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COMEÇANDO DO ZERO - DIREITO PREVIDENCIÁRIO

AULA 05 – DEPENDENTES DO RGPS

5.1. Conceito e enquadramento


Dependentes são as pessoas físicas que têm vínculo jurídico com o segurado e, em razão disso, vão ter a
proteção previdenciária do RGPS.
A vinculação do dependente com o RGPS não é autônoma. Ela se dá de forma de forma reflexa, indireta
porque ela está vinculada a um segurado da previdência social.
As pessoas que se enquadram como dependentes do RGPS, estão expressamente elencadas no art. 16 da
Lei nº 8.213/91 e estão agrupadas em 03 classes, a saber.

O cônjuge, o companheiro, a companheira e o filho, não emancipado, de qualquer


1ª classe –
condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
classe preferencial
mental ou deficiência grave;

2ª classe os pais;

Irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou


3ª classe
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

Os dependentes pertencentes à mesma classe vão concorrer em igualdade de condições. O benefício de


pensão por morte ou de auxílio-reclusão será dividido em partes iguais entre os dependentes habilitados.
Veja o exemplo:

João, empregado de um banco, falece e deixa esposa e dois filhos, Pedro com 03 anos e Paulo com
10 anos de idade.
Nesse caso, como João é segurado do RGPS, os seus dependentes (esposa e os dois filhos) terão
direito à pensão por morte, que será dividida em 03 partes iguais, recebendo, portanto, cada um
deles o montante de 1/3 do valor total do benefício.

A existência de dependente em uma classe exclui do direito à percepção do benefício os dependentes


pertencentes às classes seguintes. Isso quer dizer que, se houver, no momento do óbito do segurado, somente
a sua esposa como dependente de 1ª classe, a pensão por morte será concedida apenas a ela, ainda que existam
dependentes de 2ª e 3ª classes.

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Veja o exemplo:

João, empregado de um banco, falece e deixa esposa e mãe.


A mãe do segurado era sustentada pelo filho.
Nesse caso, como João é segurado do RGPS, sua esposa terá direito de receber pensão por morte.
A mãe, mesmo que economicamente dependente do filho, segurado do RGPS, não terá direito ao
benefício porque existe dependente de 1ª classe, no caso, a esposa.
Caso a esposa venha a falecer, a pensão por morte NUNCA poderá ser concedida à mãe do
segurado falecido – dependente de 2ª classe.
A pensão por morte, no caso, será cessada com o falecimento da única dependente de 1ª classe –
esposa.

5.1.1. Dependentes de 1ª classe


Antes de mais nada, digo que a dependência econômica dos dependentes de 1ª classe é presumida.
Logo, pouco importa se um dependente de 1ª classe tem renda maior do que a do segurado. Desde que
comprovada a qualidade de dependente de 1ª classe, o benefício lhe será garantido.

• 1) Cônjuge: marido e mulher. Ambos têm direito aos benefícios assegurados aos dependentes.

• 2) Companheiro(a): a companheira e o companheiro são dependentes do RGPS, inclusive de união


homoafetiva.

A prova de união estável dos companheiros terá que ser comprovada com início de prova material
contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à
data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito1.

• 3) Ex-cônjuge e ex-companheiro(a): serão dependentes desde que recebam pensão alimentícia do


segurado após a separação de fato ou judicial, o divórcio ou a dissolução da união estável.

• 4) filho não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos: todos os filhos, havidos ou não na
relação do casamento, ou adotados, são enquadrados como dependentes de 1ª classe, desde que menores de 21
anos e não emancipados.
De fato, o filho menor de 21 anos tem que apresentar, no momento do requerimento do benefício,
declaração atestando que não se enquadra em nenhuma situação de emancipação, o que o levaria a perder a
condição de dependente de segurado filiado ao RGPS.

