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CAPÍTULO 1
OBJETO DA IED
- Fornecer visão global do direito: examina o objeto de estudo dos principais
ramos do direito.
- Conceitos gerais: aplicados em todos os ramos do direito
- Fato jurídico, relação jurídica, lei, justiça, segurança jurídica.
- Conceitos específico: fogem da finalidade da disciplina, pois trata de assuntos
específicos de outras disciplinas
- Mar territorial, crime, hipoteca, aviso prévio, desapropriação
- Técnica jurídica
- Não versa o teor de normas jurídicas: não define em conformidade da lei
- Disciplina de natureza epistemológica
- Expressa uma teoria da ciência jurídica
- Objeto triplo: conceitos gerais do direito, visão de conjunto do direito e
lineamentos da técnica jurídica
IMPORTÂNCIA DA IED
- Funciona como elo entre a cultura geral e específica do direito
- Disciplina propedêutica
- Ministra noções essenciais a formação de uma consciência jurídica, descortina
os horizontes do direito pelos estudos dos conceitos jurídicos fundamentais
- Desenvolvimento do raciocínio logico a ser aplicado nos campos específicos
do conhecimento jurídico.
Sociologia do direito
- Estudo das relações entre a sociedade e o direito
- Não oferece visão global do direito
- Não estuda elementos instrumentais e constitutivos
- Não cogita do problema de sua fundamentação
- Seu objeto não esta inteiramente definido e seus principais cultores procuram
formar, entre si, um consenso
Enciclopédia jurídica
- Da uma visão do que a disciplina pretende objetivas: encyclios paidenia
correspondia a um conjunto variado de conhecimentos indispensáveis para a
formação cultural do cidadão grego
- Seu objeto é a formulação da síntese de um determinado sistema jurídico,
mediante apresentação de conceitos, classificações, esquemas, acompanhado de
numerosa terminologia.
- Conteúdo próprio
- Procura resumir as conclusões da ciência do direito
- Caracterizada pelo método de exposição dos assuntos, ao dividi-los em
categorias, rubricas, e a tentativa de reduzir o saber jurídico a fórmulas e
esquemas lógicos.
CAPÍTULO 2
DISCIPLINAS JURÍDICAS
Filosofia do Direito
- Transcende o plano meramente normativo, para questionar o critério de justiça
adotado nas normas jurídicas.
- Disciplina de reflexão sobre os fundamentos do Direito.
- Preocupação com o dever ser, com o melhor Direito, com o Direito justo, é
indispensável que o jusfilósofo conheça tanto a natureza humana quanto o teor das
leis.
- Seu objeto envolve uma pesquisa lógica, pela qual se investiga o conceito do
Direito em seus aspectos mais variados e complexos, e outra de natureza axiológica
que desenvolve a crítica às instituições jurídicas, sob a ótica dos valores justiça e
segurança.
- Conhecimento científico, filosófico do direito (se obtêm pela seleção e emprego de
métodos adequados de pesquisa) e conhecimento vulgar (que é elementar,
fragmentário e resulta da experiência, é adquirido pela vivência e participação na
dinâmica social)
Sociologia do Direito
- Busca a mútua convergência entre o Direito e a sociedade.
- É a disciplina que examina o fenômeno jurídico do ponto de vista social, a fim de
observar a adequação da ordem jurídica aos fatos sociais.
- As relações entre a sociedade e o Direito podem ser investigadas sob os seguintes
aspectos principais:
a) adaptação do Direito à vontade social;
b) cumprimento pelo povo das leis vigentes e a aplicação destas pelas autoridades;
c) correspondência entre os objetivos visados pelo legislador e os efeitos sociais
provocados pelas leis.
- Seu fundamento está para o desenvolvimento do Direito não está no ato de legislar
nem na jurisprudência ou na aplicação do Direito, mas na própria sociedade.
- Caracterizada por ser um ramo autônomo do conhecimento
- Mantém íntimas relações com todas as ciências sociais, principalmente com a
Ciência do Direito e Filosofia do Direito
Direito Comparado
Adaptação Interna.
- Também denominada orgânica,
- Esta forma de adaptação se processa através dos órgãos do corpo, sem a
intervenção do elemento vontade.
- Não constitui privilégio do homem, mas um mecanismo comum a todos os seres
vivos da escala animal e vegetal.
A adaptação é essencialmente teleológica.
Adaptação Externa
- Ao homem compete, com esforço e inteligência, complementar a obra da natureza.
As necessidades humanas, não supridas diretamente pela natureza, obrigam-no a
desenvolver esforço no sentido de gerar os recursos indispensáveis.
- Tem um sentido de adaptação, de acomodar os objetos, as ideias e a vida social
às suas inumeráveis necessidades.
- Surge o chamado mundo da cultura, composto de tudo aquilo que ele constrói,
visando a sua adaptação externa: a cadeira, o metrô, uma canção, as crenças, os
códigos etc.
- Esta forma de adaptação é igualmente denominada extraorgânica.
Adaptação e Direito
- A relação entre a sociedade e o Direito apresenta um duplo sentido de adaptação:
de um lado, o ordenamento jurídico é elaborado como processo de adaptação social
e, para isto, deve ajustar-se às condições do meio; de outro, o Direito estabelecido
cria a necessidade de o povo adaptar o seu comportamento aos novos padrões de
convivência.
