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RESPOSTAS
1) Sim, o Direito é um fenômeno histórico, pois evoluiu e se desenvolveu ao
longo do tempo, sendo moldado pelas características sociais, culturais, políticas
e econômicas de cada período. Também é considerado universal, pois existe em
todas as sociedades como um sistema de normas e regras que regulam as
relações entre as pessoas.
2) A forma jurídica está relacionada à estrutura e organização do sistema legal
de uma sociedade, enquanto a forma mercantil se refere às relações e
transações comerciais. A relação entre elas está na influência mútua, já que a
forma jurídica deve abarcar e regular as relações mercantis, enquanto a forma
mercantil pode influenciar a criação de normas e leis específicas para o
comércio.
3) Qualidade no direito refere-se às características intrínsecas e essenciais de
uma norma jurídica, como sua validade, coerência e justiça. Quantidade se
manifesta no direito em termos de extensão e abrangência das normas, sua
aplicabilidade e alcance territorial.
4) A estrutura social é a organização hierárquica e relações entre os indivíduos
em uma sociedade. A forma jurídica desempenha um papel importante na
estrutura social ao estabelecer as regras e normas que regulam as interações
entre os membros da sociedade, definindo direitos, deveres e responsabilidades.
5) A relação entre direito e capitalismo é complexa. O capitalismo é um sistema
econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e na busca
pelo lucro. O direito, nesse contexto, desempenha um papel fundamental na
proteção e regulamentação das relações comerciais, contratos, propriedade e
direitos individuais dentro do sistema capitalista. O direito molda e é influenciado
pelas estruturas e dinâmicas do capitalismo.
6) O direito, na sociedade capitalista, é uma forma específica de regulação social
que visa estabelecer regras e normas que governam as relações econômicas,
políticas e sociais dentro desse sistema. Ele busca proteger a propriedade
privada, garantir contratos e transações comerciais, regular o trabalho e lidar
com questões relacionadas aos direitos individuais e coletivos.
7)O direito, na sociedade capitalista, é uma técnica utilizada para garantir a
ordem social, regular as relações entre os indivíduos e assegurar a estabilidade
e o funcionamento do sistema econômico. Ele busca equilibrar os interesses das
partes envolvidas, proteger os direitos e garantir a segurança jurídica necessária
para o desenvolvimento das atividades econômicas.
8)A forma jurídica está intrinsecamente ligada à ideologia, pois reflete os valores,
crenças e visões de mundo presentes em determinada sociedade. As normas
jurídicas são influenciadas pelas ideias e concepções políticas, econômicas e
sociais vigentes, podendo tanto reproduzir e legitimar uma determinada ideologia
dominante, como também ser objeto de disputas e transformações pela ação de
grupos e movimentos sociais.
9) O fundamento de cientificidade do Direito está na busca por uma
compreensão sistemática e racional do fenômeno jurídico. A ciência jurídica
busca analisar e interpretar o Direito por meio de métodos e técnicas próprias,
buscando coerência, consistência e objetividade em sua abordagem. Isso
envolve o estudo das normas jurídicas, sua origem, fundamentação, aplicação e
efeitos na sociedade.
10) A função da crítica diante do fenômeno jurídico é questionar, analisar e
avaliar as normas e instituições jurídicas, suas bases teóricas e práticas, em
busca de compreender suas limitações, contradições e possibilidades de
transformação. A crítica permite uma reflexão aprofundada sobre o direito, suas
implicações sociais, políticas e econômicas, contribuindo para o aprimoramento
e desenvolvimento do sistema jurídico em consonância com os princípios de
justiça e igualdade.
11) A Teoria Geral das Técnicas Jurídicas é uma disciplina que estuda os
métodos, técnicas e instrumentos utilizados no campo do Direito. Ela aborda
questões relacionadas à interpretação das normas jurídicas, aplicação do
Direito, argumentação jurídica, elaboração de contratos, processos judiciais e
outros aspectos práticos do sistema jurídico.
12)A técnica jurídica pode tanto explicitar quanto omitir as relações entre forma,
poder e controle. Ela pode ser utilizada para estabelecer regras e procedimentos
que consolidem o poder e o controle de determinados grupos sociais ou
instituições. Ao mesmo tempo, a técnica jurídica pode ser empregada para
garantir a transparência, a justiça e a igualdade na aplicação do Direito,
explicitando e limitando o exercício do poder.
