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Autor:
Adriana Menezes
19 de Dezembro de 2021
Sumário
1. Os dependentes........................................................................................................................ 2
Legislação ....................................................................................................................................... 28
Gabarito .......................................................................................................................................... 53
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1. Os dependentes
Os dependentes são as pessoas físicas cujo vínculo jurídico com o segurado autoriza que a
proteção previdenciária lhes seja estendida de forma reflexa, quanto a algumas das prestações
pecuniárias indicadas na lei. Isso resulta, portanto, numa vinculação indireta do dependente com
o RGPS.
• 2ª classe: os pais;
• 3ª classe: o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
2ª classe os pais;
Decreto nº 3.048/99
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Art. 16...
João, empregado de um banco, falece e deixa a sua mulher e dois filhos, Pedro com 03
anos e Paulo com 10 anos de idade. Nesse caso, como João é segurado do RGPS, ele
instituirá pensão por morte para os seus dependentes.
Seus dependentes – cônjuge e filhos menores de 21 anos - terão direito à pensão por
morte, que será dividida em 03 partes iguais, recebendo, portanto, cada um deles o
montante de 1/3 do valor total do benefício, a ser calculado da forma que a legislação
vigente à época do óbito determinar (tempus regit actum).
Se o valor da pensão por morte for de R$3.000,00, cada dependente de João terá direito
de receber R$1.000,00 a título de cota individual de pensão por morte.
Outrossim, a existência de dependente sem uma classe exclui do direito à percepção do benefício
os dependentes pertencentes às classes seguintes.
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• 1) Cônjuge: marido e mulher. Ambos têm direito aos benefícios assegurados aos dependentes.
A prova de união estável dos companheiros terá que ser comprovada com início de prova
material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses
anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova
exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito1.
Nesse caso, para se definir o quantum a ser recebido de benefício (pensão por morte ou auxílio-
reclusão), não importa o valor da pensão alimentícia recebida ou o percentual estabelecido por
sentença judicial. A renda mensal do benefício previdenciário será apurada conforme os critérios
estabelecidos na legislação previdenciária.
Para além disso, o benefício previdenciário (pensão por morte ou auxílio-reclusão) será rateado,
em partes iguais, entre o ex-cônjuge/ex-companheiro(a) titular da pensão alimentícia e os demais
dependentes da 1ª classe.
1
Determinação trazida pelo §5º do art. 16 da Lei nº 8.213/91.
4
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O Superior Tribunal de Justiça, adotando uma interpretação extensiva dos dispositivos legais
pertinentes ao tema, passou a entender que a renúncia aos alimentos, por ocasião da separação
judicial, não impede a concessão, tempos mais tarde, da pensão por morte ao ex-cônjuge ou ao
ex-companheiro(a), desde que, no entanto, reste comprovada a necessidade econômica
superveniente. Confira o enunciado da súmula 336:
“A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica
superveniente.”
Para o STJ, portanto, mesmo que tenha havido a renúncia aos alimentos por parte do ex-cônjuge
ou do(a) ex-companheiro(a), a pensão por morte poderá ser concedida posteriormente, se restar
comprovada a necessidade econômica superveniente ao ato de separação judicial.
João e Maria se divorciaram, sendo determinado que João pagaria alimentos para Maria
pelo prazo de 05 anos, contado da data do divórcio.
Dois anos após o divórcio, João, que trabalhava numa empresa de móveis há mais de
10 anos, faleceu.
Maria terá direito a pensão por morte de João, pois figura no rol de dependentes de 1ª
classe. No entanto, seu benefício previdenciário será mantido por apenas 03 anos, tendo
em vista ser este o período remanescente da pensão alimentícia a contar do óbito de
João.
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Nem imagine que o benefício de Maria pudesse ser pago por um período maior,
considerando sua idade, porque, no caso, ela é dependente ex-cônjuge e tinha direito
a alimentos temporários.
• por apenas 04 meses, caso o segurado não tenha efetuado 18 contribuições mensais ou o
casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do óbito do
segurado.
Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer natureza, doença profissional
ou do trabalho.
• pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado tenha efetuado 18 ou mais
contribuições mensais e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02
anos da data do óbito.
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Perceba que a idade do cônjuge, companheiro ou companheira na data do óbito do segurado vai
determinar por quanto tempo será paga a pensão por morte.
Sendo assim, a tabela apresentada a você considerou as idades já trazidas pela Portaria do
Ministério da Economia n. 424/2020 que acrescentou 01 ano nas idades discriminadas no art. 77,
§2º, ‘c’, da Lei n. 8.213/91.
