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MÓDULO: SAÚDE SEXUAL E

R E P R O D U T I VA

P Ó S - G R A D UA Ç Ã O L ATO S E N S U E M S A Ú D E M AT E R N A E
INFANTIL

E S C O L A D E S A Ú D E P Ú B L I C A D O E S TA D O D O M A R A N H Ã O

E S T H E R V I L E L A
VA M O S C O M B I N A R :

• Manhã - Início das aulas às 8h


• Pequeno intervalo de 15 minutos por volta das 10h
• Almoço: de 12:30 às 14h
• Tarde – Início das aulas às 14h
• Pequeno intervalo de 15 minutos por volta das 16h
• Término das aulas às 18h
PRIMEIRO DIA!

PRIMEIRO DIA
DIREITOS SEXUAIS
•O direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições, e com total
respeito pelo corpo do(a) parceiro(a).
• O direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual.
• O direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças.
• O direito de viver a sexualidade, independentemente de estado civil, idade ou condição física.
• O direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual.
• O direito de expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade,
bissexualidade.
• O direito de ter relação sexual, independentemente da reprodução.
• O direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez e de infecção sexualmente transmissíveis (IST) e Aids.
• O direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade, sem discriminação.
• O direito à informação e à educação sexual e reprodutiva
DIREITOS REPRODUTIVOS

• O direito das pessoas decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter
filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.
• O direito de acesso a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos.
• O direito de ter acesso às melhores práticas clínicas durante a gravidez, o parto e o
abortamento
• O direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e
violência.
Direitos sexuais e direitos
reprodutivos
direito de exercer a sexualidade e reprodução livre de discriminação e
violência
direito de escolher se quer ou não ter filhos Gravidez
quando indesejada
quantos e
como tê-los

Gravidez, parto e nascimento – abortamento – Planejamento reprodutivo


violência sexual – aborto previsto em lei
DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS
REPRODUTIVOS

• É urgente considerar o lado invisível das histórias das mulheres, das que não
quiseram estar grávidas, das que tentaram abortar e não conseguiram, das que
conseguiram de forma arriscada e necessitam cuidados, das que foram
violentadas e engravidaram, e também das que desejavam a gravidez e tiveram
uma perda fetal.
• São questões que exigem discussão dos processos de cuidado, ensino e
gestão
• Questões que exigem discutir também as relações desiguais de gênero,
preconceitos e discriminações que atravessam a nossa prática profissional e
as relações de trabalho.
Acesso em
tempo
Escuta livre de
oportuno
preconceitos e
julgamentos
Acolhimento

Cuidado
efetivo

Informação
qualificada e
Abordagem
acessível
singular
P R I N C I PA I S M A R C O S P O L Í T I C O S
INTERNACIONAIS

• Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948

• Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres -


adotada em 1979 e ratificada nem 1984 - CEDAW

• Convenção Mundial sobre Direitos Humanos de Viena - 1993

• Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, do Cairo – 1994, CIPD+5/1999,


CIPD+10/2004, CIPD+15/2009

• IV Conferência Mundial sobre a Mulher, Beijing – 1995

• Metas do Milênio- redução da mortalidade materna – 2000

• Conferência Regional sobre População e Desenvolvimento da América Latina e do Caribe –


Consenso de Montevideu - 2013
Cairo e sua Implementação no Brasil - DSDR
• Garantir acesso efetivo a ampla gama de métodos
1 contraceptivos.

• Desenvolver políticas e programas para erradicar a


2 discriminação baseada na orientação sexual e identidade de
gênero.

3 • Eliminar causas preveníveis de morbimortalidade materna.

4 • Interrupção de gravidez em casos previstos por lei.

• Garantir acesso universal a serviços de saúde sexual e


reprodutiva de qualidade considerando necessidades dos
5 homens, mulheres, adolescentes e jovens, LGBT, pessoas com
deficiência e aquelas que vivem em condições de
vulnerabilidade.
6 • Avançar na prevenção e controle do HIV/AIDS.
Os direitos sexuais e os direitos
reprodutivos são considerados
direitos humanos fundamentais e,
por isso, essenciais para o pleno
exercício da cidadania.
… Juiz absolve PM de estuprar garota dentro de
viatura porque ela ‘nada fez’ para impedi-lo.
Vítima poderia resistir 'dizendo não' a policial
armado ou 'pedindo ajuda' a comparsa, afirmou o
juiz militar Ronaldo Roth.

