os precedentes
judiciais), acumuladas em determinada
jurisdição.
Fontes do direito penal
• Dentro do chamado Direito material, aquele
derivado das leis, essas são as fontes primordiais do
direito penal. No Brasil, esta ideia é reforçada pelo
chamado princípio da reserva legal, que estabelece:
• na Constituição Federal de 1988, artigo 5º, II:
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei”.
• no Código Penal, artigo 1º: “Não há crime sem lei
anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal”.
As fontes secundárias do direito
penal são:
• os costumes;
• a analogia;
• a equidade;
• os princípios gerais do Direito; e
• os tratados e convenções internacionais.
Direito penal objetivo e subjetivo
• Direito penal objetivo é o conjunto de normas impostas pelo
Estado, a cuja observância os indivíduos podem ser
compelidos mediante coerção. É o conjunto de normas que
a todos vincula, constituindo um padrão de comportamento,
em razão do qual se dirá se uma conduta é correta ou
incorreta no plano jurídico.
• Por outro lado, o direito penal subjetivo refere-se à
titularidade única e exclusiva do Estado de punir as condutas
elencadas como criminosas. Dessa forma, o Estado é o único
titular do "direito de punir" (‘’jus puniendi’’).
DIREITO PENAL – PARTE GERAL
• Conceito de direito penal: é o ramo do direito
público que define as infrações penais (crimes
e contravenções penais), estabelecendo
as sanções penais (penas e medidas de
segurança) aplicáveis aos infratores.
• Direito penal objetivo: é o conjunto de
normas penais em vigor no país.
• Direito penal subjetivo:é o direito de punir
que surge para o Estado com a prática de uma
infração penal.
DIREITO PENAL – PARTE GERAL
• Legislação penal brasileira: Código
Penal e leis especiais (ex.: LCP, Abuso de
Autoridade, Lei de Tóxicos, Sonegação
Fiscal, Porte de Arma, Crimes de Trânsito
etc.).
• Finalidade do direito penal: é a “tutela
jurídica”, ou seja, a proteção aos bens
jurídicos.
Classificação das infrações penais:

• - crimes ou delitos – é a infração penal a que


a lei comina pena de reclusão ou de detenção,
quer isoladamente, quer alternativa ou
cumulativamente com a pena de multa.
• - contravenções (“crime anão”) – é a
infração penal a que a lei comina,
isoladamente, pena de prisão simples ou de
multa, ou ambas, alternativamente ou
cumulativamente.
CRIMES X CONTRAVENÇÕES
• os crimes podem ser de ação pública
(condicionada ou incondicionada) ou privada;
as contravenções sempre se apuram
mediante ação pública incondicionada.
• - a peça inicial nos crimes é a denúncia ou a
queixa, dependendo da espécie de ação penal
prevista na lei; nas contravenções a peça
inicial é sempre a denúncia.
CRIMES X CONTRAVENÇÕES
• - nos crimes, a tentativa é punível;
nas contravenções, não.
• - em certos casos, os crimes cometidos no
exterior podem ser punidos no Brasil, desde que
presentes os requisitos legais; já
as contravenções cometidas no exterior nunca
podem ser punidas no Brasil.
• - o elemento subjetivo do crime é o dolo ou a
culpa; para a contravenção, entretanto, basta à
voluntariedade (art. 3°, LCP).
Direito Civil

• O direito civil é o principal ramo do direito


privado. Trata-se do conjunto de normas
jurídicas (regras e princípios) que regulam as
relações jurídicas entre as pessoas, sejam
estas naturais ou jurídicas, que comumente
encontram-se em uma situação de equilíbrio
de condições. O direito civil é o direito do dia
a dia das pessoas, em suas relações privadas
cotidianas.
Direito Civil

• O principal corpo de normas objetivas do


direito civil, no ordenamento jurídico
brasileiro, é o Código Civil (Lei n. 10.406, de 10
de janeiro de 2002), que é dividido em duas
partes: a parte geral e a parte especial.
Direito Civil

