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A dependência econômica na pensão por morte

O presente artigo discorre sobre a pensão por morte

Fonte: Bruno Sá Freire Martins

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O benefício de pensão por morte exige, para a sua concessão, o cumprimento


de dois pressupostos: a dependência econômica e a inclusão no rol legal de
pessoas assim consideradas.

Pode-se afirmar que depender economicamente de alguém implica em


necessitar de seu auxílio financeiro para a manutenção de suas atividades
diárias, necessidade essa que pode ser integral ou parcial.

Integral quando a única fonte de sustento daquela pessoa ou daquele grupo


familiar são os valores recebidos pelo segurado, já a parcial implica a existência
de contribuição sem a qual o sustento ficará comprometido não em sua
totalidade, mas de forma significativa para aqueles que dele compartilham.

Em regra, afirma-se que a dependência econômica é sempre presumida, sendo


que em casos especificamente disciplinados pela Lei, exige comprovação por
parte do interessado.

Então, é possível dizer que essa presunção pode ser absoluta ou relativa.

A presunção absoluta exige apenas a comprovação do grau de parentesco ou


afinidade imposto pela norma do Regime Próprio, nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. ALEGAÇÃO DE NEGATIVA DE


PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. SERVIDOR PÚBLICO
ESTADUAL. PENSÃO POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL E DEPENDÊNCIA
ECONÔMICA RECONHECIDAS PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, DIANTE DO
ACERVO FÁTICO DA CAUSA. REVISÃO DE FATOS E PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.
I. Não há falar, na hipótese, em violação ao art. 535 do CPC, porquanto a
prestação jurisdicional foi dada na medida da pretensão deduzida, de vez que
os votos condutores do acórdão recorrido e do acórdão dos Embargos
Declaratórios apreciaram, fundamentadamente, de modo coerente e completo,
as questões necessárias à solução da controvérsia, dando-lhes, contudo,
solução jurídica diversa da pretendida.

II. Tendo o Tribunal de origem, soberano na análise fática da causa, reconhecido


a existência de união estável, bem como de dependência econômica da
companheira em relação ao servidor falecido, a pretensão recursal, nos termos
em que posta, esbarra, inarredavelmente, no óbice da Súmula 7/STJ. Nesse
sentido: STJ, AgRg no AREsp 496.253/PI, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, DJe de 19/06/2015; AgRg no AREsp 530.733/RS, Rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de
28/10/2014.

III. Nos termos da jurisprudência desta Corte, "a existência de união estável faz
presumir à companheira sua dependência econômica quanto ao de cujus,
legitimando-a à percepção de pensão por morte" (STJ, AgRg no AREsp
550.320/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe
06/10/2014).

IV. Agravo Regimental improvido. (STJ. AgRg no AREsp 571.477/RS, Rel.


Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em
01/12/2015, DJe 14/12/2015)

Enquanto que a relativa alia esse requisito à necessidade de se demonstrar que


o segurado falecido de fato contribuía para o sustento do futuro beneficiário.

Nesse caso a grande controvérsia reside na forma pela qual se dará a


comprovação de sua existência, vários Regimes Próprios, apesar de conterem
previsão legal autorizando a concessão da pensão àqueles que comprovem a
sua ocorrência, não disciplina os meios que serão utilizados para tanto.
A resolução de situações como essas passa obrigatoriamente pela invocação do
§ 12 do artigo 40 da Constituição Federal, com o objetivo de aplicar os
regramentos contidos no § 3º do artigo 22 do Decreto n.º 3.048/99.

Por fim, vale lembrar que a dependência econômica pode se dar de forma
superveniente, situação que ocorre quando a ex-conjuge declara que não
precisa de alimentos por ocasião do desfazimento do casamento e,
posteriormente, demonstra que existe essa necessidade alimentar, fato que lhe
autoriza a concessão da pensão por morte, conforme entendimento sumulado
do Superior Tribunal de Justiça:

Súmula 336

A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica
superveniente.

