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3.1.1. CONTEÚDO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 22. Compete privativamente à União Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao
legislar sobre: Distrito Federal legislar concorrentemente
... sobre:
XXIII - seguridade social; ...
... XII - previdência social, proteção e defesa da
Parágrafo único. Lei complementar poderá saúde;
autorizar os Estados a legislar sobre questões ...
específicas das matérias relacionadas neste § 1º No âmbito da legislação concorrente, a
artigo. competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
Informação importante!!!
A reforma previdenciária ocorrida por meio da Emenda Constitucional nº 103/2109,
trouxe nova redação ao inciso XXI do art. 22 da Constituição Federal, outorgando
competência privativa à União para legislar sobre inatividade e pensões das polícias
militares e dos corpos de bombeiros militares.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
...
Às leis ordinárias cabem as matérias que não forem regulamentadas por lei
complementar, decreto legislativo (matéria de competência exclusiva do Congresso
Nacional) e resoluções (matéria de competência exclusiva do Senado e da Câmara dos
Deputados). Conclui-se, então, que o campo material ocupado pelas leis ordinárias é
residual.
• As leis delegadas são elaboradas pelo Presidente da República, com a autorização
do Congresso Nacional. Haverá a solicitação ao Poder Legislativo, delimitando o assunto
sobre o qual irá se legislar. O Congresso, então, aprova o pedido e especifica o conteúdo
da delegação e os termos de seu exercício. É bom registrar que matérias que exigem a
regulamentação por lei complementar não podem ser objeto de lei delegada.
As matérias relativas à seguridade social são tratadas, em regra, por lei ordinária.
Apenas nos casos expressamente dispostos na Constituição Federal exigiu -se o
tratamento da matéria por lei complementar, como por exemplo, se verifica nos arts.
195, §§ 4º e 11; 198, §3º; 201, §§1º, 8º, 10 e 15, 202, §§ 1º, 4º, 5º e 6º.
1.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 13ªed., São Paulo: Saraiva, 2009, p.417.
2) Medida Provisória: ato editado pelo Poder Executivo – Presidente da República –
com força de lei. Para sua edição torna-se necessário que haja situação de relevância e
urgência, conforme previsto nos artigos 59 e 62, ambos da CF/88.
Na área securitária é muito comum a utilização da medida provisória, no entanto, é
bom frisar que matérias que exigem a regulamentação por lei complementar não
poderão ser objeto de medida provisória, em face da vedação prevista no art. 62, § 1º,
inciso III do Texto Maior.
2
. A IN PRES/INSS nº 77/2015 revogou expressamente a IN nº 45/INSS/PRES e já sofreu alterações no
seu texto.
3. Dispõe sobre as alterações constantes na Emenda Constitucional nº 103/2019 (reforma
previdenciária).
Segundo Fábio Zambitte Imbrahim 4 “pode-se afirmar que temos, como fonte de
Direito e, por consequência, da legislação previdenciária, as leis e a jurisprudência.”
O Direito Previdenciário tem sua base assentada na Constituição Federal.
São fontes do Direito Previdenciário: a Constituição Federal, a Emenda
Constitucional, as Leis Complementares, Ordinárias e Delegadas, a Medida Provisória, o
Decreto Legislativo, a Resolução do Senado Federal, os atos administrativos normativos
e a jurisprudência dos Tribunais Superiores.
A palavra lei, em seu sentido mais amplo, contempla a Constituição Federal, as leis
ordinárias, as leis complementares, as leis delegadas, as medidas provisórias e os atos
administrativos em geral (como as portarias, as instruções, etc.).
Já em sentido estrito, o conceito de lei situa-se nos atos elaborados pelo Congresso
Nacional, com o poder de criar as leis ordinárias e complementares e as medidas
provisórias e leis delegadas, elaboradas pelo Poder Executivo.
As leis ordinárias, complementares e delegadas e as medidas provisórias são
consideradas fontes primárias do Direito Previdenciário. Elas poderão inovar no
mundo jurídico, criando direitos e obrigações, desde que, é claro, respeitem a
Constituição Federal.
As fontes secundárias não poderão contemplar novos direitos e obrigações, mas
apenas regulamentar as fontes primárias para o seu fiel cumprimento. Destacam-se,
nesse caso, os decretos, as instruções normativas, as resoluções, as orientações internas
e outras.
Jurisprudência segundo o Professor Henrique Correia 5 “é a decisão reiterada no
mesmo sentido sobre a mesma matéria”. A jurisprudência, como geradora de norma
jurídica individual em razão das decisões judiciais, é fonte de Direito, pois suas decisões
são vinculantes para as partes.
As decisões reiteradas dos Tribunais pátrios formam a jurisprudência e são capazes,
até mesmo, de modificar o conteúdo dos atos administrativos, adaptando-os às
interpretações oriundas do Judiciário.
Os demais ramos do Direito são fontes, também, para o Direito Previdenciário e para
o Direito Securitário. Podem ser citados o Direito Constitucional, o Direito
Administrativo, o Direito do Trabalho. Na verdade, o Direito é único, sendo dividido,
apenas, por questões de didática.
Comungamos com a posição do autor referido, uma vez que entendemos que o
Direito Previdenciário surgiu antes mesmo do Direito do Trabalho e tem conceitos
próprios, específicos em relação à matéria de que trata.
Como exemplo:
Nesse caso, João será instituidor de pensão por morte para o filho,
conforme dispõem os arts. 16, I e 74 da Lei nº 8.213/91.
A) quanto à origem:
1) interpretação legislativa, legal ou autêntica: ocorre quando o próprio Poder
Legislativo elabora uma nova lei que interpretará a lei anterior. A lei posterior vem para
interpretar a anterior.
2) interpretação jurisprudencial: é feita pelo Poder Judiciário no exercício da
jurisdição, com o objetivo de aplicar as normas aos casos concretos, na solução das lides.
6. DIMOULIS, Dimitri. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. 4. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo:
B) quanto ao meio:
1) interpretação gramatical, literal ou filosófica: à luz do próprio texto da norma sob
exame, busca-se o sentido da lei mediante a análise do significado das palavras utilizadas
pelo legislador. Vai-se buscar o sentido da norma jurídica a partir do significado das
palavras que estão no seu texto.
2) interpretação histórica ou genética: o intérprete deve examinar os elementos, as
circunstâncias e as causas que implicaram na criação da lei. A análise que se faz é no
sentido de saber o que levou aquela lei ser criada.
3) interpretação teleológica ou finalística: feita mediante a apuração da finalidade
objetivada pela norma. A interpretação teleológica da lei se faz perguntando o que o
legislador quis buscar, atingir com a sua criação; qual seria o seu objetivo a alcançar com
a nova lei.
4) interpretação sistemática: a interpretação se faz partindo do entendimento de
que todas as regras jurídicas devem ter, entre si, um nexo, pois são parte de um só
sistema jurídico. A norma deve ser interpretada, considerando a sua existência dentro
do ordenamento jurídico como um todo.
Ao se utilizar do método de interpretação sistemático, o intérprete busca
compatibilizar o texto legal a ser interpretado com as demais normas que compõem o
ordenamento jurídico, visualizando a lei objeto de interpretação como parte de um
todo.
C) quanto à finalidade:
1) interpretação estrita: ocorre quando há a concordância entre o significado das
palavras com o que pretende o legislador.
2) interpretação restritiva: ocorre quando o texto é mais amplo do que a intenção
da lei, devendo o intérprete restringir o seu alcance.
3) interpretação extensiva: ocorre quando o texto é mais restrito do que a intenção
do legislador, devendo o intérprete expandir o alcance da lei.