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Determinação trazida pelo §5º do art. 16 da Lei nº 8.213/91.
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No que tange à idade do dependente, o legislador estabeleceu como dependentes dos segurados do RGPS,
os filhos menores de 21 anos, desde que não emancipados. Esse parâmetro etário foi colocado em xeque,
quando o novo Código Civil reduziu a idade da maioridade civil para 18 anos. Nesse novo contexto, manteria
o filho maior de 18 e menor de 21 anos a condição de dependente, mesmo o Novo Código Civil o considerando
maior e capaz civilmente?
A resposta é positiva, visto que o legislador previdenciário não optou, como marco final da dependência a
maioridade civil, mas sim, a idade do filho. Logo, prevalece o entendimento segundo o qual o filho menor de
21 anos de idade é dependente do segurado do RGPS, salvo se for emancipado.
Pode-se dizer, portanto, que a maioridade previdenciária do filho ocorre aos 21 anos de idade.

Outra dúvida muito comum em relação aos filhos de segurados da Previdência é se o filho do segurado,
maior de 21 e menor de 24 anos, estiver cursando ensino superior, ele permanecerá na condição de dependente.
A resposta é NÃO. A condição de dependente do filho cessa aos 21 anos de idade, salvo se inválido ou
se possuir deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

O filho perderá a qualidade de dependente ao completar 21 anos de idade, ou nas seguintes hipóteses, se
ocorridas anteriormente a essa idade:
a) casamento;
b) início do exercício de emprego público efetivo;
c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde
que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria; ou
d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio de instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido o tutor, se o menor
tiver 16 anos completos.

• 5) filho inválido: para ser assim considerado, deve passar pela avaliação da perícia médica federal.
Se o médico perito federal2 atestar sua invalidez, o filho continuará figurando na condição de dependente
do segurado, mesmo após completar 21 anos.
O filho inválido somente será considerado dependente, se, cumulativamente:
a) a invalidez for verificada pelo médico perito federal;
b) a invalidez ocorrer antes de o filho completar 21 anos.
c) a invalidez persistir até o momento do fato gerador do benefício a ser requerido pelo dependente. Logo,
para que o filho inválido possa ser considerado dependente após completar 21 anos de idade, a sua invalidez

2 O cargo de Perito Médico Previdenciário, integrante da Carreira de Perito Médico Previdenciário, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro

de 2009, passou a ser denominado Perito Médico Federal, integrante da Carreira de Perito Médico Federal. O cargo de Perito Médico Federal,
integrante da Carreira de Perito Médico Federal, o cargo de Perito Médico da Previdência Social, integrante da Carreira de Perícia Médica da
Previdência Social, de que trata a Lei nº 10.876, de 2004, e o cargo de Supervisor Médico-Pericial, integrante da Carreira de Supervisor Médico
Pericial, de que trata a Lei nº 9.620, de 1998, passaram a integrar o Quadro de Pessoal do Ministério da Economia por força do disposto na Lei
nº 13.846/2019.
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deve ter surgido antes de completar os 21 anos e deve estar presente por ocasião do óbito (fato gerador da
pensão por morte) ou da prisão (fato gerador do auxílio-reclusão) do segurado.

• 6) filho com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave

No caso, será submetido a avaliação biopsicossocial por meio de equipe multiprofissional e interdisciplinar.
A Perícia Médica Federal estabelecerá a data do início da deficiência.

• 7) Equiparados a filho
Equiparam-se a filho, segundo dispõe o §2º do art. 16 da Lei n.8.213/91, “o enteado e o menor tutelado
equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na
forma estabelecida no Regulamento”.
O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante apresentação de termo
de tutela.
O menor sob guarda judicial não se equipara a filho.
Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, veio disposto no §6º do
art. 23 da referida emenda:

6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado,
desde que comprovada a dependência econômica.

Mais tarde, o Decreto nº 10.410/20 veio regulamentar a situação alterando a redação do §3º do art. 16 do
Decreto nº 3.048/99:

§ 3º Equiparam-se a filho, na condição de dependente de que trata o inciso I do caput, exclusivamente o enteado e o
menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no § 3º do art.
22. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

O filho, o irmão, o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos três
últimos, se inválidos ou se tiverem deficiência intelectual, mental ou grave, não perderão a qualidade de
dependentes desde que a invalidez ou a deficiência intelectual, mental ou grave tenha ocorrido antes de uma
das hipóteses previstas no inciso III do caput do art. 17 do Decreto nº 3.048/99:

Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre:

...

III - ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tutelado, ou nas seguintes
hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa idade: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

a) casamento; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

b) início do exercício de emprego público efetivo; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

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c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou (Redação dada pelo Decreto nº 10.410,
de 2020).

d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio de instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos
completos; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

5.1.2. Dependentes de 2ª classe

Os pais do segurado serão enquadrados como seus dependentes, desde que não haja nenhum dependente
de 1ª classe e desde que comprovem a dependência econômica em relação ao filho segurado.
A comprovação da dependência econômica exige início de prova material contemporânea dos fatos,
produzido em período não superior a 24 meses da data do óbito ou da data da prisão do segurado, não admitida
a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito.

5.1.3. Dependentes de 3ª classe


O irmão de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou com deficiência grave será dependente se comprovar dependência econômica do segurado.

5.2. Inscrição dos dependentes

A inscrição dos dependentes está disciplinada nos artigos 17 da Lei nº 8.213/91 e 22 do Decreto nº 3.048/99.
A inscrição dos dependentes é feita no momento do requerimento do benefício da pensão por morte ou do
auxílio-reclusão.
No entanto, a Emenda Constitucional nº 103/2019 trouxe a possibilidade da inscrição prévia quando se se
tratar de dependente inválido, com deficiência intelectual, mental ou grave, como dispõe o §5º do art. 23:

§ 5º Para o dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, sua condição pode ser reconhecida
previamente ao óbito do segurado, por meio de avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar, observada revisão periódica na forma da legislação.

Veio, mais tarde, a regulamentação pelo disposto no §2º do art. 108 do Decreto nº 3.048/99:

§ 2º A condição do dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave poderá ser reconhecida
previamente ao óbito do segurado e, quando necessário, ser reavaliada quando da concessão do
benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

A inscrição dos dependentes é feita mediante a apresentação dos seguintes documentos:


• para o cônjuge: com a certidão de casamento;
• para o filho: com a certidão de nascimento;

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• para a companheira ou o companheiro: com a apresentação de documento de identidade e certidão de
casamento com averbação da separação ou divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido
casados, ou de óbito, se for o caso;
• para os equiparados ao filho: com a certidão judicial de tutela e, no caso do enteado, a certidão de
nascimento do dependente e a certidão de casamento do segurado ou provas da união estável entre o(a)
segurado(a) e o(a) genitor(a) do enteado (art. 125, parágrafo único da IN nº 77/2015 do INSS);
• para os pais: com a certidão de nascimento do segurado e documento de identidade dos mesmos;
• para o irmão menor de 21 anos, não emancipado ou inválido ou com deficiência mental ou
intelectual ou mental ou com deficiência grave: com a certidão de nascimento.

5.3. Perda da qualidade de dependente

Perde a qualidade de dependente, quando ocorre:

a) a perda da qualidade de segurado daqueles de quem eram dependentes.


Caso um indivíduo, que já tenha perdido a qualidade de segurado do RGPS, por exemplo, venha a falecer,
os seus dependentes não terão direito à pensão por morte, visto que, no momento do óbito, o indivíduo não
estava mais vinculado ao RGPS.
Chamo a atenção de que, se um indivíduo, mesmo tendo perdido a qualidade de segurado do RGPS na data
do óbito, tiver implementado todos os requisitos para se aposentar, seus dependentes farão jus à pensão por
morte.
Súmula nº 416 do STJ: “É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que,
apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de
aposentadoria até a data do seu óbito”.

Dois exemplos para dirimir possíveis dúvidas3:

- Ricardo, contribuinte individual por dois anos, deixou de pagar suas contribuições há quatro
anos.

Logo, uma vez que transcorrido o seu período de graça, Ricardo perdeu a qualidade de segurado
do RGPS.

Se Ricardo falecer, deixando uma esposa e cinco filhos, todos menores de 21 anos e não
emancipados, eles não terão direito à pensão por morte, haja vista que, no momento do óbito,
Ricardo já não era mais segurado do RGPS.

