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Aula 04

INSS (Técnico do Seguro Social) Direito


Previdenciário - 2022 (Pré-Edital) Profª.
Adriana Menezes

Autor:
Adriana Menezes

19 de Dezembro de 2021

03185321405 - Pablo Moreno Feitosa Gurgel


Adriana Menezes
Aula 04

Sumário

Os dependentes do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) .................................................... 2

1. Os dependentes........................................................................................................................ 2

1.1. Primeira classe de dependentes ou classe preferencial: .................................................... 4

1.2. Segunda classe de dependentes: ..................................................................................... 16

1.3. Terceira classe de dependentes ....................................................................................... 17

2. A inscrição dos dependentes .................................................................................................. 18

3. A perda da qualidade de dependentes .................................................................................. 20

Legislação ....................................................................................................................................... 28

Emenda Constitucional nº 103/2019........................................................................................... 28

Lei nº 8.213/91 ............................................................................................................................ 28

Decreto nº 3.048/1999 ................................................................................................................ 30

Questões Comentadas ................................................................................................................... 36

Os dependentes do RGPS .......................................................................................................... 36

Lista de Questões ........................................................................................................................... 47

Os dependentes do RGPS .......................................................................................................... 47

Gabarito .......................................................................................................................................... 53

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OS DEPENDENTES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA


SOCIAL (RGPS)

1. Os dependentes

Como já sabe, os beneficiários do RGPS se dividem em segurados e dependentes.

Os dependentes são as pessoas físicas cujo vínculo jurídico com o segurado autoriza que a
proteção previdenciária lhes seja estendida de forma reflexa, quanto a algumas das prestações
pecuniárias indicadas na lei. Isso resulta, portanto, numa vinculação indireta do dependente com
o RGPS.

De acordo com o disposto no art. 16 da Lei nº 8.213/91 e no art. 16 do Decreto nº 3.048/99, os


dependentes do RGPS estão divididos em 03 classes, a saber:

• 1ª classe ou classe preferencial: o cônjuge, o companheiro, a companheira e o filho não


emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave;

• 2ª classe: os pais;

• 3ª classe: o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

O cônjuge, o companheiro, a companheira e o filho, não emancipado, de


1ª classe –
qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência
classe preferencial
intelectual ou mental ou deficiência grave;

2ª classe os pais;

Irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido


3ª classe
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

Os dependentes que se encontram na mesma classe vão concorrer em igualdade de condições.


Vale dizer, se for concedido algum benefício previdenciário aos dependentes, o seu valor será
dividido em partes iguais entre eles.

Decreto nº 3.048/99

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Art. 16...

§ 1º Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições.

João, empregado de um banco, falece e deixa a sua mulher e dois filhos, Pedro com 03
anos e Paulo com 10 anos de idade. Nesse caso, como João é segurado do RGPS, ele
instituirá pensão por morte para os seus dependentes.
Seus dependentes – cônjuge e filhos menores de 21 anos - terão direito à pensão por
morte, que será dividida em 03 partes iguais, recebendo, portanto, cada um deles o
montante de 1/3 do valor total do benefício, a ser calculado da forma que a legislação
vigente à época do óbito determinar (tempus regit actum).
Se o valor da pensão por morte for de R$3.000,00, cada dependente de João terá direito
de receber R$1.000,00 a título de cota individual de pensão por morte.

Outrossim, a existência de dependente sem uma classe exclui do direito à percepção do benefício
os dependentes pertencentes às classes seguintes.

Isso quer dizer que, se houver, no momento do óbito do


segurado, somente a sua esposa como dependente de 1ª classe, a pensão por morte será
concedida apenas a ela, ainda que existam dependentes de 2ª e 3ª classes. Caso a esposa venha
a falecer, a pensão por morte nunca poderá ser concedida à mãe do segurado falecido –
dependente de 2ª classe. A pensão por morte, no caso, será cessada com o falecimento da única
dependente de 1ª classe – esposa.

Passa-se a analisar, a partir de agora, os dependentes de cada classe e suas especificidades.

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1.1. Primeira classe de dependentes ou classe preferencial:

Antes de mais nada, digo que a dependência econômica dos dependentes de 1ª


classe é presumida.
Logo, pouco importa se um dependente de 1ª classe tem renda maior do que a do segurado.
Desde que comprovada a qualidade de dependente de 1ª classe, o benefício lhe será garantido.

• 1) Cônjuge: marido e mulher. Ambos têm direito aos benefícios assegurados aos dependentes.

• 2) Companheiro(a): a companheira e o companheiro são dependentes do RGPS, inclusive de


união homoafetiva.

A prova de união estável dos companheiros terá que ser comprovada com início de prova
material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses
anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova
exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito1.

• 3) Ex-cônjuge e ex-companheiro(a): serão dependentes desde que recebam pensão


alimentícia do segurado após a separação judicial, o divórcio ou a dissolução da união estável.

Nesse caso, para se definir o quantum a ser recebido de benefício (pensão por morte ou auxílio-
reclusão), não importa o valor da pensão alimentícia recebida ou o percentual estabelecido por
sentença judicial. A renda mensal do benefício previdenciário será apurada conforme os critérios
estabelecidos na legislação previdenciária.

Para além disso, o benefício previdenciário (pensão por morte ou auxílio-reclusão) será rateado,
em partes iguais, entre o ex-cônjuge/ex-companheiro(a) titular da pensão alimentícia e os demais
dependentes da 1ª classe.

1
Determinação trazida pelo §5º do art. 16 da Lei nº 8.213/91.
4

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O Superior Tribunal de Justiça, adotando uma interpretação extensiva dos dispositivos legais
pertinentes ao tema, passou a entender que a renúncia aos alimentos, por ocasião da separação
judicial, não impede a concessão, tempos mais tarde, da pensão por morte ao ex-cônjuge ou ao
ex-companheiro(a), desde que, no entanto, reste comprovada a necessidade econômica
superveniente. Confira o enunciado da súmula 336:

“A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica
superveniente.”

Para o STJ, portanto, mesmo que tenha havido a renúncia aos alimentos por parte do ex-cônjuge
ou do(a) ex-companheiro(a), a pensão por morte poderá ser concedida posteriormente, se restar
comprovada a necessidade econômica superveniente ao ato de separação judicial.

Com o advento da Lei nº 13.846/2019, ex-cônjuges e ex-


companheiros que recebem pensão alimentícia temporária do segurado do RGPS terão direito à
pensão por morte somente pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra
hipótese de cancelamento anterior do benefício.

João e Maria se divorciaram, sendo determinado que João pagaria alimentos para Maria
pelo prazo de 05 anos, contado da data do divórcio.

Dois anos após o divórcio, João, que trabalhava numa empresa de móveis há mais de
10 anos, faleceu.

Maria terá direito a pensão por morte de João, pois figura no rol de dependentes de 1ª
classe. No entanto, seu benefício previdenciário será mantido por apenas 03 anos, tendo
em vista ser este o período remanescente da pensão alimentícia a contar do óbito de
João.

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Nem imagine que o benefício de Maria pudesse ser pago por um período maior,
considerando sua idade, porque, no caso, ela é dependente ex-cônjuge e tinha direito
a alimentos temporários.

Em relação ao cônjuge, ao companheiro ou à companheira, é de extrema importância dispor sobre


o tempo de duração do benefício de pensão por morte.

O cônjuge, o companheiro e a companheira terão direito ao benefício de pensão por morte:

• por apenas 04 meses, caso o segurado não tenha efetuado 18 contribuições mensais ou o
casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do óbito do
segurado.

Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer natureza, doença profissional
ou do trabalho.

• pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado tenha efetuado 18 ou mais
contribuições mensais e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02
anos da data do óbito.

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Perceba que a idade do cônjuge, companheiro ou companheira na data do óbito do segurado vai
determinar por quanto tempo será paga a pensão por morte.

Determina a Lei de Benefícios que, após o transcurso de pelo menos 03 (três)


anos e, desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média
nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população
brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima,
limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

Sendo assim, a tabela apresentada a você considerou as idades já trazidas pela Portaria do
Ministério da Economia n. 424/2020 que acrescentou 01 ano nas idades discriminadas no art. 77,
§2º, ‘c’, da Lei n. 8.213/91.

Essa regra, também, é aplicada nos casos em que a morte do segurado decorrer de acidente de
qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho, mesmo que ele não tenha
efetuado 18 ou mais contribuições e o casamento ou a união estável tenha sido iniciado há menos
de 02 anos da data do seu óbito. A duração da pensão por morte do cônjuge/companheiro(a) terá
duração maior do que 04 meses.

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• Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quando o


cônjuge/companheiro(a) for inválido ou possuir deficiência. Nesse caso, são garantidos, no mínimo,
conforme o caso, os prazos de 04 meses ou os da tabela acima.

Vale dizer, o benefício de pensão por morte não vai cessar antes que seja cessada a invalidez ou
afastada a deficiência. E, caso cesse antes do prazo que teria de duração normal, respeita-se o
prazo de 4 meses, 03, 06, 10, 15 ou 20 anos.

