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Dr.

Cláudio Miranda

“Este Estatuto pode se tornar


Lei em nosso Estado.
Descubra como, lendo
este material.”
Projeto de Lei

Dom Gil Antônio Moreira e Dr. Cláudio Miranda


Semana Municipal do Nascituro - Jundiaí - Outubro de 2008

Nascituro é o nome que se dá a


criança no decorrer da gravidez,
quando ainda está se formando
no ventre materno.
Dedicatória

“Eu dedico este material aos milhões de seres humanos que


tiveram e, infelizmente, ainda tem negado o primeiro, e talvez
mais importante de todos os direitos, que é o direito a vida, o
direito de nascer. Que as gerações futuras do nosso País, e
especialmente do Estado de São Paulo, possam se orgulhar da
erradicação deste crime, que ainda hoje é cometido em nossa
sociedade: O ABORTO”.

Dr. Cláudio Miranda


Agradecimentos

A Deus, por conceder a oportunidade de servir a ele,


através da minha profissão.
Aos meus filhos: Felipe, Gabriela e Cláudia pela
generosidade e compreensão nos inúmeros momentos de
ausência forçada, por conta de minha atuação política e
profissional.
A minha esposa Ester, por sempre me apoiar, incentivar e
expor sua valiosíssima opinião.
Ao desembargador José Renato Nalinni e ao Jurista
Professor Marco Antonio Ferreira Lopes pela preciosa revisão
jurídica que fizeram deste material.
Ao Arcebispo Dom Gil Antônio Moreira, por ter reconhecido
e incentivado meu trabalho nas comissões Diocesanas de
Defesa da Vida e de Bioética quando foi Bispo Diocesano de
Jundiaí.
Ao Bispo Diocesano de Jundiaí Dom Vicente Costa, pelo
entusiasmo com que recebeu a primeira versão deste
Estatuto.
Prefácio
“Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci;
antes que saísses do seio, eu te consagrei” (Jr.1,5)
Desde as primeiras comunidades cristãs, a Igreja afirma a
maldade moral de todo aborto provocado e, esse ensinamento não
mudou e vem sendo gravemente atacado.
A legítima escolha de quem serão os nossos representantes, cuja
missão, não é outra senão promover o bem comum, não pode se dar
de forma irresponsável, descompromissada dos valores éticos,
morais e cristãos.
Nesse momento eleitoral, a responsabilidade pela escolha é
nossa. Somos nós que iremos votar, consentir, outorgar um
mandato a quem irá agir em nosso nome e ninguém deve se omitir
desse direito/dever.
Eu, particularmente, penso que optar por alguém que já
demonstrou na sua atuação política, a defesa incondicional à vida e
que agora apresenta um projeto mais amplo que se estenderá por
todo o Estado, atendendo os anseios da igreja, da sociedade e de
todo cidadão de bem é correto e digno de confiança. Por isso, eu
espero que esse projeto de lei, intitulado de “Estatuto do Nascituro”,
chegue à casa de leis e que seja aprovado, pois a defesa da vida é
uma prioridade e vontade divina.
Como São Paulo nos ensina na carta aos Tessalonicenses: “... Não
extingam o Espírito, não desprezem as profecias; examinem tudo e
fiquem com o que é bom”. 1Tes 5, 19-21. Este é o nosso momento,
exerçamos a cidadania, votemos em quem luta pela vida.
Índice

Apresentação .............................................................07

Das disposições preliminares.......................................09

Dos direitos fundamentais...........................................09

Das medidas administrativas.......................................11

Do atendimento nas unidades policiais........................11

Dos laboratórios e unidades médicas...........................11

Das disposições finais..................................................11

Estatuto do Nascituro
Editor - David Alexandre
Projeto gráfico - Juliana de Morais Moreira
Revisão- Diná de Mélo
Colaborador - Marcelo Canale
Setembro/2010
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Apresentação

“Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da


Humanidade... Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher
uma substância abortiva... Faço estas promessas, solene e
livremente, pela minha própria honra." (Trecho do Juramento
de Hipócrates / 460-377 AC).
Foi a partir desse juramento, feito na ocasião de minha
formatura em medicina, que iniciei, há mais de 30 anos um
trabalho com a marca do compromisso incondicional a
serviço da vida.
Após atuar em praticamente todos os hospitais públicos e
privados da região de Jundiaí, e atuar como voluntário em
inúmeras instituições, pastorais e igrejas, passei a perceber
minhas limitações frente ao desafio de melhorar a vida de
milhares de pacientes atendidos .
Foram estas limitações que me impulsionaram para o
exercício da vida pública. Há 10, venci minha primeira eleição
e me tornei vereador da cidade de Jundiaí. Anos depois, fui
reeleito e tive a oportunidade de exercer um mandato
marcado pelo compromisso incondicional em favor da vida.
É de minha autoria a Lei municipal que instituiu o dia oito de
Outubro como o Dia Municipal do Nascituro na cidade de
Jundiaí, iniciativa apontada por muitos, como um marco na
luta pelos direitos da criança em desenvolvimento ainda no
ventre materno.
Fui também o autor de um projeto de lei de grande
repercussão, a Lei Municipal que proibiu a distribuição da
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pílula do dia seguinte em toda a rede pública municipal de


saúde. Fiz isso, pois tal medicamento, além de ser abortivo,
apresenta sérios riscos à saúde das mulheres.
Apesar de a lei ter sido anulada tempos depois, me sinto
realizado, pois no período de vigência da lei, a vida de muitas
crianças, que agora brincam por aí, alegrando nossas vidas,
foram salvas. Agora, quero dar continuidade ao meu trabalho
a serviço da vida na Assembléia Legislativa.
Por isso, apresento a você este esboço de projeto de lei,
que pretendo transformar na minha primeira iniciativa como
deputado estadual. Aproveito ainda, para deixar em meu site
pessoal (www.claudiomiranda.com.br) um canal aberto para
que você possa apresentar comentários, aditivos e sugestões
para este projeto de lei que você terá a oportunidade de
conhecer em detalhes nas próximas páginas.
O Estatuto Estadual do Nascituro não é apenas uma
proposta, é um dos compromissos que eu quero assumir com
toda a população do Estado de São Paulo. Essa luta também é
sua, caso você seja contra a prática e a legalização do aborto, e
ache que algo importante a esse respeito precisa ser feito.
Eis aqui, o Estatuto Estadual do Nascituro .