Essa regra, também, é aplicada nos casos em que a morte do segurado decorrer de acidente de
qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho, mesmo que ele não tenha
efetuado 18 ou mais contribuições e o casamento ou a união estável tenha sido iniciado há menos
de 02 anos da data do seu óbito. A duração da pensão por morte do cônjuge/companheiro(a) terá
duração maior do que 04 meses.
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Vale dizer, o benefício de pensão por morte não vai cessar antes que seja cessada a invalidez ou
afastada a deficiência. E, caso cesse antes do prazo que teria de duração normal, respeita-se o
prazo de 4 meses, 03, 06, 10, 15 ou 20 anos.
E se a invalidez cessar apenas após 10 anos que o cônjuge estiver recebendo a pensão
por morte, como ficaria? A pensão cessará quando cessar a invalidez, mesmo passado
o prazo de 10 anos.
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• 4) filho não emancipado de qualquer condição, menor de 21 anos: todos os filhos, havidos ou
não na relação do casamento, ou adotados, são enquadrados como dependentes de 1ª classe,
desde que menores de 21 anos e não emancipados.
De fato, o filho menor de 21 anos tem que apresentar, no momento do requerimento do
benefício, declaração atestando que não se enquadra em nenhuma situação de emancipação, o
que o levaria a perder a condição de dependente de segurado filiado ao RGPS.
No que tange à idade do dependente, o legislador estabeleceu como dependentes dos
segurados do RGPS, os filhos menores de 21 anos, desde que não emancipados. Pode-se dizer,
portanto, que a maioridade previdenciária do filho ocorre aos 21 anos de idade.
Outra dúvida muito comum em relação aos filhos de segurados da Previdência é se o filho do
segurado, maior de 21 e menor de 24 anos, estiver cursando ensino superior, ele permanecerá na
condição de dependente.
A resposta é NÃO.
A condição de dependente do filho cessa aos 21 anos de idade, salvo se inválido ou se possuir
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
• 5) filho inválido: para ser assim considerado, deve passar pela avaliação da perícia médica
federal.
Se o médico perito federal2 atestar sua invalidez, o filho continuará figurando na condição de
dependente do segurado, mesmo após completar 21 anos.
O filho inválido somente será considerado dependente, se, cumulativamente:
a) a invalidez for verificada pelo médico perito federal;
b) a invalidez ocorrer antes de o filho completar 21 anos.
c) a invalidez persistir até o momento do fato gerador do benefício a ser requerido pelo
dependente. Logo, para que o filho inválido possa ser considerado dependente após completar
21 anos de idade, a sua invalidez deve ter surgido antes de completar os 21 anos e deve estar
presente por ocasião do óbito (fato gerador da pensão por morte) ou da prisão (fato gerador do
auxílio-reclusão) do segurado.
2
O cargo de Perito Médico Previdenciário, integrante da Carreira de Perito Médico Previdenciário, de que trata a Lei nº 11.907,
de 2 de fevereiro de 2009, passou a ser denominado Perito Médico Federal, integrante da Carreira de Perito Médico Federal. O
cargo de Perito Médico Federal, integrante da Carreira de Perito Médico Federal, o cargo de Perito Médico da Previdência Social,
integrante da Carreira de Perícia Médica da Previdência Social, de que trata a Lei nº 10.876, de 2004, e o cargo de Supervisor
Médico-Pericial, integrante da Carreira de Supervisor Médico Pericial, de que trata a Lei nº 9.620, de 1998, passaram a integrar o
Quadro de Pessoal do Ministério da Economia por força do disposto na Lei nº 13.846/2019. Com a Lei n. 14.261/2021, os médicos
peritos federais passaram a integrar o quadro de pessoal do Ministério do Trabalho e Previdência.
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• 7) Equiparados a filho
A Lei n. 8.213/91, equipara a filho o enteado e o menor sob tutela, desde que seja comprovada
a dependência econômica deles em relação ao segurado. É o que está expresso no §2º do art. 16
da Lei de Benefícios:
E, mais tarde, o Decreto nº 10.410/20 veio regulamentar a situação alterando a redação do §3º
do art. 16 do Decreto nº 3.048/99:
Veja que não consta o menor sob guarda judicial como equiparado a filho para fins de
dependência no RGPS. Mas, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADI 4.878 e 5.083
assegurou o direito do menor sob guarda à pensão por morte. O Tribunal, por maioria, julgou
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Assim, cuidado com questões que poderão surgir. Como a decisão em ação direta
de inconstitucionalidade tem efeito erga omnes, o menor sob guarda passou a ser equiparado
a filho, desde que comprove a dependência econômica. Daí:
- se a questão vier perguntando “segundo a legislação previdenciária, o menor sob guarda não
se equipara ao filho;
...
III - ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor
tutelado, ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa
idade: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
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d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio
de instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença
judicial, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
(CESPE – Defensor Público – RR/2013) Assinale a opção correta no que se refere aos dependentes do
RGPS.
a) A dependência econômica de todos os dependentes do segurado deve ser comprovada.
b) É considerado beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, o irmão não
emancipado, de qualquer condição, com menos de vinte e cinco anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz.
c) Avós de segurado podem ser considerados beneficiários do RGPS, na condição de seus dependentes.
d) O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho mediante apresentação de declaração pelo
dependente e comprovação da dependência econômica, na forma estabelecida em regulamento.
e) São considerados beneficiários do RGPS, na condição de dependentes do segurado, o cônjuge, a
companheira, o companheiro e o filho não emancipado inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
Comentários:
Alternativa “a”: incorreta. A dependência econômica dos dependentes de 1ª classe é presumida. Para
os demais dependentes do RGPS, a dependência econômica deverá ser comprovada. A prova de
dependência econômica exige início de prova material contemporânea dos fatos, produzido no
período não superior a 24 meses da data do óbito, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.
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(FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 2ª Região/2014) São beneficiários dos segurados no
regime geral, na condição de dependentes,
a) o fundo de amparo ao trabalhador, se não houver nenhum herdeiro necessário.
b) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado menor de 21 anos ou inválido.
c) os pais e avós do segurado, como ascendentes.
d) as pessoas designadas pelo segurado, desde que não haja cônjuges ou filhos.
e) os tios e primos de sangue do segurado, se forem pessoas com deficiência.
Comentários: Os dependentes do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) estão elencados no art.
16 da Lei nº 8.213/91 e divididos em 03 classes.
Alternativa correta: “b”. O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado menor
de 21 anos ou inválido são dependentes de 1ª classe, conforme se verifica pelo quadro acima.
As demais alternativas estão erradas, uma vez que as pessoas ali mencionadas não se enquadram entre
aquelas elencadas no art. 16 da Lei nº 8.213/91.
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Os pais do segurado serão enquadrados como seus dependentes, desde que não haja nenhum
dependente de 1ª classe e desde que comprovem a dependência econômica em relação ao filho
segurado.
Essa prova material para comprovação de dependência econômica possui previsão no art. 22, § 3º
do Decreto nº 3.048/99, a saber:
III – declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu
dependente;
IV – disposições testamentárias;
V – revogado
VIII – prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da
vida civil;
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XIII – apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada
como sua beneficiária;
XIV – ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como
responsável;
• irmão de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual
ou mental ou com deficiência grave.
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A mesma coisa pode-se dizer no que tange à questão da invalidez e da deficiência, devendo-se
estar atento ao disposto no art. 17 do Decreto nº 3.048/99.
O irmão com deficiência mental ou intelectual ou deficiência grave não precisa estar interditado
judicialmente para fins de enquadramento como dependente de segurado do RGPS. Terá, todavia,
que ser submetido à avaliação biopsicossocial por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar,
a cargo do INSS, para que analisem a sua condição de pessoa com deficiência.
Deve-se registrar, mais uma vez, que o irmão, para ser considerado dependente do segurado do
RGPS, antes de tudo, deve comprovar dependência econômica em relação àquele, diferentemente
do filho menor de 21 anos, que possui dependência econômica presumida.
(FCC – Analista Judiciário – TRT 6ª Região/2012) Nos termos da Lei nº 8.213/1991, NÃO são
beneficiários do Regi-me Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado;
b) os seus pais;
c) o seu irmão inválido de 30 anos;
d) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos;
e) o companheiro que mantém união estável.
Comentários: A questão apresentada requer que o candidato identifique qual pessoa não pode ser
enquadrada como dependente do RGPS.
No caso, o gabarito será a alternativa “a”. O enteado menor ainda que não comprovada a dependência
econômica do segurado. Para que o enteado seja considerado dependente do RGPS, equiparando-se
ao filho, é necessário que ele comprove a dependência econômica do segurado. É o que se pode
depreender do disposto no art. 16, § 2º, da Lei nº 8.213/91.
A inscrição dos dependentes está disciplinada nos artigos 17 da Lei nº 8.213/91 e 22 do Decreto
nº 3.048/99.
A inscrição dos dependentes é, em regra, feita no momento do requerimento do benefício de
pensão por morte ou de auxílio-reclusão.
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Veio, mais tarde, a regulamentação pelo disposto no §2º do art. 108 do Decreto nº 3.048/99:
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(CESPE – Defensor Público – AC/ 2012 - adaptada) – Acerca do RGPS, assinale a opção correta.
a)...
b) Considera-se beneficiário do RGPS, na condição de dependente do segurado, irmão com menos
de vinte e um anos de idade, ainda que emancipado.
c) Compete ao dependente promover sua inscrição na previdência social quando do requerimento
do benefício a que estiver habilitado.
