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Formador:
Alima Amade Buanamade
Alima Malique Abdula Ossunane Abdula
2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................................3
2.2.1. Princípios...............................................................................................................6
2.2.2. Artigos...................................................................................................................7
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................8
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................9
1. INTRODUÇÃO
Quando se fala em direitos, surge a pergunta: o que são direitos sexuais e reprodutivos? O que
tem isso a ver com a saúde?
A saúde reprodutiva é um elemento importante na saúde das mulheres e dos homens, mas ela é
mais crítica para as mulheres. Um grande número de doenças que afetam as mulheres está
relacionado às suas funções e ao seu potencial reprodutivo e ao modo como as sociedades,
influenciadas por questões de gênero, cuidam ou deixam de cuidar delas.
Nesse contexto, o trabalho busca apontar a utilidade da categoria autônoma dos direitos
sexuais e reprodutivos para proteção e promoção de direitos relativos à sexualidade e à
identidade de gênero, ao lançar luzes sobre aspectos tradicionalmente negligenciados pela
utilização indiferenciada na expressão “direitos sexuais e reprodutivos” e possibilitar uma
visão positiva e emancipatória de sexualidade e identidade de gênero.
O trabalho pretende, ainda, de maneira mais ampla, dar explicações do que é exatamente
direitos sexuais e reprodutiva, evidenciar alguns dos riscos em que pode incorrer uma visão
dos direitos humanos que não os considere de maneira complexa, interdependente e
indivisível.
Os direitos sexuais e reprodutivos e a saúde reprodutiva são temas que começaram a ganhar
força na década de 60, período em que são promovidas internacionalmente as políticas de
planeamento familiar.
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É importante ter esse conhecimentos para que as e os jovens entendam sobre seu corpo,
respeite e entenda sobre a sua sexualidade e as dos outros, saiba sobre saúde sexual, entenda o
que é gravidez precoce, os riscos de se contrair uma DTS ou HIV, entre outros assuntos e
futuramente passa essa informação a comunidade com bases cientificas
OBJECTIVOS:
Este trabalho tem como objectivo Assegurar que as mulheres e os homens tenham acesso à
Informação necessários para adquirir uma boa saúde sexual e exercer seus direitos
reprodutivos e suas responsabilidades.
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2. DESENVOLVIMENTO
A história dos Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos tem início junto com a luta das
mulheres pela igualdade de Gênero, com ênfase nos direitos à educação e ao voto durante
meados do século XIX e primeira metade do século XX. Até a década de 60, persistiu a luta
pela igualdade, baseada nas relações sociais de poder entre homens e mulheres, que se
fortaleceu nos anos 60 e 70, momento em que os grupos feministas começaram com a luta
para romper com a opressão da mulher e com um intenso trabalho para desmontar as formas
de construção dos papeis sociais de mulheres e homens.
Nesse período a luta das mulheres se focalizou na conquista do direito para decidir sobre seu
próprio corpo, permitindo que as mulheres possam:
Conhecer e/ou (re) conhecer seu próprio corpo;
Pensar e refletir pela primeira vez nas questões relacionadas à vivência da sexualidade;
(Re) conhecer o direito ao prazer sexual;
Refletir sobre a construção dos papeis de homens e mulheres na sociedade.
Os direitos são um conjunto de leis ou princípios que regulam as relações sociais, ou seja, são
as normas criadas em cada sociedade para orientar a vida em comum: o que se pode ou não
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fazer, que garantias os cidadãos e cidadãs têm do Estado, definindo o que é importante e quais
são as responsabilidades de cada um.
Os Direitos Sexuais (DS) são os direitos que garante que toda e qualquer pessoa pode viver
sua vida sexual com prazer e livre de discriminação.
Saúde Sexual (SS): É um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social relacionado
com a sexualidade; não é meramente a ausência de doença, disfunção ou enfermidade. A
saúde sexual requer uma abordagem positiva e respeitosa em relação à sexualidade e relações
sexuais, assim como a possibilidade de ter experiências sexuais seguras e que dão prazer,
livres de coerção, discriminação e violência. Para se atingir e se manter a saúde sexual é
necessário respeitar, proteger e satisfazer os direitos sexuais de todas as pessoas.
Viver e expressar livremente a sexualidade, sem medo, culpa, falsas crenças, violência,
discriminação e imposições.
Escolher a parceria sexual.
Exercer a sexualidade independente do estado civil, idade ou condição física.
Escolher se quer ou não ter relação sexual.
Expressar livremente sua orientação sexual.
Ter relação sexual independente da reprodução.
Sexo seguro para prevenção de gravidez e DST.
Serviços de saúde com garantia de privacidade, confidencialidade e atendimento sem
discriminação.
Informação e educação sexual e reprodutiva.
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Os direitos reprodutivos são os direitos de as pessoas decidirem, de forma livre e responsável,
se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas,
segundo definição do Ministério da Saúde em documento sobre o tema.
