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BEM VINDOS!
Direito e Adaptação
Ordenamento jurídico - surge como processo de adaptação social se
ajustando à sociedade
Direito posto cria a necessidade de o povo adaptar o seu
comportamento aos novos padrões de convivência.
A Sociedade cria o Direito como instrumento para alcançar a
justiça e a segurança. Direito Expressão da Vontade da
Sociedade.
Direito e Sociedade
Homem ser social – conviver – não isolamento – Sociedade é
ambiente adequado para o ser humano alcançar seu pleno
desenvolvimento
Interação Social – três formas de interação social:
a) Cooperação – igual objetivo e valor e conjugam esforços –
interação direta e positiva
Definições Históricas
a) Jurisconsulto romano Celso: Jus est ars boni et aequi (Direito é a
arte do bom e do justo)
b) Dante Alighieri (italiano) – Direito é a proporção real e pessoal
de homem para homem que, conservada, conserva a sociedade e
que, destruída, a destrói.
c) Hugo Grócio – o Direito é o conjunto de normas ditadas pela
razão e sugeridas pelo appetitus societatis.
Direito e Religião
Início: domínio da religião na vida humana – ausência da ciência
suprida pela fé. Religião explicava tudo – catástrofe, fartura
Direito – expressão da vontade divina – ex: 10 mandamentos
entregues a Moisés, Código de Hamurabi – gravura do deus
Schamasch entregando a legislação ao imperador
Longo período – Direito mergulhado na Religião – classe dos
sacerdotes detinham o controle do conhecimento jurídico (apenas
as autoridades sacerdotais possuíam o conhecimento das regras.
Apenas as regras mais simples eram divulgadas os casos mais
complexos dependiam sempre das autoridades religiosas para
serem solucionadas. Muitos julgamentos eram realizados com base
em jogos de azar
Apenas no Séc. XVII iniciou-se a laicização do Direito (Hugo
Grócio) – desvinculação e Direito Natural e Religião – direito
natural existiria independente da ideia de Deus Séc. XVIII – o
movimento de separação cresce, especialmente na França no
período que antecede a Revolução Francesa
Institutos jurídicos se desvincularam da Religião (estado civil,
assistência pública, etc).
Atualmente: Estado e Igreja separados – há exceções, ex: Irã com o
Alcorão
Diferenças:
a) A primeira diferença está na relação entre os indivíduos. O Direito
trata da relação do homem perante outro homem, na conduta
correta no meio social perante outros seres humanos, relação
comportamental justa perante os outros indivíduos na sociedade. A
Religião, por sua vez, tem a preocupação com a prática da justiça
aos olhos de Deus. ‘Diálogo do homem com Deus’.
b) A segunda quanto à meta.
O Direito busca a segurança, harmonia, justiça social, enquanto a
Religião vê a segurança inatingível. A Religião, diante dos mistérios
da vida e da eternidade por ela descrita, ressalta a fraqueza humana.
Duas concepções de segurança: a segurança do direito é a ordenação
social na busca do bem e da justiça para alcançar uma sociedade
harmônica; já a segurança sob a ótica da religião toca ao plano
transcendental.
Direito e Moral
1) Distinção Formal
a) Determinação do Direito e Forma Não Concreta da Moral –
Direito se manifesta por meio de conjunto de regras que definem a
conduta exigida enquanto a Moral estabelece uma diretiva mais
geral, sem particularizações
b) Bilateralidade do Direito e Unilateralidade da Moral – Direito:
normas têm estrutura imperativo-atributiva, ou seja, ao tempo que
atribuem um poder ou direito a alguém, impõe um dever jurídico a
outro. A cada direito corresponde um dever (ex: direito de
propriedade, dever de respeitar a propriedade). A Moral apenas
impõe deveres. Diante da moral ninguém pode exigir uma conduta,
apenas pode ficar na expectativa de o próximo aderir.
c) Exterioridade do Direito e Interioridade da Moral – direito caracteriza-
se pela exterioridade e a moral pela interioridade. Moral tem
preocupação com a vida interior das pessoas, como a consciência,
julgando os atos exteriores como meio de aferir a intenção. Direito se
caracteriza por cuidar das ações humanas em primeiro plano e, em
função destas, quando necessário, investiga o animus do agente. O
Direito não deve interferir no plano do pensamento.
d) Autonomia e Heteronomia -
Autonomia – querer espontâneo – Moral (moral autônoma)
Direito – heteronomia – sujeição ao querer alheio – regras dispostas
independentemente da vontade dos destinatários – Direito não nasce na
consciência individual, mas da sociedade e os indivíduos devem aderir às
normas. E, ainda que a adesão seja espontânea, não descaracteriza a
heteronomia.
e) Coercibilidade do Direito e Incoercibilidade da Moral – Direito é
o único instrumento de controle social capaz de adicionar a força
organizada do Estado para garantir o respeito às suas regras. A via
normal é o cumprimento das regras, mas em caso de
descumprimento o direito dispõe de coação. Moral – cumprimento
espontâneo e no caso e não observância da regra moral, esta não
pode lançar mão da coação para exigir o cumprimento. Mas têm
poder de intimidação.