Comentários: essa questão traz assertivas de diversos assuntos da previdência social. Escolhemos
colocar apenas as alternativas que tratam da condição dos dependentes do RGPS.
A assertiva “b” está incorreta. Se o irmão menor de 21 anos for emancipado, não será possível
enquadrá-lo como dependente no RGPS.
Alternativa “c”: correta. O dependente somente vai ser inscrito na previdência social no momento em
que for requerer o benefício previdenciário a que estiver habilitado. É o que diz o § 1º do art. 17, da
Lei nº 8.213/91 e é a regra geral.
Após a reforma previdenciária de 2019, poderá o dependente inválido, com deficiência mental ou
intelectual ou grave ser inscrito antes da morte do segurado.
Do mesmo modo que a legislação previdenciária traz as hipóteses em que o segurado perde o
vínculo com a Previdência Social, os dependentes podem se encontrar em determinadas situações
que farão com que eles percam a qualidade de beneficiários do RGPS, e, consequentemente, não
façam mais jus aos benefícios. Os dependentes perdem esta condição e, consequentemente, o
direito aos benefícios, quando ocorre:
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Caso um indivíduo, que já tenha perdido a qualidade de segurado do RGPS, por exemplo, venha
a falecer, os seus dependentes não terão direito à pensão por morte, visto que, no momento do
óbito, o indivíduo não estava mais vinculado ao RGPS.
Repise-se, pela importância do tema, que se um indivíduo, mesmo tendo perdido a qualidade de
segurado do RGPS na data do óbito, tiver implementado todos os requisitos para se aposentar,
seus dependentes farão jus à pensão por morte.
- Ricardo, contribuinte individual por dois anos, deixou de pagar suas contribuições há
quatro anos.
Logo, uma vez que transcorrido o seu período de graça, Ricardo perdeu a qualidade de
segurado do RGPS.
Se Ricardo falecer, deixando uma esposa e cinco filhos, todos menores de 21 anos e
não emancipados, eles não terão direito à pensão por morte, haja vista que, no
momento do óbito, Ricardo já não era mais segurado do RGPS.
Se Ricardo, já contando com 66 anos de idade, falecer, deixando uma esposa e cinco
filhos, todos menores de 21 anos e não emancipados, todos terão direito à pensão por
morte, haja vista que, no momento do óbito, apesar de ter perdido a qualidade de
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Se um indivíduo (cônjuge) se separar e não lhe ficar garantida a prestação de alimentos pelo ex-
cônjuge, não figurará mais na condição de dependente para obter benefícios previdenciários.
No entanto, cabe destacar, mais uma vez, que o STJ firmou posição diversa por meio do enunciado
da súmula 336:
“A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica
superveniente”.
Repise-se que a Lei nº 13.846/2019 inovou quanto à duração da pensão por morte recebida por
ex-cônjuge e do ex-companheiro(a) beneficiário de pensão alimentícia temporária, fixada por
ocasião da separação judicial, do divórcio ou da dissolução da união estável.
Com efeito, na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por
determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-
companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso
não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.
João foi condenado a pagar alimentos à ex-esposa pelo prazo de 05 anos, contado da
data do divórcio.
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Requisitos exigidos após a promulgação da Emenda Constitucional nº 103/2019.
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Já faz 04 anos que João vem pagando a prestação alimentícia e sabe que após 01 ano,
estará cumprida totalmente sua obrigação.
Caso João faleça hoje, Maria terá direito à pensão por morte.
Mas, a duração da pensão será de, no máximo, 01 ano, que é o prazo remanescente da
pensão alimentícia, na data do óbito do segurado João.
Pode ser menor o prazo de duração do pagamento da pensão? Sim, se João tiver menos
de 18 contribuições na data do óbito e não morrer de acidente.
• após 04 meses, caso o segurado não tenha 18 contribuições mensais ou o casamento tiver sido
iniciado há menos de 2 (dois) anos do óbito do segurado.
Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer natureza, doença
profissional ou do trabalho.
• Após o prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado tenha 18 ou mais contribuições
mensais e o casamento tiver sido iniciado há, pelo menos, 02 anos da data do óbito.
Essa regra, também, é aplicada aos casos em que a morte decorrer de acidente de qualquer
natureza ou causa, ou de doença profissional ou do trabalho, mesmo que não tenha o segurado
recolhido 18 ou mais contribuições e o casamento tenha sido iniciado há menos de 02 anos da
data do óbito do segurado.
menor que 22 3
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entre 22 e 27 6
entre 28 e 30 10
entre 31 e 41 15
entre 42 e 44 20
Recorde-se que a emancipação pela colação de grau em curso superior não retira o filho e o irmão
inválidos da condição de dependentes do RGPS, mantendo-os com este status até cessar a
invalidez.