• O Código Civil disciplina matérias relativas às


pessoas, aos atos e negócios jurídicos, aos bens e
aos direitos a eles inerentes, às obrigações, aos
contratos, à família e às sucessões (estas últimas,
ou sejam, a quem os bens atribuídos após a morte
de alguém). Estabelece ainda o regime das pessoas
jurídicas, tanto as de natureza civil, propriamente
dita, quanto aquelas que atuam no âmbito do
direito comercial ou direito de empresa.
Direito Civil

• A aplicação das normas de direito civil, no


âmbito do processo judicial, é regulado pelo
Código de Processo Civil, bem como o Código
Civil em determinadas circunstâncias
excepcionais.
Repersonalização do Direito Civil
representa a perspectiva da pessoa humana como
centro do direito civil, e do direito como um todo,
compreendendo que ela está acima da dimensão
patrimonial, em razão de dignidade essencial. Assim,
ela está intimamente conectada com o princípio da
dignidade da pessoa humana. A ideia costuma ser
também referida como repersonalização do direito
privado, remetendo à perspectiva da pessoa, no
direito romano, como centro da experiência jurídica na
esfera privada.
O código civil brasileiro
• O código civil brasileiro foi criado pela Lei
10406/2002 e entrou em vigor em
01.01.2003. O CVB possui 2046 artigos
distribuídos em duas partes: Parte Geral e
Parte Especial.
DA PERSONALIDADE E DA
CAPACIDADE
• Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e
deveres na ordem civil.
• Art. 2o A personalidade civil da pessoa
começa do nascimento com vida; mas a
lei põe a salvo, desde a concepção, os
direitos do nascituro.
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES

• Art. 3o São absolutamente incapazes de


exercer pessoalmente os atos da vida civil:
• I - os menores de dezesseis anos;
• II - os que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos;
• III - os que, mesmo por causa transitória,
não puderem exprimir sua vontade.
Relativamente Incapazes
• Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à
maneira de os exercer:
• I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
• II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
• III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
• IV - os pródigos.
• Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por
legislação especial.
Menoridade
• Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa
fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
• Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
• I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos
completos;
• II - pelo casamento;
• III - pelo exercício de emprego público efetivo;
• IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
• V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos
completos tenha economia própria.
Morte e ausência
• Art. 6o A existência da pessoa natural
termina com a morte; presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos em que a
lei autoriza a abertura de sucessão
definitiva.
Morte presumida
• Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem
decretação de ausência:
• I - se for extremamente provável a morte de quem
estava em perigo de vida;
• II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra.
• Parágrafo único. A declaração da morte presumida,
nesses casos, somente poderá ser requerida depois de
esgotadas as buscas e averiguações, devendo a
sentença fixar a data provável do falecimento.
Presunção
• Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na
mesma ocasião, não se podendo averiguar se
algum dos comorientes precedeu aos outros,
presumir-se-ão simultaneamente mortos.
• O fenômeno jurídico da comoriência ocorre quando
duas ou mais pessoas morrem ao mesmo tempo, ou
quando não é possível concluir qual delas morreu
primeiro, razão pela qual o direito trata como se elas
tivessem morrido no mesmo instante.
Registro Civil
• Art. 9o Serão registrados em registro público:
• I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
• II - a emancipação por outorga dos pais ou
por sentença do juiz;
• III - a interdição por incapacidade absoluta
ou relativa;
• IV - a sentença declaratória de ausência e
de morte presumida.
Averbação no Registro Público civil
• Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
• I - das sentenças que decretarem a nulidade ou
anulação do casamento, o divórcio, a separação
judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
• II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem
ou reconhecerem a filiação;
• III - dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção.
(Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
Pessoas Jurídicas
• Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito
público, interno ou externo, e de direito
privado.
PJ de direito público interno
• Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
• I - a União;
• II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
• III - os Municípios;
• IV - as autarquias;
• IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Redação
dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
• V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
• Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas
jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de
direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu
funcionamento, pelas normas deste Código.
Pessoas jurídicas
• Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público
externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas
que forem regidas pelo direito internacional público.
• Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público
interno são civilmente responsáveis por atos dos
seus agentes que nessa qualidade causem danos a
terceiros, ressalvado direito regressivo contra os
causadores do dano, se houver, por parte destes,
culpa ou dolo.
PJ de direito privado
• Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
• I - as associações;
• II - as sociedades;
• III - as fundações.
• IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003)
• V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003)
• VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
(Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
PJ de direito privado
• § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e
o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao
poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos
constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela
Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
• § 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se
subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da
Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003)
• § 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão
conforme o disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº
10.825, de 22.12.2003)
Criação de PJ
• Art. 45. Começa a existência legal das pessoas
jurídicas de direito privado com a inscrição do ato
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder
Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
• Parágrafo único. Decai em três anos o direito de
anular a constituição das pessoas jurídicas de direito
privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.
Dissolução da PJ
• Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou
cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá
para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
• § 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver
inscrita, a averbação de sua dissolução.
• § 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-
se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito
privado.
• § 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da
inscrição da pessoa jurídica.
PJ sem fins econômicos
• Art. 53. Constituem-se as associações
pela união de pessoas que se organizem
para fins não econômicos.
• Parágrafo único. Não há, entre os
associados, direitos e obrigações
recíprocos.
Criação de Fundação
• Art. 62. Para criar uma fundação, o seu
instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens
livres, especificando o fim a que se destina,
e declarando, se quiser, a maneira de
administrá-la.
• Parágrafo único. A fundação somente
poderá constituir-se para fins religiosos,
morais, culturais ou de assistência.
Domicílio Pessoa Física
• Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com
ânimo definitivo.
• Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva,
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
• Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão,
o lugar onde esta é exercida.
• Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles
constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
• Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar
onde for encontrada.
• Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o
mudar.
• Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades
dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança,
com as circunstâncias que a acompanharem.
Domicílio Pessoa Jurídica
• Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
• I - da União, o Distrito Federal;
