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Acção em Processo Civil

UFCD 10353
25 horas

Turma:TSJ02 Formadora: Helena Ribeiro


Objectivos
 Interpretar o Código de Processo Civil.
 Reconhecer a necessidade da existência do direito processual civil
como ramo de direito destinado a integrar o direito civil.
 Identificar os princípios fundamentais no Processo Civil.
 Identificar as espécies de ações.
 Analisar os pressupostos processuais em Processo Civil.
 Identificar os pressupostos das partes.
 Distinguir os pressupostos das partes dos pressupostos do tribunal.
 Reconhecer as regras de competência em Processo Civil
(Referencial ANQEP)
Conteúdos
 Processo Civil  Personalidade e capacidades
 Código do Processo Civil judiciária em juízo
 Direito processual civil  Legitimidade das partes
 Princípios estruturantes e  Patrocínio judiciário
fundamentais  Do Tribunal
 Espécie de ações  Competência internacional
 Pressupostos Processuais  Competência interna
 Das Partes (Referencial ANQEP)
Código de Processo Civil

Interpretação e Principios Fundamentais


Normas primárias ou substantivas
• O Código Civil é o principal conjunto de normas de ordem substantiva.

• A função destas normas é conduzir a atuação dos sujeitos jurídicos (pessoas) de


acordo com valores sociais próprios.

• De acordo com as normas substantivas, os sujeitos podem exigir determinados


comportamentos ativos (fazer) e passivos (não fazer) e exercer poderes que
podem garantir os seus interesses.
Normas primárias ou substantivas
• O Código Civil disciplina, designadamente:

Direitos de personalidade Direito de Propriedade


Responsabilidade civil Direito da Família
Contratos Direito Sucessório
Normas instrumentais ou adjectivas
Instrumentalidade
• O Processo Civil, é um conjunto de regras adjetivas, ou seja, é um
instrumento que garante que aquilo que é previsto e regulado no direito
substantivo ganhe possibilidade ou efetividade prática.

• Isto consegue-se com recurso a uma entidade imparcial e independente, os


tribunais, que irão agir com base em regras próprias de direito processual.
Princípios estruturais do processo civil
Princípios constitucionais
Previstos na Constituição da República portuguesa (CRP), por respeitarem a
direitos considerados fundamentais – artigo 20º:
I. O direito de acesso aos tribunais;
II. O princípio da equidade;
III. O princípio do prazo razoável;
IV. O princípio da legalidade do conteúdo da decisão.
Princípios estruturais do processo civil
a) Direito de ação

b) Direito de defesa
I. Direito de acesso aos
tribunais
c) Proibição da denegação de
justiça por entraves económicos

d) Princípio da independência e
imparcialidade do tribunal
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais:
A. DIREITO DE AÇÃO

Qualquer cidadão tem o direito de pedir a intervenção do tribunal para invocar uma
situação jurídica (artigo 2º n.º 1 do CPC).

Excepção: Falta de personalidade judiciária.

Assim, a intervenção dos tribunais só é impedida quando a peça processual que dá


inicio ao processo ou procedimento (petição inicial, requerimento) não apresente os
requisitos formais mínimos.
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais :
A. Direito de ação (cont.)
 Acção Popular
artigo 52/3 da CRP
Lei da Ação Popular (Lei n.º 83/95, de 31 de Agosto

Existe um direito de recurso aos tribunais para proteção de determinados interesses


coletivos que se consideram para tais relevantes:
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais :
A. Direito de ação (cont.)

 saúde pública, o ambiente, a qualidade de vida, a protecção do consumo de


bens e serviços, o património cultural e o domínio público.

Exemplo: o cidadão A que intenta uma ação perante uma empresa poluidora que
afeta a sua qualidade de vida; tal ação irá, posteriormente, ter efeitos para o interesse
coletivo.
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais (cont.):

B. DIREITO DE DEFESA:

Face ao direito de exercício ou de ação, existe o direito de defesa.

Assim, o réu deve ser citado para tomar conhecimento ação e ser chamado a juízo
para assumir a posição defensiva da ação (artigos 3º n.º1 e 219º do CPC).
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais (cont.)

C. PROIBIÇÃO DA DENEGAÇÃO DE JUSTIÇA POR ENTRAVES ECONÓMICOS:

O art. 20º da CRP estabelece que a justiça não pode ser denegada por entraves
económicos.

Tal implica, designadamente, a concessão de apoio judiciário a quem dele careça.


Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais
C. PROIBIÇÃO DA DENEGAÇÃO DE JUSTIÇA POR ENTRAVES ECONÓMICOS
(CONT.):
Com base na Lei 34/2004, de 29 de Julho, terá a parte no processo, singular ou
colectiva, de solicitar apoio judiciário que pode consistir na dispensa, total ou parcial,
ou pagamento faseado da taxa de justiça e de outros encargos.