13)A técnica jurídica busca o estatuto de cientificidade por meio da adoção de
métodos rigorosos de pesquisa e análise. Ela procura seguir critérios de
objetividade, sistematização e coerência em seu estudo e interpretação do
Direito. Além disso, a técnica jurídica busca embasar-se em fundamentos
teóricos sólidos, utilizar linguagem técnica específica e estabelecer padrões de
argumentação jurídica consistentes.
14)Os métodos da técnica jurídica contemporânea variam de acordo com a
abordagem teórica e a finalidade da análise. Alguns métodos comumente
utilizados incluem a interpretação jurídica, a pesquisa doutrinária, o estudo de
casos, a análise comparativa de sistemas jurídicos, a pesquisa empírica, a
análise econômica do Direito, entre outros. Cada método tem suas
particularidades e contribui para a compreensão e aplicação do Direito em
diferentes contextos.
15)A Teoria Geral das Técnicas pode se apresentar didaticamente por meio da
exposição dos conceitos fundamentais, dos métodos e das abordagens
utilizadas no estudo das técnicas jurídicas. Ela pode incluir análises de casos
práticos, discussões sobre os princípios e critérios de interpretação do Direito,
estudo de doutrinas e teorias relevantes, bem como reflexões críticas sobre os
desafios e as tendências atuais no campo jurídico. A apresentação pode ser
realizada em forma de aulas, livros, artigos, seminários ou outras formas de
educação jurídica.
16) O pensamento jurídico juspositivista é uma abordagem que enfatiza a
separação entre o Direito e a moral, focando na validade das normas jurídicas a
partir de critérios formais e positivos. De acordo com o juspositivismo, as normas
jurídicas são criadas e validadas por autoridades competentes,
independentemente de sua justiça ou conteúdo moral. O estudo e a interpretação
do Direito são baseados nas normas positivas existentes, desprezando
considerações éticas ou ideológicas.
20) O Direito como norma possui algumas limitações. Por um lado, as normas
jurídicas podem ser incompletas ou ambíguas, o que pode levar a diferentes
interpretações e lacunas na sua aplicação. Além disso, o Direito nem sempre
consegue abarcar todas as situações e necessidades sociais, podendo ser
insuficiente para lidar com questões complexas ou emergentes. Outra limitação
é que o Direito depende da sua aplicação e execução adequadas, o que nem
sempre ocorre devido a falhas no sistema judicial, corrupção ou falta de recursos.
Ademais, as normas jurídicas também podem refletir interesses e visões
particulares de certos grupos, podendo ser utilizadas para perpetuar
desigualdades e injustiças.
21) A norma jurídica está relacionada com as formas sociais, pois ela reflete e
regula as relações e interações dos indivíduos dentro de uma determinada
sociedade. Ela é moldada e influenciada pelas características e valores
presentes nessa sociedade, refletindo as suas normas, costumes e práticas.
22)A relação entre norma jurídica e poder é intrínseca. A norma jurídica é uma
expressão de poder, pois é estabelecida e imposta por autoridades ou
instituições que detêm autoridade para criar e aplicar as normas. O poder é
exercido por meio da norma jurídica, que estabelece regras e impõe
consequências para garantir a obediência e a ordem na sociedade.
23)A relação entre norma jurídica e autoridade está ligada à legitimidade do
poder exercido. A norma jurídica é criada por uma autoridade reconhecida e
investida de poder para estabelecer as regras. A autoridade é responsável por
definir os limites, os direitos e as obrigações dos indivíduos, conferindo validade
e legitimidade à norma jurídica.
24)A norma jurídica, o texto legal, o sentido atribuído a esse texto e o poder que
o respalda constituem um complexo de relações que explicitam a norma jurídica.
A norma jurídica é expressa em um texto legal, que é interpretado e
compreendido através de um sentido atribuído por autoridades e intérpretes do
Direito. Além disso, a norma jurídica é respaldada pelo poder estatal, que confere
força coercitiva e autoridade para que a norma seja aplicada e cumprida.