O juiz Ronaldo Roth, da 1ª Auditoria Militar de São


Paulo, decidiu não condenar por estupro policiais
acusados de violentar e encobrir, dentro de uma
viatura, o abuso uma jovem de 19 anos em Praia
Grande (SP).

“Não houve violência física para a prática do


ato libidinoso e também não houve grave
ameaça”....
¨…as leis não bastam.
Os lírios não nascem das leis.¨

Drumond
AT E N Ç Ã O À S A Ú D E D A S M U L H E R E S : D O
M AT E R N O - I N FA N T I L I S M O À AT E N Ç Ã O
INTEGRAL

• Década de 60: ¨baby-boom¨ pós guerra Recursos aplicados em programas de


contracepção (pílulas) Controle de natalidade
• Década de 70: aleitamento materno – proteção às crianças
• Década de 80: descoberta da AIDS e da transmissão vertical. Foco na saúde do RN
• Década de 90: mortalidade materna ganha visibilidade; Conferências de Cairo e Beijim
reconhecem os direitos sexuais e direitos reprodutivos
• Anos 2000: Foco maior na saúde materna, sendo as necessidades de anticoncepção
menos consideradas
. . . A L U TA D A S M U L H E R E S P O R D S D R
NO BRASIL

Em 1983 o MS lançou o PAISM. Antes dele as


ações de saúde valorizavam somente os aspectos
ligados à maternidade, com foco no bebê
saudável, mesmo em detrimento da saúde da
mulher materno-infantilismo
INTERVALO!
POLÍTICAS/AÇÕES DE SAÚDE QUE
CONCRETIZAM OS DSDR

Década de 90

• ReHuNa – 1993

• Lei do planejamento familiar (1996)

• MS, FEBRASGO, UNICEF e OPAS - Projeto


Maternidade Segura, 1996
• 1º prêmio Galba de Araújo – 1999
• 1ª edição da Norma Técnica de Prevenção e
Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência
Sexual contra Mulheres e Adolescentes – 1999
Entretanto, e apesar dessas importantes conquistas, Essa profunda distorção na prática médica brasileira é
observa-se hoje que a quase totalidade das iniciativas determinada por múltiplos fatores – históricos,
relacionadas à saúde das mulheres tem se estruturais, conjunturais mas tem, na forma como a
caracterizado por manipular seus corpos e suas sociedade em geral, e a medicina em particular, encara
vidas, visando objetivos outros que não seu bem- a mulher, a gênese dessa permissividade. Ehrenreich &
estar. Os termos que as designam, muitas vezes, English apontam para o poder da medicina em
servem a priori para ditar normas, visando um transformar eventos fisiológicos em doenças: a
comportamento feminino entendido como útil para o medicalização do corpo feminino – que "trata a gravidez
poder social vigente. E, talvez por isso, muitas dessas e a menopausa como doença, transforma a
iniciativas não tenham logrado sucesso na melhoria menstruação em distúrbio crônico e o parto em um
da saúde das mulheres, inclusive porque insistem em evento cirúrgico" – é uma das mais poderosas fontes da
expropriar da mulher sua autodeterminação. As ideologia sexista da nossa cultura.
elevadas taxas de mortalidade materna e perinatal, o
uso abusivo da cesárea e a alta prevalência de
mulheres esterilizadas ou usando métodos
anticoncepcionais inadequados são exemplos claros
dessas distorções.
POLÍTICAS/AÇÕES DE SAÚDE QUE
CONCRETIZAM OS DSDR
Anos 2000
• Avanços na discussão sobre parto e Nascimento e MM – medicalização do parto, excesso de
cesarianas

• Avanços em relação à violência contra as mulheres - Lei Maria da Penha - 2006

• PHPN – 2000 - CPN, Casa de Gestante, EO

• PNAISM - 2004

• Pacto pela redução da MM – 2004

• NT atenção humanizada ao abortamento - 2005

• Pacto pela redução das desigualdades NO e NE (PQM)- 2009


• Consenso de Montevidéu (2013): acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva
e à igualdade de gênero
POLÍTICAS/AÇÕES DE SAÚDE QUE
CONCRETIZAM OS DSDR
Anos 2000
• Rede Cegonha – ApiceON 2011 - 2017
• NT gestação de anencéfalos – 2014
• Norma Técnica Atenção humanizada às pessoas em Situação de violência sexual com
registro de informações e coleta de vestígios. Brasília – 2015.
• Portaria do CPN

