Você está na página 1de 162

Analista Tributário

Direito Previdenciário
Prof. Fernando Aprato
Direito Previdenciário

Professor Fernando Aprato

www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital

DIREITO PREVIDENCIÁRIO: 17. Regime Geral de Previdência Social. 17.1. Segurados obrigató-
rios. 17.2. Conceito, características e abrangência: empregado, empregado doméstico, contri-
buinte individual, trabalhador avulso, segurado especial. 17.3. Segurado facultativo: conceito,
características. 18. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. 19. Financia-
mento da seguridade social. 19.1. Receitas da União. 19.2. Receitas das contribuições sociais:
dos segurados, das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de fute-
bol profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 19.3.
Salário-de-contribuição. 19.3.1. Conceito. 19.3.2. Parcelas integrantes e parcelas não-integran-
tes. 19.4. Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social. 19.4.1.
Obrigações da empresa e demais contribuintes. 19.4.2. Prazo de recolhimento. 19.4.3. Reco-
lhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária. 19.4.4. Obrigações acessórias.
Retenção e Responsabilidade solidária: conceitos, natureza jurídica e características.

BANCA: ESAF
CARGO: Analista Tributário

www.acasadoconcurseiro.com.br
Parte 1

1. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA

No entendimento de José Afonso da Silva, competência “é a faculdade juridicamente atribuída


a uma entidade, ou a um órgão, ou ainda a um agente do poder público para emitir decisões”.
Competências “são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entida-
des estatais para realizar suas funções”.
A competência se divide em legislativa e administrativa.
A competência legislativa se expressa no poder de estabelecer a entidade normas gerais, leis
em sentido estrito (art. 22 e 24 da CF/88).
Já a competência administrativa, ou material, cuida da atuação concreta do ente, que tem o
poder de editar normas individuais, ou seja, atos administrativos (art. 21 e 23 da CF/88).

1. Competência para legislar sobre Seguridade Social

A competência para legislar sobre Seguridade Social encontra-se no art. 22 da Constituição


Federal.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
[...]
XXIII – seguridade social;
[...]
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste
artigo.
Lembrando que a Seguridade Social é composta por 3 (três) susbsistemas: Saúde, Previdência
Social e Assistência Social.
Pela leitura acima constatamos, que a competência para legislar sobre Seguridade Social
é privativa da União. Porém, de acordo com as características da competência privativa,
verificamos que o parágrafo único do art. 22 da CF/88 nos revela que : “lei complementar
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões especificas em relação à seguridade
social”.
A União é a responsável pelas normas básicas e regras gerais do sistema de Seguridade Social
em seus 3 (três) subsistemas, bem como pela organização e estruturação da mesma no Brasil.

www.acasadoconcurseiro.com.br 7
!! SE LIGA !!
A União através de Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar apenas
sobre questões específicas do sistema de Seguridade Social.

2. Competência para legislar sobre Previdência Social

A competência para legislar sobre Previdência Social encontra-se no art. 24 da Constituição


Federal.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
[...]
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
[...]
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão
a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Trata-se de competência legislativa concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal.
A competência legislativa concorrente trata da possibilidade de legislar sobre o mesmo assunto
ou matéria por mais de uma entidade federativa, mas obedecendo a primazia da União quanto
às normas gerais. Assim, podemos afirmar que, de um modo geral, as ações de seguridade
social são regulamentadas pela União, dado o interesse nacional nessa área, que tem por
objetivo a construção de uma rede de proteção social para toda a população, sobretudo a mais
necessitada. Assim, a competência concorrente para legislar sobre previdência e saúde deve
obedecer às normas gerais da União.
E os municípios?
Art. 30. Compete aos Municípios:
I – legislar sobre assuntos de interesse local

Os Municípios apesar de não serem mencionados no art. 24 da CF/88, que trata da competên-
cia concorrente da União e dos Estados, eles são dotados de competência pela constituição
para tratar de previdência e saúde, assim como os Estados, considerando que o art. 30 da CF/88

8 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

prevê a possibilidade de Municípios legislarem sobre assuntos de interesse local e complemen-


tarem a legislação federal e estadual no que couber.
O aspecto relevante que explica essa competência concorrente dos estados para legislar sobre
matéria previdenciária é a necessidade de regulamentar e gerir os regimes próprios de previ-
dência aos quais estão vinculados os servidores públicos estaduais (estatutários).
Assim, os Estados e Municípios, observando as normas gerais fixadas pela União, irão esta-
belecer as regras previdenciárias para seus servidores, quando da instituição de seus regimes
próprios.
Outro aspecto relevante que justifica a competência concorrente em matéria previdenciária é
a possibilidade de os Entes Federados criarem, por meio de lei própria, as entidades fechadas
de previdência complementar, de natureza pública, para seus servidores (art. 40, §§ 14 e 15).

3. Questões

1. (DPE CE – Defensor Público – CESPE – 2007)


Considerando a legislação previdenciária e a orientação dos tribunais superiores a ela relacio-
nada, julgue os seguintes itens.
No regime de distribuição de competências legislativas promovido pela Constituição Federal,
a seguridade social e, especificamente, a previdência social incluem-se entre as competências
privativas da União.
( ) Certo   ( ) Errado

2. (INSS – Técnico do Seguro Social – CESPE – 2016)


Lei complementar editada pela União poderá autorizar os estados e o DF a legislar sobre ques-
tões específicas relacionadas à seguridade social.
( ) Certo   ( ) Errado

3. (TCE – PA/ACE – Especialidade Direito – CESPE – 2016)


É competência privativa da União legislar sobre previdência social, sendo, portanto, vedado aos
estados e ao Distrito Federal legislar sobre essa matéria.
( ) Certo   ( ) Errado

Gabarito: 1. E 2. C 3. E

www.acasadoconcurseiro.com.br 9
2. SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

1. Conceito Doutrinário

De acordo com Fábio Zambitte Ibrahim a seguridade social pode ser conceituada como a rede
protetiva formada pelo Estado e por particulares, com contribuições de todos, incluindo par-
te dos beneficiários dos direitos, no sentido de estabelecer ações para o sustento de pessoas
carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando a manutenção de um
padrão mínimo de vida digna.

2. Conceito Constitucional

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o tra-


balho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a prote-
ção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social.
Do conceito constitucional podemos observar que não só o Estado atua na Seguridade Social,
pois é auxiliado pelas pessoas físicas e jurídicas (sociedade) e que a mesma é composta por 3
(três) subsistemas: Saúde, Previdência e Assistência Social.
Tem como seu fundamento a solidariedade.
É instrumento de bem estar e justiça social, redutor das desigualdades sociais e de distribuição
de renda.
Atualmente, ostenta simultaneamente a natureza jurídica de direito fundamental de 2ª e 3ª
geração.
Quais direitos os estrangeiros possuem perante o sistema de Seguridade Social Brasileiro?
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

1) Na Saúde?
2) Na Previdência Social?
3) Na Assistência Social? RE 587.970

10 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

O recurso extraordinário tem repercussão geral reconhecida, o que significa que o entendimento
firmado hoje pelo STF deve ser aplicado pelas demais instâncias do Poder Judiciário a processos
semelhantes. A tese de repercussão geral aprovada é a seguinte: “Os estrangeiros residentes
no país são beneficiários da assistência social prevista no artigo 203, inciso V, da Constituição
Federal, uma vez atendidos os requisitos constitucionais e legais”.

(INSS – Técnico do Seguro Social – CESPE – 2016)


De acordo com o princípio da universalidade da seguridade social, os estrangeiros no Brasil
poderão receber atendimento da seguridade social.
( ) Certo   ( ) Errado

3. Financiamento da Seguridade Social na Constituição

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,
à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que
trata o art. 201;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

!! SE LIGA !!
Art. 167. São vedados:
[...]
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art.
195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

Gabarito: C

www.acasadoconcurseiro.com.br 11
4. Outras normas na CF sobre Seguridade Social

§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas
e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão
de seus recursos.
Lei nº 8.212/91
DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO

Art. 16. A contribuição da União é constituída de recursos adicionais


do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na lei orçamentária
anual.
Parágrafo único. A União é responsável pela cobertura de eventuais
insuficiências financeiras da Seguridade Social, quando decorrentes
do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência
Social, na forma da Lei Orçamentária Anual.

§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei,
não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
Benefício fiscal pode ser considerado como uma redução ou eliminação de ônus tributário nos
termos da lei ou norma específica. No artigo 14 da LC 101/2000 (Lei da Responsabilidade Fis-
cal), os benefícios fiscais são caracterizados como: anistia, remissão, subsídio, crédito presumi-
do, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base
de cálculo.​
Incentivo fiscal é um conceito da Ciência das Finanças. Situa-se no campo da extrafiscalidade e
implica redução da receita pública de natureza compulsória ou a supressão de sua exigibilida-
de. É um instrumento do dirigismo econômico; visa desenvolver economicamente determinada
região ou certo setor de atividade. O incentivo fiscal não se confunde com a isenção tributária,
mesmo na hipótese que implique total exoneração do tributo. É que a isenção tributária não
é um instrumento de intervenção na economia tal como o incentivo fiscal (SUDENE, SUDAM,
SUFRAMA, FLORESTAMENTO, REFLORESTAMENTO etc.)
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

Art. 154. A União poderá instituir:


I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo ante-
rior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou
base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição

12 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Trata-se da competência tributária residual da União é exclusiva da União. Para exercer esta
competência e instituir contribuições sociais incidentes sobre fonte diversa das constantes no
artigo 195 da CONSTITUIÇÃO FEDERAL., a União deve observar os três requisitos constantes do
artigo 154, inciso I, da CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

1º) lei complementar;


2º) não cumulatividade;
3º) fato gerador e base de cálculo distintos dos determinados para os impostos previstos no
texto constitucional.

§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou esten-
dido sem a correspondente fonte de custeio total.
Preexistência do custeio em relação ao benefício ou serviço ou regra da contrapartida.
Esse princípio visa o equilíbrio atuarial e financeiro do sistema securitário. A criação do benefí-
cio, ou mesmo a mera extensão de prestação já existente, somente será feita com a previsão da
receita necessária.
Este princípio prega que sem a devida receita não pode haver despesa. Observa-se que o cus-
teio do benefício ou serviço criado deve ser total (integral) e não apenas cobrir parte das des-
pesas. Com isso, assegura-se o próprio sistema de seguridade social, pois há a garantia que ne-
nhuma legislação oportunista crie ou conceda benefícios sem que haja a correspondente fonte
de custeio total deste benefício.

www.acasadoconcurseiro.com.br 13
Esse princípio se aplica não somente a previdência social, mas à seguridade social como um
todo, portanto, será inconstitucional a lei que criar um benefício, previdenciário ou assistencial,
sem também criar a fonte de custeio total.
Este princípio tem íntima ligação com o princípio do equilíbrio financeiro e atuarial, de modo
que somente possa ocorrer aumento de despesa para o fundo previdenciário quando exista
também, em proporção adequada, receita que venha a cobrir os gastos decorrentes da altera-
ção legislativa, a fim de evitar o colapso das contas do regime.
O STF possui entendimento de que o art. 195, § 5º, da CF, diz respeito somente à Seguridade
Social financiada por toda a sociedade sendo alheio às entidades de previdência privada (RE
583687 AgR/RS).

!! ATENÇÃO !!
Quando o benefício da seguridade social for previsto na própria Constituição Federal, não terá
aplicação o Princípio da Precedência da Fonte de Custeio.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se
lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
Princípio da Anterioridade nonagesimal, noventena ou anterioridade mitigada.

Constituição Federal de 1988


[...]
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que
os instituiu ou aumentou;

De acordo com o artigo 195, parágrafo 6º, da CF: “As contribuições sociais de que trata este
artigo só poderão ser exigidas decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b (princípio
da anterioridade genérico)”.
O princípio da anterioridade genérico veda a cobrança de tributos no mesmo exercício finan-
ceiro em que haja sido publicada a lei que os houver instituído ou aumentado.
De acordo com o artigo 195, parágrafo 6º, da CF: “As contribuições sociais de que trata este
artigo só poderão ser exigidas decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b (princípio
da anterioridade genérico)”.

14 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

O princípio da anterioridade genérico veda a cobrança de tributos no mesmo exercício finan-


ceiro em que haja sido publicada a lei que os houver instituído ou aumentado.
O princípio da anterioridade nonagesimal, de que aqui estamos tratando, é mais amplo quan-
to ao seu alcance, pois exige o interstício de noventa dias para se efetuar alguma modificação
quanto à exigibilidade das contribuições sociais, não apenas para seu aumento ou criação.
O mesmo aplica-se a qualquer uma das contribuições sociais previstas no artigo 195 da Consti-
tuição Federal, portanto, só poderão ser exigidas após 90 (noventa) dias decorridos da data de
publicação da lei que as houver instituído ou modificado. É um princípio que visa proteger o
contribuinte, pois não será surpreendido por alguma legislação que altere a contribuição devi-
da, acarretando um gasto extra não previsto em seu orçamento.
As modificações que estão sujeitas à anterioridade nonagesimal são as que representam uma
efetiva onerosidade para o contribuinte. As modificações menos onerosas ao contribuinte po-
dem ser aplicadas desde a entrada em vigor da lei.
O princípio da anterioridade nonagesimal tem como objetivo proteger o contribuinte contra o
fator surpresa, quando gere aumento em sua carga tributária.
Para as contribuições de seguridade social não se aplica o princípio da anterioridade anual ou
genérica (CF, art. 150, III, “b”).
O STF entende que a lei que se limita simplesmente a mudar o prazo de recolhimento da con-
tribuição social (ou de qualquer outro tributo) não se submete ao princípio da anterioridade
anual nem ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Para firmar esse entendimento, o STF editou a súmula nº 669: “norma legal que altera o prazo
de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade”.
E quanto uma contribuição de seguridade social for majorada por Medida Provisória, quanto se
inicia o prazo da contagem dos 90 dias?
O STF entende que “o prazo nonagesimal (CF, art. 195, § 6º) é contado a partir da publicação da
Medida Provisória que houver instituído ou modificado a contribuição” (STF, RE-Agr 453490/SP).
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assis-
tência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
Apesar do texto constitucional utilizar a expressão “ISENTAS”, trata-se de uma “IMUNIDADE”.
A Imunidade Tributária ocorre quando a Constituição, ao realizar a repartição de competência,
coloca fora do campo tributário certos bens, pessoas, patrimônios ou serviços.
Segundo Amílcar de Araújo Falcão, a imunidade: “é uma forma qualificada ou especial de não
incidência, por supressão, na Constituição, da competência impositiva ou do poder de tri-
butar, quando se configuram certos pressupostos, situações ou circunstâncias previstas pelo
estatuto supremo
Hugo de Brito Machado define imunidade como: “o obstáculo criado por uma norma da Cons-
tituição que impede a incidência de lei ordinária de tributação sobre determinado fato, ou
em detrimento de determinada pessoa, ou categoria de pessoas.
A imunidade aqui conferida é do tipo subjetiva.

www.acasadoconcurseiro.com.br 15
Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009
DA ISENÇÃO
Seção I
DOS REQUISITOS
Art. 29. A entidade beneficente certificada na forma do Capítulo II fará
jus à isenção do pagamento das contribuições de que tratam os arts.
22 e 23 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, desde que atenda,
cumulativamente, aos seguintes requisitos:
I – não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou
benfeitores remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indire-
tamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências,
funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos
constitutivos, exceto no caso de associações assistenciais ou funda-
ções, sem fins lucrativos, cujos dirigentes poderão ser remunerados,
desde que atuem efetivamente na gestão executiva, respeitados como
limites máximos os valores praticados pelo mercado na região corres-
pondente à sua área de atuação, devendo seu valor ser fixado pelo ór-
gão de deliberação superior da entidade, registrado em ata, com co-
municação ao Ministério Público, no caso das fundações;
II – aplique suas rendas, seus recursos e eventual superávit integral-
mente no território nacional, na manutenção e desenvolvimento de
seus objetivos institucionais;
III – apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de ne-
gativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil e certificado de regularidade do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS;
IV – mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas
e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segrega-
da, em consonância com as normas emanadas do Conselho Federal de
Contabilidade;
V – não distribua resultados, dividendos, bonificações, participações
ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto;
VI – conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da
data da emissão, os documentos que comprovem a origem e a aplica-
ção de seus recursos e os relativos a atos ou operações realizados que
impliquem modificação da situação patrimonial;
VII – cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tri-
butária;
VIII – apresente as demonstrações contábeis e financeiras devidamen-
te auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos Con-
selhos Regionais de Contabilidade quando a receita bruta anual auferi-
da for superior ao limite fixado pela Lei.

16 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como


os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de
uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos
termos da lei.
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas
ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva
de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.
O artigo 195, parágrafo 9º, da CF, acrescentado pela emenda 20/1998 e pela emenda 47/2005,
traz a possibilidade de que as alíquotas e as bases de cálculo das contribuições a cargo do
empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, possam ser calculadas de forma
diferenciada, em função da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do
porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

Estatui ele, portanto, a possibilidade de progressividade das alíquotas e da base de cálculo das
referidas contribuições.
É dispositivo direcionado ao legislador. Visa materializar o princípio da equidade no custeio.

www.acasadoconcurseiro.com.br 17
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e
ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos
Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os
incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.

§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes
na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou
parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o
faturamento.
Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011
... altera a incidência das contribuições previdenciárias devidas pelas
empresas que menciona ...
[...]
Art. 8º Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídas
as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em
substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art.
22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam
os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de
23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo I.

Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991


[...]
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade
Social, além do disposto no art. 23, é de
I – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas
ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados

18 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços,


destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma,
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e
os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador
ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de
convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
[...]
III – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas
a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes
individuais que lhe prestem serviços;

5. Da Saúde na CF

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor,
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução
ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito
privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III – participação da comunidade.
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes.
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
sobre:
I – no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo
ser inferior a 15% (quinze por cento);
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se
refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II,
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;

www.acasadoconcurseiro.com.br 19
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá
I – os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º;
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios,
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais;
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal,
estadual, distrital e municipal;
IV – (revogado).

A Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012 regulamentou


§ 3º do art. 198 da Constituição Federal.

Art. 1º Esta Lei Complementar institui, nos termos do § 3º do art. 198


da Constituição Federal:
I – o valor mínimo e normas de cálculo do montante mínimo a ser
aplicado, anualmente, pela União em ações e serviços públicos de
saúde;
II – percentuais mínimos do produto da arrecadação de impostos a
serem aplicados anualmente pelos Estados, pelo Distrito Federal e
pelos Municípios em ações e serviços públicos de saúde;
III – critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde
destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e
dos Estados destinados aos seus respectivos Municípios, visando à
progressiva redução das disparidades regionais;
IV – normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com
saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal.

20 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de


saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as dire-
trizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário
de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o
cumprimento do referido piso salarial.
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Fede-
ral, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agen-
te de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos
específicos, fixados em lei, para o seu exercício.
Concluímos que a contratação de agentes comunitários de saúde se dará por meio de processo
seletivo, que é um método bem mais célere que o concurso público e que os mesmos não se
submetem ao Regime Estatutário (Lei n.º 8.112/1990) e nem ao Regime da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias submetem-se a um
regime próprio, diferenciado, e instituído por lei federal (Lei n.º 11.350/2006).
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo pre-
ferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições pri-
vadas com fins lucrativos.
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assis-
tência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos
e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta,
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercia-
lização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos;
II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do traba-
lhador;
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

www.acasadoconcurseiro.com.br 21
V – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a
inovação;
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem
como bebidas e águas para consumo humano;
VII – participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

6. Da Previdência na CF

Conceito Doutrinário
De acordo com Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari a Previdência Social
é o ramo da atuação estatal que visa à proteção de todo indivíduo ocupado numa atividade
laborativa remunerada, para proteção dos riscos decorrentes da perda ou redução, permanente
ou temporária, das condições de obter seu próprio sustento. Eis a razão a qual se dá o nome
de seguro social ao vínculo estabelecido entre o segurado e da Previdência e o ente segurados
estatal.
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo
e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, nos termos da lei, a:
I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II – proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV – salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V – pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, observado o disposto no § 2º.
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devida-


mente atualizados, na forma da lei.

22 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente,


o valor real, conforme critérios definidos em lei.
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado faculta-
tivo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos
do mês de dezembro de cada ano.
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obe-
decidas as seguintes condições:
I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
II – sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido
em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam
suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpei-
ro e o pescador artesanal.

www.acasadoconcurseiro.com.br 23
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco
anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 2006

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.


[...]
Art. 67
[...]
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8º do art. 201
da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as
exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho
de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de
educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas,
além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as
de coordenação e assessoramento pedagógico.

§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contri-


buição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os
diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios es-
tabelecidos em lei.
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrente-
mente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado.

24 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para
efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na
forma da lei.
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhado-
res de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho
doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda,
garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquo-
tas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência
social.
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autô-
noma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição
de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
§ 1º A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de bene-
fícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de
seus respectivos planos.
§ 2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos
estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não inte-
gram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedi-
dos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Dis-
trito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de eco-
nomia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual,
em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado.
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Muni-
cípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas contro-
ladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência
privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada.
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às em-
presas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando
patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos para a de-
signação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e discipli-
nará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses
sejam objeto de discussão e deliberação.

www.acasadoconcurseiro.com.br 25
7. Da Assistência Social na CF

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com
base nas seguintes diretrizes:
I – descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à
esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual
e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio
à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida,
vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:
I – despesas com pessoal e encargos sociais;
II – serviço da dívida;
III – qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados.

26 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

3. SISTEMA ESPECIAL DE INCLUSÃO PREVIDENCIÁRIA – SEIP

O escopo do sistema especial de inclusão previdenciária é a ampliação da proteção


previdenciária. Havia várias pessoas físicas que não contribuíam para o Regime Geral de
Previdência Social – RGPS, em virtude de seu alto custo se comparado a sua renda mensal, após
a implementação do SEIP, passaram a ter condições financeiras de suportar o pagamento da
contribuição previdenciária, visto que, o legislador infraconstitucional implementou o referido
sistema com alíquotas inferiores aos demais segurados. Vale dizer: quem não possuía proteção
previdenciária passou a poder filiar-se ao RGPS, tornando-se segurado do mesmo.

1. Fundamento Constitucional do SEIP

Esse sistema foi introduzido no texto constitucional pelas Emendas Constitucionais nº 41 de


19/12/2003 e nº 47 de 05/07/2005.
Segundo o art. 201, § 12, da C.F/88, lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária
para atender à trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a
famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.
O § 13 do mesmo artigo prevê que esse sistema (SEIP ou PSPS) terá alíquotas e carências
inferiores às vigentes para os demais segurados do RGPS.
O poder constituinte derivado expressamente estabeleceu os mecanismos a serem utilizados
para fins de implementação desta política de inclusão social: redução de alíquotas das
contribuições devidas, redução da carência para a concessão de benefícios e garantia de renda
no valor de um salário mínimo. A implementação deste sistema, no entanto, ficou a cargo do
legislador infraconstitucional. O referido programa foi disciplinado pela Lei nº 12.470/2011.
O SEIP está previsto no artigo 21, § 2º da Lei nº 8.212/91 e passou a ser chamado de plano
simplificado de previdência social (PSPS).
Devemos ficar atento às questões que podem referir-se a: sistema especial de inclusão
previdenciária (SEIP) ou plano simplificado de previdência social (PSPS).
O legislador infraconstitucional foi autorizado a implementar o SEIP com as seguintes
características:

1) Redução das alíquotas das contribuições previdenciárias em relação aos demais segurados;
2) Redução da carência para a concessão dos benefícios em relação aos demais segurados; e
3) Garantia de Renda Mensal do Benefício (RMB) em valor igual a 1 (um) salário mínimo
nacional.

www.acasadoconcurseiro.com.br 27
!! ATENÇÃO !!
O legislador infraconstitucional foi autorizado, o que não significa que o mesmo
implementou o referido sistema com todas as caraterísticas elencadas.

2. Quem pode optar pelo SEIP, Salário de Contribuição, Alíquotas e Conceitos

De acordo com o art. 21, § 2º, da Lei nº 8.212/91, no caso de opção pela exclusão de
aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite
mínimo do salário de contribuição será de:

Alíquota Espécie de segurado


No caso do segurado contribuinte individual, que trabalhe
11% (onze por cento) por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou
equiparado e do segurado facultativo.
No caso do microempreendedor individual, de que trata o art.
18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
5% (cinco por cento) Do segurado facultativo sem renda própria que se dedique
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua
residência, desde que pertencente a família de baixa renda.
Salário de contribuição = 1 (um) salário mínimo nacional.
Considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art.
966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
Microempreendedor individual que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de
– MEI até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), optante pelo Simples
Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática
prevista neste artigo.
Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na alínea
b do inciso II do § 2º deste artigo, a família inscrita no Cadastro
Família de Baixa Renda
Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico cuja
renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos.

28 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

!! ATENÇÃO !!
1) O legislador infraconstitucional, apesar de autorizado, quando da implementação
do SEIP optou por introduzir só as alíquotas inferiores aos demais segurados,
mantendo a carência igual aos demais segurados.
2) Só podem optar pelo SEIP: o contribuinte individual e o segurado facultativo que
atendam os requisitos da norma.
3) O salário de contribuição dos optantes pelo SEIP é o limite mínimo do salário de
contribuição, que para estes segurados é o salário mínimo nacional.
4) A renda mensal dos benefícios a que fazem jus é igual ao salário mínimo nacional.
5) As competências em que suas contribuições previdenciárias foram recolhidas
como optantes pelo SEIP não podem ser utilizadas para aposentadoria por tempo
de contribuição e para à contagem recíproca do tempo de contribuição.

3. Direitos de quem opta pelo SEIP

A adesão ao SEIP não implica apenas a vantagem de pagar uma contribuição com alíquota re-
duzida se comparado com os demais segurados. Quem aderir ao plano terá uma cobertura
previdenciária mais restrita, sem direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contri-
buição e à contagem recíproca do tempo de contribuição.

!! ATENÇÃO !!
1) Há como o optante pelo SEIP modificar sua situação perante o RGPS e passar a ter
o direito a aposentadoria por tempo de contribuição e à contagem recíproca do
tempo de contribuição? SIM
2) O segurado que tenha contribuído como optante pelo SEIP, com alíquota reduzida
sobre o salário mínimo nacional (na forma do § 2º, do art. 21, da Lei nº 8.212/91),
e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção
da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca a que se
refere o art. 94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar
a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente
ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a
ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por
cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3º do art. 5º da Lei nº
9.430, de 27 de dezembro de 1996.
3) A contribuição complementar será exigida a qualquer tempo, sob pena de
indeferimento do benefício. A mesma não é alcançada pelo instituto da decadência.

www.acasadoconcurseiro.com.br 29
4. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL

1. Conceito de Princípio

A seguridade social rege-se por vários princípios – que são preceitos, valores, proposições
de base para qualquer outro enunciado, sendo tomados como verdades que não podem ser
questionadas, para que assim não haja comprometimento da lógica do sistema. São fundações
necessárias para a edificação do entendimento de todo e qualquer sistema jurídico.
É o alicerce das normas jurídicas de certo ramo do Direito; é fundamento da construção
escalonada da ordem jurídico-positiva em certa matéria.

2. Princípio Específico Implícito – Solidariedade

A solidariedade pode ser considerada um postulado fundamental do Direito da Seguridade


Social, previsto implicitamente na Constituição.
De acordo com o art. 3º da C.F/88, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil é construir um sociedade livre, justa e solidária.
A solidariedade reflete um dos objetivos da República Federativa do Brasil, sendo também uma
das formas de se buscar a redução das desigualdades sociais, quando alguns, os que podem,
se solidarizam, contribuindo para que os outros, sem condições financeiras, também estejam
cobertos pela seguridade social.
Sem dúvida, é o princípio securitário de maior importância, pois traduz o verdadeiro espírito
da previdência social: a proteção coletiva, na qual as pequenas contribuições individuais geram
recursos suficientes para a criação de um manto protetor sobre todos, viabilizando a concessão
de prestações previdenciárias em decorrência de eventos preestabelecidos.
É este princípio que permite e justifica uma pessoa ser aposentada por invalidez em seu
primeiro dia de trabalho, sem ter qualquer contribuição recolhida para o sistema. Também é
a solidariedade que justifica a cobrança de contribuições do aposentado que volta a trabalhar.
Este deverá adimplir seus recolhimentos mensais, como qualquer trabalhador, mesmo sabendo
que não poderá obter nova aposentadoria. A razão é a solidariedade: a contribuição de um não
é exclusiva deste, mas sim para a manutenção de toda rede protetiva.
A solidariedade é a justificativa elementar para a compulsoriedade do sistema previdenciário,
pois os trabalhadores são coagidos a contribuir em razão do cotização individual ser necessária
para manutenção de toda rede protetiva, e não para a manutenção do indivíduo isoladamente
considerado. (Ibrahim, Fábio Zambitte, Curso de Direito Previdenciário, 16ª edição, Editora
Impetus).

30 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

3. Princípios Específicos Explícitos

1) Universalidade da Cobertura e do Atendimento


A meta da seguridade social é garantir a proteção universal.
Por universalidade da cobertura (universalidade objetiva) entende-se que a proteção social
deve contemplar todos os riscos sociais que possam gerar necessidade de proteção social das
pessoas (maternidade, velhice, doenças, acidentes, invalidez e morte), cuja reparação seja
premente, a fim de manter a subsistência de quem dela necessite.
Por universalidade do atendimento (universalidade subjetiva) significa, por seu turno, a
entrega das ações, prestações e serviços de seguridade social a todos os que necessitem, tanto
em termos de previdência social – obedecido o princípio contributivo – como no caso da saúde
e da assistência social.
Para a melhor doutrina, o sistema deve proteger todas as pessoas residentes, inclusive
estrangeiras, no território nacional, sem discriminação.

2) Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações


Urbanas e Rurais
Em obediência ao principio da igualdade (art. 5º, I, da Constituição Federal), o constituinte
positivou o princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços ás populações
rurais e urbanas. A C.F./1988, no seu artigo 7º, dispõe que não há diferenças entre os direitos
sociais dos trabalhadores urbanos e rurais.

www.acasadoconcurseiro.com.br 31
No que se refere à Seguridade Social, equivale dizer que as mesmas contingências que recebam
garantia no meio urbano deverão também receber garantia no meio rural. Além disso, deverão
ter o mesmo valor econômico, “as mesmas prestações, bem como serviços de mesma qualida-
de, em cumprimento ao princípio da igualdade”.
A uniformidade refere-se ao objeto, diz respeito às contingências que serão cobertas (morte,
velhice, maternidade, etc.). Significa igual rol de prestações, ou seja, os benefícios e serviços
garantidos aos trabalhadores urbanos devem ser também aos rurais.
Equivalência refere-se ao aspecto pecuniário dos benefícios ou à qualidade dos serviços, que
não serão necessariamente iguais, mas equivalentes. Impõe a aplicação da mesma sistemática
de cálculo dos benefícios previdenciários devidos aos trabalhadores urbanos e rurais.
Tal princípio não significa, contudo, que haverá idêntico valor para os benefícios (urbanos e ru-
rais), já que equivalência não significa igualdade.
Os critérios para concessão das prestações de seguridade social serão os mesmos; porém, tra-
tando-se de previdência social, o valor de um benefício pode ser diferenciado (caso do salário-
-maternidade da trabalhadora rural enquadrada como segurada especial).
Como exemplo de aplicação deste princípio temos o art. 201, § 2º da Constituição Federal.
O referido diploma legal, dispõe que nenhum benefício que substitua o salário de contribuição
ou rendimento do trabalho do segurado (urbano ou rural) terá valor mensal inferior ao salário
mínimo.

3) Seletividade e Distributividade na Prestação de Benefícios e Serviços


Um dos objetivos constitucionais da Seguridade Social é a Universalização da proteção (pro-
teger todas as pessoas em face de qualquer contingência social). Entretanto, partindo da pre-
missa que todo direito tem seu custo, o Estado está limitado. Como os recursos são finitos e as
necessidades da população são “infinitas”, o sistema tem de estabelecer preferência de acordo
com as possibilidades econômico-financeiras. Vale dizer, o Estado não dispõe de recursos orça-
mentários para garantir a proteção universal. Trata-se da reserva do possível.
Melhor dizendo, deve tratar desigualmente os desiguais, favorecendo, portanto, os indivíduos
que se encontram em situação inferior.
Diante da limitação financeira, é imprescindível selecionar as prioridades e estabelecer os cri-
térios de escolha.

32 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Trata-se de princípio dirigido ao legislador.


A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios e
serviços a serem mantidos pela seguridade, poderá eleger os riscos e contingências sociais a
serem cobertos.
De acordo com Frederico Amado (Direito e Processo Previdenciário Sistematizado, 4 ª edição,
2013, Editora JusPodivm): “A seletividade deverá lastrear a escolha feita pelo legislador dos be-
nefícios e serviços integrantes da seguridade social, bem como os requisitos para a sua conces-
são, conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de recursos orçamentários, de acordo
com o interesse público.”
Já a distributividade implica a criação de critérios/requisitos para o acesso ao objeto de prote-
ção, de forma a atingir o maior número de pessoas e a proporcionar uma cobertura mais ampla.
Direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o
grau de proteção.
É uma consequência da Seletividade, pois ao se selecionar os mais necessitados para recebe-
rem os benefícios da Seguridade Social, automaticamente estará ocorrendo uma redistribuição
de renda aos mais pobres.
Algumas prestações serão extensíveis somente a algumas parcelas da população, como, por
exemplo, salário família (seletividade) e, além disto, os benefícios e serviços devem buscar a
otimização da distribuição de renda no país, favorecendo pessoas e regiões mais pobres (distri-
butividade).
Esse princípio permite que se restrinja o recebimento do auxílio reclusão aos dependentes dos
segurados de baixa renda e do salário família exclusivamente aos segurados de baixa renda,
configuradas em valor relacionado com o salário de contribuição.

4) Irredutibilidade do Valor do Benefícios


De acordo com esse princípio, entende-se que o benefício que tenha sido concedido de acordo
com a lei não poderá ter o seu valor reduzido.
A finalidade do princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios é impedir a diminuição
dos valores nominais das prestações previdenciárias, para que seus beneficiários não sofram
redução de seu poder aquisitivo, devendo este se manter uma vez que os benefícios possuem
caráter alimentar.
Diz respeito à correção do benefício. O qual deve ter seu valor atualizado, de acordo com a in-
flação do período.
Na doutrina, não há consenso a respeito do significado do princípio da irredutibilidade do va-
lor dos benefícios, aplicado à Seguridade Social. Parte da doutrina entende que seu objetivo é
preservar o valor real do benefício. Outra parte entende que a sua finalidade é, simplesmente,
impedir a diminuição do valor nominal do benefício.
A interpretação que o Regulamento da Previdência Social (art. 1º, parágrafo único, IV) dá a
esse princípio da Seguridade Social é a de que seu objetivo é a preservação do poder aquisitivo
do benefício, ou seja, a preservação do valor real.

www.acasadoconcurseiro.com.br 33
Vale ressaltar que, em relação aos benefícios previdenciários o § 4º do art. 201 da Constituição
Federal, assegura “o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente,
o valor real, conforme critérios definidos em lei”.
Assim, em relação aos benefícios previdenciários, o princípio da irredutibilidade (CF, art.
194, parágrafo único, IV) é garantia contra a redução do valor nominal, e o § 4º do art. 201
da Constituição Federal assegura o reajustamento para preservar o valor real. Mas esses dois
dispositivos constitucionais têm significados distintos, não devendo ser confundidos.
O primeiro é princípio da irredutibilidade, aplicado à seguridade social (engloba benefícios da
previdência e assistência social).
O segundo é o princípio da preservação real dos benefícios, aplicado somente à previdência
social.
O STF tem o seguinte entendimento: não havendo diminuição do valor nominal, não procede a
alegação de ofensa ao princípio da irredutibilidade.

Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991

Art. 41-A. O valor dos benefícios em manutenção será reajustado,


anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro
rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último
reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor
– INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE.

5) Equidade na Forma de Participação no Custeio


Esse princípio é um desdobramento do princípio da igualdade (CF/88 art. 5º) que consiste em
tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. Ele encontra intimamente ligado à
isonomia e á capacidade contributiva, podendo ser entendido como justiça e igualdade na
forma de custeio: alíquotas desiguais para contribuintes em situação desigual.

34 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Com a adoção deste princípio, busca-se garantir que aos hipossuficientes seja garantida a
proteção social, exigindo-se dos mesmos, quando possível, contribuição equivalente a seu
poder aquisitivo, enquanto a contribuição empresarial tende a ter maior importância em
termos de valores e percentuais na receita da seguridade social, por ter a classe empregadora
maior capacidade contributiva.
O que este princípio garante é que as pessoas que estejam na mesma situação deverão
contribuir da mesma forma; ou seja, os que ganham mais darão maior contribuição e os que
estejam em situação econômica desfavorável contribuirão com menos. Não se confunde com
igualdade, pois a equidade procura tratar desigualmente os desiguais. Então, agindo por meio
do tratamento desigual, procura-se alcançar a justiça.
Em relação ao custeio da seguridade social, significa dizer que quem tem maior capacidade
econômica irá contribuir com mais; quem tem menor capacidade contribuirá com menos.
Tal princípio permite uma tributação maior da empresa/empregador em relação ao segurado,
haja vista que são aqueles os de maior poder aquisitivo.

www.acasadoconcurseiro.com.br 35
6) Diversidade da Base de Financiamento
O princípio significa que o legislador ordinário poderá buscar múltiplas fontes de custeio,
obviamente diferenciadas, compromissadas tão somente com a técnica protetiva desejada.

36 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

A seguridade social tem diversas fontes de custeio. Assim, há maior segurança para o sistema,
em caso de dificuldade na arrecadação de determinadas contribuições, haverá outras para lhes
suprir a falta.
De acordo com o caput do art. 195 da Constituição Federal, a seguridade social será financiada
por toda a sociedade de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e das seguintes contribuições
sociais:
I) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,
à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou faturamento;
c) o lucro
II) do trabalhador e demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social;
III) sobre a receita de concursos de prognósticos; e
IV) do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Por meio deste princípio busca-se garantir que a seguridade social não seja financiada por
apenas um grupo de contribuintes, mas que possua uma base ampla, implicando em segurança
do próprio sistema.
A ideia da diversidade da base de financiamento é apontar um custeio da Seguridade Social
o mais variado possível, de modo que as oscilações setoriais não venham comprometer
a arrecadação de contribuições. Da mesma forma, com amplo leque de contribuições, a
Seguridade Social tem maior possibilidade de atingir sua principal meta, que é a universalidade
da cobertura e do atendimento.

www.acasadoconcurseiro.com.br 37
7) Caráter Democrático e Descentralizado da Administração – Gestão
Quadripartite (G A T E – Governo, Aposentados, Trabalhadores e
Empregadores)

No Estado Democrático de Direito, a participação da comunidade é elemento da maior impor-


tância. Sem ela, o Poder Público, notadamente o Executivo, fica insensível aos problemas da
população.
Nos termos do art. 10 da Constituição Federal “é assegurada a participação dos trabalhadores e
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou pre-
videnciários sejam objeto de discussão e deliberação. Em harmonia com esse dispositivo cons-
titucional, a CF, art. 194, parágrafo único, VII, assegura para a seguridade social, “caráter demo-
crático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com a participação
dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e Governo nos órgãos colegiados”.
De acordo com esse princípio, a gestão dos recursos, programas, planos, serviços e ações, nas
três áreas da seguridade social, em todas as esferas de poder, deve ser realizada mediante dis-
cussão com a sociedade.
Exemplos de materialização desse princípio: criação do Conselho de Previdência Social (Lei nº
8.213/91, art. 3º), do Conselho de Nacional de Assistência Social (Lei nº 8.742/93, art. 7º) e do
Conselho Nacional de Saúde (Lei nº 8.080/90).

38 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

5. REGIMES PREVIDENCIÁRIOS

O sistema previdenciário brasileiro é dotado de dois regimes básicos (Regime Geral de Pre-
vidência Social – RGPS e Regimes Próprios de Previdência de Servidores Públicos e Militares
– RPPS) e dois Regimes Complementares de Previdência privado aberto ou fechado no RGPS e
público fechado no RPPS.
Entende-se por regime previdenciário aquele que abarca, mediante normas disciplinadoras da
relação jurídica previdenciária, uma coletividade de indivíduos que têm vinculação entre si em
virtude da relação de trabalho ou categoria a que está submetida, garantindo a esta coletivi-
dade, no mínimo, os benefícios essencialmente observados em todo sistema de seguro social
– aposentadoria e pensão por falecimento do segurado (Manual de Direito Previdenciário – La-
zzari, João Batista e de Castro, Carlos Alberto Pereira – 16ª edição – Editora Forense Ltda.

O regime financeiro de Repartição Simples – também conhecido como “regime orçamentá-


rio” – tem uma lógica elementar: faz-se a divisão entre os contribuintes das despesas com o
pagamento dos benefícios em manutenção. Trata-se de calcular as contribuições, necessárias
e suficientes, que serão arrecadadas para atender, apenas e tão somente, ao pagamento das
parcelas dos benefícios nesse mesmo período. Portanto, esse regime não prevê a formação de
reservas.

www.acasadoconcurseiro.com.br 39
O RGPS é regime de repartição simples.
O Regime de Capitalização tem como característica principal o pré-financiamento do benefício,
ou seja, o próprio trabalhador, durante a sua fase laborativa, produzirá um montante de
recursos necessários para sustentar o seu benefício previdenciário. Dessa forma, não existe o
pacto direto entre as gerações, pois é a geração atual (o próprio beneficiado) que financia os
seus benefícios previdenciários.

1. Classificação dos regimes quanto ao custeio

Os sistemas previdenciários em relação ao seu custeio são classificados em: CONTRIBUTIVOS e


NÃO CONTRIBUTIVOS

1.1. Contributivos
A arrecadação dos recursos financeiros para a ação na esfera do seguro social dar-se-á por meio
de aportes diferenciados dos tributos em geral, de modo que as pessoas especificadas na legis-
lação própria ficam obrigadas a contribuir para o regime. Entre as pessoas legalmente obriga-
das a contribuir estão aqueles que serão os potenciais beneficiários do sistema – os segurados
-, bem como outras pessoas – naturais ou jurídicas – pertencentes a sociedade a que a lei co-
meta o ônus de também participar no custeio do regime.
É o sistema contributivo, embasado nas contribuições sociais.
No sistema contributivo, os recursos orçamentários do Estado para o custeio do regime previ-
denciário também concorrem para este, mas não com a importância que os mesmos possuem
no modelo não contributivo.
O RGPS é do tipo sistema contributivo.

1.2. Não Contributivos


Neste tipo de sistema, a arrecadação provém não de um tributo específico, mas sim da desti-
nação de parcela da arrecadação tributária geral, de modo que os contribuintes do regime não
são identificáveis, já que qualquer pessoa que tenha pago tributo ao Estado estará, indireta-
mente, contribuindo para o custeio da Previdência.

40 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões

1. (MPOG – Analista Técnico de Políticas So- c) O importador de bens ou serviços do


ciais – ESAF – 2012) exterior, ou de quem a lei a ele equipa-
rar, financiará a seguridade social por
Segundo a Constituição Federal, são princí- meio do recolhimento do imposto so-
pios e diretrizes da Seguridade Social: bre importações, vinculado aos benefí-
I. Seletividade na prestação dos benefícios; cios da previdência social.
II. Diversidade da base de financiamento; d) Os benefícios e serviços da seguridade
social poderão ser criados, majorado ou
III. Solidariedade; estendido, desde que previsto na Lei de
IV. Universalidade do custeio. Diretrizes Orçamentárias da seguridade
social.
A respeito das assertivas, é correto afirmar:
e) As contribuições sociais do empregador
a) Todas as opções estão corretas. para a seguridade social poderão ter alí-
b) Somente a opção III está correta. quotas ou bases de cálculo diferencia-
c) Somente a opção I está correta. das, em razão da atividade econômica,
d) As opções I e IV estão corretas e as op- da utilização intensiva de mão de obra,
ções II e III estão incorretas. do porte da empresa ou da condição es-
e) Somente a opção IV está incorreta. trutural do mercado de trabalho.

2. (MPOG – Analista Técnico de Políticas So- 3. (MPOG – Analista Técnico de Políticas So-
ciais – ESAF – 2012) ciais – ESAF – 2012)
O orçamento da seguridade social abrange Assinale a opção correta.
todas as entidades e órgãos a ela vincula-
a) A seguridade social brasileira compre-
dos, da administração direta ou indireta,
ende um conjunto integrado de ações
bem como os fundos e fundações institu-
nas quais os Poderes Públicos e a socie-
ídos e mantidos pelo Poder Público. A res-
dade garantem direitos relativos à saú-
peito deste assunto assinale a opção corre-
de, à educação e à assistência social.
ta.
b) A organização da seguridade social
a) A proposta de orçamento da segurida- compete ao Poder Público e à socieda-
de social será elaborada de forma inte- de.
grada pelos órgãos responsáveis pela c) A universalidade da cobertura e do
saúde, previdência social e assistência atendimento, a descentralização e a
social, assegurada a gestão comparti- participação da sociedade, são objeti-
lhada dos recursos. vos da Seguridade Social.
b) Em respeito ao princípio da anteriori- d) O financiamento da seguridade social é
dade tributária, as contribuições sociais de responsabilidade do Poder Público,
destinadas à seguridade social só pode- não estando prevista a participação da
rão ser exigidas depois de decorridos sociedade de forma direta ou indireta.
360 (trezentos e sessenta) dias da data e) As ações que compõem a seguridade
da publicação da lei que as houver insti- social destinam-se a assegurar direitos
tuído ou modificado. relativos à saúde, à assistência e à pre-
vidência social.

www.acasadoconcurseiro.com.br 41
4. (MPOG – Analista Técnico de Políticas So- c) consiste nas contribuições das empre-
ciais – ESAF – 2012) sas, dos segurados e na renda líquida
das loterias federais.
Não compõe o escopo de cobertura do Re- d) compete à União, com recursos do res-
gime da Previdência Social, conforme a CF pectivo orçamento fiscal.
de 1988: e) cabe a toda a sociedade, direta e indire-
a) os eventos de doença, invalidez, morte tamente.
e idade avançada. 7. (TRF 4 – Técnico Judiciário – FCC – 2010)
b) a proteção à maternidade, especial-
mente à gestante. O princípio constitucional que consiste na
c) a proteção ao trabalhador em situação concessão dos benefícios a quem deles efe-
de desemprego involuntário. tivamente necessite, devendo a Seguridade
d) o salário-família e auxílio-reclusão para Social apontar os requisitos para a conces-
os dependentes dos segurados de baixa são de benefícios e serviços é, especifica-
renda. mente, o princípio da
e) a habilitação e reabilitação das pessoas
portadoras de deficiência e a promoção a) diversidade da base de financiamento.
de sua integração à vida comunitária. b) uniformidade e equivalência dos bene-
fícios e serviços às populações urbanas
5. (TCE-SE – Analista de Controle Externo – e rurais.
FCC – 2012) c) universalidade da cobertura e do aten-
dimento.
Maria e João são empregados da empresa d) equidade na forma de participação no
X. Maria possui três dependentes enquanto custeio.
João não possui dependentes. Na qualidade e) seletividade e distributividade na pres-
de segurada Maria recebe o benefício salá- tação dos benefícios e serviços.
rio-família enquanto João apesar de segu-
rado não recebe. Neste caso específico está 8. (TRT 20 – Juiz do Trabalho – FCC – 2012)
sendo aplicado o princípio constitucional da A seguridade social, que compreende um
a) equidade na forma de participação no conjunto integrado de ações de iniciativa
custeio. dos Poderes Públicos e da sociedade, des-
b) distributividade na prestação dos bene- tinadas a assegurar os direitos relativos à
fícios. saúde, à previdência e à assistência social,
c) universalidade do atendimento. NÃO tem como objetivo
d) diversidade da base de financiamento. a) a universalidade da cobertura e do
e) seletividade da prestação dos benefí- atendimento e a seletividade e distribu-
cios. tividade na prestação dos benefícios e
serviços.
6. (PGE-RR – Procurador – FCC – 2006) b) a seletividade e distributividade na
O financiamento da Seguridade Social, in- prestação dos benefícios e serviços e a
cluindo a assistência social, equidade na forma de participação no
custeio.
a) é tripartite, a cargo do Poder Público, c) a diversidade da base de financiamento e
das empresas e dos trabalhadores. o caráter democrático e descentralizado
b) compete às empresas e aos trabalhado- da administração, mediante gestão qua-
res, mediante as contribuições obriga- dripartite, com participação dos trabalha-
tórias ao Regime Geral de Previdência dores, dos empregadores, dos aposenta-
Social. dos e do Governo nos órgãos colegiados.

42 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

d) a equidade na forma de participação no 10. (TRT 2 – Analista Judiciário – FCC – 2014)


custeio e a diversidade da base de fi-
nanciamento. Incide contribuição para a seguridade social
e) a universalidade da cobertura e do aten- sobre ;
dimento e o caráter democrático e cen- a) folha de salários e demais rendimentos
tralizado da administração, mediante de trabalho das empresas, pagos ou cre-
gestão quadripartite, com participação ditados, a qualquer título, à pessoa físi-
dos trabalhadores, dos empregadores, ca que lhe preste serviços, mesmo sem
dos aposentados e do Governo nos ór- vínculo empregatício.
gãos colegiados. b) quaisquer pagamentos feitos por em-
presas a seus empregados.
9. (TRF 3 – Analista Judiciário – FCC – 2007) c) receita ou faturamento de entidades
Considere as seguintes assertivas a respeito beneficentes de assistência social.
da assistência social: d) bens alienados em hasta pública na Jus-
tiça do Trabalho.
I. A assistência social será prestada a quem e) exportação de bens ou serviços ao exte-
dela necessitar, independentemente de rior.
contribuição à seguridade social.
11. (TRT 6 – Analista Judiciário – FCC – 2013)
II. A participação da população, por meio de
organizações representativas, na formula- As ações e serviços públicos de saúde inte-
ção das políticas e no controle das ações em gram uma rede regionalizada e hierarquiza-
todos os níveis é uma das diretrizes de orga- da e constituem um sistema único, organi-
nização das ações governamentais na área zado de acordo com as seguintes diretrizes:
da assistência social.
a) descentralização, com direção única no
III. É facultado aos Estados e ao Distrito Fe- governo federal; atendimento integral,
deral vincular a programa de apoio à inclu- com prioridade para as atividades pre-
são e promoção social até três décimos por ventivas, sem prejuízo dos serviços as-
cento de sua receita tributária líquida. sistenciais; e participação dos Poderes
Públicos Municipal, Estadual e Federal.
IV. É vedada a aplicação dos recursos de b) descentralização, com direção única em
programa de apoio à inclusão e promoção cada esfera de governo; atendimento
social dos Estados e do Distrito Federal no integral, com prioridade para as ativi-
pagamento de despesas com pessoal e en- dades preventivas, sem prejuízo dos
cargos sociais. serviços assistenciais; e participação da
De acordo com a Constituição Federal bra- comunidade.
sileira, está correto o que se afirma APENAS c) centralização, com direção única em
em cada esfera de governo; atendimento
integral, com prioridade para as ativida-
a) I, II e III. des preventivas, sem prejuízo dos ser-
b) I, II e IV. viços assistenciais; e participação dos
c) I, III e IV. Poderes Públicos Municipal, Estadual e
d) II, III e IV. Federal.
e) II e IV. d) descentralização, com direção pulveri-
zada em cada esfera de governo; aten-
dimento restrito, com prioridade para
as atividades preventivas, sem prejuízo

www.acasadoconcurseiro.com.br 43
dos serviços previdenciários; e partici- pectivos orçamentos, não integrando o
pação da comunidade. orçamento da União.
e) centralização, com direção única em c) os recursos do orçamento da segurida-
cada esfera de governo; atendimento de social previstos na Constituição Fe-
restrito, com prioridade para as ativida- deral não financiarão o sistema único
des combativas, sem prejuízo dos servi- de saúde, bem como as ações gover-
ços assistenciais; e participação da co- namentais na área de assistência social
munidade. não serão realizadas com tais recursos,
mas apenas por meio de outras fontes
12. (TRF 4 – Técnico Judiciário – FCC – 2010) arrecadatórias.
d) a previdência social será organizada
O produtor, o parceiro, o meeiro e o arren- sob a forma de regime geral, de caráter
datário rurais e o pescador artesanal, bem contributivo e de filiação obrigatória,
como os respectivos cônjuges, que exerçam observados critérios que preservem o
suas atividades em regime de economia fa- equilíbrio financeiro atuarial, razão pela
miliar, sem empregados permanentes, con- qual não atenderá a proteção ao traba-
tribuirão para a seguridade social mediante lhador em situação de desemprego in-
a voluntário.
a) aplicação de uma alíquota sobre o resul- e) não constitui atribuição do sistema úni-
tado da comercialização da produção. co de saúde participar da formulação da
b) aplicação de uma alíquota sobre o lucro política e da execução das ações de sa-
presumido e previamente declarado. neamento básico.
c) contribuição fixa e predeterminada de
dois salários mínimos. 14. (TRT 2 – Analista Judiciário – FCC – 2014)
d) aplicação de uma alíquota sobre o salá- Segundo a chamada regra constitucional da
rio mínimo. contrapartida:
e) contribuição fixa e predeterminada de
um salário mínimo. a) nenhuma contribuição previdenciária
é devida sem que tenha havido efetiva
13. (DPE-AM – Defensor Público – FCC – 2013) prestação de trabalho pelo segurado.
b) nenhuma contribuição patronal é devi-
A seguridade social compreende um conjun- da sem que o segurado tenha trazido re-
to integrado de ações de iniciativa dos Po- gular prova de sua documentação pes-
deres Públicos e da sociedade, destinados soal ao empregador.
a assegurar os direitos relativos à saúde, à c) nenhum benefício ou serviço da segu-
previdência e à assistência social. Nesta se- ridade social pode ser criado, majora-
ara, nos termos das previsões constitucio- do ou estendido sem a correspondente
nais, é correto afirmar que fonte de custeio total.
a) a proposta de orçamento da seguridade d) nenhuma contribuição de seguridade
social será elaborada de forma centra- social pode ser exigida antes de 90 dias
lizada e não integrada, não sendo as- da data de publicação da lei que a hou-
segurada a cada área a gestão de seus ver instituído ou diminuído.
recursos, visto que devem ser observa- e) nenhum benefício previdenciário ou
das as peculiaridades e necessidades de assistencial pode ser deferido sem que
cada área. tenha havido prova das contribuições
b) as receitas dos Estados, do Distrito Fe- previdenciárias exigidas a título de ca-
deral e dos Municípios destinadas à rência.
seguridade social constarão dos res-

44 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

15. (TRT 6 – Analista Judiciário – FCC – 2012) em lei incide apenas sobre a folha de sa-
lários.
Em relação à saúde e à assistência social,
está previsto na Constituição Federal brasi- 17. (TRT 1 – Juiz do Trabalho – FCC – 2012)
leira que
Poderão ter alíquotas ou bases de cálculo
a) a assistência social será prestada a diferenciadas, em razão da atividade eco-
quem dela necessitar, mantendo rela- nômica, da utilização intensiva de mão de
ção direta com a contribuição à seguri- obra, do porte da empresa ou da condição
dade social. estrutural do mercado de trabalho, as con-
b) as ações e serviços públicos de saúde in- tribuições sociais destinadas à seguridade
tegram uma rede regionalizada e hierar- social devidas
quizada e constituem um sistema único.
c) as instituições privadas não poderão a) por empresas ou por seus trabalhado-
participar, ainda que de forma comple- res, com ou sem vínculo empregatício.
mentar, do sistema único de saúde. b) por empresas ou por seus trabalhado-
d) as ações governamentais na área da res com vínculo empregatício.
assistência social serão realizadas com c) por empresas, quaisquer segurados da
recursos do tesouro nacional, sendo previdência social, apostadores de con-
vedada a destinação de recursos do or- cursos de prognósticos e importadores
çamento da seguridade social para tais de bens ou serviços.
fins. d) por empresas, exclusivamente inciden-
e) há vinculação de receita mínima anual tes sobre a folha de pagamentos.
para ações e serviços públicos de saúde e) por empresas, incidentes sobre a folha
apenas para União, Estados e Distrito de pagamentos, receita ou faturamento
Federal. ou lucro.

16. (TRT 18 – Juiz do Trabalho – FCC – 2012) 18. (PGFN – Procurador da fazenda Nacional –
ESAF – 2003)
Sobre o sistema de financiamento da Segu-
ridade Social é correto afirmar que Considerando o conceito, organização e
princípios constitucionais da seguridade so-
a) as receitas dos Estados, do Distrito Fe- cial na Constituição Federal, julgue os itens
deral e dos Municípios destinadas à Se- abaixo.
guridade Social integrão o orçamento
da União. I. Seguridade social vincula-se a um conjun-
b) a pessoa jurídica em débito com o sis- to de ações independentes e estanques na
tema da Seguridade Social, como esta- área de saúde, previdência e assistência so-
belecido em lei, não poderá receber be- cial.
nefícios do Poder Público ou incentivos
fiscais. II. Não há previsão constitucional de recur-
c) a criação de benefício da Seguridade So- sos financeiros para a seguridade social.
cial independe de fonte de custeio total. III. A contribuição social não constitui exa-
d) as contribuições sociais que custeiam a ção fiscal vinculada.
Seguridade Social só podem ser exigidas
após sessenta dias da data da publica- IV. Só as empresas contribuem para o finan-
ção da lei que as houver instituído. ciamento da seguridade social.
e) a contribuição social das entidades be-
a) Todos estão incorretos.
neficentes de assistência social que
b) Somente I está incorreto.
atendam às exigências estabelecidas

www.acasadoconcurseiro.com.br 45
c) II e IV estão corretos. dos poderes públicos destinado a asse-
d) I e II estão corretos. gurar o direito relativo à saúde, à previ-
e) III e IV estão corretos. dência e à assistência social.
b) o direito à moradia está compreendido
19. (TRT 7 – Juiz do Trabalho – ESAF – 2005) entre os bens jurídicos tutelados pela
Seguridade Social.
Assinale a opção correta, levando-se em c) é princípio constitucional expresso rela-
conta os aspectos da gestão, da isenção de tivamente à Seguridade Social o atendi-
contribuição e as fontes de custeio da Segu- mento integral à população, com priori-
ridade Social. dade para as atividades preventivas.
a) A gestão da Seguridade Social, nos ter- d) a previsão constitucional de participa-
mos da Constituição Federal de 1988, ção dos aposentados, dos trabalhadores
tem caráter tripartite, compreendendo, e dos empresários na gestão adminis-
portanto, atuação direta do Poder Exe- trativa da Seguridade Social evidencia o
cutivo Federal, Estadual e Municipal, seu caráter democrático e descentrali-
abandonando o modelo quadripartite zado.
previsto na Carta Política anterior. e) o financiamento da Seguridade Social
b) As entidades beneficentes de assistên- é feito somente de forma indireta pela
cia social que atendam às exigências sociedade, mediante recursos prove-
estabelecidas pelo Poder Executivo são nientes unicamente dos orçamentos da
isentas de contribuição para a Segurida- União, dos Estados, do Distrito Federal e
de Social. dos Municípios.
c) As receitas dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios destinadas à Se- 21. (TRT 7 – Juiz do Trabalho – ESAF – 2005)
guridade Social serão repassadas por Todas as assertivas estão corretas, exceto:
esses entes e integradas ao orçamento
da União para realização das ações de a) A cobertura pelo risco de acidente de
saúde, assistência e previdência previs- trabalho pode ser atendida concorren-
tas para o Sistema Nacional de Seguri- temente pelo regime geral de previdên-
dade Social. cia social e pelo setor privado.
d) As fontes de custeio da Seguridade So- b) O regime de previdência privada possui
cial estão previstas expressa e taxativa- caráter complementar e será organiza-
mente na Constituição Federal, sendo do de forma autônoma em relação ao
vedada a instituição de outras fontes regime geral de previdência social, não
por lei ordinária. sendo obrigatório, mas facultativo, nos
e) Nos termos da Constituição, nenhum termos da Constituição Federal.
benefício ou serviço da Seguridade So- c) É vedada a contagem de tempo recípro-
cial poderá ser criado, majorado ou es- ca do tempo de contribuição da Admi-
tendido sem a existência da correspon- nistração Pública e na atividade privada
dente fonte de custeio total. para fins de aposentadoria.
d) A assistência social será prestada a
20. (TRT 7 – Juiz do Trabalho – ESAF – 2005) quem dela necessitar, desde que segu-
rado ou dependente de segurado filiado
No contexto da Seguridade Social, com base ao regime geral de previdência social.
na Constituição Federal, é correto afirmar e) Entre as fontes de custeio da Segurida-
que de Social estão as contribuições inciden-
a) a Seguridade Social é um conjunto in- tes sobre as receitas de concursos de
tegrado de ações de iniciativa exclusiva prognósticos.

46 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

22. (PFN – Procurador – ESAF – 2006) distribuição efetiva de renda reconheci-


do à Seguridade Social.
De acordo com a Constituição Federal de c) o princípio da irredutibilidade do valor
1988, a Seguridade Social compreende um dos benefícios, segundo a orientação
conjunto de ações de iniciativa dos Poderes do Supremo Tribunal Federal, significa a
Públicos e da sociedade, destinadas a irredutibilidade do valor real, protegen-
a) assegurar os direitos relativos à previ- do-os do fenômeno inflacionário.
dência, assistência social e à educação, d) o princípio da uniformidade e equiva-
tendo como princípio, entre outros, a lência dos benefícios e serviços às po-
diversidade da base de financiamento. pulações urbanas e rurais não abrange o
b) assegurar os direitos relativos à saúde, à valor econômico dos benefícios do tra-
assistência social e à previdência, tendo balhador rural, que podem ser menores
como princípio, entre outros, a diversi- em razão das características do trabalho
dade da base de financiamento. desenvolvido, conforme legislação pró-
c) assegurar os direitos relativos à pre- pria.
vidência, assistência social, saúde e e) a garantia do caráter democrático e des-
educação, tendo como princípio, entre centralizado da administração é o prin-
outros, a diversidade da base de finan- cípio materializado na gestão tripartite
ciamento. – empregadores, aposentados e Gover-
d) assegurar os benefícios previdenciários no nos órgãos colegiados.
e o direito à assistência social, indepen-
dentemente da eqüidade na forma de 24. (PFN – Procurador – ESAF – 2006)
participação no custeio, tendo como Quanto à diversidade da base de financia-
princípio, entre outros, a diversidade da mento da Seguridade Social é incorreto afir-
base de financiamento. mar que:
e) assegurar os direitos relativos à saúde,
à assistência social e à educação, tendo a) toda a sociedade tem a incumbência de
como princípio, entre outros, a diversi- financiar a Seguridade Social, de forma
dade da base de financiamento. direta ou indireta, nos termos da lei.
b) os trabalhadores e demais segurados
23. (PFN – Procurador – ESAF – 2006) devem contribuir, não incidindo a con-
tribuição sobre a aposentadoria e pen-
Quanto aos princípios constitucionais da Se- são concedidas pelo Regime Geral de
guridade Social, é correto afirmar: Previdência Social de que trata o art.
a) a universalidade da cobertura e do aten- 201, da Constituição Federal de 1988.
dimento significa a cobertura de todos c) o importador de bens ou serviços está
os riscos, chamados riscos sociais, que excluído do custeio da Seguridade So-
podem atingir as pessoas que vivem em cial em razão da inexistência de risco so-
sociedade e que todos os residentes e cial a ser coberto na atividade que lhe é
domiciliados no território nacional – peculiar, além de não haver base de cál-
brasileiros e estrangeiros – devem ser culo contemplada no art. 195, incisos I a
atendidos pelo Sistema de Seguridade IV, da Constituição Federal.
Social. d) a folha de salários e demais rendimen-
b) a seletividade refere-se à escolha dos tos do trabalho pagos ou creditados a
beneficiários que serão atendidos pelo pessoa física, a receita ou o faturamen-
Sistema da Seguridade Social, enquanto to e o lucro são bases de cálculo para as
que a distributividade define o papel de contribuições devidas pela empresa ou
entidade a ela equiparada.

www.acasadoconcurseiro.com.br 47
e) a Seguridade Social receberá recursos agência de empresa nacional no seu
dos orçamentos da União, Estados, Dis- país de origem.
trito Federal e Municípios. b) É segurado obrigatório da Previdência
Social, como autônomo, o ministro de
25. (PFN – Procurador – ESAF – 2006) confissão religiosa.
c) Todo aquele que exercer, concomitan-
Assinale a opção incorreta. temente, mais de uma atividade remu-
a) Os direitos sociais a prestações da Se- nerada sujeita ao regime geral de Previ-
guridade Social estão sob a chamada dência Social poderá optar por filiar-se
“reserva do possível”, sendo vedada a em relação a uma delas.
criação ou majoração de benefícios sem d) Para fins previdenciários, equipara-se à
a correspondente fonte de custeio. empresa a pessoa física, proprietária ou
b) Aplicam-se às contribuições da Seguri- não, que explore atividade agropecuá-
dade Social as limitações constitucio- ria, diretamente ou através de prepos-
nais ao poder de tributar, excetuada a tos e com o auxílio de empregados, uti-
norma do art. 150, III, b, da Constituição lizados a qualquer título, ainda que de
Federal de 1988, por expressa previsão forma não-contínua.
da anterioridade nonagesimal no art. e) Mantém a qualidade de segurado, inde-
195, § 6, da mesma Constituição. pendentemente de contribuições, até
c) A instituição de outras fontes desti- 120 (cento e vinte) dias após a cessação
nadas a garantir a manutenção ou ex- das contribuições, o segurado que dei-
pansão da Seguridade Social, que não xar de exercer atividade remunerada
aquelas previstas no art. 195, I a IV, da abrangida pela Previdência Social ou es-
Constituição Federal de 1988, deverá tiver suspenso ou licenciado sem remu-
obedecer ao disposto no art. 154, I, do neração.
texto constitucional, devendo ocorrer
por meio de lei complementar. 27. (PGFN – Procurador – ESAF – 2007-1)
d) As contribuições sociais previstas no in- À luz da Previdência Social definida na Cons-
ciso I, do art. 195, da Constituição Fede- tituição Federal e na legislação infraconsti-
ral de 1988, não poderão ter alíquotas tucional, julgue os itens abaixo.
ou bases de cálculo diferenciadas em
razão da atividade econômica ou da uti- I. No Brasil, existe mais de um sistema de
lização intensiva de mão-de-obra, porte previdência. O sistema público caracteriza-
da empresa ou da condição estrutural -se por ter filiação compulsória. O sistema
do mercado de trabalho. privado caracteriza-se por ter filiação facul-
e) É vedada a concessão de remissão ou tativa.
anistia das contribuições sociais de que
tratam os incisos I, “a” e II, do art. 195, II . O sistema de previdência privada não
da Constituição Federal de 1988, para tem natureza constitucional, estando regu-
débitos em montante superior ao fixado lado totalmente em normas infraconstitu-
em lei complementar. cionais.
III. As entidades de previdência privada po-
26. (IRB – Advogado – ESAF – 2006) dem sofrer intervenção ou liquidação.
Assinale a opção correta. IV. Toda entidade de previdência privada
a) É segurado obrigatório da Previdência goza de imunidade tributária concedida às
Social o estrangeiro domiciliado e con- instituições de assistência social.
tratado no exterior, para trabalhar em a) Todos estão corretos.

48 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

b) Somente I está incorreto. e) não está vinculada ao princípio consti-


c) I e IV estão incorretos. tucional da anterioridade, nem a qual-
d) I e III estão corretos. quer outra limitação temporal.
e) III e IV estão incorretos.
30. (PGFN – Procurador – ESAF – 2007-2)
28. (PGFN – Procurador – ESAF – 2007-1)
Na organização do Regime Geral da Previ-
À luz do texto constitucional, julgue os itens dência Social, o custeio é parte intimamente
abaixo referentes aos benefícios e serviços relacionada à tributação. As contribuições
que são de competência da Previdência So- sociais, espécie do gênero tributo, são deta-
cial: lhadas na legislação federal previdenciária.
Nesse sentido, analise a situação-problema
I. Cobertura dos eventos de invalidez, morte abaixo e assinale a assertiva correta.
e idade avançada.
Carlos, advogado autônomo, que possui es-
II. Proteção à família. critório no qual trabalham uma secretária e
III. Qualificação para o trabalho. um office boy, nega-se a pagar a contribui-
ção previdenciária da empresa incidente so-
IV. Garantia de um salário-mínimo ao defi- bre a folha de salários mensal.
ciente físico.
a) A posição assumida por Carlos encon-
a) Todos estão corretos. tra-se amparada pela Lei nº 8.212/91,
b) Somente I está correto. uma vez que Carlos é advogado pessoa
c) I e II estão corretos. física.
d) I e III estão corretos. b) Carlos deve contribuir como trabalha-
e) III e IV estão corretos. dor e empresa.
c) Carlos contribui somente sobre os va-
29. (PGFN – Procurador – ESAF – 2007-2) lores auferidos com o seu trabalho de
contribuinte individual autônomo.
Nos termos da Constituição Federal, a con-
d) Perante a Previdência, Carlos contribui
tribuição para a seguridade social
como trabalhador e não como empresa.
a) não está vinculada ao princípio consti- e) Carlos é empregador, mas não é empre-
tucional da anterioridade. Entretanto, sa perante o fisco previdenciário.
só pode ser exigida 90 dias após sua
criação. 31. (PGFN – Procurador – ESAF – 2007-2)
b) não está vinculada ao princípio consti-
Com relação aos Regimes de Financiamento
tucional da anterioridade. Entretanto,
da Previdência Social e da Previdência Com-
só pode ser exigida 30 dias após sua
plementar, a saber: regime de repartição
criação.
simples e regime de capitalização, julgue os
c) está vinculada ao princípio constitu-
itens abaixo considerando o disposto no Tí-
cional da anterioridade. Entretanto, só
tulo VIII – Da Ordem Social na Constituição
pode ser exigida 60 dias após sua cria-
de 1988 e na legislação federal pertinente.
ção.
d) está vinculada ao princípio constitu- I. No Regime de Repartição Simples, não há
cional da anterioridade. Entretanto, só formação de poupança individual.
pode ser exigida 30 dias após sua cria-
ção. II. No Regime de Capitalização, a contribui-
ção atual determina o valor do benefício fu-
turo dos próprios agentes.

www.acasadoconcurseiro.com.br 49
III. No Regime de Repartição Simples, previs- 33. (TCE-GO – Procurador – ESAF – 2007)
to para o regime próprio dos servidores pú-
blicos, há alíquotas de contribuição mínima. Com relação aos benefícios previstos no sis-
tema de previdência social no Brasil, julgue
IV. No Regime de Capitalização, não há pos- os itens abaixo considerando o disposto no
sibilidade de apropriação coletiva de sobras Título VIII – Da Ordem Social na Constituição
atuariais individuais. de 1988, e assinale a opção correta.
a) Somente I e IV estão incorretos. I. O benefício, auxílio-reclusão, é devido aos
b) Somente I está incorreto. dependentes de segurados que ganham
c) Todos estão corretos. mais de 5 salários-mínimos.
d) Somente II e III estão corretos. II. Maria Clara, Procuradora da República,
e) Somente II e IV estão incorretos. não pode filiar-se facultativamente ao Regi-
me Geral de Previdência Social.
32. (TCE-GO – Auditor – ESAF – 2007)
III. O seguro-desemprego é benefício assis-
Com relação aos princípios que regem a tencial financiado pelos recursos provenien-
Previdência Social no Brasil, julgue os itens tes de Contribuição Social.
abaixo, considerando o disposto no Título
VIII – Da Ordem Social na Constituição de IV. O salário-família é previsto para os de-
1988, e assinale a opção correta. pendentes dos segurados de baixa renda.

I. A previdência social tem princípios consti- a) Todos estão corretos.


tucionais próprios e não se vincula aos obje- b) Somente I está incorreto.
tivos estabelecidos para a seguridade social c) II e III estão corretos.
no art. 194. d) I e III estão incorretos.
e) III e IV estão incorretos.
II. A universalidade de atendimento da Se-
guridade Social na Saúde como “direito de 34. (TEM – AFT – ESAF – 2010)
todos” apresenta- se de forma distinta da
universalidade de atendimento prevista Considerando a teoria geral dos benefícios
para a Previdência Social. e serviços da Previdência Social na Lei nº
8.213/91, julgue os itens abaixo relativos
III. Previdência Social, Assistência Social e aos beneficiários da Previdência Social:
Saúde são partes de um conjunto integrado
de ações de iniciativa dos Poderes Públicos I. só são beneficiários da Previdência Social
e da sociedade. os segurados que contribuem para o caixa
previdenciário.
IV. A Assistência Social e a Previdência Social
confundem-se nas normas constitucionais II. dona de casa não pode ser beneficiária da
como atividades dirigidas aos hipossuficien- Previdência Social.
tes. III. pessoa jurídica pode ser beneficiária do
a) Todos estão corretos. sistema de Previdência Social.
b) II e III estão corretos. IV. só os dependentes que contribuem po-
c) I e IV estão corretos. dem ser beneficiários da Previdência Social.
d) Somente I está incorreto.
e) III e IV estão corretos. a) I e II estão corretos.
b) Somente I está incorreto.
c) II e IV estão corretos.
d) Todos estão incorretos.
e) III e IV estão corretos.

50 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

35. (TEM – AFT – ESAF – 2010) c) entre as diretrizes constitucionais afetas


à saúde, temos a possibilidade da desti-
Com relação aos segurados facultativos, à nação de recursos públicos para auxílio
luz da legislação previdenciária vigente, as- ou subvenção às instituições privadas
sinale a opção correta. com fins lucrativos, desde que, quando
a) Pode ser menor de 14 anos. preciso, prestem atendimento público.
b) Pode ser segurado empregado. d) são de relevância pública as ações e
c) Pode ser aquele que deixou de ser segu- serviços de saúde, cabendo ao Poder
rado obrigatório da Previdência Social. Público dispor, nos termos da lei com-
d) Pode ser segurado especial. plementar, sobre sua regulamentação,
e) Pode ser segurado contribuinte indivi- fiscalização e controle, devendo sua
dual. execução ser feita diretamente ou atra-
vés de terceiros e, também, por pessoa
36. (MDIC – ACE – ESAF – 2012) física ou jurídica de direito privado.
e) veda-se a filiação ao regime geral de
Nos termos da atual redação da Constitui- previdência social, na qualidade de se-
ção, são objetivos estabelecidos para a orga- gurado facultativo, de pessoa partici-
nização da seguridade social, exceto: pante de regime próprio de previdência.
a) seletividade e distributividade na pres-
38. (PGFN – Procurador – ESAF – 2015)
tação dos benefícios e serviços.
b) distinção dos benefícios e serviços às Assinale a opção correta.
populações urbanas e rurais, conforme
suas peculiaridades. a) A condição de segurado especial não
c) equidade na forma de participação no subsiste se o trabalhador que exerce
custeio. atividade rural em regime de economia
d) irredutibilidade do valor dos benefícios. familiar é beneficiário de programa as-
e) diversidade da base de financiamento. sistencial oficial do governo.
b) A jurisprudência do Superior Tribunal de
37. (MDIC – ACE – ESAF – 2012) Justiça considera que é ilegal a retenção
de 11% sobre os valores brutos das fatu-
A Constituição, em seu Título VIII, tratou da ras dos contratos de prestação de servi-
ordem social, um assunto de muita relevân- ço pelas empresas tomadoras, uma vez
cia para o país. Sobre esse assunto, é corre- que a Lei n. 9.711/98 acabou criando
to afirmar que novo tributo sem atender aos ditames
legais e constitucionais.
a) o art. 195 e seus incisos da Constitui-
c) Integra o valor do salário de contribui-
ção, ao disporem sobre o custeio da
ção a quantia paga pela pessoa jurídica
seguridade social, passaram a prever
a programa de previdência complemen-
contribuição a cargo dos aposentados
tar fechado, disponível apenas aos seus
e pensionistas, sendo vedado aos Esta-
gerentes e diretores.
dos-membros ou Municípios editarem
d) O prazo prescricional para cobrança
disciplina em contrário.
de contribuições previdenciárias após
b) a assistência social será prestada a
a edição da Emenda Constitucional
quem dela necessitar, mediante con-
n. 08/77 passou a ser de vinte anos, o
tribuição, pois apresenta natureza de
que perdurou até o início da vigência da
seguro social, sendo ainda realizada
Lei n. 8.212/91, que o alterou para dez
mediante recursos do orçamento da se-
anos.
guridade social, previsto no art. 195 da
Constituição, além de outras fontes.

www.acasadoconcurseiro.com.br 51
e) Como não pode exercer atividade de
comércio, o segurado especial da Previ-
dência Social não é obrigado a recolher
nenhuma contribuição sobre a receita
da venda de artigos de artesanato ela-
borados com matéria-prima produzida
pelo respectivo grupo familiar.

39. (PGFN – Procurador – ESAF – 2015)


Segundo a legislação e a jurisprudência dos
tribunais superiores, integra o salário de
contribuição:
a) o auxílio-creche.
b) o aviso-prévio indenizado.
c) o vale transporte pago em pecúnia ao
empregado.
d) a verba paga a título de incentivo à de-
missão.
e) a verba paga pelo empregador ao pai
nos primeiros cinco dias após o nasci-
mento do filho (salário-paternidade).

Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. E 9. B 10. A 11. B 12. A 13. B 14. C 15. B 16. B 17. E 18. A
19. E 20. D 21. D 22. B 23. B 24. D 25. D 26. B 27. D 28. B 29. A 30. B 31. C 32. B 33. D 34. D 35. C
36. B 37. E 38. C 39. E

52 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

PROVAS

SRFB – AFRFB – ESAF – 2005 – d) Seletividade na prestação dos benefí-


cios e serviços às populações urbanas e
Prova 3 – Gabarito 1
rurais.
e) Diversidade de atendimento.
1. No âmbito da Seguridade Social, com sede
na Constituição Federal/88 (art. 194), pode-
3. Quanto ao financiamento da seguridade so-
mos afirmar:
cial, de acordo com o estabelecido na CF/88
a) A seguridade social compreende um e na legislação do respectivo custeio, assina-
conjunto de ações de iniciativa dos Po- le a opção correta.
deres Públicos e da sociedade, visando
a) A lei não pode instituir outras fontes
a assegurar os direitos relativos à saúde,
de custeio além daquelas previstas na
à vida, à previdência e à assistência so-
Constituição Federal.
cial.
b) São isentas de contribuição para a segu-
b) A seguridade social compreende um
ridade social as entidades beneficentes
conjunto integrado de ações de iniciati-
de assistência social que atendam às
va dos Poderes Públicos e da sociedade,
exigências estabelecidas em lei.
destinadas a assegurar os direitos relati-
c) As contribuições sociais criadas podem
vos à saúde, à previdência e à assistên-
ser exigidas no ano seguinte à publica-
cia social.
ção da respectiva lei.
c) A seguridade social compreende um
d) Há possibilidade de criar benefício pre-
conjunto de ações dos Poderes Públicos
videnciário sem prévio custeio.
e da sociedade, destinadas a assegurar
e) Mesmo em débito com o sistema da se-
os direitos relativos à saúde, à previdên-
guridade social, pode a pessoa jurídica
cia e à assistência social.
contratar com o poder público.
d) A seguridade social compreende um
conjunto integrado de ações dos Pode-
res Públicos e da sociedade, destinadas 4. Com relação às contribuições sociais, no
a assegurar os direitos relativos à saúde, âmbito da seguridade social, é correto afir-
à previdência, à vida e à assistência so- mar:
cial. a) As contribuições sociais, de que trata o
e) A seguridade social compreende um art. 195 da CF/88, só poderão ser exi-
conjunto integrado de ações de iniciati- gidas após decorridos noventa dias da
va dos Poderes Públicos constituídos e data da publicação da lei que as houver
da sociedade, destinado a assegurar os instituído ou modificado, não se lhes
direitos relativos à saúde, à previdência aplicando o disposto no art. 150, III, b,
e a assistência social. da Carta Magna.
b) As contribuições sociais de que trata o
2. Indique qual das opções está correta com art. 195, da CF/88, só poderão ser exi-
relação aos objetivos constitucionais da Se- gidas após decorridos cento e oitenta
guridade Social: dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado, não se
a) Irredutibilidade do valor dos serviços.
lhes aplicando o disposto no art.150, III,
b) Eqüidade na cobertura.
b, da Carta Magna.
c) Uniformidade e equivalência dos bene-
c) São isentas de contribuição para a segu-
fícios e serviços às populações urbanas
ridade social todas as entidades de as
e rurais.

www.acasadoconcurseiro.com.br 53
sistência social que atendam às exigên- 6. No campo da responsabilidade dos sócios
cias estabelecidas em lei complementar. pelos débitos da Seguridade Social, é verda-
d) As contribuições sociais de que trata o de afirmar que:
art. 195, da CF/88, só poderão ser exi- a) A responsabilidade solidária dos sócios
gidas após decorridos noventa dias da comporta benefício de ordem, se a so-
assinatura da lei que as houver institu- ciedade, indiscutivelmente, possuir pa-
ído ou modificado, não se lhes aplican- trimônio mais do que suficiente para
do o disposto no art. 150, III, b, da Carta arcar com dívida.
Magna. b) A responsabilidade solidária não inclui
e) As contribuições sociais de que trata o os sócios das sociedades de responsabi-
art. 195, da CF/88, só poderão ser cria- lidade limitada.
das e exigidas após decorridos noventa c) A responsabilidade solidária dos sócios
dias da publicação da lei que as houver não fica limitada ao pagamento do dé-
instituído ou modificado, não se lhes bito da sociedade no período posterior
aplicando o disposto no art. 150, III, b, à Lei nº 8.620/93, que, pela relevância
da Carta Magna. social do débito para com a Seguridade
Social, retroage para alcançar o patri-
5. Para os segurados empregados e trabalha- mônio dos sócios para pagamentos an-
dores avulsos, entende-se por salário de teriores à sua entrada em vigor.
contribuição: d) A responsabilidade dos sócios por dívi-
a) a remuneração auferida, sem depen- das contraídas pela sociedade para com
dência da fonte pagadora, em uma ou a Seguridade Social, decorrentes do
mais empresas ou pelo exercício de sua descumprimento das obrigações pre-
atividade por conta própria, durante o videnciárias, é solidária e encontra res-
mês, observados os limites mínimo e paldo no art. 13 da Lei nº 8.620/93 e no
máximo do salário de contribuição. art. 124 do Código Tributário Nacional.
b) o valor recebido pelo cooperado, ou a e) A Lei nº 8.620/93 não trouxe inovação
ele creditado, resultante da prestação ao ordenamento jurídico vigente, per-
de serviços a terceiros, pessoas físicas manecendo a responsabilidade dos só-
ou jurídicas, por intermédio da coopera- cios pelos débitos da Seguridade Social
tiva. como subsidiária e regulada pelo art.
c) o valor por eles declarado, observados 135 do Código Tributário Nacional, que
os limites mínimo e máximo do salário exige a comprovação de que o não-re-
de contribuição. colhimento da exação decorreu de ato
d) vinte por cento do valor bruto auferido praticado com violação à lei, ao con-
pelo frete, carreto, transporte, não se trato social ou ao estatuto da empresa
admitindo a dedução de qualquer valor pelo sócio-gerente.
relativo aos dispêndios com combustí- 7. A Lei de Benefícios da Previdência Social (Lei
vel e manutenção do veículo, ainda que nº 8.213/91), no art. 11, elenca como segu-
parcelas a este título figurem discrimi- rados obrigatórios da Previdência Social na
nadas no documento. condição de empregado, entre outros, as se-
e) a remuneração auferida em uma ou guintes pessoas físicas, exceto:
mais empresas, assim entendida a tota-
lidade dos rendimentos que lhe são pa- a) Aquele que presta serviço de natureza
gos, devidos ou creditados a qualquer urbana ou rural à empresa, em caráter
título, durante o mês. não eventual, sob sua subordinação e
mediante remuneração, inclusive como
diretor empregado.

54 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

b) Aquele que, contratado por empresa b) V V F


de trabalho temporário, definida em le- c) V V V
gislação específica, presta serviço para d) V F F
atender a necessidade transitória de e) F F F
substituição de pessoal regular e per-
manente ou a acréscimo extraordinário SRF – AFRF- TI – ESAF – 2005 –
de serviço de outras empresas.
Prova 2 – Gabarito 1
c) O empregado de organismo oficial in-
ternacional ou estrangeiro em funciona-
9. O art. 11, § 1º, do Regulamento da Previ-
mento no Brasil, ainda que coberto por
dência Social, dispõe sobre os segurados
regime próprio de previdência social.
facultativos. Não está entre os segurados
d) O exercente de mandato eletivo federal,
facultativos expressamente previstos no ci-
estadual ou municipal, desde que não
tado dispositivo:
vinculado a regime próprio de previdên-
cia social. a) Aquele que deixou de ser segurado
e) O brasileiro ou estrangeiro domiciliado obrigatório da previdência social.
e contratado no Brasil para trabalhar b) A dona de casa.
como empregado em empresa domici- c) O síndico de condomínio, quando não
liada no exterior, cuja maioria do capital remunerado.
votante pertença a empresa brasileira d) O brasileiro que acompanha cônjuge
de capital nacional. que presta serviço no exterior.
e) O estudante universitário.
8. Leia cada um dos assertos abaixo e assinale
(V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou fal- 10. Segundo dispõe o art. 196, da CF/88, a saú-
so. Depois, marque a opção que contenha a de é direito de todos e dever do Estado.
exata sequência. Diante dessa premissa, assinale a opção que
está correta.
( ) A contribuição social previdenciária dos
segurados empregado, empregado domésti- a) As ações e serviços públicos de saúde
co e trabalhador avulso é calculada median- integram uma rede regionalizada e hie-
te a aplicação da alíquota de oito, nove ou rarquizada e constituem um sistema
onze por cento sobre o seu salário de contri- único, sem a participação da comunida-
buição, de acordo com a faixa salarial cons- de.
tante da tabela publicada periodicamente b) O acesso universal igualitário às ações e
pelo MF. serviços para sua promoção, proteção e
recuperação constitui garantia constitu-
( ) O segurado empregado, inclusive o do-
cional.
méstico, que possuir mais de um vínculo,
c) O sistema único de saúde será financia-
deverá comunicar mensalmente ao primei-
do, nos termos do art. 195, da CF/88,
ro empregador a remuneração recebida até
com recursos exclusivamente do orça-
o limite máximo do salário de contribuição,
mento, da seguridade social, da União,
envolvendo os vínculos adicionais.
dos estados, do Distrito Federal e dos
( ) No que couberem, as obrigações de municípios.
comunicar a existência de pluralidade de d) As ações e serviços de saúde não são de
fontes pagadoras aplicam-se ao trabalhador relevância pública, cabendo ao Poder
avulso que, concomitantemente, exerça ati- Público dispor, nos termos da lei, sobre
vidade de empregado. sua regulamentação, fiscalização e con-
trole, com a execução inclusive através
a) V F V de terceiros.

www.acasadoconcurseiro.com.br 55
e) Independe de lei complementar a insti- o auxílio de empregados, utilizados a
tuição de normas de fiscalização, avalia- qualquer título, ainda que de forma não
ção e controle das despesas com saúde contínua.
nas esferas federal, estadual, distrital e c) O ministro de confissão religiosa e o
municipal. membro de instituto de vida consagra-
da, de congregação ou de ordem religio-
11. Não é filiado obrigatório ao RGPS, na quali- sa.
dade de segurado empregado, d) Quem presta serviço de natureza urba-
na ou rural, em caráter eventual, a uma
a) aquele que presta serviço de natureza ou mais empresas, sem relação de em-
urbana ou rural à empresa, em caráter prego.
não-eventual, com subordinação e me- e) A pessoa física, proprietária ou não, que
diante remuneração. explora atividade agropecuária ou pes-
b) o contratado em caráter permanente queira, em caráter permanente ou tem-
em Conselho, Ordem ou autarquia de porária, diretamente ou por intermédio
fiscalização do exercício de atividade de prepostos e com auxílio de emprega-
profissional. dos, utilizados a qualquer título, ainda
c) o menor aprendiz, com idade de qua- que de forma não contínua.
torze a dezoito anos, sujeito a formação
técnica-profissional metódica. 13. É falso afirmar que, quanto ao segurado e ao
d) o trabalhador temporário contratado dependente, o Regime Geral da Previdência
por empresa de trabalho temporário Social compreende as seguintes prestações,
para atender à necessidade transitória devidas inclusive em razão de eventos de-
de substituição de seu pessoal regular e correntes de acidente de trabalho, expres-
permanente ou a acréscimo extraordi- sas em benefícios e serviços, exceto.
nário de serviços.
e) o carregador de bagagem em porto, que a) a pensão por morte.
presta serviços sem subordinação nem b) o auxílio-doença.
horário fixo, mas sob remuneração, a di- c) o salário-família.
versos, com a intermediação obrigatória d) a reabilitação profissional.
do sindicato da categoria ou OGMO. e) o salário-maternidade.

12. A Lei de Benefícios da Previdência Social (Lei


n. 8.213/91), no art. 11, elenca como segu- SRFB – Técnico da Receita Federal
rados obrigatórios da Previdência Social na – ESAF – 2006 – Área: Tributária e
condição de contribuinte individual, entre Aduaneira – Prova 2 – Gabarito 1
outros, as seguintes pessoas físicas, exceto:
14. A Seguridade Social será financiada por toda
a) O brasileiro civil que trabalha no exte-
a sociedade, de forma direta e indireta, nos
rior para organismo oficial internacional
termos da lei, mediante recursos provenien-
do qual o Brasil é membro efetivo, ainda
tes dos orçamentos da União, dos Estados,
que lá domiciliado, e contratado, e que
do Distrito Federal e dos Municípios. Será fi-
coberto por regime próprio de previ-
nanciada também por contribuições sociais,
dência social.
mas não pela contribuição
b) A pessoa física, proprietária ou não,
que explora atividade de extração mi- a) do empregador, da empresa e da enti-
neral – garimpo, em caráter permanen- dade a ela equiparada na forma da lei,
te ou temporário, diretamente ou por incidentes sobre a folha de salários e
intermédio de prepostos, com ou sem demais rendimentos do trabalho pagos

56 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

ou creditados, a qualquer título, à pes- d) o estrangeiro que presta serviços no


soa física que lhe preste serviço, mesmo Brasil a missão diplomática ou a repar-
sem vínculo empregatício. tição consular de carreira estrangeira,
b) sobre a receita ou o faturamento, relati- ainda que sem residência permanente
vo a operações de comércio interno, do no Brasil, e o brasileiro amparado pela
empregador, da empresa e da entidade legislação previdenciária do país da res-
a ela equiparada na forma da lei. pectiva missão diplomática ou da repar-
c) sobre o lucro do empregador, da em- tição consular.
presa e da entidade a ela equiparada na e) o menor aprendiz, com idade de qua-
forma da lei, independentemente de ser torze a dezoito anos, ainda que sujeito
sujeito também pelo imposto de renda. à formação técnico-profissional metódi-
d) do importador de bens ou serviços do ca, sob a orientação de entidade qualifi-
exterior, ou de quem a lei a ele equipa- cada, nos termos da lei.
rar, independentemente da incidência
do imposto de importação que no caso 16. Leia cada um dos assertos abaixo e assinale
couber. (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou fal-
e) sobre os proventos de aposentadoria ou so. Depois, marque a opção que contenha a
pensão concedidos pelo Regime Geral exata sequência.
de Previdência Social ao trabalhador ou
demais segurados submetidos a tal regi- ( ) A contribuição da União para a Seguri-
me. dade Social é constituída de recursos adicio-
nais do Orçamento Fiscal.
15. Não está previsto, em caso algum, como se- ( ) Os recursos adicionais do Orçamento
gurado-empregado obrigatório da Previdên- Fiscal para a Seguridade Social serão fixados
cia Social do Brasil obrigatoriamente na lei orçamentária anual.
a) o trabalhador contratado no exterior ( ) A União é responsável pela cobertura
para trabalhar no Brasil em empresa de insuficiências financeiras da Seguridade
constituída e funcionando em território Social, quando decorrentes do pagamento
nacional segundo as leis brasileiras com de benefícios de prestação continuada da
salário estipulado em moeda estrangei- Previdência Social.
ra. a) V V V
b) o brasileiro ou o estrangeiro domicilia- b) F F F
do e contratado no Brasil para trabalhar c) F V V
como empregado no exterior, em sucur- d) V V F
sal ou em agência de empresa consti- e) F F V
tuída sob as leis brasileiras e que tenha
sede e administração no País.
17. Segundo a consolidação administrativa das
c) o brasileiro ou o estrangeiro domicilia-
normas gerais de tributação previdenciária
do e contratado no Brasil para trabalhar
e de arrecadação das contribuições sociais
como empregado em empresa domi-
administradas pela Secretaria da Receita
ciliada no exterior, com maioria de ca-
Previdenciária – SRP, deve contribuir obriga-
pital votante pertencente a empresa
toriamente na qualidade de “segurado-em-
constituída sob as leis brasileiras, que
pregado”:
tenha sede e administração no País e
cujo controle efetivo esteja em caráter ( ) o diretor empregado que seja promovi-
permanente sob a titularidade direta ou do para cargo de direção de sociedade anô-
indireta de pessoas físicas domiciliadas nima, mantendo as características inerentes
e residentes no Brasil. à relação de trabalho?

www.acasadoconcurseiro.com.br 57
( ) o trabalhador contratado em tempo 19. Assinale abaixo o item que contenha uma
certo, por empresa de trabalho temporário? informação errônea, sobre a obrigação
acessória da empresa relativamente à Previ-
( ) aquele que presta serviços de natureza dência Social.
contínua, mediante remuneração, à pessoa,
à família ou à entidade familiar, no âmbito É obrigação da empresa
residencial desta, em atividade sem fins lu-
crativos? a) inscrever, no Regime Geral de Previdên-
cia Social, os segurados empregados,
a) Sim, sim, sim mas não os trabalhadores avulsos a seu
b) Sim, não, não serviço.
c) Sim, não, sim b) inscrever, quando pessoa jurídica, como
d) Sim, sim, não contribuintes individuais no Regime Ge-
e) Não, não, não ral de Previdência Social, mas só a partir
de 1º de abril de 2003, as pessoas físicas
18. Preencha as lacunas com as palavras que contratadas sem vínculo empregatício.
lhe parecerem adequadas e escolha a opção c) elaborar folha de pagamento mensal da
que as contenha. _____ da obrigação previ- remuneração paga, devida ou credita-
denciária é ________. da a todos os segurados a seu serviço,
de forma coletiva por estabelecimento,
Como regra geral, quando a remuneração mas deverá fazê-lo por obra de constru-
do segurado empregado, inclusive do tra- ção civil e por tomador de serviços, com
balhador avulso, for ____ durante o mês, o a correspondente totalização e resumo
salário de contribuição será a remuneração geral.
efetivamente paga, devida ou a ele credita- d) lançar mensalmente em títulos próprios
da. de sua contabilidade, de forma discri-
a) Fato gerador – o salário de contribuição minada, os fatos geradores de todas as
– reduzido ou majorado contribuições sociais a cargo da empre-
b) Base de cálculo – o limite mínimo e má- sa.
ximo do salário de contribuição – por e) fornecer ao contribuinte individual que
causa das horas extras, maior que o nor- lhes presta serviços, comprovante do
malmente pago pagamento de remuneração.
c) salário de contribuição – o valor que
serve de base para os benefícios – variá- 20. Leia cada um dos assertos abaixo e assinale
vel (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou fal-
d) Base de cálculo – salário de contribui- so. Depois, marque a opção que contenha a
ção – proporcional ao número de dias exata sequência.
trabalhados ( ) Para fatos geradores a partir de janeiro
e) Alíquota – específica ou ad valorem – de 1995 não há atualização monetária.
uniforme 61- Assinale abaixo o item que
contenha uma informação errônea, so- ( ) Para fatos geradores ocorridos a partir
bre a obrigação acessória da empresa de janeiro de 1995 serão aplicados como
relativamente à Previdência Social. juros de mora um por cento no mês de
vencimento e um por cento no mês de pa-
gamento, fora a taxa própria para os meses
intermediários.
( ) A taxa de juros aplicada às contribui-
ções sociais não recolhidas em época pró-

58 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

pria não poderá ser inferior a um por cento c) a redutibilidade do valor dos benefícios.
ao mês ou fração. d) a universalidade e a equivalência dos
benefícios e serviços às populações ur-
a) VVV banas e rurais.
b) FFF e) a unicidade da base de financiamento.
c) FVV
d) VVF 24. Nos termos da CF/88, no seu art. 194, pará-
e) FFV grafo único, inciso VII, a gestão da Segurida-
de Social ocorre de forma
21. De acordo com os princípios constitucionais
da Seguridade Social, é incorreta a seguinte a) descentralizada, monocrática e quadri-
opção: partite.
b) centralizada, monocrática e quadriparti-
a) não incidirá contribuição sobre aposen- te.
tadoria e pensão concedidas pelo Regi- c) centralizada, colegiada e quadripartite.
me Geral da Previdência Social de que d) descentralizada, colegiada e tripartite.
trata o art. 201 da CF/88. e) descentralizada, democrática e quadri-
b) poderá ser instituída contribuição social partite.
do trabalhador sobre o lucro e o fatura-
mento.
c) podem ter alíquotas diferenciadas as MF – Assistente Técnico
contribuições sociais da empresa. Administrativo – ESAF – 2009
d) os entes federados descentralizados
têm seu orçamento da Seguridade So- 25. À luz dos dispositivos constitucionais refe-
cial distinto do orçamento da União. rentes à Seguridade Social, julgue os itens
e) a transferência de recursos para o Sis- abaixo:
tema Único de Saúde terá seus critérios
definidos em lei. I. A Seguridade Social pode compreender
ações de iniciativa da sociedade.
22. De acordo com a Constituição Federal/88,
II. Saúde, Previdência e Trabalho compõem
as instituições poderão participar do Siste-
a Seguridade Social.
ma Único de Saúde, segundo diretrizes des-
te, mediante contrato de direito público ou III. Compete ao Poder Público organizar a
convênio, tendo preferência as entidades Seguridade Social nos termos da lei.
filantrópicas e as sem fins lucrativos, poden-
do elas participar de forma IV. A Seguridade Social não foi definida na
Constituição Federal de 1988.
a) alternativa.
b) supletiva. a) Todos estão corretos.
c) complementar. b) I e III estão corretos.
d) contributiva. c) I e IV estão incorretos.
e) suspensiva. d) Somente I está incorreto.
e) III e IV estão incorretos.
23. A Constituição Federal, no seu art. 194, pa-
rágrafo único, elenca os objetivos da Seguri- 26. Assinale a opção correta entre as assertivas
dade Social. Entre os quais, está correto: abaixo relacionadas à organização e princí-
pios constitucionais da Seguridade Social.
a) a diversidade de atendimento.
b) a equidade na forma de participação no a) Diversidade da base de financiamento é
custeio. objetivo da Seguridade Social.

www.acasadoconcurseiro.com.br 59
b) O valor dos benefícios pode ser diminuí- 29. A respeito da natureza jurídica da contribui-
do gradativamente. ção social, analise as assertivas abaixo relati-
c) Pode haver benefícios maiores para a vas às espécies tributárias, indicando a cor-
população urbana em detrimento da ru- reta.
ral.
d) A gestão da Seguridade Social é ato pri- a) Imposto
vativo do Poder Público. b) Taxa
e) Os serviços previdenciários devem ser c) Contribuição Parafiscal
sempre o mesmo, independente do d) Empréstimo Compulsório
destinatário. e) Contribuição de Melhoria

27. À luz do texto constitucional, julgue os itens 30. A respeito das contribuições sociais, é corre-
abaixo referentes ao financiamento da Se- to afirmar que:
guridade Social: a) a contribuição do empregador incide só
I. financiada por toda sociedade. sobre a folha de salários.
b) a contribuição da empresa pode ser fei-
II. de forma direta e indireta. ta em função do tipo de produto que ela
vende.
III. por meio de verbas orçamentárias entre c) o trabalhador não contribui para a Se-
outras. guridade Social.
IV. financiamento definido por lei. d) os concursos de prognósticos não estão
sujeitos à incidência de contribuições
a) Somente I e III estão corretos. sociais.
b) Somente I está correto. e) pode haver incidência de contribuição
c) Somente I e II estão corretos. social sobre a importação de bens do
d) Todos estão corretos. exterior.
e) Somente III e IV estão corretos.
31. A respeito da base de cálculo e contribuin-
28. Além das inúmeras contribuições sociais ins- tes das contribuições sociais, analise as as-
tituídas no texto da Constituição Federal, há sertivas abaixo, assinalando a incorreta.
possibilidade de instituição de novas espé-
cies de contribuição social? Assinale a asser- a) Remuneração paga, devida ou creditada
tiva que responde incorretamente à pergun- aos segurados e demais pessoas físicas
ta formulada. a seu serviço, mesmo sem vínculo em-
pregatício – EMPRESA.
a) Pode haver contribuição social com o b) Receita bruta decorrente dos espetácu-
mesmo fato gerador de outra já existen- los desportivos de que participem em
te. todo território nacional – PRODUTOR
b) O rol de contribuições sociais não é ta- RURAL PESSOA JURÍDICA.
xativo. c) Incidentes sobre a receita bruta prove-
c) Há previsão constitucional de compe- niente da comercialização da produção
tência residual. rural – SEGURADO ESPECIAL.
d) A diversidade da base de financiamento d) Salário de contribuição dos empregados
permite outras contribuições sociais. domésticos a seu serviço – EMPREGA-
e) A União pode instituir outras contribui- DORES DOMÉSTICOS.
ções sociais. e) Incidentes sobre seu salário de contri-
buição – TRABALHADORES.