O pedido é apresentado junto dos serviços da segurança social.


Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais
C. PROIBIÇÃO DA DENEGAÇÃO DE JUSTIÇA POR ENTRAVES ECONÓMICOS
(CONT.):

Exemplos de relevância prática:


O que acontece quando não se paga a taxa de justiça?
1. No caso do autor, recusa da petição inicial pela secretaria (art. 558º al. f) do CPC).
2. No caso do réu, existe advertência com multa (art. 570º n.º 3 do CPC) e, na falta
de pagamento, desentranhamento (devolução) da contestação = confissão.
3. No recursos, desentranhamento das alegações (art. 642º n.º 2 do CPC).
Princípios estruturais do processo civil
I - Direito de acesso aos tribunais (cont.)
D. PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA E IMPARCIALIDADE DO TRIBUNAL.
Para cumprir o direito, é necessário que os Tribunais tenham determinadas
características como a independência e a imparcialidade (art. 203º da CRP) .
A independência dos tribunais decorre da obrigatoriedade da sua criação por lei (art.
165º n.º 1 al. p) da CRP) e do principio da separação do poder judicial.
As garantias de imparcialidade dos juízes resultam do seu estatuto próprio e dos
artigos 115º e seguintes do CPC, que estabelecem situações de escusa do juiz no
processo.
Princípios estruturais do processo civil
II - Principio da Equidade
Para além de um direito formal de acesso aos tribunais, terá de ser garantido:
1. um direito aos tribunais que a todos seja acessível – equidade processual; e
2. que conduza a resultados social e individualmente justos, tendo atenção às
particularidades de cada caso concreto – equidade substantiva (ex: art.ºs 494º,
496º n.º 4 do Código Civil).
Este princípio encontra-se presente no artigo 20/4 da CRP e também no artigo 10º da
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
Princípios estruturais do processo civil
Princípio do contraditório

Princípio de igualdade de armas

II. Equidade no Igualdade das


Comparência pessoal das partes
processo partes

Licitude da prova
(do meio da prova em si e modo de a obter)

Fundamentação da decisão
Princípios estruturais do processo civil
III - Principio do Prazo Razoável
O direito efetivo à jurisdição implica que a resposta do Tribunal à pretensão deduzida
surja num prazo razoável (art. 2º n.º 1 do CPC); em caso contrário, quase se
equivaleria à denegação da justiça:

– na ação declarativa, por não pronúncia da decisão de mérito;

– na ação executiva, por não efetivação das providências executivas


Princípios estruturais do processo civil
III - Principio do Prazo Razoável (cont.)

Para o Réu há também que equacionar a relevância deste principio na medida em


que o mesmo (em principio) tem interesse em não ver indevidamente prolongada
uma situação de indefinição ou ameaça.
Princípios estruturais do processo civil
III - Principio do Prazo Razoável (cont.)
A duração ideal de um processo deverá ser avaliada em função do caso concreto,
sendo de atender, designadamente:
 à complexidade da causa;
 aos interesses em jogo; e
 à contribuição que as partes possam ter dado para a demora do processo.
Princípios estruturais do processo civil
IV – Principio da legalidade do conteúdo da decisão
Os Tribunais portugueses estão sujeitos obediência à lei

 artigo 203 da CRP, artigo 8 do CC, art. 607º n.º 3 do CPC

Este princípio sofre a exceção (muito relevante) do julgamento com base na equidade
(substantiva).
Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
I. Princípio do dispositivo
II. Princípio da cooperação
III. Princípios da imediação, oralidade e concentração e princípio da livre
apreciação da prova
IV. Princípio da gestão processual
V. Princípio da economia processual
Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
I – Principio do dispositivo

Liberdade de decisão sobre a instauração do processo

Liberdade de alegar os factos fundamento da acção e de


decidir quem são as partes - art. 5º CPC

Liberdade de pôr termo ao processo


Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
II - Princípio da cooperação
Incide sobre as partes, os mandatários e também sobre os magistrados (art. 7º, 8º e
417º do CPC). Concretiza-se no CPC, por exemplo:

 celeridade do andamento do processo  depoimento das testemunhas


 vinculação do juiz a convidar as partes
 dever de apresentação de documentos
a suprir a insuficiências e/ou
imprecisões dos articulados
 cooperação para a descoberta da
verdade
Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
III - Princípios da imediação, oralidade e concentração e princípio da livre
apreciação da prova
• Imediação contacto directo do juiz com a prova para uma correta avaliação
dos factos