• Diretriz Nacional de atenção ao parto

• Diretriz Nacional de atenção à cesariana

• Manual do DIU de cobre

• Manual do teste rápido de gravidez na atenção básica


Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da mulher - 2004

Atenção Clínico Planejamento


Ginecológica e Reprodutivo e
Climatério IST/HIV/Aids

Atenção à Saúde de
Atenção às Mulheres e Segmentos Específicos
Adolescentes em da População
Situação de Violência Feminina

Atenção Obstétrica Câncer de colo de útero


e mama
… intervalo para o almoço!
R E S U LTA D O S D A P E S Q U I S A N A S C E R
NO BRASIL
Desejava engravidar
Queria engravidar 44,6%  Pesquisa nacional
Queria esperar mais tempo 25,5%
Não queria engravidar 29,9%
 23.940 mulheres
Sentimentos em relação à gravidez puérperas entrevistadas
Satisfeita 69,4%
Mais ou menos satisfeita 21%  2011/2012
Insatisfeita 9,6%

Tentou interromper a gravidez


Não 97,7%
Sim 2,3%
Morte materna: importante indicador do
grau de desenvolvimento humano em um
país
Uma tragédia evitável
M O R T E M AT E R N A
Produzida por uma multiplicidade de variáveis, se configura como um evento complexo
com alto grau de evitabilidade – em torno de 92% das mortes são classificadas como
evitáveis

Desafios na integração e resolutividade da rede de atenção – “as 3 demoras”, não


valorização das queixas das mulheres, falta de protocolos pactuados

Falta de uma política de planejamento reprodutivo efetiva

O modelo de atenção ao parto e nascimento não respaldado por práticas


recomendadas pelas evidências científicas amplia os desafios

A existência de violências institucional e de gênero indica necessidades de mudanças


na cultura institucional e nas relações entre os sujeitos, no cotidiano dos serviços
Racismo
institucional
R A Z Ã O D E M O R T E M AT E R N A
SEGUNDO REGIÃO E UF BRASIL – BRASIL 2018
Mapa comparativo Mortalidade Materna – taxas dos países
https://www.indexmundi.com/map/?v=2223&r=xx&l=pt
NEAR MISS

Para cada morte materna,


existem 15 a 20 mulheres que quase morrem
D E S A F I O S PA R A A C O N C R E T I Z A Ç Ã O
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
• Para incidir de forma positiva neste tema e defender os direitos das mulheres é
importante entender que o estado brasileiro tem caráter laico desde a primeira
Constituição da República, promulgada em 1891.

• Atualmente, religiões institucionalizadas, especialmente a católica e as


protestantes neopentecostais têm interferido na aprovação de leis, como as
relativas ao aborto, e na implementação de políticas públicas, por exemplo,
impossibilitando a realização de laqueaduras e vasectomias em hospitais
confessionais (que recebem dinheiro público para atender à população),
prejudicando o direito de parcelas da população e colocando em risco a
democracia.
D E S A F I O S PA R A A C O N C R E T I Z A Ç Ã O
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Corte de verbas e alteração de normativas importantes para garantia da SSSR


das mulheres:
Ex: retirada da indicação de colocação do DIU de cobre por enfermeira no
Manual do DIU/2018

O Ministério da Saúde considera que os(as) enfermeiros(as) e enfermeiros(as) obstétricos


(as) e obstetrízes podem realizar o procedimento de inserção de DIU TCu 380A no âmbito da
Atenção Básica e das maternidades (como anticoncepção pós-parto e pós-abortamento),
respectivamente, desde que tenham sido treinados para tal.
Manual do DIU de cobre
D E S A F I O S PA R A A C O N C R E T I Z A Ç Ã O
DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

• Lei 13.931/2019 estabelece que a comunicação obrigatória à autoridade policial deve ser
feita no prazo de 24 horas para, além de serem tomadas as providências cabíveis, também
ser registrada para fins estatísticos. A regra vale para serviços de saúde públicos e
privados.