60 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

32. Maria Clara, contribuinte empregada pelo a) a Previdência Social é vista como um di-
Regime Geral de Previdência Social des- reito social independente e não relacio-
de 1994, deseja contribuir acima do valor nado à Assistência Social.
máximo permitido pela previdência social. b) a Previdência Social é vista como um
Assim, propõe na justiça ação contra o Ins- subsistema da Saúde.
tituto Nacional do Seguro Social – INSS, ale- c) a Previdência Social é vista como um
gando que tem direito de contribuir acima serviço a ser prestado de forma integra-
do limite legal, pois deseja se aposentar da com a Assistência Social e a Saúde.
com um valor acima do valor máximo pago d) Assistência Social e Previdência Social
pelo INSS. Assim, é correto afirmar, perante são conceitos jurídicos idênticos.
a legislação previdenciária de Custeio, que o e) Saúde e Assistência Social são direitos
pedido de Maria sociais organizados da mesma maneira
e com a mesma finalidade.
a) pode ser aceito, desde que ela contri-
bua até 10% do valor máximo. 35. Tendo em vista os princípios e diretrizes da
b) não pode ser aceito, pois não cabe a Seguridade Social, nos termos do texto da
Maria a escolha do montante a ser Constituição Federal e da legislação de cus-
pago. teio previdenciária, assinale a opção incor-
c) pode ser aceito, desde que ela compro- reta.
ve ter despesas familiares acima do va-
lor máximo. a) Diversidade da base de financiamento.
d) pode ser aceito, pois o pagamento da b) Universalidade da cobertura e do aten-
contribuição social tem natureza jurídi- dimento.
ca privada de forma contratual. c) Equidade na forma de participação no
e) pode ou não ser aceito, dependendo do custeio.
número de dependentes que ela pos- d) Irredutibilidade do valor dos benefícios
sua. e serviços.
e) Uniformidade e equivalência dos bene-
33. Qual das parcelas abaixo não integram o sa- fícios e serviços às populações urbanas
lário-de-contribuição? e rurais.
a) Salário 36. Pedro Luís, servidor público estadual con-
b) Gorjetas cursado, deseja se filiar ao regime geral de
c) Despesas de viagem previdência. Assim, entra com requerimen-
d) Abonos to na Secretaria de Administração do Estado
e) Ganhos habituais pedindo que não seja mais descontado o va-
lor da contribuição para o sistema estadual
ESAF – ATRFB – ESAF – de previdência própria pública decorrente
do cargo público efetivo que exerce na re-
GABARITO 1 – P 2 / 2009
partição estadual. Com relação ao pedido
formulado por Pedro Luís, é correto afirmar
34. A Constituição Federal de 1988 deu novo
que:
tratamento à Previdência Social no Brasil em
relação às constituições pretéritas. O con- a) Pedro Luís pode participar do Regime
ceito de Seguridade Social colocado no Tí- Geral de Previdência Social como segu-
tulo da Ordem Social constitui em um novo rado obrigatório empregado.
paradigma constitucional à medida que: b) Pedro Luís não pode participar do Regi-
me Geral de Previdência Social, pois já
participa de Regime Próprio de Previ-

www.acasadoconcurseiro.com.br 61
dência Social como servidor ocupante pregados até o dia 20 (vinte) do mês
de cargo efetivo. subsequente ao da competência.
c) Pedro Luís pode participar do Regime c) A empresa é obrigada a arrecadar as
Geral de Previdência Social como segu- contribuições dos segurados emprega-
rado obrigatório contribuinte individual. dos e trabalhadores avulsos a seu servi-
d) Pedro Luís pode participar do Regime ço, descontando-as da respectiva remu-
Geral de Previdência Social como segu- neração.
rado facultativo. d) O empregador doméstico está obrigado
e) Caso haja compensação das contribui- a arrecadar a contribuição do segurado
ções já pagas, Pedro Luís pode partici- empregado a seu serviço e a recolhê-la,
par do Regime Geral de Previdência So- assim como a parcela a seu cargo.
cial. e) Se não houver expediente bancário nas
datas legais de recolhimento da contri-
37. Com relação ao segurado empregado, assi- buição, o recolhimento deverá ser efe-
nale a opção correta. tuado no dia útil imediatamente poste-
rior.
a) O seu empregador não deve prestar
contas sobre as contribuições do seu 39. Na busca da efetiva arrecadação da contri-
empregado. buição social, a legislação previdenciária de
b) Sua contribuição para o orçamento da custeio dispõe sobre a responsabilidade so-
Seguridade Social e da Previdência So- lidária. Sabendo que a solidariedade nunca
cial ocorrem de forma volitiva e desvin- é presumida, resultando da lei ou da vonta-
culada do seu empregador. de das partes, assinale a assertiva incorreta
c) Não contribui para a Seguridade Social com relação às pessoas solidárias pelo cum-
de forma direta, só por meio de imposto primento das obrigações para com a Seguri-
de renda. dade Social decorrentes de obra.
d) Sua contribuição incide sobre o seu sa-
lário de contribuição. a) O proprietário.
e) Podem ser dadas remissões para as b) O incorporador.
contribuições sociais do empregado do- c) O fiscal de obras da prefeitura.
méstico retidas pelo empregador no pa- d) A empresa de comercialização de imó-
gamento dos salários. veis.
e) O construtor.
38. A arrecadação e recolhimento das contri-
buições destinadas à Seguridade Social de- 40. Nos termos da legislação de custeio, quem
vem ser feitos com a cooperação dos entes não é obrigado a exibir todos os documen-
e pessoas envolvidos com o fato gerador da tos e livros relacionados com as contribui-
contribuição social. A respeito dessa coope- ções previstas na Lei nº 8.212/91:
ração imposta pela lei, assinale a assertiva
incorreta, nos termos da legislação de cus- a) o síndico.
teio previdenciário em vigor. b) o liquidante de empresa em liquidação
extrajudicial.
a) Os segurados, contribuinte individual e c) o segurado da Previdência Social.
facultativo, estão obrigados a recolher d) o liquidante de empresa em liquidação
sua contribuição por iniciativa própria, judicial.
até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao e) o dependente da Previdência Social.
da competência.
b) A empresa é obrigada a recolher os va-
lores arrecadados dos segurados em-

62 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

41. Além do pagamento das contribuições so- prestação de serviço; em nome da em-
ciais, as empresas tem outras obrigações presa contratante.
para com o fisco. Antônio José, empresário e) Onze por cento do valor bruto da nota
contribuinte individual, desejando cumprir fiscal ou fatura de prestação de serviço;
com todas as suas obrigações fiscais, pede em nome da empresa cedente da mão-
ao contador que seja elaborada a folha de -de-obra.
pagamento das remunerações pagas ou cre-
ditadas por sua empresa.
AFRFB – ESAF – DIREITO
De acordo com a situação-problema apre- PREVIDENCIÁRIO – GABARITO 1 –
sentada acima e das obrigações acessórias
P 2/2009
da empresa, é correto afirmar que:
a) a referida folha de pagamento deve in- 43. À luz da Organização da Seguridade Social
cluir todas as remunerações pagas ou definida na Constituição Federal, julgue os
creditadas a todos os segurados a servi- itens abaixo:
ço da empresa.
I. Previdência Social, Educação e Assistência
b) a referida folha de pagamento deve in-
Social são partes da Seguridade Social;
cluir só os empregados da empresa.
c) a referida folha de pagamento pode ser II. a Saúde possui abrangência universal,
feita com qualquer padrão. sendo qualquer pessoa por ela amparada;
d) a referida folha de pagamento deve in- III. a Previdência Social pode ser dada gra-
cluir só os sócios da empresa. tuitamente à população rural carente;
e) não há necessidade de elaboração de
folha de pagamento, sendo necessário IV. a Assistência Social, por meio de sistema
somente os depósitos bancários realiza- único e centralizado no poder central fede-
dos no Livro de Caixa da empresa. ral, pode ser dada a todos os contribuintes
individuais da Previdência Social.
42. A empresa contratante de serviços execu- O número de itens errados é:
tados mediante cessão ou empreitada de
mão-de-obra, inclusive em regime de traba- a) zero
lho temporário, deverá reter determinado b) um
valor e recolher a importância retida. Assi- c) dois
nale a assertiva correta com relação a qual o d) três
valor a ser retido e em nome de quem será e) quatro
recolhido.
44. Maria Clara, empregada doméstica com de-
a) Onze por cento do valor líquido da nota ficiência física, e Antônio José, empresário
fiscal ou fatura de prestação de serviço; dirigente de multinacional sediada no Brasil,
em nome da empresa cedente da mão- desejam contribuir para o Regime Geral de
-de-obra. Previdência Social e com isso gozar de todos
b) Onze por cento do valor bruto dos salá- os benefícios e serviços prestados pela Se-
rios pagos aos autônomos ou fatura de guridade Social. De acordo com a situação-
prestação de serviço; em nome do INSS. -problema apresentada acima, é correto
c) Onze por cento do valor líquido da nota afirmar que:
fiscal ou fatura de prestação de serviço;
em nome da empresa contratada. a) Maria Clara e Antônio José podem parti-
d) Onze por cento do valor bruto dos salá- cipar da Assistência Social.
rios pagos aos autônomos ou fatura de b) só Antônio José pode participar da Pre-
vidência Social.

www.acasadoconcurseiro.com.br 63
c) só Antônio José pode participar de be- que discutiam o prazo de prescrição de-
nefícios previdenciários. verão ser devolvidos se forem superio-
d) Maria Clara pode usufruir dos serviços res ao prazo de 5 anos do lançamento.
de Saúde pública em razão da sua defici- e) A ação de cobrança do crédito tributário
ência física. oriundo de contribuição social pode ser
e) Maria Clara e Antônio José podem parti- impetrada em qualquer momento.
cipar da Previdência Social.
47. Tendo em vista a classificação dos segura-
45. A respeito do financiamento da Seguridade dos obrigatórios na legislação previdenciá-
Social, nos termos da Constituição Federal e ria vigente, assinale a assertiva incorreta.
da legislação de custeio previdenciária, assi-
nale a opção correta. a) Como empregado – a pessoa física resi-
dente no imóvel rural ou em aglomera-
a) A pessoa jurídica em débito com o siste- do urbano ou rural próximo a ele que,
ma de seguridade social pode contratar individualmente ou em regime de eco-
com o poder público federal. nomia familiar, ainda que com o auxílio
b) Lei ordinária pode instituir outras fontes eventual de terceiros a título de mútua
de custeio além das previstas na Consti- colaboração.
tuição Federal. b) Como trabalhador avulso – quem pres-
c) Podem-se criar benefícios previdenciá- ta, a diversas empresas, sem vínculo
rios para inativos por meio de decreto empregatício, serviço de natureza urba-
legislativo. na ou rural definidos no Regulamento.
d) As contribuições sociais criadas podem c) Como contribuinte individual – o síndico
ser exigidas noventa dias após a publi- ou administrador eleito para exercer ati-
cação da lei. vidade de direção condominial, desde
e) São isentas de contribuição para a se- que recebam remuneração.
guridade social todas entidades bene- d) Como empregado – o brasileiro ou es-
ficentes de utilidade pública distrital e trangeiro domiciliado e contratado no
municipal. Brasil para trabalhar como empregado
em sucursal ou agência de empresa na-
46. A arrecadação e o recolhimento das con- cional no exterior.
tribuições destinadas à seguridade social e) Como contribuinte individual – o sócio
constituem uma das principais tarefas de solidário, o sócio de indústria, o sócio
gestão tributária. Sobre elas o tempo decor- gerente.
rido mostra-se importante, considerando a
jurisprudência dos Tribunais Superiores so- 48. Hermano, advogado autônomo, possui es-
bre a legislação previdenciária de custeio. critório no qual mantém relação de vínculo
Entre as assertivas a seguir indicadas, assi- empregatício com Lia (advogada e assisten-
nale a correta. te de Hermano) e Léa (secretária).
a) Prazos de prescrição e decadência po- A construtora ABC Empreendimentos, pes-
dem ser definidos em lei ordinária. soa jurídica cadastrada na Junta Comercial,
b) O prazo decadencial das contribuições possui na sua folha de pagamentos 10 em-
da seguridade social é de 5 anos. pregados e 20 autônomos que prestam ser-
c) A arrecadação e o recolhimento das viços para distintas construtoras na área de
contribuições podem ser feitos em qual- assentamento de mármore e granito.
quer momento.
d) Valores recolhidos pelo fisco antes do
julgamento de recursos extraordinários

64 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

De acordo com a situação-problema apre- 51. Nos termos do Regulamento da Previdência


sentada acima e do conceito previdenciário Social, analise as assertivas a respeito das
de empresa, é correto afirmar que: obrigações acessórias de retenção e respon-
sabilidade solidária da contribuição social,
a) Hermano deve contribuir só como con- assinalando a incorreta.
tribuinte individual.
b) a construtora ABC pode contribuir como a) As empresas que integram grupo eco-
contribuinte individual autônomo. nômico cuja matriz tem sede em Brasília
c) Hermano e a construtora ABC devem respondem entre si, solidariamente, pe-
contribuir sobre a folha de pagamento las obrigações decorrentes do disposto
de seus empregados. no Regulamento da Previdência Social.
d) Hermano não pode contribuir como b) A empresa contratante de serviços exe-
empresa, pois é pessoa natural. cutados mediante cessão ou empreita-
e) a construtora ABC não deve contribuir da de mão-de-obra deverá reter onze
sobre a folha de pagamento de seus por cento do valor bruto da nota fiscal,
empregados, pois eles prestam serviços fatura ou recibo de prestação de servi-
a terceiros. ços e recolher a importância retida em
nome da empresa contratada.
49. A respeito dos segurados facultativos da c) Considera-se construtor, para os efeitos
Previdência Social, é correto afirmar que: do Regulamento da Previdência Social,
a pessoa física ou jurídica que executa
a) a pessoa pode ser segurado facultativo obra sob sua responsabilidade, no todo
independente da sua idade. ou em parte.
b) o síndico de condomínio remunerado d) O proprietário, o incorporador definido
pela isenção da taxa de condomínio na Lei n. 4.591, de 1964, o dono da obra
pode ser segurado facultativo. ou condômino da unidade imobiliária
c) aquele que deixou de ser segurado obri- cuja contratação da construção, refor-
gatório da previdência social não pode ma ou acréscimo não envolva cessão
ser segurado facultativo. de mão-de-obra, são solidários com o
d) não pode ser segurado facultativo aque- construtor.
le que estiver exercendo atividade re- e) Exclui-se da responsabilidade solidária
munerada que o enquadre como segu- perante a seguridade social o adquiren-
rado obrigatório da previdência social. te de prédio ou unidade imobiliária que
e) o estudante maior de quatorze anos. realize a operação com empresa de co-
mercialização.
50. Além das contribuições sociais, a seguridade
social conta com outras receitas. Não consti-
tuem outras receitas da seguridade social: SRFB – AFRFB – ESAF – 2012
a) as multas. 52. Assinale a opção incorreta.
b) receitas patrimoniais.
c) doações. a) A base de cálculo da contribuição social
d) juros moratórios. devida pela empresa é a soma da remu-
e) sessenta por cento do resultado dos lei- neração paga, devida ou creditada aos
lões dos bens apreendidos pela Secreta- segurados e às demais pessoas físicas a
ria da Receita Federal do Brasil. seu serviço, mesmo sem vínculo empre-
gatício.

www.acasadoconcurseiro.com.br 65
b) O salário de contribuição dos emprega- II. A importância recebida a título de bol-
dos domésticos é a base de cálculo da sa de complementação educacional de es-
contribuição social por eles devida. tagiário quando paga nos termos da Lei n.
c) No caso dos segurados especiais, sua 6.494/77.
contribuição social incide sobre a recei-
ta bruta proveniente da comercialização III. A participação nos lucros ou resultados
da produção rural. da empresa, quando paga ou creditada de
d) Os trabalhadores, de forma geral, con- acordo e nos limites de lei específica.
tribuem com alíquota incidente sobre IV. O abono do Programa de Integração So-
seu salário de contribuição. cial-PIS e do Programa de Assistência ao Ser-
e) No caso do produtor rural registrado vidor Público-PASEP.
sob a forma de pessoa jurídica, sua con-
tribuição social recairá sobre o total de V. A importância paga ao empregado a título
sua receita líquida. de complementação ao valor do auxílio-do-
ença, desde que este direito seja extensivo
53. Sobre o financiamento da seguridade social, aos demais empregados da empresa.
assinale a opção incorreta. Estão corretos apenas os itens:
a) A sociedade financia a seguridade so- a) I, II e IV.
cial, de forma indireta, entre outras for- b) II, IV e V.
mas, por meio das contribuições para a c) II e V.
seguridade social incidentes sobre a fo- d) I e V.
lha de salários. e) Todos os itens estão corretos.
b) O financiamento da seguridade social
por toda a sociedade revela, entre ou-
55. Sobre o conceito de salário-de-contribuição,
tros, seu caráter solidário.
analise os itens a seguir, classificando-os
c) A seguridade social conta com orçamen-
como corretos ou incorretos, para, a seguir,
to próprio, que não se confunde com o
assinalar a assertiva que corresponda à sua
orçamento fiscal.
opção.
d) O custeio da seguridade social também
ocorre por meio de imposições tributá- I. Para os segurados empregado e trabalha-
rias não vinculadas previamente a tal fi- dor avulso, a remuneração auferida em uma
nalidade. ou mais empresas, assim entendida a tota-
e) O financiamento da seguridade social lidade dos rendimentos que lhe são pagos,
também pode ensejar a instituição, pela devidos ou creditados a qualquer título, du-
União, no exercício de sua competência rante o mês, destinados a retribuir o traba-
residual, de contribuição específica. lho, qualquer que seja a sua forma, inclusive
as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma
54. Sobre as verbas que não integram o salário- de utilidades e os adiantamentos decorren-
-de-contribuição, analise os itens a seguir, tes de reajuste salarial, quer pelos serviços
classificando-os como corretos ou incorre- efetivamente prestados, quer pelo tempo à
tos, para, a seguir, assinalar a assertiva que disposição do empregador ou tomador de
corresponda à sua opção. serviços, nos termos da lei ou do contrato
ou, ainda, de convenção ou de acordo cole-
I. A ajuda de custo, em parcela única, rece- tivo de trabalho ou de sentença normativa,
bida exclusivamente em decorrência de mu- observados os limites mínimo e máximo.
dança de local de trabalho do empregado.
II. Para o segurado empregado doméstico,
a remuneração registrada em sua CTPS ou

66 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

comprovada mediante recibos de pagamen- d) a arrecadação, mediante desconto, e o


to, observados os limites mínimo e máximo. recolhimento da contribuição inciden-
te sobre a receita bruta decorrente de
III. Para o segurado contribuinte individu- qualquer forma de patrocínio, de licen-
al, independentemente da data de filiação ciamento de uso de marcas e símbolos,
ao RGPS, considerando os fatos geradores de publicidade, de propaganda e trans-
ocorridos desde 1º de abril de 2003, a remu- missão de espetáculos desportivos,
neração auferida em uma ou mais empresas devida pela associação desportiva que
ou pelo exercício de sua atividade por conta mantém equipe de futebol profissional.
própria, durante o mês, observados os limi- e) a arrecadação, mediante desconto, e o
tes mínimo e máximo do salário de contri- recolhimento da contribuição incidente
buição. sobre a receita bruta da realização de
IV. Para o segurado especial que usar da fa- evento desportivo, devida pela associa-
culdade de contribuir individualmente, o va- ção desportiva que mantém equipe de
lor por ele declarado. futebol profissional, quando se tratar de
entidade promotora de espetáculo des-
Estão corretos apenas os itens: portivo.
a) I, III e IV.
b) III e IV. 57. Constituem obrigações acessórias das em-
c) II, III e IV. presas, de acordo com o Regulamento da
d) II e IV. Previdência Social, exceto,
e) Todos os itens estão corretos. a) preparar folha de pagamento da remu-
neração paga, devida ou creditada a to-
56. Nos termos da legislação previdenciária em dos os segurados a seu serviço, devendo
vigor, constituem obrigações da empresa, manter, em cada estabelecimento, uma
exceto, via da respectiva folha e recibos de pa-
gamento.
a) a arrecadação, mediante desconto, e o
b) lançar, mensalmente, em títulos pró-
recolhimento da contribuição do pro-
prios de sua contabilidade, de forma
dutor rural pessoa física e do segurado
discriminada, os fatos geradores de to-
especial incidente sobre a comerciali-
das as contribuições, o montante das
zação da produção, quando adquirir ou
quantias descontadas dos empregados,
comercializar o produto rural recebido
dos contribuintes individuais e das em-
em consignação, somente nos casos em
presas prestadoras de serviços, as con-
que essas operações tiverem sido reali-
tribuições da empresa e os totais reco-
zadas diretamente com o produtor.
lhidos.
b) a arrecadação, mediante desconto no
c) fornecer ao contribuinte individual que
respectivo salário de contribuição, e o
lhe presta serviços comprovante do pa-
recolhimento da contribuição ao SEST
gamento de remuneração, com a iden-
e ao SENAT, devida pelo segurado con-
tificação completa da empresa, o valor
tribuinte individual transportador autô-
da remuneração paga, o desconto da
nomo de veículo rodoviário (inclusive o
contribuição efetuado, o número de ins-
taxista) que lhe presta serviços.
crição do segurado no INSS e o compro-
c) o recolhimento das contribuições inci-
misso de que a remuneração paga será
dentes sobre a remuneração dos segu-
informada na GFIP, bem como de que a
rados empregados, trabalhadores avul-
contribuição correspondente será reco-
sos e contribuintes individuais.
lhida.

www.acasadoconcurseiro.com.br 67
d) prestar à Receita Federal do Brasil todas 60. Não se considera empresa, nem a ela se
as informações cadastrais, financeiras equipara, para fins de custeio da Previdên-
e contábeis de interesse desta, na for- cia Social,
ma por esta estabelecida, bem como os
esclarecimentos necessários à fiscaliza- a) a firma individual que reúne elementos
ção. produtivos para a produção ou circula-
e) exibir à fiscalização da RFB, quando in- ção de bens ou de serviços e assume o
timada para tal, todos os documentos e risco de atividade econômica urbana ou
livros com as formalidades legais intrín- rural.
secas e extrínsecas, relacionados com b) a sociedade que assume o risco de ati-
as contribuições sociais, salvo na hipó- vidade econômica urbana ou rural, com
tese em que, justificadamente, tais do- fins lucrativos ou não, ainda que tenha
cumentos e livros estejam fora da sede duração temporária.
da empresa. c) a empresa individual de responsabilida-
de limitada (Eireli) que assuma o risco
de atividade econômica.
SRFB – ATRFB – ESAF – 2012 d) a cooperativa, a missão diplomática e a
repartição consular de carreiras estran-
58. Assinale a opção incorreta. geiras ou a entidade de qualquer natu-
reza ou finalidade.
Compete ao Poder Público, nos termos da e) aquele que admite empregado a seu
lei, organizar a seguridade social, com base serviço, mediante remuneração, sem
nos seguintes objetivos: finalidade lucrativa, no âmbito residen-
a) universalidade da cobertura e do aten- cial de diretor de empresa.
dimento, de modo.
61. Não se destina integralmente ao financia-
b) prevalência dos benefícios e serviços às
mento da Seguridade Social, até 2015:
populações rurais.
c) seletividade e distributividade na pres- a) a COFINS – Contribuição para o Finan-
tação dos benefícios e serviços. ciamento da Seguridade Social.
d) irredutibilidade do valor dos benefícios. b) Receita da Dívida Ativa da Contribuição
e) equidade na forma de participação no Previdenciária do Segurado Obrigatório
custeio. – Contribuinte Individual.
c) Receita da Dívida Ativa da Arrecadação
59. É segurado facultativo da Previdência Social: FIES – Certificados Financeiros do Te-
souro Nacional.
a) a pessoa física que explora atividade
d) Taxa de Ocupação de Terrenos da União
agropecuária, em área superior a qua-
arrecadada pelas unidades da Previdên-
tro módulos fiscais.
cia Social.
b) a pessoa física, proprietária ou não, que
e) Remuneração de Depósitos Bancários
explora atividade de extração mineral –
percebida pelas unidades integrantes
garimpo.
do Ministério da Saúde.
c) o ministro de confissão religiosa.
d) a dona-de-casa, o síndico de condomínio
62. É vedada a utilização dos recursos provenien-
não remunerado, o estudante e outros
tes das contribuições sociais do empregador
aludidos em lei ou em regulamento.
incidentes sobre a folha de salários para a
e) o bolsista e o estagiário que prestam
realização de despesas distintas das enume-
serviços a empresa, em desacordo com
radas na Constituição. Entre essas, veda-se a
a Lei n. 11.788, de 25 de setembro de
aplicação de recursos dessa origem
2008.

68 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

a) na cobertura dos eventos de doença, in- III. contribuinte individual, quando exercer
validez, morte e idade avançada. atividade econômica por conta própria é
b) na proteção à maternidade, especial- obrigado a recolher sua contribuição, por
mente à gestante, nos termos da legisla- iniciativa própria, até o dia quinze do mês
ção pertinente. seguinte àquele a que as contribuições se
c) no aporte de recursos à entidade de referirem.
previdência, tendo em vista as priori-
dades estabelecidas na lei de diretrizes a) As duas primeiras afirmações são corre-
orçamentárias. tas, e errada a outra.
d) na proteção ao trabalhador em situação b) A primeira afirmação é correta, sendo
de desemprego involuntário, como pre- erradas as demais.
visto na legislação respectiva. c) As três afirmações são corretas.
e) no pagamento de salário-família e au- d) A primeira afirmação é errada, sendo
xílio-reclusão para os dependentes dos corretas as demais.
segurados de baixa renda. e) As três afirmações são erradas.

63. Integra o salário de contribuição: SRFB – AFRFB – ESAF – 2014 – P2 –


a) o valor recebido a título de indenização Gabarito 1
por despedida sem justa causa nos con-
tratos de trabalho por prazo determina- 65. Sobre o recolhimento das contribuições pre-
do. videnciárias em atraso, assinale a opção in-
b) a parcela in natura recebida de acordo correta.
com programa de alimentação aprova-
a) No lançamento de ofício, aplica-se, a
do pelo Ministério do Trabalho e Empre-
título de multa, um percentual sobre a
go, nos termos da Lei da Alimentação do
totalidade ou diferença de contribuição
Trabalhador.
nos casos de falta de pagamento ou re-
c) a importância recebida a título de férias
colhimento, de falta de declaração e nos
indenizadas e respectivo adicional cons-
de declaração inexata.
titucional.
b) Os juros constituem verdadeira indeni-
d) o valor recebido como indenização de
zação a ser paga pelo sujeito passivo,
40% do montante depositado no FGTS,
em razão de sua disponibilidade finan-
como proteção à relação de emprego
ceira indevida, obtida pela empresa ao
contra despedida arbitrária ou sem jus-
não recolher o devido em época pró-
ta causa.
pria. Possuem, portanto, caráter puniti-
e) a remuneração auferida, a qualquer tí-
vo.
tulo, em uma ou mais empresas, por
c) Caso o sujeito passivo, uma vez notifi-
trabalhador avulso, durante o mês, des-
cado, efetue o pagamento, a compen-
tinado a retribuir o trabalho.
sação ou o parcelamento de seu débito,
será concedida a redução da multa de
64. Avalie as afirmações abaixo e marque a op-
lançamento de ofício.
ção correspondente:
d) A rescisão do parcelamento implica res-
I. a empresa é desobrigada a arrecadar a tabelecimento do montante da multa
contribuição do contribuinte individual; proporcionalmente ao valor da receita
não satisfeita.
II. a empresa é obrigada a arrecadar a con- e) A correção monetária tem como fun-
tribuição do segurado empregado e do tra- ção única a atualização da expressão
balhador avulso; monetária utilizada, de tal maneira que

www.acasadoconcurseiro.com.br 69
inexiste qualquer alteração no valor real c) a jurisprudência do STF é no sentido de
da contribuição devida, que permanece afirmar a existência de direito adquirido
imutável no seu equivalente em poder ao regime jurídico da imunidade das en-
de compra. tidades filantrópicas.
d) a exigência de renovação periódica do
66. Sobre o conceito previdenciário de empresa CEBAS, por parte das entidades filantró-
e empregador doméstico, assinale a opção picas, a cada três anos, ofende o dispos-
incorreta. to na Constituição Federal.
a) Empregador doméstico é a pessoa ou e) tratando-se de imunidade – que decor-
família que admite a seu serviço, com re, em função de sua natureza mesma,
ou sem finalidade lucrativa, empregado do próprio texto constitucional –, reve-
doméstico. la-se evidente a absoluta impossibilida-
b) Embora o empregador doméstico não de jurídica de, mediante deliberação de
se enquadre como empresa, há algumas índole legislativa, restringir a eficácia do
obrigações acessórias que lhe são exigí- preceito.
veis.
c) O empregador doméstico não se classi- 68. No tocante à responsabilidade pelo recolhi-
fica, em virtude desta condição, como mento das Contribuições Sociais Previdenci-
segurado obrigatório do Regime Geral árias, pode-se afirmar que as empresas são
de Previdência Social (RGPS). responsáveis, exceto:
d) Uma dona de casa, ainda que emprega- a) pela arrecadação, mediante desconto
dora doméstica, caso não exerça qual- na remuneração paga, devida ou credi-
quer atividade remunerada vinculante tada, e pelo recolhimento da contribui-
ao RGPS, poderá, caso deseje, filiar-se ção dos segurados, empregado e traba-
como segurada facultativa. lhador avulso a seu serviço, observado
e) As contribuições do empregador do- o limite máximo do salário de contribui-
méstico somente visam ao custeio das ção.
prestações previdenciárias concedidas b) pela arrecadação, mediante desconto,
aos empregados domésticos. e pelo recolhimento da contribuição do
67. O entendimento do Supremo Tribunal Fede- produtor rural pessoa física e do segura-
ral, no que toca à imunidade de que gozam do especial incidente sobre a comercia-
as entidades beneficentes de assistência so- lização da produção, quando adquirir ou
cial, é no sentido de que: comercializar o produto rural recebido
em consignação, independentemente
a) entendem-se por serviços assistenciais dessas operações terem sido realizadas
as atividades continuadas que visem à diretamente com o produtor ou com o
melhoria de vida da população e cujas intermediário pessoa física.
ações, voltadas para as necessidades c) pela retenção de 11% (onze por cento)
básicas, observem os objetivos, os prin- sobre o valor bruto da nota fiscal, da fa-
cípios e as diretrizes estabelecidos em tura ou do recibo de prestação de ser-
lei. viços executados mediante cessão de
b) o estabelecimento, como uma das con- mão de obra ou empreitada, excetuada
dições de fruição de tal benefício por a hipótese de empregados em regime
parte das entidades filantrópicas, da de trabalho temporário.
exigência de que possuam o certificado d) pela arrecadação, mediante desconto,
de Entidade Beneficente de Assistência e pelo recolhimento da contribuição
Social – CEBAS, contraria o regime esta- incidente sobre a receita bruta da re-
belecido na Constituição Federal. alização de evento desportivo, devida

70 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

pela associação desportiva que mantém a) Apenas I está correta.


equipe de futebol profissional, quando b) Apenas I e II estão corretas.
se tratar de entidade promotora de es- c) Apenas I, II e III estão corretas.
petáculo desportivo. d) Apenas II e III estão corretas.
e) pela arrecadação, mediante desconto, e e) Todos os itens estão corretos.
pelo recolhimento da contribuição inci-
dente sobre a receita bruta decorrente 70. Constituem contribuições sociais, de acordo
de qualquer forma de patrocínio, de li- com a Lei n. 8.212/91, exceto:
cenciamento de uso de marcas e sím-
bolos, de publicidade, de propaganda a) As das empresas, incidentes sobre a
e transmissão de espetáculos desporti- remuneração paga ou creditada aos
vos, devida pela associação desportiva segurados a seu serviço.
que mantém equipe de futebol profis- b) As dos empregados domésticos.
sional. c) As dos trabalhadores, incidentes sobre
o seu salário-de-contribuição.
69. Sobre o princípio constitucional da solida- d) As das empresas, incidentes sobre
riedade, próprio do direito previdenciário, faturamento e lucro.
julgue os itens a seguir, classificando-os e) As dos proprietários rurais, incidentes
como certos ou errados. Em seguida, assina- sobre o seu faturamento.
le a opção correta.  

I. A solidariedade é a justificativa elementar


para a compulsoriedade do sistema previ-
denciário, pois os trabalhadores são coagi-
dos a contribuir em razão da cotização indi-
vidual ser necessária para a manutenção de
toda a rede protetiva, e não para a tutela do
indivíduo, isoladamente considerado.
II. A solidariedade é pressuposto para a ação
cooperativa da sociedade, sendo essa con-
dição fundamental para a materialização do
bem-estar social, com a necessária redução
das desigualdades sociais.
III. É a solidariedade que justifica a cobrança
de contribuições pelo aposentado que volta
a trabalhar.
IV. A solidariedade impede a adoção de um
sistema de capitalização pura em todos os
segmentos da previdência social.

Gabarito: 1. B 2. C 3. B 4. A 5. E 6. D 7. C 8. A 9. E 10. B 11. E 12. A 13. D 14. E 15. D 16. A 17. D
18. D 19. A 20. D 21. B 22. C 23. B 24. E 25. B 26. A 27. D 28. A 29. C 30. E 31. B 32. B 33. C 34. C
35. D 36. B 37. D 38. A 39. C 40. E 41. A 42. E 43. D 44. E 45. D 46. B 47. A 48. C 49. D 50. E 51. A
52. E 53. A 54. E 55. E 56. A 57. E 58. B 59. D 60. E 61. A 62. C 63. E 64. D 65. B 66. A 67. A 68. C
69. E 70. E

www.acasadoconcurseiro.com.br 71
Parte 2

LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991

Dispõe sobre a organização da Seguridade So- g) caráter democrático e descentralizado da


cial, institui Plano de Custeio, e dá outras pro- gestão administrativa com a participação da
vidências. comunidade, em especial de trabalhadores,
empresários e aposentados.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
TÍTULO II
LEI ORGÂNICA DA Da Saúde
SEGURIDADE SOCIAL
Art. 2º A Saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais e
TÍTULO I econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso univer-
Conceituação e sal e igualitário às ações e serviços para sua pro-
Princípios Constitucionais moção, proteção e recuperação.
Art. 1º A Seguridade Social compreende um Parágrafo único. As atividades de saúde
conjunto integrado de ações de iniciativa dos são de relevância pública e sua organização
poderes públicos e da sociedade, destinado a obedecerá aos seguintes princípios e dire-
assegurar o direito relativo à saúde, à previdên- trizes:
cia e à assistência social.
a) acesso universal e igualitário;
Parágrafo único. A Seguridade Social obe-
b) provimento das ações e serviços através
decerá aos seguintes princípios e diretrizes:
de rede regionalizada e hierarquizada, inte-
a) universalidade da cobertura e do atendi- grados em sistema único;
mento;
c) descentralização, com direção única em
b) uniformidade e equivalência dos benefí- cada esfera de governo;
cios e serviços às populações urbanas e ru-
d) atendimento integral, com prioridade
rais;
para as atividades preventivas;
c) seletividade e distributividade na presta-
e) participação da comunidade na gestão,
ção dos benefícios e serviços;
fiscalização e acompanhamento das ações e
d) irredutibilidade do valor dos benefícios; serviços de saúde;
e) eqüidade na forma de participação no f) participação da iniciativa privada na as-
custeio; sistência à saúde, obedecidos os preceitos
constitucionais.
f) diversidade da base de financiamento;

www.acasadoconcurseiro.com.br 73
TÍTULO III TÍTULO V
Da Previdência Social Da Organização Da Seguridade Social
Art. 3º A Previdência Social tem por fim assegu- Art. 5º As ações nas áreas de Saúde, Previdência
rar aos seus beneficiários meios indispensáveis Social e Assistência Social, conforme o disposto
de manutenção, por motivo de incapacidade, no Capítulo II do Título VIII da Constituição Fe-
idade avançada, tempo de serviço, desemprego deral, serão organizadas em Sistema Nacional
involuntário, encargos de família e reclusão ou de Seguridade Social, na forma desta Lei.
morte daqueles de quem dependiam economi-
camente. Art. 6º (Revogado pela Medida Provisória nº
2.216-37, de 2001).
Parágrafo único. A organização da Previ-
dência Social obedecerá aos seguintes prin- Art. 7º (Revogado pela Medida Provisória nº
cípios e diretrizes: 2.216-37, de 2001).

a) universalidade de participação nos pla- Art. 8º As propostas orçamentárias anuais ou


nos previdenciários, mediante contribuição; plurianuais da Seguridade Social serão elabora-
das por Comissão integrada por 3 (três) repre-
b) valor da renda mensal dos benefícios, sentantes, sendo 1 (um) da área da saúde, 1
substitutos do salário-de-contribuição ou (um) da área da previdência social e 1 (um) da
do rendimento do trabalho do segurado, área de assistência social.
não inferior ao do salário mínimo;
Art. 9º As áreas de Saúde, Previdência Social e
c) cálculo dos benefícios considerando-se os Assistência Social são objeto de leis específicas,
salários-de-contribuição, corrigidos mone- que regulamentarão sua organização e funcio-
tariamente; namento.
d) preservação do valor real dos benefícios;
e) previdência complementar facultativa, TÍTULO VI
custeada por contribuição adicional.
Do Financiamento
Da Seguridade Social
TÍTULO IV
INTRODUÇÃO
Da Assistência Social
Art. 10. A Seguridade Social será financiada por
Art. 4º A Assistência Social é a política social toda sociedade, de forma direta e indireta, nos
que provê o atendimento das necessidades bá- termos do art. 195 da Constituição Federal e
sicas, traduzidas em proteção à família, à mater- desta Lei, mediante recursos provenientes da
nidade, à infância, à adolescência, à velhice e à União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Mu-
pessoa portadora de deficiência, independente- nicípios e de contribuições sociais.
mente de contribuição à Seguridade Social.
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Se-
Parágrafo único. A organização da Assistên- guridade Social é composto das seguintes recei-
cia Social obedecerá às seguintes diretrizes: tas:
a) descentralização político-administrativa; I – receitas da União;
b) participação da população na formulação II – receitas das contribuições sociais;
e controle das ações em todos os níveis.

74 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

III – receitas de outras fontes. d) aquele que presta serviço no Brasil a mis-
são diplomática ou a repartição consular de
Parágrafo único. Constituem contribuições carreira estrangeira e a órgãos a ela subor-
sociais: dinados, ou a membros dessas missões e
a) as das empresas, incidentes sobre a re- repartições, excluídos o não-brasileiro sem
muneração paga ou creditada aos segura- residência permanente no Brasil e o brasi-
dos a seu serviço; (Vide art. 104 da lei nº leiro amparado pela legislação previdenciá-
11.196, de 2005) ria do país da respectiva missão diplomática
ou repartição consular;
b) as dos empregadores domésticos;
e) o brasileiro civil que trabalha para a
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o União, no exterior, em organismos oficiais
seu salário-de-contribuição; (Vide art. 104 brasileiros ou internacionais dos quais o
da lei nº 11.196, de 2005) Brasil seja membro efetivo, ainda que lá do-
miciliado e contratado, salvo se segurado na
d) as das empresas, incidentes sobre fatura-
forma da legislação vigente do país do do-
mento e lucro;
micílio;
e) as incidentes sobre a receita de concur-
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e
sos de prognósticos.
contratado no Brasil para trabalhar como
empregado em empresa domiciliada no ex-
terior, cuja maioria do capital votante per-
CAPÍTULO I tença a empresa brasileira de capital nacio-
DOS CONTRIBUINTES nal;

Seção I g) o servidor público ocupante de cargo em


comissão, sem vínculo efetivo com a União,
DOS SEGURADOS Autarquias, inclusive em regime especial, e
Art. 12. São segurados obrigatórios da Previ- Fundações Públicas Federais; (Alínea acres-
dência Social as seguintes pessoas físicas: centada pela Lei nº 8.647, de 13.4.93)

I – como empregado: h) (Execução suspensa pela Resolução do


Senado Federal nº 26, de 2005)
a) aquele que presta serviço de natureza
urbana ou rural à empresa, em caráter não i) o empregado de organismo oficial inter-
eventual, sob sua subordinação e mediante nacional ou estrangeiro em funcionamento
remuneração, inclusive como diretor em- no Brasil, salvo quando coberto por regime
pregado; próprio de previdência social; (Incluído pela
Lei nº 9.876, de 1999).
b) aquele que, contratado por empresa de
trabalho temporário, definida em legisla- j) o exercente de mandato eletivo federal,
ção específica, presta serviço para atender estadual ou municipal, desde que não vin-
a necessidade transitória de substituição de culado a regime próprio de previdência so-
pessoal regular e permanente ou a acrés- cial; (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004).
cimo extraordinário de serviços de outras II – como empregado doméstico: aquele
empresas; que presta serviço de natureza contínua
c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e a pessoa ou família, no âmbito residencial
contratado no Brasil para trabalhar como desta, em atividades sem fins lucrativos;
empregado em sucursal ou agência de em- III – (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999).
presa nacional no exterior;

www.acasadoconcurseiro.com.br 75
IV – (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999). cer atividade de direção condominial, desde
que recebam remuneração; (Incluído pela
V – como contribuinte individual: (Redação Lei nº 9.876, de 1999).
dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
g) quem presta serviço de natureza urba-
a) a pessoa física, proprietária ou não, que na ou rural, em caráter eventual, a uma ou
explora atividade agropecuária, a qualquer mais empresas, sem relação de emprego;
título, em caráter permanente ou temporá- (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
rio, em área superior a 4 (quatro) módulos
fiscais; ou, quando em área igual ou inferior h) a pessoa física que exerce, por conta pró-
a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pria, atividade econômica de natureza ur-
pesqueira, com auxílio de empregados ou bana, com fins lucrativos ou não; (Incluído
por intermédio de prepostos; ou ainda nas pela Lei nº 9.876, de 1999).
hipóteses dos §§ 10 e 11 deste artigo; (Re-
dação dada pela Lei nº 11.718, de 2008). VI – como trabalhador avulso: quem presta,
a diversas empresas, sem vínculo emprega-
b) a pessoa física, proprietária ou não, que tício, serviços de natureza urbana ou rural
explora atividade de extração mineral – ga- definidos no regulamento;
rimpo, em caráter permanente ou tempo-
rário, diretamente ou por intermédio de VII – como segurado especial: a pessoa físi-
prepostos, com ou sem o auxílio de empre- ca residente no imóvel rural ou em aglome-
gados, utilizados a qualquer título, ainda rado urbano ou rural próximo a ele que, in-
que de forma não contínua; (Redação dada dividualmente ou em regime de economia
pela Lei nº 9.876, de 1999). familiar, ainda que com o auxílio eventual
de terceiros a título de mútua colaboração,
c) o ministro de confissão religiosa e o na condição de: (Redação dada pela Lei nº
membro de instituto de vida consagrada, de 11.718, de 2008).
congregação ou de ordem religiosa; (Reda-
ção dada pela Lei nº 10.403, de 2002). a) produtor, seja proprietário, usufrutuário,
possuidor, assentado, parceiro ou meeiro
d) revogada;(Redação dada pela Lei nº outorgados, comodatário ou arrendatário
9.876, de 1999). rurais, que explore atividade: (Incluído pela
Lei nº 11.718, de 2008).
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior
para organismo oficial internacional do qual 1. agropecuária em área de até 4 (quatro)
o Brasil é membro efetivo, ainda que lá do- módulos fiscais; ou (Incluído pela Lei nº
miciliado e contratado, salvo quando cober- 11.718, de 2008).
to por regime próprio de previdência social;
(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). 2. de seringueiro ou extrativista vegetal que
exerça suas atividades nos termos do inciso
f) o titular de firma individual urbana ou ru- XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18
ral, o diretor não empregado e o membro de julho de 2000, e faça dessas atividades o
de conselho de administração de socieda- principal meio de vida; (Incluído pela Lei nº
de anônima, o sócio solidário, o sócio de 11.718, de 2008).
indústria, o sócio gerente e o sócio cotista
que recebam remuneração decorrente de b) pescador artesanal ou a este assemelha-
seu trabalho em empresa urbana ou rural, do, que faça da pesca profissão habitual ou
e o associado eleito para cargo de direção principal meio de vida; e (Incluído pela Lei
em cooperativa, associação ou entidade de nº 11.718, de 2008).
qualquer natureza ou finalidade, bem como c) cônjuge ou companheiro, bem como fi-
o síndico ou administrador eleito para exer- lho maior de 16 (dezesseis) anos de idade

76 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

ou a este equiparado, do segurado de que Distrital ou Municipal, sem vínculo efeti-


tratam as alíneas a e b deste inciso, que, vo com a União, Estados, Distrito Federal e
comprovadamente, trabalhem com o gru- Municípios, suas autarquias, ainda que em
po familiar respectivo. (Incluído pela Lei nº regime especial, e fundações. (Incluído pela
11.718, de 2008). Lei nº 9.876, de 1999).
§ 1º Entende-se como regime de econo- § 7º Para serem considerados segurados es-
mia familiar a atividade em que o trabalho peciais, o cônjuge ou companheiro e os fi-
dos membros da família é indispensável à lhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a
própria subsistência e ao desenvolvimento estes equiparados deverão ter participação
socioeconômico do núcleo familiar e é exer- ativa nas atividades rurais do grupo familiar.
cido em condições de mútua dependência (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
e colaboração, sem a utilização de empre-
gados permanentes. (Redação dada pela Lei § 8º O grupo familiar poderá utilizar-se de
nº 11.718, de 2008). empregados contratados por prazo deter-
minado ou trabalhador de que trata a alínea
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitan- g do inciso V do caput deste artigo, à razão
temente, mais de uma atividade remunera- de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas
da sujeita ao Regime Geral de Previdência por dia no ano civil, em períodos corridos
Social é obrigatoriamente filiado em relação ou intercalados ou, ainda, por tempo equi-
a cada uma delas. valente em horas de trabalho, não sendo
computado nesse prazo o período de afas-
§ 3º (Revogado):(Redação dada pela Lei nº tamento em decorrência da percepção de
11.718, de 2008). auxílio-doença. (Redação dada pela Lei nº
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
11.718, de 2008). § 9º Não descaracteriza a condição de segu-
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº rado especial: (Incluído pela Lei nº 11.718,
11.718, de 2008). de 2008).

§ 4º O aposentado pelo Regime Geral de I – a outorga, por meio de contrato escrito


Previdência Social-RGPS que estiver exer- de parceria, meação ou comodato, de até
cendo ou que voltar a exercer atividade 50% (cinqüenta por cento) de imóvel rural
abrangida por este Regime é segurado cuja área total não seja superior a 4 (qua-
obrigatório em relação a essa atividade, fi- tro) módulos fiscais, desde que outorgante
cando sujeito às contribuições de que trata e outorgado continuem a exercer a respec-
esta Lei, para fins de custeio da Seguridade tiva atividade, individualmente ou em regi-
Social. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº me de economia familiar; (Incluído pela Lei
9.032, de 28.4.95). nº 11.718, de 2008).

§ 5º O dirigente sindical mantém, durante II – a exploração da atividade turística da pro-


o exercício do mandato eletivo, o mesmo priedade rural, inclusive com hospedagem,
enquadramento no Regime Geral de Previ- por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao
dência Social-RGPS de antes da investidura. ano; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, III – a participação em plano de previdência
de 10.12.97) complementar instituído por entidade clas-
§ 6º Aplica-se o disposto na alínea g do in- sista a que seja associado, em razão da con-
ciso I do caput ao ocupante de cargo de dição de trabalhador rural ou de produtor ru-
Ministro de Estado, de Secretário Estadual, ral em regime de economia familiar;(Incluído
pela Lei nº 11.718, de 2008).

www.acasadoconcurseiro.com.br 77
IV – ser beneficiário ou fazer parte de gru- V – exercício de mandato de vereador do
po familiar que tem algum componente município onde desenvolve a atividade ru-
que seja beneficiário de programa assisten- ral, ou de dirigente de cooperativa rural
cial oficial de governo; (Incluído pela Lei nº constituída exclusivamente por segurados
11.718, de 2008). especiais, observado o disposto no § 13
deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, 2008).
na exploração da atividade, de processo de
beneficiamento ou industrialização artesa- VI – parceria ou meação outorgada na for-
nal, na forma do § 11 do art. 25 desta Lei; e ma e condições estabelecidas no inciso I
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). do § 9º deste artigo; (Incluído pela Lei nº
11.718, de 2008).
VI – a associação em cooperativa agrope-
cuária ou de crédito rural; e(Redação dada VII – atividade artesanal desenvolvida com
pela Lei nº 13.183, de 2015) matéria-prima produzida pelo respectivo
grupo familiar, podendo ser utilizada maté-
VII – a incidência do Imposto Sobre Produ- ria-prima de outra origem, desde que a ren-
tos Industrializados – IPI sobre o produto da mensal obtida na atividade não exceda
das atividades desenvolvidas nos termos ao menor benefício de prestação continua-
do § 14 deste artigo. (Incluído pela Lei nº da da Previdência Social; e (Incluído pela Lei
12.873, de 2013) (Produção de efeito) nº 11.718, de 2008).
§ 10. Não é segurado especial o membro de VIII – atividade artística, desde que em va-
grupo familiar que possuir outra fonte de lor mensal inferior ao menor benefício de
rendimento, exceto se decorrente de: (In- prestação continuada da Previdência Social.
cluído pela Lei nº 11.718, de 2008). (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
I – benefício de pensão por morte, auxílio- § 11. O segurado especial fica excluído des-
-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não sa categoria:(Incluído pela Lei nº 11.718, de
supere o do menor benefício de prestação 2008).
continuada da Previdência Social; (Incluído
pela Lei nº 11.718, de 2008). I – a contar do primeiro dia do mês em que:
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
II – benefício previdenciário pela participa-
ção em plano de previdência complementar a) deixar de satisfazer as condições estabe-
instituído nos termos do inciso IV do § 9º lecidas no inciso VII do caput deste artigo,
deste artigo;(Incluído pela Lei nº 11.718, de sem prejuízo do disposto no art. 15 da Lei
2008). nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ou exce-
der qualquer dos limites estabelecidos no
III – exercício de atividade remunerada em inciso I do § 9º deste artigo; (Incluído pela
período não superior a 120 (cento e vin- Lei nº 11.718, de 2008).
te) dias, corridos ou intercalados, no ano
civil, observado o disposto no § 13 deste b) enquadrar-se em qualquer outra catego-
artigo;(Redação dada pela Lei nº 12.873, de ria de segurado obrigatório do Regime Ge-
2013) ral de Previdência Social, ressalvado o dis-
posto nos incisos III, V, VII e VIII do § 10 e no
IV – exercício de mandato eletivo de diri- § 14 deste artigo, sem prejuízo do disposto
gente sindical de organização da categoria no art. 15 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de
de trabalhadores rurais; (Incluído pela Lei 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de
nº 11.718, de 2008). 2013)

78 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

c) tornar-se segurado obrigatório de outro previdenciária, desde que, mantido o exer-


regime previdenciário; e (Redação dada cício da sua atividade rural na forma do in-
pela Lei nº 12.873, de 2013) ciso VII do caput e do § 1º, a pessoa jurídica
componha-se apenas de segurados de igual
d) participar de sociedade empresária, de natureza e sedie-se no mesmo Município ou
sociedade simples, como empresário indivi- em Município limítrofe àquele em que eles
dual ou como titular de empresa individual desenvolvam suas atividades. (Incluído pela
de responsabilidade limitada em desacordo Lei nº 12.873, de 2013)(Produção de efeito)
com as limitações impostas pelo § 14 des-
te artigo; (Incluído pela Lei nº 12.873, de § 15. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.873,
2013)(Produção de efeito) de 2013) (Produção de efeito)
II – a contar do primeiro dia do mês subse- Art. 13. O servidor civil ocupante de cargo efeti-
qüente ao da ocorrência, quando o grupo vo ou o militar da União, dos Estados, do Distri-
familiar a que pertence exceder o limite de: to Federal ou dos Municípios, bem como o das
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008). respectivas autarquias e fundações, são excluí-
dos do Regime Geral de Previdência Social con-
a) utilização de trabalhadores nos termos substanciado nesta Lei, desde que amparados
do § 8º deste artigo;(Incluído pela Lei nº por regime próprio de previdência social. (Reda-
11.718, de 2008). ção dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
b) dias em atividade remunerada estabele- § 1º Caso o servidor ou o militar venham a
cidos no inciso III do § 10 deste artigo; e (In- exercer, concomitantemente, uma ou mais
cluído pela Lei nº 11.718, de 2008). atividades abrangidas pelo Regime Geral de
c) dias de hospedagem a que se refere o in- Previdência Social, tornar-se-ão segurados
ciso II do § 9º deste artigo. (Incluído pela Lei obrigatórios em relação a essas atividades.
nº 11.718, de 2008). (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).