• Oralidade pretende-se que as partes disponham oralmente perante o juiz

• Concentração audiência deve ser contínua


Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
III - Princípio da livre apreciação da prova (cont.)
• livre apreciação da prova o juiz deve decidir sobre a matéria de facto de
acordo com a sua convicção, formada no confronto que se faça entre os diversos
meios de prova (art. 607 n.º 5 do CPC).
Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
IV - Princípio da gestão processual
Exige-se uma atitude proactiva do juiz, que deve procurar o equilíbrio entre a
legalidade das formas processuais e a flexibilidade.
Isto implica a comparação do processo com a sequência de actos prevista na lei e
perceber se esta se adequa ao caso concreto.
 Tramitação Processual
 Forma dos actos processuais
 Conteúdo dos actos processuais
Princípios estruturais do processo civil
Princípios Gerais do Processo Civil
V - Princípio da economia processual
O processo quer-se eficiente, utilizando os meios necessários e suficientes e não mais
do que esses.
 Proibição de actos inúteis (art. 137º do CPC)
 Redução das formalidades dos actos ao essencial (art. 138º n.º 1)
Espécies de acções
O recurso ao tribunal faz-se através da apresentação de uma acção, na qual o autor

deduz (afirma, argumenta) contra o réu, um pedido, dizendo que tem de um direito

protegido pela lei, que o réu violou.

Por isso, pede a intervenção do tribunal para que decida o conflito.


Espécies de acções
O artigo 10º do CPC faz a distinção entre duas espécies de ações:

Ação declarativa Ação executiva

• O juiz decide sobre a A finalidade é a realização coativa de


existência/inexistência de um uma obrigação que não foi cumprida
direito, proferindo uma sentença. voluntariamente (“obrigar a”).
Espécies de acções
Simples apreciação
Art. 10º n.º 3 alínea a)

Acções Declarativas
Condenação
(Tipos)
Art. 10º n.º 3 alínea b)
Art. 10º n.º 2 CPC

Constitutiva
Art. 10º n.º 3 alínea c)
Espécies de acções
Condenação
Condena o réu na prestação de uma coisa ou de um facto a que o autor tem direito.
Pressupõe já a violação de um direito.
Exemplo Prático:
”A” e “B” celebraram um contrato-promessa, através do qual “A” prometeu vender a
“B” e este comprar-lhe, pelo preço de esc. €150.000,00, um imóvel.
Como sinal e princípio de pagamento, “B” entregou a “A” a quantia total de
€5.000,00.
O “A” não cumpriu (culposamente) tal contrato, acabando mesmo por vender o imóvel
a terceiras pessoas.
“B” pede que o “A” seja condenado a devolver-lhe aquela quantia que lhe entregou
em dobro, ou seja, no montante de €10.000,00.
Espécies de acções
Simples apreciação
Declara a existência ou inexistência de um direito ou facto jurídico. Põe termo a uma
situação de incerteza que pode provocar um dano a quem reclama esse direito, ainda
sem haver lesão ou violação do direito.
Exemplo Prático:
A empresa de distribuição elétrica “X” cobrou à consumidora uma quantia pela
reparação de um contador que, durante uma inspecção, detectou ter uma avaria
técnica, não havendo indícios de qualquer adulteração.
A consumidora pretende saber se é responsável por esse valor.
Espécies de acções
Constitutiva
Destina-se à obtenção de um efeito jurídico novo, que altere a esfera jurídica
do réu, independentemente da vontade deste, não se pretendendo que o réu
seja condenado a realizar uma prestação.
Exemplo Prático:
“A” é proprietário de um prédio encravado (sem acesso à via pública). “A” pede
a constituição de uma servidão de passagem através do prédio do “B”, por
este ser contíguo ao seu e a única forma de ter acesso pedonal e de viaturas à
via pública.
Formas de processo
A forma do processo é a sequência de actos que o compõem.

No novo CPC (NCPC), aprovado pela Lei 41/2013, o processo de declaração passou a

seguir uma forma única.

Quer isto dizer que, independentemente da espécie da acção declarativa

(condenação, simples apreciação ou constitutiva), a forma é a mesma para todas.


Formas de processo
EXCEPÇÃO:

Só não seguem a forma única os processos que no CPC têm uma sequência de actos

especiais, justificada pelo tipo de questão que queremos ver decidida pelo juiz (art.

546º n.º 2, 549º n.º 1).

Nestes casos temos os chamados processos especiais, inseridos no CPC a partir do

art. 878º.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

Pressupostos processuais são condições necessárias que têm de existir para que um

processo possa ser decidido em tribunal.

Se não estiverem reunidas essas condições, o juiz nem pode apreciar o conflito e

tem logo de absolver o réu da instância (pode dizer-se que não decide a situação e

arquiva o processo).
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

I - Pressupostos das Partes


 Personalidade judiciária (11º a 14º)
 Capacidade judiciária (15º a 29º)
 Legitimidade (30ª a 39º)
 Patrocínio Judiciário (40º a 52º)
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes (cont.)
 Personalidade judiciária (11º a 14º)

A personalidade judiciária consiste na possibilidade de se ser parte processual


(Autor ou Réu).