João e Maria são casados há 3 meses e ambos são segurados do RGPS


Caso um deles faleça hoje e a causa da morte não seja acidente, a pensão por morte
será concedida ao cônjuge por apenas 04 meses.
Mas, se o cônjuge for inválido, a pensão por morte não poderá cessar antes que cessa
a invalidez do pensionista.
Agora, supondo que o cônjuge pensionista seja inválido, receba a pensão por morte do
outro cônjuge falecido, mas sua invalidez cesse nos próximos 02 meses após o início do
benefício. Cessará a pensão porque cessou a invalidez? Não
A pensão por morte cessará somente após decorridos os 4 meses. Respeita-se o prazo
normal que teria o benefício se o cônjuge não fosse inválido. Entendeu?

E se a invalidez cessar apenas após 10 anos que o cônjuge estiver recebendo a pensão
por morte, como ficaria? A pensão cessará quando cessar a invalidez, mesmo passado
o prazo de 10 anos.

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SITUAÇÃO HIPOTÉTICA PERGUNTA RESPOSTA

Rosa, empregada em uma fábrica de Joaquim terá SIM.


doces há 05 anos, casou-se, há um direito à pensão Joaquim terá direito à pensão por
ano, com Joaquim. Num domingo por morte de morte por apenas 04 meses.
de manhã, sentiu um mal súbito e Rosa?
O casamento de Rosa e Joaquim
veio a falecer. iniciou-se há menos de 02 anos da
data do óbito da segurada.

João trabalha em um banco Maria terá direito à SIM.


comercial há 03 anos e está casado pensão por morte Verifica-se que o segurado falecido
com Maria há 02 (dois). de João? contava, na data do óbito, com mais
Teve um mal súbito e veio a falecer, de 18 contribuições mensais para a
quando sua esposa contava com Previdência Social e o casamento
apenas 27 anos. entre João e Maria tinha 02 anos.
Neste caso, Maria terá pensão por
morte de João pelo prazo de 06 anos,
considerando sua idade de 27 anos na
data do óbito do seu marido.

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SITUAÇÃO HIPOTÉTICA PERGUNTA RESPOSTA

Sabrina, contribuinte individual há Sandra terá direito SIM.


03 anos no RGPS, mantinha união à pensão por Sandra é companheira de Sabrina,
estável com Sandra há 01 ano. morte de Sabrina? figurando, portanto, na qualidade de
Ontem, as duas companheiras dependente.
saíram para comemorar o aniversário Embora a união estável entre Sandra e
de Sandra e, quando voltavam para Sabrina tenha se iniciado há 01 ano da
casa, sofreram um acidente data do óbito da segurada, a pensão
automobilístico que culminou na por morte será concedida à
morte de Sabrina, de 30 anos. companheira pelo prazo de 15 anos
Sandra tinha, à época do óbito de (tabela acima).
sua companheira, 35 anos. No caso de morte decorrente de
acidente de qualquer natureza,
mesmo não havendo 18 contribuições
mensais do segurado e 02 anos de
união estável até a data do óbito, o
benefício será concedido pelo prazo
estipulado na tabela já descrita. E,
como Sandra tinha 35 anos na data do
óbito de Sabrina, o benefício de
pensão por morte ser-lhe-á pago por
15 anos.

Lucas trabalha em um banco Luzia terá direito à SIM.


comercial desde 2003 e está casado pensão por morte A princípio, Luzia teria pensão por
com Luzia há 06 meses. Um mês de Lucas? morte por 04 meses, tendo em vista
após o casamento, Luzia foi que o casamento dela iniciou há
acometida de uma grave doença e menos de 02 anos do óbito de Lucas.
ficou inválida aos 25 anos.
Como Luzia é inválida, vai receber o
Lucas contraiu dengue e veio a benefício até a cessação da invalidez.
falecer no dia em completava 07
Se a invalidez cessar antes de 04
meses de casamento. meses da ocorrência do óbito, ser-lhe-
á garantida a pensão por 04 meses.

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• 4) filho não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos: todos os filhos, havidos ou
não na relação do casamento, ou adotados, são enquadrados como dependentes de 1ª classe,
desde que menores de 21 anos e não emancipados.
De fato, o filho menor de 21 anos tem que apresentar, no momento do requerimento do
benefício, declaração atestando que não se enquadra em nenhuma situação de emancipação, o
que o levaria a perder a condição de dependente de segurado filiado ao RGPS.
No que tange à idade do dependente, o legislador estabeleceu como dependentes dos
segurados do RGPS, os filhos menores de 21 anos, desde que não emancipados. Pode-se dizer,
portanto, que a maioridade previdenciária do filho ocorre aos 21 anos de idade.
Outra dúvida muito comum em relação aos filhos de segurados da Previdência é se o filho do
segurado, maior de 21 e menor de 24 anos, estiver cursando ensino superior, ele permanecerá na
condição de dependente.
A resposta é NÃO.
A condição de dependente do filho cessa aos 21 anos de idade, salvo se inválido ou se possuir
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

• 5) filho inválido: para ser assim considerado, deve passar pela avaliação da perícia médica
federal.
Se o médico perito federal2 atestar sua invalidez, o filho continuará figurando na condição de
dependente do segurado, mesmo após completar 21 anos.
O filho inválido somente será considerado dependente, se, cumulativamente:
a) a invalidez for verificada pelo médico perito federal;
b) a invalidez ocorrer antes de o filho completar 21 anos.
c) a invalidez persistir até o momento do fato gerador do benefício a ser requerido pelo
dependente. Logo, para que o filho inválido possa ser considerado dependente após completar
21 anos de idade, a sua invalidez deve ter surgido antes de completar os 21 anos e deve estar
presente por ocasião do óbito (fato gerador da pensão por morte) ou da prisão (fato gerador do
auxílio-reclusão) do segurado.

2
O cargo de Perito Médico Previdenciário, integrante da Carreira de Perito Médico Previdenciário, de que trata a Lei nº 11.907,
de 2 de fevereiro de 2009, passou a ser denominado Perito Médico Federal, integrante da Carreira de Perito Médico Federal. O
cargo de Perito Médico Federal, integrante da Carreira de Perito Médico Federal, o cargo de Perito Médico da Previdência Social,
integrante da Carreira de Perícia Médica da Previdência Social, de que trata a Lei nº 10.876, de 2004, e o cargo de Supervisor
Médico-Pericial, integrante da Carreira de Supervisor Médico Pericial, de que trata a Lei nº 9.620, de 1998, passaram a integrar o
Quadro de Pessoal do Ministério da Economia por força do disposto na Lei nº 13.846/2019. Com a Lei n. 14.261/2021, os médicos
peritos federais passaram a integrar o quadro de pessoal do Ministério do Trabalho e Previdência.
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• 6) filho com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave


No caso, será submetido a avaliação biopsicossocial por meio de equipe multiprofissional e
interdisciplinar.
A Perícia Médica Federal estabelecerá a data do início da deficiência.

• 7) Equiparados a filho
A Lei n. 8.213/91, equipara a filho o enteado e o menor sob tutela, desde que seja comprovada
a dependência econômica deles em relação ao segurado. É o que está expresso no §2º do art. 16
da Lei de Benefícios:

§ 2º. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do


segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida
no Regulamento.

Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, veio disposto


no §6º do art. 23 da referida emenda:

6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente


o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.

E, mais tarde, o Decreto nº 10.410/20 veio regulamentar a situação alterando a redação do §3º
do art. 16 do Decreto nº 3.048/99:

§ 3º Equiparam-se a filho, na condição de dependente de que trata o inciso I do caput,


exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência
econômica na forma estabelecida no § 3º do art. 22. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020).

Veja que não consta o menor sob guarda judicial como equiparado a filho para fins de
dependência no RGPS. Mas, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADI 4.878 e 5.083
assegurou o direito do menor sob guarda à pensão por morte. O Tribunal, por maioria, julgou
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procedente a ação, de modo a conferir interpretação conforme ao § 2º do art. 16 da Lei


8.213/1991, para contemplar, em seu âmbito de proteção, o “menor sob guarda”.

Assim, cuidado com questões que poderão surgir. Como a decisão em ação direta
de inconstitucionalidade tem efeito erga omnes, o menor sob guarda passou a ser equiparado
a filho, desde que comprove a dependência econômica. Daí:

- se a questão vier perguntando “segundo a legislação previdenciária, o menor sob guarda não
se equipara ao filho;

- se a questão perguntar “segundo a jurisprudência”, “segundo posição do STF”, o menor sob


guarda se euqipara a filho e terá direito à pensão por morte do segurado, desde que
comprovada sua dependência econômica.

O filho e os equiparados, desde que comprovada a dependência econômica desses últimos, se


inválidos ou se tiverem deficiência intelectual, mental ou grave, não perderão a qualidade de
dependentes desde que a invalidez ou a deficiência intelectual, mental ou grave tenha ocorrido
antes de uma das hipóteses previstas no inciso III do caput do art. 17 do Decreto nº 3.048/99:

Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre:

...

III - ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor
tutelado, ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa
idade: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

a) casamento; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

b) início do exercício de emprego público efetivo; (Redação dada pelo Decreto nº


10.410, de 2020).

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c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de


emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria; ou (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio
de instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença
judicial, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

(CESPE – Defensor Público – RR/2013) Assinale a opção correta no que se refere aos dependentes do
RGPS.
a) A dependência econômica de todos os dependentes do segurado deve ser comprovada.
b) É considerado beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, o irmão não
emancipado, de qualquer condição, com menos de vinte e cinco anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz.
c) Avós de segurado podem ser considerados beneficiários do RGPS, na condição de seus dependentes.
d) O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho mediante apresentação de declaração pelo
dependente e comprovação da dependência econômica, na forma estabelecida em regulamento.
e) São considerados beneficiários do RGPS, na condição de dependentes do segurado, o cônjuge, a
companheira, o companheiro e o filho não emancipado inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
Comentários:
Alternativa “a”: incorreta. A dependência econômica dos dependentes de 1ª classe é presumida. Para
os demais dependentes do RGPS, a dependência econômica deverá ser comprovada. A prova de
dependência econômica exige início de prova material contemporânea dos fatos, produzido no
período não superior a 24 meses da data do óbito, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.

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Alternativa “b”: incorreta. É considerado beneficiário do RGPS, na condição de dependente do


segurado, o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido ou
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
Alternativa “c”: incorreta. Não há possibilidade de os avós serem dependentes no RGPS. A lista de
dependentes prevista no art. 16 da Lei nº 8.213/91 é taxativa.
Alternativa “d”: incorreta. O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho mediante
comprovação da dependência econômica. A prova de dependência econômica exige início de prova
material contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na
ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.
Alternativa “e”: correta. A assertiva menciona os dependentes do RGPS de 1ª classe, conforme
legislação vigente à época que a prova foi aplicada. No entanto, estaria incorreta a assertiva, se se
considerar a legislação vigente. O filho com deficiência intelectual ou mental continua no rol dos
dependentes do RGPS, mas não precisa ser declarado judicialmente incapaz para os atos da vida civil.
==19fa94==

Alternativa correta: “e”.


(CESPE – Defensor Público DF/2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir.
- É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um
anos de idade em relação ao segurado da previdência social, não sendo necessária a comprovação
dessa dependência para que ele se torne beneficiário do RGPS na condição de dependente do
segurado.
Comentários: O filho menor de 21 anos é dependente de 1ª classe no RGPS. A dependência econômica
das pessoas elencadas como dependentes de 1ª classe é presumida. O item está correto.

(FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 2ª Região/2014) São beneficiários dos segurados no
regime geral, na condição de dependentes,
a) o fundo de amparo ao trabalhador, se não houver nenhum herdeiro necessário.
b) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado menor de 21 anos ou inválido.
c) os pais e avós do segurado, como ascendentes.
d) as pessoas designadas pelo segurado, desde que não haja cônjuges ou filhos.
e) os tios e primos de sangue do segurado, se forem pessoas com deficiência.
Comentários: Os dependentes do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) estão elencados no art.
16 da Lei nº 8.213/91 e divididos em 03 classes.
Alternativa correta: “b”. O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado menor
de 21 anos ou inválido são dependentes de 1ª classe, conforme se verifica pelo quadro acima.
As demais alternativas estão erradas, uma vez que as pessoas ali mencionadas não se enquadram entre
aquelas elencadas no art. 16 da Lei nº 8.213/91.

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1.2. Segunda classe de dependentes:

Os pais do segurado serão enquadrados como seus dependentes, desde que não haja nenhum
dependente de 1ª classe e desde que comprovem a dependência econômica em relação ao filho
segurado.

A comprovação da dependência econômica exige início de prova material contemporânea dos


fatos, produzido em período não superior a 24 meses da data do óbito ou da data da prisão do
segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de
força maior e ou caso fortuito.

Essa prova material para comprovação de dependência econômica possui previsão no art. 22, § 3º
do Decreto nº 3.048/99, a saber:

“Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, deverão ser


apresentados no mínimo dois documentos, observado o disposto nos §6º-A e §8º do art. 16, e
poderão ser aceitos, dentre outros:

I – certidão de nascimento de filho havido em comum;

II – certidão de casamento religioso;

III – declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu
dependente;

IV – disposições testamentárias;

V – revogado

VI – declaração especial feita perante tabelião;

VII – prova de mesmo domicílio;

VIII – prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da
vida civil;

IX – procuração ou fiança reciprocamente outorgada;

X – conta bancária conjunta;

XI – registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do


segurado;

XII – anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;

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XIII – apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada
como sua beneficiária;

XIV – ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como
responsável;

XV – escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente;

XVI – declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou

XVII – quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.”

(Cespe – Defensor Público – DPU/2017) A respeito da condição de segurados e dependentes no RGPS


e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente.
- Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica dos genitores do
segurado é considerada presumida.
Comentários: Os pais do segurado são classificados como dependentes de 2ª classe ou categoria. Deles
é exigida a comprovação de dependência econômica.
A dependência econômica presumida é aplicada apenas para os dependentes de 1ª classe: cônjuge,
companheiro, companheira e filhos, de qualquer condição, não emancipados, menores de 21 anos ou
inválidos ou que possuem deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. Item errado.

1.3. Terceira classe de dependentes

• irmão de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou com deficiência grave.

É importante esclarecer, de antemão, que o irmão, em todas as condições dispostas na lei,


somente será dependente do segurado do RGPS, se comprovar dependência econômica em
relação àquele e se não houver dependentes das classes superiores.

No que diz respeito à idade de 21 anos e à questão da emancipação, as condições a serem


satisfeitas para que o irmão seja considerado dependente do segurado são as mesmas exigidas do
filho.

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A mesma coisa pode-se dizer no que tange à questão da invalidez e da deficiência, devendo-se
estar atento ao disposto no art. 17 do Decreto nº 3.048/99.

O irmão com deficiência mental ou intelectual ou deficiência grave não precisa estar interditado
judicialmente para fins de enquadramento como dependente de segurado do RGPS. Terá, todavia,
que ser submetido à avaliação biopsicossocial por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar,
a cargo do INSS, para que analisem a sua condição de pessoa com deficiência.

Deve-se registrar, mais uma vez, que o irmão, para ser considerado dependente do segurado do
RGPS, antes de tudo, deve comprovar dependência econômica em relação àquele, diferentemente
do filho menor de 21 anos, que possui dependência econômica presumida.

(FCC – Analista Judiciário – TRT 6ª Região/2012) Nos termos da Lei nº 8.213/1991, NÃO são
beneficiários do Regi-me Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado;
b) os seus pais;
c) o seu irmão inválido de 30 anos;
d) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos;
e) o companheiro que mantém união estável.
Comentários: A questão apresentada requer que o candidato identifique qual pessoa não pode ser
enquadrada como dependente do RGPS.
No caso, o gabarito será a alternativa “a”. O enteado menor ainda que não comprovada a dependência
econômica do segurado. Para que o enteado seja considerado dependente do RGPS, equiparando-se
ao filho, é necessário que ele comprove a dependência econômica do segurado. É o que se pode
depreender do disposto no art. 16, § 2º, da Lei nº 8.213/91.

2. A inscrição dos dependentes

A inscrição dos dependentes está disciplinada nos artigos 17 da Lei nº 8.213/91 e 22 do Decreto
nº 3.048/99.
A inscrição dos dependentes é, em regra, feita no momento do requerimento do benefício de
pensão por morte ou de auxílio-reclusão.

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A Emenda Constitucional nº 103/2019 trouxe a possibilidade da inscrição prévia quando se se


tratar de dependente inválido, com deficiência intelectual, mental ou grave, como dispõe o §5º do
art. 23:

§ 5º Para o dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, sua


condição pode ser reconhecida previamente ao óbito do segurado, por meio de
avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar,
observada revisão periódica na forma da legislação.

Veio, mais tarde, a regulamentação pelo disposto no §2º do art. 108 do Decreto nº 3.048/99:

§ 2º A condição do dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave


poderá ser reconhecida previamente ao óbito do segurado e, quando necessário, ser
reavaliada quando da concessão do benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

A inscrição dos dependentes é feita mediante a apresentação dos seguintes documentos:


• para o cônjuge: com a certidão de casamento;
• para o filho: com a certidão de nascimento;
• para a companheira ou o companheiro: com a apresentação de documento de identidade e
certidão de casamento com averbação da separação ou divórcio, quando um dos companheiros
ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso;
• para os equiparados ao filho: com a certidão judicial de tutela e, no caso do enteado, a certidão
de nascimento do dependente e a certidão de casamento do segurado ou provas da união estável
entre o(a) segurado(a) e o(a) genitor(a) do enteado (art. 125, parágrafo único da IN nº 77/2015 do
INSS);
• para os pais: com a certidão de nascimento do segurado e documento de identidade dos
mesmos;
• para o irmão menor de 21 anos, não emancipado ou inválido ou com deficiência mental ou
intelectual ou mental ou com deficiência grave: com a certidão de nascimento.

