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1) Aspectos históricos, políticos, éticos e sociais do objeto de estudo

VIOLÊNCIA: UMA LINHA DO TEMPO


● Teorias médicas e psicológicas tratavam a homossexualidade como uma
doença mental que podia ser curada através de métodos de tortura, como a
castração, a terapia de choque, a lobotomia e os estupros corretivos.

Símbolos no nazismo. Foto: Wikipedia.


● Em diversos países, comunidades terapêuticas particulares continuam a
oferecer serviços de “cura gay”.
● Na década de 60, relação homossexual é crime em 73 países.
● Dessa lista, 13 nações preveem pena de morte como penalidade.

Informações extras:
● 28 de junho é o Dia do Orgulho LGBT
NO BRASIL

● No Brasil, o movimento LGBT começa a se desenvolver a partir da década de


70, em meio a ditadura civil-militar (1964-1985).
● Grupo Somos
○ primeiro grupo de afirmação homossexual no Brasil

○ A ditadura tenta instituir a estrutura da família, qualificando o que é aceitável


e o que não é
■ por meio de operações policiais fazem uma limpeza moral nas
regiões centrais
● As principais Populações indesejáveis, LGBTs, prostitutas,
negras
○ 13 de junho de 80 → repressão policial que o delegado no centro de sp →
chegou a levar 300–500 pessoas por noite
■ organizou a primeira marcha do movimento LGBT
● reivindicações nas áreas dos direitos civis, políticos, sociais e
humanos
● Junto a isso, na década de 80, o comunidade LGBT sofreu um grande abalo
○ Uma epidemia do vírus HIV matou muitos LGBTs e alterou
significativamente as organizações políticas do movimento.
○ A síndrome trouxe de novo um estigma para a comunidade, agora vista
como portadora e transmissora de uma doença incurável, à época
chamada de “câncer gay”.
● O movimento, então constituído majoritariamente por homens, gradualmente foi
incorporando grupos com outras identidades sexuais e de gênero, particularmente
as lésbicas e travestis.
● Ampliação de discussão
● Redirecionaram as estratégias da prevenção e do cuidado das pessoas em relação
ao HIV/Aids.
● É na década de 80, que a saúde da população LGBT foi colocada em voga
○ Ministério da Saúde adotou estratégias para o enfrentamento da epidemia
do HIV/Aids em parceria com os movimentos sociais vinculados à defesa
dos direitos de grupos gays.
■ A formulação da política de saúde LGBT contou com a participação
de diversas lideranças, técnicos e pesquisadores
● Submetida à consulta pública antes de ser apresentada e
aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).
○ A homossexualidade foi retirada da relação de doenças pelo Conselho
Federal de Medicina em 1985 (vários anos antes de a OMS fazer o mesmo)
e o Conselho Federal de Psicologia, por sua vez, determinou, em 1999, que
nenhum profissional pode exercer “ação que favoreça a patologização de
comportamentos ou práticas homoeróticas”.
● Em 2004

○ MS constituiu o Comitê Técnico de Saúde da População

de Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais (GLTB)

com objetivo de constuir uma política específica para o

SUS.

■ Governo institui o “Brasil sem Homofobia – Programa de Combate à


Violência e à Discriminação contra GLTB e de Promoção da
Cidadania Homossexual” (BRASIL, 2004),
■ O aprimoramento do Processo Transexualizador ( realizado pelo
SUS, garante o atendimento integral de saúde a pessoas trans,
incluindo acolhimento, uso do nome social, hormonioterapia e
cirurgia de adequação do corpo biológico à identidade de
gênero e social.)
● Devido a grandes filas do SUS e poucos lugares que fazem esse processo
de redesignação sexual, algumas pessoas tendem a buscar atendimento
particular ou fora do Brasil
○ YOUTUBER MANDY CANDY vai até a Tailândia para realização do
procedimento
○ Apenas cinco hospitais em todo o Brasil são autorizados a fazer
cirurgias de redesignação sexual.
■ Ficam nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo,
Pernambuco, Goiás e do Rio Grande do Sul.
■ Hospitais públicos habilitados para cirurgia de mudança
de sexo:
● - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE)
● - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
Goiás (UFG)
● - Hospital Universitário Pedro Ernesto, da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)
● - Fundação Faculdade de Medicina, da
Universidade de São Paulo (USP)
● - Hospital das Clínicas de Porto Alegre, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS)
● 2009 - Política Nacional de saúde integral a população LGBT é aprovada
pelo Conselho Nacional de Sáude (CNS)

○ instituída apenas em 2011


○ estabelece diretrizes para o cuidado das pessoas
LGBT+ no âmbito do SUS e se permanece a mesma
desde então, o que muda neste contexto são os
planos operativos configurados nos períodos
correspondentes entre (2012-2015) e (2017-2019).
○ A Política LGBT tem como marca o reconhecimento dos efeitos da
discriminação e da exclusão no processo de saúde-doença da
população LGBT.
■ Reafirma o compromisso do SUS com a universalidade, a
integralidade e com a efetiva participação da comunidade.
● O respeito sem preconceito e sem discriminação para
a humanização na promoção, proteção, atenção e no
cuidado à saúde.
○ Para que isso se efetive, a Política LGBT articula
■ Medidas a serem implementadas, em todas as esferas de
gestão do SUS, particularmente nas secretarias estaduais e
municipais de saúde.
■ Promoção da democracia social, a laicidade do Estado e, ao
mesmo tempo, exige ampliar a consciência sanitária com
mobilização em torno da defesa, do direito à saúde e dos
direitos sexuais como componente fundamental da saúde.

