TEORIA DO DIREITO
AULA 06 - DIA 10/04
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
OBJETIVOS:
- Conhecer o conceito de norma
jurídica;
- Diferenciar normas primárias
secundárias;
- Identificar as características das
normas jurídicas.
O CONCEITO DE NORMA JURÍDICA
O Direito regula as relações sociais,
determinando normas de conduta e de
organização da sociedade.
A norma jurídica é o instrumento que
efetivamente rege os diversos aspectos
da vida social, caracterizando-se como o
meio através do qual o direito opera.
A norma é o preceito jurídico
documentado e emanado pelo legislador,
que se impõe em caráter geral e
obrigatório na sociedade. É a principal
fonte do Direito, pois descreve e busca
solucionar a maior parte dos conflitos
verificados em uma sociedade.
Para Rizzato Nunes, o que diferencia as
normas jurídicas das demais normas é
que “na norma jurídica existe a
possibilidade de aplicação forçada da
sanção … para obrigar alguém ao
cumprimento da norma ou à reparação do
dano e pagamento de certa pena”.
EM SALA: A norma proíbe, permite ou
informa. Os destinatários são pessoas
físicas e jurídicas. Podem se manifestar
pela escrita, por gestos, por símbolos. É a
principal fonte do direito. As normas
jurídicas são diferentes de outras normas,
devido ao poder coercitivo empregado.
A SANÇÃO, A COERÇÃO E A COAÇÃO
A norma jurídica tem por característica
imputar determinada ação ou
comportamento a alguém.
Para buscar garantir que as proibições e
obrigações sejam cumpridas, as normas
estabelecem sanções, efeito jurídico em
forma de punição.
Exemplos:
1- PROIBIDO FUMAR NESTE LOCAL;
2- CONTRATO DE LOCAÇÃO;
3- ANULAÇÃO DE CASAMENTO POR
ATO JURÍDICO PROIBIDO;
4- COMPRAS ON-LINE E
ARREPENDIMENTO.
SANÇÃO
É a consequência jurídica que atinge o
destinatário ou ato jurídico praticado
quando se descumpre a prestação
devida.
DISTINÇÃO
O que difere a norma jurídica das outras
normas é a sanção e a sua respectiva
possibilidade de exigência e execução
forçada, quer pelo Estado ou pelo
particular, através dos órgãos estatais, em
especial, o Poder Judiciário.
NORMAS JURÍDICAS DESPROVIDAS
DE SANÇÃO
No contexto jurídico é possível.
Exemplo:
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física
ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final.
(LEI No 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE
1990).
Segunda Reale, há regras cujo objetivo
imediato é o de disciplinar o
comportamento dos indivíduos, grupos ou
entidades sociais. Entretanto, existem
outras com caráter instrumental, visando a
estrutura e o funcionamento de órgãos,
bem bem à disciplina de processos
técnicos de identificação e aplicação de
normas, a fim de assegurar uma
convivência juridicamente ordenada.
ESPÉCIES DE NORMAS JURÍDICAS
NORMAS DE CONDUTA (PRIMÁRIAS):
Disciplinar os comportamentos e as
atividades dos indivíduos. Fato típico
genérico. Quando um caso concreto se
enquadra na previsão, o responsável
sofre com as correspondentes sanções.
NORMAS DE ORGANIZAÇÃO,
INSTRUMENTAIS OU DE ESTRUTURA
(SECUNDÁRIAS): Estrutura e
funcionamento de órgãos; processos e
procedimentos de aplicação de outras
normas; caráter informativo e diretivo.
A base normativa sempre se desenvolve
através de uma perspectiva sobre a
realidade e sua consequência que
abrange normas de conduta, permissivas
e proibitivas, bem como normas
institucionais.
ELEMENTOS ESSENCIAIS PRESENTES
NO TEXTO DA NORMA
1 - Caráter Vinculante
2 - Hipótese Normativa
3 - Consequência Jurídica
A norma jurídica é imperativa na medida
em que prescreve as condutas devidas e
os comportamentos proibidos. Por outro
lado, é autorizante, uma vez que permite
ao lesado exigir a reparação do dano
causado.
A norma jurídica vislumbra um “dever ser”
relativo a uma conduta ou a uma forma de
organização.
ESTRUTURA DA NORMA JURÍDICA
- Previsão ou hipótese: descrição de
uma situação na perspectiva do
direito
- Consequência ou estatuição:
Constitui, modifica ou extingue
uma situação jurídica diante de
uma consequência acerca de uma
hipótese.
EXEMPLO:
CP - Decreto Lei no 2.848 de 07 de
Dezembro de 1940
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
CARACTERÍSTICAS DA NORMA
JURÍDICA
Imperatividade: É um dever ser. O
enunciado tem sentido impositivo. Se trata
de uma prescrição. Vale para todas as
pessoas.
Bilateralidade atributiva: Pressupõe dois
ou mais sujeitos. A atributividade está
ligada ao fato de as normas conterem
uma garantia estatal. A norma cria direitos
e deveres para duas ou mais pessoas que
podem exigir o cumprimento através do
Estado.
Generalidade: Obriga a todos os que se
encontram na situação descrita.
Abstração: Não destaca um fato concreto,
mas uma situação abstrata.
Coercibilidade: A coerção estimula a
observância da norma, que garante a
imperatividade. Portanto, é um
mecanismo de intimidação, por meio da
sanção, punitiva ou premial.
As características podem estar totalmente
ou parcialmente presentes numa
determinada norma, especialmente
quando se trata da coercibilidade, pois
nem todas as normas impõem sanções
em caso de descumprimento.

EM SALA: A sanção não existe apenas

como forma de punição. Existe também a
sanção punitiva ou premial. O objetivo é o
de trazer um constrangimento a fim de
fazer cumprir a norma. Pode ser
observado quando um cidadão recebe um
determinado desconto ao pagar de forma
antecipada o IPTU. PROVA

FIM —-----------------------------------------------

TEORIA DO DIREITO
AULA 06 - DIA 17/04