Caso o filho ou a este equiparado e o irmão estejam prestando serviço militar obrigatório com
idade inferior a 21 anos, continuarão a ser dependentes do RGPS.
Importante lembrar que se a invalidez cessar antes deles completarem 21 anos ou se emanciparem,
a condição de dependente manter-se-á até atingirem a maioridade previdenciária.
Caso a deficiência seja afastada antes deles completarem 21 anos ou se emanciparem, a condição
de dependente manter-se-á até atingirem a maioridade previdenciária.
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g) o falecimento do dependente.
h) a condenação do dependente, por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou
partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do
segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.
Essa possibilidade de exclusão do dependente, foi expressamente incluída pelo §7º do art. 16 da
Lei nº 8.213/91:
Perceba que não só o autor do crime de homicídio doloso contra a pessoa do segurado, será
excluído como seu dependente. Mas, o coautor e o partícipe, também.
Não precisa ter sido condenado apenas pela prática de crime de homicídio doloso, vez que a
tentativa desse crime foi incluída como possibilidade de ser perder a condição de dependente do
segurado.
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para o filho, pessoa a ele • Ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou
equiparada ou irmão, de com deficiência mental ou intelectual ou deficiência
ambos os sexos: grave.
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deficiência grave:
(CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – STJ/2012) - Julgue o item que se segue à luz das normas
aplicáveis à seguridade social.
- O cancelamento da inscrição do cônjuge como beneficiário do regime geral de previdência social, na
condição de dependente do segurado, pode ocorrer nos casos de divórcio – se esse cônjuge tiver sido
beneficiado com direito a alimentos – e de anulação de casamento comprovada por certidão.
Comentários: O divórcio e a anulação do casamento são causas da perda da qualidade de dependente
no regime geral de previdência social (RGPS).
No entanto, nos casos de separação judicial e de divórcio, a perda da qualidade de dependente
somente ocorrerá quando o cônjuge não for beneficiado com o direito à prestação alimentícia. Como
no caso trazido pela assertiva o cônjuge foi beneficiado com direito a alimentos, não haverá perda da
qualidade de dependente no RGPS e, consequentemente, não haverá cancelamento de sua inscrição.
Essa é a posição prevista na legislação previdenciária.
A assertiva está errada.
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LEGISLAÇÃO
§6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado
e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.
Lei nº 8.213/91
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:
II – os pais;
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146,
de 2015)
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações
os das classes seguintes.
§ 2º.O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 1997)
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável
com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve
ser comprovada.
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Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte
iguais. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
(...) § 2º O direito à percepção da cota individual cessará: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
II – para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um
anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
(Redação dada pela Lei nº 13.183, de 2015)
III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de
2015)
b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito)
contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2
(dois) anos antes do óbito do segurado; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
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2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135,
de 2015)
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135,
de 2015)
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de
2015)
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; (Incluído pela Lei nº
13.135, de 2015)
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
...
Decreto nº 3.048/1999
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:
II - os pais; ou
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
§ 2º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações
os das classes seguintes.
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§ 4º O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante
apresentação de termo de tutela.
§ 6º-A As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material
contemporânea dos fatos, produzido em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores
à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto
no § 2º do art. 143. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 7º A dependência econômica das pessoas de que trata o inciso I é presumida e a das demais deve
ser comprovada.
§ 8º Para fins do disposto na alínea “c” do inciso V do caput do art. 114, em observância ao requisito
previsto no § 6º-A, deverá ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove união
estável pelo período mínimo de dois anos antes do óbito do segurado. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
§ 9º Será excluído definitivamente da condição de dependente aquele que tiver sido condenado
criminalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio
doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os
absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - para o cônjuge, pelo divórcio ou pela separação judicial ou de fato, enquanto não lhe for
assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença
judicial transitada em julgado; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
III - ao completar vinte e um anos de idade, para o filho, o irmão, o enteado ou o menor tutelado,
ou nas seguintes hipóteses, se ocorridas anteriormente a essa idade: (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020).
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b) início do exercício de emprego público efetivo; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
d) concessão de emancipação, pelos pais, ou por um deles na falta do outro, por meio de
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença judicial, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de
2020).
a) pela cessação da invalidez ou da deficiência intelectual, mental ou grave; ou (Redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).
b) pelo falecimento.
§ 2º Para fins do disposto no § 1º, a data de início da invalidez ou da deficiência intelectual, mental
ou grave será estabelecida pela Perícia Médica Federal. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)
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III – declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu
dependente;
IV – disposições testamentárias;
VIII – prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da
vida civil;
XIII – apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada
como sua beneficiária;
XIV – ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como
responsável;
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§ 4º O fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente deve ser comunicado
ao Instituto Nacional do Seguro Social, com as provas cabíveis.
