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Nome: Erinilson Fernandes dos Anjos CPF:010.738.

112-55
Prova Direito e Legislação

01. Fale com suas palavras sobre o direito Civil?

O direito civil é uma área do direito que abrange uma ampla gama de questões relacionadas
aos direitos e obrigações das pessoas em sociedade. Ele se concentra em regular as relações
entre indivíduos e entidades privadas, como contratos, propriedade, responsabilidade civil,
família e sucessões.

Uma das características fundamentais do direito civil é sua aplicação geralmente a situações
cotidianas e interpessoais. Ele fornece um conjunto de regras e princípios que governam como
as pessoas devem interagir umas com as outras, protegendo seus interesses e garantindo uma
convivência harmoniosa na sociedade.

02. Qual seu entendimento sobre a disposição de parte do próprio corpo com a finalidade de
se obter vantagem econômica. - Afronta algum direito dispor de órgãos de prisioneiros
condenados à morte como medida de redução nas esperas de transplantes?
A questão da disposição de parte do próprio corpo com a finalidade de obter vantagem
econômica é complexa e levanta várias considerações éticas, morais e legais. Em muitas
jurisdições, a venda de órgãos é proibida, principalmente devido ao risco de exploração de
pessoas vulneráveis e à mercantilização do corpo humano.

Quanto à ideia de dispor dos órgãos de prisioneiros condenados à morte como medida de
redução nas esperas de transplantes, também é uma questão altamente controversa. Essa
prática levanta sérias preocupações éticas e morais, além de potencialmente violar direitos
humanos fundamentais.

Também é fundamental considerar a confiabilidade do consentimento dos prisioneiros nessa


situação. Eles podem se sentir pressionados a concordar com a doação de órgãos, seja por
medo de retaliação ou em busca de privilégios.

03.Tal circunstância seria possível no Brasil? Por quê?


No Brasil, a disposição de parte do próprio corpo com a finalidade de obter vantagem
econômica, como a venda de órgãos, é proibida pela legislação. O país segue os princípios
éticos e morais que visam proteger a dignidade humana e evitar a mercantilização do corpo
humano.

Além disso, a utilização de órgãos de prisioneiros condenados à morte como medida


de redução nas esperas de transplantes também não seria possível no Brasil. A
legislação brasileira não permite a utilização de órgãos de prisioneiros como fonte de
transplante, principalmente devido às questões éticas e morais envolvidas, bem como
aos direitos fundamentais dos prisioneiros.

Nascituro é indenizado pela morte do pai, tal como seus irmãos Mesmo antes de nascer, um
bebê obteve o direito de ser indenizado por danos morais em razão da morte do pai em
acidente de trabalho. A decisão, unânime, é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
que assegurou ao nascituro a indenização de R$ 26 mil, mesmo valor arbitrado para os demais
filhos do trabalhador. A empresa em que a vítima trabalhava, a Rodocar Sul Implementos
Rodoviários, foi condenada ao pagamento de pensão mensal à família a título de danos
materiais e ao pagamento de danos morais no valor de R$ 39 mil à viúva e de R$ 26 mil para
cada um dos filhos. A família recorreu ao STJ para tentar garantir a incidência de correção
monetária e juros de mora a partir da data de falecimento do trabalhador. Já a Rodocar
contestou a fixação de indenização em valor igual para os filhos nascidos e para o que ainda
estava por nascer quando o pai morreu. A empresa pretendia reduzir a indenização do
nascituro sob o argumento de que "a dor sofrida pelos menores que conheceram o pai é
maior". A relatora, ministra Nancy Andrighi, recusou o recurso da empresa. A ministra
destacou que o STJ apenas revisa indenização por dano moral quando o valor é irrisório ou
exagerado, e esse não era o caso. E disse que não se pode medir a dor moral para afirmar se
ela seria maior ou menor para o nascituro. Se isso fosse possível, ela arriscaria um resultado:
"maior do que a agonia de perder um pai, é a angústia de jamais ter podido conhecê-lo, de
nunca ter recebido um gesto de carinho, enfim, de ser privado de qualquer lembrança ou
contato, por mais remoto que seja, com aquele que lhe proporcionou a vida". A ministra
acatou parte do pedido da família quanto à aplicação dos juros de mora. Ela explicou que a
indenização por acidente de trabalho contra empregador que agiu com culpa caracteriza
responsabilidade extracontratual. A Súmula 54 do STJ determina que, nesse caso, os juros
moratórios fluem desde o momento do dano. Quanto à correção monetária, a jurisprudência
do STJ entende que se aplica apenas a partir da fixação da quantia devida.

Após a leitura do texto, responda com suas palavras as seguintes indagações:

04. Por que a juíza conferiu direito à indenização ao nascituro, se à época do óbito de seu pai
sequer havia nascido?

A juíza conferiu direito à indenização ao nascituro porque, segundo o entendimento do


Superior Tribunal de Justiça (STJ) e da relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, o nascituro já
é considerado titular de direitos desde a concepção. Nesse caso específico, o nascituro, mesmo
antes de nascer, é reconhecido como beneficiário da indenização de danos morais em razão da
morte do pai, assim como seus irmãos já nascidos. Isso se baseia no princípio da proteção
integral à pessoa humana, garantindo-lhe direitos desde o momento da concepção. Portanto,
a ausência de nascimento do bebê não impede que ele seja considerado parte legítima para
receber a indenização pelos danos morais causados pela morte do pai.

05. Qual o principal fundamento para atribuir ao nascituro o direito à reparação pelo dano
moral?

O principal fundamento para atribuir ao nascituro o direito à reparação pelo dano moral é o
princípio da proteção integral à pessoa humana, que é consagrado no ordenamento jurídico
brasileiro. De acordo com esse princípio, a partir do momento da concepção, o nascituro é
reconhecido como uma pessoa em potencial, dotada de dignidade e merecedora de proteção
jurídica.

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