• II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
• III - do Município, o lugar onde funcione a administração
municipal;
• IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde
funcionarem as respectivas diretorias e administrações,
ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou
atos constitutivos.
Domicílio Pessoa Jurídica
• § 1o Tendo a pessoa jurídica diversos
estabelecimentos em lugares diferentes, cada um
deles será considerado domicílio para os atos nele
praticados.
• § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no
estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa
jurídica, no tocante às obrigações contraídas por
cada uma das suas agências, o lugar do
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela
corresponder.
Domicílio outros tipos de pessoas
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o
servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do
seu representante ou assistente; o do servidor
público, o lugar em que exercer
permanentemente suas funções; o do militar,
onde servir, e, sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, a sede do comando a que se
encontrar imediatamente subordinado; o do
marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o
do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
Domicílio outros tipos de pessoas
• Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que,
citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade
sem designar onde tem, no país, o seu domicílio,
poderá ser demandado no Distrito Federal ou no
último ponto do território brasileiro onde o teve.
• Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os
contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações
deles resultantes.
Bens imóveis
• Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe
incorporar natural ou artificialmente.
• Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:I - os
direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II
- o direito à sucessão aberta. Em termos práticos, suponha
que, aberta a sucessão, determinado herdeiro decida ceder
parte do seu quinhão a terceira pessoa. E considere ainda
que essa "parte do quinhão" seja um automóvel. Veja: é
um bem móvel, mas quaisquer direitos referentes à
sucessão aberta serão tratados, para tal fim, como imóveis.
Bens móveis
• Art. 82. São móveis os bens suscetíveis
de movimento próprio, ou de remoção por
força alheia, sem alteração da substância
ou da destinação econômico-social.
Atos ilícitos
• Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.
• Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
• Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
• I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido;
• II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de
remover perigo iminente.
• Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites
do indispensável para a remoção do perigo.
Direito trabalhista
• também chamado de direito do trabalho ou laboral,
que regula as relações existentes entre empregados
e empregadores. Ela é estabelecida por meio de um
conjunto de normas regidas pela Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, a Constituição Federal
(um conjunto de leis superior às outras no caso do
sistema jurídico) e outras leis esparsas (leis
incomuns e que não se encontram num código ou
na Constituição).
Direito do trabalho
• existem duas figuras principais. Um é o empregado, um indivíduo de
pessoa física que presta serviços (as funções executadas em seu
ambiente de trabalho continuamente) ao empregador, cuja
dependência (no sentido de cumprir ordens) consiste nos cargos e
funções dado por esse, tendo como remuneração um salário prescrito
na CLT.
O outro é o empregador, geralmente uma pessoa jurídica (empresa)
que contrata os serviços do empregado mediante um salário. Ele pode
ser também uma pessoa física ou um grupo de empresas.
Contrato de Trabalho
• Por meio da relação de trabalho, em que o
empregado presta serviços para o empregador,
o contrato de trabalho é o instrumento que
representa essa relação, estando nele os
direitos e os deveres do empregado. Ela irá
variar de acordo com os tipos de trabalho e
relações entre os dois.
Direito do Trabalho - Origens
• O direito do trabalho tem suas origens
baseadas nas normas instituídas pela
Organização Internacional do Trabalho -
OIT, as doutrinas e os costumes de um povo e
os contratos de trabalho e regulamentos da
empresa.
Características do direito do
trabalho
• que também são seus princípios: Princípio protetor
– protege a parte mais fraca da relação entre o
dinheiro e o trabalho. Princípio da
irrenunciabilidade – garante os direitos do
trabalhador, sendo que sua renúncia não tem valor
na lei. Princípio da primazia da realidade – todos
os contratos devem ser escritos e somente o contrato
de trabalho pode ser verbal ou tácita, entre outros
princípios.
Direito Trabalhista no Brasil
Um avanço na história do país
• No Brasil, inicialmente, as relações de trabalho começaram na
exploração dos indígenas, desde o descobrimento, em 1500.  Um
marco importante foi a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no país, em
1888. De 1889, com a Proclamação da República, até 1922,
presencia-se a criação dos Tribunais Rurais, sendo planejada,
também, a criação do primeiro órgão da Justiça do Trabalho no país.
No ano posterior, tem-se o início da Previdência Social. Já em 1927, o
Código de Menores foi promulgado.
Na fase do governo do presidente do Brasil Getúlio Vargas, o direito
do trabalho sofreu mudanças, sendo criado o Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio e a Constituição de 1934.
CLT Consolidação das Leis do Trabalho ou
Trabalhistas
• As normas do trabalho no Brasil se encontram
na Constituição Federal, na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho ou
Trabalhistas) e outras leis esparsas, como a do
estagiário. A CLT foi criada em 1943, pelo
decreto 5.452 e esta se baseia na Constituição
Federal.
CLT
• Ela vem sofrendo frequentes modificações
para adaptar-se às mudanças sociais. Em 1977,
houve a criação de um capítulo sobre Férias e
Segurança e outro sobre Medicina do
Trabalho. Apesar das críticas que consideram
as leis da CLT exageradas, elas foram criadas
de forma a beneficiar não só o trabalhador,
mas também o empresário.
Normas trabalhistas
• As primeiras normas foram implementadas pelos Estados
Europeus: reconhecimento do sindicato, a greve, os seguros
sociais e os acidentes do trabalho.
Apesar das tradições e diferentes culturas, os direitos
trabalhistas foram se adaptando a cada país e buscando
valorizar o indivíduo, não somente como profissional, mas
como homem. Em todos, problemas relacionados ao
trabalho foram resolvidos pelas mesmas normas capazes de
trazer um desenvolvimento social e econômico.
Direito do trabalho
• O Direito Constitucional do trabalho surge em
1824, no Império. E, após sete constituições,
surgiu a de 1988, a qual é utilizada até hoje.
Desde quando foi promulgada, procurou
inserir os direitos trabalhistas na lei brasileira
do artigo 6º até o 11º e de forma alguma eles
podem ser descumpridos.
Direito do Trabalho
• Esses direitos se referem à jornada de trabalho
de 44 horas semanais, adicional de horas
extras, prescrição de 5 anos, adicional de 1/3
do salário de férias, 120 dias para a licença
maternidade, trabalhos com revezamento entre
os turnos foi diminuindo de 8 para 6 horas,
dentre outras leis.
Direito do Trabalho
• Aviso-prévio
• Indenizado
• Trabalhado