§ 6º Somente será exigida a certidão judicial de adoção quando esta for anterior a 14 de outubro de
1990, data da vigência da Lei nº 8.069, de 1990.
§ 9º No caso de dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, para fins de
inscrição e concessão de benefício, a invalidez será comprovada por meio de exame médico-pericial
a cargo da Perícia Médica Federal e a deficiência, por meio de avaliação biopsicossocial realizada
por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
§ 10. O dependente menor de vinte e um anos de idade apresentará declaração para atestar a não
ocorrência das hipóteses previstas no inciso III do caput do art. 17. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020).
§ 12. Os dependentes excluídos de tal condição em razão de lei têm suas inscrições tornadas nulas
de pleno direito.
§ 13. No caso de equiparado a filho, a inscrição será feita mediante a comprovação da equiparação
por documento escrito do segurado falecido manifestando essa intenção, da dependência
econômica e da declaração de que não tenha sido emancipado. (Incluído pelo Decreto nº 4.079, de
2002)
§ 2º A condição do dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave poderá ser
reconhecida previamente ao óbito do segurado e, quando necessário, ser reavaliada quando da
concessão do benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
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QUESTÕES COMENTADAS
Os dependentes do RGPS
1. (FCC - 2020 - AL-AP - Advogado Legislativo – Procurador) – No que tange aos beneficiários,
enquanto dependentes do segurado do Regime Geral de Previdência Social, considere:
I. São beneficiários dependentes, entre outros, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho
não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave.
II. A existência de dependente de qualquer das classes previstas em lei não exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
III. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado,
independentemente de comprovação de dependência econômica.
IV. As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material
contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 meses anterior à data do óbito
ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no
regulamento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) I, II e III.
Comentários:
Item I: correto. São dependentes preferenciais ou de 1ª classe, conforme dispõe o art. 16 da Lei
n. 8.213/91.
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Item II: errado. Pelo contrário. A existência de dependente de qualquer das classes previstas em
lei exclui do direito às prestações os das classes seguintes. É o que dispõe o §1º do art. 16 da Lei
n. 8.213/91.
Item III: errado. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho se comprovarem dependência
econômica. A dependência econômica é realizada com início de prova material contemporânea
dos fatos, produzido num período não superior a 24 meses da data do óbito ou da prisão do
segurado.
Item IV: correto. É o dispõe o §5º do art. 16 da Lei n. 8.213/91.
Alternativa “c”: correta. Estão corretos os itens I e V.
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Comentários:
De acordo com o que dispõe o art. 16 da Lei no 8.213/91, pode-se afirmar que a alternativa “b”
está correta.
Fundo de amparo ao trabalhador, avós, pessoas designadas pelo segurado, tios e primos não estão
no rol de dependentes do RGPS.
CEBRASPE
6. (CEBRASPE - 2020 - MPE-CE - Analista Ministerial - Serviço Social) – Uma instituição do terceiro
setor realizou, em determinada comunidade carente de um município de médio porte, serviços
essenciais gratuitos na área de cidadania, saúde e educação.
A seguir são apresentadas informações de alguns contribuintes da previdência social que
participaram da ação em busca de orientações previdenciárias.
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• Josefa, cinquenta e um anos de idade, presta serviço em caráter não eventual, em propriedade
rural e recebe por mês R$ 1.200. Reside com o esposo Henrique, de cinquenta e quatro anos de
idade e trabalhador informal na construção civil, com seu genitor José, de oitenta anos de idade,
e com os dois filhos do casal, Miguel, de dezenove anos de idade e estudante, e Manoel, de vinte
e três anos de idade, que está desempregado.
• Cleber, quarenta e oito anos de idade, casado, tem três filhos e é empregado de uma sociedade
anônima, na qual ocupa o cargo de diretor.
• Maura, quarenta e cinco anos de idade, solteira, desenvolve atividade remunerada como síndica
do prédio onde reside.
• Amélia, trinta e nove anos de idade, casada, sem filhos, presta serviço de natureza contínua, em
atividades sem fins lucrativos, à família de Cleber.
• Samuel, cinquenta e cinco anos de idade, solteiro, sem filhos, ministro de congregação religiosa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas Leis n.º
8.212/1991 e n.º 8.213/1991.
- Para fins previdenciários, no que tange à dependência econômica da família de Josefa, a
dependência do seu genitor é presumida, ao passo que a do seu cônjuge deve ser comprovada.
o Certo o Errado
Comentários:
A dependência econômica é presumida apenas em relação aos dependentes de 1ª classe –
cônjuge, companheiro(a), filhos. Os pais devem comprovar dependência econômica para
figurarem na condição de dependentes do segurado. Item incorreto.