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(CESPE – Defensor Público – AC/ 2012 - adaptada) – Acerca do RGPS, assinale a opção correta.

a)...
b) Considera-se beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, irmão com menos
de vinte e um anos de idade, ainda que emancipado.
c) Compete ao dependente promover sua inscrição na previdência social quando do requerimento
do benefício a que estiver habilitado.

Comentários: essa questão traz assertivas de diversos assuntos da previdência social. Escolhemos
colocar apenas as alternativas que tratam da condição dos dependentes do RGPS.

A assertiva “b” está incorreta. Se o irmão menor de 21 anos for emancipado, não será possível
enquadrá-lo como dependente no RGPS.

Alternativa “c”: correta. O dependente somente vai ser inscrito na previdência social no momento em
que for requerer o benefício previdenciário a que estiver habilitado. É o que diz o § 1º do art. 17, da
Lei nº 8.213/91 e é a regra geral.

Após a reforma previdenciária de 2019, poderá o dependente inválido, com deficiência mental ou
intelectual ou grave ser inscrito antes da morte do segurado.

Mas, nesse caso, a questão deverá mencionar a regra específica.

3. A perda da qualidade de dependentes

Do mesmo modo que a legislação previdenciária traz as hipóteses em que o segurado perde o
vínculo com a Previdência Social, os dependentes podem se encontrar em determinadas situações
que farão com que eles percam a qualidade de beneficiários do RGPS, e, consequentemente, não
façam mais jus aos benefícios. Os dependentes perdem esta condição e, consequentemente, o
direito aos benefícios, quando ocorre:

a) a perda da qualidade de segurado daqueles de quem eram dependentes.

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Caso um indivíduo, que já tenha perdido a qualidade de segurado do RGPS, por exemplo, venha
a falecer, os seus dependentes não terão direito à pensão por morte, visto que, no momento do
óbito, o indivíduo não estava mais vinculado ao RGPS.

Repise-se, pela importância do tema, que se um indivíduo, mesmo tendo perdido a qualidade de
segurado do RGPS na data do óbito, tiver implementado todos os requisitos para se aposentar,
seus dependentes farão jus à pensão por morte.

Súmula nº 416 do STJ: “É devida a pensão por morte aos dependentes do


segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos
legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito”.

- Ricardo, contribuinte individual por dois anos, deixou de pagar suas contribuições há
quatro anos.

Logo, uma vez que transcorrido o seu período de graça, Ricardo perdeu a qualidade de
segurado do RGPS.

Se Ricardo falecer, deixando uma esposa e cinco filhos, todos menores de 21 anos e
não emancipados, eles não terão direito à pensão por morte, haja vista que, no
momento do óbito, Ricardo já não era mais segurado do RGPS.

- Ricardo recolheu contribuições previdenciárias como contribuinte individual por 20


anos, deixando de pagá-las há 04 anos. Logo, uma vez que transcorrido o seu período
de graça, Ricardo perdeu a qualidade de segurado do RGPS.

Se Ricardo, já contando com 66 anos de idade, falecer, deixando uma esposa e cinco
filhos, todos menores de 21 anos e não emancipados, todos terão direito à pensão por
morte, haja vista que, no momento do óbito, apesar de ter perdido a qualidade de

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segurado do RGPS, ele já preenchia todas as condições necessárias para se aposentar


(65 anos de idade e 20 anos de contribuição3).

b) a separação judicial ou de fato ou divórcio do cônjuge e a dissolução de união estável do


companheiro, sem direito à prestação de alimentos.

Se um indivíduo (cônjuge) se separar e não lhe ficar garantida a prestação de alimentos pelo ex-
cônjuge, não figurará mais na condição de dependente para obter benefícios previdenciários.

No entanto, cabe destacar, mais uma vez, que o STJ firmou posição diversa por meio do enunciado
da súmula 336:

“A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica
superveniente”.

Repise-se que a Lei nº 13.846/2019 inovou quanto à duração da pensão por morte recebida por
ex-cônjuge e do ex-companheiro(a) beneficiário de pensão alimentícia temporária, fixada por
ocasião da separação judicial, do divórcio ou da dissolução da união estável.

Com efeito, na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por
determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-
companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso
não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.

João se divorciou de Maria, com quem ficou casado por 10 anos.

João foi condenado a pagar alimentos à ex-esposa pelo prazo de 05 anos, contado da
data do divórcio.

3
Requisitos exigidos após a promulgação da Emenda Constitucional nº 103/2019.
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Já faz 04 anos que João vem pagando a prestação alimentícia e sabe que após 01 ano,
estará cumprida totalmente sua obrigação.

Caso João faleça hoje, Maria terá direito à pensão por morte.

Mas, a duração da pensão será de, no máximo, 01 ano, que é o prazo remanescente da
pensão alimentícia, na data do óbito do segurado João.

Pode ser menor o prazo de duração do pagamento da pensão? Sim, se João tiver menos
de 18 contribuições na data do óbito e não morrer de acidente.

Aí, o benefício seria pago por apenas 04 meses.

Não se pode deixar, também, de frisar que o cônjuge e o


companheiro terão sua cota individual de pensão por morte extinta:

• após 04 meses, caso o segurado não tenha 18 contribuições mensais ou o casamento tiver sido
iniciado há menos de 2 (dois) anos do óbito do segurado.

Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer natureza, doença
profissional ou do trabalho.

• Após o prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado tenha 18 ou mais contribuições
mensais e o casamento tiver sido iniciado há, pelo menos, 02 anos da data do óbito.

Essa regra, também, é aplicada aos casos em que a morte decorrer de acidente de qualquer
natureza ou causa, ou de doença profissional ou do trabalho, mesmo que não tenha o segurado
recolhido 18 ou mais contribuições e o casamento tenha sido iniciado há menos de 02 anos da
data do óbito do segurado.

IDADE X DO CÔNJUGE EM DURAÇÃO DO BENEFÍCIO DE PENSÃO POR


ANOS (E(X)) MORTE (EM ANOS)

menor que 22 3

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entre 22 e 27 6

entre 28 e 30 10

entre 31 e 41 15

entre 42 e 44 20

45 anos ou mais vitalícia

c) de o filho ou este equiparado e o irmão menores de 21 anos não emancipados completarem 21


anos de idade, salvo se inválidos ou se possuírem deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave.

Recorde-se que a emancipação pela colação de grau em curso superior não retira o filho e o irmão
inválidos da condição de dependentes do RGPS, mantendo-os com este status até cessar a
invalidez.

Caso o filho ou a este equiparado e o irmão estejam prestando serviço militar obrigatório com
idade inferior a 21 anos, continuarão a ser dependentes do RGPS.

No caso de filhos ou equiparados e irmãos inválidos, a perda da qualidade de dependentes vai


ocorrer se cessar a invalidez.

No caso de filhos ou equiparados e irmãos que possuem deficiência intelectual ou mental ou


deficiência grave, a perda da qualidade de dependentes vai ocorrer pelo afastamento da
deficiência.

O filho ou equiparado e o irmão, maiores de 21 e menores de 24 anos, que estiverem cursando


ensino superior, não terão direito de permanecer na qualidade de dependente.

d) a cessação da invalidez do filho ou equiparado e do irmão.

Importante lembrar que se a invalidez cessar antes deles completarem 21 anos ou se emanciparem,
a condição de dependente manter-se-á até atingirem a maioridade previdenciária.

e) o afastamento da deficiência do filho ou equiparado e do irmão que possuem deficiência


intelectual ou mental ou deficiência grave.

Caso a deficiência seja afastada antes deles completarem 21 anos ou se emanciparem, a condição
de dependente manter-se-á até atingirem a maioridade previdenciária.

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f) o falecimento dos pais.

g) o falecimento do dependente.

h) a condenação do dependente, por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou
partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do
segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.

Essa possibilidade de exclusão do dependente, foi expressamente incluída pelo §7º do art. 16 da
Lei nº 8.213/91:

Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado


criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio
doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis.

Perceba que não só o autor do crime de homicídio doloso contra a pessoa do segurado, será
excluído como seu dependente. Mas, o coautor e o partícipe, também.

Não precisa ter sido condenado apenas pela prática de crime de homicídio doloso, vez que a
tentativa desse crime foi incluída como possibilidade de ser perder a condição de dependente do
segurado.

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a) por decurso de prazo:


– após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições
mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem
sido iniciados há menos de 02 anos do óbito/reclusão do
segurado;
– após 03, 06, 10, 15, 20 anos, conforme tabela já
para o cônjuge, demonstrada acima, se o segurado tiver 18 ou mais
companheiro ou contribuições e o casamento ou a união estável tiverem
companheira (perda da sido iniciados, há pelo menos, 02 anos da data do
pensão por morte): óbito/reclusão do segurado.
Regra aplicada aos casos de morte decorrente de acidente,
mesmo que não haja 18 ou mais contribuições e
casamento ou união estável há, pelo menos, 02 anos até a

PERDA DA data do óbito.