Bruno Sá Freire Martins


Servidor Público efetivo do Estado de Mato Grosso; advogado; pós-graduado em
Direito Público e em Direito Previdenciário; professor da LacConcursos e de pós-
graduação na Universidade Federal de Mato Grosso, no ICAP – Instituto de
Capacitação e Pós-graduação (Mato Grosso), no Instituto Infoc - Instituto
Nacional de Formação Continuada (São Paulo), no Complexo Educacional
Damásio de Jesus - curso de Regime Próprio de Previdência Social (São Paulo);
fundador do site Previdência do Servidor (www.previdenciadoservidor.com.br);
Presidente da Comissão de Regime Próprio de Previdência Social do Instituto
dos Advogados Previdenciários – Conselho Federal (IAPE); membro do Cômite
Técnico da Revista SÍNTESE Administração de Pessoal e Previdência do Agente
Público, publicação do Grupo IOB; escreve todas as terças-feiras para a Coluna
Previdência do Servidor no Jornal Jurid Digital (ISSN 1980-4288) endereço
www.jornaljurid.com.br/colunas/previdencia-do-servidor, autor dos livros
DIREITO CONSTITUCIONAL PREVIDENCIÁRIO DO SERVIDOR PÚBLICO, A
PENSÃO POR MORTE e REGIME PRÓPRIO – IMPACTOS DA MP n.º 664/14
ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS, todos da editora LTr e do livro MANUAL
PRÁTICO DAS APOSENTADORIAS DO SERVIDOR PÚBLICO da editora Rede
Previdência/Clube dos Autores e de diversos artigos nas áreas de Direito
Previdenciário e Direito Administrativo.

https://www.jornaljurid.com.br/colunas/previdencia-do-servidor/a-dependencia-
economica-na-pensao-por-morte

Dependentes

publicado 12 de Maio de 2017 08:41, última modificação 5 de Janeiro de 2018


14:35

O que é?

Todo e qualquer cidadão que, em relação ao segurado do INSS se enquadre em


um dos dois critérios básicos de dependência (econômica ou condição familiar),
será considerado “dependente” e poderá ser inscrito para fins de recebimento de
benefícios ou pagamento de resíduos.

Classificação

A legislação em vigor enumera os dependentes de segurado do INSS em ordem


de prioridade conforme as 3 classes abaixo:

1. o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de


qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente
incapaz, assim declarado judicialmente;
2. os pais;
3. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne
absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

Observações
 O enteado e o menor tutelado serão equiparados a filho mediante
declaração do cidadão segurado do INSS e desde que seja comprovada a
dependência econômica através de documentos.
 Será considerada companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser
casada, mantenha união estável com o segurado ou com a segurada do
INSS, sendo esta configurada na convivência pública, contínua e duradoura
entre ambos, estabelecida com intenção de constituição de família.
 Conforme Portaria MPS nº 513, de 09 de dezembro de 2010, o companheiro
ou a companheira do mesmo sexo também integra o rol dos dependentes
e, desde que comprovada a união estável, concorre em igualdade com os
demais dependentes preferenciais.
 O cônjuge separado de fato, divorciado ou separado judicialmente terá
direito ao benefício desde que beneficiário de pensão alimentícia, mesmo
que este benefício já tenha sido requerido e concedido à companheira ou
ao companheiro.

Documentos

Para identificação de qualquer dos dependentes acima de 16 anos, será


necessária a apresentação do documento de identificação com foto e o CPF.

Para os menores de 16 anos e desde que não seja o titular do requerimento de


benefício, a apresentação do documento de identificação e do CPF será
opcional.
Será necessária ainda, a apresentação dos seguintes documentos conforme o
caso:

Cônjuge/filhos

Certidão de casamento/nascimento

Companheiro (a)
Certidão de casamento com averbação da separação judicial ou divórcio ou de
certidão óbito, se for o caso (para os casos em que um dos companheiros ou
ambos já tiverem sido casados)

Comprovação de união estável (consulte seção abaixo)

Equiparado a filho

Certidão judicial de tutela (para o menor tutelado) ou,

Certidão de nascimento (para o enteado) e a certidão de casamento do segurado


ou provas de união estável entre o(a) segurado(a) e o(a) genitor(a) do enteado,
e

Declaração de não emancipação, e

Comprovação de dependência econômica do tutelado ou enteado (consulte


seção abaixo)

Pais

Certidão de nascimento do segurado que deu origem ao benefício (instituidor)

Declaração de inexistência de dependentes preferenciais


Comprovação de dependência econômica (consulte seção abaixo)

Irmãos

Certidão de nascimento

Declaração de inexistência de dependentes preferenciais


Comprovação de dependência econômica (consulte seção abaixo)