DO HISTÓRICO À VISÃO CRÍTICA


○ Lembre que a exclusão social decorrente do desemprego, da falta de
acesso à moradia e à alimentação digna, bem como da dificuldade de
acesso à educação, saúde, lazer, cultura interferem, diretamente, na
qualidade de vida e de saúde.
○ Embora a epidemia da aids tenha provocado que o sistema de saúde
focasse suas prioridades também nas pessoas travestis e
transexuais, conferindo certa visibilidade ao grupo
■ Atualmente é conhecido que os problemas de saúde destas
pessoas são bem mais complexos e suas demandas são
numerosas.
■ A prostituição para as travestis significa não apenas sua
sobrevivência financeira, mas também a possibilidade de
pertencimento social, que lhes é negado em outros espaços
● É na rua que as travestis exercitam o feminino, a
afetividade, as relações sociais, mas é também o
espaço de consumo em geral, inclusive de drogas,
silicone industrial, hormônios e outros medicamentos.
○ A rua e a prostituição acarretam também
maiores riscos de contrair DST/Aids e mais
violência, o que torna esse grupo ainda mais
vulnerável.
■ A depressão, as crises de ansiedade e
sensações de pânico parecem ser
frequentes entre as travestis.
■ Outra questão importante são as
frequentes notícias divulgadas pela
imprensa sobre mortes de travestis,
devido à aplicação do silicone industrial,
utilizado para promover as mudanças
para a feminização do corpo.
■ A restrita experiência dos serviços de
saúde que lidam com a transexualidade
feminina constitui evidência sobre o
intenso sofrimento dessas pessoas ao
não se reconhecerem no corpo
biológico.
● Esta situação leva a diversos
distúrbios de ordem psicológica
acompanhados de tendências à
automutilação e ao suicídio
→ Apenas citar: LIVRO FANTASIAS ELETIVAS Carlos Henrique Schroeder
Na imagem segueo poema da travesti Copi, personagem principal do livro que se
suicida, em meio ao abandono familiar e a prostituição
● Outro grave problema para a saúde de transexuais e travestis é o uso indiscriminado
e sem orientação de hormônios femininos.
○ Há reconhecida relação entre o uso de hormônios femininos e a ocorrência
de acidente vascular cerebral, flebites, infarto do miocárdio entre outros
agravos, resultando em mortes ou sequelas importantes.

● Na série SOB PRESSÃO - EPISÓDIO DE TRANSEXUALIDADE


○ Uma jovem transexual, Jamile, havia fugido de casa por não ser aceita
pelos pais e, sem dinheiro, tinha colocado silicone nos seios numa
clínica caseira
■ provoca uma grave infecção
● Décio, médico do hospital, esclarece que o
Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o
tratamento com terapia hormonal de forma
gratuita.
○ No entanto, por ser menor de idade, a jovem
trans precisaria do consentimento dos pais,
que não aceitam a transexualidade da filha,
e a tratam pelo nome masculino.
○ A falta de respeito ao nome escolhido pelas pessoas
travestis e transexuais configura-se como uma
violência que acontece diariamente nas suas vidas
sociais.

4) Ações e atividades propostas pela Política em questão.


● PLANO OPERATIVO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL LGBT –
2012–2015 - I Plano Operativo
Plano Operativo da Política Nacional de Saúde
Integral LGBT (2017-2019) – II Plano Operativo
● É o mais atual e estabelecem estratégias para fomentar a
implementação dessa Política e da promoção da equidade em
saúde da população LGBT:
● Eixo 1: Acesso da população LGBT à atenção integral à saúde;
● Eixo 2: Promoção e vigilância em saúde;
● Eixo 3: Educação permanente, educação popular em saúde e
comunicação;
● Eixo 4: Mobilização, articulação, participação e controle social;
e,
● Eixo 5: Monitoramento e avaliação das ações de saúde para a
população LGBT.
Referências

https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/celebridades/destaque-de
-sob-pressao-atriz-trans-ja-foi-vendedora-e-sofreu-ameaca-de-
exorcismo--23103 24/05
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-01122014-123954/publico/2014_Lara
SoutoSantana_VCorr.pdf 24/05

https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/ministerio-deve-habilitar-p
rocesso-de-transexualizacao-em-tres 24/05

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm ⅘
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_direitos_usuarios_saude_3ed.pdf ⅘
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/brasil_sem_homofobia.pdf ⅘
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/brasil_sem_homofobia.pdf ⅘
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf ⅘ ;
9/5
https://jornal.usp.br/tv-usp/serie-mostra-luta-pioneira-de-lgbts-contra-a-repressao-na-ditadur
a/ 9/5
https://www.politize.com.br/lgbt-historia-movimento/?doing_wp_cron=1652084740.83636999
13024902343750 9/5

https://medium.com/@Transmidiaticos/pol%C3%ADtica-nacional-de-sa%C3%BAde-integral-
de-lgbts-a%C3%A7%C3%B5es-do-minist%C3%A9rio-da-sa%C3%BAde-no-combate-a-2cd
2cc5e5fc6 25/05
https://www.anf.org.br/o-sus-e-para-todas-e-todos/ 25/05

https://www.sanarmed.com/diretriz-sobre-vulnerabilidade-da-populacao-lgbt-e-acesso-a-sau
de-ligas 25/05

https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/celebridades/destaque-de-sob-pressao-atriz-trans-ja-fo
i-vendedora-e-sofreu-ameaca-de-exorcismo--23103 25/05

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