QUALIDADE b)Pela cessação da invalidez ou da deficiência, respeitados


DE os períodos mínimos descritos na letra “a”.
DEPENDENTE para o cônjuge, • Separação judicial, separação de fato, divórcio ou
companheiro ou dissolução de união estável, sem direito à prestação
companheira alimentícia.

para o filho, pessoa a ele • Ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou
equiparada ou irmão, de com deficiência mental ou intelectual ou deficiência
ambos os sexos: grave.

para o filho, pessoa a ele


equiparada e o irmão • Com a cessação da invalidez.
inválidos:

para o filho, pessoa a ele


equiparada e o irmão que
• pelo afastamento da deficiência.
tenham deficiência
intelectual ou mental ou

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deficiência grave:

para os pais: • Quando vierem a falecer.

• Quando vierem a falecer.


• Com a perda da qualidade de segurado do qual eles
eram dependentes.
para todos os
• Com a condenação, por sentença transitada em julgado,
dependentes:
como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso ou
tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do
segurado.

(CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – STJ/2012) - Julgue o item que se segue à luz das normas
aplicáveis à seguridade social.
- O cancelamento da inscrição do cônjuge como beneficiário do regime geral de previdência social, na
condição de dependente do segurado, pode ocorrer nos casos de divórcio – se esse cônjuge tiver sido
beneficiado com direito a alimentos – e de anulação de casamento comprovada por certidão.
Comentários: O divórcio e a anulação do casamento são causas da perda da qualidade de dependente
no regime geral de previdência social (RGPS).
No entanto, nos casos de separação judicial e de divórcio, a perda da qualidade de dependente
somente ocorrerá quando o cônjuge não for beneficiado com o direito à prestação alimentícia. Como
no caso trazido pela assertiva o cônjuge foi beneficiado com direito a alimentos, não haverá perda da
qualidade de dependente no RGPS e, consequentemente, não haverá cancelamento de sua inscrição.
Essa é a posição prevista na legislação previdenciária.
A assertiva está errada.

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LEGISLAÇÃO

Emenda Constitucional nº 103/2019

Art. 23. ...

§6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado
e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.

Lei nº 8.213/91

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:

I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição,


menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

II – os pais;

III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146,
de 2015)

§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações
os das classes seguintes.

§ 2º.O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável
com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve
ser comprovada.

§ 5º A prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material


contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à
data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto
no regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)

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§ 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a par da exigência do § 5º deste


artigo, deverá ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável por pelo
menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)

§ 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado


criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio
doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)

Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte
iguais. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

(...) § 2º O direito à percepção da cota individual cessará: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

I – pela morte do pensionista; (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995)

II – para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um
anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(Redação dada pela Lei nº 13.183, de 2015)

III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
2015)

IV – pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira,


nos termos do § 5º. (Incluído pela Medida Provisória nº 664, de 2014)

V – para cônjuge ou companheiro: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência,


respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”; (Incluído pela Lei
nº 13.135, de 2015)

b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito)
contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2
(dois) anos antes do óbito do segurado; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data


de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e
pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: (Incluído pela Lei nº 13.135,
de 2015)

1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

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2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135,
de 2015)

3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135,
de 2015)

4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de
2015)

5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; (Incluído pela Lei nº
13.135, de 2015)

6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

...

§ 7º Se houver fundados indícios de autoria, coautoria ou participação de dependente, ressalvados


os absolutamente incapazes e os inimputáveis, em homicídio, ou em tentativa desse crime, cometido
contra a pessoa do segurado, será possível a suspensão provisória de sua parte no benefício de
pensão por morte, mediante processo administrativo próprio, respeitados a ampla defesa e o
contraditório, e serão devidas, em caso de absolvição, todas as parcelas corrigidas desde a data da
suspensão, bem como a reativação imediata do benefício. (Incluído pela Lei nº 13.846/2019)

Decreto nº 3.048/1999

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor


de vinte e um anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou
grave; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

II - os pais; ou

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).

§ 1º Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições.

§ 2º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações
os das classes seguintes.

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§ 3º Equiparam-se a filho, na condição de dependente de que trata o inciso I do caput,


exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica
na forma estabelecida no § 3º do art. 22. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

§ 4º O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante
apresentação de termo de tutela.

§ 5º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com o


segurado ou segurada.

§ 6º Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura


entre pessoas, estabelecida com intenção de constituição de família, observado o disposto no § 1º
do art. 1.723 da Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil, desde que comprovado o vínculo na forma
estabelecida no § 3º do art. 22. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

§ 6º-A As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material
contemporânea dos fatos, produzido em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores
à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto
no § 2º do art. 143. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 7º A dependência econômica das pessoas de que trata o inciso I é presumida e a das demais deve
ser comprovada.

§ 8º Para fins do disposto na alínea “c” do inciso V do caput do art. 114, em observância ao requisito
previsto no § 6º-A, deverá ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove união
estável pelo período mínimo de dois anos antes do óbito do segurado. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

§ 9º Será excluído definitivamente da condição de dependente aquele que tiver sido condenado
criminalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio
doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

Art. 17. A perda da qualidade de dependente ocorre:

I - para o cônjuge, pelo divórcio ou pela separação judicial ou de fato, enquanto não lhe for
assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença
judicial transitada em julgado; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou


segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos;

III - ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tutelado,
ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa idade: (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020).

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a) casamento; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

b) início do exercício de emprego público efetivo; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

c) constituição de estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego,


desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria;
ou (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio de
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).

e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento


público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o
menor tiver dezesseis anos completos; e (Incluído pelo Decreto nº 6.939, de 2009)

IV - para os dependentes em geral:

a) pela cessação da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave; ou (Redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).

b) pelo falecimento.

§ 1º O filho, o irmão, o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência


econômica dos três últimos, se inválidos ou se tiverem deficiência intelectual, mental ou grave, não
perderão a qualidade de dependentes desde que a invalidez ou a deficiência intelectual, mental ou
grave tenha ocorrido antes de uma das hipóteses previstas no inciso III do caput. (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 2º Para fins do disposto no § 1º, a data de início da invalidez ou da deficiência intelectual, mental
ou grave será estabelecida pela Perícia Médica Federal. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)

Art. 22. A inscrição do dependente do segurado será promovida quando do requerimento do


benefício a que tiver direito, mediante a apresentação dos seguintes documentos: (Redação dada
pelo Decreto nº 4.079, de 2002)

I – para os dependentes preferenciais:

a) cônjuge e filhos – certidões de casamento e de nascimento;

b) companheira ou companheiro – documento de identidade e certidão de casamento com


averbação da separação judicial ou divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido
casados, ou de óbito, se for o caso; e

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c) equiparado a filho – certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de


casamento do segurado e de nascimento do dependente, observado o disposto no § 3º do art. 16;

II – pais – certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos; e

III – irmão – certidão de nascimento.

§ 1º(Revogado pelo Decreto nº 4.079, de 2002)

§ 2º(Revogado pelo Decreto nº 4.079, de 2002)

§ 3º Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, deverão ser


apresentados, no mínimo, dois documentos, observado o disposto nos § 6º-A e § 8º do art. 16, e
poderão ser aceitos, dentre outros: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

I – certidão de nascimento de filho havido em comum;

II – certidão de casamento religioso;

III – declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu
dependente;

IV – disposições testamentárias;

V – (Revogado pelo Decreto nº 5.699, de 2006)

VI – declaração especial feita perante tabelião;

VII – prova de mesmo domicílio;

VIII – prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da
vida civil;

IX – procuração ou fiança reciprocamente outorgada;

X – conta bancária conjunta;

XI – registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do


segurado;

XII – anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;

XIII – apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada
como sua beneficiária;

XIV – ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como
responsável;
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XV – escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente;

XVI – declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou

XVII – quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.

§ 4º O fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente deve ser comunicado
ao Instituto Nacional do Seguro Social, com as provas cabíveis.

§ 5º (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de 2002)

§ 6º Somente será exigida a certidão judicial de adoção quando esta for anterior a 14 de outubro de
1990, data da vigência da Lei nº 8.069, de 1990.

§ 7º (Revogado pelo Decreto nº 3.668, de 2000)

§ 9º No caso de dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, para fins de
inscrição e concessão de benefício, a invalidez será comprovada por meio de exame médico-pericial
a cargo da Perícia Médica Federal e a deficiência, por meio de avaliação biopsicossocial realizada
por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

§ 10. O dependente menor de vinte e um anos de idade apresentará declaração para atestar a não
ocorrência das hipóteses previstas no inciso III do caput do art. 17. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020).

§ 11. (Revogado pelo Decreto nº 4.079, de 2002)

§ 12. Os dependentes excluídos de tal condição em razão de lei têm suas inscrições tornadas nulas
de pleno direito.