Dependência econômica ou união estável

Os dependentes que foram listados na classe 1 não precisarão comprovar


dependência econômica uma vez que a legislação coloca esta condição como
presumida.
Já os demais dependentes listados nas classes seguintes, bem como o enteado
e o menor tutelado, têm a obrigatoriedade desta comprovação e poderão fazê-la
com a apresentação de no mínimo 3 dos seguintes documentos:

 Certidão de nascimento de filho havido em comum;


 Certidão de casamento Religioso;
 Declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado
como seu dependente;
 Disposições testamentárias;
 Declaração especial feita perante tabelião (escritura pública declaratória de
dependência econômica);
 Prova de mesmo domicílio;
 Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou
comunhão nos atos da vida civil;
 Procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
 Conta bancária conjunta;
 Registro em associação de qualquer natureza onde conste o interessado
como dependente do segurado;
 Anotação constante de ficha ou Livro de Registro de empregados;
 Apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e
a pessoa interessada como sua beneficiária;
 Ficha de tratamento em instituição de assistência médica da qual conste o
segurado como responsável;
 Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do
dependente;
 Declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos;
 Quaisquer outros documentos que possam levar à convicção do fato a
comprovar.
Na impossibilidade de serem apresentados 3 dos documentos listados, mas
desde que haja pelo menos 1 (um) documento consistente, o requerente do
benefício poderá solicitar o procedimento de Justificação Administrativa para fins
de comprovação.
Restrições

Nos requerimentos de benefício do INSS, a existência de um único dependente


de qualquer das 3 classes automaticamente excluirá o direito de serem
considerados dependentes aqueles que pertencerem às classes seguintes.

Importante observar ainda que, o filho, o enteado ou o irmão inválido maior de


21 anos somente serão considerados dependentes do cidadão se ficar
comprovado pela avaliação médico-pericial do INSS que:

 a incapacidade para o trabalho é total e permanente;


 a invalidez é anterior à eventual causa de emancipação civil ou anterior à
data em que completou 21 anos;
 a invalidez manteve-se de forma ininterrupta até o preenchimento de todos
os requisitos de elegibilidade ao benefício;
 a invalidez seja anterior ou simultânea ao óbito do segurado.

Perda da condição de Dependente

Todos aqueles que foram listados nas classes de dependentes poderão perder
esta condição devido a alguns fatores.

A perda poderá se dar da seguinte maneira:

Para o cônjuge

 pela separação judicial ou o divórcio, desde que não receba pensão


alimentícia;
 pela anulação do casamento;
 pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado.

Para a companheira ou o companheiro


inclusive do mesmo sexo, pela cessação da união estável com o segurado ou
segurada, desde que não receba pensão alimentícia.

Para o filho, a pessoa a ele equiparada, ou o irmão, de qualquer condição

ao completarem 21 (vinte e um) anos de idade, exceto se tiverem deficiência


intelectual ou mental que os tornem absoluta ou relativamente incapazes, assim
declarados judicialmente, ou inválidos, desde que a invalidez ou a deficiência
intelectual ou mental tenha ocorrido antes:

 de completarem 21 (vinte e um) anos de idade;


 do casamento;
 do início do exercício de emprego público efetivo;
 da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de
relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis
anos completos tenha economia própria; ou
 da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro,
mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial,
ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos
completos.

Pela adoção

para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos,
observando que a adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da
sentença que a concede. No entanto, esta regra não será aplicada quando o
cônjuge ou companheiro adota o filho do outro;

Para os dependentes em geral

 pela cessação da invalidez; ou


 pelo falecimento.

Ficou alguma dúvida?


Em caso de dúvidas, ligue para a Central de Atendimento do INSS pelo telefone
135.

O serviço está disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h (horário de


Brasília).

https://www.inss.gov.br/orientacoes/dependentes/

https://saberalei.jusbrasil.com.br/artigos/168568946/os-pais-e-os-irmaos-do-
falecido-devem-comprovar-a-dependencia-economica-para-obter-o-beneficio-
de-pensao-por-morte

A lei de benefícios previdenciários número 8.213/91 estabelece três classes de


dependentes do segurado, a saber:
 Primeira classe: Cônjuge, companheira (o), filho não emancipado ou
inválido;

 Segunda classe: Pais;

 Terceira classe: Irmão não emancipado ou inválido.