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MENEZES, Adriana. Direito Previdenciário. 8ed. Editora Juspodivm. 2020, p. 244/245.
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- Ricardo recolheu contribuições previdenciárias como contribuinte individual por 20 anos,
deixando de pagá-las há 04 anos. Logo, uma vez que transcorrido o seu período de graça, Ricardo
perdeu a qualidade de segurado do RGPS.

Se Ricardo, já contando com 66 anos de idade, falecer, deixando uma esposa e cinco filhos, todos
menores de 21 anos e não emancipados, todos terão direito à pensão por morte, haja vista que, no
momento do óbito, apesar de ter perdido a qualidade de segurado do RGPS, ele já preenchia todas
as condições necessárias para se aposentar (65 anos de idade e 20 anos de contribuição4).

b) a separação judicial ou divórcio do cônjuge e a dissolução de união estável do companheiro, sem


direito à prestação de alimentos.
Se um indivíduo (cônjuge) se separar e não lhe ficar garantida a prestação de alimentos pelo ex-cônjuge,
não figurará mais na condição de dependente para obter benefícios previdenciários.

c) de o filho ou este equiparado e o irmão menores de 21 anos não emancipados completarem 21 anos
de idade, salvo se inválidos ou se possuírem deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
No caso de filhos ou equiparados e irmãos inválidos, a perda da qualidade de dependentes vai ocorrer se
cessar a invalidez.
No caso de filhos ou equiparados e irmãos que possuem deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave, a perda da qualidade de dependentes vai ocorrer pelo afastamento da deficiência.
O filho ou equiparado e o irmão, maiores de 21 e menores de 24 anos, que estiverem cursando ensino
superior, não terão direito de permanecer na qualidade de dependente.

d) a cessação da invalidez do filho ou equiparado e do irmão.

e) o afastamento da deficiência do filho ou equiparado e do irmão que possuem deficiência intelectual


ou mental ou deficiência grave.

f) o falecimento dos pais.

g) o falecimento do dependente.

h) a condenação do dependente, por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou
partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado,
ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.

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Requisitos exigidos após a promulgação da Emenda Constitucional nº 103/2019.
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Essa possibilidade de exclusão do dependente, foi expressamente incluída pelo §7º do art. 16 da Lei nº
8.213/91:

Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença
com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido
contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.

CUIDADO!
Perceba que não só o autor do crime de homicídio doloso contra a pessoa do segurado, será excluído como
seu dependente. Mas, o coautor e o partícipe, também.
E, mais. Não precisa ter sido condenado pela prática de crime de homicídio doloso, vez que a tentativa
desse crime foi incluída como possibilidade de ser perder a condição de dependente do segurado.

5.4. Duração do benefício de pensão por morte de cônjuge/companheiro(a)

O direito à percepção de cada cota individual de pensão por morte cessará para cônjuge ou companheiro(a):

a) após 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou
se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do óbito do segurado,
salvo nos casos em que a morte decorrer de acidente de qualquer natureza, de doença profissional ou do
trabalho;

b) após os períodos descritos na tabela abaixo, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data
de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e, pelo menos, 2 anos
após o início do casamento ou da união estável. O mesmo acontece se a morte do segurado ocorrer de acidente
de qualquer natureza ou causa, ainda que não tenha o segurado 18 contribuições mensais e nem 02 anos de
casamento ou união estável até a sua morte.

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Essas idades são aplicadas para óbitos ocorridos a partir de janeiro de 2021.

c) após a cessação da invalidez ou o afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos de 04


meses ou da tabela acima, se inválido ou com deficiência.

Com o advento da Lei nº 13.846/2019, ex-cônjuges e ex-companheiros que recebem alimentos


temporários do segurado do RGPS terão direito à pensão por morte somente pelo prazo remanescente na data
do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.
Exemplo:

João e Maria se divorciaram e ficou determinado que João pagaria alimentos para Maria pelo prazo
de 05 anos, contado da data do divórcio.

Dois anos após o divórcio, João, que trabalhava numa empresa de móveis, faleceu.

Maria terá direito a pensão por morte de João, pois figura no rol de dependentes de 1ª classe. No
entanto, seu benefício previdenciário será mantido por 03 anos, tendo em vista ser este o período
remanescente da pensão alimentícia a contar do óbito de João.

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