28)Os caracteres das normas sociais podem variar, mas geralmente incluem os
seguintes elementos: a) Generalidade: as normas sociais são aplicáveis a um
grupo amplo de pessoas dentro de uma determinada sociedade; b)
Exterioridade: as normas são estabelecidas e impostas por uma autoridade
externa aos indivíduos; c) Coercibilidade: as normas podem ser aplicadas
coercitivamente por meio de sanções sociais ou outras formas de controle social;
d) Espontaneidade: as normas sociais muitas vezes surgem de forma
espontânea a partir das práticas e costumes de uma sociedade; e) Historicidade:
as normas sociais podem evoluir e mudar ao longo do tempo de acordo com as
transformações sociais.
33) A norma jurídica é mais ampla do que a lei porque engloba não apenas as
leis escritas, mas também os costumes, os princípios gerais do direito, os
tratados internacionais e outras fontes do direito. Enquanto a lei é uma forma
específica de norma jurídica emanada pelo poder legislativo, a norma jurídica
abrange um conjunto mais amplo de regras e princípios que regulam a conduta
e os direitos dos indivíduos em uma sociedade.
35) Existem diferentes formas de sanção no âmbito do direito. Elas podem variar
desde sanções pecuniárias (multas), até sanções restritivas de direitos (prisão,
suspensão de licença), sanções reparatórias (indenizações), entre outras. O tipo
de sanção aplicada dependerá da natureza da infração, do sistema jurídico e das
leis específicas em vigor.
36) Direito, religião e moral são sistemas normativos distintos, embora possam
ter áreas de sobreposição. O direito é um conjunto de normas criadas e impostas
por uma autoridade política, visando regular as relações sociais e garantir a
ordem e a justiça na sociedade. A religião é um sistema de crenças e práticas
baseado em princípios espirituais e na adoração de entidades divinas, buscando
orientar as condutas humanas em relação ao sagrado. A moral refere-se a um
conjunto de valores e princípios éticos internalizados pelos indivíduos e pela
sociedade, orientando o comportamento humano com base no que é
considerado certo ou errado, independentemente de uma autoridade política ou
religiosa. Embora existam interseções entre esses sistemas normativos, eles
têm bases, objetivos e mecanismos distintos.
40)A distinção entre mal em si e mal proibido está relacionada ao caráter moral
e jurídico das ações. O mal em si se refere a ações intrinsecamente erradas,
independentemente de qualquer proibição legal. Essas ações são consideradas
moralmente condenáveis ou prejudiciais à sociedade, como o homicídio ou o
roubo. Já o mal proibido diz respeito a ações que são consideradas erradas
porque são proibidas por leis ou normas jurídicas específicas, mesmo que não
sejam moralmente condenáveis em si mesmas. Um exemplo seria a infração de
velocidade em uma estrada, que é uma ação proibida pelo código de trânsito,
mas não é moralmente condenada em todos os contextos.
41)As normas autônomas são aquelas que têm validade e eficácia
independentemente de qualquer outra norma. Elas são autoaplicáveis e não
requerem a existência de uma norma superior para justificar sua aplicação. Por
outro lado, as normas dependentes são aquelas que têm validade e eficácia
condicionadas à existência de uma norma superior que as autorize ou
estabeleça. Elas dependem da existência de uma norma hierarquicamente
superior para fundamentar sua aplicação.
46) A divisão entre Direito Público e Direito Privado é uma questão complexa e
objeto de debate. Tradicionalmente, o Direito Público refere-se às normas que
regulam as relações entre o Estado e os cidadãos, bem como as relações entre
entidades públicas. Ele abrange áreas como o Direito Constitucional,
Administrativo e Penal. Já o Direito Privado diz respeito às normas que regulam
as relações entre particulares, como contratos, propriedade, responsabilidade
civil, entre outros.
No entanto, essa divisão não é estática e pode variar de acordo com o sistema
jurídico e as transformações sociais. Além disso, existem áreas de sobreposição
entre o Direito Público e o Direito Privado, como o Direito do Trabalho e o Direito
Comercial, que abrangem relações entre particulares, mas também possuem
uma dimensão pública de proteção dos interesses coletivos.