Dr. Cláudio Ernani Marcondes Miranda


Cardiologista, Médico do Trabalho
e Professor Universitário
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Dispõe sobre o Estatuto do Nascituro e dá outras providências.


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta lei dispõe sobre a proteção ao nascituro no Estado de São
Paulo.
Art. 2º - Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido.
Parágrafo único - O conceito de nascituro inclui os seres humanos
concebidos “in vitro”, os produzidos através de processos eticamente e
cientificamente aceitos.
Art. 3º- O nascituro adquire personalidade civil ao nascer com vida, mas
sua proteção é reconhecida desde a concepção.
Parágrafo único - O nascituro goza do direito à vida e a todos os demais
direitos da personalidade e dignidade humana.
Art. 4º - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao
nascituro, o direito à vida, á saúde, à alimentação, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar.
Art. 5º - Nenhum nascituro será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão, sendo punido, na forma da lei, qualquer atentado, por ação
ou omissão, à expectativa dos seus direitos.
Art. 6º - Na interpretação desta lei levar-se-ão em conta os fins sociais a
que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres
individuais e coletivos, adstritos diretamente ao nascituro.
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art. 7º - O nascituro deve ser objeto de políticas sociais públicas que
permitam seu desenvolvimento pleno e digno.
Art. 8º - É assegurado ao nascituro, através dos hospitais públicos e
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unidades básicas de saúde e pronto - atendimentos municipais o


atendimento prioritário e igualitário à criança.
Art. 9º - É proibido ao Estado e a qualquer ser humano discriminar o
nascituro, privando-o da expectativa de direito, em razão do sexo, da
idade, da etnia, da religião e origem, da deficiência física ou mental ou
da probabilidade de sobrevida.
Art. 10º - O nascituro deficiente terá à sua disposição todos os meios
terapêuticos e profiláticos existentes para prevenir, reparar ou
minimizar suas deficiências, haja ou não expectativa de sobrevida.
Art. 11º - É dever do Estado disponibilizar à gestante todo o pré-natal,
bem como orientação e tratamento necessário e individual ao
nascituro.
§ 1º - O diagnóstico pré-natal deve ser precedido do consentimento dos
pais, para que os mesmos deverão ser satisfatoriamente informados.
§ 2º - É vedado o emprego de métodos de diagnóstico pré-natal que
façam a mãe ou o nascituro correrem riscos desproporcionais ou
desnecessários.
Art. 12º - É vedado ao Estado e a qualquer individuo causar qualquer
dano ao nascituro em razão de um ato delituoso cometido por algum de
seus genitores.
Art. 13º - O nascituro concebido em um ato ilícito terá assegurado os
seguintes direitos, além dos demais já previstos em leis esparsas:
I - atendimento prioritário ao pré-natal, com acompanhamento
psicológico da gestante;
II - todo o atendimento deverá ser sigiloso e individual ou no caso de
mais de uma vítima, coletivo, respeitando as peculiaridades de cada
caso concreto.
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DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS


DO ATENDIMENTO NAS UNIDADES POLICIAIS
Art. 14º- A mulher vítima de violência sexual deverá ser encaminhada a
atendimento médico hospitalar, antes mesmo da apresentação da
ocorrência na unidade competente, respondendo o policial
administrativamente, caso assim não proceda;
Art. 15º - Nas unidades policiais especializadas as vítimas só poderão
ser atendidas exclusivamente por mulheres e nos plantões
preferencialmente por estas e todo o atendimento deverá ser em sala
separada, resguardando o sigilo que o caso mereça; o não atendimento
ensejará a responsabilidade do funcionário.
Art. 16º - As unidades policiais especializadas, fora do horário normal
de expediente, deverão manter plantões de 24 horas a distância, para
serem comunicadas das ocorrências de violência sexual, para iniciarem
imediatamente as investigações, devendo comparecer pessoalmente a
unidade onde se encontra a vítima, para entrevistá-la; o não
atendimento ensejará a responsabilização administrativa do
funcionário.
DOS LABORATÓRIOS E UNIDADES MÉDICAS
Art. 17º - Utilizar crioterapia, congelamento, ou qualquer tipo de
manipulação de nascituro como material de experimentação, além das
responsabilidades penais, ensejará a suspensão imediata das
atividades pelos órgãos competentes, bem como multa.
Art. 18º - Toda medida administrativa será procedida de ampla defesa e
contraditória.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 19º - Esta lei entrará em vigor após cento e vinte dias de sua
publicação oficial.
CNPJ 12.197.954/0001-15 - Coligação Humanista Cristão PSC - PHS
50.000 impressões - CNPJ Gráf. 45.938.917/0001-70
Membro atuante das Comissões
Diocesanas de Defesa da Vida e de
Bioética, Dr. Cláudio Miranda é Médico,
Cardiologista e Professor Universitário.
Pretende ser deputado estadual para
representar nossa região e seguir com
seu Compromisso Incondicional em
Favor da Vida.
Para que esse Estatuto se torne Lei
em nosso Estado vote :

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