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LEGITIMIDADE PASSIVA

Discentes: Amanda de Souza Mendes, Emylli Patrocinio Silva, Ingryd Florisbelo


Evangelista, Kamilla de Souza Almeida, Mírian Cristina da Silva Souza, Pablo Gabriel
Gondim Alves, Thais Dias Ramos, Khetlyn Coelho de Matos, Marcos Cordeiro Alves
Júnior, Maria Rita da Costa Gonçalves, Natanael Alex Nascimento dos Santos e
Matheus Ribeiro Borba;
Discentes do Curso de Direito do CENTRO SUPERIOR UNA de Catalão-GO.

ACÓRDÃO ANALISADO: GOIÁS. Tribunal de Justiça do Estado de Goiás TJ-GO (Quinta


Câmara Cível) Apelação n°: 5037458-57.2021.8.09.0051. 5ª VARA CÍVIL E AMBIENTAL
DA COMARCA DE GOIÂNIA. Apelante: JOSIANE GONÇALVES DE MATOS. Apelada:
GRAJAU ORIENTE 1 SPE LTDA. Relator: DES. KISLEU DIAS MACIEL FILHO. Data de
Julgamento: 04/05/2023 (Decisão por unanimidade).

PALAVRAS-CHAVE DA EMENTA: COMPROMISSO ARBITRAL VÁLIDO.


VEDAÇÃO AO COMPORTAMENTO. ARGUIÇÃO DE NULIDADE DO ÉDITO
ARBITRAL. PRECLUSÃO DA DISCUSSÃO DE PARTE DAS MATÉRIAS
ABORDADAS NO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. COISA JULGADA.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE SENTENÇA
ARBITRAL

1. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS FATOS:

O caso em questão trata de uma ação civil pública movida pelo Ministério
Público Estadual e Federal contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O
objetivo da ação é garantir o tratamento integral de uma criança com uma doença
rara chamada "puberdade precoce verdadeira". A família da criança não tem
condições financeiras para custear o tratamento medicamentoso, que possui um
preço elevado. O processo levanta questões sobre a legitimidade passiva, ou seja,
quem deve ser responsabilizado pelo fornecimento do medicamento: a União ou o
INSS. A demanda foi endereçada ao INSS, considerando sua especialização em
seguridade social. A análise do caso envolve a ponderação de princípios
constitucionais, como dignidade humana, proteção à saúde, assistência social e
solidariedade, em contraposição aos princípios democrático e da separação dos
poderes. O relatório indica que houve concessão de medida liminar e
posteriormente uma sentença favorável ao fornecimento do medicamento pelo
INSS, com multa diária em caso de atraso no cumprimento da obrigação. O relator
do caso opinou pela manutenção da sentença. Agora, o acórdão foi proferido pelos
Desembargadores Federais, negando provimento à apelação do INSS.

2. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:

O presente processo, refere-se a uma Ação Cível Pública, onde temos como figura
apelante o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, que alega não ter responsabilidade de
oferecer a menor Jaqueline Langone, medicações e tratamentos necessários em relação a
doença ‘’puberdade precoce verdadeira’’. Dispõe o Art. 4° da Lei n° 8080/ 90 que declara: o
conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas, estaduais
e federais é inteiramente ligada ao Sistema Único de Saúde, seja direta ou indiretamente.
Logo, o fato traduzido à baia pelo INSS apenas demonstra que os medicamentos que
necessitava a menor Jaqueline Langone já foram custeados pelo próprio SUS, não integrando
o INSS nesse caso julgado. No Art. 2/ da Lei 8212/91 que dispõe sobre a organização da
Seguridade Social e institui o Plano de Custeio, que se trata ‘’a saúde é um direito de todos e
dever do estado’’, que desse modo se torna obrigatória o Sistema Único de Saúde – SUS,
prestar os medicamentos e tratamentos necessários a menor citada. Contudo, impõe-se
considerar que tal fato adrede mencionado o pedido de responsabilidade do INSS para com a
menina, por si só, não tem quaisquer junção e obrigação do custeio mencionado na liminar do
processo.

3. SÍNTESE DA DECISÃO:

Diante dos principais fatos e fundamentos jurídicos apresentados no caso em


comenta, acordam os Desembargadores da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, na conformidade da ata de julgamento, por decisão unânime, negar o provimento à
apelação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
No entanto, o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, inconformado com a
decisão, interpôs um recurso de apelação, sustentando em preliminar, a sua ilegitimidade
passiva ad causam, com a argumentação de que nenhum texto legal atribui ao INSS a
responsabilidade pela gestão da saúde pública do Brasil, requerendo subsidiariamente, a
denunciação da lide da União, do Governo Estadual, e do Governo Municipal.
No tocante à administração do SUS, estabeleceu a Lei 8080/90 que sua direção é
única, integrando assim os três níveis de governo, podendo então qualquer um deles ser
acionado.
Sendo assim não há distanciamento entre à previdência e à assistência social.
Em suma, cuida-se de um modelo de ponderação em que os princípios que jogam a
favor da criança possuem caráter de direito vinculante prima facie.
O critério utilizado para a solução é o confronto entre o imenso benefício vital e o
inexpressivo abalo aos princípios democráticos e da separação dos Poderes. Prevalecem os
princípios constitucionais da solidariedade, de proteção à saúde, de proteção à criança e de
preservação da dignidade humana em face dos princípios democrático e da separação dos
Poderes.
Portanto, ante o exposto o Juiz David Diniz deu voto no sentido de denegar
provimento à apelação do INSS e manter na íntegra a sentença prolatada pelo Juiz Federal
Rubens Alexandre Elias Calixto.

4. ANÁLISE CRÍTICA:

De fato, é de suma importância o amparo dos filhos aos genitores, quando estes estão
em situação de vulnerabilidade e necessidade, carecendo de ajuda tanto material quanto
emocional. Entretanto no caso exposto, o afastamento partiu do de cujus que nunca manteve
uma relação saudável com os filhos, não podendo cobra-los por tal comportamento, uma vez
que, ele durante a vida não agiu de forma ética e amorosa, causando traumas irreversíveis em
seus filhos de modo que não conseguiram manter uma convivência benéfica com o pai,
efetivamente o de cujus foi acometido por uma enfermidade, ocorre que mesmo perante este
fato, não houve desamparo ao mesmo, já que em nenhum momento passou por necessidades
materiais ou emocionais. Portanto, a opinião do grupo vai de acordo com o acordão dos
desembargadores no sentindo de negar provimento ao recurso da autora.

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