§ 13. No caso de equiparado a filho, a inscrição será feita mediante a comprovação da equiparação
por documento escrito do segurado falecido manifestando essa intenção, da dependência
econômica e da declaração de que não tenha sido emancipado. (Incluído pelo Decreto nº 4.079, de
2002)

§ 14. Caso o dependente só possua um dos documentos a que se refere o § 3º produzido em


período não superior a vinte e quatro meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à prisão,
a comprovação de vínculo ou de dependência econômica para esse período poderá ser suprida por
justificação administrativa, processada na forma prevista nos art. 142 ao art. 151. (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)

Art. 108. ...

§ 2º A condição do dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave poderá ser
reconhecida previamente ao óbito do segurado e, quando necessário, ser reavaliada quando da
concessão do benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

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QUESTÕES COMENTADAS

Os dependentes do RGPS

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS - FCC

1. (FCC - 2020 - AL-AP - Advogado Legislativo – Procurador) – No que tange aos beneficiários,
enquanto dependentes do segurado do Regime Geral de Previdência Social, considere:
I. São beneficiários dependentes, entre outros, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho
não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave.
II. A existência de dependente de qualquer das classes previstas em lei não exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
III. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado,
independentemente de comprovação de dependência econômica.
IV. As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material
contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 meses anterior à data do óbito
ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no
regulamento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) I, II e III.
Comentários:
Item I: correto. São dependentes preferenciais ou de 1ª classe, conforme dispõe o art. 16 da Lei
n. 8.213/91.
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Item II: errado. Pelo contrário. A existência de dependente de qualquer das classes previstas em
lei exclui do direito às prestações os das classes seguintes. É o que dispõe o §1º do art. 16 da Lei
n. 8.213/91.
Item III: errado. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho se comprovarem dependência
econômica. A dependência econômica é realizada com início de prova material contemporânea
dos fatos, produzido num período não superior a 24 meses da data do óbito ou da prisão do
segurado.
Item IV: correto. É o dispõe o §5º do art. 16 da Lei n. 8.213/91.
Alternativa “c”: correta. Estão corretos os itens I e V.

2. (FCC/Auditor – Substituto de Conselheiro/TCM-RJ/2015) – Em relação aos dependentes dos


segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do Regime Geral da Previdência Social,
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica legalmente
presumida.
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação profissional e o
salário maternidade.
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos previdenciários.
d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das
classes seguintes.
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de segunda classe.
Comentários:
Alternativa “a”: errada. Os avós não constam no rol de dependentes do RGPS.
Alternativa “b”: errada. Os benefícios previstos para os dependentes do RGPS são a pensão por
morte e o auxílio-reclusão.
Alternativa “c”: errada. O menor sob tutela e o enteado equiparam-se ao filho, desde que
comprovada a dependência econômica, com início de prova material contemporânea dos fatos,
produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na
ocorrência de motivo de forca maior e ou caso fortuito.
Alternativa “d”: correta. É o que dispõe o §1o do art. 16 da Lei no 8.213/91.
Alternativa “e”: errada. Os irmãos são dependentes de 3a classe.

3. (FCC/Procurador de Contas/TCE-CE/2015) – O Regime Geral da Previdência Social prevê


modalidades de segurados e classes de dependentes. São considerados segurados
obrigatórios e dependentes do segurado que gozam de presunção legal de dependência
econômica, respectivamente, o
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a) síndico de condomínio não remunerado e o filho não emancipado de 20 anos.


b) trabalhador temporário da Lei n° 6.019/1974 e o companheiro.
c) segurado especial e o irmão não emancipado de 16 anos.
d) trabalhador avulso e a mãe com idade superior a 60 anos.
e) estudante bolsista e o cônjuge.
Comentários:
Alternativa “a”: errada. O síndico de condomínio não remunerado poderá se filiar como segurado
facultativo. O filho não emancipado de 20 anos é dependente de 1a classe e, portanto, tem
dependência econômica legalmente presumida.
Alternativa “b”: correta. O trabalhador temporário é segurado obrigatório do RGPS e o
companheiro é dependente de 1a classe e, portanto, tem dependência econômica legalmente
presumida.
Alternativa “c”: errada. O segurado especial é segurado obrigatório do RGPS. Já o irmão, não
emancipado de 16 anos, é dependente do RGPS, se comprovada a dependência econômica.
Alternativa “d”: errada. O trabalhador avulso é segurado obrigatório do RGPS. Para a mãe do
segurado ser considerada dependente do RGPS, necessário comprovar a dependência econômica.
Alternativa “e”: errada. O estudante bolsista não é segurado obrigatório do RGPS. O cônjuge é
dependente de 1a classe e goza de presunção de dependência econômica.
4. (FCC/Auditor – Conselheiro Substituto/TCE-CE/2015) – Afrodite é segurada do Regime Geral
da Previdência Social. Mantém união estável como entidade familiar com Thor e possui um filho
Hermes de 27 anos. Em sua residência também habitam o seu pai Ulisses de 64 anos e a sua
irmã Medusa, não emancipada, de 17 anos. Considerando as regras contidas no Plano de
Benefícios da Previdência Social, será considerado segurado de primeira classe e será
presumida a dependência econômica, respectivamente, de
a) Thor e Thor.
b) Thor e Ulisses.
c) Ulisses e Medusa.
d) Hermes e Medusa.
e) Hermes e Hermes.
Comentários:

São dependentes de 1ª classe: O cônjuge, o companheiro a companheira e o filho não


emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave;

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Os dependentes de 1a classe possuem dependência econômica presumida.


Assim, no caso apresentado, apenas o companheiro de Afrodite, Thor é dependente do RGPS.
Thor possui dependência econômica presumida.

Alternativa correta: “a”.

5. (FCC/Analista Judiciário – Área Judiciária/TRT 2ª Região/2014) – São beneficiários dos


segurados no regime geral, na condição de dependentes,
a) o fundo de amparo ao trabalhador, se não houver nenhum herdeiro necessário.
b) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado menor de 21 anos ou
inválido.
c) os pais e avós do segurado, como ascendentes.
d) as pessoas designadas pelo segurado, desde que não haja cônjuges ou filhos.
e) os tios e primos de sangue do segurado, se forem pessoas com deficiência.

Comentários:

De acordo com o que dispõe o art. 16 da Lei no 8.213/91, pode-se afirmar que a alternativa “b”
está correta.

Fundo de amparo ao trabalhador, avós, pessoas designadas pelo segurado, tios e primos não estão
no rol de dependentes do RGPS.

CEBRASPE

6. (CEBRASPE - 2020 - MPE-CE - Analista Ministerial - Serviço Social) – Uma instituição do terceiro
setor realizou, em determinada comunidade carente de um município de médio porte, serviços
essenciais gratuitos na área de cidadania, saúde e educação.
A seguir são apresentadas informações de alguns contribuintes da previdência social que
participaram da ação em busca de orientações previdenciárias.

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• Josefa, cinquenta e um anos de idade, presta serviço em caráter não eventual, em propriedade
rural e recebe por mês R$ 1.200. Reside com o esposo Henrique, de cinquenta e quatro anos de
idade e trabalhador informal na construção civil, com seu genitor José, de oitenta anos de idade,
e com os dois filhos do casal, Miguel, de dezenove anos de idade e estudante, e Manoel, de vinte
e três anos de idade, que está desempregado.
• Cleber, quarenta e oito anos de idade, casado, tem três filhos e é empregado de uma sociedade
anônima, na qual ocupa o cargo de diretor.
• Maura, quarenta e cinco anos de idade, solteira, desenvolve atividade remunerada como síndica
do prédio onde reside.
• Amélia, trinta e nove anos de idade, casada, sem filhos, presta serviço de natureza contínua, em
atividades sem fins lucrativos, à família de Cleber.
• Samuel, cinquenta e cinco anos de idade, solteiro, sem filhos, ministro de congregação religiosa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas Leis n.º
8.212/1991 e n.º 8.213/1991.
- Para fins previdenciários, no que tange à dependência econômica da família de Josefa, a
dependência do seu genitor é presumida, ao passo que a do seu cônjuge deve ser comprovada.
o Certo o Errado

Comentários:
A dependência econômica é presumida apenas em relação aos dependentes de 1ª classe –
cônjuge, companheiro(a), filhos. Os pais devem comprovar dependência econômica para
figurarem na condição de dependentes do segurado. Item incorreto.

7. (CESPE/Procurador/PGM Campo Grande-MS/2019) - Os irmãos Fátima e Ronaldo, plenamente


capazes e sem nenhuma deficiência física, intelectual ou mental, possuem as seguintes
características: ambos se enquadram em famílias de baixa renda; Fátima tem trinta anos de
idade e Ronaldo, trinta e cinco anos de idade; Fátima não tem renda própria, dedica-se
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência e contribui para a
previdência social na qualidade de segurada facultativa; Ronaldo contribui como segurado
trabalhador avulso. A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.