• PL 5435/2020, que dispõe sobre a proteção da gestante e põe a salvo a vida da criança por
nascer desde a concepção. Cria auxílio para o filho de mulher vítima de estupro.

• PL 768/21 garante à gestante atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o direito de
optar pelo parto por cesariana e, em caso de parto normal, de receber anestesia caso não
haja impedimentos médicos
D E S A F I O S PA R A A C O N C R E T I Z A Ç Ã O D A S
POLÍTICAS PÚBLICAS

A pandemia da covid-19 mostrou que as conquistas no campo dos DSDR não estão
verdadeiramente consolidadas como direitos humanos.
 serviços de atenção pré-natal e planejamento reprodutivo foram (e ainda hoje)
suspensos por não serem vistos como essenciais.
 oferta de interrupção da gestação prevista em lei suspensa em muitos estados
 serviços exemplares de atenção ao parto de baixo risco coordenados por enfermeiras
obstétricas serem desmanchados e transformados em locais para atendimento a
pacientes com covid-19.
 Mulheres parturientes sendo deslocadas de locais seguros e adequados, para grandes
hospitais onde o risco de contaminação pelo novo coronavirus é maior.
INTERVALO!
S A Ú D E S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA -
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO

• É necessariamente uma atividade em equipe multiprofissional


• Demanda um olhar ampliado para as questões sociais, econômicas, culturais, de uma
comunidade (planejamento reprodutivo X planejamento familiar)
• Necessita planejamento de ações propositivas, e não só responder a uma demanda da
população – produzir cultura
• Enfoque educativo – práticas que valorizem a escuta, a troca, o respeito à diferença
• Necessário ampliar a abordagem para os homens, promovendo o seu efetivo
envolvimento nas ações, considerando e valorizando sua corresponsabilidade nas
questões referentes à saúde sexual e à saúde reprodutiva.
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO NÃO É
C O N T R O L E D E N ATA L I D A D E

• O controle de natalidade implica imposições do governo sobre a vida reprodutiva de


homens e mulheres. O planejamento reprodutivo baseia-se no respeito aos direitos
sexuais e aos direitos reprodutivos.
• Taxa de Fecundidade Total estimada pela Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde
PNDS/2006 - 1,8 filho por mulher
PNDS/1996 - 2,5 filhos por mulher
grande redução em relação ao patamar de 6,2 filhos por mulher nos anos 60.
A maior redução ocorreu nas áreas rurais, de 3,4 para 2,0, e na Região Norte, de 3,7 para
2,3 filhos por mulher (BRASIL, 2008a)
Oferta de Métodos Contraceptivos e Preservativos do SUS
100% da população sexualmente ativa (10 a 49 anos)
Pílula Combinada
(Etinilestradiol +
Levonorgestrel) Pílula de
Emergência
Preservativo (Levonorgestrel)
feminino

Minipílula
Preservativo Aproximadamente (Noretisterona)
masculino 1 bilhão de
contraceptivos
distribuídos
Injetável Mensal
Diafragma (Valerato de
Estradiol+Enantato
de Noretisterona)

DIU Injetável Trimestral


(Medroxiprogesterona
)

A Programação é realizada de forma ascendente, conforme Portaria 1.555 de


30 de julho de 2013.
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO-
ANTICONCEPÇÃO
Importante a ampliação dos LARC (métodos de longa duração e alta
eficácia, que não dependem da lembrança diária)
LARCS – DIU de cobre, SIU de levonorgestrel, implante
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO-
ANTICONCEPÇÃO

Importância de orientar a dupla proteção: prevenção simultânea de IST/HIV


e de gravidez

Camisinha + outro método anticoncepcional


PORTARIA Nº 1.555, DE 30 DE JULHO DE 2013
Dispõe sobre as normas de financiamento e de execução do Componente Básico
da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

CAPÍTULO III - DAS RESPONSABILIDADES EXECUTIVAS

Art. 7º Os quantitativos dos medicamentos e insumos do Programa Saúde


da Mulher, da insulina humana NPH 100 UI/ml e da insulina humana regular
100 UI/ml de que tratam os arts. 5º e 6º serão estabelecidos conforme os
parâmetros técnicos definidos pelo Ministério da Saúde e a programação
anual e as atualizações de demandas encaminhadas ao Ministério da Saúde
pelas Secretarias Estaduais de Saúde com base de cálculo nas
necessidades dos Municípios.