Saúde Reprodutiva (SR): É um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não
apenas ausência de doença ou enfermidade, em todas as matérias relacionadas com o sistema
reprodutivo, suas funções e processos.
Direito dos casais de decidir livremente se querem ou não ter filhos, quantos e em que
momento de suas vidas.
Direito a informações, métodos e técnicas para ter ou não filhos.
Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição ou
violência.
Os primeiros registros de garantia dos direitos reprodutivos incluem o caso da Rússia pós-
revolução, que legalizou o aborto em 1920, a decisão dos EUA que permitiu o uso de
contracepção em 1965 e uma série de medidas de diversos países aprovadas em todo o século
20.
Apesar de os direitos reprodutivos terem passado a existir no papel em 1994, em nenhum país
as pessoas ainda têm garantia plena de decidir como formar sua família, segundo relatório de
2018 do Unfpa (Fundo de População das Nações Unidas), agência da ONU voltada ao tema.
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Com garantia dos direitos reprodutivos, as mulheres têm condições de planejar se terão filhos
ou não de forma autônoma, com mais controle sobre sua sexualidade e mais chances de
conciliar a família com outras dimensões de suas vidas, como o trabalho e os estudos.
2.2.1. Princípios
PRINCÍPIO 1 Sexualidade é uma parte integrante da personalidade de todo ser humano, e, por
esta razão, um ambiente favorável, onde todos possam usufruir de todos os direitos sexuais
como parte do processo de desenvolvimento, deve ser criado. A sexualidade é parte integrante
da personalidade de cada ser humano em todas as sociedades.
PRINCÍPIO 4: A sexualidade, e o prazer derivado dela, são aspectos centrais do ser humano,
quer a pessoa opte por reproduzir-se ou não.
PRINCÍPIO 5: A garantia dos direitos sexuais para todos inclui um compromisso com a
liberdade e a proteção contra danos.
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PRINCÍPIO 7 As obrigações de respeitar, proteger e cumprir são aplicáveis a todos os direitos
sexuais e liberdades.
2.2.2. Artigos
ARTIGO 1: Direito à igualdade, proteção igual perante a lei e liberdade de todas as formas de
discriminação baseadas no sexo, sexualidade ou gênero.
ARTIGO 9 Direito de optar por casar ou não casar; constituir família; decidir ter ou não ter
filhos, e como e quando tê-los.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os direitos sexuais e reprodutivos são os mais humanos de todos os direitos, que precisam não
somente ser reconhecidos, mas vividos e transcendidos pela humanidade. E ser para o controle
da multiplicação humana de forma normal.
De uma maneira bem simples, fica claro porque todo comportamento e prática sexual que não
seja para reprodução passam a ser considerado anormal, ou até recentemente, desde um ponto
de vista médico, considerado como um desvio, uma patologia, como no caso de relações
sexuais entre pessoas de mesmo sexo, menores de idade ou até mesmo a masturbação.
Embora os direitos sexuais se comuniquem com os direitos reprodutivos, com eles não se
confundem. Por um lado, pode haver sexualidade sem reprodução (por exemplo, com uso de
métodos anticoncepcionais, no caso de relações entre pessoas do mesmo sexo ou, ainda, de
pessoas que, por alguma razão, não possam individual ou conjuntamente conceber). E, por
outro, reprodução sem sexualidade (por exemplo, por meio de técnicas de reprodução assistida
“doação de espermadezoides”).
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALENCAR, Emanuela Cardoso Onofre de violência sexual: lições da Corte
Interamericana de Direitos Humanos. Justificando, 21 set. 2017. Disponível
em:http://www.justificando.com/2017/09/21/violencia-sexual-licoes-da-corte-
interamericana-de-direitos-humanos/. Acesso em: 10 mar. 2020.
ÁVILA, M.B.; CORRÊA, S. O movimento de saúde e direitos reprodutivos no Brasil:
revisitando percursos. Católicas por el derecho a decidir. Disponível em:
http://www.geocities.com/catolicas/articulos/art13.html
ÁVILA, Maria Betânia; GOUVEIA, Taciana. Notas sobre direitos reprodutivos e
direitos sexuais. In: PARKER, Richard; BARBOSA, Maria Regina (org.).
Sexualidades brasileiras. Rio de Janeiro: Relume Dumará/ABIA/IMS/UERJ, 1996. p.
160-172.
MISAU-DSC, (2005). Manual do Participante: Prevenção da Transmissão Vertical do
HIV. Ministério da Saúde, Moçambique.
PETCHESKY, Rosalind P. Direitos sexuais: um novo conceito na prática política
internacional. In: BARBOSA, Regina Maria; PARKER, Richard (org.). Sexualidades
pelo avesso: direitos, identidade e poder.Rio de Janeiro: IMS/UERJ; São Paulo: Ed. 34,
1999. p. 15-38.
Política e Estratégias em Saúde Reprodutiva, (Revisão de 2001) MISAU. Maputo.