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Irmãos podem ser dependentes do segurado do RGPS. Para isso, devem ser menores de 21 anos,
não emancipados ou inválidos, ou com deficiência intelectual, mental ou grave. Devem comprovar
dependência econômica.
9. (CESPE – AJAJ – STJ – 2018) A respeito do regime geral da previdência social (RGPS), julgue
os itens que se seguem, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
- Os genitores de segurado do RGPS serão seus dependentes independentemente de
comprovação da dependência econômica.
o Certo o Errado
Comentários:
Os pais de segurado do RGPS serão seus dependentes caso não exista nenhum dependente da
classe preferencial e terão que comprovar dependência econômica. A prova de dependência
econômica exige início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova
exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito,
conforme disposto no Regulamento. Item incorreto.
10. (CESPE/Analista Judiciário/TRT 7ª Região/2017) – João, segurado obrigatório no RGPS, é
casado com Fabiana, pelo regime da separação total de bens, com quem tem dois filhos,
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Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de
deficiência mental grave desde criança. Nessa situação hipotética, à luz da Lei nº 8.213/1991,
considera(m)-se dependente(s) previdenciário(s) de João
a) Marcos e Felipe, somente.
b) Felipe, somente.
c) Fabiana, somente.
d) Fabiana, Marcos e Felipe.
Comentários:
A alternativa correta é a letra “d”. São dependentes de João, a esposa Fabiana, os filhos Marcos
e Felipe. Marcos é filho menor de 21 anos e Felipe, embora seja maior de 21 anos, é portador de
deficiência mental desde criança.
Segundo consta no disposto no art. 16, §2o da Lei no 8.213/91, o enteado equipara-se ao filho,
comprovada a dependência econômica.
Comentários:
Item correto. Esse é o posicionamento adotado pelo STF e pelo próprio INSS.
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O irmão deve comprovar dependência econômica do segurado para figurar no rol de dependentes
do RGPS.
14. (CESPE - Defensor Público – DPU - 2015) Em relação aos segurados do RGPS e seus
dependentes, julgue o item subsecutivo.
- A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada a
existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional.
o Certo o Errado
Comentários:
Item errado.
O menor sob guarda não figura na Lei n. 8.213/91 como equiparado a filho e, portanto, como
dependente do segurado do RGPS.
E o Decreto n. 3048/99 teve o §3º do art. 16 com nova redação dada pelo Decreto 10.410/20:
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Mas, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADI 4.878 e 5.083 assegurou o direito do
menor sob guarda à pensão por morte. O Tribunal, por maioria, julgou procedente a ação, de
modo a conferir interpretação conforme ao § 2º do art. 16 da Lei 8.213/1991, para contemplar, em
seu âmbito de proteção, o “menor sob guarda”.
Alternativa “a”: incorreta. O enteado do segurado não possui dependência econômica presumida.
Para que figure como dependente no RGPS é necessário que comprove a sua dependência
econômica em relação ao segurado.
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Já o filho não emancipado, de qualquer condição e menor de vinte e um anos goza de presunção
de dependência econômica.
Alternativa “c”: incorreta. No caso apresentado, o brasileiro será enquadrado como contribuinte
individual, desde que não seja coberto por regime próprio de previdência social. Confira o disposto
no art. 11, inciso V, “e”, da Lei nº 8.213/91.
Alternativa “e”: incorreta. Caso o segurado comprove o pagamento de mais de cento e vinte
contribuições mensais ininterruptas, que não acarrete a perda da qualidade de segurado do RGPS,
terá o período de graça prorrogado por 12 meses.
16. (CESPE – Defensor Público DF/2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir.
- De acordo com o disposto na Lei n° 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não
portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado do
RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário.
o Certo o Errado
Comentários:
O fato de estar cursando ensino universitário não faz prorrogar a condição de dependente do filho
no RGPS.
Veja o enunciado da súmula nº 37 da TNU: “A pensão por morte, devida ao filho até os 21 anos
de idade, não se prorroga pela pendência do curso universitário.”. O item está errado.
17. (CESPE – AJAJ – TRT 10/2013) Cada um dos itens a seguir apresenta uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito previdenciário.
- José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho,
João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do
regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.
o Certo o Errado
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Comentários:
18. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – STJ/2012) Julgue o item que se segue à luz das
normas aplicáveis à seguridade social.
