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Princípio do devido processo legal – art. 5º, LIV da CF/88 – arts. 2º ao 11º do CPC.
É o direito fundamental a um processo devido, justo, equitativo.
Devido processo legal corresponde due processo of law – conformidade do processo
com o Direito como um todo
Duas dimensões do devido processo legal –
1. Formal ou procedimental – direito ao contraditório, ao juiz natural, a duração
razoável do processo
2. Substancial – devido processo é aquele que gera decisões jurídicas
substancialmente devidas. No Brasil se considera a dimensão substancial como aquele
que emprega as máximas da proporcionalidade e razoabilidade. Processos Estruturais e
adequação procedimental!
Princípio da dignidade da pessoa humana – conjunto de direitos
fundamentais previstos ou não na Constituição - Art. 1º, III, CF/88
Também está no art. 8º do CPC:
Aqui significa dizer que o juiz deve aplicar a norma jurídica resguardando a
dignidade da pessoa humana (pode-se aplicar de ofício, utilizar-se da
cláusula geral de atipicidade – art. 536, § 1º ). Exemplo: a prioridade na
tramitação do processo.
Princípio do contraditório – art. 5º, LV da CF/88 - derivado do princípio do devido
processo legal é composto de duas garantias:
1. participação (dimensão formal)
2. possibilidade de influência na decisão interferindo com argumentações, ideias,
alegações de fatos (dimensão substancial).
* Portanto a parte tem direito de participar sendo ouvida e podendo influenciar
no conteúdo da decisão.
A ”proibição de surpresa” - “Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes
sem que ela seja previamente ouvida.”
“Art. 10º O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.” (Salvo
as exceções dos seus incisos – tutela provisória de urgência de evidência e art. 701)
Princípio da ampla defesa - art. 5º, LV da CF/88 – ampla defesa é direito
fundamental de ambas as partes que corresponde ao aspecto substancial do
contraditório.
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.“
Tem duas dimensões – a interna: ampla publicidade para as partes; externa:
para terceiros que pode ser restringida como nos casos de segredo de justiça.
Princípio da duração razoável do processo - Emenda 45/2004 (incluiu o
inciso LXXVIII no art. 5º da CF/88: “a todos, no âmbito judicial e
administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. Previsão legal
também no art. 8º do Pacto de São José da Costa Rica.
CPC - Art. 489, § 3º: “A decisão judicial deve ser interpretada a partir da
conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da
boa-fé.”
Princípio da efetividade/eficácia – direito a atividade satisfativa – direito à
execução – direito de alcançar de fato o bem da vida perquirido.
Garantia não apenas da resolução de mérito, mas do alcance pelo
jurisdicionado do resultado material que se depreende da titularidade do
direito que lhe foi conferido com a entrega da tutela jurisdicional.
Art. 4º do CPC: “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução
integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.”
CPC: Art. 4º “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do
mérito, incluída a atividade satisfativa.” Corroborado pelo art. 4º do CPC.
CPC: Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará
as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da
nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não
possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se
observarem as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo
à defesa de qualquer parte.
(CPC: art. 317, 321, 485, § 7º, art. 488, 932, par. ú., art. 1.029, §3º)
Princípio da cooperação – Esse princípio tem como base a boa-fé processual, o
contraditório e o devido processo legal uma vez que a condução do processo deixa
de ser determinada pela vontades das partes, bem como deixa de seguir o modelo
inquisitorial e passa a incluir o órgão jurisdicional no rol dos sujeitos do diálogo
processual.
Busca-se uma condução cooperativa do processo sem destaque para qualquer dos
sujeitos processuais – pressupõe participação na gestão adequada do processo,
portanto, uma posição paritária, com diálogo e equilíbrio.
CPC: Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.