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O caso em questão trata de uma ação civil pública movida pelo Ministério
Público Estadual e Federal contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O
objetivo da ação é garantir o tratamento integral de uma criança com uma doença
rara chamada "puberdade precoce verdadeira". A família da criança não tem
condições financeiras para custear o tratamento medicamentoso, que possui um
preço elevado. O processo levanta questões sobre a legitimidade passiva, ou seja,
quem deve ser responsabilizado pelo fornecimento do medicamento: a União ou o
INSS. A demanda foi endereçada ao INSS, considerando sua especialização em
seguridade social. A análise do caso envolve a ponderação de princípios
constitucionais, como dignidade humana, proteção à saúde, assistência social e
solidariedade, em contraposição aos princípios democrático e da separação dos
poderes. O relatório indica que houve concessão de medida liminar e
posteriormente uma sentença favorável ao fornecimento do medicamento pelo
INSS, com multa diária em caso de atraso no cumprimento da obrigação. O relator
do caso opinou pela manutenção da sentença. Agora, o acórdão foi proferido pelos
Desembargadores Federais, negando provimento à apelação do INSS.
O presente processo, refere-se a uma Ação Cível Pública, onde temos como figura
apelante o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, que alega não ter responsabilidade de
oferecer a menor Jaqueline Langone, medicações e tratamentos necessários em relação a
doença ‘’puberdade precoce verdadeira’’. Dispõe o Art. 4° da Lei n° 8080/ 90 que declara: o
conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas, estaduais
e federais é inteiramente ligada ao Sistema Único de Saúde, seja direta ou indiretamente.
Logo, o fato traduzido à baia pelo INSS apenas demonstra que os medicamentos que
necessitava a menor Jaqueline Langone já foram custeados pelo próprio SUS, não integrando
o INSS nesse caso julgado. No Art. 2/ da Lei 8212/91 que dispõe sobre a organização da
Seguridade Social e institui o Plano de Custeio, que se trata ‘’a saúde é um direito de todos e
dever do estado’’, que desse modo se torna obrigatória o Sistema Único de Saúde – SUS,
prestar os medicamentos e tratamentos necessários a menor citada. Contudo, impõe-se
considerar que tal fato adrede mencionado o pedido de responsabilidade do INSS para com a
menina, por si só, não tem quaisquer junção e obrigação do custeio mencionado na liminar do
processo.
3. SÍNTESE DA DECISÃO:
4. ANÁLISE CRÍTICA:
De fato, é de suma importância o amparo dos filhos aos genitores, quando estes estão
em situação de vulnerabilidade e necessidade, carecendo de ajuda tanto material quanto
emocional. Entretanto no caso exposto, o afastamento partiu do de cujus que nunca manteve
uma relação saudável com os filhos, não podendo cobra-los por tal comportamento, uma vez
que, ele durante a vida não agiu de forma ética e amorosa, causando traumas irreversíveis em
seus filhos de modo que não conseguiram manter uma convivência benéfica com o pai,
efetivamente o de cujus foi acometido por uma enfermidade, ocorre que mesmo perante este
fato, não houve desamparo ao mesmo, já que em nenhum momento passou por necessidades
materiais ou emocionais. Portanto, a opinião do grupo vai de acordo com o acordão dos
desembargadores no sentindo de negar provimento ao recurso da autora.