- O Direito não é, portanto, uma fórmula mágica capaz de transformar a natureza
humana. Se o homem em sociedade não está propenso a acatar os valores
fundamentais do bem comum, de vivê-los em suas ações, o Direito será inócuo,
impotente para realizar a sua missão.
- Direito Natural, que corresponde a uma ordem de justiça que a própria natureza
ensina aos homens pelas vias da experiência e da razão, não pode ser admitido
como um processo de adaptação social.
- Direito Positivo, aquele que o Estado impõe à coletividade, é que deve estar
adaptado aos princípios fundamentais do Direito Natural, cristalizados no respeito à
vida, à liberdade e aos seus desdobramentos lógicos.
CAPÍTULO 4
SOCIEDADE E DIREITO
A Sociabilidade Humana
- Examinando o fenômeno da sociabilidade humana, Aristóteles considerou o
homem fora da sociedade “um bruto ou um deus”, significando algo inferior ou
superior à condição humana.
O “Estado de Natureza”
- É na sociedade que o homem encontra o ambiente propício ao seu pleno
desenvolvimento. Qualquer estudo sobre ele há de revelar o seu instinto de vida
gregária.
O Solidarismo Social
- Baseia seus estudos no pensamento do sociólogo Émile Durkheim, que dividiu as
formas de solidariedade social em “mecânica” e “orgânica”
- Léon Duguit estruturou a sua concepção a partir desse ponto, substituindo, porém,
essas denominações, respectivamente, “por semelhança” e “por divisão do
trabalho”.
- Caracteriza-se pelo fato de que os membros do grupo social conjugam seus
esforços em um mesmo trabalho.
- O Direito se revelaria como o agente capaz de garantir a solidariedade social, seu
fundamento, e a lei seria legítima enquanto promovesse tal tipo de interação social.
A Ação do Direito
- O Direito está em função da vida social.
- Sua finalidade é favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos
sociais, que é uma das bases do progresso da sociedade.
- Separar o lícito do ilícito
- A sociedade sem o Direito não resistiria, seria anárquica, teria o seu fim.
O Papel do Legislador
- O Direito é criado pela sociedade para reger a própria vida social.
- O Estado moderno dispõe de um poder próprio, para a formulação do Direito – o
Poder Legislativo.
- A este compete a difícil e importante função de estabelecer o Direito.
- O legislador deve estar sensível às mudanças sociais, registrando-as nas leis e nos
códigos.
- Atento aos reclamos e imperativos do povo, o legislador deve captar a vontade
coletiva e transportá-la para os códigos.
CAPÍTULO 5
DIREITO E RELIGIÃO
Aspectos Históricos
- Exercia um domínio absoluto sobre as coisas humanas.
- Falta do conhecimento científico era suprida pela fé.
- Deus não só acompanhava os acontecimentos terrestres, mas neles interferia.
- O Direito era considerado como expressão da vontade divina.
- A classe sacerdotal possuía o monopólio do conhecimento jurídico.
- A laicização do Direito recebeu um grande impulso no séc. XVII (desvincular de
Deus a ideia do Direito Natural)
Convergência e Peculiaridades.
- Religião é um sistema de princípios e preceitos, que visa a realização de um valor
supra terreno: a divindade
- A preocupação fundamental é orientar os homens na busca e conquista da
felicidade eterna.
- Diferenças estruturais entre o Direito e a Religião: A alteridade, essencial ao
Direito, não é necessária à Religião.
- Direito tem por meta a segurança, enquanto a Religião parte da premissa de que
esta é inatingível.
DIREITO E MORAL
Generalidades.
- Seu estudo mais aprofundado pertence à disciplina Filosofia do Direito, enquanto à
Introdução ao Estudo do Direito compete estabelecer os lineamentos que envolvem
os dois processos normativos.
- Direito e Moral são instrumentos de controle social que não se excluem, antes, se
completam e mutuamente se influenciam.
- Direito e Moral, “são conceitos que se distinguem, mas que não se separam”.
Giorgio del Vecchio
A Noção da Moral
- Moral se identifica com a noção de bem, que constitui o seu valor.
- Consideramos bem tudo aquilo que promove a pessoa de uma forma integral e
integrada. Integral significa a plena realização da pessoa, e integrada, o
condicionamento a idêntico interesse do próximo.
- A fonte de conhecimento do bem há de ser a ordem natural das coisas, aquilo que
a natureza revela e ensina às pessoas e a via cognoscitiva deve ser a experiência
combinada com a razão.
- A partir da ideia matriz de bem, organizam-se os sistemas éticos, deduzem-se
princípios e chegam-se às normas morais, que vão orientar as consciências
humanas em suas atitudes.
Setores da moral
- Moral natural e a Moral positiva
- Moral natural consiste na ideia de bem captada diretamente na fonte natureza, isto
é, na ordem que envolve, a um só tempo, a vida humana e os objetos naturais
- Toma por base não o que há de peculiar a um povo, mas considera o que há de
permanente no gênero humano.
- Corresponde à ideia de bem que não varia no tempo e no espaço e que deve servir
de critério à Moral positiva.
- Moral positiva possui três esferas distintas:
a) Moral autônoma (corresponde à noção de bem particular a cada consciência)
b) Ética superior dos sistemas religiosos (consiste nas noções fundamentais sobre o
bem, que as seitas religiosas consagram e transmitem a seus seguidores)
c) Moral social (constitui um conjunto predominante de princípios e de critérios que,
em cada sociedade e em cada época, orienta a conduta dos indivíduos)