A Programação se dará de forma ascendente, conforme portaria.


Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
PeNSE IBGE 2015

• 27,5% dos alunos brasileiros do 9º ano já tiveram pelo menos uma


relação sexual - 36% meninos e 19,5% meninas.
• rede pública: 29,7% rede particular 15%

• Dos 27,5% dos alunos que afirmaram já ter feito sexo, 61,2%
usaram preservativo na primeira vez.

• 1,1% das alunas do 9º ano do ensino fundamental, o que


representa um universo de 23.620 meninas, declarou já ter
engravidado alguma vez.
PERCENTAGEM ENTRE TODAS AS MULHERES, USANDO
ALGUM MÉTODO SEGUNDO MÉTODO MODERNO
UTILIZADO. BRASIL – PNDS 1996 E PNDS 2006

Fonte: Dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde – PNDS/2006 – CEBRAP/2008


PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
ENQUANTO POLÍTICA PÚBLICA
• Ampla campanha de informação/comunicação
• Capacitação dos profissionais
• Gestão de insumos em planejamento reprodutivo:
 Cálculo
 Compra
 Distribuição
 Controle de estoque
 Monitoramento do uso
 Vigilância
• Atentar para o acesso aos métodos definitivos: laqueadura e vasectomia
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
ENQUANTO POLÍTICA PÚBLICA

• Ampliação da oferta de contracepção pós parto e pós aborto


imediatos -> DIU de cobre

• Implementação do teste rápido de gravidez na atenção básica


para ampliação da possibilidade de diálogo com as mulheres
SEGUNDO DIA
T E S T E R Á P I D O D E G R AV I D E Z - T R G
N A AT E N Ç Ã O B Á S I C A

• Detecção precoce da gravidez para início do pré-natal em tempo oportuno.

• Identificação de situações oportunas para uso de anticoncepção de emergência: relação desprotegida, ocorrida
em até cinco dias, em situação de gravidez indesejada; ocorrência de violência sexual.
• Orientação para planejamento reprodutivo.
• Acolhimento e o atendimento de mulheres adultas, jovens e adolescentes e casais em situação de gravidez
indesejada.

• Identificação e o atendimento de mulheres adultas, jovens e adolescentes em situação de violência sexual.


• Detecção de situações de risco para gravidez indesejada.
• Orientação para mulheres e casais com dificuldades conceptivas.

• Identificação de situações de exposição ao risco de infecção por doenças sexualmente transmissíveis (DST), HIV
e hepatites virais com oferta dos testes rápidos para a mulher e parceria sexual.
ACOLHIMENTO NO TRG
O acolhimento fundamenta-se no tratamento digno e respeitoso.
escuta
aceitação das diferenças
respeito ao direito de decidir
acesso à assistência
resolutividade do serviço
imparcialidade
respeito à autonomia dos sujeitos
O R I E N TA Ç Õ E S N O T R G

Devem ser baseadas nos princípios do direito à privacidade, sigilo e


confidencialidade
Por tratar-se de questões de foro íntimo, é relevante que a mulher esteja segura
de que esses princípios éticos serão respeitados, a fim de que possam
estabelecer um vínculo de confiança com o profissional de saúde.
ALGUMA CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRG
NA AB
Nem sempre a mulher está aguardando a confirmação da gravidez como um motivo de
comemoração.
Muitas vezes, a confirmação da gravidez provoca medo, preocupação e sofrimento.
O possível julgamento do profissional de saúde acerca do início da vida sexual das adolescentes
pode constituir uma barreira no acesso aos serviços de saúde.
As mulheres que já têm filhos podem pensar que serão criticadas por uma nova gravidez.

Portanto, sigilo, acolhimento e confidencialidade são


fatores-chaves para que as mulheres se sintam
confortáveis em realizar o TRG e seguir o
acompanhamento com a equipe profissional da
Unidade de Saúde.
TRABALHO DE GRUPO- 20 MINUTOS

Vamos agora discutir em grupos algumas questões.

Os grupos serão formados por 10 participantes, agrupados segundo


regionais.