§ 12. Aplica-se o disposto na alínea a do in- § 2º Caso o servidor ou o militar, ampara-


ciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou dos por regime próprio de previdência so-
companheiro do produtor que participe da cial, sejam requisitados para outro órgão
atividade rural por este explorada. (Incluído ou entidade cujo regime previdenciário não
pela Lei nº 11.718, de 2008). permita a filiação nessa condição, permane-
cerão vinculados ao regime de origem, obe-
§ 13. O disposto nos incisos III e V do § 10 decidas as regras que cada ente estabeleça
e no § 14 deste artigo não dispensa o reco- acerca de sua contribuição. (Incluído pela
lhimento da contribuição devida em relação Lei nº 9.876, de 1999).
ao exercício das atividades de que tratam os
referidos dispositivos. (Redação dada pela Art. 14. É segurado facultativo o maior de 14
Lei nº 12.873, de 2013) (quatorze) anos de idade que se filiar ao Regime
Geral de Previdência Social, mediante contribui-
§ 14. A participação do segurado especial ção, na forma do art. 21, desde que não incluído
em sociedade empresária, em sociedade nas disposições do art. 12.
simples, como empresário individual ou
como titular de empresa individual de res- Seção II
ponsabilidade limitada de objeto ou âmbi- DA EMPRESA E DO EMPREGADOR
to agrícola, agroindustrial ou agroturístico, DOMÉSTICO
considerada microempresa nos termos da
Lei Complementar no 123, de 14 de dezem- Art. 15. Considera-se:
bro de 2006, não o exclui de tal categoria

www.acasadoconcurseiro.com.br 79
I – empresa – a firma individual ou socie- único do art. 11 desta Lei poderão contribuir, a
dade que assume o risco de atividade eco- partir do exercício de 1992, para o financiamen-
nômica urbana ou rural, com fins lucrativos to das despesas com pessoal e administração
ou não, bem como os órgãos e entidades da geral apenas do Instituto Nacional do Seguro
administração pública direta, indireta e fun- Social-INSS, do Instituto Nacional de Assistência
dacional; Médica da Previdência Social-INAMPS, da Fun-
dação Legião Brasileira de Assistência-LBA e da
II – empregador doméstico – a pessoa ou fa- Fundação Centro Brasileira para Infância e Ado-
mília que admite a seu serviço, sem finalida- lescência.
de lucrativa, empregado doméstico.
Art. 19. O Tesouro Nacional repassará men-
Parágrafo único. Equiparam-se a empre- salmente recursos referentes às contribuições
sa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte mencionadas nas alíneas "d" e "e" do parágrafo
individual e a pessoa física na condição de único do art. 11 desta Lei, destinados à execu-
proprietário ou dono de obra de construção ção do Orçamento da Seguridade Social. (Reda-
civil, em relação a segurado que lhe presta ção dada pela Lei nº 9.711, de 1998).
serviço, bem como a cooperativa, a associa-
ção ou a entidade de qualquer natureza ou § 1º Decorridos os prazos referidos no caput
finalidade, a missão diplomática e a repar- deste artigo, as dotações a serem repassa-
tição consular de carreira estrangeiras. (Re- das sujeitar-se-ão a atualização monetária
dação dada pela Lei nº 13.202, de 2015) segundo os mesmos índices utilizados para
efeito de correção dos tributos da União.
§ 2º Os recursos oriundos da majoração
CAPÍTULO II das contribuições previstas nesta Lei ou da
criação de novas contribuições destinadas à
DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO
Seguridade Social somente poderão ser uti-
Art. 16. A contribuição da União é constituída lizados para atender as ações nas áreas de
de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fi- saúde, previdência e assistência social.
xados obrigatoriamente na lei orçamentária
anual.
Parágrafo único. A União é responsável pela CAPÍTULO III
cobertura de eventuais insuficiências finan- DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO
ceiras da Seguridade Social, quando decor-
rentes do pagamento de benefícios de pres- Seção I
tação continuada da Previdência Social, na DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS
forma da Lei Orçamentária Anual.
EMPREGADO, EMPREGADO
Art. 17. Para pagamento dos encargos previden- DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO
ciários da União, poderão contribuir os recursos
da Seguridade Social referidos na alínea "d" do Art. 20. A contribuição do empregado, inclusive
parágrafo único do art. 11 desta Lei, na forma o doméstico, e a do trabalhador avulso é calcu-
da Lei Orçamentária anual, assegurada a des- lada mediante a aplicação da correspondente
tinação de recursos para as ações desta Lei de alíquota sobre o seu salário-de-contribuição
Saúde e Assistência Social. (Redação dada pela mensal, de forma não cumulativa, observado
Lei nº 9.711, de 1998). o disposto no art. 28, de acordo com a seguin-
te tabela: (Redação dada pela Lei nº 9.032, de
Art. 18. Os recursos da Seguridade Social referi-
28.4.95) (Vide Lei Complementar nº 150, de
dos nas alíneas "a", "b", "c" e "d" do parágrafo
2015)

80 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Salário-de-contribuição Alíquota em % § 2º No caso de opção pela exclusão do di-


reito ao benefício de aposentadoria por
até 249,80 8,00 tempo de contribuição, a alíquota de con-
de 249,81 até 416,33 9,00 tribuição incidente sobre o limite mínimo
mensal do salário de contribuição será de:
de 416,34 até 832,66 11,00 (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
(Valores e alíquotas dados pela Lei nº 9.129,de 20.11.95) I – 11% (onze por cento), no caso do segu-
rado contribuinte individual, ressalvado o
§ 1º Os valores do salário-de-contribuição
disposto no inciso II, que trabalhe por conta
serão reajustados, a partir da data de en-
própria, sem relação de trabalho com em-
trada em vigor desta Lei, na mesma época
presa ou equiparado e do segurado facul-
e com os mesmos índices que os do reajus-
tativo, observado o disposto na alínea b do
tamento dos benefícios de prestação conti-
inciso II deste parágrafo; (Incluído pela Lei
nuada da Previdência Social.(Redação dada
nº 12.470, de 2011)
pela Lei nº 8.620, de 5.1.93)
II – 5% (cinco por cento): (Incluído pela Lei
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se tam-
nº 12.470, de 2011)
bém aos segurados empregados e trabalha-
dores avulsos que prestem serviços a micro- a) no caso do microempreendedor indivi-
empresas. (Parágrafo acrescentado pela Lei dual, de que trata o art. 18-A da Lei Com-
nº 8.620, de 5.1.93) plementar no 123, de 14 de dezembro de
2006; e (Incluído pela Lei nº 12.470, de
Seção II 2011) (Produção de efeito)
DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS
b) do segurado facultativo sem renda pró-
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E pria que se dedique exclusivamente ao
FACULTATIVO trabalho doméstico no âmbito de sua resi-
(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). dência, desde que pertencente a família de
baixa renda. (Incluído pela Lei nº 12.470, de
Art. 21. A alíquota de contribuição dos segura- 2011)
dos contribuinte individual e facultativo será de
vinte por cento sobre o respectivo salário-de- § 3º O segurado que tenha contribuído na
-contribuição. (Redação dada pela Lei nº 9.876, forma do § 2º deste artigo e pretenda con-
de 1999). tar o tempo de contribuição corresponden-
te para fins de obtenção da aposentadoria
I – revogado; (Redação dada pela Lei nº por tempo de contribuição ou da contagem
9.876, de 1999). recíproca do tempo de contribuição a que
se refere o art. 94 da Lei nº 8.213, de 24
II – revogado. (Redação dada pela Lei nº de julho de 1991, deverá complementar a
9.876, de 1999). contribuição mensal mediante recolhimen-
§ 1º Os valores do salário-de-contribuição to, sobre o valor correspondente ao limite
serão reajustados, a partir da data de en- mínimo mensal do salário-de-contribuição
trada em vigor desta Lei , na mesma época em vigor na competência a ser complemen-
e com os mesmos índices que os do reajus- tada, da diferença entre o percentual pago
tamento dos benefícios de prestação conti- e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos
nuada da Previdência Social. (Redação dada juros moratórios de que trata o § 3º do art.
pela Lei nº 9.711, de 1998). (Renumerado 5º da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de
pela Lei Complementar nº 123, de 2006). 1996. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de
2011) (Produção de efeito)

www.acasadoconcurseiro.com.br 81
§ 4º Considera-se de baixa renda, para os a) 1% (um por cento) para as empresas em
fins do disposto na alínea b do inciso II do § cuja atividade preponderante o risco de aci-
2º deste artigo, a família inscrita no Cadas- dentes do trabalho seja considerado leve;
tro Único para Programas Sociais do Gover-
no Federal – CadÚnico cuja renda mensal b) 2% (dois por cento) para as empresas
seja de até 2 (dois) salários mínimos. (Reda- em cuja atividade preponderante esse risco
ção dada pela Lei nº 12.470, de 2011) seja considerado médio;

§ 5º A contribuição complementar a que c) 3% (três por cento) para as empresas em


se refere o § 3º deste artigo será exigida a cuja atividade preponderante esse risco
qualquer tempo, sob pena de indeferimen- seja considerado grave.
to do benefício. (Incluído pela Lei nº 12.507, III – vinte por cento sobre o total das remune-
de 2011) rações pagas ou creditadas a qualquer título,
no decorrer do mês, aos segurados contri-
buintes individuais que lhe prestem serviços;
(Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
CAPÍTULO IV
DA CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA IV – (Execução suspensa pela Resolução do
Senado Federal nº 10, de 2016)
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, des-
§ 1º No caso de bancos comerciais, bancos
tinada à Seguridade Social, além do disposto no
de investimentos, bancos de desenvolvi-
art. 23, é de: 6
mento, caixas econômicas, sociedades de
I – vinte por cento sobre o total das remu- crédito, financiamento e investimento, so-
nerações pagas, devidas ou creditadas a ciedades de crédito imobiliário, sociedades
qualquer título, durante o mês, aos segu- corretoras, distribuidoras de títulos e valo-
rados empregados e trabalhadores avulsos res mobiliários, empresas de arrendamento
que lhe prestem serviços, destinadas a re- mercantil, cooperativas de crédito, empre-
tribuir o trabalho, qualquer que seja a sua sas de seguros privados e de capitalização,
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos ha- agentes autônomos de seguros privados e
bituais sob a forma de utilidades e os adian- de crédito e entidades de previdência pri-
tamentos decorrentes de reajuste salarial, vada abertas e fechadas, além das contri-
quer pelos serviços efetivamente prestados, buições referidas neste artigo e no art. 23,
quer pelo tempo à disposição do emprega- é devida a contribuição adicional de dois
dor ou tomador de serviços, nos termos da vírgula cinco por cento sobre a base de cál-
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção culo definida nos incisos I e III deste artigo.
ou acordo coletivo de trabalho ou sentença (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, (Vide Medida Provisória nº 2.158-35, de
de 1999). 2001).
II – para o financiamento do benefício pre- § 2º Não integram a remuneração as parce-
visto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de las de que trata o § 9º do art. 28.
24 de julho de 1991, e daqueles concedi-
§ 3º O Ministério do Trabalho e da Previdên-
dos em razão do grau de incidência de in-
cia Social poderá alterar, com base nas esta-
capacidade laborativa decorrente dos riscos
tísticas de acidentes do trabalho, apuradas
ambientais do trabalho, sobre o total das
em inspeção, o enquadramento de empresas
remunerações pagas ou creditadas, no de-
para efeito da contribuição a que se refere o
correr do mês, aos segurados empregados e
inciso II deste artigo, a fim de estimular in-
trabalhadores avulsos: (Redação dada pela
vestimentos em prevenção de acidentes.
Lei nº 9.732, de 1998).

82 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 4º O Poder Executivo estabelecerá, na for- reter e recolher o percentual de cinco por


ma da lei, ouvido o Conselho Nacional da cento da receita bruta decorrente do even-
Seguridade Social, mecanismos de estímulo to, inadmitida qualquer dedução, no prazo
às empresas que se utilizem de empregados estabelecido na alínea "b", inciso I, do art.
portadores de deficiências física, sensorial 30 desta Lei. (Parágrafo acrescentado pela
e/ou mental com desvio do padrão médio. Lei nº 9.528, de 10.12.97).
§ 5º (Revogado pela Lei nº 10.256, de 2001). § 10. Não se aplica o disposto nos §§ 6º ao
9º às demais associações desportivas, que
§ 6º A contribuição empresarial da associa- devem contribuir na forma dos incisos I e
ção desportiva que mantém equipe de fu- II deste artigo e do art. 23 desta Lei. (Pa-
tebol profissional destinada à Seguridade rágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de
Social, em substituição à prevista nos inci- 10.12.97).
sos I e II deste artigo, corresponde a cinco
por cento da receita bruta, decorrente dos § 11. O disposto nos §§ 6º ao 9º deste ar-
espetáculos desportivos de que participem tigo aplica-se à associação desportiva que
em todo território nacional em qualquer mantenha equipe de futebol profissional
modalidade desportiva, inclusive jogos in- e atividade econômica organizada para a
ternacionais, e de qualquer forma de pa- produção e circulação de bens e serviços e
trocínio, licenciamento de uso de marcas que se organize regularmente, segundo um
e símbolos, publicidade, propaganda e de dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092
transmissão de espetáculos desportivos. da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, – Código Civil. (Redação dada pela Lei nº
de 10.12.97). 11.345, de 2006).
§ 7º Caberá à entidade promotora do espe- § 11-A. O disposto no § 11 deste artigo apli-
táculo a responsabilidade de efetuar o des- ca-se apenas às atividades diretamente re-
conto de cinco por cento da receita bruta lacionadas com a manutenção e administra-
decorrente dos espetáculos desportivos e o ção de equipe profissional de futebol, não
respectivo recolhimento ao Instituto Nacio- se estendendo às outras atividades econô-
nal do Seguro Social, no prazo de até dois micas exercidas pelas referidas sociedades
dias úteis após a realização do evento. (Pa- empresariais beneficiárias. (Incluído pela
rágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de Lei nº 11.505, de 2007).
10.12.97).
§ 12. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.170,
§ 8º Caberá à associação desportiva que de 2000).
mantém equipe de futebol profissional in-
formar à entidade promotora do espetácu- § 13. Não se considera como remuneração
lo desportivo todas as receitas auferidas no direta ou indireta, para os efeitos desta Lei,
evento, discriminando-as detalhadamente. os valores despendidos pelas entidades re-
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, ligiosas e instituições de ensino vocacional
de 10.12.97). com ministro de confissão religiosa, mem-
bros de instituto de vida consagrada, de
§ 9º No caso de a associação desportiva que congregação ou de ordem religiosa em face
mantém equipe de futebol profissional re- do seu mister religioso ou para sua subsis-
ceber recursos de empresa ou entidade, a tência desde que fornecidos em condições
título de patrocínio, licenciamento de uso que independam da natureza e da quanti-
de marcas e símbolos, publicidade, propa- dade do trabalho executado. (Incluído pela
ganda e transmissão de espetáculos, esta Lei nº 10.170, de 2000).
última ficará com a responsabilidade de

www.acasadoconcurseiro.com.br 83
§ 14. Para efeito de interpretação do § 13 II – zero vírgula um por cento para o finan-
deste artigo:(Incluído pela Lei nº 13.137, de ciamento do benefício previsto nos arts. 57
2015) e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991,
e daqueles concedidos em razão do grau de
I – os critérios informadores dos valores incidência de incapacidade para o trabalho
despendidos pelas entidades religiosas e decorrente dos riscos ambientais da ativida-
instituições de ensino vocacional aos mi- de. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001).
nistros de confissão religiosa, membros de
vida consagrada, de congregação ou de or- § 1º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.256,
dem religiosa não são taxativos e sim exem- de 2001).
plificativos; (Incluído pela Lei nº 13.137, de
2015) § 2º O disposto neste artigo não se aplica às
operações relativas à prestação de serviços
II – os valores despendidos, ainda que pa- a terceiros, cujas contribuições previden-
gos de forma e montante diferenciados, em ciárias continuam sendo devidas na forma
pecúnia ou a título de ajuda de custo de do art. 22 desta Lei. (Incluído pela Lei nº
moradia, transporte, formação educacional, 10.256, de 2001).
vinculados exclusivamente à atividade reli-
giosa não configuram remuneração direta § 3º Na hipótese do § 2º, a receita bruta
ou indireta. (Incluído pela Lei nº 13.137, de correspondente aos serviços prestados a
2015) terceiros será excluída da base de cálculo da
contribuição de que trata o caput.(Incluído
§ 15. Na contratação de serviços de trans- pela Lei nº 10.256, de 2001).
porte rodoviário de carga ou de passageiro,
de serviços prestados com a utilização de § 4º O disposto neste artigo não se aplica às
trator, máquina de terraplenagem, colhei- sociedades cooperativas e às agroindústrias
tadeira e assemelhados, a base de cálculo de piscicultura, carcinicultura, suinocultura
da contribuição da empresa corresponde a e avicultura. (Incluído pela Lei nº 10.256, de
20% (vinte por cento) do valor da nota fis- 2001).
cal, fatura ou recibo, quando esses serviços § 5º O disposto no inciso I do art. 3º da Lei
forem prestados por condutor autônomo nº 8.315, de 23 de dezembro de 1991, não
de veículo rodoviário, auxiliar de condutor se aplica ao empregador de que trata este
autônomo de veículo rodoviário, bem como artigo, que contribuirá com o adicional de
por operador de máquinas. (Incluído pela zero vírgula vinte e cinco por cento da recei-
Lei nº 13.202, de 2015) ta bruta proveniente da comercialização da
Art. 22-A. A contribuição devida pela agroindús- produção, destinado ao Serviço Nacional de
tria, definida, para os efeitos desta Lei, como Aprendizagem Rural (SENAR). (Incluído pela
sendo o produtor rural pessoa jurídica cuja ati- Lei nº 10.256, de 2001).
vidade econômica seja a industrialização de § 6º Não se aplica o regime substitutivo de
produção própria ou de produção própria e ad- que trata este artigo à pessoa jurídica que,
quirida de terceiros, incidente sobre o valor da relativamente à atividade rural, se dedique
receita bruta proveniente da comercialização da apenas ao florestamento e reflorestamento
produção, em substituição às previstas nos inci- como fonte de matéria-prima para indus-
sos I e II do art. 22 desta Lei, é de:(Incluído pela trialização própria mediante a utilização de
Lei nº 10.256, de 2001). processo industrial que modifique a natu-
I – dois vírgula cinco por cento destinados reza química da madeira ou a transforme
à Seguridade Social; (Incluído pela Lei nº em pasta celulósica. (Incluído pela Lei nº
10.256, de 2001). 10.684, de 2003).

84 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 7º Aplica-se o disposto no § 6º ainda que CAPÍTULO V


a pessoa jurídica comercialize resíduos ve- DA CONTRIBUIÇÃO DO
getais ou sobras ou partes da produção,
desde que a receita bruta decorrente dessa EMPREGADOR DOMÉSTICO
comercialização represente menos de um Art. 24. A contribuição do empregador domésti-
por cento de sua receita bruta proveniente co incidente sobre o salário de contribuição do
da comercialização da produção. (Incluído empregado doméstico a seu serviço é de: (Re-
pela Lei nº 10.684, de 2003). dação dada pela Lei nº 13.202, de 2015)
Art. 22B. As contribuições de que tratam os inci- I – 8% (oito por cento); e (Incluído pela Lei
sos I e II do art. 22 desta Lei são substituídas, em nº 13.202, de 2015)
relação à remuneração paga, devida ou credita-
da ao trabalhador rural contratado pelo consór- II – 0,8% (oito décimos por cento) para o
cio simplificado de produtores rurais de que tra- financiamento do seguro contra acidentes
ta o art. 25A, pela contribuição dos respectivos de trabalho.(Incluído pela Lei nº 13.202, de
produtores rurais, calculada na forma do art. 25 2015)
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001).
Parágrafo único. Presentes os elementos da
Art. 23. As contribuições a cargo da empresa relação de emprego doméstico, o empre-
provenientes do faturamento e do lucro, desti- gador doméstico não poderá contratar mi-
nadas à Seguridade Social, além do disposto no croempreendedor individual de que trata o
art. 22, são calculadas mediante a aplicação das art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de
seguintes alíquotas: 14 de dezembro de 2006, sob pena de ficar
sujeito a todas as obrigações dela decorren-
I – 2% (dois por cento) sobre sua receita tes, inclusive trabalhistas, tributárias e pre-
bruta, estabelecida segundo o disposto no videnciárias.(Incluído pela Lei nº 12.470, de
§ 1º do art. 1º do Decreto-lei nº 1.940, de 2011)
25 de maio de 1982, com a redação dada
pelo art. 22, do Decreto-lei nº 2.397, de 21
de dezembro de 1987, e alterações poste-
riores; 9 CAPÍTULO VI
II – 10% (dez por cento) sobre o lucro líqui- DA CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR
do do período-base, antes da provisão para RURAL E DO PESCADOR
o Imposto de Renda, ajustado na forma do (Alterado pela Lei nº 8.398, de 7.1.92)
art. 2º da Lei nº 8.034, de 12 de abril de
1990. 10 Art. 25. A contribuição do empregador rural
pessoa física, em substituição à contribuição
§ 1º No caso das instituições citadas no § de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do
1º do art. 22 desta Lei, a alíquota da contri- segurado especial, referidos, respectivamente,
buição prevista no inciso II é de 15% (quinze na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12
por cento). 11 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica às (Redação dada pela Lei nº 10.256, de 2001).
pessoas de que trata o art. 25. I – 1,2% (um inteiro e dois décimos por cen-
to) da receita bruta proveniente da comer-
cialização da sua produção; (Redação dada
pela Lei nº 13.606, de 2018) (Produção de
efeito)

www.acasadoconcurseiro.com.br 85
II – (Execução suspensa pela Resolução do I – 1,2% (um inteiro e dois décimos por cen-
Senado Federal nº 15, de 2017) to) da receita bruta proveniente da comer-
cialização da sua produção; (Redação dada
§ 1º O segurado especial de que trata este pela Lei nº 13.606, de 2018)
artigo, além da contribuição obrigatória re-
ferida no caput, poderá contribuir, facultati- II – da comercialização de artigos de artesa-
vamente, na forma do art. 21 desta Lei.(Re- nato de que trata o inciso VII do § 10 do art.
dação dada pela Lei nº 8.540, de 22.12.92) 12 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 11.718, de
2008).
§ 2º A pessoa física de que trata a alínea "a"
do inciso V do art. 12 contribui, também, III – de serviços prestados, de equipamen-
obrigatoriamente, na forma do art. 21 des- tos utilizados e de produtos comercializados
ta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.540, de no imóvel rural, desde que em atividades
22.12.92) turística e de entretenimento desenvolvidas
no próprio imóvel, inclusive hospedagem,
§ 3º Integram a produção, para os efeitos alimentação, recepção, recreação e ativida-
deste artigo, os produtos de origem ani- des pedagógicas, bem como taxa de visita-
mal ou vegetal, em estado natural ou sub- ção e serviços especiais; (Incluído pela Lei
metidos a processos de beneficiamento ou nº 11.718, de 2008).
industrialização rudimentar, assim compre-
endidos, entre outros, os processos de la- IV – do valor de mercado da produção rural
vagem, limpeza, descaroçamento, pilagem, dada em pagamento ou que tiver sido tro-
descascamento, lenhamento, pasteuriza- cada por outra, qualquer que seja o motivo
ção, resfriamento, secagem, fermentação, ou finalidade; e (Incluído pela Lei nº 11.718,
embalagem, cristalização, fundição, carvo- de 2008).
ejamento, cozimento, destilação, moagem,
torrefação, bem como os subprodutos e os V – de atividade artística de que trata o inci-
resíduos obtidos através desses processos. so VIII do § 10 do art. 12 desta Lei. (Incluído
(Parágrafo acrescentado pela Lei n º 8.540, pela Lei nº 11.718, de 2008).
de 22.12.92) § 11. Considera-se processo de beneficia-
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº mento ou industrialização artesanal aquele
11.718, de 2008). realizado diretamente pelo próprio produ-
tor rural pessoa física, desde que não esteja
§ 5º(VETADO na Lei nº 8.540, de 22.12.92) sujeito à incidência do Imposto Sobre Pro-
dutos Industrializados – IPI. (Incluído pela
§ 6º (Revogado pela Lei nº 10.256, de 2001). Lei nº 11.718, de 2008).
§ 7º (Revogado pela Lei nº 10.256, de 2001). § 12. Não integra a base de cálculo da con-
§ 8º (Revogado pela Lei nº 10.256, de 2001). tribuição de que trata o caput deste artigo
a produção rural destinada ao plantio ou
§ 9º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.256, reflorestamento, nem o produto animal
de 2001). destinado à reprodução ou criação pecuá-
ria ou granjeira e à utilização como cobaia
§ 10. Integra a receita bruta de que trata
para fins de pesquisas científicas, quando
este artigo, além dos valores decorrentes
vendido pelo próprio produtor e por quem
da comercialização da produção relativa aos
a utilize diretamente com essas finalidades
produtos a que se refere o § 3º deste artigo,
e, no caso de produto vegetal, por pessoa
a receita proveniente:(Incluído pela Lei nº
ou entidade registrada no Ministério da
11.718, de 2008).
Agricultura, Pecuária e Abastecimento que
se dedique ao comércio de sementes e mu-

86 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

das no País.(Incluído pela Lei nº 13.606, de CAPÍTULO VII


2018) (Produção de efeito) DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA
§ 13. O produtor rural pessoa física poderá DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS
optar por contribuir na forma prevista no
caput deste artigo ou na forma dos incisos Art. 26. Constitui receita da Seguridade Social a
I e II do caput do art. 22 desta Lei, manifes- contribuição social sobre a receita de concursos
tando sua opção mediante o pagamento da de prognósticos a que se refere o inciso III do ca-
contribuição incidente sobre a folha de salá- put do art. 195 da Constituição. (Redação dada
rios relativa a janeiro de cada ano, ou à pri- pela Medida Provisória nº 841, de 2018)
meira competência subsequente ao início § 1º O produto da arrecadação da contri-
da atividade rural, e será irretratável para buição será destinado ao financiamento da
todo o ano-calendário. (Incluído pela Lei nº Seguridade Social. (Redação dada pela Me-
13.606, de 2018) dida Provisória nº 841, de 2018)
Art. 25-A. Equipara-se ao empregador rural pes- § 2º A base de cálculo da contribuição equi-
soa física o consórcio simplificado de produto- vale à receita auferida nos concursos de
res rurais, formado pela união de produtores prognósticos, sorteios e loterias. (Redação
rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles dada pela Medida Provisória nº 841, de
poderes para contratar, gerir e demitir trabalha- 2018)
dores para prestação de serviços, exclusivamen-
te, aos seus integrantes, mediante documento § 3º A alíquota da contribuição corresponde
registrado em cartório de títulos e documentos. ao percentual vinculado à Seguridade So-
(Incluído pela Lei nº 10.256, de 2001). cial em cada modalidade lotérica, conforme
previsto em lei. (Redação dada pela Medida
§ 1º O documento de que trata o caput Provisória nº 841, de 2018)
deverá conter a identificação de cada pro-
dutor, seu endereço pessoal e o de sua
propriedade rural, bem como o respectivo
registro no Instituto Nacional de Coloniza- CAPÍTULO VIII
ção e Reforma Agrária – INCRA ou informa-
DAS OUTRAS RECEITAS
ções relativas a parceria, arrendamento ou
equivalente e a matrícula no Instituto Na- Art. 27. Constituem outras receitas da Segurida-
cional do Seguro Social – INSS de cada um de Social:
dos produtores rurais. (Incluído pela Lei nº
10.256, de 2001). I – as multas, a atualização monetária e os
juros moratórios;
§ 2º O consórcio deverá ser matriculado
no INSS em nome do empregador a quem II – a remuneração recebida por serviços de
hajam sido outorgados os poderes, na for- arrecadação, fiscalização e cobrança presta-
ma do regulamento. (Incluído pela Lei nº dos a terceiros;
10.256, de 2001).
III – as receitas provenientes de prestação
§ 3º Os produtores rurais integrantes do de outros serviços e de fornecimento ou ar-
consórcio de que trata o caput serão res- rendamento de bens;
ponsáveis solidários em relação às obriga-
IV – as demais receitas patrimoniais, indus-
ções previdenciárias. (Incluído pela Lei nº
triais e financeiras;
10.256, de 2001).
V – as doações, legados, subvenções e ou-
§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.256,
tras receitas eventuais;
de 2001).

www.acasadoconcurseiro.com.br 87
VI – 50% (cinqüenta por cento) dos valores a serem estabelecidas em regulamento
obtidos e aplicados na forma do parágrafo para comprovação do vínculo empregatício
único do art. 243 da Constituição Federal; e do valor da remuneração;
VII – 40% (quarenta por cento) do resultado III – para o contribuinte individual: a remu-
dos leilões dos bens apreendidos pelo De- neração auferida em uma ou mais empre-
partamento da Receita Federal; sas ou pelo exercício de sua atividade por
conta própria, durante o mês, observado o
VIII – outras receitas previstas em legislação limite máximo a que se refere o § 5º; (Reda-
específica. ção dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
Parágrafo único. As companhias segurado- IV – para o segurado facultativo: o valor por
ras que mantêm o seguro obrigatório de ele declarado, observado o limite máximo
danos pessoais causados por veículos au- a que se refere o § 5º. (Incluído pela Lei nº
tomotores de vias terrestres, de que trata a 9.876, de 1999).
Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deve-
rão repassar à Seguridade Social 50% (cin- § 1º Quando a admissão, a dispensa, o afas-
qüenta por cento) do valor total do prêmio tamento ou a falta do empregado ocorrer
recolhido e destinado ao Sistema Único de no curso do mês, o salário-de-contribuição
Saúde-SUS, para custeio da assistência mé- será proporcional ao número de dias de tra-
dico-hospitalar dos segurados vitimados em balho efetivo, na forma estabelecida em re-
acidentes de trânsito. gulamento.
§ 2º O salário-maternidade é considerado
salário-de-contribuição.
CAPÍTULO IX § 3º O limite mínimo do salário-de-contri-
DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO buição corresponde ao piso salarial, legal
ou normativo, da categoria ou, inexistin-
Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: do este, ao salário mínimo, tomado no seu
I – para o empregado e trabalhador avulso: valor mensal, diário ou horário, conforme
a remuneração auferida em uma ou mais o ajustado e o tempo de trabalho efetivo
empresas, assim entendida a totalidade dos durante o mês. (Redação dada pela Lei nº
rendimentos pagos, devidos ou creditados a 9.528, de 10.12.97)
qualquer título, durante o mês, destinados a § 4º O limite mínimo do salário-de-contri-
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua buição do menor aprendiz corresponde à
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habi- sua remuneração mínima definida em lei.
tuais sob a forma de utilidades e os adian-
tamentos decorrentes de reajuste salarial, § 5º O limite máximo do salário-de-contri-
quer pelos serviços efetivamente prestados, buição é de Cr$ 170.000,00 (cento e setenta
quer pelo tempo à disposição do emprega- mil cruzeiros), reajustado a partir da data
dor ou tomador de serviços nos termos da da entrada em vigor desta Lei, na mesma
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção época e com os mesmos índices que os do
ou acordo coletivo de trabalho ou sentença reajustamento dos benefícios de prestação
normativa; (Redação dada pela Lei nº 9.528, continuada da Previdência Social. 12
de 10.12.97)
§ 6º No prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
II – para o empregado doméstico: a remu- a contar da data de publicação desta Lei, o
neração registrada na Carteira de Trabalho Poder Executivo encaminhará ao Congresso
e Previdência Social, observadas as normas Nacional projeto de lei estabelecendo a pre-

88 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

vidência complementar, pública e privada, 1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das


em especial para os que possam contribuir Disposições Constitucionais Transitórias;
acima do limite máximo estipulado no pará-
grafo anterior deste artigo. 2. relativas à indenização por tempo de ser-
viço, anterior a 5 de outubro de 1988, do
§ 7º O décimo-terceiro salário (gratificação empregado não optante pelo Fundo de Ga-
natalina) integra o salário-de-contribuição, rantia do Tempo de Serviço-FGTS;
exceto para o cálculo de benefício, na for-
ma estabelecida em regulamento. (Redação 3. recebidas a título da indenização de que
dada pela Lei nº 8.870, de 15.4.94) trata o art. 479 da CLT;

§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 4. recebidas a título da indenização de que


13.467, de 2017) trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho
de 1973;
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017) 5. recebidas a título de incentivo à demis-
são;
b) (VETADA na Lei nº 9.528, de 10.12.97).
6. recebidas a título de abono de férias na
c) (Revogado pela Lei nº 9.711, de 1998). forma dos arts. 143 e 144 da CLT;(Redação
dada pela Lei nº 9.711, de 1998).
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição
para os fins desta Lei, exclusivamente: (Re- 7. recebidas a título de ganhos eventuais e
dação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97) os abonos expressamente desvinculados do
salário;(Redação dada pela Lei nº 9.711, de
a) os benefícios da previdência social, nos 1998).
termos e limites legais, salvo o salário-ma-
ternidade; (Redação dada pela Lei nº 9.528, 8. recebidas a título de licença-prêmio inde-
de 10.12.97). nizada; (Redação dada pela Lei nº 9.711, de
1998).
b) as ajudas de custo e o adicional mensal
recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei 9. recebidas a título da indenização de que
nº 5.929, de 30 de outubro de 1973; trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de ou-
tubro de 1984; (Redação dada pela Lei nº
c) a parcela "in natura" recebida de acordo 9.711, de 1998).
com os programas de alimentação aprova-
dos pelo Ministério do Trabalho e da Previ- f) a parcela recebida a título de vale-trans-
dência Social, nos termos da Lei nº 6.321, porte, na forma da legislação própria;
de 14 de abril de 1976;
g) a ajuda de custo, em parcela única, rece-
d) as importâncias recebidas a título de fé- bida exclusivamente em decorrência de mu-
rias indenizadas e respectivo adicional cons- dança de local de trabalho do empregado,
titucional, inclusive o valor correspondente na forma do art. 470 da CLT; (Redação dada
à dobra da remuneração de férias de que pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
trata o art. 137 da Consolidação das Leis
do Trabalho-CLT; (Redação dada pela Lei nº h) as diárias para viagens; (Redação dada
9.528, de 10.12.97). pela Lei nº 13.467, de 2017)

e) as importâncias:(Alínea alterada e itens i) a importância recebida a título de bolsa


de 1 a 5 acrescentados pela Lei nº 9.528, de de complementação educacional de esta-
10.12.97 giário, quando paga nos termos da Lei nº
6.494, de 7 de dezembro de 1977;

www.acasadoconcurseiro.com.br 89
j) a participação nos lucros ou resultados r) o valor correspondente a vestuários,
da empresa, quando paga ou creditada de equipamentos e outros acessórios forneci-
acordo com lei específica; dos ao empregado e utilizados no local do
trabalho para prestação dos respectivos
l) o abono do Programa de Integração So- serviços;(Alínea acrescentada pela Lei nº
cial-PIS e do Programa de Assistência ao 9.528, de 10.12.97)
Servidor Público-PASEP;(Alínea acrescenta-
da pela Lei nº 9.528, de 10.12.97) s) o ressarcimento de despesas pelo uso de
veículo do empregado e o reembolso cre-
m) os valores correspondentes a transpor- che pago em conformidade com a legisla-
te, alimentação e habitação fornecidos pela ção trabalhista, observado o limite máximo
empresa ao empregado contratado para de seis anos de idade, quando devidamente
trabalhar em localidade distante da de sua comprovadas as despesas realizadas; (Alínea
residência, em canteiro de obras ou local acrescentada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
que, por força da atividade, exija desloca-
mento e estada, observadas as normas de t) o valor relativo a plano educacional, ou
proteção estabelecidas pelo Ministério do bolsa de estudo, que vise à educação básica
Trabalho; (Alínea acrescentada pela Lei nº de empregados e seus dependentes e, des-
9.528, de 10.12.97) de que vinculada às atividades desenvolvi-
das pela empresa, à educação profissional e
n) a importância paga ao empregado a título tecnológica de empregados, nos termos da
de complementação ao valor do auxílio-do- Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e:
ença, desde que este direito seja extensivo (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)
à totalidade dos empregados da empresa;
(Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, de 1. não seja utilizado em substituição de par-
10.12.97) cela salarial; e (Incluído pela Lei nº 12.513,
de 2011)
o) as parcelas destinadas à assistência ao
trabalhador da agroindústria canavieira, de 2. o valor mensal do plano educacional ou
que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de bolsa de estudo, considerado individual-
dezembro de 1965; (Alínea acrescentada mente, não ultrapasse 5% (cinco por cen-
pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). to) da remuneração do segurado a que se
destina ou o valor correspondente a uma
p) o valor das contribuições efetivamente vez e meia o valor do limite mínimo mensal
pago pela pessoa jurídica relativo a progra- do salário-de-contribuição, o que for maior;
ma de previdência complementar, aberto (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)
ou fechado, desde que disponível à totalida-
de de seus empregados e dirigentes, obser- u) a importância recebida a título de bolsa
vados, no que couber, os arts. 9º e 468 da de aprendizagem garantida ao adolescente
CLT; (Alínea acrescentada pela Lei nº 9.528, até quatorze anos de idade, de acordo com
de 10.12.97) o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13
de julho de 1990; (Alínea acrescentada pela
q) o valor relativo à assistência prestada por Lei nº 9.528, de 10.12.97)
serviço médico ou odontológico, próprio da
empresa ou por ela conveniado, inclusive o v) os valores recebidos em decorrência da
reembolso de despesas com medicamen- cessão de direitos autorais; (Alínea acres-
tos, óculos, aparelhos ortopédicos, próte- centada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
ses, órteses, despesas médico-hospitalares
e outras similares; (Redação dada pela Lei x) o valor da multa prevista no § 8º do art.
nº 13.467, de 2017) 477 da CLT. (Alínea acrescentada pela Lei nº
9.528, de 10.12.97)

90 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

y) o valor correspondente ao vale-cultura. a que se refere o inciso IV do art. 22 desta


(Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012) Lei, assim como as contribuições a seu car-
go incidentes sobre as remunerações pagas,
z) os prêmios e os abonos. (Incluído pela Lei devidas ou creditadas, a qualquer título, aos
nº 13.467, de 2017) segurados empregados, trabalhadores avul-
§ 10. Considera-se salário-de-contribuição, sos e contribuintes individuais a seu serviço
para o segurado empregado e trabalhador até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao
avulso, na condição prevista no § 5º do art. da competência; (Redação dada pela Lei nº
12, a remuneração efetivamente auferida 11.933, de 2009). (Produção de efeitos).
na entidade sindical ou empresa de origem. c) recolher as contribuições de que tratam
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, os incisos I e II do art. 23, na forma e prazos
de 10.12.97) definidos pela legislação tributária federal
§ 11. Considera-se remuneração do contri- vigente;
buinte individual que trabalha como condu- II – os segurados contribuinte individual e
tor autônomo de veículo rodoviário, como facultativo estão obrigados a recolher sua
auxiliar de condutor autônomo de veículo contribuição por iniciativa própria, até o dia
rodoviário, em automóvel cedido em regi- quinze do mês seguinte ao da competência;
me de colaboração, nos termos da Lei nº (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
6.094, de 30 de agosto de 1974, como ope-
rador de trator, máquina de terraplenagem, III – a empresa adquirente, consumidora ou
colheitadeira e assemelhados, o montante consignatária ou a cooperativa são obriga-
correspondente a 20% (vinte por cento) do das a recolher a contribuição de que trata
valor bruto do frete, carreto, transporte de o art. 25 até o dia 20 (vinte) do mês subse-
passageiros ou do serviço prestado, obser- quente ao da operação de venda ou consig-
vado o limite máximo a que se refere o § 5º. nação da produção, independentemente de
(Incluído pela Lei nº 13.202, de 2015) essas operações terem sido realizadas dire-
tamente com o produtor ou com interme-
Art. 29. (Revogado pela Lei nº 9.876, de 1999). diário pessoa física, na forma estabelecida
em regulamento; (Redação dada pela Lei nº
11.933, de 2009). (Produção de efeitos).
CAPÍTULO X
IV – (Execução suspensa pela Resolução do
DA ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO
Senado Federal nº 15, de 2017)
DAS CONTRIBUIÇÕES
V – o empregador doméstico é obrigado
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das a arrecadar e a recolher a contribuição do
contribuições ou de outras importâncias devi- segurado empregado a seu serviço, assim
das à Seguridade Social obedecem às seguintes como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do
normas: (Redação dada pela Lei nº 8.620, de mês seguinte ao da competência; (Reda-
5.1.93) ção dada pela Lei Complementar nº 150, de
2015)
I – a empresa é obrigada a:
VI – o proprietário, o incorporador defini-
a) arrecadar as contribuições dos segurados
do na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de
empregados e trabalhadores avulsos a seu
1964, o dono da obra ou condômino da uni-
serviço, descontando-as da respectiva re-
dade imobiliária, qualquer que seja a forma
muneração;
de contratação da construção, reforma ou
b) recolher os valores arrecadados na for- acréscimo, são solidários com o construtor,
ma da alínea a deste inciso, a contribuição e estes com a subempreiteira, pelo cumpri-

www.acasadoconcurseiro.com.br 91
mento das obrigações para com a Segurida- XI – aplica-se o disposto nos incisos III e IV
de Social, ressalvado o seu direito regressi- deste artigo à pessoa física não produtor
vo contra o executor ou contratante da obra rural que adquire produção para venda no
e admitida a retenção de importância a este varejo a consumidor pessoa física. (Incluído
devida para garantia do cumprimento des- pela Lei 9.528, de 10.12.97)
sas obrigações, não se aplicando, em qual-
quer hipótese, o benefício de ordem; (Reda- § 1º (Revogado pela Lei nº 9.032, de
ção dada pela Lei 9.528, de 10.12.97) 28.4.95)

VII – exclui-se da responsabilidade solidária § 2º Se não houver expediente bancário nas


perante a Seguridade Social o adquirente de datas indicadas na alínea b do inciso I e nos
prédio ou unidade imobiliária que realizar a incisos II, III, IV e X, o recolhimento deverá
operação com empresa de comercialização ser efetuado até o dia útil imediatamente
ou incorporador de imóveis, ficando estes anterior. (Parágrafo acrescentado pela Lei
solidariamente responsáveis com o constru- nº 8.620, de 5.1.93.
tor; § 3º Aplica-se à entidade sindical e à em-
VIII – nenhuma contribuição à Seguridade presa de origem o disposto nas alíneas "a"
Social é devida se a construção residencial e "b" do inciso I, relativamente à remunera-
unifamiliar, destinada ao uso próprio, de ção do segurado referido no § 5º do art. 12.
tipo econômico, for executada sem mão-de- (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997).
-obra assalariada, observadas as exigências XII – sem prejuízo do disposto no inciso X do
do regulamento; caput deste artigo, o produtor rural pessoa
IX – as empresas que integram grupo eco- física e o segurado especial são obrigados
nômico de qualquer natureza respondem a recolher, diretamente, a contribuição in-
entre si, solidariamente, pelas obrigações cidente sobre a receita bruta proveniente:
decorrentes desta Lei; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).

X – a pessoa física de que trata a alínea "a" a) da comercialização de artigos de artesa-


do inciso V do art. 12 e o segurado especial nato elaborados com matéria-prima produ-
são obrigados a recolher a contribuição de zida pelo respectivo grupo familiar; (Incluí-
que trata o art. 25 desta Lei no prazo esta- do pela Lei nº 11.718, de 2008).
belecido no inciso III deste artigo, caso co- b) de comercialização de artesanato ou do
mercializem a sua produção: (Redação dada exercício de atividade artística, observado o
pela Lei 9.528, de 10.12.97) disposto nos incisos VII e VIII do § 10 do art.
a) no exterior; (Incluído pela Lei 9.528, de 12 desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 11.718,
10.12.97) de 2008).

b) diretamente, no varejo, ao consumidor c) de serviços prestados, de equipamentos


pessoa física; (Incluído pela Lei 9.528, de utilizados e de produtos comercializados no
10.12.97) imóvel rural, desde que em atividades turís-
tica e de entretenimento desenvolvidas no
c) à pessoa física de que trata a alínea "a" do próprio imóvel, inclusive hospedagem, ali-
inciso V do art. 12; (Incluído pela Lei 9.528, mentação, recepção, recreação e atividades
de 10.12.97) pedagógicas, bem como taxa de visitação
e serviços especiais; (Incluído pela Lei nº
d) ao segurado especial; (Incluído pela Lei 11.718, de 2008).
9.528, de 10.12.97)

92 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

XIII – o segurado especial é obrigado a ar- da mercadoria, para fins de comprovação


recadar a contribuição de trabalhadores a da operação e da respectiva contribuição
seu serviço e a recolhê-la no prazo referido previdenciária. (Incluído pela Lei nº 11.718,
na alínea b do inciso I do caput deste artigo. de 2008).
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
§ 8º Quando o grupo familiar a que o segu-
§ 1º Revogado pela Lei nº 9.032, de 28.4.95. rado especial estiver vinculado não tiver ob-
tido, no ano, por qualquer motivo, receita
§ 2º Se não houver expediente bancário nas proveniente de comercialização de produ-
datas indicadas: (Redação dada pela Lei nº ção deverá comunicar a ocorrência à Pre-
11.933, de 2009). (Produção de efeitos). vidência Social, na forma do regulamento.
I – no inciso II do caput, o recolhimento de- (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
verá ser efetuado até o dia útil imediata- § 9º Quando o segurado especial tiver co-
mente posterior; e (Redação dada pela Lei mercializado sua produção do ano anterior
nº 13.202, de 2015) exclusivamente com empresa adquirente,
II – na alínea b do inciso I e nos incisos III, consignatária ou cooperativa, tal fato deve-
V, X e XIII do caput, até o dia útil imediata- rá ser comunicado à Previdência Social pelo
mente anterior. (Redação dada pela Lei nº respectivo grupo familiar. (Incluído pela Lei
13.202, de 2015) nº 11.718, de 2008).

§ 3º Aplica-se à entidade sindical e à em- Art. 31. A empresa contratante de serviços exe-
presa de origem o disposto nas alíneas "a" cutados mediante cessão de mão de obra, inclu-
e "b" do inciso I, relativamente à remunera- sive em regime de trabalho temporário, deverá
ção do segurado referido no § 5º do art. 12. reter 11% (onze por cento) do valor bruto da
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e
de 10.12.97). recolher, em nome da empresa cedente da mão
de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte)
§ 4º Na hipótese de o contribuinte individu- do mês subsequente ao da emissão da respec-
al prestar serviço a uma ou mais empresas, tiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil ime-
poderá deduzir, da sua contribuição mensal, diatamente anterior se não houver expediente
quarenta e cinco por cento da contribuição bancário naquele dia, observado o disposto no
da empresa, efetivamente recolhida ou de- § 5º do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei
clarada, incidente sobre a remuneração que nº 11.933, de 2009). (Produção de efeitos).
esta lhe tenha pago ou creditado, limitada
a dedução a nove por cento do respectivo § 1º O valor retido de que trata o caput des-
salário-de-contribuição. (Incluído pela Lei te artigo, que deverá ser destacado na nota
nº 9.876, de 1999). fiscal ou fatura de prestação de serviços,
poderá ser compensado por qualquer esta-
§ 5º Aplica-se o disposto no § 4º ao coo- belecimento da empresa cedente da mão
perado que prestar serviço a empresa por de obra, por ocasião do recolhimento das
intermédio de cooperativa de trabalho. (In- contribuições destinadas à Seguridade So-
cluído pela Lei nº 9.876, de 1999). cial devidas sobre a folha de pagamento dos
seus segurados. (Redação dada pela Lei nº
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
13.202, de 2015)
§ 2º Na impossibilidade de haver compen-
§ 7º A empresa ou cooperativa adquirente, sação integral na forma do parágrafo an-
consumidora ou consignatária da produção terior, o saldo remanescente será objeto
fica obrigada a fornecer ao segurado espe- de restituição. (Redação dada pela Lei nº
cial cópia do documento fiscal de entrada 9.711, de 1998).

www.acasadoconcurseiro.com.br 93
§ 3º Para os fins desta Lei, entende-se como II – lançar mensalmente em títulos próprios
cessão de mão-de-obra a colocação à dispo- de sua contabilidade, de forma discrimina-
sição do contratante, em suas dependên- da, os fatos geradores de todas as contri-
cias ou nas de terceiros, de segurados que buições, o montante das quantias desconta-
realizem serviços contínuos, relacionados das, as contribuições da empresa e os totais
ou não com a atividade-fim da empresa, recolhidos;
quaisquer que sejam a natureza e a forma
de contratação. (Redação dada pela Lei nº III – prestar à Secretaria da Receita Federal
9.711, de 1998). do Brasil todas as informações cadastrais, fi-
nanceiras e contábeis de seu interesse, na
§ 4º Enquadram-se na situação prevista no forma por ela estabelecida, bem como os
parágrafo anterior, além de outros estabe- esclarecimentos necessários à fiscalização;
lecidos em regulamento, os seguintes ser- (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
viços: (Redação dada pela Lei nº 9.711, de
1998). IV – declarar à Secretaria da Receita Federal
do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo
I – limpeza, conservação e zeladoria; (Incluí- de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na
do pela Lei nº 9.711, de 1998). forma, prazo e condições estabelecidos por
esses órgãos, dados relacionados a fatos ge-
II – vigilância e segurança; (Incluído pela Lei radores, base de cálculo e valores devidos
nº 9.711, de 1998). da contribuição previdenciária e outras in-
III – empreitada de mão-de-obra; (Incluído formações de interesse do INSS ou do Con-
pela Lei nº 9.711, de 1998). selho Curador do FGTS; (Redação dada pela
Lei nº 11.941, de 2009)
IV – contratação de trabalho temporário na
forma da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.403,
1974. (Incluído pela Lei nº 9.711, de 1998). de 2002).

§ 5º O cedente da mão-de-obra deverá VI – comunicar, mensalmente, aos empre-


elaborar folhas de pagamento distintas gados, por intermédio de documento a ser
para cada contratante. (Incluído pela Lei nº definido em regulamento, os valores reco-
9.711, de 1998). lhidos sobre o total de sua remuneração ao
INSS. (Incluído pela Lei nº 12.692, de 2012)
§ 6º Em se tratando de retenção e recolhi-
mento realizados na forma do caput deste § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
artigo, em nome de consórcio, de que tra- 11.941, de 2009)
tam os arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 § 2º A declaração de que trata o inciso IV do
de dezembro de 1976, aplica-se o disposto caput deste artigo constitui instrumento há-
em todo este artigo, observada a participa- bil e suficiente para a exigência do crédito
ção de cada uma das empresas consorcia- tributário, e suas informações comporão a
das, na forma do respectivo ato constituti- base de dados para fins de cálculo e conces-
vo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) são dos benefícios previdenciários. (Reda-
Art. 32. A empresa é também obrigada a: ção dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – preparar folhas-de-pagamento das re- § 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº


munerações pagas ou creditadas a todos os 11.941, de 2009)
segurados a seu serviço, de acordo com os § 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
padrões e normas estabelecidos pelo órgão 11.941, de 2009)
competente da Seguridade Social;

94 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 5º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº integralmente pagas, no caso de falta de


11.941, de 2009) entrega da declaração ou entrega após o
prazo, limitada a 20% (vinte por cento), ob-
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº servado o disposto no § 3º deste artigo. (In-
11.941, de 2009) cluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº § 1º Para efeito de aplicação da multa pre-
11.941, de 2009) vista no inciso II do caput deste artigo, será
§ 8º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº considerado como termo inicial o dia se-
11.941, de 2009) guinte ao término do prazo fixado para en-
trega da declaração e como termo final a
§ 9º A empresa deverá apresentar o docu- data da efetiva entrega ou, no caso de não-
mento a que se refere o inciso IV do caput -apresentação, a data da lavratura do auto
deste artigo ainda que não ocorram fatos de infração ou da notificação de lançamen-
geradores de contribuição previdenciária, to. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
aplicando-se, quando couber, a penalidade
prevista no art. 32-A desta Lei. § 2º Observado o disposto no § 3º deste
artigo, as multas serão reduzidas: (Incluído
§ 10. O descumprimento do disposto no in- pela Lei nº 11.941, de 2009).
ciso IV do caput deste artigo impede a expe-
dição da certidão de prova de regularidade I – à metade, quando a declaração for apre-
fiscal perante a Fazenda Nacional. (Redação sentada após o prazo, mas antes de qual-
dada pela Lei nº 11.941, de 2009) quer procedimento de ofício; ou (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 11. Em relação aos créditos tributários,
os documentos comprobatórios do cumpri- II – a 75% (setenta e cinco por cento), se
mento das obrigações de que trata este ar- houver apresentação da declaração no pra-
tigo devem ficar arquivados na empresa até zo fixado em intimação. (Incluído pela Lei nº
que ocorra a prescrição relativa aos créditos 11.941, de 2009).
decorrentes das operações a que se refiram. § 3º A multa mínima a ser aplicada será de:
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 12. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.692, I – R$ 200,00 (duzentos reais), tratando-se
de 2012) de omissão de declaração sem ocorrência
Art. 32-A. O contribuinte que deixar de apre- de fatos geradores de contribuição previ-
sentar a declaração de que trata o inciso IV do denciária; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de
caput do art. 32 desta Lei no prazo fixado ou 2009).
que a apresentar com incorreções ou omissões II – R$ 500,00 (quinhentos reais), nos de-
será intimado a apresentá-la ou a prestar escla- mais casos. (Incluído pela Lei nº 11.941, de
recimentos e sujeitar-se-á às seguintes multas: 2009).
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
Art. 32-B. Os órgãos da administração direta, as
I – de R$ 20,00 (vinte reais) para cada gru- autarquias, as fundações e as empresas públi-
po de 10 (dez) informações incorretas ou cas da União, dos Estados, do Distrito Federal e
omitidas; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de dos Municípios, cujas Normas Gerais de Direito
2009). Financeiro para elaboração e controle dos or-
II – de 2% (dois por cento) ao mês-calendá- çamentos estão definidas pela Lei nº 4.320, de
rio ou fração, incidentes sobre o montante 17 de março de 1964, e pela Lei Complementar
das contribuições informadas, ainda que no 101, de 4 de maio de 2000, ficam obrigados,

www.acasadoconcurseiro.com.br 95
na forma estabelecida pela Secretaria da Recei- todas as informações, formulários e decla-
ta Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, rações a que está sujeito o grupo familiar,
a apresentar: (Incluído pela Lei nº 12.810, de inclusive as relativas ao recolhimento do
2013) FGTS. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
(Vigência)
I – a contabilidade entregue ao Tribunal de
Controle Externo; e (Incluído pela Lei nº § 3º O segurado especial de que trata o ca-
12.810, de 2013) put está obrigado a arrecadar as contribui-
ções previstas nos incisos X, XII e XIII do ca-
II – a folha de pagamento. (Incluído pela Lei put do art. 30, os valores referentes ao FGTS
nº 12.810, de 2013) e os encargos trabalhistas sob sua respon-
Parágrafo único. As informações de que sabilidade, até o dia 7 (sete) do mês seguin-
trata o caput deverão ser apresentadas até te ao da competência. (Incluído pela Lei nº
o dia 30 de abril do ano seguinte ao encer- 12.873, de 2013) (Vigência)
ramento do exercício. (Incluído pela Lei nº § 4º Os recolhimentos devidos, nos termos
12.810, de 2013) do § 3º, deverão ser pagos por meio de do-
Art. 32-C. O segurado especial responsável pelo cumento único de arrecadação. (Incluído
grupo familiar que contratar na forma do § 8º pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)
do art. 12 apresentará as informações relacio- § 5º Se não houver expediente bancário na
nadas ao registro de trabalhadores, aos fatos data indicada no § 3º, o recolhimento deve-
geradores, à base de cálculo e aos valores das rá ser antecipado para o dia útil imediata-
contribuições devidas à Previdência Social e ao mente anterior. (Incluído pela Lei nº 12.873,
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS de 2013) (Vigência)
e outras informações de interesse da Secretaria
da Receita Federal do Brasil, do Ministério da § 6º Os valores não pagos até a data do
Previdência Social, do Ministério do Trabalho e vencimento sujeitar-se-ão à incidência
Emprego e do Conselho Curador do FGTS, por de acréscimos e encargos legais na forma
meio de sistema eletrônico com entrada única prevista na legislação do Imposto sobre a
de dados, e efetuará os recolhimentos por meio Renda e Proventos de Qualquer Natureza
de documento único de arrecadação. (Incluído para as contribuições de caráter tributário,
pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência) e conforme o art. 22 da Lei nº 8.036, de
11 de maio de 1990, para os depósitos do
§ 1º Os Ministros de Estado da Fazenda, FGTS, inclusive no que se refere às multas
da Previdência Social e do Trabalho e Em- por atraso. (Incluído pela Lei nº 12.873, de
prego disporão, em ato conjunto, sobre a 2013) (Vigência)
prestação das informações, a apuração, o
recolhimento e a distribuição dos recursos § 7º O recolhimento do valor do FGTS na
recolhidos e sobre as informações geradas forma deste artigo será creditado direta-
por meio do sistema eletrônico e da guia de mente em conta vinculada do trabalhador,
recolhimento de que trata o caput. (Incluído assegurada a transferência dos elementos
pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência) identificadores do recolhimento ao agen-
te operador do fundo. (Incluído pela Lei nº
§ 2º As informações prestadas no sistema 12.873, de 2013) (Vigência)
eletrônico de que trata o caput têm caráter
declaratório, constituem instrumento hábil § 8º O ato de que trata o § 1º regulará a
e suficiente para a exigência dos tributos e compensação e a restituição dos valores
encargos apurados e substituirão, na forma dos tributos e dos encargos trabalhistas re-
regulamentada pelo ato conjunto que pre- colhidos, no documento único de arrecada-
vê o § 1º, a obrigatoriedade de entrega de ção, indevidamente ou em montante supe-

96 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

rior ao devido. (Incluído pela Lei nº 12.873, parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contri-
de 2013) (Vigência) buições incidentes a título de substituição e das
devidas a outras entidades e fundos. (Redação
§ 9º A devolução de valores do FGTS, de- dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
positados na conta vinculada do trabalha-
dor, será objeto de norma regulamentar do § 1º É prerrogativa da Secretaria da Receita
Conselho Curador e do Agente Operador do Federal do Brasil, por intermédio dos Audi-
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. tores-Fiscais da Receita Federal do Brasil,
(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vi- o exame da contabilidade das empresas,
gência) ficando obrigados a prestar todos os es-
clarecimentos e informações solicitados o
§ 10. O produto da arrecadação de que tra- segurado e os terceiros responsáveis pelo
ta o § 3º será centralizado na Caixa Econô- recolhimento das contribuições previden-
mica Federal. (Incluído pela Lei nº 12.873, ciárias e das contribuições devidas a outras
de 2013) (Vigência) entidades e fundos. (Redação dada pela Lei
§ 11. A Caixa Econômica Federal, com base nº 11.941, de 2009).
nos elementos identificadores do recolhi- § 2º A empresa, o segurado da Previdência
mento, disponíveis no sistema de que trata Social, o serventuário da Justiça, o síndico
o caput deste artigo, transferirá para a Con- ou seu representante, o comissário e o li-
ta Única do Tesouro Nacional os valores ar- quidante de empresa em liquidação judicial
recadados dos tributos e das contribuições ou extrajudicial são obrigados a exibir todos
previstas nos incisos X, XII e XIII do caput os documentos e livros relacionados com as
do art. 30. (Incluído pela Lei nº 12.873, de contribuições previstas nesta Lei. (Redação
2013) (Vigência) dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 12. A impossibilidade de utilização do § 3º Ocorrendo recusa ou sonegação de
sistema eletrônico referido no caput será qualquer documento ou informação, ou sua
objeto de regulamento, a ser editado pelo apresentação deficiente, a Secretaria da Re-
Ministério da Fazenda e pelo Agente Opera- ceita Federal do Brasil pode, sem prejuízo
dor do FGTS. (Incluído pela Lei nº 12.873, de da penalidade cabível, lançar de ofício a im-
2013) (Vigência) portância devida. (Redação dada pela Lei nº
§ 13. A sistemática de entrega das informa- 11.941, de 2009).
ções e recolhimentos de que trata o caput § 4º Na falta de prova regular e formalizada
poderá ser estendida pelas autoridades pelo sujeito passivo, o montante dos salá-
previstas no § 1º para o produtor rural pes- rios pagos pela execução de obra de cons-
soa física de que trata a alínea a do inciso trução civil pode ser obtido mediante cálcu-
V do caput do art. 12. (Incluído pela Lei nº lo da mão de obra empregada, proporcional
12.873, de 2013) (Vigência) à área construída, de acordo com critérios
§ 14. Aplica-se às informações entregues estabelecidos pela Secretaria da Receita
na forma deste artigo o disposto no §2º do Federal do Brasil, cabendo ao proprietário,
art. 32 e no art. 32-A. (Incluído pela Lei nº dono da obra, condômino da unidade imo-
12.873, de 2013) (Vigência) biliária ou empresa corresponsável o ônus
da prova em contrário. (Redação dada pela
Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Bra- Lei nº 11.941, de 2009).
sil compete planejar, executar, acompanhar e
avaliar as atividades relativas à tributação, à fis- § 5º O desconto de contribuição e de con-
calização, à arrecadação, à cobrança e ao reco- signação legalmente autorizadas sempre
lhimento das contribuições sociais previstas no se presume feito oportuna e regularmente

www.acasadoconcurseiro.com.br 97
pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
lícito alegar omissão para se eximir do reco- 11.941, de 2009).
lhimento, ficando diretamente responsável b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
pela importância que deixou de receber ou 11.941, de 2009).
arrecadou em desacordo com o disposto
nesta Lei. c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009).
§ 6º Se, no exame da escrituração contábil e
de qualquer outro documento da empresa, II – (revogado): (Redação dada pela Lei nº
a fiscalização constatar que a contabilidade 11.941, de 2009).
não registra o movimento real de remune- a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
ração dos segurados a seu serviço, do fa- 11.941, de 2009).
turamento e do lucro, serão apuradas, por b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
aferição indireta, as contribuições efetiva- 11.941, de 2009).
mente devidas, cabendo à empresa o ônus
da prova em contrário. c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009).
§ 7º O crédito da seguridade social é consti-
tuído por meio de notificação de lançamen- d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
to, de auto de infração e de confissão de 11.941, de 2009).
valores devidos e não recolhidos pelo con- III – (revogado): (Redação dada pela Lei nº
tribuinte. (Redação dada pela Lei nº 11.941, 11.941, de 2009).
de 2009).
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
§ 8º Aplicam-se às contribuições sociais 11.941, de 2009).
mencionadas neste artigo as presunções le- b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
gais de omissão de receita previstas nos §§ 11.941, de 2009).
2º e 3º do art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598,
de 26 de dezembro de 1977, e nos arts. 40, c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
41 e 42 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro 11.941, de 2009).
de 1996. (Incluído pela Lei nº 11.941, de d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº
2009). 11.941, de 2009).
Art. 34. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009).
Art. 35. Os débitos com a União decorrentes das
contribuições sociais previstas nas alíneas a, b § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei, das 11.941, de 2009).
contribuições instituídas a título de substituição § 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
e das contribuições devidas a terceiros, assim 11.941, de 2009).
entendidas outras entidades e fundos, não pa-
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
gos nos prazos previstos em legislação, serão
11.941, de 2009).
acrescidos de multa de mora e juros de mora,
nos termos do art. 61 da Lei nº 9.430, de 27 de Art. 35-A. Nos casos de lançamento de ofício
dezembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº relativos às contribuições referidas no art. 35
11.941, de 2009). desta Lei, aplica-se o disposto no art. 44 da Lei
nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Incluído
I – (revogado): (Redação dada pela Lei nº
pela Lei nº 11.941, de 2009).
11.941, de 2009).
Art. 36. (Revogado pela Lei nº 8.218, de
29.8.91).