O artigo 16, § 4º da lei 8.213/91, estabelece que os dependentes de primeira
classe, ou seja, o cônjuge, o companheiro (a) e os filhos menores ou inválidos,
não precisam comprovar a dependência econômica com o segurado falecido,
pois para estes dependentes de primeira classe a dependência é presumida,
não sendo necessário apresentar ao INSS nenhum documento para referida
finalidade.
Os demais dependentes de segunda e terceira classes, não estão inseridos no
mesmo nível dos dependentes de primeira classe e por tal motivo o legislador
obrigou os pais do segurado falecido, assim como os irmãos a realizarem a
prova da dependência econômica para obter a concessão do benefício de
pensão por morte.

Oportuno esclarecer que na hipótese do segurado falecido deixar cônjuge,


companheiro (a) ou filho menor ou inválido, somente estes terão direito ao
benefício de pensão por morte, não sendo possível a implantação deste
benefício para os pais ou para os irmãos. Isto ocorre porque o § 1º do
artigo 16da lei 8.213/91, estabelece que na hipótese de existir dependentes de
primeira classe, os das classes seguintes não terão direito ao referido
benefício.
Desta forma, havendo cônjuge, os pais e os irmãos do segurado falecido não
receberão o benefício. Na falta do cônjuge ou filho menor ou inválido, os pais
do falecido receberão, excluindo o direito dos irmãos, e assim por diante.

Para os pais do falecido receberem o benefício de pensão por morte é


necessário ultrapassar duas barreiras. A primeira refere-se à inexistência de
dependente de primeira classe e a segunda e mais relevante refere-se à prova
de dependência econômica.

Para que seja provada a inexistência de dependentes de primeira classe, os


pais do segurado falecido deve apresentar, quando do requerimento do
benefício previdenciário, declarações e certidões ao INSS, conforme
estabelece o artigo 24 do Decreto 3.048/99.
Quanto à prova da dependência econômica, o § 3º do artigo 22 do
Decreto 3.048/99, relaciona 16 documentos que são aceitos como prova,
sendo necessário a apresentação de no mínimo 3 documentos da relação
estabelecida pelo regulamento do INSS, dentre os quais podemos mencionar:
 Declaração de imposto de renda;

 Conta bancária conjunta;

 Apólice de seguro;

 Escritura de compra e venda de imóvel.


Milhares de benefícios são indeferidos pelo INSS aos pais do segurado falecido
porque não são apresentados os documentos exigidos inerentes à prova da
dependência econômica.
Entendemos que o INSS dificulta a concessão do benefício de pensão por
morte aos pais do segurado falecido, pois nem sempre é possível apresentar
os documentos exigidos. Mesmo na hipótese de existirem outras provas que
não estão relacionadas no decreto 3.048/99, o INSS não considera e indefere
a concessão do benefício.

Mesmo com a existência do inciso XVII do § 3º do artigo 22 do Decreto 3.038/99


que estabelece que serão aceitos quaisquer outros documentos que possam
levar à convicção do fato a comprovar, na prática presenciada nos postos do
INSS, referido dispositivo é totalmente desprestigiado e ainda que sejam
juntados, no ato do requerimento administrativos, outros documentos que
comprovem a dependência econômica dos pais do segurado falecido, o INSS
não os consideram, assim como não aceita prova testemunhal.
A maioria dos requerimentos dos benefícios realizados pelos pais do segurado
falecido, são concedidos por intermédio de ação judicial, uma vez que já é
praxe do INSS negar referido benefício, mesmo com a apresentação dos
referidos documentos. Esta hipótese é presenciada por milhares de segurados
e dependentes que procuram a previdência social para obter o direito ao
benefício requerido.

Sem entrar no mérito da análise do INSS em relação aos documentos


apresentados, pois isto depende de cada caso concreto individual, temos que
a legislação é injusta por ter inserido na lei exigência elevada para concessão
do benefício de pensão por morte aos pais do segurado falecido. Referida
restrição, entendemos ser até justa para os irmãos, porém, para os pais,
evidencia-se um exagero.

É muito provável que o leitor deste singelo artigo colabora ativamente com a
sobrevivência dos seus pais, pois ainda que estes estejam em atividade,
geralmente são discriminados pela idade e excluídos do mercado de trabalho.
Por outro lado, mesmo na hipótese de receberem aposentadoria, na maioria
dos casos são em valores abaixo da metade do teto previdenciário e com o
tempo, diminui até chegar em um salário mínimo, tendo em vista que o reajuste
do benefício não acompanha os índices inflacionários.