Após o intervalo os grupos farão apresentação das questões – 5 minutos


para cada grupo
VA M O S R E F L E T I R S O B R E N O S S A
REALIDADE...

1. Na sua realidade, há acesso amplo e qualificado a informações e métodos de


planejamento reprodutivo a toda a população?
2. Quais as barreiras de acesso que você identifica?
3. Você percebe interferências no acesso relacionadas às questões sócio-
econômicas, religiosas e raciais?
4. O que é necessário para superar estas barreiras?
VA M O S R E F L E T I R S O B R E N O S S A
REALIDADE...
1. Você conhece alguém que teve uma gravidez não desejada?
2. Qual o motivo desta mulher ter engravidado desta forma:
• Falha do método contraceptivo mesmo usando corretamente
• Não utilização de método contraceptivo ou uso irregular
• Falta de acesso a método contraceptivo
• Dificuldade em seguir as orientações para uso do contraceptivo
• Relação sexual forçada, não consentida
• Outros
3. Como a mulher lidou com esta situação?
4. Qual teria sido o papel do sistema de saúde para impedir esta situação indesejada?
… intervalo para o almoço!
APRESENTAÇÃO DOS GRUPOS

5 MINUTOS PARA CADA


APRESENTAÇÃO
G R AV I D E Z I N D E S E J A D A

Resulta de necessidades não satisfeitas de planejamento reprodutivo,


decorrente de:
• falta de informação sobre contracepção
• dificuldades de acesso aos métodos
• falhas no seu uso, uso irregular ou inadequado, e/ou ausência de
acompanhamento pelos serviços de saúde
• violência sexual, seja por desconhecido, seja cometida pelo parceiro ou
outro membro em âmbito doméstico e/ou intrafamiliar
G R AV I D E Z I N D E S E J A D A

Mulheres com gravidez indesejada


• Se cuidam menos
• Têm mais complicações na gravidez, parto e puerpério
• Mais quadros de depressão
RN têm mais chance de maus tratos e abandono

Em todo o mundo, anualmente, 74 milhões de mulheres vivendo em países de rendas baixa e


média engravidaram sem intenção. O quadro causou 25 milhões de abortos em condições
inseguras e 47 mil mortes maternas, segundo a OMS
ABORTO INSEGURO
• Consequência de uma gravidez indesejada
• Um grave problema de saúde pública
• Problema de Saúde da mulher
• Problema de Justiça e Equidade
• Problema de Gênero e Direitos
• Dados demonstram que a proibição do aborto não reduz a sua
realização.
ABORTO INSEGURO
• Atenção ao abortamento marcada pela penalização da mulher –
violência de gênero
• Práticas de cuidado inadequadas, incluindo a não utilização de
método de AMIU (aspiração manual intra uterina) e não
disponibilização de métodos de longa duração e alta eficácia
imediatamente pós atendimento
DEFINIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE

A OMS define aborto de risco como “um


procedimento para interromper uma gravidez
indesejada, realizado por pessoas que não têm as
habilidades necessárias ou em um ambiente que não
tem os padrões médicos mínimos, ou ambos.”
INFORMAÇÕES RECENTES
SOBRE O ABORTO INSEGURO
NO BRASIL
ESTUDO REALIZADO PELA UNIVERSIDADE DE BRASILIA EM
PARCERIA COM O INSTITUTO DE BIOÉTICA, DIREITOS HUMANOS
E GÊNERO – ANIS – FINANCIADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE
LANÇADO EM 2010

 Uma em cada sete brasileiras entre 18 e 39 anos já abortou. Cerca de


80% delas têm religião, 64% são casadas e 81% são mães. Isso é o que
mostra o primeiro levantamento direto sobre o aborto no país, feito pela
Universidade de Brasília (UnB) em parceria com o Instituto de Bioética,
Direitos Humanos e Gênero.

 Foram entrevistadas 2.002 mulheres, das quais 15% declararam já ter


abortado. De acordo com números do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), esse número representa 5,3 milhões de mulheres.

www.correioweb.com.br acesso em 05/06/2010 - Agência Brasil - Publicação: 05/06/2010 14:08


P E R M I S S I V O S L E G A I S PA R A A
I N T E R R U P Ç Ã O D A G R AV I D E Z N O B R A S I L

• Motivo médico: risco de vida para a mulher


• Gestação de anencéfalos
• Gravidez decorrente de estupro
AS MULHERES PRECISAM DE...