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- Fátima e Ronaldo não preenchem os requisitos para serem dependentes previdenciários um do


outro.
o Certo o Errado
Comentários:

Irmãos podem ser dependentes do segurado do RGPS. Para isso, devem ser menores de 21 anos,
não emancipados ou inválidos, ou com deficiência intelectual, mental ou grave. Devem comprovar
dependência econômica.

No caso, Fátima e Ronaldo não apresentam os requisitos necessários à condição de dependentes


do RGPS. Item correto.

8. (CESPE/Procurador/PGM João Pessoa-PB/2018) - À luz da Lei n.º 8.213/1991, é (são)


dependente(s) do segurado do regime geral de previdência social
a) os pais, desde que com idade superior a sessenta anos.
b) o irmão não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
c) a companheira ou o companheiro, desde que em união estável há mais de dois anos.
d) o filho não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
e) os pais, em qualquer idade.
Comentários:
A alternativa correta é a letra “e”. Os pais são dependentes do segurado do RGPS.

9. (CESPE – AJAJ – STJ – 2018) A respeito do regime geral da previdência social (RGPS), julgue
os itens que se seguem, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
- Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente de
comprovação da dependência econômica.
o Certo o Errado
Comentários:
Os pais de segurado do RGPS serão seus dependentes caso não exista nenhum dependente da
classe preferencial e terão que comprovar dependência econômica. A prova de dependência
econômica exige início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova
exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito,
conforme disposto no Regulamento. Item incorreto.
10. (CESPE/Analista Judiciário/TRT 7ª Região/2017) – João, segurado obrigatório no RGPS, é
casado com Fabiana, pelo regime da separação total de bens, com quem tem dois filhos,

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Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de
deficiência mental grave desde criança. Nessa situação hipotética, à luz da Lei nº 8.213/1991,
considera(m)-se dependente(s) previdenciário(s) de João
a) Marcos e Felipe, somente.
b) Felipe, somente.
c) Fabiana, somente.
d) Fabiana, Marcos e Felipe.

Comentários:

A alternativa correta é a letra “d”. São dependentes de João, a esposa Fabiana, os filhos Marcos
e Felipe. Marcos é filho menor de 21 anos e Felipe, embora seja maior de 21 anos, é portador de
deficiência mental desde criança.

11. (CESPE/Auditor de Controle Externo – Auditoria de Contas Públicas/TCE-PE/2017) – Acerca


da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o item a
seguir.
– O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS, poderá
ser inscrito no INSS como dependente desta.
o Certo o Errado
Comentários:

Segundo consta no disposto no art. 16, §2o da Lei no 8.213/91, o enteado equipara-se ao filho,
comprovada a dependência econômica.

Assim, se o enteado é menor de 21 anos, não emancipado e, depende economicamente da


madrasta, poderá ser considerado como dependente da segurada. Item certo.

12. (CESPE/Auditor de Controle Externo - Direito/TCE-SC/2016) – O STF reconhece a união


homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao(à) companheiro(a) da
pessoa segurada a qualidade de dependente para fins previdenciários.
o Certo o Errado

Comentários:

Item correto. Esse é o posicionamento adotado pelo STF e pelo próprio INSS.

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13. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) – A respeito do regime geral de previdência


social, julgue o item a seguir.
– A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de
dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário.
o Certo o Errado
Comentários:

O irmão deve comprovar dependência econômica do segurado para figurar no rol de dependentes
do RGPS.

A dependência econo mica é presumida apenas para os dependentes de 1a classe: cônjuge,


companheiro(a) e filhos. Item errado.

14. (CESPE - Defensor Público – DPU - 2015) Em relação aos segurados do RGPS e seus
dependentes, julgue o item subsecutivo.
- A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada a
existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional.
o Certo o Errado
Comentários:

Item errado.

O menor sob guarda não figura na Lei n. 8.213/91 como equiparado a filho e, portanto, como
dependente do segurado do RGPS.

A EC n. 103/2019, evidenciou no art. 23:

§ 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte,


exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência
econômica.

E o Decreto n. 3048/99 teve o §3º do art. 16 com nova redação dada pelo Decreto 10.410/20:

§ 3º Equiparam-se a filho, na condição de dependente de que trata o inciso I do caput,


exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência
econômica na forma estabelecida no § 3º do art. 22.
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Mas, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADI 4.878 e 5.083 assegurou o direito do
menor sob guarda à pensão por morte. O Tribunal, por maioria, julgou procedente a ação, de
modo a conferir interpretação conforme ao § 2º do art. 16 da Lei 8.213/1991, para contemplar, em
seu âmbito de proteção, o “menor sob guarda”.

15. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF – 5ª Região/2015) – Com relação aos beneficiários do


RGPS, assinale a opção correta.
a) Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte e um anos
são economicamente dependentes do segurado.
b) Para que o companheiro de segurado do mesmo sexo integre o rol de dependentes, de modo
que faça jus aos mesmos direitos que os casais heterossexuais no que diz respeito ao recebimento
de pensão por morte, é indispensável que se comprove, além da vida em comum, a dependência
econômica.
c) O brasileiro civil que trabalhe fora do país para organismo oficial internacional do qual o Brasil
seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, será segurado da previdência social
como empregado.
d) De acordo com a jurisprudência pacificada do STJ, o trabalho urbano de um dos membros do
grupo familiar não descaracteriza, por si só, os demais integrantes como segurados especiais.
e) A pessoa física que tiver deixado de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência
social manterá a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, pelo período de
até doze meses. Esse prazo será prorrogado por até dezoito meses, caso se comprove o
pagamento de pelo menos cento e vinte contribuições mensais ininterruptas.
Comentários:

Alternativa correta: “d”. É, inclusive, o posicionamento da TNU no enunciado da Súmula nº 41:

“A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade


urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador rural como
segurado especial, condição que deve ser analisada no caso concreto.”

Alternativa “a”: incorreta. O enteado do segurado não possui dependência econômica presumida.
Para que figure como dependente no RGPS é necessário que comprove a sua dependência
econômica em relação ao segurado.

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Já o filho não emancipado, de qualquer condição e menor de vinte e um anos goza de presunção
de dependência econômica.

Alternativa “b”: incorreta. Os companheiros e companheiras não precisam comprovar


dependência econômica do segurado falecido para terem direito ao benefício da pensão por
morte. Devem comprovar apenas a união estável. Esta regra é aplicada para uniões hetero e
homoafetivas.

Alternativa “c”: incorreta. No caso apresentado, o brasileiro será enquadrado como contribuinte
individual, desde que não seja coberto por regime próprio de previdência social. Confira o disposto
no art. 11, inciso V, “e”, da Lei nº 8.213/91.

Alternativa “e”: incorreta. Caso o segurado comprove o pagamento de mais de cento e vinte
contribuições mensais ininterruptas, que não acarrete a perda da qualidade de segurado do RGPS,
terá o período de graça prorrogado por 12 meses.

16. (CESPE – Defensor Público DF/2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir.
- De acordo com o disposto na Lei n° 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não
portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado do
RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário.
o Certo o Errado
Comentários:

O fato de estar cursando ensino universitário não faz prorrogar a condição de dependente do filho
no RGPS.

Veja o enunciado da súmula nº 37 da TNU: “A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos
de idade, não se prorroga pela pendência do curso universitário.”. O item está errado.

17. (CESPE – AJAJ – TRT 10/2013) Cada um dos itens a seguir apresenta uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito previdenciário.
- José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho,
João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do
regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.
o Certo o Errado

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Comentários:

Os irmãos não emancipados, de qualquer condição, menores de 21 anos ou inválidos ou que


possuam deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave enquadram-se na 3ª classe de
dependentes do RGPS. Os dependentes de 3ª classe precisam comprovar dependência econômica
em relação ao segurado. No caso apresentado, sendo José menor de 21 anos e comprovando a
dependência econômica em relação ao irmão, poderá ser enquadrado como dependente no
RGPS. Assertiva está correta.

18. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – STJ/2012) Julgue o item que se segue à luz das
normas aplicáveis à seguridade social.
- O cancelamento da inscrição do cônjuge como beneficiário do regime geral de previdência social,
na condição de dependente do segurado, pode ocorrer nos casos de divórcio – se esse cônjuge
tiver sido beneficiado com direito a alimentos – e de anulação de casamento comprovada por
certidão.
o Certo o Errado
Comentários:

O divórcio e a anulação do casamento são causas da perda da qualidade de dependente no regime


geral de previdência social (RGPS). No entanto, nos casos de separação judicial, de fato e de
divórcio, a perda da qualidade de dependente somente ocorrerá quando o cônjuge não for
beneficiado com o direito à prestação alimentícia. Como no caso trazido pela assertiva o cônjuge
foi beneficiado com direito a alimentos, não haverá perda da qualidade de dependente no RGPS
e, consequentemente, não haverá cancelamento de sua inscrição. Essa é a posição prevista na
legislação previdenciária. A assertiva está errada.

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LISTA DE QUESTÕES

Os dependentes do RGPS

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS - FCC

1. (FCC - 2020 - AL-AP - Advogado Legislativo – Procurador) – No que tange aos beneficiários,
enquanto dependentes do segurado do Regime Geral de Previdência Social, considere:
I. São beneficiários dependentes, entre outros, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho
não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave.
II. A existência de dependente de qualquer das classes previstas em lei não exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
III. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado,
independentemente de comprovação de dependência econômica.
IV. As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material
contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 meses anterior à data do óbito
ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no
regulamento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) I, II e III.

2. (FCC/Auditor – Substituto de Conselheiro/TCM-RJ/2015) – Em relação aos dependentes dos


segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do Regime Geral da Previdência Social,
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica legalmente
presumida.
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação profissional e o
salário maternidade.
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos previdenciários.

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d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os das


classes seguintes.
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de segunda classe.

3. (FCC/Procurador de Contas/TCE-CE/2015) – O Regime Geral da Previdência Social prevê


modalidades de segurados e classes de dependentes. São considerados segurados
obrigatórios e dependentes do segurado que gozam de presunção legal de dependência
econômica, respectivamente, o
a) síndico de condomínio não remunerado e o filho não emancipado de 20 anos.
b) trabalhador temporário da Lei n° 6.019/1974 e o companheiro.
c) segurado especial e o irmão não emancipado de 16 anos.
d) trabalhador avulso e a mãe com idade superior a 60 anos.
e) estudante bolsista e o cônjuge.
4. (FCC/Auditor – Conselheiro Substituto/TCE-CE/2015) – Afrodite é segurada do Regime Geral
da Previdência Social. Mantém união estável como entidade familiar com Thor e possui um filho
Hermes de 27 anos. Em sua residência também habitam o seu pai Ulisses de 64 anos e a sua
irmã Medusa, não emancipada, de 17 anos. Considerando as regras contidas no Plano de
Benefícios da Previdência Social, será considerado segurado de primeira classe e será
presumida a dependência econômica, respectivamente, de
a) Thor e Thor.
b) Thor e Ulisses.
c) Ulisses e Medusa.
d) Hermes e Medusa.
e) Hermes e Hermes.

5. (FCC/Analista Judiciário – Área Judiciária/TRT 2ª Região/2014) – São beneficiários dos


segurados no regime geral, na condição de dependentes,
a) o fundo de amparo ao trabalhador, se não houver nenhum herdeiro necessário.
b) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado menor de 21 anos ou
inválido.
c) os pais e avós do segurado, como ascendentes.
d) as pessoas designadas pelo segurado, desde que não haja cônjuges ou filhos.
e) os tios e primos de sangue do segurado, se forem pessoas com deficiência.
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CEBRASPE

6. (CEBRASPE - 2020 - MPE-CE - Analista Ministerial - Serviço Social) – Uma instituição do terceiro
setor realizou, em determinada comunidade carente de um município de médio porte, serviços
essenciais gratuitos na área de cidadania, saúde e educação.
A seguir são apresentadas informações de alguns contribuintes da previdência social que
participaram da ação em busca de orientações previdenciárias.
• Josefa, cinquenta e um anos de idade, presta serviço em caráter não eventual, em propriedade
rural e recebe por mês R$ 1.200. Reside com o esposo Henrique, de cinquenta e quatro anos de
idade e trabalhador informal na construção civil, com seu genitor José, de oitenta anos de idade,
e com os dois filhos do casal, Miguel, de dezenove anos de idade e estudante, e Manoel, de vinte
e três anos de idade, que está desempregado.
• Cleber, quarenta e oito anos de idade, casado, tem três filhos e é empregado de uma sociedade
anônima, na qual ocupa o cargo de diretor.
• Maura, quarenta e cinco anos de idade, solteira, desenvolve atividade remunerada como síndica
do prédio onde reside.
• Amélia, trinta e nove anos de idade, casada, sem filhos, presta serviço de natureza contínua, em
atividades sem fins lucrativos, à família de Cleber.
• Samuel, cinquenta e cinco anos de idade, solteiro, sem filhos, ministro de congregação religiosa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas Leis n.º
8.212/1991 e n.º 8.213/1991.
- Para fins previdenciários, no que tange à dependência econômica da família de Josefa, a
dependência do seu genitor é presumida, ao passo que a do seu cônjuge deve ser comprovada.
o Certo o Errado

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7. (CESPE/Procurador/PGM Campo Grande-MS/2019) - Os irmãos Fátima e Ronaldo, plenamente


capazes e sem nenhuma deficiência física, intelectual ou mental, possuem as seguintes
características: ambos se enquadram em famílias de baixa renda; Fátima tem trinta anos de
idade e Ronaldo, trinta e cinco anos de idade; Fátima não tem renda própria, dedica-se
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência e contribui para a
previdência social na qualidade de segurada facultativa; Ronaldo contribui como segurado
trabalhador avulso. A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
- Fátima e Ronaldo não preenchem os requisitos para serem dependentes previdenciários um do
outro.
o Certo o Errado

8. (CESPE/Procurador/PGM João Pessoa-PB/2018) - À luz da Lei n.º 8.213/1991, é (são)


dependente(s) do segurado do regime geral de previdência social
a) os pais, desde que com idade superior a sessenta anos.
b) o irmão não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
c) a companheira ou o companheiro, desde que em união estável há mais de dois anos.
d) o filho não emancipado e menor de vinte e quatro anos de idade.
e) os pais, em qualquer idade.
9. (CESPE – AJAJ – STJ – 2018) A respeito do regime geral da previdência social (RGPS), julgue
os itens que se seguem, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
- Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente de
comprovação da dependência econômica.
o Certo o Errado
10. (CESPE/Analista Judiciário/TRT 7ª Região/2017) – João, segurado obrigatório no RGPS, é
casado com Fabiana, pelo regime da separação total de bens, com quem tem dois filhos,
Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de
deficiência mental grave desde criança. Nessa situação hipotética, à luz da Lei nº 8.213/1991,
considera(m)-se dependente(s) previdenciário(s) de João

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a) Marcos e Felipe, somente.


b) Felipe, somente.
c) Fabiana, somente.
d) Fabiana, Marcos e Felipe.

11. (CESPE/Auditor de Controle Externo – Auditoria de Contas Públicas/TCE-PE/2017) – Acerca da


filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o item a
seguir.
– O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS, poderá
ser inscrito no INSS como dependente desta.
o Certo o Errado

12. (CESPE/Auditor de Controle Externo - Direito/TCE-SC/2016) – O STF reconhece a união


homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao(à) companheiro(a) da
pessoa segurada a qualidade de dependente para fins previdenciários.
o Certo o Errado
13. (CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) – A respeito do regime geral de previdência
social, julgue o item a seguir.
– A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de
dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário.
o Certo o Errado

14. (CESPE - Defensor Público – DPU - 2015) Em relação aos segurados do RGPS e seus
dependentes, julgue o item subsecutivo.
- A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada a
existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional.
o Certo o Errado
15. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF – 5ª Região/2015) – Com relação aos beneficiários do
RGPS, assinale a opção correta.
a) Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte e um anos
são economicamente dependentes do segurado.
b) Para que o companheiro de segurado do mesmo sexo integre o rol de dependentes, de modo
que faça jus aos mesmos direitos que os casais heterossexuais no que diz respeito ao recebimento
de pensão por morte, é indispensável que se comprove, além da vida em comum, a dependência
econômica.
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c) O brasileiro civil que trabalhe fora do país para organismo oficial internacional do qual o Brasil
seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, será segurado da previdência social
como empregado.
d) De acordo com a jurisprudência pacificada do STJ, o trabalho urbano de um dos membros do
grupo familiar não descaracteriza, por si só, os demais integrantes como segurados especiais.
e) A pessoa física que tiver deixado de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência
social manterá a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, pelo período de
até doze meses. Esse prazo será prorrogado por até dezoito meses, caso se comprove o
pagamento de pelo menos cento e vinte contribuições mensais ininterruptas.
16. (CESPE – Defensor Público DF/2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir.
- De acordo com o disposto na Lei n° 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não
portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado do
RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário.
o Certo o Errado
17. (CESPE – AJAJ – TRT 10/2013) Cada um dos itens a seguir apresenta uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito previdenciário.
- José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho,
João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do
regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.
o Certo o Errado

18. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – STJ/2012) Julgue o item que se segue à luz das
normas aplicáveis à seguridade social.
- O cancelamento da inscrição do cônjuge como beneficiário do regime geral de previdência social,
na condição de dependente do segurado, pode ocorrer nos casos de divórcio – se esse cônjuge
tiver sido beneficiado com direito a alimentos – e de anulação de casamento comprovada por
certidão.
o Certo o Errado

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GABARITO

1. C
2. D
3. B
4. A
5. B
6. Errado
7. Certo
8. E
9. Errado
10. D
11. Certo
12. Certo
13. Errado
14. Errado
15. D
16. Errado
17. Certo
18. Errado

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