Além de não terem oportunidade no mercado de trabalho, os pais do segurado


falecido que recebem aposentadoria, não conseguem, sequer, suprir as
despesas básicas de medicamentos e alimentos. Assim, na maioria das vezes
o filho colabora com os pais suprindo estes itens, porém, não se preocupa em
documentar tal fato, pois na vida real ninguém compra remédios ou alimentos
para suprir uma necessidade dos pais e guarda o recibo para futura prova de
dependência econômica.

Embora o INSS em alguns casos dificulte a concessão do benefício com


excesso de rigor na exigência das provas, entendemos que o caminho mais
adequado é modificar a legislação, tornando-a mais justa aos pais do segurado
falecido, excluindo a exigência de provar a dependência econômica para esta
classe de dependentes.

Waldemar Ramos Junior, advogado, autor de artigos, livros e vídeos na área


do Direito Previdenciário, Trabalhista, Civil e Família. Divulga periodicamente
vídeos no canal do YouTube Saberalei conteúdos em diversas mídias sociais
inclusive no iTunes onde conduz um Podcast de vídeo intitulado Dicas
Jurídicas.
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Pensão previdenciária

Mãe que dependia economicamente do filho tem direito a pensão por morte

O pedido da genitora havia sido julgado improcedente pelo juízo de 1º grau.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Após comprovar sua dependência econômica, uma mulher teve reconhecido o


direito de receber benefício previdenciário de filho falecido, que era servidor
público estadual. A decisão é da 1ª turma da 6ª câmara Cível do TJ/GO que
condenou o órgão Goiasprev a implantar o benefício de pensão por morte em
favor da genitora.

A mulher ajuizou ação contra o Estado de Goiás após receber a notícia de que
não poderia receber o benefício de pensão por morte do filho, falecido em 2009,
por não ter comprovado dependência econômica.

Em 1ª instância, o pedido da mulher foi julgado improcedente sob o argumento


de que não restou comprovada a dependência econômica. Para o juízo de 1º
grau, "é cediço que a dependência econômica não pode ser presumida nos
casos de pensão por morte na relação de descendente para com o ascendente,
haja vista que o mero auxílio prestado pelo filho à sua mãe não deve ser
confundido com a situação almejada pela autora."

Irresignada, a autora interpôs recurso defendendo o seu direito, na condição


de genitora dependente do segurado falecido, ao recebimento do benefício de
pensão por morte. Ao analisar o caso, o desembargador Jeová Sardinha de
Moraes, relator, entendeu que o pedido da autora mereceu prosperar.

O relator destacou que o filho da mulher, instituidor do benefício, faleceu em


2009, e aplicou, assim, a lei estadual 13.903/01 vigente à época, que dispõe
que os pais que comprovem depender econômica e financeiramente dos
participantes, são beneficiários do regime de previdência estadual, na
qualidade de dependentes.
"Após estudo acurado da documentação coligida aos autos, observo que restou
demonstrada a relação de dependência econômica da autora em face de seu
falecido filho, ex servidor estadual, logo entendo que a requerente faz jus ao
benefício da pensão por morte."

Assim, reformou sentença e determinou que o órgão de previdência do Estado


conceda o benefício. O entendimento do relator foi acompanhado por
unanimidade pela turma.

O advogado Daniel Fernandes Noleto Martins atuou em favor da mulher.

 Processo: 0253933.70.2010.8.09.0051
Confira a íntegra do acórdão.

leia mais

Menor de idade que vivia sob guarda do avô deve receber pensão por morte

MIGALHAS QUENTES - TERÇA-FEIRA, 10 DE ABRIL DE 2018

Companheira consegue pensão por morte mesmo sem prova documental


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decorrência de acordo com companheira

MIGALHAS QUENTES - QUINTA-FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2018


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MIGALHAS QUENTES - SEGUNDA-FEIRA, 6 DE MARÇO DE 2017

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MIGALHAS QUENTES - QUARTA-FEIRA, 2 DE MARÇO DE 2016

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MIGALHAS QUENTES - QUARTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2014

Direito a pensão por morte é reconhecido em dupla união estável

MIGALHAS QUENTES - QUARTA-FEIRA, 24 DE ABRIL DE 2013

https://www.migalhas.com.br/quentes/280838/mae-que-dependia-
economicamente-do-filho-tem-direito-a-pensao-por-morte

Ajuda financeira de filho para os pais não é suficiente para comprovar


dependência econômica

Decisão da 1ª Câmara Regional Previdenciária de Juiz de Fora/MG reformou a


sentença que havia julgado procedente o pedido de uma mãe para o
recebimento da pensão por morte de filho. O Colegiado entendeu que a mulher
não dependia economicamente do segurado

A comprovação da real dependência econômica dos pais em relação aos filhos


não se confunde com ajuda de manutenção familiar nem com reforço esporádico
no orçamento. Foi com esse entendimento que a 1ª Câmara Previdenciária de
Juiz de Fora/MG deu provimento à apelação do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) contra a sentença que havia julgado procedente o pedido de
percepção (recebimento) da pensão por morte à parte autora.