- O cancelamento da inscrição do cônjuge como beneficiário do regime geral de previdência social,
na condição de dependente do segurado, pode ocorrer nos casos de divórcio – se esse cônjuge
tiver sido beneficiado com direito a alimentos – e de anulação de casamento comprovada por
certidão.
o Certo o Errado
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LISTA DE QUESTÕES
Os dependentes do RGPS
1. (FCC - 2020 - AL-AP - Advogado Legislativo – Procurador) – No que tange aos beneficiários,
enquanto dependentes do segurado do Regime Geral de Previdência Social, considere:
I. São beneficiários dependentes, entre outros, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho
não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave.
II. A existência de dependente de qualquer das classes previstas em lei não exclui do direito às
prestações os das classes seguintes.
III. O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado,
independentemente de comprovação de dependência econômica.
IV. As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material
contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 meses anterior à data do óbito
ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no
regulamento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) I, II e III.
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CEBRASPE
6. (CEBRASPE - 2020 - MPE-CE - Analista Ministerial - Serviço Social) – Uma instituição do terceiro
setor realizou, em determinada comunidade carente de um município de médio porte, serviços
essenciais gratuitos na área de cidadania, saúde e educação.
A seguir são apresentadas informações de alguns contribuintes da previdência social que
participaram da ação em busca de orientações previdenciárias.
• Josefa, cinquenta e um anos de idade, presta serviço em caráter não eventual, em propriedade
rural e recebe por mês R$ 1.200. Reside com o esposo Henrique, de cinquenta e quatro anos de
idade e trabalhador informal na construção civil, com seu genitor José, de oitenta anos de idade,
e com os dois filhos do casal, Miguel, de dezenove anos de idade e estudante, e Manoel, de vinte
e três anos de idade, que está desempregado.
• Cleber, quarenta e oito anos de idade, casado, tem três filhos e é empregado de uma sociedade
anônima, na qual ocupa o cargo de diretor.
• Maura, quarenta e cinco anos de idade, solteira, desenvolve atividade remunerada como síndica
do prédio onde reside.
• Amélia, trinta e nove anos de idade, casada, sem filhos, presta serviço de natureza contínua, em
atividades sem fins lucrativos, à família de Cleber.
• Samuel, cinquenta e cinco anos de idade, solteiro, sem filhos, ministro de congregação religiosa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base nas Leis n.º
8.212/1991 e n.º 8.213/1991.
- Para fins previdenciários, no que tange à dependência econômica da família de Josefa, a
dependência do seu genitor é presumida, ao passo que a do seu cônjuge deve ser comprovada.
o Certo o Errado
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14. (CESPE - Defensor Público – DPU - 2015) Em relação aos segurados do RGPS e seus
dependentes, julgue o item subsecutivo.
- A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado
filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada a
existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional.
o Certo o Errado
15. (CESPE/Juiz Federal Substituto/TRF – 5ª Região/2015) – Com relação aos beneficiários do
RGPS, assinale a opção correta.
a) Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte e um anos
são economicamente dependentes do segurado.
b) Para que o companheiro de segurado do mesmo sexo integre o rol de dependentes, de modo
que faça jus aos mesmos direitos que os casais heterossexuais no que diz respeito ao recebimento
de pensão por morte, é indispensável que se comprove, além da vida em comum, a dependência
econômica.
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c) O brasileiro civil que trabalhe fora do país para organismo oficial internacional do qual o Brasil
seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, será segurado da previdência social
como empregado.
d) De acordo com a jurisprudência pacificada do STJ, o trabalho urbano de um dos membros do
grupo familiar não descaracteriza, por si só, os demais integrantes como segurados especiais.
e) A pessoa física que tiver deixado de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência
social manterá a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, pelo período de
até doze meses. Esse prazo será prorrogado por até dezoito meses, caso se comprove o
pagamento de pelo menos cento e vinte contribuições mensais ininterruptas.
16. (CESPE – Defensor Público DF/2013) Acerca do RGPS, julgue o item a seguir.
- De acordo com o disposto na Lei n° 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não
portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado do
RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário.
o Certo o Errado
17. (CESPE – AJAJ – TRT 10/2013) Cada um dos itens a seguir apresenta uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito previdenciário.
- José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho,
João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do
regime geral da previdência social, na condição de dependente de João.
o Certo o Errado
18. (CESPE – Analista Judiciário – Área Judiciária – STJ/2012) Julgue o item que se segue à luz das
normas aplicáveis à seguridade social.
- O cancelamento da inscrição do cônjuge como beneficiário do regime geral de previdência social,
na condição de dependente do segurado, pode ocorrer nos casos de divórcio – se esse cônjuge
tiver sido beneficiado com direito a alimentos – e de anulação de casamento comprovada por
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GABARITO
1. C
2. D
3. B
4. A
5. B
6. Errado
7. Certo
8. E
9. Errado
10. D
11. Certo
12. Certo
13. Errado
14. Errado
15. D
16. Errado
17. Certo
18. Errado
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