1º critério:
Tem personalidade judiciária quem tem personalidade jurídica, ou seja, todas as
pessoas humanas singulares e algumas pessoas coletivas (11º n.º 2 do CPC; art. 66º e
ss do Código Civil).
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
 Personalidade judiciária (11º a 14º) (cont.)

2º critério: entidades que apesar de não terem personalidade jurídica têm


personalidade judiciária (12º). São patrimónios que justificam a sua autonomia ex:
herança.

3º critério: sucursais, agências, filiais, delegações e representações (art. 13º). Têm


capacidade judiciária relativamente a atos por elas praticados.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
 Capacidade judiciária (15º a 29º)
A capacidade judiciária consiste na possibilidade de estar pessoal e livremente em
juízo ou de se fazer representar voluntariamente, porque tem o pleno domínio
sobre os seus atos.

Uma coisa é poder ser parte, outra é conseguir livremente, pela sua vontade decidir
tudo o que se passa na ação.

Critério Único: quem não tem capacidade jurídica não têm capacidade judiciária.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
Capacidade judiciária (15º a 29º) (cont.)
Não têm capacidade judiciária:
• Menores (artigo 123º do Código Civil)
Não podem atuar nem pessoal, nem livremente.
• Maiores acompanhados (artigo 138º do Código Civil)
Como a qualidade de maior acompanhado depende de decisão judicial, a capacidade
depende do que tiver sido decidido no processo especial de acompanhamento de
maior.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
Capacidade judiciária (15º a 29º) (cont.)
Assim, os maiores acompanhados:

1. podem atuar pessoal e livremente, quanto aos direitos que o tribunal permitiu.

2. não podem atuar nem pessoal, nem livremente, relativamente aos direitos que o
tribunal decidiu que estão sujeitos à representação do acompanhante.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
Capacidade judiciária (15º a 29º) (cont.)
A falta de capacidade judiciária pode ser suprida (nestes casos por substituição):

Menores: Os representantes legais são os pais do menor. (art. 16º n.º 2 e 3, 18º)

Maior acompanhado: A sua intervenção fica sujeita à orientação do acompanhante


(art. 19º n.º 2)
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes

 Legitimidade (30ª a 39º)


A legitimidade é a susceptibilidade de se ser parte num processo em concreto,
porque se tem uma relação directa com o conflito.

Legitimidade activa = Autor Legitimidade passiva = Réu


PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes

 Patrocínio Judiciário (40º a 52º)

Consiste na representação e assistência técnica obrigatória proporcionada às partes


por advogados ou solicitadores a fim de conduzirem o processo, o que se explica por,
primeiramente, por razões de natureza técnica, mas também por razões psicológicas.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
I - Pressupostos das Partes
Patrocínio Judiciário (40º a 52º) (cont.)

Da combinação com o art. 629º n.º 1 do CPC e do art. 44º n.º 1 da Lei da Organização

do Sistema Judiciário (LOSJ), é obrigatória a constituição de advogado em processos

de valor superior a € 2.500,00 (metade da alçada do tribunal de 1ª instância).


PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal
 Competência
Identificação do tribunal que pode decidir o conflito apresentado em
tribunal.

 CPC
 Lei da Organização do Sistema Judiciário (LOSJ)
 Regulamento da Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais (ROFTJ)
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal (cont.)

 Competência Internacional
Competência dos tribunais portugueses segundo critérios de conexão com a lei ou
território português.
Art. 59º; 62º do CPC
Regulamentos Europeus

 Competência Nacional
60 n.º 1 e 64º e ss do CPC
37º e ss da LOSJ
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal (cont.)
Competência Nacional
 Critério da Jurisdição:
Cada tribunal português tem a sua jurisdição, que mais não é que a parcela de litígios
que lhes é atribuída, de acordo com vários critérios (art. 60º do CPC):
Regras Especiais
– acções: art. 70º a 79º
– execuções: art. 85º a 90º; 933º e ss.
– Leis avulsas (ex: Regime Geral Do Processo Tutelar Cível)
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal (cont.)

Regras Gerais (art. 80º, 81º e 82º do CPC - residuais, ou seja, se não couber
em nenhum dos artigos anteriores)
• Tribunal do domicilio do Réu

 Critério Territorial:
Encontrado o tipo de tribunal de acordo com estes critérios, resta então perceber
qual é o tribunal da zona geográfica especifica.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
II - Pressupostos do Tribunal

 Critério da hierarquia dos tribunais


Os tribunais têm uma hierarquia quanto se trata de recursos (art. 83º)
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Links úteis:
CPC:
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=1959&tabela=leis&so_miolo=&
Apoio Judiciário:
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=80&tabela=leis&ficha=1&pagina=1
&so_miolo=&
Obrigado!

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