O caso chegou ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) em virtude de


o INSS, inconformado com a decisão da 1ª instância, recorrer alegando que
autora não havia comprovado dependência econômica em relação ao falecido.
A mulher, no entanto, argumentou que dependia economicamente do filho nos
meses que antecederam à data do óbito, segundo prova documental e
testemunhal juntada aos autos.

No voto, o relator, juiz federal convocado José Alexandre Franco, sustentou que
a pensão por morte é devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer (aposentado ou não), sendo os pais beneficiários do Regime Geral da
Previdência Social, somente quando a dependência em relação ao filho é
devidamente comprovada, uma vez que não pode ser presumida.

O magistrado, ao destacar documentos nos autos, como notas fiscais de


compras em padarias e declarações particulares de que o filho morava com ela
e a ajudava, ressaltou que a ajuda financeira prestada pelo segurado não era
suficiente para o sustento da autora e nem para caracterizar a dependência,
tendo em vista que representava em boa parte uma compensação pelas
despesas do próprio filho por morar sob o mesmo teto. De acordo, ainda, com o
juiz convocado, “soma-se a isso o fato de a autora ter-se desligado do emprego
somente após o óbito, o que obsta a dependência econômica em relação ao
filho”.

Nesses termos, o Colegiado, acompanhando o voto do relator, deu provimento


à apelação.

Processo nº: 0055793-50.2013.4.01.9199/MG

AL
Autoria: Assessoria de Comunicação do TRF1
Fonte: Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Ementa:

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA


DOS PAIS EM RELAÇÃO AOS FILHOS. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA A
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. PROVIMENTO. 1. A pensão por morte é devida
ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer aposentado ou não (Lei
8.213/91, art. 18, II e art. 74, com redação da lei 9.628/1997), enquanto os pais
somente são beneficiários do regime geral de Previdência Social, na condição
de dependente, com prova da dependência econômica (Lei 8.213/1991, art. 16,
I, com redação da Lei 12.470/2011 e art. 16, §4º). 2. O óbito é certificado
(ocorrido em 25/05/2012 – f. 12). Faleceu solteiro, aos 21 anos, sem deixar bens
ou filhos. A autora apresenta notas fiscais de compras que realizou em
mercearias e padaria na conta do falecido (f.17/22), declarações particulares de
que o falecido morava com ela e a ajudava (f. 14/16) e comprovante de
pagamento em nome do falecido da van escolar de seu irmão (f. 24/25). 3. As
testemunhas Ana Flávia Cândida Ferreira Santana e Paulo César de Almeida,
ouvidas em audiência dia 25/02/2013 (f. 123/124), afirmam que o falecido
trabalhava há tempos antes do óbito e a autora trabalhou por muitos anos em
uma empresa até o seu fechamento há cerca de 1 ano, sendo que o filho a
ajudava nas despesas da casa, tendo ela, inclusive, passado por dificuldades
financeiras após o óbito. 4. A ajuda financeira prestada pelo filho não se mostra
suficiente para o sustento da autora e a caracterização de sua dependência
econômica, tendo em vista que representa em boa parte a compensação pelas
despesas que ele próprio tinha por morar no mesmo teto. Soma-se a isso o fato
de a autora ter sido telefonista durante 16 anos, auferindo um salário-mínimo, e
ter-se desligado do emprego somente após o óbito do filho em 30/11/2012
(conforme afirmado pela autora em seu depoimento pessoal – f.121), o que obsta
à dependência econômica em relação ao filho (AC 0019677-16.2011.4.01.9199
/ MG, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL ÂNGELA CATÃO, PRIMEIRA
TURMA, e-DJF1 p.723 de 17/03/2015). 5. O Superior Tribunal de Justiça – STJ
decide que para “fins de percepção de pensão por morte, a dependência
econômica entre os genitores e o segurado falecido deve ser demonstrada, não
podendo ser presumida” (AgRg no REsp 1.360.758/RS, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/5/2013, DJe 3/6/2013; no
mesmo sentido: AgRg no AREsp 586.745/SP, Rel. Ministro HUMBERTO
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/11/2014, DJe 17/11/2014) 6. O
TRF1ª Região também decide que “a comprovação da real dependência
econômica dos pais em relação aos filhos não se confunde com o esporádico
reforço orçamentário e tampouco com a mera ajuda de manutenção familiar, não
tendo a autora se desincumbido satisfatoriamente, de forma extreme de dúvidas,
de comprovar que era dependente econômica de seu falecido filho” (AC
1998.38.00.029737-8/MG, Rel. Conv. Juiz Federal Iran Velasco Nascimento, 2ª
Turma,e-DJF1 p.120 de 07/04/2008; no mesmo sentido, (AMS 0007284-
04.2004.4.01.3800 / MG, Rel. Conv. Juiz Federal Cleberson José Rocha, 2ª
Turma, e-DJF1 p.8 de 27/02/2015) 7. Provimento da apelação do INSS e da
remessa para reformar a sentença, e julgar improcedente a pensão de Eni Nunes
Dias pela morte de seu filho João Paulo de Bastos. Invertida a sucumbência,
devendo a apelada arcar com custas e honorários de advogado, estes fixados
em 10% sobre o valor da causa, com execução suspensa em razão da
assistência judiciária (CPC, art. 98, § 3º). (TRF1 – AC 0055793-
50.2013.4.01.9199 / MG, Rel. JUIZ FEDERAL JOSÉ ALEXANDRE FRANCO, 1ª
CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DE JUIZ DE FORA, e-DJF1 de
30/01/2017)