98 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Art. 37. Constatado o não-recolhimento total ou Municípios, que se encontrarem em mora, por
parcial das contribuições tratadas nesta Lei, não mais de 30 (trinta) dias, no recolhimento das
declaradas na forma do art. 32 desta Lei, a falta contribuições previstas nesta Lei, tornam-se so-
de pagamento de benefício reembolsado ou o lidariamente responsáveis pelo respectivo paga-
descumprimento de obrigação acessória, será mento, ficando ainda sujeitos às proibições do
lavrado auto de infração ou notificação de lan- art. 1º e às sanções dos arts. 4º e 7º do Decreto-
çamento. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de -lei nº 368, de 19 de dezembro de 1968.
2009).
Art. 43. Nas ações trabalhistas de que resultar o
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº pagamento de direitos sujeitos à incidência de
11.941, de 2009). contribuição previdenciária, o juiz, sob pena de
responsabilidade, determinará o imediato reco-
§ 2º (Revogado) (Redação dada pela Lei nº lhimento das importâncias devidas à Segurida-
11.941, de 2009). de Social. (Redação dada pela Lei nº 8.620, de
Art. 38. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) 5.1.93)

Art. 39. O débito original e seus acréscimos le- § 1º Nas sentenças judiciais ou nos acordos
gais, bem como outras multas previstas em lei, homologados em que não figurarem, discri-
constituem dívida ativa da União, promovendo- minadamente, as parcelas legais relativas às
-se a inscrição em livro próprio daquela resul- contribuições sociais, estas incidirão sobre
tante das contribuições de que tratam as alíneas o valor total apurado em liquidação de sen-
a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei. tença ou sobre o valor do acordo homolo-
(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007). (Vi- gado. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
gência) § 2º Considera-se ocorrido o fato gerador
§ 1º (Revogado pela Lei nº 11.501, de 2007). das contribuições sociais na data da presta-
ção do serviço. (Incluído pela Lei nº 11.941,
§ 2º É facultado aos órgãos competentes, de 2009).
antes de ajuizar a cobrança da dívida ativa
de que trata o caput deste artigo, promover § 3º As contribuições sociais serão apuradas
o protesto de título dado em garantia, que mês a mês, com referência ao período da
será recebido pro solvendo. (Redação dada prestação de serviços, mediante a aplicação
pela Lei nº 11.457, de 2007). (Vigência) de alíquotas, limites máximos do salário-
-de-contribuição e acréscimos legais mora-
§ 3º Serão inscritas como dívida ativa da tórios vigentes relativamente a cada uma
União as contribuições que não tenham das competências abrangidas, devendo o
sido recolhidas ou parceladas resultantes recolhimento ser efetuado no mesmo pra-
das informações prestadas no documento a zo em que devam ser pagos os créditos en-
que se refere o inciso IV do art. 32 desta Lei. contrados em liquidação de sentença ou em
(Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007). acordo homologado, sendo que nesse últi-
(Vigência) mo caso o recolhimento será feito em tan-
tas parcelas quantas as previstas no acordo,
Art. 40. (VETADO).
nas mesmas datas em que sejam exigíveis e
Art. 41. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) proporcionalmente a cada uma delas. (In-
cluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
Art. 42. Os administradores de autarquias e fun-
dações públicas, criadas e mantidas pelo Poder § 4º No caso de reconhecimento judicial
Público, de empresas públicas e de socieda- da prestação de serviços em condições que
des de economia mista sujeitas ao controle da permitam a aposentadoria especial após
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cin-

www.acasadoconcurseiro.com.br 99
co) anos de contribuição, serão devidos os 1991, observados o limite máximo previs-
acréscimos de contribuição de que trata o to no art. 28 e o disposto em regulamento.
§ 6º do art. 57 da Lei nº 8.213, de 24 de ju- (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de
lho de 1991. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2008)
2009).
§ 2º Sobre os valores apurados na forma do
§ 5º Na hipótese de acordo celebrado após § 1º deste artigo incidirão juros moratórios
ter sido proferida decisão de mérito, a con- de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês,
tribuição será calculada com base no valor capitalizados anualmente, limitados ao per-
do acordo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de centual máximo de 50% (cinqüenta por cen-
2009). to), e multa de 10% (dez por cento). (Incluí-
do pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
§ 6º Aplica-se o disposto neste artigo aos
valores devidos ou pagos nas Comissões § 3º O disposto no § 1º deste artigo não se
de Conciliação Prévia de que trata a Lei nº aplica aos casos de contribuições em atraso
9.958, de 12 de janeiro de 2000. (Incluído não alcançadas pela decadência do direito
pela Lei nº 11.941, de 2009). de a Previdência constituir o respectivo cré-
dito, obedecendo-se, em relação a elas, as
Art. 44. (Revogado pela Lei nº 11.501, de 2007). disposições aplicadas às empresas em geral.
Art. 45. (Revogado pela Lei Complementar nº (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de
128, de 2008) 2008)

Art. 45-A. O contribuinte individual que preten- Art. 46. (Revogado pela Lei Complementar nº
da contar como tempo de contribuição, para 128, de 2008)
fins de obtenção de benefício no Regime Geral
de Previdência Social ou de contagem recíproca
do tempo de contribuição, período de atividade
remunerada alcançada pela decadência deverá CAPÍTULO XI
indenizar o INSS. (Incluído pela Lei Complemen- DA PROVA DE
tar nº 128, de 2008) INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
§ 1º O valor da indenização a que se refere Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito-
o caput deste artigo e o § 1º do art. 55 da -CND, fornecida pelo órgão competente, nos se-
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, corres- guintes casos: (Redação dada pela Lei nº 9.032,
ponderá a 20% (vinte por cento): (Incluído de 28.4.95).
pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
I – da empresa:
I – da média aritmética simples dos maiores
salários-de-contribuição, reajustados, cor- a) na contratação com o Poder Público e no
respondentes a 80% (oitenta por cento) de recebimento de benefícios ou incentivo fis-
todo o período contributivo decorrido des- cal ou creditício concedido por ele;
de a competência julho de 1994; ou (Incluí-
b) na alienação ou oneração, a qualquer tí-
do pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
tulo, de bem imóvel ou direito a ele relativo;
II – da remuneração sobre a qual incidem as
c) na alienação ou oneração, a qualquer tí-
contribuições para o regime próprio de pre-
tulo, de bem móvel de valor superior a Cr$
vidência social a que estiver filiado o inte-
2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos
ressado, no caso de indenização para fins da
mil cruzeiros) incorporado ao ativo perma-
contagem recíproca de que tratam os arts.
nente da empresa;
94 a 99 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de

100 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

d) no registro ou arquivamento, no órgão § 6º Independe de prova de inexistência de


próprio, de ato relativo a baixa ou redução débito:
de capital de firma individual, redução de
capital social, cisão total ou parcial, trans- a) a lavratura ou assinatura de instrumento,
formação ou extinção de entidade ou socie- ato ou contrato que constitua retificação,
dade comercial ou civil e transferência de ratificação ou efetivação de outro anterior
controle de cotas de sociedades de respon- para o qual já foi feita a prova;
sabilidade limitada; (Redação dada pela Lei b) a constituição de garantia para concessão
nº 9.528, de 10.12.97). de crédito rural, em qualquer de suas mo-
II – do proprietário, pessoa física ou jurídica, dalidades, por instituição de crédito pública
de obra de construção civil, quando de sua ou privada, desde que o contribuinte refe-
averbação no registro de imóveis, salvo no rido no art. 25, não seja responsável direto
caso do inciso VIII do art. 30. pelo recolhimento de contribuições sobre a
sua produção para a Seguridade Social;
§ 1º A prova de inexistência de débito deve
ser exigida da empresa em relação a todas c) a averbação prevista no inciso II deste ar-
as suas dependências, estabelecimentos tigo, relativa a imóvel cuja construção tenha
e obras de construção civil, independente- sido concluída antes de 22 de novembro de
mente do local onde se encontrem, ressal- 1966.
vado aos órgãos competentes o direito de d) o recebimento pelos Municípios de trans-
cobrança de qualquer débito apurado pos- ferência de recursos destinados a ações de
teriormente. assistência social, educação, saúde e em
§ 2º A prova de inexistência de débito, caso de calamidade pública. (Incluído pela
quando exigível ao incorporador, independe Lei nº 11.960, de 2009)
da apresentada no registro de imóveis por e) a verbação da construção civil localiza-
ocasião da inscrição do memorial de incor- da em área objeto de regularização fundi-
poração. ária de interesse social, na forma da Lei nº
§ 3º Fica dispensada a transcrição, em ins- 11.977, de 7 de julho de 2009. (Incluído
trumento público ou particular, do inteiro pela Lei nº 12.424, de 2011)
teor do documento comprobatório de ine- § 7º O condômino adquirente de unidades
xistência de débito, bastando a referência imobiliárias de obra de construção civil não
ao seu número de série e data da emissão, incorporada na forma da Lei nº 4.591, de 16
bem como a guarda do documento compro- de dezembro de 1964, poderá obter docu-
batório à disposição dos órgãos competen- mento comprobatório de inexistência de
tes. débito, desde que comprove o pagamento
§ 4º O documento comprobatório de ine- das contribuições relativas à sua unidade,
xistência de débito poderá ser apresentado conforme dispuser o regulamento.
por cópia autenticada, dispensada a indica- § 8º (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
ção de sua finalidade, exceto no caso do in-
ciso II deste artigo. Art. 48. A prática de ato com inobservância
do disposto no artigo anterior, ou o seu regis-
§ 5º O prazo de validade da Certidão Ne- tro, acarretará a responsabilidade solidária dos
gativa de Débito – CND é de sessenta dias, contratantes e do oficial que lavrar ou registrar
contados da sua emissão, podendo ser am- o instrumento, sendo o ato nulo para todos os
pliado por regulamento para até cento e oi- efeitos.
tenta dias. (Redação dada pela Lei nº 9.711,
de 1998).

www.acasadoconcurseiro.com.br 101
§ 1º Os órgãos competentes podem inter- municação obrigatória do responsável por
vir em instrumento que depender de prova sua execução, no prazo de 30 (trinta) dias,
de inexistência de débito, a fim de autorizar contado do início de suas atividades, quan-
sua lavratura, desde que o débito seja pago do obterá número cadastral básico, de cará-
no ato ou o seu pagamento fique assegura- ter permanente. (Redação dada pela Lei nº
do mediante confissão de dívida fiscal com 11.941, de 2009).
o oferecimento de garantias reais suficien-
tes, na forma estabelecida em regulamento. a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009).
§ 2º Em se tratando de alienação de bens
do ativo de empresa em regime de liqui- b) (revogada). (Redação dada pela Lei nº
dação extrajudicial, visando à obtenção de 11.941, de 2009).
recursos necessários ao pagamento dos cre- § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
dores, independentemente do pagamento 11.941, de 2009).
ou da confissão de dívida fiscal, o Instituto
Nacional do Seguro Social-INSS poderá au- § 3º O não cumprimento do disposto no §
torizar a lavratura do respectivo instrumen- 1º deste artigo sujeita o responsável a mul-
to, desde que o valor do crédito previdenci- ta na forma estabelecida no art. 92 desta
ário conste, regularmente, do quadro geral Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
de credores, observada a ordem de prefe- 2009).
rência legal. (Parágrafo acrescentado pela
§ 4º O Departamento Nacional de Registro
Lei nº 9.639, de 25.5.98).
do Comércio – DNRC, por intermédio das
§ 3º O servidor, o serventuário da Justiça, o Juntas Comerciais bem como os Cartórios
titular de serventia extrajudicial e a autori- de Registro Civil de Pessoas Jurídicas pres-
dade ou órgão que infringirem o disposto tarão, obrigatoriamente, à Secretaria da
no artigo anterior incorrerão em multa apli- Receita Federal do Brasil todas as informa-
cada na forma estabelecida no art. 92, sem ções referentes aos atos constitutivos e al-
prejuízo da responsabilidade administrativa terações posteriores relativos a empresas e
e penal cabível. (Parágrafo renumerado e al- entidades neles registradas. (Redação dada
terado pela Lei nº 9.639, de 25.5.98). pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 5º A matrícula atribuída pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil ao produtor rural
TÍTULO VII pessoa física ou segurado especial é o do-
cumento de inscrição do contribuinte, em
Das Disposições Gerais substituição à inscrição no Cadastro Nacio-
nal de Pessoa Jurídica – CNPJ, a ser apresen-
Art. 49. A matrícula da empresa será efetuada tado em suas relações com o Poder Público,
nos termos e condições estabelecidos pela Se- inclusive para licenciamento sanitário de
cretaria da Receita Federal do Brasil. (Redação produtos de origem animal ou vegetal sub-
dada pela Lei nº 11.941, de 2009). metidos a processos de beneficiamento ou
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº industrialização artesanal, com as institui-
11.941, de 2009). ções financeiras, para fins de contratação
de operações de crédito, e com os adqui-
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº rentes de sua produção ou fornecedores de
11.941, de 2009). sementes, insumos, ferramentas e demais
§ 1º No caso de obra de construção civil, a implementos agrícolas. (Incluído pela Lei nº
matrícula deverá ser efetuada mediante co- 11.718, de 2008).

102 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 6º O disposto no § 5º deste artigo não se § 2º Efetuado o pagamento integral da dívi-


aplica ao licenciamento sanitário de produ- da executada, com seus acréscimos legais,
tos sujeitos à incidência de Imposto sobre no prazo de 2 (dois) dias úteis contados da
Produtos Industrializados ou ao contribuin- citação, independentemente da juntada aos
te cuja inscrição no Cadastro Nacional de autos do respectivo mandado, poderá ser
Pessoa Jurídica – CNPJ seja obrigatória. (In- liberada a penhora, desde que não haja ou-
cluído pela Lei nº 11.718, de 2008). tra execução pendente.
Art. 50. Para fins de fiscalização do INSS, o Mu- § 3º O disposto neste artigo aplica-se tam-
nicípio, por intermédio do órgão competente, bém às execuções já processadas.
fornecerá relação de alvarás para construção § 4º Não sendo opostos embargos, no caso
civil e documentos de "habite-se" concedidos. legal, ou sendo eles julgados improceden-
(Redação dada pela Lei nº 9.476, de 1997) tes, os autos serão conclusos ao juiz do fei-
Art. 51. O crédito relativo a contribuições, cotas to, para determinar o prosseguimento da
e respectivos adicionais ou acréscimos de qual- execução.
quer natureza arrecadados pelos órgãos compe- Art. 54. Os órgãos competentes estabelecerão
tentes, bem como a atualização monetária e os critério para a dispensa de constituição ou exi-
juros de mora, estão sujeitos, nos processos de gência de crédito de valor inferior ao custo des-
falência, concordata ou concurso de credores, sa medida.
às disposições atinentes aos créditos da União, Art. 55. (Revogado pela Lei nº 12.101, de 2009)
aos quais são equiparados.
Art. 56. A inexistência de débitos em relação às
Parágrafo único. O Instituto Nacional do contribuições devidas ao Instituto Nacional do
Seguro Social-INSS reivindicará os valores Seguro Social-INSS, a partir da publicação desta
descontados pela empresa de seus empre- Lei, é condição necessária para que os Estados, o
gados e ainda não recolhidos. Distrito Federal e os Municípios possam receber
Art. 52. Às empresas, enquanto estiverem em as transferências dos recursos do Fundo de Par-
débito não garantido com a União, aplica-se o ticipação dos Estados e do Distrito Federal-FPE e
disposto no art. 32 da Lei nº 4.357, de 16 de ju- do Fundo de Participação dos Municípios-FPM,
lho de 1964. (Redação dada pela Lei nº 11.941, celebrar acordos, contratos, convênios ou ajus-
de 2009). tes, bem como receber empréstimos, financia-
mentos, avais e subvenções em geral de órgãos
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº ou entidades da administração direta e indireta
11.941, de 2009). da União.
II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº § 1º (Revogado pela Medida Provisória no
11.941, de 2009). 2187-13, de 2001). (Renumerado do pará-
grafo único e Incluído pela Lei nº 12.810, de
Parágrafo único. (Revogado). (Redação 2013)
dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 2º Os recursos do FPE e do FPM não trans-
Art. 53. Na execução judicial da dívida ativa da feridos em decorrência da aplicação do ca-
União, suas autarquias e fundações públicas, put deste artigo poderão ser utilizados para
será facultado ao exeqüente indicar bens à pe- quitação, total ou parcial, dos débitos relati-
nhora, a qual será efetivada concomitantemen- vos às contribuições de que tratam as alíne-
te com a citação inicial do devedor. as a e c do parágrafo único do art. 11 desta
Lei, a pedido do representante legal do Es-
§ 1º Os bens penhorados nos termos deste
tado, Distrito Federal ou Município. (Incluí-
artigo ficam desde logo indisponíveis.
do pela Lei nº 12.810, de 2013)

www.acasadoconcurseiro.com.br 103
Art. 57. Os Estados, o Distrito Federal e os Mu- Art. 61. As receitas provenientes da cobrança
nicípios serão, igualmente, obrigados a apresen- de débitos dos Estados e Municípios e da aliena-
tar, a partir de 1º de junho de 1992, para os fins ção, arrendamento ou locação de bens móveis
do disposto no artigo anterior, comprovação de ou imóveis pertencentes ao patrimônio do Ins-
pagamento da parcela mensal referente aos dé- tituto Nacional do Seguro Social-INSS, deverão
bitos com o Instituto Nacional do Seguro Social- constituir reserva técnica, de longo prazo, que
-INSS, existentes até 1º de setembro de 1991, garantirá o seguro social estabelecido no Plano
renegociados nos termos desta Lei. de Benefícios da Previdência Social.
Art. 58. Os débitos dos Estados, do Distrito Fe- Parágrafo único. É vedada a utilização dos
deral e dos Municípios para com o Instituto recursos de que trata este artigo, para co-
Nacional do Seguro Social-INSS, existentes até brir despesas de custeio em geral, inclusive
1º de setembro de 1991, poderão ser liquida- as decorrentes de criação, majoração ou
dos em até 240 (duzentos e quarenta) parcelas extensão dos benefícios ou serviços da Pre-
mensais. vidência Social, admitindo-se sua utilização,
excepcionalmente, em despesas de capital,
§ 1º Para apuração dos débitos será consi- na forma da lei de orçamento.
derado o valor original atualizado pelo ín-
dice oficial utilizado pela Seguridade Social Art. 62. A contribuição estabelecida na Lei nº
para correção de seus créditos. (Renumera- 5.161, de 21 de outubro de 1966, em favor da
do pela Lei nº 8.444, de 20.7.92) Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seguran-
ça e Medicina do Trabalho-FUNDACENTRO, será
§ 2º As contribuições descontadas até 30 de de 2% (dois por cento) da receita proveniente
junho de 1992 dos segurados que tenham da contribuição a cargo da empresa, a título de
prestado serviços aos Estados, ao Distrito financiamento da complementação das presta-
Federal e aos Municípios poderão ser ob- ções por acidente do trabalho, estabelecida no
jeto de acordo para parcelamento em até inciso II do art. 22.
doze meses, não se lhes aplicando o dispos-
to no § 1º do artigo 38 desta Lei. (Parágrafo Parágrafo único. Os recursos referidos
acrescentado pela Lei nº 8.444, de 20.7.92). neste artigo poderão contribuir para o fi-
nanciamento das despesas com pessoal e
Art. 59. O Instituto Nacional do Seguro Social- administração geral da Fundação Jorge Du-
-INSS implantará, no prazo de 90 (noventa) dias prat Figueiredo de Segurança e Medicina do
a contar da data da publicação desta Lei, siste- Trabalho-Fundacentro. (Parágrafo acrescen-
ma próprio e informatizado de cadastro dos tado pela Lei nº 9.639, de 25.5.98)
pagamentos e débitos dos Governos Estaduais,
do Distrito Federal e das Prefeituras Municipais,
que viabilize o permanente acompanhamento e
fiscalização do disposto nos arts. 56, 57 e 58 e
TÍTULO VIII
permita a divulgação periódica dos devedores
da Previdência Social. Das Disposições Finais E Transitórias
Art. 60. O pagamento dos benefícios da Segu-
ridade Social será realizado por intermédio da
rede bancária ou por outras formas definidas CAPÍTULO I
pelo Ministério da Previdência Social. (Redação DA MODERNIZAÇÃO
dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Parágrafo único. (Revogado pela Medida
Provisória nº 2.170-36, de 2001). Art. 63. (Revogado pela Medida Provisória nº
2.216-37, de 2001).

104 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Art. 64. (Revogado pela Medida Provisória nº tro Civil de Pessoas Naturais, pelo menos
2.216-37, de 2001). uma das seguintes informações relativas à
pessoa falecida: (Incluído pela Medida Pro-
Art. 65. (Revogado pela Medida Provisória nº visória nº 2.187-13, de 2001).
2.216-37, de 2001).
a) número de inscrição do PIS/PASEP; (In-
Art. 66. (Revogado pela Medida Provisória nº cluído pela Medida Provisória nº 2.187-13,
2.216-37, de 2001). de 2001).
Art. 67. Até que seja implantado o Cadastro b) número de inscrição no Instituto Nacio-
Nacional do Trabalhador-CNT, as instituições e nal do Seguro Social – INSS, se contribuinte
órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e individual, ou número de benefício previ-
municipais, detentores de cadastros de empre- denciário – NB, se a pessoa falecida for ti-
sas e de contribuintes em geral, deverão colocar tular de qualquer benefício pago pelo INSS;
à disposição do Instituto Nacional do Seguro So- (Incluído pela Medida Provisória nº 2.187-
cial-INSS, mediante a realização de convênios, 13, de 2001).
todos os dados necessários à permanente atua-
lização dos cadastros da Previdência Social. c) número do CPF; (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.187-13, de 2001).
Art. 68. O Titular do Cartório de Registro Civil de
Pessoas Naturais fica obrigado a comunicar, ao d) número de registro da Carteira de Iden-
INSS, até o dia 10 de cada mês, o registro dos tidade e respectivo órgão emissor; (Incluí-
óbitos ocorridos no mês imediatamente an- do pela Medida Provisória nº 2.187-13, de
terior, devendo da relação constar a filiação, a 2001).
data e o local de nascimento da pessoa falecida.
(Redação dada pela Lei nº 8.870, de 15.4.94) e) número do título de eleitor; (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001).
§ 1º No caso de não haver sido registrado
nenhum óbito, deverá o Titular do Cartório f) número do registro de nascimento ou ca-
de Registro Civil de Pessoas Naturais comu- samento, com informação do livro, da folha
nicar este fato ao INSS no prazo estipulado e do termo; (Incluído pela Medida Provisó-
no caput deste artigo. (Parágrafo acrescen- ria nº 2.187-13, de 2001).
tado pela Lei nº 8.870, de 15.4.94). g) número e série da Carteira de Trabalho.
§ 2º A falta de comunicação na época pró- (Incluído pela Medida Provisória nº 2.187-
pria, bem como o envio de informações ine- 13, de 2001).
xatas, sujeitará o Titular de Cartório de Re- Art. 69. O Ministério da Previdência e Assistên-
gistro Civil de Pessoas Naturais à penalidade cia Social e o Instituto Nacional do Seguro Social
prevista no art. 92 desta Lei. (Redação dada – INSS manterão programa permanente de revi-
pela Lei nº 9.476, de 23.7.97) são da concessão e da manutenção dos benefí-
§ 3º A comunicação deverá ser feita por cios da Previdência Social, a fim de apurar irre-
meio de formulários para cadastramento de gularidades e falhas existentes. (Redação dada
óbito, conforme modelo aprovado pelo Mi- pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
nistério da Previdência e Assistência Social. § 1º Havendo indício de irregularidade na
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.187- concessão ou na manutenção de benefício,
13, de 2001). a Previdência Social notificará o beneficiá-
§ 4º No formulário para cadastramento de rio para apresentar defesa, provas ou docu-
óbito deverá constar, além dos dados refe- mentos de que dispuser, no prazo de trinta
rentes à identificação do Cartório de Regis- dias. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de
10.12.97)

www.acasadoconcurseiro.com.br 105
§ 2º A notificação a que se refere o parágra- Art. 72. O Instituto Nacional do Seguro Social-
fo anterior far-se-á por via postal com avi- -INSS promoverá, no prazo de 180 (cento e oi-
so de recebimento e, não comparecendo o tenta) dias a contar da publicação desta Lei, a
beneficiário nem apresentando defesa, será revisão das indenizações associadas a benefí-
suspenso o benefício, com notificação ao cios por acidentes do trabalho, cujos valores
beneficiário por edital resumido publicado excedam a Cr$ 1.700.000,00 (um milhão e sete-
uma vez em jornal de circulação na locali- centos mil cruzeiros).
dade. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de
10.12.97). Art. 73. O setor encarregado pela área de bene-
fícios no âmbito do Instituto Nacional do Seguro
§ 3º Decorrido o prazo concedido pela noti- Social-INSS deverá estabelecer indicadores qua-
ficação postal ou pelo edital, sem que tenha litativos e quantitativos para acompanhamento
havido resposta, ou caso seja considerada e avaliação das concessões de benefícios reali-
pela Previdência Social como insuficiente zadas pelos órgãos locais de atendimento.
ou improcedente a defesa apresentada, o
benefício será cancelado, dando-se conhe- Art. 74. Os postos de benefícios deverão adotar
cimento da decisão ao beneficiário. (Reda- como prática o cruzamento das informações de-
ção dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97). claradas pelos segurados com os dados de ca-
dastros de empresas e de contribuintes em ge-
§ 4º Para efeito do disposto no caput deste ral quando da concessão de benefícios.
artigo, o Ministério da Previdência Social e
o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS Art. 75. (Revogado pela Lei nº 9.711, de 1998).
procederão, no mínimo a cada 5 (cinco) Art. 76. O Instituto Nacional do Seguro Social-
anos, ao recenseamento previdenciário, -INSS deverá proceder ao recadastramento de
abrangendo todos os aposentados e pen- todos aqueles que, por intermédio de procura-
sionistas do regime geral de previdência so- ção, recebem benefícios da Previdência Social.
cial. (Incluído pela Lei nº 10.887, de 2004).
Parágrafo único. O documento de procura-
Art. 70. Os beneficiários da Previdência Social, ção deverá, a cada semestre, ser revalidado
aposentados por invalidez, ficam obrigados, sob pelos órgãos de atendimento locais.
pena de sustação do pagamento do benefício,
a submeterem-se a exames médico-periciais, Art. 77. (Revogado pela Medida Provisória nº
estabelecidos na forma do regulamento, que 2.216-37, de 2001).
definirá sua periodicidade e os mecanismos de
Art. 78. O Instituto Nacional do Seguro Social-
fiscalização e auditoria.
-INSS, na forma da legislação específica, fica
Art. 71. O Instituto Nacional do Seguro Social- autorizado a contratar auditorias externas, pe-
-INSS deverá rever os benefícios, inclusive os riodicamente, para analisar e emitir parecer
concedidos por acidente do trabalho, ainda que sobre demonstrativos econômico-financeiros e
concedidos judicialmente, para avaliar a persis- contábeis, arrecadação, cobrança e fiscalização
tência, atenuação ou agravamento da incapaci- das contribuições, bem como pagamento dos
dade para o trabalho alegada como causa para a benefícios, submetendo os resultados obtidos à
sua concessão. apreciação do Conselho Nacional da Seguridade
Social.
Parágrafo único. Será cabível a concessão
de liminar nas ações rescisórias e revisional, Art. 79. (Revogado pela Lei nº 9.711, de 1998).
para suspender a execução do julgado res-
Art. 80. Fica o Instituto Nacional do Seguro So-
cindendo ou revisando, em caso de fraude
cial-INSS obrigado a:
ou erro material comprovado. (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 9.032, de 28 4.95).

106 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

I – enviar às empresas e aos seus segurados, qualidade do atendimento e o controle e a efici-


quando solicitado, extrato relativo ao reco- ência dos sistemas de arrecadação e fiscalização
lhimento das suas contribuições; (Redação de contribuições, bem como de pagamento de
pela Lei nº 12.692, de 2012) benefícios.
II – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) Art. 84. (Revogado pela Medida Provisória nº
2.216-37, de 2001).
III – emitir e enviar aos beneficiários o Aviso
de Concessão de Benefício, além da memó-
ria de cálculo do valor dos benefícios conce-
didos; CAPÍTULO II
IV – reeditar versão atualizada, nos termos DAS DEMAIS DISPOSIÇÕES
do Plano de Benefícios, da Carta dos Direi-
tos dos Segurados; Art. 85. O Conselho Nacional da Seguridade So-
cial será instalado no prazo de 30 (trinta) dias
V – divulgar, com a devida antecedência, após a promulgação desta Lei.
através dos meios de comunicação, alte-
rações porventura realizadas na forma de Art. 85-A. Os tratados, convenções e outros
contribuição das empresas e segurados em acordos internacionais de que Estado estrangei-
geral; ro ou organismo internacional e o Brasil sejam
partes, e que versem sobre matéria previdenci-
VI – descentralizar, progressivamente, o ária, serão interpretados como lei especial. (In-
processamento eletrônico das informações, cluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
mediante extensão dos programas de infor-
matização de postos de atendimento e de Art. 86. (Revogado pela Medida Provisória nº
Regiões Fiscais. 2.216-37, de 2001).

VII – disponibilizará ao público, inclusive Art. 87. Os orçamentos das pessoas jurídicas
por meio de rede pública de transmissão de de direito público e das entidades da adminis-
dados, informações atualizadas sobre as re- tração pública indireta devem consignar as do-
ceitas e despesas do regime geral de previ- tações necessárias ao pagamento das contribui-
dência social, bem como os critérios e parâ- ções da Seguridade Social, de modo a assegurar
metros adotados para garantir o equilíbrio a sua regular liquidação dentro do exercício.
financeiro e atuarial do regime. (Incluído Art. 88. Os prazos de prescrição de que goza a
pela Lei nº 10.887, de 2004). União aplicam-se à Seguridade Social, ressalva-
Art. 81. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009) do o disposto no art. 46.

Art. 82. A Auditoria e a Procuradoria do Instituto Art. 89. As contribuições sociais previstas nas
Nacional do Seguro Social-INSS deverão, a cada alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11
trimestre, elaborar relação das auditorias rea- desta Lei, as contribuições instituídas a títu-
lizadas e dos trabalhos executados, bem como lo de substituição e as contribuições devidas a
dos resultados obtidos, enviando-a a apreciação terceiros somente poderão ser restituídas ou
do Conselho Nacional da Seguridade Social. compensadas nas hipóteses de pagamento ou
recolhimento indevido ou maior que o devido,
Art. 83. O Instituto Nacional do Seguro Social- nos termos e condições estabelecidos pela Se-
-INSS deverá implantar um programa de quali- cretaria da Receita Federal do Brasil. (Redação
ficação e treinamento sistemático de pessoal, dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
bem como promover a reciclagem e redistribui-
ção de funcionários conforme as demandas dos § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
órgãos regionais e locais, visando a melhoria da 11.941, de 2009).

www.acasadoconcurseiro.com.br 107
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº -maternidade o rito previsto no Decreto nº
11.941, de 2009). 70.235, de 6 de março de 1972. (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009). § 12. O disposto no § 10 deste artigo não se
aplica à compensação efetuada nos termos
§ 4º O valor a ser restituído ou compensado do art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezem-
será acrescido de juros obtidos pela aplica- bro de 1996. (Incluído pela Lei nº 13.670, de
ção da taxa referencial do Sistema Especial 2018)
de Liquidação e de Custódia – SELIC para tí-
tulos federais, acumulada mensalmente, a Art. 90. O Conselho Nacional da Seguridade So-
partir do mês subsequente ao do pagamen- cial, dentro de 180 (cento e oitenta) dias da sua
to indevido ou a maior que o devido até o instalação, adotará as providências necessárias
mês anterior ao da compensação ou resti- ao levantamento das dívidas da União para com
tuição e de 1% (um por cento) relativamen- a Seguridade Social.
te ao mês em que estiver sendo efetuada.
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). Art. 91. Mediante requisição da Seguridade So-
cial, a empresa é obrigada a descontar, da re-
§ 5º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº muneração paga aos segurados a seu serviço, a
11.941, de 2009). importância proveniente de dívida ou responsa-
bilidade por eles contraída junto à Seguridade
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº Social, relativa a benefícios pagos indevidamen-
11.941, de 2009). te.
§ 7º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº Art. 92. A infração de qualquer dispositivo des-
11.941, de 2009). ta Lei para a qual não haja penalidade expres-
§ 8º Verificada a existência de débito em samente cominada sujeita o responsável, con-
nome do sujeito passivo, o valor da restitui- forme a gravidade da infração, a multa variável
ção será utilizado para extingui-lo, total ou de Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros) a Cr$
parcialmente, mediante compensação. (In- 10.000.000,00 (dez milhões de cruzeiros), con-
cluído pela Lei nº 11.196, de 2005). forme dispuser o regulamento. 24

§ 9º Os valores compensados indevidamen- Art. 93. (Revogado o caput pela Lei nº 9.639, de
te serão exigidos com os acréscimos mora- 25.5.98.)
tórios de que trata o art. 35 desta Lei. (Inclu- Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº
ído pela Lei nº 11.941, de 2009). 11.941, de 2009)
§ 10. Na hipótese de compensação indevi- Art. 94. (Revogado pela Lei nº 11.501, de 2007).
da, quando se comprove falsidade da decla-
ração apresentada pelo sujeito passivo, o Art. 95. Caput. Revogado. (Redação dada pela
contribuinte estará sujeito à multa isolada Lei nº 9.983, de 2000).
aplicada no percentual previsto no inciso I
do caput do art. 44 da Lei nº 9.430, de 27 a) revogada; (Redação dada pela Lei nº
de dezembro de 1996, aplicado em dobro, 9.983, de 2000).
e terá como base de cálculo o valor total do b) revogada; (Redação dada pela Lei nº
débito indevidamente compensado. (Incluí- 9.983, de 2000).
do pela Lei nº 11.941, de 2009).
c) revogada; (Redação dada pela Lei nº
§ 11. Aplica-se aos processos de restituição 9.983, de 2000).
das contribuições de que trata este artigo e
de reembolso de salário-família e salário-

108 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

d) revogada; (Redação dada pela Lei nº § 5º Revogado. (Redação dada pela Lei nº
9.983, de 2000). 9.983, de 2000).
e) revogada; (Redação dada pela Lei nº Art. 96. O Poder Executivo enviará ao Congresso
9.983, de 2000). Nacional, anualmente, acompanhando a Pro-
posta Orçamentária da Seguridade Social, pro-
f) revogada; (Redação dada pela Lei nº jeções atuariais relativas à Seguridade Social,
9.983, de 2000). abrangendo um horizonte temporal de, no mí-
g) revogada; (Redação dada pela Lei nº nimo, 20 (vinte) anos, considerando hipóteses
9.983, de 2000). alternativas quanto às variáveis demográficas,
econômicas e institucionais relevantes.
h) revogada; (Redação dada pela Lei nº
9.983, de 2000). Art. 97. Fica o Instituto Nacional do Seguro So-
cial-INSS autorizado a proceder a alienação ou
i) revogada; (Redação dada pela Lei nº permuta, por ato da autoridade competente, de
9.983, de 2000). bens imóveis de sua propriedade considerados
desnecessários ou não vinculados às suas ativi-
j) revogada. (Redação dada pela Lei nº
dades operacionais. (Redação dada pela Lei nº
9.983, de 2000).
9.528, de 10.12.97).
§ 1º Revogado. (Redação dada pela Lei nº
§ 1º Na alienação a que se refere este artigo
9.983, de 2000).
será observado o disposto no art. 18 e nos
§ 2º A empresa que transgredir as normas incisos I, II e III do art. 19, da Lei nº 8.666, de
desta Lei, além das outras sanções previs- 21 de junho de 1993, alterada pelas Leis nºs
tas, sujeitar-se-á, nas condições em que dis- 8.883, de 8 de junho de 1994, e 9.032, de 28
puser o regulamento: de abril de 1995. (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
a) à suspensão de empréstimos e financia-
mentos, por instituições financeiras oficiais; § 2º (VETADO na Lei nº 9.528, de 10.12.97).
b) à revisão de incentivos fiscais de trata- Art. 98. Nas execuções fiscais da dívida ativa
mento tributário especial; do INSS, o leilão judicial dos bens penhorados
realizar-se-á por leiloeiro oficial, indicado pelo
c) à inabilitação para licitar e contratar com credor, que procederá à hasta pública:(Redação
qualquer órgão ou entidade da administra- dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
ção pública direta ou indireta federal, esta-
dual, do Distrito Federal ou municipal; I – no primeiro leilão, pelo valor do maior
lance, que não poderá ser inferior ao da
d) à interdição para o exercício do comércio, avaliação; (Incluído pela Lei nº 9.528, de
se for sociedade mercantil ou comerciante 10.12.1997).
individual;
II – no segundo leilão, por qualquer valor,
e) à desqualificação para impetrar concor- excetuado o vil. (Incluído pela Lei nº 9.528,
data; de 10.12.1997).
f) à cassação de autorização para funcionar § 1º Poderá o juiz, a requerimento do cre-
no país, quando for o caso. dor, autorizar seja parcelado o pagamento
§ 3º Revogado. (Redação dada pela Lei nº do valor da arrematação, na forma prevista
9.983, de 2000). para os parcelamentos administrativos de
débitos previdenciários. (Incluído pela Lei
§ 4º Revogado. (Redação dada pela Lei nº nº 9.528, de 10.12.1997).
9.983, de 2000).

www.acasadoconcurseiro.com.br 109
§ 2º Todas as condições do parcelamento § 8º Se o bem adjudicado não puder ser uti-
deverão constar do edital de leilão. (Incluí- lizado pelo INSS, e for de difícil venda, po-
do pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997). derá ser negociado ou doado a outro órgão
ou entidade pública que demonstre inte-
§ 3º O débito do executado será quitado na resse na sua utilização. (Incluído pela Lei nº
proporção do valor de arrematação. (Incluí- 9.528, de 10.12.1997).
do pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
§ 9º Não havendo interesse na adjudicação,
§ 4º O arrematante deverá depositar, no poderá o juiz do feito, de ofício ou a reque-
ato, o valor da primeira parcela. (Incluído rimento do credor, determinar sucessivas
pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997). repetições da hasta pública. (Incluído pela
§ 5º Realizado o depósito, será expedida Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
carta de arrematação, contendo as seguin- § 10. O leiloeiro oficial, a pedido do credor,
tes disposições: (Incluído pela Lei nº 9.528, poderá ficar como fiel depositário dos bens
de 10.12.1997). penhorados e realizar a respectiva remoção.
a) valor da arrematação, valor e número de (Incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
parcelas mensais em que será pago; (Incluí- § 11. O disposto neste artigo aplica-se às
do pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997). execuções fiscais da Dívida Ativa da União.
b) constituição de hipoteca do bem adqui- (Incluído pela Lei nº 10.522, de 2002).
rido, ou de penhor, em favor do credor, ser- Art. 99. O Instituto Nacional do Seguro Social-
vindo a carta de título hábil para registro -INSS poderá contratar leiloeiros oficiais para
da garantia; (Incluído pela Lei nº 9.528, de promover a venda administrativa dos bens, ad-
10.12.1997). judicados judicialmente ou que receber em da-
c) indicação do arrematante como fiel de- ção de pagamento. (Redação dada pela Lei nº
positário do bem móvel, quando constitu- 9.528, de 10.12.97).
ído penhor; (Incluído pela Lei nº 9.528, de Parágrafo único. O INSS, no prazo de ses-
10.12.1997). senta dias, providenciará alienação do bem
d) especificação dos critérios de reajusta- por intermédio do leiloeiro oficial. (Incluído
mento do saldo e das parcelas, que será pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
sempre o mesmo vigente para os parcela- Art. 100. (Revogado pela Lei nº 9.528, de
mentos de débitos previdenciários. (Incluí- 10.12.97)
do pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
Art. 101. (Revogado pela Medida Provisória nº
§ 6º Se o arrematante não pagar, no ven- 2.187-13, de 2001).
cimento, qualquer das parcelas mensais,
o saldo devedor remanescente vencerá Art. 102. Os valores expressos em moeda cor-
antecipadamente, que será acrescido em rente nesta Lei serão reajustados nas mesmas
cinqüenta por cento de seu valor a título épocas e com os mesmos índices utilizados
de multa, e, imediatamente inscrito em dí- para o reajustamento dos benefícios de presta-
vida ativa e executado. (Incluído pela Lei nº ção continuada da Previdência Social. (Redação
9.528, de 10.12.1997). dada pela Medida Provisória nº 2.187-13, de
2001).
§ 7º Se no primeiro ou no segundo leilões a
que se refere o caput não houver licitante, o § 1º O disposto neste artigo não se aplica às
INSS poderá adjudicar o bem por cinqüen- penalidades previstas no art. 32-A desta Lei.
ta por cento do valor da avaliação. (Incluído (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).

110 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 2º O reajuste dos valores dos salários-de-


-contribuição em decorrência da alteração
do salário-mínimo será descontado por oca-
sião da aplicação dos índices a que se refe-
re o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009).
Art. 103. O Poder Executivo regulamentará esta
Lei no prazo de 60 (sessenta) dias a partir da
data de sua publicação.
Art. 104. Esta Lei entrará em vigor na data de
sua publicação.
Art. 105. Revogam-se as disposições em contrá-
rio.
Brasília, em 24 de julho de 1991; 170º da Inde-
pendência e 103º da República.
FERNANDO COLLOR
Antonio Magri
Este texto não substitui o publicado no DOU
de 25.7.1991

www.acasadoconcurseiro.com.br 111
DECRETO Nº 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999

Aprova o Regulamento da Previdência Social, e Art. 1º O Regulamento da Previdência Social


dá outras providências. passa a vigorar na forma do texto apenso ao
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atri- presente Decreto, com seus anexos.
buição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de
Constituição Federal, e de acordo com a Emen- sua publicação.
da Constitucional no 20, de 1998, as Leis Com-
plementares nos 70, de 30 de dezembro de Art. 3º Ficam revogados os Decretos nos 33.335,
1991, e 84, de 18 de janeiro de 1996, e as Leis de 20 de julho de 1953, 36.911, de 15 de feverei-
nos 8.138, de 28 de dezembro de 1990, 8.212, ro de 1955, 65.106, de 5 de setembro de 1969,
de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho de 69.382, de 19 de outubro de 1971, 72.771, de
1991, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 8.383, de 6 de setembro de 1973, 73.617, de 12 de feve-
30 de dezembro de 1991, 8.398, de 7 de janeiro reiro de 1974,73.833, de 13 de março de 1974,
de 1992, 8.436, de 25 de junho de 1992, 8.444, 74.661, de 7 de outubro de 1974, 75.478, de
de 20 de julho de 1992, 8.540, de 22 de dezem- 14 de março de 1975, 75.706, de 8 de maio de
bro de 1992, 8.542, de 23 de dezembro de 1992, 1975, 75.884, de 19 de junho de 1975, 76.326,
8.619, de 5 de janeiro de 1993, 8.620, de 5 de de 23 de setembro de 1975, 77.210, de 20 de fe-
janeiro de 1993, 8.630 de 25 de fevereiro de vereiro de 1976, 79.037, de 24 de dezembro de
1993, 8.647, de 13 de abril de 1993, 8.742, de 7 1976, 79.575, de 26 de abril de 1977, 79.789, de
de dezembro de 1993, 8.745, de 9 de dezembro 7 de junho de 1977, 83.080, de 24 de janeiro de
de 1993, 8.861, de 25 de março de 1994, 8.864, 1979, 83.081, de 24 de janeiro de 1979, 85.745,
de 28 de março de 1994, 8.870, de 15 de abril de 23 de fevereiro de 1981, 85.850, de 30 de
de 1994, 8.880, de 27 de maio de 1994, 8.935, março 1981, 86.512, de 29 de outubro de 1981,
de 18 de novembro de 1994, 8.981, de 20 de 87.374, de 8 de julho de 1982, 87.430, de 28 de
janeiro de 1995, 9.032, de 28 de abril de 1995, julho de 1982, 88.353, de 6 de junho de 1983,
9.063, de 14 de junho de 1995, 9.065, de 20 de 88.367, de 7 de junho de 1983, 88.443, de 29
junho de 1995, 9.069, de 29 de junho de 1995, de junho de 1983, 89.167, de 9 de dezembro de
9.129, de 20 de novembro de 1995, 9.249, de 26 1983, 89.312, de 23 de janeiro de 1984, 90.038,
de dezembro de 1995, 9.250, de 26 de dezem- de 9 de agosto de 1984, 90.195, de 12 de setem-
bro de 1995, 9.317, de 5 de dezembro de 1996, bro de 1984, 90.817, de 17 de janeiro de 1985,
9.429, de 26 de dezembro de 1996, 9.476, de 23 91.406, de 5 de julho de 1985, 92.588, de 25 de
de julho de 1997, 9.506, de 30 de outubro de abril de 1986, 92.700, de 21 de maio de 1986,
1997, 9.528, de 10 de dezembro de 1997, 9.601, 92.702, de 21 de maio de 1986, 92.769, de 10
de 21 de janeiro de 1998, 9.615, de 24 de março de junho de 1986, 92.770, de 10 de junho de
de 1998, 9.639, de 25 de maio de 1998, 9.649, 1986, 92.976, de 22 de julho de 1986, 94.512,
de 27 de maio de 1998, 9.676, de 30 de junho de 24 de junho de 1987, 96.543, de 22 de agos-
de 1998, 9.703, de 17 de novembro de 1998, to de 1988, 96.595, de 25 de agosto de 1988,
9.711, de 21 de novembro de 1998, 9.717, de 98.376, de 7 de novembro de 1989, 99.301, de
27 de novembro de 1998, 9.718, de 27 de no- 15 de junho de 1990, 99.351, de 27 de junho
vembro de 1998, 9.719, de 27 de novembro 1990, 1.197, de 14 de julho de 1994, 1.514, de
de 1998, 9.720, de 30 de novembro de 1998, e 5 de junho de 1995, 1.826, de 29 de fevereiro
9.732, de 11 de dezembro de 1998. de 1996, 1.843, de 25 de março de 1996, 2.172,
de 5 de março de 1997, 2.173, de 5 de março
DECRETA: de 1997, 2.342, de 9 de outubro de 1997, 2.664,
de 10 de julho de 1998, 2.782, de 14 de setem-

112 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

bro de 1998, 2.803, de 20 de outubro de 1998, V – eqüidade na forma de participação no


2.924, de 5 de janeiro de 1999, e 3.039, de 28 custeio;
de abril de 1999.
VI – diversidade da base de financiamento;
Brasília, 6 de maio de 1999; 178º da Indepen- e
dência e 111º da República.
VII – caráter democrático e descentralizado
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO da administração, mediante gestão quadri-
Waldeck Ornélas partite, com participação dos trabalhado-
res, dos empregadores, dos aposentados e
Este texto não substitui o publicado no DOU de do governo nos órgãos colegiados.
7.5.1999, republicado em 12.5.1999; retificado
em 18.6.1999 e 21.6.1999
TÍTULO II
REGULAMENTO DA Da Saúde
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 2º A saúde é direito de todos e dever do Es-
tado, garantido mediante políticas sociais e eco-
nômicas que visem à redução do risco de doen-
LIVRO I ça e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promo-
Da Finalidade e ção, proteção e recuperação.
Dos Princípios Básicos
Parágrafo único. As atividades de saúde
são de relevância pública, e sua organização
obedecerá aos seguintes princípios e dire-
TÍTULO I trizes:
Da Seguridade Social I – acesso universal e igualitário;

Art. 1º A seguridade social compreende um II – provimento das ações e serviços me-


conjunto integrado de ações de iniciativa dos diante rede regionalizada e hierarquizada,
poderes públicos e da sociedade, destinado a integrados em sistema único;
assegurar o direito relativo à saúde, à previdên- III – descentralização, com direção única em
cia e à assistência social. cada esfera de governo;
Parágrafo único. A seguridade social obede- IV – atendimento integral, com prioridade
cerá aos seguintes princípios e diretrizes: para as atividades preventivas;
I – universalidade da cobertura e do atendi- V – participação da comunidade na gestão,
mento; fiscalização e acompanhamento das ações e
II – uniformidade e equivalência dos bene- serviços de saúde; e
fícios e serviços às populações urbanas e VI – participação da iniciativa privada na
rurais; assistência à saúde, em obediência aos pre-
III – seletividade e distributividade na pres- ceitos constitucionais.
tação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios,
de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo;

www.acasadoconcurseiro.com.br 113
TÍTULO III partite, com participação dos trabalhado-
res, dos empregadores, dos aposentados e
Da Assistência Social do governo nos órgãos colegiados.