• Salário
• Hora-Extra
• Salário fixo e variável
Direito do Trabalho
• Dia do pagamento do salário

• Quinzena

• Salário por fora


Direito do trabalho
• Admissão de funcionário

• Demissão de funcionário

• Homologação de rescisão

• Rescisão por justa causa


Direito do trabalho
• Convenção coletiva do trabalho

• Art. 611 da CLT

• Sindicato Patronal

• Sindicato Laboral
Direito do trabalho
• Adicional noturno

• Afastamento por motivo de doença

• Jornada de trabalho

• Descanso entre jornadas –


almoço/jantar/lanche
Direito do trabalho
• Trabalho não compensado em dia feriado

• Férias

• Férias – aquisição e gozo – pagamento

• Abono pecuniário
Direito do trabalho
• Prazo para pagamento da rescisão de contrato
de trabalho

• Morte do empregado

• Quantidade de horas-extras legais

• As horas-extras ficam incorporadas ao salário?


Direito do trabalho
• Abandono de emprego

• Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional – PCMSO

• Exame médico admissional – ASO


• Atestado médico ocupacional
• Exame médico demissional - ASO
Direito do trabalho
• 13º salário

• Prazo para solicitar a primeira parcela do 13º

• Prazo para devolução da CTPS para anotações


Faltas justificadas
• Até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; • até 3 dias consecutivos,
em virtude de casamento; • por 5 dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer
da primeira semana; • por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação
voluntária de sangue devidamente comprovada; • até 2 dias consecutivos ou não,
para tirar o título de eleitor, nos termos da lei respectiva; • no período de tempo em
que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar. • nos dias em que estiver
comprovadamente realizando prova de exame vestibular para ingresso em
estabelecimento de ensino superior. • pelo tempo que se fizer necessário, quando
tiver de comparecer a juízo; • nas faltas ou horas não trabalhadas do (a) empregado
(a) que necessitar assistir seus filhos menores de 14 anos em médicos, desde que o
fato seja devidamente comprovado posteriormente, através de atestado médico e, no
máximo, 3 vezes em cada 12 meses.
Direito do trabalho
• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
– PPRA

• CIPA - Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes
DIREITO DO CONSUMIDOR NO MEIO
ELETRÔNICO
• 5.1. Legislação aplicável ao e-Commerce;
• 5.2. Publicidade na internet;
• 5.3. CDC à conclusão dos contratos pela
internet;
• 5.4. As responsabilidades das homes pages;
• 5.5. Responsabilidade civil e responsabilidade
penal.
LEGISLAÇÃO
• 6.1. Lei 9609/98 – Lei do software;
• 6.2. Lei 9610/98 – Lei dos direitos autorais;
• 6.3. Lei 10973/04 – Lei de Inovação
Tecnológica;
• 6.4. Lei 12965/14 – Lei da internet no Brasil –
Marco Civil da internet
• 6.5. Outras legislações pertinentes;
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

• 7.1. Certificação Eletrônica;


• 7.2. e-CPF e e-CNPJ;
• 7.3. Estudo de Casos de segurança da
informação;

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