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Como provar a dependência econômica foi o foco desse vídeo ao qual


exemplificamos quais são os documentos exigidos pelo INSS. ► VÍDEO:
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Luiz Antônio, 350, Sala 22, Bela Vista - São Paulo/SP, CEP: 01318-000. Art. 62.
A prova de tempo de serviço, considerado tempo de contribuição na forma do
art. 60, observado o disposto no art. 19 e, no que couber, as peculiaridades do
segurado de que tratam as alíneas "j" e "l" do inciso V do caput do art. 9º e do
art. 11, é feita mediante documentos que comprovem o exercício de atividade
nos períodos a serem contados, devendo esses documentos ser
contemporâneos dos fatos a comprovar e mencionar as datas de início e término
e, quando se tratar de trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição
em que foi prestado.(Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 2002) § 1º As
anotações em Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho e Previdência
Social relativas a férias, alterações de salários e outras que demonstrem a
seqüência do exercício da atividade podem suprir possível falha de registro de
admissão ou dispensa. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 2003) § 2o
Subsidiariamente ao disposto no art. 19, servem para a prova do tempo de
contribuição que trata o caput: (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
I - para os trabalhadores em geral, os documentos seguintes: (Redação dada
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). a) o contrato individual de trabalho, a Carteira
Profissional, a Carteira de Trabalho e Previdência Social, a carteira de férias, a
carteira sanitária, a caderneta de matrícula e a caderneta de contribuições dos
extintos institutos de aposentadoria e pensões, a caderneta de inscrição pessoal
visada pela Capitania dos Portos, pela Superintendência do Desenvolvimento da
Pesca, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e declarações
da Secretaria da Receita Federal do Brasil; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
2008). b) certidão de inscrição em órgão de fiscalização profissional,
acompanhada do documento que prove o exercício da atividade; (Incluído pelo
Decreto nº 6.722, de 2008). c) contrato social e respectivo distrato, quando for o
caso, ata de assembléia geral e registro de empresário; ou (Incluído pelo Decreto
nº 6.722, de 2008). d) certificado de sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra
que agrupa trabalhadores avulsos; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). II
- de exercício de atividade rural, alternativamente: (Redação dada pelo Decreto
nº 6.722, de 2008). a) contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e
Previdência Social; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). b) contrato de
arrendamento, parceria ou comodato rural; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
2008). c) declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador
rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que
homologada pelo INSS; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). d)
comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária - INCRA; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). e) bloco de notas do
produtor rural; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). f) notas fiscais de
entrada de mercadorias, de que trata o § 24 do art. 225, emitidas pela empresa
adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor;
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). g) documentos fiscais relativos a
entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou
outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante; (Incluído
pelo Decreto nº 6.722, de 2008). h) comprovantes de recolhimento de
contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção;
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). i) cópia da declaração de imposto de
renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção
rural; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). j) licença de ocupação ou
permissão outorgada pelo INCRA; ou (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
l) certidão fornecida pela Fundação Nacional do Índio - FUNAI, certificando a
condição do índio como trabalhador rural, desde que homologada pelo INSS.
(Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

