Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UFCD 10353
25 horas
b) Direito de defesa
I. Direito de acesso aos
tribunais
c) Proibição da denegação de
justiça por entraves económicos
d) Princípio da independência e
imparcialidade do tribunal
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais:
A. DIREITO DE AÇÃO
Qualquer cidadão tem o direito de pedir a intervenção do tribunal para invocar uma
situação jurídica (artigo 2º n.º 1 do CPC).
Exemplo: o cidadão A que intenta uma ação perante uma empresa poluidora que
afeta a sua qualidade de vida; tal ação irá, posteriormente, ter efeitos para o interesse
coletivo.
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais (cont.):
B. DIREITO DE DEFESA:
Assim, o réu deve ser citado para tomar conhecimento ação e ser chamado a juízo
para assumir a posição defensiva da ação (artigos 3º n.º1 e 219º do CPC).
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais (cont.)
O art. 20º da CRP estabelece que a justiça não pode ser denegada por entraves
económicos.
Licitude da prova
(do meio da prova em si e modo de a obter)
Fundamentação da decisão
Princípios estruturais do processo civil
III - Principio do Prazo Razoável
O direito efetivo à jurisdição implica que a resposta do Tribunal à pretensão deduzida
surja num prazo razoável (art. 2º n.º 1 do CPC); em caso contrário, quase se
equivaleria à denegação da justiça:
Este princípio sofre a exceção (muito relevante) do julgamento com base na equidade
(substantiva).
Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
I. Princípio do dispositivo
II. Princípio da cooperação
III. Princípios da imediação, oralidade e concentração e princípio da livre
apreciação da prova
IV. Princípio da gestão processual
V. Princípio da economia processual
Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
I – Principio do dispositivo
deduz (afirma, argumenta) contra o réu, um pedido, dizendo que tem de um direito
Acções Declarativas
Condenação
(Tipos)
Art. 10º n.º 3 alínea b)
Art. 10º n.º 2 CPC
Constitutiva
Art. 10º n.º 3 alínea c)
Espécies de acções
Condenação
Condena o réu na prestação de uma coisa ou de um facto a que o autor tem direito.
Pressupõe já a violação de um direito.
Exemplo Prático:
”A” e “B” celebraram um contrato-promessa, através do qual “A” prometeu vender a
“B” e este comprar-lhe, pelo preço de esc. €150.000,00, um imóvel.
Como sinal e princípio de pagamento, “B” entregou a “A” a quantia total de
€5.000,00.
O “A” não cumpriu (culposamente) tal contrato, acabando mesmo por vender o imóvel
a terceiras pessoas.
“B” pede que o “A” seja condenado a devolver-lhe aquela quantia que lhe entregou
em dobro, ou seja, no montante de €10.000,00.
Espécies de acções
Simples apreciação
Declara a existência ou inexistência de um direito ou facto jurídico. Põe termo a uma
situação de incerteza que pode provocar um dano a quem reclama esse direito, ainda
sem haver lesão ou violação do direito.
Exemplo Prático:
A empresa de distribuição elétrica “X” cobrou à consumidora uma quantia pela
reparação de um contador que, durante uma inspecção, detectou ter uma avaria
técnica, não havendo indícios de qualquer adulteração.
A consumidora pretende saber se é responsável por esse valor.
Espécies de acções
Constitutiva
Destina-se à obtenção de um efeito jurídico novo, que altere a esfera jurídica
do réu, independentemente da vontade deste, não se pretendendo que o réu
seja condenado a realizar uma prestação.
Exemplo Prático:
“A” é proprietário de um prédio encravado (sem acesso à via pública). “A” pede
a constituição de uma servidão de passagem através do prédio do “B”, por
este ser contíguo ao seu e a única forma de ter acesso pedonal e de viaturas à
via pública.
Formas de processo
A forma do processo é a sequência de actos que o compõem.
No novo CPC (NCPC), aprovado pela Lei 41/2013, o processo de declaração passou a
Só não seguem a forma única os processos que no CPC têm uma sequência de actos
especiais, justificada pelo tipo de questão que queremos ver decidida pelo juiz (art.
art. 878º.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Pressupostos processuais são condições necessárias que têm de existir para que um
Se não estiverem reunidas essas condições, o juiz nem pode apreciar o conflito e
tem logo de absolver o réu da instância (pode dizer-se que não decide a situação e
arquiva o processo).
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
1º critério:
Tem personalidade judiciária quem tem personalidade jurídica, ou seja, todas as
pessoas humanas singulares e algumas pessoas coletivas (11º n.º 2 do CPC; art. 66º e
ss do Código Civil).
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
Personalidade judiciária (11º a 14º) (cont.)
Uma coisa é poder ser parte, outra é conseguir livremente, pela sua vontade decidir
tudo o que se passa na ação.
Critério Único: quem não tem capacidade jurídica não têm capacidade judiciária.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
Capacidade judiciária (15º a 29º) (cont.)
Não têm capacidade judiciária:
• Menores (artigo 123º do Código Civil)
Não podem atuar nem pessoal, nem livremente.
• Maiores acompanhados (artigo 138º do Código Civil)
Como a qualidade de maior acompanhado depende de decisão judicial, a capacidade
depende do que tiver sido decidido no processo especial de acompanhamento de
maior.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
Capacidade judiciária (15º a 29º) (cont.)
Assim, os maiores acompanhados:
1. podem atuar pessoal e livremente, quanto aos direitos que o tribunal permitiu.
2. não podem atuar nem pessoal, nem livremente, relativamente aos direitos que o
tribunal decidiu que estão sujeitos à representação do acompanhante.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
Capacidade judiciária (15º a 29º) (cont.)
A falta de capacidade judiciária pode ser suprida (nestes casos por substituição):
Menores: Os representantes legais são os pais do menor. (art. 16º n.º 2 e 3, 18º)
Da combinação com o art. 629º n.º 1 do CPC e do art. 44º n.º 1 da Lei da Organização
CPC
Lei da Organização do Sistema Judiciário (LOSJ)
Regulamento da Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais (ROFTJ)
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal (cont.)
Competência Internacional
Competência dos tribunais portugueses segundo critérios de conexão com a lei ou
território português.
Art. 59º; 62º do CPC
Regulamentos Europeus
Competência Nacional
60 n.º 1 e 64º e ss do CPC
37º e ss da LOSJ
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal (cont.)
Competência Nacional
Critério da Jurisdição:
Cada tribunal português tem a sua jurisdição, que mais não é que a parcela de litígios
que lhes é atribuída, de acordo com vários critérios (art. 60º do CPC):
Regras Especiais
– acções: art. 70º a 79º
– execuções: art. 85º a 90º; 933º e ss.
– Leis avulsas (ex: Regime Geral Do Processo Tutelar Cível)
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal (cont.)
Regras Gerais (art. 80º, 81º e 82º do CPC - residuais, ou seja, se não couber
em nenhum dos artigos anteriores)
• Tribunal do domicilio do Réu
Critério Territorial:
Encontrado o tipo de tribunal de acordo com estes critérios, resta então perceber
qual é o tribunal da zona geográfica especifica.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal