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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS 

Programa de Práticas Sociojurídicas - PRASJUR 


Assistência Jurídica Gratuita Cível

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ALUNO (A): Daniela de Freitas Pereira e Ana Caroline Velho


ATIVIDADE ACADÊMICA: Prática Jurídica I – Professor Éverson Camargo.
DATAS DAS AULAS AVALIADAS: 10/08/2022

N° DE PROCESSOS:
TIPO DA AÇÃO (ÕES): Pedido de Pensão por Morte
ASSISTIDOS: Ana Paula de Moura Ciervo

RESUMO DO CASO:
Ocorre que a assistida, procurou o PRAJUR, alegando estar prejudicada em
relação ao recebimento de pensão devido ao falecimento de seu marido.
Indicou que a renda da família era de total dependência do marido, que agora
falecido, deixara precária sua situação e de ambos os filhos que decorreram do
casamento.
Na presente data a assistida compareceu ao PRAJUR requerendo assistência
jurídica para receber o benefício de pensão por morte após indeferimento
administrativo do INSS.
Verificou-se primeiramente o pedido administrativo junto ao INSS que
resultou negado, sob a alegação de tempo insuficiente de contribuição.
Em uma reanálise das contribuições do falecido, verificou se que este
não mantinha a qualidade de segurado na data do óbito e não cumpria todos
os requisitos para a obtenção de aposentadoria.
A última assinatura da CTPS ocorreu em junho de 2015, não havendo
contribuições posteriores.
De acordo com o cálculo realizado pela Previdência, foi perdida a
qualidade de segurado em julho de 2017.
Óbito ocorreu em 2021 aos 57 anos de idade.
Portanto, perdida a condição de segurado, não se achou cobertura
previdenciária para os dependentes.

PROVIDÊNCIA(S) ADOTADA(S) PELO GRUPO: Análise de documentos:


Escritura pública de Declaração de União Estável; certidão de nascimento
(filhos menores de 21 anos de idade); certidão de óbito e Carteiras de
Trabalho; acesso ao processo administrativo do INSS.

COMENTÁRIOS PESSOAIS: Os beneficiários da pensão por morte são os


dependentes do segurado falecido. De acordo com o disposto no art. 16 da Lei
8.213/91, são beneficiários do RGPS, na condição de dependentes do
segurado:
I. O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave (classe I);
II. Os pais (classe II);
III. O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave
(classe III).

Óbito ocorrido após a perda da qualidade de segurado:

A perda da qualidade de segurado é a extinção da relação jurídica


existente entre o segurado e a Previdência Social, acarretando, por
conseguinte, a caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade.
Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que
falecer após a perda desta qualidade, salvo se preenchidos os requisitos para
obtenção da aposentadoria (Lei 8.213/91, art. 102, § 2º).

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