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Este vídeo é destinado ao cidadão leigo, onde explicamos de forma simplificada


sobre pensão por morte no INSS, postado em outubro de 2018, ele foi baseado
nas perguntas mais frequentes que temos no canal. Correção no vídeo falamos
o número da lei de maneira equivocada. o certo é LEI Nº 13.135, DE 17 DE
JUNHO DE 2015. que trata sobre as mudanças citadas. 8:22
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/... Então, se você quer saber, até que idade
a pessoa recebe a pensão? Quais as regras que valem PARA A PENSÃO POR
MORTE em 2018? O que mudou recentemente, Até quando o cônjuge recebe
Como o INSS vem agindo, e portanto o que você pode fazer para se previnir
Quer segurança financeira, tem medo de ficar sem dinheiro? Assista esse vídeo
do Canal Cidadão Curioso e fique por dentro do INSS em 2018. Você cidadão,
que quer ficar bem informado a respeito das novas regras da pensão por morte,
quer saber quem tem direito, e por quanto tempo vai receber não pode perder
esse vídeo do canal Cidadão Curioso. Com esse guia, você vai saber por quanto
tempo recebem, o filho, a esposa, o companheiro ou a companheira, tudo sobre
esse importante benefício pago pelo INSS aos dependentes do segurado que
falecer. Por o tema envolver finanças e dinheiro é de interesse de muita gente,
os filhos, dependentes econômicos de segurados do INSS, a esposa o esposo,
a companheira ou o companheiro tem que estar atentos a todos os detalhes,
coisas que só o Cidadão Curioso te conta. Para evitar sustos no futuro, assista
esse vídeo sobre pensão por morte, e conheça as novas regras.
DOCUMENTAÇÃO: Para ser atendido nas agências do INSS, é necessário
apresentar um documento de identificação com foto e o número do CPF. Para
este tipo de benefício, é obrigatório a apresentação da certidão de óbito e o
documento de identificação do falecido. Para identificação de qualquer dos
dependentes acima de 16 anos, será necessária a apresentação do documento
de identificação com foto e o CPF. Para os menores de 16 anos e desde que
não seja o titular do requerimento de benefício, a apresentação do documento
de identificação e do CPF será opcional. Será necessária ainda, a apresentação
dos seguintes documentos conforme o caso: Cônjuge/filhos Certidão de
casamento/nascimento Companheiro (a) Certidão de casamento com averbação
da separação judicial ou divórcio ou de certidão óbito, se for o caso (para os
casos em que um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados)
Comprovação de união estável (consulte seção abaixo) Equiparado a filho
Certidão judicial de tutela (para o menor tutelado) ou, Certidão de nascimento
(para o enteado) e a certidão de casamento do segurado ou provas de união
estável entre o(a) segurado(a) e o(a) genitor(a) do enteado, e Declaração de não
emancipação, e Comprovação de dependência econômica do tutelado ou
enteado (consulte seção abaixo) Pais Certidão de nascimento do segurado que
deu origem ao benefício (instituidor) Declaração de inexistência de dependentes
preferenciais Comprovação de dependência econômica (consulte seção abaixo)
Irmãos Certidão de nascimento Declaração de inexistência de dependentes
preferenciais Comprovação de dependência econômica LEGISLAÇÃO: No vídeo
nos referimos somente a uma fonte de custeio, de forma proposital, pois haveria
certa confusão do cidadão leigo (isso baseados nos comentários que recebemos
em outros vídeos). As fontes de custeio da previdência estão elencadas na
Constituição no art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa
e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de
salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,
à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a
receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados
da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão
concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III -
sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou
serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equipara Art. 201, § V da CF 88: Art.
201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem
o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: […] V - pensão
por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, observado o disposto no § 2º Restante da legislação, lei
8.2013/91, art. 74 e seguintes. Organização do INSS, lei 8.212/91

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