Art. 3º A assistência social é a política social que Art. 5º A previdência social será organizada sob
provê o atendimento das necessidades básicas, a forma de regime geral, de caráter contributi-
traduzidas em proteção à família, à materni- vo e de filiação obrigatória, observados critérios
dade, à infância, à adolescência, à velhice e à que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
pessoa portadora de deficiência, independente- e atenderá a:
mente de contribuição à seguridade social. I – cobertura de eventos de doença, invali-
Parágrafo único. A organização da assistên- dez, morte e idade avançada;
cia social obedecerá às seguintes diretrizes: II – proteção à maternidade, especialmente
I – descentralização político-administrativa; à gestante;
e III – proteção ao trabalhador em situação
II – participação da população na formula- de desemprego involuntário;
ção e controle das ações em todos os níveis. IV – salário-família e auxílio-reclusão para
os dependentes dos segurados de baixa
renda; e
TÍTULO IV
V – pensão por morte do segurado, homem
Da Previdência Social ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes.
Art. 4º A previdência social rege-se pelos se-
guintes princípios e objetivos: LIVRO II
I – universalidade de participação nos pla-
nos previdenciários; Dos Benefícios Da Previdência Social
II – uniformidade e equivalência dos bene-
fícios e serviços às populações urbanas e TÍTULO I
rurais;
Dos Regimes Da
III – seletividade e distributividade na pres- Previdência Social
tação dos benefícios;
IV – cálculo dos benefícios considerando-se Art. 6º A previdência social compreende:
os salários-de-contribuição corrigidos mo- I – o Regime Geral de Previdência Social; e
netariamente;
II – os regimes próprios de previdêcia social
V – irredutibilidade do valor dos benefícios, dos servidores públicos e dos militares.
de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo;
Parágrafo único. O Regime Geral de Previ-
VI – valor da renda mensal dos benefícios dência Social garante a cobertura de todas
substitutos do salário-de-contribuição ou as situações expressas no art. 5º, exceto a
do rendimento do trabalho do segurado de desemprego involuntário, observado o
não inferior ao do salário mínimo; e disposto no art. 199-A quanto ao direito à
VII – caráter democrático e descentralizado aposentadoria por tempo de contribuição.
da administração, mediante gestão quadri- (Redação dada pelo Decreto nº 6.042, de
2007).

114 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Art. 7º A administração do Regime Geral de d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado


Previdência Social é atribuída ao Ministério da e contratado no Brasil para trabalhar como
Previdência e Assistência Social, sendo exercida empregado em empresa domiciliada no ex-
pelos órgãos e entidades a ele vinculados. terior com maioria do capital votante per-
tencente a empresa constituída sob as leis
brasileiras, que tenha sede e administração
TÍTULO II no País e cujo controle efetivo esteja em ca-
ráter permanente sob a titularidade direta
Do Regime Geral ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e
De Previdência Social residentes no País ou de entidade de direito
público interno;
e) aquele que presta serviço no Brasil a mis-
CAPÍTULO I são diplomática ou a repartição consular de
carreira estrangeira e a órgãos a elas subor-
DOS BENEFICIÁRIOS
dinados, ou a membros dessas missões e
Art. 8º São beneficiários do Regime Geral repartições, excluídos o não-brasileiro sem
de Previdência Social as pessoas físicas clas- residência permanente no Brasil e o brasi-
sificadas como segurados e dependentes, leiro amparado pela legislação previdenciá-
nos termos das Seções I e II deste Capítulo. ria do país da respectiva missão diplomática
ou repartição consular;
Seção I f) o brasileiro civil que trabalha para a União
DOS SEGURADOS no exterior, em organismos oficiais interna-
cionais dos quais o Brasil seja membro efe-
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdên-
tivo, ainda que lá domiciliado e contratado,
cia social as seguintes pessoas físicas:
salvo se amparado por regime próprio de
I – como empregado: previdência social;

a) aquele que presta serviço de natureza g) o brasileiro civil que presta serviços à
urbana ou rural a empresa, em caráter não União no exterior, em repartições governa-
eventual, sob sua subordinação e mediante mentais brasileiras, lá domiciliado e contra-
remuneração, inclusive como diretor em- tado, inclusive o auxiliar local de que tratam
pregado; os arts. 56 e 57 da Lei nº 11.440, de 29 de
dezembro de 2006, este desde que, em ra-
b) aquele que, contratado por empresa de zão de proibição legal, não possa filiar-se ao
trabalho temporário, por prazo não supe- sistema previdenciário local; (Redação dada
rior a três meses, prorrogável, presta ser- pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
viço para atender a necessidade transitória
de substituição de pessoal regular e perma- h) o bolsista e o estagiário que prestam ser-
nente ou a acréscimo extraordinário de ser- viços a empresa, em desacordo com a Lei nº
viço de outras empresas, na forma da legis- 11.788, de 25 de setembro de 2008; (Reda-
lação própria; ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado i) o servidor da União, Estado, Distrito Fede-


e contratado no Brasil para trabalhar como ral ou Município, incluídas suas autarquias
empregado no exterior, em sucursal ou e fundações, ocupante, exclusivamente, de
agência de empresa constituída sob as leis cargo em comissão declarado em lei de livre
brasileiras e que tenha sede e administra- nomeação e exoneração;
ção no País;

www.acasadoconcurseiro.com.br 115
j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou II – como empregado doméstico – aquele
Município, bem como o das respectivas au- que presta serviço de natureza contínua,
tarquias e fundações, ocupante de cargo mediante remuneração, a pessoa ou famí-
efetivo, desde que, nessa qualidade, não lia, no âmbito residencial desta, em ativida-
esteja amparado por regime próprio de pre- de sem fins lucrativos;
vidência social;
III e IV – (Revogados pelo Decreto nº 3.265,
l) o servidor contratado pela União, Estado, de 1999)
Distrito Federal ou Município, bem como
pelas respectivas autarquias e fundações, V – como contribuinte individual: (Redação
por tempo determinado, para atender a dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999))
necessidade temporária de excepcional in- a) a pessoa física, proprietária ou não, que
teresse público, nos termos do inciso IX do explora atividade agropecuária, a qualquer
art. 37 da Constituição Federal; título, em caráter permanente ou temporá-
m) o servidor da União, Estado, Distrito rio, em área, contínua ou descontínua, su-
Federal ou Município, incluídas suas autar- perior a quatro módulos fiscais; ou, quando
quias e fundações, ocupante de emprego em área igual ou inferior a quatro módulos
público; fiscais ou atividade pesqueira ou extrativis-
ta, com auxílio de empregados ou por inter-
n) (Revogada pelo Decreto nº 3.265, de médio de prepostos; ou ainda nas hipóteses
1999) dos §§ 8º e 23 deste artigo; (Redação dada
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
o) o escrevente e o auxiliar contratados por
titular de serviços notariais e de registro b) a pessoa física, proprietária ou não, que
a partir de 21 de novembro de 1994, bem explora atividade de extração mineral – ga-
como aquele que optou pelo Regime Geral rimpo -, em caráter permanente ou tem-
de Previdência Social, em conformidade porário, diretamente ou por intermédio de
com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de prepostos, com ou sem o auxílio de empre-
1994; e gados, utilizados a qualquer título, ainda
que de forma não contínua; (Redação dada
p) o exercente de mandato eletivo federal, pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
estadual ou municipal, desde que não vin-
culado a regime próprio de previdência so- c) o ministro de confissão religiosa e o mem-
cial; (Redação dada pelo Decreto nº 5.545, bro de instituto de vida consagrada, de con-
de 2005) gregação ou de ordem religiosa; (Redação
dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002)
q) o empregado de organismo oficial inter-
nacional ou estrangeiro em funcionamento d) o brasileiro civil que trabalha no exterior
no Brasil, salvo quando coberto por regime para organismo oficial internacional do qual
próprio de previdência social; (Incluída pelo o Brasil é membro efetivo, ainda que lá do-
Decreto nº 3.265, de 1999) miciliado e contratado, salvo quando cober-
to por regime próprio de previdência social;
r) o trabalhador rural contratado por produ- (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de
tor rural pessoa física, na forma do art. 14-A 1999)
da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, para
o exercício de atividades de natureza tem- e) o titular de firma individual urbana ou
porária por prazo não superior a dois me- rural; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265,
ses dentro do período de um ano; (Incluído de 1999)
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

116 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

f) o diretor não empregado e o membro de o) (Revogado pelo Decreto nº 7.054, de 2009)


conselho de administração na sociedade
anônima; (Redação dada pelo Decreto nº p) o Micro Empreendedor Individual – MEI
3.265, de 1999) de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro
g) todos os sócios, nas sociedades em nome de 2006, que opte pelo recolhimento dos
coletivo e de capital e indústria; (Incluída impostos e contribuições abrangidos pelo
pelo Decreto nº 3.265, de 1999) Simples Nacional em valores fixos mensais;
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
h) o sócio gerente e o sócio cotista que re-
cebam remuneração decorrente de seu tra- VI – como trabalhador avulso – aquele que,
balho e o administrador não empregado na sindicalizado ou não, presta serviço de na-
sociedade por cotas de responsabilidade tureza urbana ou rural, a diversas empre-
limitada, urbana ou rural; (Redação dada sas, sem vínculo empregatício, com a inter-
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) mediação obrigatória do órgão gestor de
mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630,
i) o associado eleito para cargo de direção de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato
em cooperativa, associação ou entidade de da categoria, assim considerados:
qualquer natureza ou finalidade, bem como
o síndico ou administrador eleito para exer- a) o trabalhador que exerce atividade por-
cer atividade de direção condominial, desde tuária de capatazia, estiva, conferência e
que recebam remuneração; (Incluída pelo conserto de carga, vigilância de embarcação
Decreto nº 3.265, de 1999) e bloco;
j) quem presta serviço de natureza urba- b) o trabalhador de estiva de mercadorias
na ou rural, em caráter eventual, a uma ou de qualquer natureza, inclusive carvão e mi-
mais empresas, sem relação de emprego; nério;
(Incluída pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
c) o trabalhador em alvarenga (embarcação
l) a pessoa física que exerce, por conta pró- para carga e descarga de navios);
pria, atividade econômica de natureza ur-
bana, com fins lucrativos ou não; (Incluída d) o amarrador de embarcação;
pelo Decreto nº 3.265, de 1999) e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
m) o aposentado de qualquer regime pre- f) o trabalhador na indústria de extração de sal;
videnciário nomeado magistrado classista
temporário da Justiça do Trabalho, na forma g) o carregador de bagagem em porto;
dos incisos II do § 1º do art. 111 ou III do
h) o prático de barra em porto;
art. 115 ou do parágrafo único do art. 116
da Constituição Federal, ou nomeado ma- i) o guindasteiro; e
gistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos
incisos II do art. 119 ou III do § 1º do art. j) o classificador, o movimentador e o em-
120 da Constituição Federal; (Incluída pelo pacotador de mercadorias em portos; e
Decreto nº 3.265, de 1999) VII – como segurado especial: a pessoa fí-
n) o cooperado de cooperativa de produção sica residente no imóvel rural ou em aglo-
que, nesta condição, presta serviço à socie- merado urbano ou rural próximo que, in-
dade cooperativa mediante remuneração dividualmente ou em regime de economia
ajustada ao trabalho executado; e (Incluída familiar, ainda que com o auxílio eventual
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) de terceiros, na condição de: (Redação dada
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

www.acasadoconcurseiro.com.br 117
a) produtor, seja ele proprietário, usufrutu- § 4º Entende-se por serviço prestado em
ário, possuidor, assentado, parceiro ou me- caráter não eventual aquele relacionado
eiro outorgados, comodatário ou arrenda- direta ou indiretamente com as atividades
tário rurais, que explore atividade: (Incluído normais da empresa.
pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 5º Entende-se como regime de economia
1. agropecuária em área contínua ou não familiar a atividade em que o trabalho dos
de até quatro módulos fiscais; ou (Incluído membros da família é indispensável à pró-
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). pria subsistência e ao desenvolvimento so-
cioeconômico do núcleo familiar e é exerci-
2. de seringueiro ou extrativista vegetal na do em condições de mútua dependência e
coleta e extração, de modo sustentável, de colaboração, sem a utilização de emprega-
recursos naturais renováveis, e faça dessas dos permanentes. (Redação dada pelo De-
atividades o principal meio de vida; (Incluí- creto nº 6.722, de 2008).
do pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 6º Entende-se como auxílio eventual de
b) pescador artesanal ou a este assemelha- terceiros o que é exercido ocasionalmente,
do, que faça da pesca profissão habitual ou em condições de mútua colaboração, não
principal meio de vida; e (Incluído pelo De- existindo subordinação nem remuneração.
creto nº 6.722, de 2008).
§ 7º Para efeito do disposto na alínea "a" do
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho inciso VI do caput, entende-se por:
maior de dezesseis anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as I – capatazia – a atividade de movimentação
alíneas “a” e “b” deste inciso, que, compro- de mercadorias nas instalações de uso pú-
vadamente, tenham participação ativa nas blico, compreendendo o recebimento, con-
atividades rurais ou pesqueiras artesanais, ferência, transporte interno, abertura de
respectivamente, do grupo familiar. (Reda- volumes para conferência aduaneira, mani-
ção dada pelo Decreto nº 8.499, de 2015) pulação, arrumação e entrega, bem como o
carregamento e descarga de embarcações,
§ 1º O aposentado pelo Regime Geral de quando efetuados por aparelhamento por-
Previdência Social que voltar a exercer ativi- tuário;
dade abrangida por este regime é segurado
obrigatório em relação a essa atividade, fi- II – estiva – a atividade de movimentação
cando sujeito às contribuições de que trata de mercadorias nos conveses ou nos porões
este Regulamento. das embarcações principais ou auxiliares,
incluindo transbordo, arrumação, peação
§ 2º Considera-se diretor empregado aque- e despeação, bem como o carregamento e
le que, participando ou não do risco econô- a descarga das mesmas, quando realizados
mico do empreendimento, seja contratado com equipamentos de bordo;
ou promovido para cargo de direção das so-
ciedades anônimas, mantendo as caracte- III – conferência de carga – a contagem de
rísticas inerentes à relação de emprego. volumes, anotação de suas características,
procedência ou destino, verificação do esta-
§ 3º Considera-se diretor não empregado do das mercadorias, assistência à pesagem,
aquele que, participando ou não do risco conferência do manifesto e demais serviços
econômico do empreendimento, seja elei- correlatos, nas operações de carregamento
to, por assembléia geral dos acionistas, para e descarga de embarcações;
cargo de direção das sociedades anônimas,
não mantendo as características inerentes à IV – conserto de carga – o reparo e a restau-
relação de emprego. ração das embalagens de mercadoria, nas

118 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

operações de carregamento e descarga de V – exercício de mandato de vereador do


embarcações, reembalagem, marcação, re- município onde desenvolve a atividade ru-
marcação, carimbagem, etiquetagem, aber- ral, ou de dirigente de cooperativa rural
tura de volumes para vistoria e posterior re- constituída exclusivamente por segura-
composição; dos especiais, observado o disposto no §
22 deste artigo; (Incluído pelo Decreto nº
V – vigilância de embarcações – a atividade 6.722, de 2008).
de fiscalização da entrada e saída de pes-
soas a bordo das embarcações atracadas VI – parceria ou meação outorgada na for-
ou fundeadas ao largo, bem como da mo- ma e condições estabelecidas no inciso I do
vimentação de mercadorias nos portalós, § 18 deste artigo; (Incluído pelo Decreto nº
rampas, porões, conveses, plataformas e 6.722, de 2008).
em outros locais da embarcação; e
VII – atividade artesanal desenvolvida com
VI – bloco – a atividade de limpeza e conser- matéria-prima produzida pelo respectivo
vação de embarcações mercantes e de seus grupo familiar, podendo ser utilizada maté-
tanques, incluindo batimento de ferrugem, ria-prima de outra origem, desde que, nes-
pintura, reparo de pequena monta e servi- se caso, a renda mensal obtida na atividade
ços correlatos. não exceda ao menor benefício de presta-
ção continuada da previdência social; e (In-
§ 8º Não é segurado especial o membro cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
de grupo familiar que possuir outra fonte
de rendimento, exceto se decorrente de: VIII – atividade artística, desde que em va-
(Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de lor mensal inferior ao menor benefício de
2008). prestação continuada da previdência social.
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
I – benefício de pensão por morte, auxílio-
-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não § 9º Para os fins previstos nas alíneas "a" e
supere o do menor benefício de prestação "b" do inciso V do caput, entende-se que a
continuada da previdência social; (Redação pessoa física, proprietária ou não, explora
dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). atividade através de prepostos quando, na
condição de parceiro outorgante, desenvol-
II – benefício previdenciário pela participa- ve atividade agropecuária, pesqueira ou de
ção em plano de previdência complementar extração de minerais por intermédio de par-
instituído nos termos do inciso III do § 18 ceiros ou meeiros.
deste artigo; (Redação dada pelo Decreto
nº 6.722, de 2008). § 10. O dirigente sindical mantém, durante
o exercício do mandato, o mesmo enqua-
III – exercício de atividade remunerada em dramento no Regime Geral de Previdência
período de entressafra ou do defeso, não Social de antes da investidura no cargo.
superior a cento e vinte dias, corridos ou
intercalados, no ano civil, observado o dis- § 11. O magistrado da Justiça Eleitoral, no-
posto no § 22 deste artigo; (Incluído pelo meado na forma do inciso II do art. 119 ou
Decreto nº 6.722, de 2008). III do § 1º do art. 120 da Constituição Fede-
ral, mantém o mesmo enquadramento no
IV – exercício de mandato eletivo de diri- Regime Geral de Previdência Social de antes
gente sindical de organização da categoria da investidura no cargo. (Redação dada pelo
de trabalhadores rurais; (Incluído pelo De- Decreto nº 4.729, de 2003)
creto nº 6.722, de 2008).

www.acasadoconcurseiro.com.br 119
§ 12. O exercício de atividade remunerada I – o condutor autônomo de veículo rodovi-
sujeita a filiação obrigatória ao Regime Ge- ário, assim considerado aquele que exerce
ral de Previdência Social. atividade profissional sem vínculo emprega-
tício, quando proprietário, co-proprietário
§ 13. Aquele que exerce, concomitantemen- ou promitente comprador de um só veículo;
te, mais de uma atividade remunerada su-
jeita ao Regime Geral de Previdência Social II – aquele que exerce atividade de auxiliar
– RGPS é obrigatoriamente filiado em rela- de condutor autônomo de veículo rodovi-
ção a cada uma dessas atividades, obser- ário, em automóvel cedido em regime de
vada, para os segurados inscritos até 29 de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de
novembro de 1999 e sujeitos a salário-base, 30 de agosto de 1974;
a tabela de transitoriedade de que trata o §
2º do art. 278-A e, para os segurados inscri- III – aquele que, pessoalmente, por conta
tos a partir daquela data, o disposto no in- própria e a seu risco, exerce pequena ativi-
ciso III do caput do art. 214. (Redação dada dade comercial em via pública ou de porta
pelo Decreto nº 3.452, de 2000) em porta, como comerciante ambulante,
nos termos da Lei nº 6.586, de 6 de novem-
§ 14. Considera-se pescador artesanal bro de 1978;
aquele que, individualmente ou em regime
de economia familiar, faz da pesca sua pro- IV – o trabalhador associado a cooperativa
fissão habitual ou meio principal de vida, que, nessa qualidade, presta serviços a ter-
desde que: (Redação dada pelo Decreto nº ceiros;
3.668, de 2000) V – o membro de conselho fiscal de socie-
I – não utilize embarcação; ou (Redação dade por ações;
dada pelo Decreto nº 8.424, de 2015) VI – aquele que presta serviço de natureza
II – utilize embarcação de pequeno porte, não contínua, por conta própria, a pessoa
nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de ju- ou família, no âmbito residencial desta, sem
nho de 2009. (Redação dada pelo Decreto fins lucrativos;
nº 8.424, de 2015) VII – o notário ou tabelião e o oficial de re-
III – (Revogado pelo Decreto nº 8.424, de gistros ou registrador, titular de cartório,
2015) que detêm a delegação do exercício da ati-
vidade notarial e de registro, não remunera-
§ 14-A. Considera-se assemelhado ao pes- dos pelos cofres públicos, admitidos a partir
cador artesanal aquele que realiza atividade de 21 de novembro de 1994;
de apoio à pesca artesanal, exercendo tra-
balhos de confecção e de reparos de artes VIII – aquele que, na condição de peque-
e petrechos de pesca e de reparos em em- no feirante, compra para revenda produtos
barcações de pequeno porte ou atuando no hortifrutigranjeiros ou assemelhados;
processamento do produto da pesca arte- IX – a pessoa física que edifica obra de cons-
sanal. (Incluído dada pelo Decreto nº 8.499, trução civil;
de 2015)
X – o médico residente de que trata a Lei
§ 15. Enquadram-se nas situações previstas nº 6.932, de 7 de julho de 1981. (Redação
nas alíneas "j" e "l" do inciso V do caput, en- dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
tre outros: (Redação dada pelo Decreto nº
3.265, de 1999) XI – o pescador que trabalha em regime
de parceria, meação ou arrendamento, em
embarcação de médio ou grande porte, nos

120 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

termos da Lei nº 11.959, de 2009; (Redação II – a exploração da atividade turística da


dada pelo Decreto nº 8.424, de 2015) propriedade rural, inclusive com hospe-
dagem, por não mais de cento e vinte dias
XII – o incorporador de que trata o art. 29 ao ano; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. 2008).
XIII – o bolsista da Fundação Habitacional III – a participação em plano de previdên-
do Exército contratado em conformidade cia complementar instituído por entidade
com a Lei nº 6.855, de 18 de novembro de classista a que seja associado, em razão da
1980; e (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de condição de trabalhador rural ou de produ-
1999) tor rural em regime de economia familiar;
XIV – o árbitro e seus auxiliares que atuam (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24 IV – a participação como beneficiário ou in-
de março de 1998.(Incluído pelo Decreto nº tegrante de grupo familiar que tem algum
3.265, de 1999) componente que seja beneficiário de pro-
XV – o membro de conselho tutelar de que grama assistencial oficial de governo; (Inclu-
trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de ju- ído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
lho de 1990, quando remunerado; (Incluído V – a utilização pelo próprio grupo familiar
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) de processo de beneficiamento ou indus-
XVI – o interventor, o liquidante, o adminis- trialização artesanal, na exploração da ativi-
trador especial e o diretor fiscal de institui- dade, de acordo com o disposto no § 25; e
ção financeira de que trata o § 6º do art. 201. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) VI – a associação a cooperativa agropecu-
§ 16. Aplica-se o disposto na alínea "i" do ária. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
inciso I do caput ao ocupante de cargo de 2008).
Ministro de Estado, de Secretário Estadual, § 19. Os segurados de que trata o art. 199-A
Distrital ou Municipal, sem vínculo efeti- terão identificação específica nos registros
vo com a União, Estados, Distrito Federal e da Previdência Social. (Incluído pelo Decre-
Municípios, suas autarquias, ainda que em to nº 6.042, de 2007).
regime especial, e fundações. (Incluído pelo
Decreto nº 3.265, de 1999) § 20. Para os fins deste artigo, considera-
-se que o segurado especial reside em aglo-
§ 17. (Revogado pelo Decreto nº 8.424, de merado urbano ou rural próximo ao imóvel
2015) rural onde desenvolve a atividade quando
§ 18. Não descaracteriza a condição de se- resida no mesmo município de situação do
gurado especial: (Redação dada pelo Decre- imóvel onde desenvolve a atividade rural,
to nº 6.722, de 2008). ou em município contíguo ao em que de-
senvolve a atividade rural. (Incluído pelo
I – a outorga, por meio de contrato escrito Decreto nº 6.722, de 2008).
de parceria, meação ou comodato, de até
cinqüenta por cento de imóvel rural cuja § 21. O grupo familiar poderá utilizar-se de
área total, contínua ou descontínua, não empregado, inclusive daquele referido na
seja superior a quatro módulos fiscais, des- alínea “r” do inciso I do caput deste artigo,
de que outorgante e outorgado continuem ou de trabalhador de que trata a alínea “j”
a exercer a respectiva atividade, individual- do inciso V, em épocas de safra, à razão de
mente ou em regime de economia familiar; no máximo cento e vinte pessoas/dia den-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). tro do ano civil, em períodos corridos ou in-

www.acasadoconcurseiro.com.br 121
tercalados ou, ainda, por tempo equivalente c) dias de hospedagem a que se refere o in-
em horas de trabalho, à razão de oito horas/ ciso II do § 18 deste artigo. (Incluído pelo
dia e quarenta e quatro horas/semana. (In- Decreto nº 6.722, de 2008).
cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 24. Aplica-se o disposto na alínea “a” do
§ 22. O disposto nos incisos III e V do § 8º inciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou
deste artigo não dispensa o recolhimento companheiro do produtor que participe da
da contribuição devida em relação ao exer- atividade rural por este explorada. (Incluído
cício das atividades de que tratam os referi- pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
dos incisos. (Incluído pelo Decreto nº 6.722,
de 2008). § 25. Considera-se processo de beneficia-
mento ou industrialização artesanal aquele
§ 23. O segurado especial fica excluído realizado diretamente pelo próprio produ-
dessa categoria: (Incluído pelo Decreto nº tor rural pessoa física, observado o disposto
6.722, de 2008). no § 5º do art. 200, desde que não esteja
sujeito à incidência do Imposto Sobre Pro-
I – a contar do primeiro dia do mês em que: dutos Industrializados – IPI.§ 26. É conside-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). rado MEI o empresário individual a que se
a) deixar de satisfazer as condições estabe- refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de
lecidas no inciso VII do caput deste artigo, janeiro de 2002 – Código Civil, que tenha
sem prejuízo do disposto no art. 13, ou ex- auferido receita bruta, no ano-calendário
ceder qualquer dos limites estabelecidos no anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis
inciso I do § 18 deste artigo; (Incluído pelo mil reais), optante pelo Simples Nacional e
Decreto nº 6.722, de 2008). que não esteja impedido de optar pela sis-
temática de recolhimento mencionada na
b) se enquadrar em qualquer outra catego- alínea “p” do inciso V do caput. (Incluído
ria de segurado obrigatório do Regime Geral pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
de Previdência Social, ressalvado o disposto
nos incisos III, V, VII e VIII do § 8º deste ar- Art. 10. O servidor civil ocupante de cargo efeti-
tigo, sem prejuízo do disposto no art. 13; e vo ou o militar da União, Estado, Distrito Fede-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). ral ou Município, bem como o das respectivas
autarquias e fundações, são excluídos do Regi-
c) se tornar segurado obrigatório de outro me Geral de Previdência Social consubstanciado
regime previdenciário; (Incluído pelo Decre- neste Regulamento, desde que amparados por
to nº 6.722, de 2008). regime próprio de previdência social. (Redação
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
II – a contar do primeiro dia do mês subse-
qüente ao da ocorrência, quando o grupo § 1º Caso o servidor ou o militar, ampara-
familiar a que pertence exceder o limite de: dos por regime próprio de previdência so-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). cial, sejam requisitados para outro órgão
ou entidade cujo regime previdenciário não
a) utilização de trabalhadores nos termos
permita a filiação nessa condição, permane-
do § 21 deste artigo; (Incluído pelo Decreto
cerão vinculados ao regime de origem, obe-
nº 6.722, de 2008).
decidas às regras que cada ente estabeleça
b) dias em atividade remunerada estabele- acerca de sua contribuição. (Redação dada
cidos no inciso III do § 8º deste artigo; e (In- pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 2º Caso o servidor ou o militar venham a
exercer, concomitantemente, uma ou mais
atividades abrangidas pelo Regime Geral de

122 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Previdência Social, tornar-se-ão segurados IX – o presidiário que não exerce atividade


obrigatórios em relação a essas atividades. remunerada nem esteja vinculado a qual-
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de quer regime de previdência social; (Reda-
1999) ção dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009)
§ 3º Entende-se por regime próprio de pre- X – o brasileiro residente ou domiciliado no
vidência social o que assegura pelo menos exterior, salvo se filiado a regime previden-
as aposentadorias e pensão por morte pre- ciário de país com o qual o Brasil mantenha
vistas no art. 40 da Constituição Federal. acordo internacional; e (Redação dada pelo
(Redação dada pelo Decreto nº 3.452, de Decreto nº 7.054, de 2009)
2000))
XI – o segurado recolhido à prisão sob re-
Art. 11. É segurado facultativo o maior de de- gime fechado ou semi-aberto, que, nesta
zesseis anos de idade que se filiar ao Regime condição, preste serviço, dentro ou fora da
Geral de Previdência Social, mediante contribui- unidade penal, a uma ou mais empresas,
ção, na forma do art. 199, desde que não esteja com ou sem intermediação da organização
exercendo atividade remunerada que o enqua- carcerária ou entidade afim, ou que exerce
dre como segurado obrigatório da previdência atividade artesanal por conta própria. (In-
social. cluído pelo Decreto nº 7.054, de 2009)
§ 1º Podem filiar-se facultativamente, entre § 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de
outros: Previdência Social, na qualidade de segura-
do facultativo, de pessoa participante de re-
I – a dona-de-casa; gime próprio de previdência social, salvo na
II – o síndico de condomínio, quando não hipótese de afastamento sem vencimento e
remunerado; desde que não permitida, nesta condição,
contribuição ao respectivo regime próprio.
III – o estudante;
§ 3º A filiação na qualidade de segurado fa-
IV – o brasileiro que acompanha cônjuge cultativo representa ato volitivo, gerando
que presta serviço no exterior; efeito somente a partir da inscrição e do pri-
meiro recolhimento, não podendo retroagir
V – aquele que deixou de ser segurado obri-
e não permitindo o pagamento de contri-
gatório da previdência social;
buições relativas a competências anteriores
VI – o membro de conselho tutelar de que à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art.
trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de ju- 28.
lho de 1990, quando não esteja vinculado a
§ 4º Após a inscrição, o segurado facultativo
qualquer regime de previdência social;
somente poderá recolher contribuições em
VII – o bolsista e o estagiário que prestam atraso quando não tiver ocorrido perda da
serviços a empresa de acordo com a Lei nº qualidade de segurado, conforme o dispos-
6.494, de 1977; to no inciso VI do art. 13.
VIII – o bolsista que se dedique em tempo Art. 12. Consideram-se:
integral a pesquisa, curso de especialização,
I – empresa – a firma individual ou a socie-
pós-graduação, mestrado ou doutorado, no
dade que assume o risco de atividade eco-
Brasil ou no exterior, desde que não esteja
nômica urbana ou rural, com fins lucrativos
vinculado a qualquer regime de previdência
ou não, bem como os órgãos e as entidades
social;
da administração pública direta, indireta e
fundacional; e

www.acasadoconcurseiro.com.br 123
II – empregador doméstico – aquele que V – até três meses após o licenciamento, o
admite a seu serviço, mediante remunera- segurado incorporado às Forças Armadas
ção, sem finalidade lucrativa, empregado para prestar serviço militar; e
doméstico.
VI – até seis meses após a cessação das con-
Parágrafo único. Equiparam-se a empresa, tribuições, o segurado facultativo.
para os efeitos deste Regulamento: (Reda-
ção dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) § 1º O prazo do inciso II será prorrogado
para até vinte e quatro meses, se o segura-
I – o contribuinte individual, em relação a do já tiver pago mais de cento e vinte con-
segurado que lhe presta serviço; (Redação tribuições mensais sem interrupção que
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) acarrete a perda da qualidade de segurado.
II – a cooperativa, a associação ou a entida- § 2º O prazo do inciso II ou do § 1º será
de de qualquer natureza ou finalidade, in- acrescido de doze meses para o segurado
clusive a missão diplomática e a repartição desempregado, desde que comprovada
consular de carreiras estrangeiras; essa situação por registro no órgão próprio
do Ministério do Trabalho e Emprego.
III – o operador portuário e o órgão gestor
de mão-de-obra de que trata a Lei nº 8.630, § 3º Durante os prazos deste artigo, o segu-
de 1993; e rado conserva todos os seus direitos peran-
te a previdência social.
IV – o proprietário ou dono de obra de
construção civil, quando pessoa física, em § 4º Aplica-se o disposto no inciso II do ca-
relação a segurado que lhe presta serviço. put e no § 1º ao segurado que se desvincu-
lar de regime próprio de previdência social.
Subseção Única (Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
DA MANUTENÇÃO E DA PERDA DA
§ 5º A perda da qualidade de segurado não
QUALIDADE DE SEGURADO será considerada para a concessão das apo-
sentadorias por tempo de contribuição e
Art. 13. Mantém a qualidade de segurado, inde-
especial. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
pendentemente de contribuições:
2003)
I – sem limite de prazo, quem está em gozo
§ 6º Aplica-se o disposto no § 5º à aposen-
de benefício;
tadoria por idade, desde que o segurado
II – até doze meses após a cessação de be- conte com, no mínimo, o número de con-
nefício por incapacidade ou após a cessação tribuições mensais exigido para efeito de
das contribuições, o segurado que deixar carência na data do requerimento do be-
de exercer atividade remunerada abrangida nefício. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
pela previdência social ou estiver suspenso 2003)
ou licenciado sem remuneração;
Art. 14. O reconhecimento da perda da quali-
III – até doze meses após cessar a segrega- dade de segurado no termo final dos prazos fi-
ção, o segurado acometido de doença de xados no art. 13 ocorrerá no dia seguinte ao do
segregação compulsória; vencimento da contribuição do contribuinte in-
dividual relativa ao mês imediatamente poste-
IV – até doze meses após o livramento, o se- rior ao término daqueles prazos. (Redação dada
gurado detido ou recluso; pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
Art. 15. (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de
2001)

124 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Seção II § 7º A dependência econômica das pessoas


DOS DEPENDENTES de que trata o inciso I é presumida e a das
demais deve ser comprovada.
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Art. 17. A perda da qualidade de dependente
Previdência Social, na condição de dependentes ocorre:
do segurado:
I – para o cônjuge, pela separação judicial
I – o cônjuge, a companheira, o companhei- ou divórcio, enquanto não lhe for assegura-
ro e o filho não emancipado de qualquer da a prestação de alimentos, pela anulação
condição, menor de vinte e um anos ou in- do casamento, pelo óbito ou por sentença
válido; judicial transitada em julgado;
II – os pais; ou II – para a companheira ou companheiro,
III – o irmão não emancipado, de qualquer pela cessação da união estável com o segu-
condição, menor de vinte e um anos ou in- rado ou segurada, enquanto não lhe for ga-
válido. rantida a prestação de alimentos;

§ 1º Os dependentes de uma mesma classe III – para o filho e o irmão, de qualquer con-
concorrem em igualdade de condições. dição, ao completarem vinte e um anos de
idade, salvo se inválidos, desde que a inva-
§ 2º A existência de dependente de qual- lidez tenha ocorrido antes: (Redação dada
quer das classes deste artigo exclui do direi- pelo Decreto nº 6.939, de 2009)
to às prestações os das classes seguintes.
a) de completarem vinte e um anos de
§ 3º Equiparam-se aos filhos, nas condições idade; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de
do inciso I, mediante declaração escrita do 2009)
segurado, comprovada a dependência eco-
nômica na forma estabelecida no § 3º do b) do casamento; (Incluído pelo Decreto nº
art. 22, o enteado e o menor que esteja sob 6.939, de 2009)
sua tutela e desde que não possua bens su- c) do início do exercício de emprego público
ficientes para o próprio sustento e educa- efetivo; (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de
ção. (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, 2009)
de 2001)
d) da constituição de estabelecimento civil
§ 4º O menor sob tutela somente poderá ou comercial ou da existência de relação de
ser equiparado aos filhos do segurado me- emprego, desde que, em função deles, o
diante apresentação de termo de tutela. menor com dezesseis anos completos tenha
§ 5º Considera-se companheira ou compa- economia própria; ou (Incluído pelo Decre-
nheiro a pessoa que mantenha união está- to nº 6.939, de 2009)
vel com o segurado ou segurada. e) da concessão de emancipação, pelos
§ 6º Considera-se união estável aquela con- pais, ou de um deles na falta do outro, me-
figurada na convivência pública, contínua e diante instrumento público, independen-
duradoura entre o homem e a mulher, es- temente de homologação judicial, ou por
tabelecida com intenção de constituição de sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
família, observado o § 1º do art. 1.723 do tiver dezesseis anos completos; e (Incluído
Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406, pelo Decreto nº 6.939, de 2009)
de 10 de janeiro de 2002. (Redação dada IV – para os dependentes em geral:
pelo Decreto nº 6.384, de 2008).
a) pela cessação da invalidez; ou

www.acasadoconcurseiro.com.br 125
b) pelo falecimento. § 1º A inscrição do segurado de que trata o
inciso I será efetuada diretamente na em-
Seção III presa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-
DAS INSCRIÇÕES -obra e a dos demais no Instituto Nacional
do Seguro Social. (Redação dada pelo De-
Subseção I creto nº 3.265, de 1999)
DO SEGURADO § 2º A inscrição do segurado em qualquer
categoria mencionada neste artigo exige a
Art. 18. Considera-se inscrição de segurado
idade mínima de dezesseis anos.
para os efeitos da previdência social o ato pelo
qual o segurado é cadastrado no Regime Geral § 3º Todo aquele que exercer, concomitan-
de Previdência Social, mediante comprovação temente, mais de uma atividade remunera-
dos dados pessoais e de outros elementos ne- da sujeita ao Regime Geral de Previdência
cessários e úteis a sua caracterização, observa- Social será obrigatoriamente inscrito em re-
do o disposto no art. 330 e seu parágrafo único, lação a cada uma delas.
na seguinte forma: (Redação dada pelo Decreto
nº 3.265, de 1999) § 4º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
2008).
I – o empregado e trabalhador avulso – pelo
preenchimento dos documentos que os ha- § 5º Presentes os pressupostos da filiação,
bilitem ao exercício da atividade, formali- admite-se a inscrição post mortem do se-
zado pelo contrato de trabalho, no caso de gurado especial.(Incluído pelo Decreto nº
empregado, observado o disposto no § 2º 3.265, de 1999)
do art. 20, e pelo cadastramento e registro § 6º A comprovação dos dados pessoais e
no sindicato ou órgão gestor de mão-de- de outros elementos necessários e úteis à
-obra, no caso de trabalhador avulso; (Reda- caracterização do segurado poderá ser exi-
ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). gida quando da concessão do benefício. (In-
II – empregado doméstico – pela apresenta- cluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
ção de documento que comprove a existên- § 7º A inscrição do segurado especial será
cia de contrato de trabalho; feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo
III – contribuinte individual – pela apresen- grupo familiar e conterá, além das informa-
tação de documento que caracterize a sua ções pessoais, a identificação da forma do
condição ou o exercício de atividade profis- exercício da atividade, se individual ou em
sional, liberal ou não;(Redação dada pelo regime de economia familiar; da condição
Decreto nº 3.265, de 1999) no grupo familiar, se titular ou componen-
te; do tipo de ocupação do titular de acor-
IV – segurado especial – pela apresentação do com tabela do Código Brasileiro de Ocu-
de documento que comprove o exercício de pações; da forma de ocupação do titular
atividade rural; e (Redação dada pelo De- vinculando-o à propriedade ou embarcação
creto nº 3.265, de 1999) em que trabalha, da propriedade em que
desenvolve a atividade, se nela reside ou o
V – facultativo – pela apresentação de do-
município onde reside e, quando for o caso,
cumento de identidade e declaração ex-
a identificação e inscrição da pessoa res-
pressa de que não exerce atividade que o
ponsável pelo grupo familiar. (Incluído pelo
enquadre na categoria de segurado obriga-
Decreto nº 6.722, de 2008).
tório. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265,
de 1999) § 8º O segurado especial integrante de gru-
po familiar que não seja proprietário do

126 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

imóvel rural ou da embarcação em que de- a) após o último dia do quinto mês sub-
senvolve sua atividade deve informar, no seqüente ao mês da data de prestação de
ato da inscrição, conforme o caso, o nome serviço pelo segurado, quando se tratar de
e o CPF do parceiro ou meeiro outorgante, dados informados por meio da Guia de Re-
arrendador, comodante ou assemelhado. colhimento do Fundo de Garantia do Tem-
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). po de Serviço e Informações à Previdência
Social – GFIP; e (Incluído pelo Decreto nº
Art. 19. Os dados constantes do Cadastro Na- 6.722, de 2008).
cional de Informações Sociais – CNIS relativos
a vínculos, remunerações e contribuições va- b) após o último dia do exercício seguinte ao
lem como prova de filiação à previdência social, a que se referem as informações, quando se
tempo de contribuição e salários-de-contribui- tratar de dados informados por meio da Re-
ção. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de lação Anual de Informações Sociais – RAIS;
2008). (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

§ 1º O segurado poderá solicitar, a qualquer III – relativos a contribuições, sempre que o


momento, a inclusão, exclusão ou retifica- recolhimento tiver sido feito sem observân-
ção das informações constantes do CNIS, cia do estabelecido em lei. (Incluído pelo
com a apresentação de documentos com- Decreto nº 6.722, de 2008).
probatórios dos dados divergentes, confor- § 4º A extemporaneidade de que trata o
me critérios definidos pelo INSS, indepen- inciso I do § 3º será relevada após um ano
dentemente de requerimento de benefício, da data do documento que tiver gerado a
exceto na hipótese do art. 142. (Redação informação, desde que, cumulativamente:
dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 2º Informações inseridas extemporane- I – o atraso na apresentação do documento
amente no CNIS, independentemente de não tenha excedido o prazo de que trata a
serem inéditas ou retificadoras de dados alínea “a” do inciso II do § 3º; (Incluído pelo
anteriormente informados, somente serão Decreto nº 6.722, de 2008).
aceitas se corroboradas por documentos II – (Revogado pelo Decreto nº 7.223, de
que comprovem a sua regularidade. (Reda- 2010)
ção dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
III – o segurado não tenha se valido da al-
§ 3º Respeitadas as definições vigentes so- teração para obter benefício cuja carência
bre a procedência e origem das informa- mínima seja de até doze contribuições men-
ções, considera-se extemporânea a inser- sais. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
ção de dados: (Redação dada pelo Decreto 2008).
nº 6.722, de 2008). § 5º Não constando do CNIS informações
I – relativos à data de início de vínculo, sem- sobre contribuições ou remunerações, ou
pre que decorrentes de documento apre- havendo dúvida sobre a regularidade do
sentado após o transcurso de até cento e vínculo, motivada por divergências ou in-
vinte dias do prazo estabelecido pela legis- suficiências de dados relativos ao emprega-
lação, cabendo ao INSS dispor sobre a redu- dor, ao segurado, à natureza do vínculo, ou
ção desse prazo; (Redação dada pelo Decre- a procedência da informação, esse período
to nº 7.223, de 2010) respectivo somente será confirmado me-
diante a apresentação pelo segurado da do-
II – relativos a remunerações, sempre que cumentação comprobatória solicitada pelo
decorrentes de documento apresentado: INSS. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 2008).

www.acasadoconcurseiro.com.br 127
§ 6º O INSS poderá definir critérios para tórios, observado o disposto no § 2º, e da
apuração das informações constantes da inscrição formalizada com o pagamento da
GFIP que ainda não tiver sido processada, primeira contribuição para o segurado fa-
bem como para aceitação de informações cultativo. (Incluído pelo Decreto nº 6.722,
relativas a situações cuja regularidade de- de 2008).
pende de atendimento de critério estabele-
cido em lei. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, § 2º A filiação do trabalhador rural contra-
de 2008). tado por produtor rural pessoa física por
prazo de até dois meses dentro do período
§ 7º Para os fins de que trata os §§ 2º a 6º, de um ano, para o exercício de atividades
o INSS e a DATAPREV adotarão as providên- de natureza temporária, decorre automati-
cias necessárias para que as informações camente de sua inclusão na GFIP, mediante
constantes do CNIS sujeitas à comprova- identificação específica. (Incluído pelo De-
ção sejam identificadas e destacadas dos creto nº 6.722, de 2008).
demais registros. (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008). Art. 21. Para fins do disposto nesta Seção, a
anotação de dado pessoal deve ser feita na Car-
§ 8º Constarão no CNIS as informações do teira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e
segurado relativas aos períodos com de- Previdência Social à vista do documento com-
ficiência leve, moderada e grave, fixadas probatório do fato.
em decorrência da avaliação médica e fun-
cional. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de Subseção II
2013). DO DEPENDENTE
Art. 19-A. Para fins de benefícios de que trata Art. 22. A inscrição do dependente do segura-
este Regulamento, os períodos de vínculos que do será promovida quando do requerimento do
corresponderem a serviços prestados na condi- benefício a que tiver direito, mediante a apre-
ção de servidor estatutário somente serão con- sentação dos seguintes documentos: (Redação
siderados mediante apresentação de Certidão dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002)
de Tempo de Contribuição fornecida pelo órgão
público competente, salvo se o órgão de vin- I – para os dependentes preferenciais:
culação do servidor não tiver instituído regime
a) cônjuge e filhos – certidões de casamen-
próprio de previdência social. (Incluído pelo De-
to e de nascimento;
creto nº 6.722, de 2008).
b) companheira ou companheiro – docu-
Art. 19-B. A comprovação de vínculos e remu-
mento de identidade e certidão de casa-
nerações de que trata o art. 62 poderá ser uti-
mento com averbação da separação judicial
lizada para suprir omissão do empregador, para
ou divórcio, quando um dos companheiros
corroborar informação inserida ou retificada ex-
ou ambos já tiverem sido casados, ou de
temporaneamente ou para subsidiar a avaliação
óbito, se for o caso; e
dos dados do CNIS. (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008). c) equiparado a filho – certidão judicial de
tutela e, em se tratando de enteado, certi-
Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece
dão de casamento do segurado e de nasci-
entre pessoas que contribuem para a previdên-
mento do dependente, observado o dispos-
cia social e esta, do qual decorrem direitos e
to no § 3º do art. 16;
obrigações.
II – pais – certidão de nascimento do segu-
§ 1º A filiação à previdência social decorre
rado e documentos de identidade dos mes-
automaticamente do exercício de ativida-
mos; e
de remunerada para os segurados obriga-

128 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

III – irmão – certidão de nascimento. XIV – ficha de tratamento em instituição de


assistência médica, da qual conste o segura-
§ 1º (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de do como responsável;
2002)
XV – escritura de compra e venda de imóvel
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de pelo segurado em nome de dependente;
2002)
XVI – declaração de não emancipação do
§ 3º Para comprovação do vínculo e da de- dependente menor de vinte e um anos; ou
pendência econômica, conforme o caso, de- XVII – quaisquer outros que possam levar à
vem ser apresentados no mínimo três dos convicção do fato a comprovar.
seguintes documentos: (Redação dada pelo
Decreto nº 3.668, de 2000) § 4º O fato superveniente que importe em
exclusão ou inclusão de dependente deve
I – certidão de nascimento de filho havido ser comunicado ao Instituto Nacional do Se-
em comum; guro Social, com as provas cabíveis.
II – certidão de casamento religioso; § 5º (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de
2002)
III – declaração do imposto de renda do se-
gurado, em que conste o interessado como § 6º Somente será exigida a certidão judicial
seu dependente; de adoção quando esta for anterior a 14 de
outubro de 1990, data da vigência da Lei nº
IV – disposições testamentárias; 8.069, de 1990.
V – (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de §§ 7º e 8º (Revogados pelo Decreto nº
2006) 3.668, de 2000)
VI – declaração especial feita perante tabe- § 9º No caso de dependente inválido, para
lião; fins de inscrição e concessão de benefício, a
invalidez será comprovada mediante exame
VII – prova de mesmo domicílio; médico-pericial a cargo do Instituto Nacio-
nal do Seguro Social.
VIII – prova de encargos domésticos eviden-
tes e existência de sociedade ou comunhão § 10. No ato de inscrição, o dependente me-
nos atos da vida civil; nor de vinte e um anos deverá apresentar
declaração de não emancipação.(Redação
IX – procuração ou fiança reciprocamente
dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002)
outorgada;
§ 11. (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de
X – conta bancária conjunta;
2002)
XI – registro em associação de qualquer na-
§ 12. Os dependentes excluídos de tal con-
tureza, onde conste o interessado como de-
dição em razão de lei têm suas inscrições
pendente do segurado;
tornadas nulas de pleno direito.
XII – anotação constante de ficha ou livro de
§ 13. No caso de equiparado a filho, a ins-
registro de empregados;
crição será feita mediante a comprovação
XIII – apólice de seguro da qual conste o se- da equiparação por documento escrito do
gurado como instituidor do seguro e a pes- segurado falecido manifestando essa inten-
soa interessada como sua beneficiária; ção, da dependência econômica e da decla-
ração de que não tenha sido emancipado.
(Incluído pelo Decreto nº 4.079, de 2002)

www.acasadoconcurseiro.com.br 129
Art. 23. (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de II – as dos empregadores domésticos, inci-
2002) dentes sobre o salário-de-contribuição dos
empregados domésticos a seu serviço;
Art. 24. Os pais ou irmãos deverão, para fins de
concessão de benefícios, comprovar a inexis- III – as dos trabalhadores, incidentes sobre
tência de dependentes preferenciais, mediante seu salário-de-contribuição;
declaração firmada perante o Instituto Nacional
do Seguro Social. IV – as das associações desportivas que
mantêm equipe de futebol profissional, in-
cidentes sobre a receita bruta decorrente
dos espetáculos desportivos de que parti-
LIVRO III cipem em todo território nacional em qual-
quer modalidade desportiva, inclusive jogos
Do Custeio Da Seguridade Social internacionais, e de qualquer forma de pa-
trocínio, licenciamento de uso de marcas e
símbolos, publicidade, propaganda e trans-
TÍTULO I missão de espetáculos desportivos;

Do Financiamento V – as incidentes sobre a receita bruta pro-


veniente da comercialização da produção
Da Seguridade Social rural;
VI – as das empresas, incidentes sobre a re-
ceita ou o faturamento e o lucro; e
CAPÍTULO I
VII – as incidentes sobre a receita de con-
INTRODUÇÃO cursos de prognósticos.
Art. 194. A seguridade social é financiada por
toda a sociedade, de forma direta e indireta,
mediante recursos provenientes dos orçamen- CAPÍTULO II
tos da União, dos Estados, do Distrito Federal, DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO
dos Municípios e de contribuições sociais.
Art. 196. A contribuição da União é constituí-
Art. 195. No âmbito federal, o orçamento da da de recursos adicionais do Orçamento Fiscal,
seguridade social é composto de receitas prove- fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária
nientes: anual.
I – da União; Parágrafo único. A União é responsável pela
II – das contribuições sociais; e cobertura de eventuais insuficiências finan-
ceiras da seguridade social, quando decor-
III – de outras fontes. rentes do pagamento de benefícios de pres-
tação continuada da previdência social, na
Parágrafo único. Constituem contribuições forma da Lei Orçamentária anual.
sociais:
Art. 197. Para pagamento dos encargos previ-
I – as das empresas, incidentes sobre a re- denciários da União poderão contribuir os re-
muneração paga, devida ou creditada aos cursos da seguridade social referidos no inciso
segurados e demais pessoas físicas a seu VI do parágrafo único do art. 195, na forma da
serviço, mesmo sem vínculo empregatício; Lei Orçamentária anual, assegurada a destina-
ção de recursos para as ações de saúde e assis-
tência social.

130 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

CAPÍTULO III contribuição, é de onze por cento, sobre o va-


DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO lor correspondente ao limite mínimo mensal do
salário-de-contribuição, a alíquota de contribui-
Seção I ção: (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO I – do segurado contribuinte individual, que
EMPREGADO, EMPREGADO trabalhe por conta própria, sem relação de
trabalho com empresa ou equiparado; (In-
DOMÉSTICO E TRABALHADOR
cluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
AVULSO
II – do segurado facultativo; e (Incluído pelo
Art. 198. A contribuição do segurado empre- Decreto nº 6.042, de 2007).
gado, inclusive o doméstico, e do trabalhador
avulso é calculada mediante a aplicação da cor- III – do MEI de que trata a alínea “p” do inci-
respondente alíquota, de forma não cumulativa, so V do art. 9º, cuja contribuição deverá ser
sobre o seu salário-de-contribuição mensal, ob- recolhida na forma regulamentada pelo Co-
servado o disposto no art. 214, de acordo com a mitê Gestor do Simples Nacional. (Redação
seguinte tabela: dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 1º O segurado, inclusive aquele com de-
SALÁRIOS-DE- ficiência, que tenha contribuído na forma
ALÍQUOTAS
CONTRIBUIÇÃO do caput e pretenda contar o tempo de
até R$ 360,00 8,0 %
contribuição correspondente, para fins de
obtenção da aposentadoria por tempo de
de R$ 360,01 até R$ 600,00 9,0 % contribuição ou de contagem recíproca do
de R$ 600,01 até R$ 1.200,00 11,0 % tempo de contribuição, deverá complemen-
tar a contribuição mensal. (Redação dada
Parágrafo único. A contribuição do segura- pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
do trabalhador rural a que se refere à alínea § 2º A complementação de que trata o §
“r” do inciso I do art. 9º é de oito por cento 1º dar-se-á mediante o recolhimento sobre
sobre o respectivo salário-de-contribuição o valor correspondente ao limite mínimo
definido no inciso I do art. 214. (Incluído mensal do salário-de-contribuição em vi-
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). gor na competência a ser complementada
da diferença entre o percentual pago e o de
Seção II vinte por cento, acrescido dos juros mora-
DA CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS tórios de que trata o § 3º do art. 5º da Lei
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Re-
FACULTATIVO dação dada pelo Decreto nº 8.145, de 2013)
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) § 3º A contribuição complementar a que se
Art. 199. A alíquota de contribuição dos segu- refere os §§ 1º e 2º será exigida a qualquer
rados contribuinte individual e facultativo é de tempo, sob pena do indeferimento ou can-
vinte por cento aplicada sobre o respectivo salá- celamento do benefício.(Incluído pelo De-
rio-de-contribuição, observado os limites a que creto nº 8.145, de 2013)
se referem os §§ 3º e 5º do art. 214.(Redação
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
Art. 199-A. A partir da competência em que o
segurado fizer a opção pela exclusão do direito
ao benefício de aposentadoria por tempo de

www.acasadoconcurseiro.com.br 131
Seção III II – da comercialização de artigos de arte-
DA CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR sanato de que trata o inciso VII do § 8º do
art. 9º; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
RURAL PESSOA FÍSICA E DO 2008).
SEGURADO ESPECIAL
III – de serviços prestados, de equipamentos
Art. 200. A contribuição do empregador rural utilizados e de produtos comercializados no
pessoa física, em substituição à contribuição de imóvel rural, desde que em atividades turís-
que tratam o inciso I do art. 201 e o art.202, e tica e de entretenimento desenvolvidas no
a do segurado especial, incidente sobre a recei- próprio imóvel, inclusive hospedagem, ali-
ta bruta da comercialização da produção rural, mentação, recepção, recreação e atividades
é de: (Redação dada pelo Decreto nº 4.032, de pedagógicas, bem como taxa de visitação e
2001) serviços especiais; (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008).
I – dois por cento para a seguridade social; e
IV – do valor de mercado da produção rural
II – zero vírgula um por cento para o finan- dada em pagamento ou que tiver sido tro-
ciamento dos benefícios concedidos em ra- cada por outra, qualquer que seja o motivo
zão do grau de incidência de incapacidade ou finalidade; e (Incluído pelo Decreto nº
laborativa decorrente dos riscos ambientais 6.722, de 2008).
do trabalho. V – de atividade artística de que trata o inci-
§ 1º (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de so VIII do § 8º do art. 9º. (Incluído pelo De-
2001) creto nº 6.722, de 2008).

§ 2º O segurado especial referido neste arti- § 5º Integram a produção, para os efei-


go, além da contribuição obrigatória de que tos dos incisos I e II do caput, observado
tratam os incisos I e II do caput, poderá con- o disposto no § 25 do art. 9º, os produtos
tribuir, facultativamente, na forma do art. de origem animal ou vegetal, em estado
199.(Redação dada pelo Decreto nº 6.042, natural ou submetidos a processos de be-
de 2007). neficiamento ou industrialização rudimen-
tar, assim compreendidos, entre outros, os
§ 3º O produtor rural pessoa física de que processos de lavagem, limpeza, descaro-
trata a alínea "a" do inciso V do caput do çamento, pilagem, descascamento, lenha-
art. 9º contribui, também, obrigatoriamen- mento, pasteurização, resfriamento, seca-
te, na forma do art. 199, observando ainda gem, socagem, fermentação, embalagem,
o disposto nas alíneas "a" e "b" do inciso I cristalização, fundição, carvoejamento, co-
do art. 216. zimento, destilação, moagem e torrefação,
bem como os subprodutos e os resíduos ob-
§ 4º Integra a receita bruta de que trata este tidos por meio desses processos. (Redação
artigo, além dos valores decorrentes da co- dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
mercialização da produção relativa aos pro-
dutos a que se refere o § 5º, a receita pro- § 6º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
veniente: (Redação dada pelo Decreto nº 2008).
6.722, de 2008). I – o produto vegetal destinado ao plantio e
reflorestamento;
I – da comercialização da produção obtida
em razão de contrato de parceria ou mea- II – o produto vegetal vendido por pessoa
ção de parte do imóvel rural; (Incluído pelo ou entidade que, registrada no Ministério da
Decreto nº 6.722, de 2008). Agricultura e do Abastecimento, se dedique
ao comércio de sementes e mudas no País;

132 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

III – o produto animal destinado à reprodu- I – da comercialização de artigos de artesa-


ção ou criação pecuária ou granjeira; e nato elaborados com matéria-prima produ-
zida pelo respectivo grupo familiar; (Incluí-
IV – o produto animal utilizado como cobaia do pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
para fins de pesquisas científicas no País.
II – de comercialização de artesanato ou do
§ 7º A contribuição de que trata este artigo exercício de atividade artística, observado
será recolhida: o disposto nos incisos VII e VIII do § 8º do
I – pela empresa adquirente, consumidora art. 9º; e (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
ou consignatária ou a cooperativa, que fi- 2008).
cam sub-rogadas no cumprimento das obri- III – de serviços prestados, de equipamentos
gações do produtor rural pessoa física de utilizados e de produtos comercializados no
que trata a alínea "a" do inciso V do caput imóvel rural, desde que em atividades turís-
do art. 9º e do segurado especial, indepen- tica e de entretenimento desenvolvidas no
dentemente de as operações de venda ou próprio imóvel, inclusive hospedagem, ali-
consignação terem sido realizadas direta- mentação, recepção, recreação e atividades
mente com estes ou com intermediário pes- pedagógicas, bem como taxa de visitação e
soa física, exceto nos casos do inciso III; serviços especiais. (Incluído pelo Decreto nº
II – pela pessoa física não produtor rural, 6.722, de 2008).
que fica sub-rogada no cumprimento das § 10. O segurado especial é obrigado a arre-
obrigações do produtor rural pessoa física cadar a contribuição de trabalhadores a seu
de que trata a alínea "a" do inciso V do ca- serviço e a recolhê-la no prazo referido na
put do art. 9º e do segurado especial, quan- alínea “b” do inciso I do art. 216. (Incluído
do adquire produção para venda, no varejo, pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
a consumidor pessoa física; ou
Art. 200-A. Equipara-se ao empregador rural
III – pela pessoa física de que trata alínea pessoa física o consórcio simplificado de produ-
"a" do inciso V do caput do art. 9º e pelo tores rurais, formado pela união de produtores
segurado especial, caso comercializem sua rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles
produção com adquirente domiciliado no poderes para contratar, gerir e demitir trabalha-
exterior, diretamente, no varejo, a consu- dores rurais, na condição de empregados, para
midor pessoa física, a outro produtor rural prestação de serviços, exclusivamente, aos seus
pessoa física ou a outro segurado especial. integrantes, mediante documento registrado
§ 8º O produtor rural pessoa física continua em cartório de títulos e documentos. (Incluído
obrigado a arrecadar e recolher ao Institu- pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
to Nacional do Seguro Social a contribuição § 1º O documento de que trata o caput
do segurado empregado e do trabalhador deverá conter a identificação de cada pro-
avulso a seu serviço, descontando-a da res- dutor, seu endereço pessoal e o de sua
pectiva remuneração, nos mesmos prazos propriedade rural, bem como o respectivo
e segundo as mesmas normas aplicadas às registro no Instituto Nacional de Coloniza-
empresas em geral. ção e Reforma Agrária ou informações re-
§ 9º Sem prejuízo do disposto no inciso III lativas à parceria, arrendamento ou equiva-
do § 7º, o produtor rural pessoa física e o lente e à matrícula no INSS de cada um dos
segurado especial são obrigados a recolher, produtores rurais. (Incluído pelo Decreto nº
diretamente, a contribuição incidente sobre 4.032, de 2001)
a receita bruta proveniente: (Incluído pelo § 2º O consórcio deverá ser matriculado no
Decreto nº 6.722, de 2008). INSS, na forma por este estabelecida, em

www.acasadoconcurseiro.com.br 133
nome do empregador a quem hajam sido IV – dois vírgula cinco por cento sobre o
outorgados os mencionados poderes.(Inclu- total da receita bruta proveniente da co-
ído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) mercialização da produção rural, em subs-
tituição às contribuições previstas no inciso
Art. 200-B. As contribuições de que tratam o I do caput e no art. 202, quando se tratar
inciso I do art. 201 e o art. 202, bem como a de pessoa jurídica que tenha como fim ape-
devida ao Serviço Nacional Rural, são substituí- nas a atividade de produção rural.(Redação
das, em relação à remuneração paga, devida ou dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
creditada ao trabalhador rural contratado pelo
consórcio simplificado de produtores rurais de § 1º São consideradas remuneração as im-
que trata o art. 200-A, pela contribuição dos portâncias auferidas em uma ou mais em-
respectivos produtores rurais.(Incluído pelo De- presas, assim entendida a totalidade dos
creto nº 4.032, de 2001) rendimentos pagos, devidos ou creditados a
qualquer título, durante o mês, destinados
a retribuir o trabalho, qualquer que seja a
sua forma, inclusive os ganhos habituais sob
CAPÍTULO IV a forma de utilidades, ressalvado o disposto
DAS CONTRIBUIÇÕES DA EMPRESA E no § 9º do art. 214 e excetuado o lucro dis-
DO EMPREGADOR DOMÉSTICO tribuído ao segurado empresário, observa-
dos os termos do inciso II do § 5º.
Seção I § 2º Integra a remuneração para os fins do
DAS CONTRIBUIÇÕES DA EMPRESA disposto nos incisos II e III do caput, a bolsa
de estudos paga ou creditada ao médico-
Art. 201. A contribuição a cargo da empresa, -residente participante do programa de re-
destinada à seguridade social, é de: sidência médica de que trata o art. 4º da Lei
I – vinte por cento sobre o total das remu- nº 6.932, de 7 de julho de 1981, na redação
nerações pagas, devidas ou creditadas, a dada pela Lei nº 10.405, de 9 de janeiro de
qualquer título, no decorrer do mês, aos 2002. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729,
segurados empregado e trabalhador avulso, de 2003)
além das contribuições previstas nos arts. § 3º Não havendo comprovação dos valores
202 e 204; (Redação dada pelo Decreto nº pagos ou creditados aos segurados de que
3.265, de 1999) tratam as alíneas "e" a "i" do inciso V do
II – vinte por cento sobre o total das remu- art. 9º, em face de recusa ou sonegação de
nerações ou retribuições pagas ou credita- qualquer documento ou informação, ou sua
das no decorrer do mês ao segurado con- apresentação deficiente, a contribuição da
tribuinte individual; (Redação dada pelo empresa referente a esses segurados será
Decreto nº 3.265, de 1999) de vinte por cento sobre: (Redação dada
pelo Decreto nº 3.452, de 2000)
III – quinze por cento sobre o valor bruto da
nota fiscal ou fatura de prestação de servi- I – o salário-de-contribuição do segurado
ços, relativamente a serviços que lhes são nessa condição; (Incluído pelo Decreto nº
prestados por cooperados por intermédio 3.452, de 2000)
de cooperativas de trabalho, observado, no II – a maior remuneração paga a emprega-
que couber, as disposições dos §§ 7º e 8º dos da empresa; ou (Incluído pelo Decreto
do art. 219; (Redação dada pelo Decreto nº nº 3.452, de 2000)
3.265, de 1999)

134 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

III – o salário mínimo, caso não ocorra ne- cantil, cooperativa de crédito, empresa de
nhuma das hipóteses anteriores. (Incluído seguros privados e de capitalização, agente
pelo Decreto nº 3.452, de 2000) autônomo de seguros privados e de crédito e
entidade de previdência privada, aberta e fe-
§ 4º A remuneração paga ou creditada a chada, além das contribuições referidas nos
condutor autônomo de veículo rodoviário, incisos I e II do caput e nos arts. 202 e 204,
ou ao auxiliar de condutor autônomo de é devida a contribuição adicional de dois vír-
veículo rodoviário, em automóvel cedido gula cinco por cento sobre a base de cálculo
em regime de colaboração, nos termos da definida nos incisos I e II do caput. (Redação
Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974, pelo dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
frete, carreto ou transporte de passageiros,
realizado por conta própria, corresponde a § 7º A pessoa jurídica enquadrada na con-
vinte por cento do rendimento bruto.(Reda- dição de microempresa ou de empresa de
ção dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001) pequeno porte, na forma do art. 2º da Lei
nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, que
§ 5º No caso de sociedade civil de prestação optar pela inscrição no Sistema Integrado
de serviços profissionais relativos ao exer- de Pagamento de Impostos e Contribuições
cício de profissões legalmente regulamen- das Microempresas e Empresas de Pequeno
tadas, a contribuição da empresa referente Porte, contribuirá na forma estabelecida no
aos segurados a que se referem as alíneas art. 23 da referida Lei, em substituição às
"g" a "i" do inciso V do art. 9º, observado contribuições de que tratam os incisos I a IV
o disposto no art. 225 e legislação específi- do caput e os arts. 201-A, 202 e 204. (Reda-
ca, será de vinte por cento sobre: (Redação ção dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
§ 8º A contribuição será sempre calculada
I – a remuneração paga ou creditada aos na forma do inciso II do caput quando a re-
sócios em decorrência de seu trabalho, de muneração ou retribuição for paga ou credi-
acordo com a escrituração contábil da em- tada a pessoa física, quando ausentes os re-
presa; ou quisitos que caracterizem o segurado como
II – os valores totais pagos ou creditados empregado, mesmo que não esteja inscrita
aos sócios, ainda que a título de antecipa- no Regime Geral de Previdência Social. (Re-
ção de lucro da pessoa jurídica, quando não dação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
houver discriminação entre a remuneração §§ 9º a 14. (Revogados pelo Decreto nº
decorrente do trabalho e a proveniente do 3.265, de 1999)
capital social ou tratar-se de adiantamento
de resultado ainda não apurado por meio § 15. Para os efeitos do inciso IV do caput
de demonstração de resultado do exercício. e do § 8º do art. 202, considera-se receita
(Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de bruta o valor recebido ou creditado pela
2003) comercialização da produção, assim enten-
dida a operação de venda ou consignação,
§ 6º No caso de banco comercial, banco de observadas as disposições do § 5º do art.
investimento, banco de desenvolvimento, 200.
caixa econômica, sociedade de crédito, fi-
nanciamento e investimento, sociedade de § 16. A partir de 14 de outubro de 1996, as
crédito imobiliário, inclusive associação de contribuições de que tratam o inciso IV do
poupança e empréstimo, sociedade corre- caput e o § 8º do art. 202 são de responsa-
tora, distribuidora de títulos e valores mo- bilidade do produtor rural pessoa jurídica,
biliários, inclusive bolsa de mercadorias e não sendo admitida a sub-rogação ao ad-
de valores, empresa de arrendamento mer- quirente, consignatário ou cooperativa.

www.acasadoconcurseiro.com.br 135
§ 17. O produtor rural pessoa jurídica con- Art. 201-A. A contribuição devida pela agroin-
tinua obrigado a arrecadar e recolher ao dústria, definida como sendo o produtor rural
Instituto Nacional do Seguro Social a contri- pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a
buição do segurado empregado e do traba- industrialização de produção própria ou de pro-
lhador avulso a seu serviço, descontando-a dução própria e adquirida de terceiros, inciden-
da respectiva remuneração, nos mesmos te sobre o valor da receita bruta proveniente da
prazos e segundo as mesmas normas aplica- comercialização da produção, em substituição
das às empresas em geral. às previstas no inciso I do art. 201 e art. 202, é
de: (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
§ 18. (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de
2001) I – dois vírgula cinco por cento destinados à
Seguridade Social; e (Incluído pelo Decreto
§ 19. A cooperativa de trabalho não está nº 4.032, de 2001)
sujeita à contribuição de que trata o inci-
so II do caput, em relação às importâncias II – zero vírgula um por cento para o finan-
por ela pagas, distribuídas ou creditadas ciamento do benefício previsto nos arts. 64
aos respectivos cooperados, a título de re- a 70, e daqueles concedidos em razão do
muneração ou retribuição pelos serviços grau de incidência de incapacidade para
que, por seu intermédio, tenham prestado o trabalho decorrente dos riscos ambien-
a empresas. (Redação dada pelo Decreto nº tais da atividade. (Incluído pelo Decreto nº
3.452, de 2000)) 4.032, de 2001)
§ 1º Para os fins deste artigo, entende-se
§ 20. A contribuição da empresa, relativa- por receita bruta o valor total da receita
mente aos serviços que lhe são prestados proveniente da comercialização da produ-
por cooperados por intermédio de coopera- ção própria e da adquirida de terceiros, in-
tivas de trabalho na atividade de transpor- dustrializada ou não. (Incluído pelo Decreto
te rodoviário de carga ou passageiro, é de nº 4.032, de 2001)
quinze por cento sobre a parcela correspon-
dente ao valor dos serviços prestados pelos § 2º O disposto neste artigo não se aplica às
cooperados, que não será inferior a vinte operações relativas à prestação de serviços
por cento do valor da nota fiscal ou fatura. a terceiros, cujas contribuições previden-
(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) ciárias continuam sendo devidas na forma
do art. 201 e 202, obrigando-se a empresa
§ 21. O disposto no inciso IV do caput não a elaborar folha de salários e registros con-
se aplica às operações relativas à prestação tábeis distintos. (Incluído pelo Decreto nº
de serviços a terceiros, cujas contribuições 4.032, de 2001)
previdenciárias continuam sendo devidas
na forma deste artigo e do art. 202.(Incluído § 3º Na hipótese do § 2º, a receita bruta
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) correspondente aos serviços prestados a
terceiros não integram a base de cálculo da
§ 22. A pessoa jurídica, exceto a agroindús- contribuição de que trata o caput. (Incluído
tria, que, além da atividade rural, explorar pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
também outra atividade econômica autô-
noma, quer seja comercial, industrial ou de § 4º O disposto neste artigo não se aplica:
serviços, no mesmo ou em estabelecimento (Redação dada pelo Decreto nº 4.862, de
distinto, independentemente de qual seja 2003)
a atividade preponderante, contribuirá de I – às sociedades cooperativas e às agroin-
acordo com os incisos I, II e III do art. 201 e dústrias de piscicultura, carcinicultura, sui-
art. 202.(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de nocultura e avicultura; e(Incluído pelo De-
2001) creto nº 4.862, de 2003)

136 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

II – à pessoa jurídica que, relativamente à § 2º A cooperativa é diretamente respon-


atividade rural, se dedique apenas ao flores- sável pela arrecadação e recolhimento da
tamento e reflorestamento como fonte de contribuição previdenciária dos segurados
matéria-prima para industrialização própria contratados na forma deste artigo.(Incluído
mediante a utilização de processo industrial pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
que modifique a natureza química da ma-
deira ou a transforme em pasta celulósica. § 3º O disposto neste artigo aplica-se à con-
(Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003) tribuição devida ao Serviço Nacional Rural.
(Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
§ 5º Aplica-se o disposto no inciso II do § 4º
ainda que a pessoa jurídica comercialize re- Art. 201-D. As alíquotas de que tratam os inci-
síduos vegetais ou sobras ou partes da pro- sos I e II do art. 201, em relação às empresas
dução, desde que a receita bruta decorren- que prestam serviços de tecnologia da informa-
te dessa comercialização represente menos ção – TI e de tecnologia da informação e comu-
de um por cento de sua receita bruta pro- nicação – TIC, ficam reduzidas de acordo com
veniente da comercialização da produção. a aplicação sucessiva das seguintes operações:
(Incluído pelo Decreto nº 4.862, de 2003) (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Pro-
dução de efeito)
Art. 201-B. Aplica-se o disposto no artigo an-
terior, ainda que a agroindústria explore, tam- I – subtrair do valor da receita bruta total de
bém, outra atividade econômica autônoma, no venda de bens e serviços relativa aos doze
mesmo ou em estabelecimento distinto, hipóte- meses imediatamente anteriores ao trimes-
se em que a contribuição incidirá sobre o valor tre-calendário o valor correspondente aos
da receita bruta dela decorrente. (Incluído pelo impostos e às contribuições incidentes so-
Decreto nº 4.032, de 2001) bre venda; (Incluído pelo Decreto nº 6.945,
de 2009) (Produção de efeito)
Art. 201-C. Quando a cooperativa de produção
rural contratar empregados para realizarem, ex- II – identificar, no valor da receita bruta to-
clusivamente, a colheita da produção de seus tal resultante da operação prevista no inciso
cooperados, as contribuições de que tratam o I, a parte relativa aos serviços mencionados
art. 201, I, e o art. 202, relativas à folha de sa- nos §§ 3º e 4º que foram exportados; (Inclu-
lário destes segurados, serão substituídas pela ído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produ-
contribuição devida pelos cooperados, cujas ção de efeito)
colheitas sejam por eles realizadas, incidentes III – dividir a receita bruta de exportação re-
sobre a receita bruta da comercialização da pro- sultante do inciso II pela receita bruta total
dução rural, na forma prevista no art. 200, se resultante do inciso I; (Incluído pelo Decreto
pessoa física, no inciso IV do caput do art. 201 e nº 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
no § 8º do art. 202, se pessoa jurídica. (Incluído
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) IV – multiplicar a razão decorrente do inciso
III por um décimo; (Incluído pelo Decreto nº
§ 1º A cooperativa deverá elaborar folha de 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
salários distinta e apurar os encargos decor-
rentes da contratação de que trata o caput V – multiplicar o valor encontrado de acor-
separadamente dos relativos aos seus em- do com a operação do inciso IV por cem,
pregados regulares, discriminadamente por para que se chegue ao percentual de re-
cooperado, na forma definida pelo INSS.(In- dução; (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
cluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) 2009) (Produção de efeito)

www.acasadoconcurseiro.com.br 137
VI – subtrair de vinte por cento o percentual VII – suporte técnico em informática, inclu-
resultante do inciso V, de forma que se ob- sive instalação, configuração e manutenção
tenha a nova alíquota percentual a ser apli- de programas de computação e bancos de
cada sobre a base de cálculo da contribui- dados; e (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
ção previdenciária. (Incluído pelo Decreto 2009) (Produção de efeito)
nº 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
VIII – planejamento, confecção, manuten-
§ 1º A alíquota apurada na forma do inciso ção e atualização de páginas eletrônicas.
VI do caput será aplicada uniformemente (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009)
nos meses que compõem o trimestre-calen- (Produção de efeito)
dário. (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
2009) (Produção de efeito) § 4º O disposto neste artigo aplica-se tam-
bém a empresas que prestam serviços de
§ 2º No caso de empresa em início de ativi- call center. (Incluído pelo Decreto nº 6.945,
dades ou sem receita de exportação até a de 2009) (Produção de efeito)
data de publicação da Lei nº 11.774, de 17
de setembro de 2008, a apuração de que § 5º No caso das empresas que prestam
trata o caput poderá ser realizada com base serviços referidos nos §§ 3º e 4º, os valores
em período inferior a doze meses, observa- das contribuições devidas a terceiros, deno-
do o mínimo de três meses anteriores. (In- minados outras entidades ou fundos, com
cluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Pro- exceção do Fundo Nacional de Desenvolvi-
dução de efeito) mento da Educação – FNDE, ficam reduzi-
dos no percentual resultante das operações
§ 3º Para efeito do caput, consideram-se referidas no caput e de acordo com a apli-
serviços de TI e TIC: (Incluído pelo Decreto cação sucessiva das seguintes operações:
nº 6.945, de 2009) (Produção de efeito) (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009)
(Produção de efeito)
I – análise e desenvolvimento de sistemas;
(Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) I – calcular a contribuição devida no mês a
(Produção de efeito) cada entidade ou fundo, levando em consi-
deração as regras aplicadas às empresas em
II – programação; (Incluído pelo Decreto nº geral; (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
6.945, de 2009) (Produção de efeito) 2009) (Produção de efeito)
III – processamento de dados e congêneres; II – aplicar o percentual de redução, resul-
(Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) tante do inciso V do caput, sobre o valor re-
(Produção de efeito) sultante do inciso I; (Incluído pelo Decreto
IV – elaboração de programas de computa- nº 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
dores, inclusive de jogos eletrônicos; (Inclu- III – subtrair, do valor apurado na forma do
ído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produ- inciso I, o valor obtido no inciso II, o que
ção de efeito) resultará no valor a ser recolhido a cada
V – licenciamento ou cessão de direito de entidade ou fundo no mês. (Incluído pelo
uso de programas de computação; (Incluído Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção de
pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção efeito)
de efeito) § 6º As reduções de que tratam o caput e
VI – assessoria e consultoria em informá- o § 5º pressupõem o atendimento ao se-
tica; (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de guinte: (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de
2009) (Produção de efeito) 2009) (Produção de efeito)

138 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

I – até 31 de dezembro de 2009, a empresa I – para capacitação de pessoal, relacionada


deverá implementar o Programa de Preven- a aspectos técnicos associados aos serviços
ção de Riscos Ambientais e de Doenças Ocu- de TI e TIC, referidos no § 3º, bem como a
pacionais previsto em lei, caracterizado pela serviços de call centers, aí incluída a capa-
plena execução do Programa de Prevenção citação em temas diretamente relacionados
de Riscos Ambientais – PPRA e do Progra- com qualidade de produtos, processos ou
ma de Controle Médico de Saúde Ocupa- sistemas, bem como a proficiência em lín-
cional – PCMSO, conforme disciplinado nas guas estrangeiras; (Incluído pelo Decreto nº
normas regulamentadoras do Ministério do 6.945, de 2009) (Produção de efeito)
Trabalho e Emprego, devendo ainda esta-
belecer metas de melhoria das condições II – relacionadas ao desenvolvimento de
e do ambiente de trabalho que reduzam a atividades de avaliação de conformidade,
ocorrência de benefícios por incapacidade incluindo certificação de produtos, serviços
decorrentes de acidentes do trabalho ou e sistemas, realizadas com entidades ou es-
doenças ocupacionais em pelo menos cinco pecialistas do País ou do exterior; (Incluído
por cento em relação ao ano anterior; (Re- pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção
dação dada pelo Decreto nº 7.331, de 2010) de efeito)

II – até 31 de dezembro de 2010, a empresa III – realizadas com desenvolvimento tec-


que comprovar estar executando o progra- nológico de produtos, processos e serviços,
ma de prevenção de riscos ambientais e de sendo consideradas atividades de pesquisa
doenças ocupacionais implantado nos prazo e desenvolvimento em TI aquelas dispostas
e forma estabelecidos no inciso I, terá pre- nos arts. 24 e 25 do Decreto nº 5.906, de 26
sumido o atendimento à exigência fixada no de setembro de 2006; ou (Incluído pelo De-
inciso I do § 9º do art. 14 da Lei nº 11.774, creto nº 6.945, de 2009) (Produção de efei-
de 2008; (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de to)
2009) (Produção de efeito) (Vide Decreto nº IV – realizadas no apoio a projetos de de-
6.945, de 2009) senvolvimento científico ou tecnológico,
III – a partir de 1º de janeiro de 2011, a em- por instituições de pesquisa e desenvolvi-
presa deverá comprovar a eficácia do res- mento, conforme definidos nos arts. 27 e
pectivo programa de prevenção de riscos 28 do Decreto nº 5.906, de 2006, devida-
ambientais e de doenças ocupacionais, por mente credenciadas pelo Comitê da Área
meio de relatórios que atestem o atendi- de Tecnologia da Informação – CATI ou pelo
mento da meta de redução de sinistralidade Comitê das Atividades de Pesquisa e Desen-
nele estabelecida; (Incluído pelo Decreto nº volvimento da Amazônia – CAPDA. (Incluído
6.945, de 2009) (Produção de efeito) (Vide pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção
Decreto nº 6.945, de 2009) de efeito)

IV – (Revogado pelo Decreto nº 7.331, de § 8º O valor do benefício e a especificação


2010) das contrapartidas referidos no § 7º deve-
rão ser declarados formalmente pelas em-
§ 7º Sem prejuízo do disposto no § 6º, as presas beneficiárias, a cada exercício, ao
empresas dos setores de TI e de TIC só farão Ministério da Ciência e Tecnologia, na forma
jus às reduções de que tratam o caput e o § a ser definida em ato daquele Ministério.
5º se aplicarem montante igual ou superior (Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009)
a dez por cento do benefício auferido, alter- (Produção de efeito)
nativa ou cumulativamente em despesas:
(Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009) § 9º Para fins do § 8º, as empresas benefi-
(Produção de efeito) ciadas pela Lei nº 8.248, de 23 de outubro

www.acasadoconcurseiro.com.br 139
de 1991, poderão deduzir do montante pre- dos seguintes percentuais, incidentes sobre o
visto no § 7º as despesas efetivamente re- total da remuneração paga, devida ou creditada
alizadas, no atendimento às exigências da a qualquer título, no decorrer do mês, ao segu-
referida Lei, observado o disposto no § 10. rado empregado e trabalhador avulso:
(Incluído pelo Decreto nº 6.945, de 2009)
(Produção de efeito) I – um por cento para a empresa em cuja
atividade preponderante o risco de aciden-
§ 10. O disposto no § 9º aplica-se exclusiva- te do trabalho seja considerado leve;
mente às despesas de mesma natureza das
previstas no § 7º. (Incluído pelo Decreto nº II – dois por cento para a empresa em cuja
6.945, de 2009) (Produção de efeito) atividade preponderante o risco de aciden-
te do trabalho seja considerado médio; ou
§ 11. A União compensará, mensalmente, o
Fundo do Regime Geral de Previdência So- III – três por cento para a empresa em cuja
cial, de que trata o art. 68 da Lei Comple- atividade preponderante o risco de aciden-
mentar no 101, de 4 de maio de 2000, no te do trabalho seja considerado grave.
valor correspondente à renúncia previden- § 1º As alíquotas constantes do caput se-
ciária decorrente da desoneração de que rão acrescidas de doze, nove ou seis pontos
trata este artigo, de forma a não afetar a percentuais, respectivamente, se a ativida-
apuração do resultado financeiro do Regi- de exercida pelo segurado a serviço da em-
me Geral de Previdência Social. (Incluído presa ensejar a concessão de aposentadoria
pelo Decreto nº 6.945, de 2009) (Produção especial após quinze, vinte ou vinte e cinco
de efeito) anos de contribuição.
§ 12. A renúncia de que trata o § 11 consis- § 2º O acréscimo de que trata o parágrafo
tirá na diferença entre o valor da contribui- anterior incide exclusivamente sobre a re-
ção que seria devido, como se não houvesse muneração do segurado sujeito às condi-
incentivo, e o valor da contribuição efetiva- ções especiais que prejudiquem a saúde ou
mente recolhido. (Incluído pelo Decreto nº a integridade física.
6.945, de 2009) (Produção de efeito)
§ 3º Considera-se preponderante a ativida-
§ 13. O valor estimado da renúncia será in- de que ocupa, na empresa, o maior número
cluído na Lei Orçamentária Anual, sem pre- de segurados empregados e trabalhadores
juízo do repasse enquanto não constar na avulsos.
mencionada Lei. (Incluído pelo Decreto nº
6.945, de 2009) (Produção de efeito) § 4º A atividade econômica preponderante
da empresa e os respectivos riscos de aci-
§ 14. O não-cumprimento das exigências de dentes do trabalho compõem a Relação de
que tratam os §§ 6º e 7º implica a perda do Atividades Preponderantes e corresponden-
direito das reduções de que tratam o caput tes Graus de Risco, prevista no Anexo V.
e o § 5º, ensejando o recolhimento da di-
ferença de contribuições com os acréscimos § 5º É de responsabilidade da empresa rea-
legais cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº lizar o enquadramento na atividade prepon-
6.945, de 2009) (Produção de efeito) derante, cabendo à Secretaria da Receita
Previdenciária do Ministério da Previdência
Art. 202. A contribuição da empresa, destinada Social revê-lo a qualquer tempo. (Redação
ao financiamento da aposentadoria especial, dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
nos termos dos arts. 64 a 70, e dos benefícios
concedidos em razão do grau de incidência de § 6º Verificado erro no auto-enquadramen-
incapacidade laborativa decorrente dos riscos to, a Secretaria da Receita Previdenciária
ambientais do trabalho corresponde à aplicação adotará as medidas necessárias à sua corre-

140 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

ção, orientará o responsável pela empresa § 13. A empresa informará mensalmen-


em caso de recolhimento indevido e pro- te, por meio da Guia de Recolhimento do
cederá à notificação dos valores devidos. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
(Redação dada pelo Decreto nº 6.042, de Informações à Previdência Social – GFIP, a
2007). alíquota correspondente ao seu grau de ris-
co, a respectiva atividade preponderante e
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica a atividade do estabelecimento, apuradas
à pessoa física de que trata a alínea "a" do de acordo com o disposto nos §§ 3º e 5º.
inciso V do caput do art. 9º. (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
§ 8º Quando se tratar de produtor rural pes- Art. 202-A. As alíquotas constantes nos incisos I
soa jurídica que se dedique à produção ru- a III do art. 202 serão reduzidas em até cinqüen-
ral e contribua nos moldes do inciso IV do ta por cento ou aumentadas em até cem por
caput do art. 201, a contribuição referida cento, em razão do desempenho da empresa
neste artigo corresponde a zero vírgula um em relação à sua respectiva atividade, aferido
por cento incidente sobre a receita bruta pelo Fator Acidentário de Prevenção – FAP. (In-
proveniente da comercialização de sua pro- cluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
dução.
§ 1º O FAP consiste num multiplicador va-
§ 9º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de riável num intervalo contínuo de cinco dé-
1999) cimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000),
§ 10. Será devida contribuição adicional de aplicado com quatro casas decimais, con-
doze, nove ou seis pontos percentuais, a siderado o critério de arredondamento na
cargo da cooperativa de produção, inciden- quarta casa decimal, a ser aplicado à res-
te sobre a remuneração paga, devida ou pectiva alíquota. (Redação dada pelo Decre-
creditada ao cooperado filiado, na hipóte- to nº 6.957, de 2009)
se de exercício de atividade que autorize a § 2º Para fins da redução ou majoração a
concessão de aposentadoria especial após que se refere o caput, proceder-se-á à dis-
quinze, vinte ou vinte e cinco anos de con- criminação do desempenho da empresa,
tribuição, respectivamente. (Incluído pelo dentro da respectiva atividade econômica, a
Decreto nº 4.729, de 2003) partir da criação de um índice composto pe-
§ 11. Será devida contribuição adicional de los índices de gravidade, de frequência e de
nove, sete ou cinco pontos percentuais, a custo que pondera os respectivos percentis
cargo da empresa tomadora de serviços de com pesos de cinquenta por cento, de trinta
cooperado filiado a cooperativa de traba- cinco por cento e de quinze por cento, res-
lho, incidente sobre o valor bruto da nota pectivamente. (Redação dada pelo Decreto
fiscal ou fatura de prestação de serviços, nº 6.957, de 2009)
conforme a atividade exercida pelo coope- § 3º (Revogado pelo Decreto nº 6.957, de
rado permita a concessão de aposentadoria 2009)
especial após quinze, vinte ou vinte e cinco
anos de contribuição, respectivamente. (In- § 4º Os índices de freqüência, gravidade e
cluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) custo serão calculados segundo metodo-
logia aprovada pelo Conselho Nacional de
§ 12. Para os fins do § 11, será emitida nota Previdência Social, levando-se em conta:
fiscal ou fatura de prestação de serviços es- (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
pecífica para a atividade exercida pelo coo-
perado que permita a concessão de aposen- I – para o índice de freqüência, os registros
tadoria especial. (Incluído pelo Decreto nº de acidentes e doenças do trabalho infor-
4.729, de 2003) mados ao INSS por meio de Comunicação

www.acasadoconcurseiro.com.br 141
de Acidente do Trabalho – CAT e de bene- mês, no Diário Oficial da União, os róis dos
fícios acidentários estabelecidos por nexos percentis de frequência, gravidade e custo
técnicos pela perícia médica do INSS, ainda por Subclasse da Classificação Nacional de
que sem CAT a eles vinculados; (Redação Atividades Econômicas – CNAE e divulgará
dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009) na rede mundial de computadores o FAP de
cada empresa, com as respectivas ordens
II – para o índice de gravidade, todos os de freqüência, gravidade, custo e demais
casos de auxílio-doença, auxílio-acidente, elementos que possibilitem a esta verificar
aposentadoria por invalidez e pensão por o respectivo desempenho dentro da sua
morte, todos de natureza acidentária, aos CNAE-Subclasse. (Redação dada pelo Decre-
quais são atribuídos pesos diferentes em to nº 6.957, de 2009)
razão da gravidade da ocorrência, como se-
gue: (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, § 6º O FAP produzirá efeitos tributários a
de 2009) partir do primeiro dia do quarto mês subse-
qüente ao de sua divulgação. (Incluído pelo
a) pensão por morte: peso de cinquenta por Decreto nº 6.042, de 2007).
cento; (Incluído pelo Decreto nº 6.957, de
2009) § 7º Para o cálculo anual do FAP, serão uti-
lizados os dados de janeiro a dezembro de
b) aposentadoria por invalidez: peso de cada ano, até completar o período de dois
trinta por cento; e (Incluído pelo Decreto nº anos, a partir do qual os dados do ano ini-
6.957, de 2009) cial serão substituídos pelos novos dados
c) auxílio-doença e auxílio-acidente: peso anuais incorporados. (Redação dada pelo
de dez por cento para cada um; e (Incluído Decreto nº 6.957, de 2009)
pelo Decreto nº 6.957, de 2009) § 8º Para a empresa constituída após janei-
III – para o índice de custo, os valores dos ro de 2007, o FAP será calculado a partir de
benefícios de natureza acidentária pagos ou 1º de janeiro do ano ano seguinte ao que
devidos pela Previdência Social, apurados completar dois anos de constituição. (Reda-
da seguinte forma: (Redação dada pelo De- ção dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
creto nº 6.957, de 2009) § 9º Excepcionalmente, no primeiro proces-
a) nos casos de auxílio-doença, com base no samento do FAP serão utilizados os dados
tempo de afastamento do trabalhador, em de abril de 2007 a dezembro de 2008. (Re-
meses e fração de mês; e (Incluído pelo De- dação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
creto nº 6.957, de 2009) § 10. A metodologia aprovada pelo Conse-
b) nos casos de morte ou de invalidez, par- lho Nacional de Previdência Social indicará
cial ou total, mediante projeção da expec- a sistemática de cálculo e a forma de aplica-
tativa de sobrevida do segurado, na data ção de índices e critérios acessórios à com-
de início do benefício, a partir da tábua de posição do índice composto do FAP. (Incluí-
mortalidade construída pela Fundação Ins- do pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Art. 202-B. O FAP atribuído às empresas pelo
IBGE para toda a população brasileira, con- Ministério da Previdência Social poderá ser con-
siderando-se a média nacional única para testado perante o Departamento de Políticas
ambos os sexos. (Incluído pelo Decreto nº de Saúde e Segurança Ocupacional da Secreta-
6.957, de 2009) ria Políticas de Previdência Social do Ministério
§ 5º O Ministério da Previdência Social pu- da Previdência Social, no prazo de trinta dias da
blicará anualmente, sempre no mesmo sua divulgação oficial. (Incluído pelo Decreto nº
7.126, de 2010)

142 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 1º A contestação de que trata o caput de- Art. 204. As contribuições a cargo da empresa,
verá versar, exclusivamente, sobre razões provenientes do faturamento e do lucro, des-
relativas a divergências quanto aos elemen- tinadas à seguridade social, são arrecadadas,
tos previdenciários que compõem o cálculo normatizadas, fiscalizadas e cobradas pela Se-
do FAP. (Incluído pelo Decreto nº 7.126, de cretaria da Receita Federal. (Redação dada pelo
2010) Decreto nº 4.729, de 2003)
§ 2º Da decisão proferida pelo Departa- I – até 31 de março de 1992, dois por cento
mento de Políticas de Saúde e Segurança sobre sua receita bruta, estabelecida segun-
Ocupacional, caberá recurso, no prazo de do o disposto no § 1º do art. 1º do Decreto-
trinta dias da intimação da decisão, para a -lei nº 1.940, de 25 de maio de 1982, com
Secretaria de Políticas de Previdência Social, a redação dada pelo art. 22 do Decreto-lei
que examinará a matéria em caráter termi- nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987, e al-
nativo. (Incluído pelo Decreto nº 7.126, de terações posteriores; a partir de 1º de abril
2010) de 1992 até 31 de janeiro de 1999, dois por
cento sobre o faturamento mensal, assim
§ 3º O processo administrativo de que trata considerado a receita bruta das vendas de
este artigo tem efeito suspensivo. (Incluído mercadorias, de mercadorias e serviços e
pelo Decreto nº 7.126, de 2010) de serviços de qualquer natureza, nos ter-
Art. 203. A fim de estimular investimentos des- mos da Lei Complementar nº 70, de 30 de
tinados a diminuir os riscos ambientais no tra- dezembro de 1991; a partir de 1º de feve-
balho, o Ministério da Previdência e Assistência reiro de 1999, três por cento sobre o fatura-
Social poderá alterar o enquadramento de em- mento, nos termos da Lei nº 9.718, de 27 de
presa que demonstre a melhoria das condições novembro de 1998; e
do trabalho, com redução dos agravos à saúde II – até 31 de dezembro de 1995, dez por
do trabalhador, obtida através de investimentos cento sobre o lucro líquido do período-
em prevenção e em sistemas gerenciais de ris- -base, antes da provisão para o Imposto de
co. Renda, ajustado na forma do art. 2º da Lei
§ 1º A alteração do enquadramento estará nº 8.034, de 12 de abril de 1990; a partir de
condicionada à inexistência de débitos em 1º de janeiro de 1996, oito por cento sobre
relação às contribuições devidas ao Institu- o lucro líquido, nos termos da Lei nº 9.249,
to Nacional do Seguro Social e aos demais de 26 de dezembro de 1995.
requisitos estabelecidos pelo Ministério da §§ 1º a 3º. (Revogado pelo Decreto nº
Previdência e Assistência Social. 4.729, de 2003)
§ 2º O Instituto Nacional do Seguro Social, Art. 205. A contribuição empresarial da associa-
com base principalmente na comunicação ção desportiva que mantém equipe de futebol
prevista no art. 336, implementará sistema profissional, destinada à seguridade social, em
de controle e acompanhamento de aciden- substituição às previstas no inciso I do caput
tes do trabalho. do art. 201 e no art. 202, corresponde a cinco
§ 3º Verificado o descumprimento por parte por cento da receita bruta decorrente dos es-
da empresa dos requisitos fixados pelo Mi- petáculos desportivos de que participe em todo
nistério da Previdência e Assistência Social, território nacional, em qualquer modalidade
para fins de enquadramento de que trata o desportiva, inclusive jogos internacionais, e de
artigo anterior, o Instituto Nacional do Se- qualquer forma de patrocínio, licenciamento de
guro Social procederá à notificação dos va- uso de marcas e símbolos, publicidade, propa-
lores devidos. ganda e transmissão de espetáculos desporti-
vos.

www.acasadoconcurseiro.com.br 143
§ 1º Cabe à entidade promotora do espe- e 204, a partir da competência novembro
táculo a responsabilidade de efetuar o des- de 1991.
conto de cinco por cento da receita bruta
decorrente dos espetáculos desportivos e o § 8º O disposto no caput e §§ 1º a 6º aplica-
respectivo recolhimento ao Instituto Nacio- -se à associação desportiva que mantém
nal do Seguro Social, no prazo de até dois equipe de futebol profissional e que se or-
dias úteis após a realização do evento. ganize na forma da Lei nº 9.615, de 24 de
março de 1998.
§ 2º Cabe à associação desportiva que man-
tém equipe de futebol profissional informar Seção II
à entidade promotora do espetáculo des- DA ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES
portivo todas as receitas auferidas no even-
to, discriminando-as detalhadamente. Art. 206. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
2010).
§ 3º Cabe à empresa ou entidade que re-
passar recursos a associação desportiva que Art. 207. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
mantém equipe de futebol profissional, a 2010).
título de patrocínio, licenciamento de uso
Art. 208. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
de marcas e símbolos, publicidade, propa-
2010).
ganda e transmissão de espetáculos, a res-
ponsabilidade de reter e recolher, no prazo Art. 209. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
estabelecido na alínea "b" do inciso I do art. 2010).
216, o percentual de cinco por cento da re-
ceita bruta, inadmitida qualquer dedução. Art. 210. (Revogado pelo Decreto nº 7.237, de
2010).
§ 4º O Conselho Deliberativo do Instituto
Nacional de Desenvolvimento do Desporto Seção III
informará ao Instituto Nacional do Seguro DA CONTRIBUIÇÃO DO
Social, com a antecedência necessária, a EMPREGADOR DOMÉSTICO
realização de todo espetáculo esportivo de
que a associação desportiva referida no ca- Art. 211. A contribuição do empregador domés-
put participe no território nacional. tico é de doze por cento do salário-de-contribui-
ção do empregado doméstico a seu serviço.
§ 5º O não-recolhimento das contribuições
a que se referem os §§ 1º e 3º nos prazos
estabelecidos no § 1º deste artigo e na alí-
nea "b" do inciso I do art. 216, respectiva- CAPÍTULO V
mente, sujeitará os responsáveis ao paga-
mento de atualização monetária, quando DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA
couber, juros moratórios e multas, na forma DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS
do art. 239.
Art. 212. Constitui receita da seguridade social
§ 6º O não-desconto ou a não-retenção das a renda líquida dos concursos de prognósticos,
contribuições a que se referem os §§ 1º e 3º excetuando-se os valores destinados ao Progra-
sujeitará a entidade promotora do espetá- ma de Crédito Educativo.
culo, a empresa ou a entidade às penalida-
des previstas no art. 283. § 1º Consideram-se concurso de prognós-
ticos todo e qualquer concurso de sorteio
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica às de números ou quaisquer outros símbolos,
demais entidades desportivas, que continu- loterias e apostas de qualquer natureza no
am a contribuir na forma dos arts. 201, 202 âmbito federal, estadual, do Distrito Fede-

144 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

ral ou municipal, promovidos por órgãos do II – a remuneração recebida pela prestação


Poder Público ou por sociedades comerciais de serviços de arrecadação, fiscalização e
ou civis. cobrança prestados a terceiros;
§ 2º A contribuição de que trata este artigo III – as receitas provenientes de prestação
constitui-se de: de outros serviços e de fornecimento ou ar-
rendamento de bens;
I – renda líquida dos concursos de prognós-
ticos realizados pelos órgãos do Poder Pú- IV – as demais receitas patrimoniais, indus-
blico destinada à seguridade social de sua triais e financeiras;
esfera de governo;
V- as doações, legados, subvenções e outras
II – cinco por cento sobre o movimento glo- receitas eventuais;
bal de apostas em prado de corridas; e
VI – cinqüenta por cento da receita obtida
III – cinco por cento sobre o movimento glo- na forma do parágrafo único do art. 243 da
bal de sorteio de números ou de quaisquer Constituição Federal, repassados pelo Insti-
modalidades de símbolos. tuto Nacional do Seguro Social aos órgãos
responsáveis pelas ações de proteção à
§ 3º Para o efeito do disposto no parágrafo saúde e a ser aplicada no tratamento e re-
anterior, entende-se como: cuperação de viciados em entorpecentes e
I – renda líquida – o total da arrecadação, drogas afins;
deduzidos os valores destinados ao paga- VII – quarenta por cento do resultado dos
mento de prêmios, de impostos e de despe- leilões dos bens apreendidos pela Secreta-
sas com administração; ria da Receita Federal; e
II – movimento global das apostas – total VIII – outras receitas previstas em legislação
das importâncias relativas às várias moda- específica.
lidades de jogos, inclusive o de acumulada,
apregoadas para o público no prado de cor- Parágrafo único. As companhias segura-
rida, subsede ou outra dependência da en- doras que mantém seguro obrigatório de
tidade; e danos pessoais causados por veículos au-
tomotores de vias terrestres, de que trata a
III – movimento global de sorteio de núme- Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974,
ros – o total da receita bruta, apurada com a deverão repassar à seguridade social cin-
venda de cartelas, cartões ou quaisquer ou- qüenta por cento do valor total do prêmio
tras modalidades, para sorteio realizado em recolhido, destinados ao Sistema Único de
qualquer condição. Saúde, para custeio da assistência médico-
-hospitalar dos segurados vitimados em aci-
dentes de trânsito.(Redação dada pelo De-
creto nº 3.265, de 1999)
CAPÍTULO VI
DAS OUTRAS RECEITAS DA
SEGURIDADE SOCIAL
CAPÍTULO VII
Art. 213. Constituem outras receitas da seguri- DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
dade social:
Art. 214. Entende-se por salário-de-contribui-
I – as multas, a atualização monetária e os
ção:
juros moratórios;

www.acasadoconcurseiro.com.br 145
I – para o empregado e o trabalhador avul- § 2º O salário-maternidade é considerado
so: a remuneração auferida em uma ou mais salário-de-contribuição.
empresas, assim entendida a totalidade dos
rendimentos pagos, devidos ou creditados a § 3º O limite mínimo do salário-de-contri-
qualquer título, durante o mês, destinados a buição corresponde:(Redação dada pelo
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua Decreto nº 3.265, de 1999)
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habi- I – para os segurados contribuinte individu-
tuais sob a forma de utilidades e os adian- al e facultativo, ao salário mínimo; e (Incluí-
tamentos decorrentes de reajuste salarial, do pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
quer pelos serviços efetivamente prestados,
quer pelo tempo à disposição do emprega- II – para os segurados empregado, inclusive
dor ou tomador de serviços, nos termos da o doméstico, e trabalhador avulso, ao piso
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção salarial legal ou normativo da categoria ou,
ou acordo coletivo de trabalho ou sentença inexistindo este, ao salário mínimo, tomado
normativa; no seu valor mensal, diário ou horário, con-
forme o ajustado e o tempo de trabalho efe-
II – para o empregado doméstico: a remu- tivo durante o mês. (Incluído pelo Decreto
neração registrada na Carteira Profissional nº 3.265, de 1999)
e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência
Social, observados os limites mínimo e má- § 4º A remuneração adicional de férias de
ximo previstos nos §§ 3º e 5º; que trata o inciso XVII do art. 7º da Cons-
tituição Federal integra o salário-de-contri-
III – para o contribuinte individual: a remu- buição.
neração auferida em uma ou mais empresas
ou pelo exercício de sua atividade por conta § 5º O valor do limite máximo do salário-de-
própria, durante o mês, observados os limi- -contribuição será publicado mediante por-
tes a que se referem os §§ 3º e 5º; (Redação taria do Ministério da Previdência e Assis-
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) tência Social, sempre que ocorrer alteração
do valor dos benefícios.
IV – para o dirigente sindical na qualidade
de empregado: a remuneração paga, devi- § 6º A gratificação natalina – décimo tercei-
da ou creditada pela entidade sindical, pela ro salário – integra o salário-de-contribui-
empresa ou por ambas; e ção, exceto para o cálculo do salário-de-be-
nefício, sendo devida a contribuição quando
V – para o dirigente sindical na qualidade do pagamento ou crédito da última parcela
de trabalhador avulso: a remuneração paga, ou na rescisão do contrato de trabalho.
devida ou creditada pela entidade sindical.
§ 7º A contribuição de que trata o § 6º inci-
VI – para o segurado facultativo: o valor por dirá sobre o valor bruto da gratificação, sem
ele declarado, observados os limites a que compensação dos adiantamentos pagos,
se referem os §§ 3º e 5º; (Incluído pelo De- mediante aplicação, em separado, da tabela
creto nº 3.265, de 1999) de que trata o art. 198 e observadas as nor-
§ 1º Quando a admissão, a dispensa, o afas- mas estabelecidas pelo Instituto Nacional
tamento ou a falta do empregado, inclusive do Seguro Social.
o doméstico, ocorrer no curso do mês, o sa- § 8º O valor das diárias para viagens, quan-
lário-de-contribuição será proporcional ao do excedente a cinqüenta por cento da re-
número de dias efetivamente trabalhados, muneração mensal do empregado, integra
observadas as normas estabelecidas pelo o salário-de-contribuição pelo seu valor to-
Instituto Nacional do Seguro Social. tal.

