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PROGRAMA DE ATENÇÃO

INTEGRADA A SAÚDE DO
TRANSGÊNERO
Docente
Sthephanie Jamilly Padinha Cardoso Sarmento

Discentes
Cleidiane Noronha da Cruz
Ely Keyla
Josinete Meneses Mangabeira
Mirian Barbosa Pantoja
Thayanna de Oliveira Nunes
COMO ACOLHER A POPULAÇÃO TRANSEXUAL NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
 O acolhimento às pessoas transexuais requer do profissional da
saúde uma visão plural de gênero e da sexualidade humana para
que muitas das discriminações que esse público experiência
sejam evitadas. O respeito do uso nome social, bem como o
respeito pela forma que a pessoa se autorrefere e se auto
identifica é a chave para um acolhimento humanizado.
Compreender que existe um olhar rígido para as questões de
gênero é uma forma de minimizar a violência e a discriminação
contra esta população
 A discriminação no acolhimento é uma queixa recorrente trazida pelas
pessoas transexuais. Ela frequentemente acontece quando não há
respeito do nome social e quando o profissional da saúde acredita que
sua condição está atrelada a uma doença. É importante ressaltar que,
o Ministério da Saúde através da nota técnica nº 18/2014, prevê o uso
do nome social no cartão SUS como direito de qualquer pessoa que se
identifique enquanto transexual. O respeito ao nome social garante
cidadania e diminui os efeitos da vulnerabilidade em saúde a que as
pessoas estão expostas, pela desinformação e exclusão decorrentes
do preconceito e discriminação. O conhecimento de alguns conceitos
que se referem à condições destas pessoas pode auxiliar para a
melhoria no acolhimento a essa população;
 Orientação sexual: “ Capacidade de cada pessoa ter uma
profunda atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos
de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um
gênero, assim como ter relações intimas e sexuais com
essas pessoas”.
 Ex: homossexuais (gays, lésbicas) e bissexuais, identidade
de gênero: “experiência interna e individual do gênero de
cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo
atribuído no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo
(que pode envolver, por livre escolha, modificação de
aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos
ou outros), e outras expressões de gênero, inclusive
vestimenta, modo de falar e maneirismo”.
• Ex: Transexual (mulheres trans e homem trans) e travestis
(sempre há identificação com o gênero feminino) Mulher
Transexual: é uma identidade de gênero, e se refere àquela
pessoa que se identifica como mulher, mas nasceu com uma
genitália masculina, Homem transexual: é uma identidade de
gênero, e se refere àquela pessoa que se identifica como
homem, mas nasceu com genitália feminina
 A transexualidade é uma condição autorreferida, portanto, ao contrário do
que muitos pensam, nem todas as pessoas transexuais realizaram uma
cirurgia de redesignação sexual, pois, basta a pessoa se identificar como
transexual para que seja atribuída essa condição à ela.
 Algumas recomendações podem ser seguidas pelos profissionais da saúde
para o acolhimento a todas as pessoas LGBTQIA+ (lésbicas, gays,
bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros, queer, intersexuais,
assexuais e mais).
 O profissional deverá familiarizar-se com os recursos on-line e locais
disponíveis para as pessoas LGBTQIA+; Reconhecer os diferentes
movimentos organizados e/ou ONG’s LGBTQIA+; Procurar informações
para se manter atualizado sobre temas de saúde LGBTQIA+.
 Interação Profissional-Paciente: Evite assumir a orientação sexual ou
identidade de gênero considerando a aparência ou outras
características da pessoa;
 Esteja ciente de preconceitos, estereótipos e outras barreiras de
comunicação – use uma linguagem neutra e inclusiva;
 Permita que as pessoas se auto identifiquem e usem seu nome social.
Tenha em consideração que esta auto identificação é um processo
individual;
 Não faça julgamentos ou comentários morais;
 Conserve uma linguagem corporal neutra;
 Normalize os antecedentes ou comportamentos sexuais, perguntando-
os para todos os seus pacientes
 A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis
e Transexuais do Ministério da Saúde tem como objetivo “promover a saúde
integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, eliminando a
discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo para a
redução das desigualdades e a consolidação do SUS como Sistema Universa,
Integral e Equitativo”. Nessa política destacam-se as seguinte ações:
 Garantir acesso, redução de risco, atuar na eliminação do preconceito e da
discriminação da população LGBTQIA+, garantir o uso do nome social e
inclusão de temáticas relacionadas com estes grupos.
 Além desta política, o Brasil também é signatário dos Princípios de
Yogyakarta, cartilha produzida num encontro realizado em 2006 para discutir
os direitos humanos relativos à orientação sexual e identidade de gênero em
âmbito internacional. Um acolhimento bem realizado a essa população
atende ao princípio de integralidade previsto na Atenção Básica de Saúde,
bem como, poderá contribuir ao acesso dessas pessoas ao SUS.
PrTr (Processo Transexualizador)

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