146 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 9º Não integram o salário-de-contribui- f) (Revogado pelo Decreto nº 6.727, de


ção, exclusivamente: 2009)
I – os benefícios da previdência social, nos g) indenização por dispensa sem justa cau-
termos e limites legais, ressalvado o dispos- sa no período de trinta dias que antecede a
to no § 2º; correção salarial a que se refere o art. 9º da
Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984;
II – a ajuda de custo e o adicional mensal re-
cebidos pelo aeronauta, nos termos da Lei h) indenizações previstas nos arts. 496 e
nº 5.929, de 30 de outubro de 1973; 497 da Consolidação das Leis do Trabalho;
III – a parcela in natura recebida de acordo i) abono de férias na forma dos arts. 143 e
com programa de alimentação aprovado 144 da Consolidação das Leis do Trabalho;
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos
termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de j) ganhos eventuais e abonos expressamen-
1976; te desvinculados do salário por força de lei;
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de
IV – as importâncias recebidas a título de fé- 1999)
rias indenizadas e respectivo adicional cons-
titucional, inclusive o valor correspondente l) licença-prêmio indenizada; e
à dobra da remuneração de férias de que m) outras indenizações, desde que expres-
trata o art. 137 da Consolidação das Leis do samente previstas em lei;
Trabalho;
VI – a parcela recebida a título de vale-
V – as importâncias recebidas a título de: -transporte, na forma da legislação própria;
a) indenização compensatória de quaren- VII – a ajuda de custo, em parcela única, re-
ta por cento do montante depositado no cebida exclusivamente em decorrência de
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mudança de local de trabalho do emprega-
como proteção à relação de emprego con- do, na forma do art. 470 da Consolidação
tra despedida arbitrária ou sem justa causa, das Leis do Trabalho;
conforme disposto no inciso I do art. 10 do
Ato das Disposições Constitucionais Transi- VIII – as diárias para viagens, desde que não
tórias; excedam a cinqüenta por cento da remune-
ração mensal do empregado;
b) indenização por tempo de serviço, ante-
rior a 5 de outubro de 1988, do emprega- IX – a importância recebida a título de bol-
do não optante pelo Fundo de Garantia do sa de complementação educacional de es-
Tempo de Serviço; tagiário, quando paga nos termos da Lei nº
6.494, de 1977;
c) indenização por despedida sem justa cau-
sa do empregado nos contratos por prazo X – a participação do empregado nos lucros
determinado, conforme estabelecido no ou resultados da empresa, quando paga ou
art. 479 da Consolidação das Leis do Traba- creditada de acordo com lei específica;
lho;
XI – o abono do Programa de Integração
d) indenização do tempo de serviço do sa- Social/Programa de Assistência ao Servidor
frista, quando da expiração normal do con- Público;
trato, conforme disposto no art. 14 da Lei nº
XII – os valores correspondentes a transpor-
5.889, de 8 de junho de 1973;
te, alimentação e habitação fornecidos pela
e) incentivo à demissão; empresa ao empregado contratado para

www.acasadoconcurseiro.com.br 147
trabalhar em localidade distante da de sua vinculados às atividades desenvolvidas pela
residência, em canteiro de obras ou local empresa, desde que não seja utilizado em
que, por força da atividade, exija desloca- substituição de parcela salarial e que todos
mento e estada, observadas as normas de os empregados e dirigentes tenham acesso
proteção estabelecidas pelo Ministério do ao mesmo;
Trabalho e Emprego;
XX – (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de
XIII – a importância paga ao empregado 1999)
a título de complementação ao valor do
auxílio-doença desde que este direito seja XXI – os valores recebidos em decorrência
extensivo à totalidade dos empregados da da cessão de direitos autorais; e
empresa; XXII – o valor da multa paga ao emprega-
XIV – as parcelas destinadas à assistência ao do em decorrência da mora no pagamento
trabalhador da agroindústria canavieira de das parcelas constantes do instrumento de
que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de rescisão do contrato de trabalho, conforme
dezembro de 1965; previsto no § 8º do art. 477 da Consolidação
das Leis do Trabalho.
XV – o valor das contribuições efetivamente
pago pela pessoa jurídica relativo a progra- XXIII – o reembolso creche pago em confor-
ma de previdência complementar privada, midade com a legislação trabalhista, obser-
aberta ou fechada, desde que disponível à vado o limite máximo de seis anos de idade
totalidade de seus empregados e dirigen- da criança, quando devidamente comprova-
tes, observados, no que couber, os arts. 9º das as despesas; (Incluído pelo Decreto nº
e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho; 3.265, de 1999)

XVI – o valor relativo à assistência presta- XXIV – o reembolso babá, limitado ao me-
da por serviço médico ou odontológico, nor salário-de-contribuição mensal e con-
próprio da empresa ou com ela convenia- dicionado à comprovação do registro na
do, inclusive o reembolso de despesas com Carteira de Trabalho e Previdência Social
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédi- da empregada, do pagamento da remune-
cos, despesas médico-hospitalares e outras ração e do recolhimento da contribuição
similares, desde que a cobertura abranja a previdenciária, pago em conformidade com
totalidade dos empregados e dirigentes da a legislação trabalhista, observado o limite
empresa; máximo de seis anos de idade da criança; e
(Incluído pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
XVII – o valor correspondente a vestuários,
equipamentos e outros acessórios forneci- XXV – o valor das contribuições efetiva-
dos ao empregado e utilizados no local do mente pago pela pessoa jurídica relativo a
trabalho para prestação dos respectivos prêmio de seguro de vida em grupo, desde
serviços; que previsto em acordo ou convenção cole-
tiva de trabalho e disponível à totalidade de
XVIII – o ressarcimento de despesas pelo seus empregados e dirigentes, observados,
uso de veículo do empregado, quando devi- no que couber, os arts. 9º e 468 da Conso-
damente comprovadas; (Redação dada pelo lidação das Leis do Trabalho. (Incluído pelo
Decreto nº 3.265, de 1999) Decreto nº 3.265, de 1999)
XIX – o valor relativo a plano educacional § 10. As parcelas referidas no parágrafo an-
que vise à educação básica, nos termos do terior, quando pagas ou creditadas em de-
art. 21 da Lei nº 9.394, de 1996, e a cursos sacordo com a legislação pertinente, inte-
de capacitação e qualificação profissionais gram o salário-de-contribuição para todos

148 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação condições que independam da natureza e


das cominações legais cabíveis. da quantidade do trabalho executado. (In-
cluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
§ 11. Para a identificação dos ganhos habi-
tuais recebidos sob a forma de utilidades, Art. 215. (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de
deverão ser observados: 1999)
I – os valores reais das utilidades recebidas;
ou
II – os valores resultantes da aplicação dos CAPÍTULO VIII
percentuais estabelecidos em lei em função DA ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO
do salário mínimo, aplicados sobre a remu- DAS CONTRIBUIÇÕES
neração paga caso não haja determinação
dos valores de que trata o inciso I. Seção I
§ 12. O valor pago à empregada gestante, DAS NORMAS GERAIS DE
inclusive à doméstica, em função do dis- ARRECADAÇÃO
posto na alínea "b" do inciso II do art. 10 do
Ato das Disposições Constitucionais Tran- Art. 216. A arrecadação e o recolhimento das
sitórias da Constituição Federal, integra o contribuições e de outras importâncias devidas
salário-de-contribuição, excluídos os casos à seguridade social, observado o que a respeito
de conversão em indenização previstos nos dispuserem o Instituto Nacional do Seguro So-
arts. 496 e 497 da Consolidação das Leis do cial e a Secretaria da Receita Federal, obedecem
Trabalho. às seguintes normas gerais:

§ 13. Para efeito de verificação do limite de I – a empresa é obrigada a:


que tratam o § 8º e o inciso VIII do § 9º, não a) arrecadar a contribuição do segurado em-
será computado, no cálculo da remunera- pregado, do trabalhador avulso e do contri-
ção, o valor das diárias. buinte individual a seu serviço, descontan-
§ 14. A incidência da contribuição sobre a do-a da respectiva remuneração; (Redação
remuneração das férias ocorrerá no mês a dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
que elas se referirem, mesmo quando pagas b) recolher o produto arrecadado na forma
antecipadamente na forma da legislação da alínea “a” e as contribuições a seu car-
trabalhista. go incidentes sobre as remunerações pagas,
§ 15. O valor mensal do auxílio-acidente in- devidas ou creditadas, a qualquer título, in-
tegra o salário-de-contribuição, para fins de clusive adiantamentos decorrentes de rea-
cálculo do salário-de-benefício de qualquer juste salarial, acordo ou convenção coletiva,
aposentadoria, observado, no que couber, o aos segurados empregado, contribuinte in-
disposto no art. 32. dividual e trabalhador avulso a seu serviço,
e sobre o valor bruto da nota fiscal ou fa-
§ 16. Não se considera remuneração dire- tura de serviço, relativo a serviços que lhe
ta ou indireta os valores despendidos pelas tenham sido prestados por cooperados, por
entidades religiosas e instituições de ensino intermédio de cooperativas de trabalho, até
vocacional com ministro de confissão reli- o dia vinte do mês seguinte àquele a que se
giosa, membros de instituto de vida consa- referirem as remunerações, bem como as
grada, de congregação ou de ordem religio- importâncias retidas na forma do art. 219,
sa em face do seu mister religioso ou para até o dia vinte do mês seguinte àquele da
sua subsistência, desde que fornecidos em emissão da nota fiscal ou fatura, antecipan-

www.acasadoconcurseiro.com.br 149
do-se o vencimento para o dia útil imedia- V – (Revogado pelo Decreto nº 3.452, de
tamente anterior quando não houver expe- 2000)
diente bancário no dia vinte; (Redação dada
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). VI – a pessoa física não produtor rural que
adquire produção para venda, no varejo, a
c) recolher as contribuições de que trata o consumidor pessoa física é obrigada a reco-
art. 204, na forma e prazos definidos pela lher a contribuição de que trata o art. 200
legislação tributária federal; (Redação dada no prazo referido na alínea "b" do inciso
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) I, no mês subseqüente ao da operação de
II – os segurados contribuinte individual, venda;
quando exercer atividade econômica por VII – o produtor rural pessoa jurídica é obri-
conta própria ou prestar serviço a pessoa gado a recolher a contribuição de que trata
física ou a outro contribuinte individual, o inciso IV do caput do art. 201 e o § 8º do
produtor rural pessoa física, missão diplo- art. 202 no prazo referido na alínea "b" do
mática ou repartição consular de carreira inciso I, no mês subseqüente ao da opera-
estrangeiras, ou quando tratar-se de bra- ção de venda; (Redação dada pelo Decreto
sileiro civil que trabalha no exterior para nº 3.452, de 2000))
organismo oficial internacional do qual o
Brasil seja membro efetivo, ou ainda, na hi- VIII – o empregador doméstico é obriga-
pótese do § 28, e o facultativo estão obriga- do a arrecadar a contribuição do segurado
dos a recolher sua contribuição, por iniciati- empregado doméstico a seu serviço e re-
va própria, até o dia quinze do mês seguinte colhê-la, assim como a parcela a seu cargo,
àquele a que as contribuições se referirem, no prazo referido no inciso II, cabendo-lhe
prorrogando-se o vencimento para o dia útil durante o período da licença-maternidade
subseqüente quando não houver expedien- da empregada doméstica apenas o recolhi-
te bancário no dia quinze, facultada a opção mento da contribuição a seu cargo, faculta-
prevista no § 15; (Redação dada pelo Decre- da a opção prevista no § 16;
to nº 4.729, de 2003)
IX – a empresa que remunera empregado li-
III – a empresa adquirente, consumidora ou cenciado para exercer mandato de dirigente
consignatária ou a cooperativa são obriga- sindical é obrigada a recolher a contribuição
das a recolher a contribuição de que trata o deste, bem como as parcelas a seu cargo, na
art. 200 no prazo referido na alínea "b" do forma deste artigo;
inciso I, no mês subseqüente ao da opera-
ção de venda ou consignação da produção X – a entidade sindical que remunera diri-
rural, independentemente de estas opera- gente que mantém a qualidade de segura-
ções terem sido realizadas diretamente com do empregado, licenciado da empresa, ou
o produtor ou com o intermediário pessoa trabalhador avulso é obrigada a recolher a
física; contribuição destes, bem como as parcelas
a seu cargo, na forma deste artigo; e
IV – o produtor rural pessoa física e o se-
gurado especial são obrigados a recolher a XI – a entidade sindical que remunera diri-
contribuição de que trata o art. 200 no pra- gente que mantém a qualidade de segurado
zo referido na alínea "b" do inciso I, no mês contribuinte individual é obrigada a reco-
subseqüente ao da operação de venda, caso lher a contribuição prevista no inciso II do
comercializem a sua produção com adqui- caput do art. 201 na forma deste artigo, ob-
rente domiciliado no exterior, diretamente, servado o disposto no § 26; (Redação dada
no varejo, a consumidor pessoa física, a ou- pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
tro produtor rural pessoa física ou a outro
segurado especial;

150 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

XII – a empresa que remunera contribuinte "b" do inciso I, do mês subseqüente à resci-
individual é obrigada a fornecer a este com- são, computando-se em separado a parcela
provante do pagamento do serviço presta- referente à gratificação natalina – décimo
do consignando, além dos valores da remu- terceiro salário.
neração e do desconto feito, o número da
inscrição do segurado no Instituto Nacional § 4º A pessoa jurídica de direito privado be-
do Seguro Social; (Redação dada pelo De- neficiada pela isenção de que tratam os arts.
creto nº 4.729, de 2003) 206 ou 207 é obrigada a arrecadar a contri-
buição do segurado empregado e do traba-
XIII – cabe ao empregador, durante o perí- lhador avulso a seu serviço, descontando-a
odo de licença-maternidade da empregada, da respectiva remuneração, e recolhê-la no
recolher apenas a parcela da contribuição a prazo referido na alínea "b" do inciso I.
seu cargo. (Incluído pelo Decreto nº 3.452,
de 2000) § 5º O desconto da contribuição e da con-
signação legalmente determinado sempre
§ 1º O desconto da contribuição do segura- se presumirá feito, oportuna e regularmen-
do incidente sobre o valor bruto da gratifi- te, pela empresa, pelo empregador domés-
cação natalina – décimo terceiro salário – é tico, pelo adquirente, consignatário e co-
devido quando do pagamento ou crédito da operativa a isso obrigados, não lhes sendo
última parcela e deverá ser calculado em lícito alegarem qualquer omissão para se
separado, observado o § 7º do art. 214, e eximirem do recolhimento, ficando os mes-
recolhida, juntamente com a contribuição mos diretamente responsáveis pelas impor-
a cargo da empresa, até o dia vinte do mês tâncias que deixarem de descontar ou ti-
de dezembro, antecipando-se o vencimen- verem descontado em desacordo com este
to para o dia útil imediatamente anterior se Regulamento.
não houver expediente bancário no dia vin-
te. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de § 6º Sobre os valores das contribuições ar-
2003) recadadas pelo Instituto Nacional do Segu-
ro Social e não recolhidas até a data de seu
§ 1º-A. O empregador doméstico pode re- vencimento serão aplicadas na data do pa-
colher a contribuição do segurado empre- gamento as disposições dos arts. 238 e 239.
gado a seu serviço e a parcela a seu cargo
relativas à competência novembro até o dia § 7º Para apuração e constituição dos crédi-
20 de dezembro, juntamente com a contri- tos a que se refere o § 1º do art. 348, a se-
buição referente à gratificação natalina – guridade social utilizará como base de inci-
décimo terceiro salário – utilizando-se de dência o valor da média aritmética simples
um único documento de arrecadação. (In- dos maiores salários-de-contribuição cor-
cluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). respondentes a oitenta por cento de todo
o período contributivo decorrido desde a
§ 2º Se for o caso, a contribuição de que competência julho de 1994, ainda que não
trata o § 1º será atualizada monetariamen- recolhidas as contribuições corresponden-
te a partir da data prevista para o seu reco- tes, corrigidos mês a mês pelos mesmos ín-
lhimento, utilizando-se o mesmo indexador dices utilizados para a obtenção do salário-
definido para as demais contribuições arre- -de-benefício na forma deste Regulamento,
cadadas pelo Instituto Nacional do Seguro observado o limite máximo a que se refere
Social. o § 5º do art. 214. (Redação dada pelo De-
creto nº 6.042, de 2007).
§ 3º No caso de rescisão de contrato de tra-
balho, as contribuições devidas serão reco- § 8º (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de
lhidas no mesmo prazo referido na alínea 2008).

www.acasadoconcurseiro.com.br 151
§ 9º No caso de o segurado manifestar in- § 15. É facultado aos segurados contribuin-
teresse em indenizar contribuições relativas te individual e facultativo, cujos salários-de-
a período em que o exercício de atividade -contribuição sejam iguais ao valor de um
remunerada não exigia filiação obrigatória salário mínimo, optarem pelo recolhimento
à previdência social, aplica-se, desde que a trimestral das contribuições previdenciá-
atividade tenha se tornado de filiação obri- rias, com vencimento no dia quinze do mês
gatória, o disposto no § 7º. (Redação dada seguinte ao de cada trimestre civil, prorro-
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). gando-se o vencimento para o dia útil sub-
seqüente quando não houver expediente
§ 10. O disposto no § 7º não se aplica aos bancário no dia quinze. (Redação dada pelo
casos de contribuições em atraso de segu- Decreto nº 3.265, de 1999)
rado contribuinte individual não alcançadas
pela decadência do direito de a previdência § 16. Aplica-se o disposto no parágrafo an-
social constituir o respectivo crédito, obede- terior ao empregador doméstico relativa-
cendo-se, em relação a elas, às disposições mente aos empregados a seu serviço, cujos
do caput e §§ 2º a 6º do art. 239. (Redação salários-de-contribuição sejam iguais ao va-
dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008). lor de um salário mínimo, ou inferiores nos
casos de admissão, dispensa ou fração do
§ 11. Para o segurado recolher contribui- salário em razão de gozo de benefício. (Re-
ções relativas a período anterior à sua ins- dação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)
crição, aplica-se o disposto nos §§ 7º a 10.
§ 17. A inscrição do segurado no segundo
§ 12. Somente será feito o reconhecimen- ou terceiro mês do trimestre civil não altera
to da filiação nas situações referidas nos §§ a data de vencimento prevista no § 15, no
7º, 9º e 11 após o efetivo recolhimento das caso de opção pelo recolhimento trimestral.
contribuições relativas ao período em que
for comprovado o exercício da atividade re- § 18. Não é permitida a opção prevista no
munerada. (Redação dada pelo Decreto nº § 16 relativamente à contribuição corres-
3.265, de 1999) pondente à gratificação natalina – décimo
terceiro salário – do empregado doméstico,
§ 13. No caso de indenização relativa ao observado o disposto no § 1º e as demais
exercício de atividade remunerada para disposições que regem a matéria.
fins de contagem recíproca corresponden-
te a período de filiação obrigatória ou não, § 19. Fica autorizada, nos termos deste Re-
na forma do inciso IV do art. 127, a base gulamento, a compensação de contribui-
de incidência será a remuneração da data ções devidas ao Instituto Nacional do Se-
do requerimento sobre a qual incidem as guro Social, pelos hospitais contratados ou
contribuições para o regime próprio de pre- conveniados com o Sistema Único de Saúde
vidência social a que estiver filiado o inte- com parcela dos créditos correspondentes a
ressado, observados os limites a que se re- faturas emitidas para recebimento de inter-
ferem os §§ 3º e 5º do art. 214. (Redação nações hospitalares, cujo valor correspon-
dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999) dente será retido pelo órgão pagador do
Sistema Único de Saúde para amortização
§ 14. Sobre os salários-de-contribuição de parcela do débito, nos termos da Lei nº
apurados na forma dos §§ 7º a 11 e 13 será 8.870, de 1994.
aplicada a alíquota de vinte por cento, e o
resultado multiplicado pelo número de me- § 20. Na hipótese de o contribuinte indivi-
ses do período a ser indenizado, observado dual prestar serviço a outro contribuinte
o disposto no § 8º do art. 239. individual equiparado a empresa ou a pro-
dutor rural pessoa física ou a missão diplo-

152 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

mática e repartição consular de carreira § 26. A alíquota de contribuição a ser des-


estrangeiras, poderá deduzir, da sua contri- contada pela empresa da remuneração
buição mensal, quarenta e cinco por cento paga, devida ou creditada ao contribuinte
da contribuição patronal do contratante, individual a seu serviço, observado o limi-
efetivamente recolhida ou declarada, inci- te máximo do salário-de-contribuição, é de
dente sobre a remuneração que este lhe te- onze por cento no caso das empresas em
nha pago ou creditado, no respectivo mês, geral e de vinte por cento quando se tra-
limitada a nove por cento do respectivo sa- tar de entidade beneficente de assistência
lário-de-contribuição. (Redação dada pelo social isenta das contribuições sociais pa-
Decreto nº 4.729, de 2003) tronais. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
2003)
§ 21. Para efeito de dedução, considera-se
contribuição declarada a informação pres- § 27. O contribuinte individual contratado
tada na Guia de Recolhimento do Fundo por pessoa jurídica obrigada a proceder à
de Garantia do Tempo de Serviço e Infor- arrecadação e ao recolhimento da contri-
mações à Previdência Social ou declaração buição por ele devida, cuja remuneração
fornecida pela empresa ao segurado, onde recebida ou creditada no mês, por serviços
conste, além de sua identificação completa, prestados a ela, for inferior ao limite míni-
inclusive com o número no Cadastro Nacio- mo do salário-de-contribuição, é obrigado
nal de Pessoas Jurídicas, o nome e o número a complementar sua contribuição mensal,
da inscrição do contribuinte individual, o va- diretamente, mediante a aplicação da alí-
lor da retribuição paga e o compromisso de quota estabelecida no art. 199 sobre o valor
que esse valor será incluído na citada Guia resultante da subtração do valor das remu-
de Recolhimento do Fundo de Garantia do nerações recebidas das pessoas jurídicas
Tempo de Serviço e Informações à Previ- do valor mínimo do salário-de-contribuição
dência Social e efetuado o recolhimento da mensal. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
correspondente contribuição. (Incluído pelo 2003)
Decreto nº 3.265, de 1999)
§ 28. Cabe ao próprio contribuinte individu-
§ 22. (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de al que prestar serviços, no mesmo mês, a
2003) mais de uma empresa, cuja soma das remu-
nerações superar o limite mensal do salário-
§ 23. O contribuinte individual que não -de-contribuição, comprovar às que sucede-
comprovar a regularidade da dedução de rem à primeira o valor ou valores sobre os
que tratam os §§ 20 e 21 terá glosado o va- quais já tenha incidido o desconto da contri-
lor indevidamente deduzido, devendo com- buição, de forma a se observar o limite má-
plementar as contribuições com os acrés- ximo do salário-de-contribuição. (Incluído
cimos legais devidos. (Redação dada pelo pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
Decreto nº 4.729, de 2003)
§ 29. Na hipótese do § 28, o Instituto Na-
§ 24. (Revogado pelo Decreto nº 6.722, de cional do Seguro Social poderá facultar ao
2008). contribuinte individual que prestar, regular-
§ 25. Relativamente aos que recebem salá- mente, serviços a uma ou mais empresas,
rio variável, o recolhimento da contribuição cuja soma das remunerações seja igual ou
decorrente de eventual diferença da gra- superior ao limite mensal do salário-de-con-
tificação natalina (13º salário) deverá ser tribuição, indicar qual ou quais empresas e
efetuado juntamente com a competência sobre qual valor deverá proceder o descon-
dezembro do mesmo ano.(Incluído pelo De- to da contribuição, de forma a respeitar o
creto nº 3.265, de 1999) limite máximo, e dispensar as demais dessa

www.acasadoconcurseiro.com.br 153
providência, bem como atribuir ao próprio na aquisição de produtos agropecuários no
contribuinte individual a responsabilidade âmbito do referido Programa. (Incluído pelo
de complementar a respectiva contribuição Decreto nº 6.722, de 2008).
até o limite máximo, na hipótese de, por Art. 216-A. Os órgãos da administração pública
qualquer razão, deixar de receber remune- direta, indireta e fundações públicas da União,
ração ou receber remuneração inferior às bem como as demais entidades integrantes do
indicadas para o desconto. (Incluído pelo Sistema Integrado de Administração Financeira
Decreto nº 4.729, de 2003) do Governo Federal ao contratarem pessoa fí-
§ 30. Aplica-se o disposto neste artigo, no sica para prestação de serviços eventuais, sem
que couber e observado o § 31, à coopera- vínculo empregatício, inclusive como integrante
tiva de trabalho em relação à contribuição de grupo-tarefa, deverão obter dela a respectiva
devida pelo seu cooperado. (Incluído pelo inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social,
Decreto nº 4.729, de 2003) como contribuinte individual, ou providenciá-la
em nome dela, caso não seja inscrita, e proce-
§ 31. A cooperativa de trabalho é obrigada a der ao desconto e recolhimento da respectiva
descontar onze por cento do valor da quota contribuição, na forma do art. 216. (Redação
distribuída ao cooperado por serviços por dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
ele prestados, por seu intermédio, a empre-
sas e vinte por cento em relação aos servi- § 1º Aplica-se o disposto neste artigo mes-
ços prestados a pessoas físicas e recolher o mo que o contratado exerça concomitante-
produto dessa arrecadação no dia vinte do mente uma ou mais atividades abrangidas
mês seguinte ao da competência a que se pelo Regime Geral de Previdência Social ou
referir, antecipando-se o vencimento para por qualquer outro regime de previdência
o dia útil imediatamente anterior quando social ou seja aposentado por qualquer re-
não houver expediente bancário no dia vin- gime previdenciário.(Incluído pelo Decreto
te. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de nº 4.032, de 2001)
2008). § 2º O contratado que já estiver contri-
buindo para o Regime Geral de Previdên-
§ 32. São excluídos da obrigação de arreca- cia Social na condição de empregado ou
dar a contribuição do contribuinte individu- trabalhador avulso sobre o limite máximo
al que lhe preste serviço o produtor rural do salário-de-contribuição deverá compro-
pessoa física, a missão diplomática, a repar- var esse fato e, se a sua contribuição nes-
tição consular e o contribuinte individual. sa condição for inferior ao limite máximo, a
(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) contribuição como contribuinte individual
§ 33. Na hipótese prevista no § 32, cabe ao deverá ser complementar, respeitando, no
contribuinte individual recolher a própria conjunto, aquele limite, procedendo-se, no
contribuição, sendo a alíquota, neste caso, caso, de conformidade com o disposto no §
de vinte por cento, observado o disposto 28 do art. 216. (Redação dada pelo Decreto
nos §§ 20, 21 e 23. (Redação dada pelo De- nº 4.729, de 2003)
creto nº 6.722, de 2008). § 3º (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de
§ 34. O recolhimento da contribuição do 2003)
produtor rural pessoa física ou produtor ru- § 4º Aplica-se o disposto neste artigo às
ral pessoa jurídica, quando houver, será efe- contratações feitas por organismos inter-
tuado pela Companhia Nacional de Abaste- nacionais, em programas de cooperação e
cimento – CONAB, à conta do Programa de operações de mútua conveniência entre es-
Aquisição de Alimentos, instituído pelo art. tes e o governo brasileiro.(Incluído pelo De-
19 da Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003, creto nº 4.032, de 2001)

154 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

Art. 217. Na requisição de mão-de-obra de inclusive sobre férias e gratificação natalina,


trabalhador avulso efetuada em conformida- no prazo previsto na alínea "b" do inciso I
de com as Leis nºs 8.630, de 1993, e 9.719, de do art. 216.(Incluído pelo Decreto nº 4.032,
27 de novembro de 1998, o responsável pelas de 2001)
obrigações previstas neste Regulamento, em re-
lação aos segurados que lhe prestem serviços, § 3º (Revogado pelo Decreto nº 4.032, de
é o operador portuário, o tomador de mão-de- 2001)
-obra, inclusive o titular de instalação portuária § 4º O prazo previsto no § 1º pode ser alte-
de uso privativo, observadas as normas fixadas rado mediante convenção coletiva firmada
pelo Instituto Nacional do Seguro Social. entre entidades sindicais representativas
§ 1º O operador portuário ou titular de dos trabalhadores e operadores portuários,
instalação de uso privativo repassará ao observado o prazo legal para recolhimen-
órgão gestor de mão-de-obra, até vin- to dos encargos previdenciários.(Redação
te e quatro horas após a realização dos dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001)
serviços:(Redação dada pelo Decreto nº § 5º A contribuição do trabalhador avulso,
4.032, de 2001) relativamente à gratificação natalina, será
I – o valor da remuneração devida aos tra- calculada com base na alíquota correspon-
balhadores portuários avulsos, inclusive a dente ao seu salário-de-contribuição men-
referente às férias e à gratificação natalina; sal.(Redação dada pelo Decreto nº 4.032,
e (Incluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) de 2001)

II – o valor da contribuição patronal previ- § 6º O salário-família devido ao trabalha-


denciária correspondente e o valor daquela dor portuário avulso será pago pelo órgão
devida a terceiros conforme o art. 274.(In- gestor de mão-de-obra, mediante convênio,
cluído pelo Decreto nº 4.032, de 2001) que se incumbirá de demonstrá-lo na folha
de pagamento correspondente.
§ 2º O órgão gestor de mão-de-obra é
responsável:(Redação dada pelo Decreto nº Art. 218. A empresa tomadora ou requisitante
4.032, de 2001) dos serviços de trabalhador avulso, cuja contra-
tação de pessoal não for abrangida pelas Leis
I – pelo pagamento da remuneração ao tra- nºs 8.630, de 1993, e 9.719, de 1998, é respon-
balhador portuário avulso;(Incluído pelo sável pelo cumprimento de todas as obrigações
Decreto nº 4.032, de 2001) previstas neste Regulamento, bem como pelo
preenchimento e entrega da Guia de Recolhi-
II – pela elaboração da folha de mento do Fundo de Garantia do Tempo de Ser-
pagamento;(Incluído pelo Decreto nº 4.032, viço e Informações à Previdência Social em re-
de 2001) lação aos segurados que lhe prestem serviços,
III – pelo preenchimento e entrega da Guia observadas as normas fixadas pelo Instituto Na-
de Recolhimento do Fundo de Garantia do cional do Seguro Social.
Tempo de Serviço e Informações à Previ- § 1º O salário-família devido ao trabalhador
dência Social; e (Incluído pelo Decreto nº avulso mencionado no caput será pago pelo
4.032, de 2001) sindicato de classe respectivo, mediante
IV – pelo recolhimento das contribuições convênio, que se incumbirá de elaborar as
de que tratam o art. 198, o inciso I do caput folhas correspondentes.
do art. 201 e os arts. 202 e 274, incidentes § 2º O tomador de serviços é responsável
sobre a remuneração paga, devida ou credi- pelo recolhimento das contribuições de que
tada aos trabalhadores portuários avulsos, tratam o art. 198, o inciso I do caput do art.

www.acasadoconcurseiro.com.br 155
201 e os arts. 202 e 274, incidentes sobre a VIII – coleta e reciclagem de lixo e resíduos;
remuneração paga, devida ou creditada ao
trabalhador avulso, inclusive sobre férias e IX – copa e hotelaria;
gratificação natalina, no prazo previsto na X – corte e ligação de serviços públicos;
alínea "b" do inciso I do art. 216.(Redação
dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001) XI – distribuição;

Seção II XII – treinamento e ensino;


DA RETENÇÃO E DA XIII – entrega de contas e documentos;
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA XIV – ligação e leitura de medidores;
Art. 219. A empresa contratante de serviços XV – manutenção de instalações, de máqui-
executados mediante cessão ou empreitada de nas e de equipamentos;
mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho
temporário, deverá reter onze por cento do va- XVI – montagem;
lor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de pres- XVII – operação de máquinas, equipamen-
tação de serviços e recolher a importância reti- tos e veículos;
da em nome da empresa contratada, observado
o disposto no § 5º do art. 216. (Redação dada XVIII – operação de pedágio e de terminais
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) de transporte;
§ 1º Exclusivamente para os fins deste Re- XIX – operação de transporte de passagei-
gulamento, entende-se como cessão de ros, inclusive nos casos de concessão ou
mão-de-obra a colocação à disposição do sub-concessão; (Redação dada pelo Decreto
contratante, em suas dependências ou nas nº 4.729, de 2003)
de terceiros, de segurados que realizem ser-
viços contínuos, relacionados ou não com XX – portaria, recepção e ascensorista;
a atividade fim da empresa, independen- XXI – recepção, triagem e movimentação de
temente da natureza e da forma de contra- materiais;
tação, inclusive por meio de trabalho tem-
porário na forma da Lei nº 6.019, de 3 de XXII – promoção de vendas e eventos;
janeiro de 1974, entre outros.
XXIII – secretaria e expediente;
§ 2º Enquadram-se na situação prevista no
XXIV – saúde; e
caput os seguintes serviços realizados me-
diante cessão de mão-de-obra: XXV – telefonia, inclusive telemarketing.
I – limpeza, conservação e zeladoria; § 3º Os serviços relacionados nos incisos I a
V também estão sujeitos à retenção de que
II – vigilância e segurança;
trata o caput quando contratados mediante
III – construção civil; empreitada de mão-de-obra.

IV – serviços rurais; § 4º O valor retido de que trata este artigo


deverá ser destacado na nota fiscal, fatura
V – digitação e preparação de dados para ou recibo de prestação de serviços, sendo
processamento; compensado pelo respectivo estabeleci-
VI – acabamento, embalagem e acondicio- mento da empresa contratada quando do
namento de produtos; recolhimento das contribuições destinadas
à seguridade social devidas sobre a folha de
VII – cobrança; pagamento dos segurados.

156 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 5º O contratado deverá elaborar folha de § 11. As importâncias retidas não podem


pagamento e Guia de Recolhimento do Fun- ser compensadas com contribuições arre-
do de Garantia do Tempo de Serviço e Infor- cadadas pelo Instituto Nacional do Seguro
mações à Previdência Social distintas para Social para outras entidades.
cada estabelecimento ou obra de constru-
ção civil da empresa contratante do serviço. § 12º O percentual previsto no caput será
acrescido de quatro, três ou dois pontos
§ 6º A empresa contratante do serviço de- percentuais, relativamente aos serviços
verá manter em boa guarda, em ordem prestados pelos segurados empregado, cuja
cronológica e por contratada, as correspon- atividade permita a concessão de aposenta-
dentes notas fiscais, faturas ou recibos de doria especial, após quinze, vinte ou vinte
prestação de serviços, Guias da Previdência e cinco anos de contribuição, respectiva-
Social e Guias de Recolhimento do Fundo mente. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de
de Garantia do Tempo de Serviço e Informa- 2003)
ções à Previdência Social com comprovante
de entrega. Art. 220. O proprietário, o incorporador defini-
do na Lei nº 4.591, de 1964, o dono da obra ou
§ 7º Na contratação de serviços em que a condômino da unidade imobiliária cuja contra-
contratada se obriga a fornecer material ou tação da construção, reforma ou acréscimo não
dispor de equipamentos, fica facultada ao envolva cessão de mão-de-obra, são solidários
contratado a discriminação, na nota fiscal, com o construtor, e este e aqueles com a su-
fatura ou recibo, do valor correspondente bempreiteira, pelo cumprimento das obrigações
ao material ou equipamentos, que será ex- para com a seguridade social, ressalvado o seu
cluído da retenção, desde que contratual- direito regressivo contra o executor ou contra-
mente previsto e devidamente comprova- tante da obra e admitida a retenção de impor-
do. tância a este devida para garantia do cumpri-
mento dessas obrigações, não se aplicando, em
§ 8º Cabe ao Instituto Nacional do Seguro qualquer hipótese, o benefício de ordem.
Social normatizar a forma de apuração e
o limite mínimo do valor do serviço conti- § 1º Não se considera cessão de mão-de-
do no total da nota fiscal, fatura ou recibo, -obra, para os fins deste artigo, a contrata-
quando, na hipótese do parágrafo anterior, ção de construção civil em que a empresa
não houver previsão contratual dos valores construtora assuma a responsabilidade di-
correspondentes a material ou a equipa- reta e total pela obra ou repasse o contrato
mentos. integralmente.
§ 9º Na impossibilidade de haver compen- § 2º O executor da obra deverá elaborar,
sação integral na própria competência, o distintamente para cada estabelecimento
saldo remanescente poderá ser compensa- ou obra de construção civil da empresa con-
do nas competências subseqüentes, inclu- tratante, folha de pagamento, Guia de Re-
sive na relativa à gratificação natalina, ou colhimento do Fundo de Garantia do Tempo
ser objeto de restituição, não sujeitas ao de Serviço e Informações à Previdência So-
disposto no § 3º do art. 247. (Redação dada cial e Guia da Previdência Social, cujas có-
pelo Decreto nº 4.729, de 2003) pias deverão ser exigidas pela empresa con-
tratante quando da quitação da nota fiscal
§ 10. Para fins de recolhimento e de com- ou fatura, juntamente com o comprovante
pensação da importância retida, será con- de entrega daquela Guia.
siderada como competência aquela a que
corresponder à data da emissão da nota fis- § 3º A responsabilidade solidária de que
cal, fatura ou recibo. trata o caput será elidida:

www.acasadoconcurseiro.com.br 157
I – pela comprovação, na forma do parágra- Art. 224. Os administradores de autarquias e
fo anterior, do recolhimento das contribui- fundações públicas, criadas ou mantidas pelo
ções incidentes sobre a remuneração dos Poder Público, de empresas públicas e de so-
segurados, incluída em nota fiscal ou fatura ciedades de economia mista sujeitas ao con-
correspondente aos serviços executados, trole da União, dos Estados, do Distrito Fede-
quando corroborada por escrituração con- ral ou dos Municípios, que se encontrarem em
tábil; e mora por mais de trinta dias, no recolhimento
das contribuições previstas neste Regulamen-
II – pela comprovação do recolhimento das to, tornam-se solidariamente responsáveis pelo
contribuições incidentes sobre a remunera- respectivo pagamento, ficando ainda sujeitos às
ção dos segurados, aferidas indiretamente proibições do art. 1º e às sanções dos arts. 4º e
nos termos, forma e percentuais previstos 7º do Decreto-lei nº 368, de 19 de dezembro de
pelo Instituto Nacional do Seguro Social. 1968.
III – pela comprovação do recolhimento da Art. 224-A. O disposto nesta Seção não se aplica
retenção permitida no caput deste artigo, à contratação de serviços por intermédio de co-
efetivada nos termos do art. 219.(Incluído operativa de trabalho. (Incluído pelo Decreto nº
pelo Decreto nº 4.032, de 2001) 3.265, de 1999)
§ 4º Considera-se construtor, para os efeitos
deste Regulamento, a pessoa física ou jurí- Seção III
dica que executa obra sob sua responsabili- DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
dade, no todo ou em parte.
Art. 225. A empresa é também obrigada a:
Art. 221. Exclui-se da responsabilidade solidá-
ria perante a seguridade social o adquirente I – preparar folha de pagamento da remu-
de prédio ou unidade imobiliária que realize a neração paga, devida ou creditada a todos
operação com empresa de comercialização ou os segurados a seu serviço, devendo man-
com incorporador de imóveis definido na Lei nº ter, em cada estabelecimento, uma via da
4.591, de 1964, ficando estes solidariamente respectiva folha e recibos de pagamentos;
responsáveis com o construtor, na forma previs- II – lançar mensalmente em títulos próprios
ta no art. 220. de sua contabilidade, de forma discrimina-
Art. 222. As empresas que integram grupo eco- da, os fatos geradores de todas as contri-
nômico de qualquer natureza, bem como os buições, o montante das quantias desconta-
produtores rurais integrantes do consórcio sim- das, as contribuições da empresa e os totais
plificado de que trata o art. 200-A, respondem recolhidos;
entre si, solidariamente, pelas obrigações de- III – prestar ao Instituto Nacional do Seguro
correntes do disposto neste Regulamento.(Re- Social e à Secretaria da Receita Federal to-
dação dada pelo Decreto nº 4.032, de 2001) das as informações cadastrais, financeiras
Art. 223. O operador portuário e o órgão gestor e contábeis de interesse dos mesmos, na
de mão-de-obra são solidariamente responsá- forma por eles estabelecida, bem como os
veis pelo pagamento das contribuições previ- esclarecimentos necessários à fiscalização;
denciárias e demais obrigações, inclusive aces- IV – informar mensalmente ao Instituto
sórias, devidas à seguridade social, arrecadadas Nacional do Seguro Social, por intermédio
pelo Instituto Nacional do Seguro Social, relati- da Guia de Recolhimento do Fundo de Ga-
vamente à requisição de mão-de-obra de traba- rantia do Tempo de Serviço e Informações
lhador avulso, vedada a invocação do benefício à Previdência Social, na forma por ele esta-
de ordem. belecida, dados cadastrais, todos os fatos

158 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

geradores de contribuição previdenciária § 3º A Guia de Recolhimento do Fundo de


e outras informações de interesse daquele Garantia do Tempo de Serviço e Informa-
Instituto; ções à Previdência Social é exigida relativa-
mente a fatos geradores ocorridos a partir
V – encaminhar ao sindicato representativo de janeiro de 1999.
da categoria profissional mais numerosa en-
tre seus empregados, até o dia dez de cada § 4º O preenchimento, as informações pres-
mês, cópia da Guia da Previdência Social re- tadas e a entrega da Guia de Recolhimento
lativamente à competência anterior; e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
e Informações à Previdência Social são de
VI – afixar cópia da Guia da Previdência So- inteira responsabilidade da empresa.
cial, relativamente à competência anterior,
durante o período de um mês, no quadro de § 5º A empresa deverá manter à disposição
horário de que trata o art. 74 da Consolida- da fiscalização, durante dez anos, os docu-
ção das Leis do Trabalho. mentos comprobatórios do cumprimento
das obrigações referidas neste artigo, ob-
VII – informar, anualmente, à Secretaria da servados o disposto no § 22 e as normas es-
Receita Federal do Brasil, na forma por ela tabelecidas pelos órgãos competentes. (Re-
estabelecida, o nome, o número de inscri- dação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
ção na previdência social e o endereço com-
pleto dos segurados de que trata o inciso § 6º O Instituto Nacional do Seguro Social
III do § 15 do art. 9º, por ela utilizados no e a Caixa Econômica Federal estabelecerão
período, a qualquer título, para distribuição normas para disciplinar a entrega da Guia
ou comercialização de seus produtos, sejam de Recolhimento do Fundo de Garantia do
eles de fabricação própria ou de terceiros, Tempo de Serviço e Informações à Previdên-
sempre que se tratar de empresa que reali- cia Social, nos casos de rescisão contratual.
ze vendas diretas. (Incluído pelo Decreto nº
6.722, de 2008). § 7º A comprovação dos pagamentos de be-
nefícios reembolsados à empresa também
§ 1º As informações prestadas na Guia de deve ser mantida à disposição da fiscaliza-
Recolhimento do Fundo de Garantia do ção durante dez anos.
Tempo de Serviço e Informações à Previdên-
cia Social servirão como base de cálculo das § 8º O disposto neste artigo aplica-se, no
contribuições arrecadadas pelo Instituto que couber, aos demais contribuintes e ao
Nacional do Seguro Social, comporão a base adquirente, consignatário ou cooperativa,
de dados para fins de cálculo e concessão sub-rogados na forma deste Regulamento.
dos benefícios previdenciários, bem como § 9º A folha de pagamento de que trata o
constituir-se-ão em termo de confissão de inciso I do caput, elaborada mensalmente,
dívida, na hipótese do não-recolhimento. de forma coletiva por estabelecimento da
§ 2º A entrega da Guia de Recolhimento do empresa, por obra de construção civil e por
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e tomador de serviços, com a correspondente
Informações à Previdência Social deverá ser totalização, deverá:
efetuada na rede bancária, conforme es- I – discriminar o nome dos segurados, indi-
tabelecido pelo Ministério da Previdência cando cargo, função ou serviço prestado;
e Assistência Social, até o dia sete do mês
seguinte àquele a que se referirem as in- II – agrupar os segurados por categoria, as-
formações. (Redação dada pelo Decreto nº sim entendido: segurado empregado, traba-
3.265, de 1999) lhador avulso, contribuinte individual; (Re-
dação dada pelo Decreto nº 3.265, de 1999)

www.acasadoconcurseiro.com.br 159
III – destacar o nome das seguradas em § 13. Os lançamentos de que trata o inciso
gozo de salário-maternidade; II do caput, devidamente escriturados nos
livros Diário e Razão, serão exigidos pela
IV – destacar as parcelas integrantes e não fiscalização após noventa dias contados da
integrantes da remuneração e os descontos ocorrência dos fatos geradores das contri-
legais; e buições, devendo, obrigatoriamente:
V – indicar o número de quotas de salário- I – atender ao princípio contábil do regime
-família atribuídas a cada segurado empre- de competência; e
gado ou trabalhador avulso.
II – registrar, em contas individualizadas,
§ 10. No que se refere ao trabalhador por- todos os fatos geradores de contribuições
tuário avulso, o órgão gestor de mão-de- previdenciárias de forma a identificar, clara
-obra elaborará a folha de pagamento por e precisamente, as rubricas integrantes e
navio, mantendo-a disponível para uso da não integrantes do salário-de-contribuição,
fiscalização do Instituto Nacional do Seguro bem como as contribuições descontadas do
Social, indicando o operador portuário e os segurado, as da empresa e os totais recolhi-
trabalhadores que participaram da opera- dos, por estabelecimento da empresa, por
ção, detalhando, com relação aos últimos: obra de construção civil e por tomador de
serviços.
I – os correspondentes números de registro
ou cadastro no órgão gestor de mão-de- § 14. A empresa deverá manter à disposição
-obra; da fiscalização os códigos ou abreviaturas
que identifiquem as respectivas rubricas
II – o cargo, função ou serviço prestado; utilizadas na elaboração da folha de paga-
mento, bem como os utilizados na escritu-
III – os turnos em que trabalharam; e
ração contábil.
IV – as remunerações pagas, devidas ou § 15. A exigência prevista no inciso II do
creditadas a cada um dos trabalhadores e a caput não desobriga a empresa do cumpri-
correspondente totalização. mento das demais normas legais e regula-
§ 11. No que se refere ao parágrafo anterior, mentares referentes à escrituração contábil.
o órgão gestor de mão-de-obra consolidará § 16. São desobrigadas de apresentação de
as folhas de pagamento relativas às opera- escrituração contábil: (Redação dada pelo
ções concluídas no mês anterior por opera- Decreto nº 3.265, de 1999)
dor portuário e por trabalhador portuário
I – o pequeno comerciante, nas condições
avulso, indicando, com relação a estes, os
estabelecidas pelo Decreto-lei nº 486, de 3
respectivos números de registro ou cadas-
de março de 1969, e seu Regulamento;
tro, as datas dos turnos trabalhados, as im-
portâncias pagas e os valores das contribui- II – a pessoa jurídica tributada com base no
ções previdenciárias retidas. lucro presumido, de acordo com a legisla-
ção tributária federal, desde que mantenha
§ 12. Para efeito de observância do limite a escrituração do Livro Caixa e Livro de Re-
máximo da contribuição do segurado tra- gistro de Inventário; e
balhador avulso, de que trata o art. 198, o
órgão gestor de mão-de-obra manterá re- III – a pessoa jurídica que optar pela inscri-
sumo mensal e acumulado, por trabalhador ção no Sistema Integrado de Pagamento de
portuário avulso, dos valores totais das fé- Impostos e Contribuições das Microempre-
rias, do décimo terceiro salário e das contri- sas e Empresas de Pequeno Porte, desde
buições previdenciárias retidas. que mantenha escrituração do Livro Caixa e
Livro de Registro de Inventário.

160 www.acasadoconcurseiro.com.br
Receita Federal (Analista Tributário) – Direito Previdenciário – Prof. Fernando Aprato

§ 17. A empresa, agência ou sucursal esta- § 22. A empresa que utiliza sistema de pro-
belecida no exterior deverá apresentar os cessamento eletrônico de dados para o re-
documentos comprobatórios do cumpri- gistro de negócios e atividades econômicas,
mento das obrigações referidas neste artigo escrituração de livros ou produção de docu-
à sua congênere no Brasil, observada a soli- mentos de natureza contábil, fiscal, traba-
dariedade de que trata o art. 222. lhista e previdenciária é obrigada a arquivar
e conservar, devidamente certificados, os
§ 18. Para o cumprimento do disposto no respectivos sistemas e arquivos, em meio
inciso V do caput serão observadas as se- digital ou assemelhado, durante dez anos,
guintes situações: à disposição da fiscalização. (Incluído pelo
I – caso a empresa possua mais de um es- Decreto nº 4.729, de 2003)
tabelecimento localizado em base geográfi- § 23. A cooperativa de trabalho e a pessoa
ca diversa, a cópia da Guia da Previdência jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição
Social será encaminhada ao sindicato re- no Instituto Nacional do Seguro Social dos
presentativo da categoria profissional mais seus cooperados e contratados, respectiva-
numerosa entre os empregados de cada es- mente, como contribuintes individuais, se
tabelecimento; ainda não inscritos. (Incluído pelo Decreto
II – a empresa que recolher suas contribui- nº 4.729, de 2003)
ções em mais de uma Guia da Previdência § 24. A empresa ou cooperativa adquirente,
Social encaminhará cópia de todas as guias; consumidora ou consignatária da produção
III – a remessa poderá ser efetuada por fica obrigada a fornecer ao segurado espe-
qualquer meio que garanta a reprodução cial cópia do documento fiscal de entrada
integral do documento, cabendo à empresa da mercadoria, onde conste, além do re-
manter, em seus arquivos, prova do recebi- gistro da operação realizada, o valor da res-
mento pelo sindicato; e pectiva contribuição previdenciária. (Incluí-
do pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
IV – cabe à empresa a comprovação, peran-
te a fiscalização do Instituto Nacional do Se- Art. 226. O Município, por intermédio do órgão
guro Social, do cumprimento de sua obriga- competente, fornecerá ao Instituto Nacional do
ção frente ao sindicato. Seguro Social, para fins de fiscalização, mensal-
mente, relação de todos os alvarás para cons-
§ 19. O órgão gestor de mão-de-obra deve- trução civil e documentos de "habite-se" con-
rá, quando exigido pela fiscalização do Ins- cedidos, de acordo com critérios estabelecidos
tituto Nacional do Seguro Social, exibir as pelo referido Instituto.
listas de escalação diária dos trabalhadores
portuários avulsos, por operador portuário § 1º A relação a que se refere o caput será
e por navio. encaminhada ao INSS até o dia dez do mês
seguinte àquele a que se referirem os do-
§ 20. Caberá exclusivamente ao órgão ges- cumentos.(Redação dada pelo Decreto nº
tor de mão-de-obra a responsabilidade pela 4.032, de 2001)
exatidão dos dados lançados nas listas diá-
rias referidas no parágrafo anterior. § 2º O encaminhamento da relação fora do
prazo ou a sua falta e a apresentação com
§ 21. Fica dispensado do cumprimento do incorreções ou omissões sujeitará o dirigen-
disposto nos incisos V e VI do caput o con- te do órgão municipal à penalidade prevista
tribuinte individual, em relação a segurado na alínea "f" do inciso I do art. 283.
que lhe presta serviço. (Redação dada pelo
Decreto nº 3.265, de 1999) Art. 227. (Revogado pelo Decreto nº 8.302, de
2014)

www.acasadoconcurseiro.com.br 161
Art. 228. O titular de cartório de registro civil e
de pessoas naturais fica obrigado a comunicar,
até o dia dez de cada mês, na forma estabele-
cida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o
registro dos óbitos ocorridos no mês imediata-
mente anterior, devendo da comunicação cons-
tar o nome, a filiação, a data e o local de nasci-
mento da pessoa falecida.
Parágrafo único. No caso de não haver sido
registrado nenhum óbito, deverá o titular
do cartório comunicar esse fato ao Instituto
Nacional do Seguro Social, no prazo estipu-
lado no caput.

162 www.acasadoconcurseiro.com.br

Você também pode gostar