• Educação sexual para decidir


• Contraceptivo para não engravidar
• Aborto seguro para não morrer
Será que estamos garantindo o direito humano às
mulheres de acessar todos os bens e serviços em saúde
sexual e saúde reprodutiva?
O QUE QUEREMOS:

• Que toda gravidez seja desejada


• Que todo parto seja seguro e humanizado
• Que toda criança cresça e desenvolva seu pleno potencial
AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

• É necessário o investimento em arranjos de gestão que possibilitem a


construção de espaços de discussão coletiva do trabalho mais horizontais e
simétricos entre os diversos profissionais do serviço e do ensino, incluindo
residentes e alunos de graduação, mulheres e familiares.

• A existência destes espaços possibilita a ampliação da potência de agir de


profissionais e equipes, a sua capacidade inventiva, aumentando a satisfação
no trabalho e a eficácia das ações e SSSR.
Tratar a SSSR no sentido libertário e não no sentido
prescritivo de constituição de modelos e regras para o
exercício da sexualidade e da vida reprodutiva é o desafio e
a grande possibilidade da equipe multiprofissional de
saúde.
É necessário construir alianças com as mulheres e
produzir outras narrativas para além da abordagem
biomédica. Abrir brechas para fazer surgir, nos espaços
de cuidado, as mulheres e suas histórias. Histórias que
dizem de luta e sobrevivência num país onde, apesar
dos avanços inegáveis no campo da saúde, ainda
persiste o desprezo pela vida e pela saúde das
mulheres
TERCEIRO DIA
VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES

Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
i
VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES

• Pelo menos uma em cada cinco mulheres sofre violência durante a sua vida
adulta no mundo (OEA, 2012).

• 27% das mulheres que deram a luz na rede pública reportaram alguma forma
de violência (Pesquisa da Fundação Perseu Abramo e do Sesc - ago/2010)

• O Brasil é o 5° pais do mundo com maior índice de homicídios de mulheres, só


perde para só El Salvador, Colômbia, Guatemala (três países latino-
americanos) e a Federação Russa (MAPA DA VIOLENCIA, 2015).

• Essas mortes representam 13 homicídios femininos diários


VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES

No Brasil, estima-se que:

2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano


175 mil por mês
5,8 mil por dia
243 por hora
4 por minuto
1 cada 15 segundos
65% das mulheres são agredidas por seus companheiros

Fonte: PESQUISA PERSEU ABRAMO, 2013.


A violência sexual afeta diferentes mulheres
(racial, étnica, geracional, orientação sexual,
deficiência, religiosa, inserção social, econômica
e regional)

• As intersecções entre uma ou mais diferenças as coloca em


situação de dupla ou tripla discriminação em virtude de sua
maior vulnerabilidade social.

Violência sexual como manifestação da


violência de gênero, que viola/desrespeita os
direitos humanos sexuais das mulheres.
Cal/Jun/12
ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA AS MULHERES

Em 2013, 50.320 estupros foram registrados com


Boletim de Ocorrência, uma média de quase seis a
cada hora, um a cada 10 minutos.

A violência sexual ocorre cerca de seis vezes mais entre as


mulheres do que entre os homens (SHRAIBER,2005).
Fonte: 9° ANUARIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA
PUBLICA, 2015.
PROPORÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA
SEXUAL NO SEXO FEMININO POR CICLO DE
VIDA.
BRASIL, 2012*

50,0
46,8

45,0

40,0

35,0

% 30,0 28,1

24,2
25,0

20,0

15,0

10,0

5,0
0,9
0,0
0 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 59 anos 60 anos e mais

Ciclos de Vida
FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS.
PROPORÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA
SEXUAL NO SEXO FEMININO SEGUNDO
RAÇA/COR. BRASIL, 2012*
45

40,4
40 38,5

35

30

%
25

20

15
10,8
10 8,8

5
0,8 0,7
0
Branca Parda Preta Indígena Amarela Sem informação

Raça/cor
FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS.
PROPORÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA
SEXUAL NO SEXO FEMININO SEGUNDO
PROVÁVEL AUTOR DE AGRESSÃO.
30,0 BRASIL, 2012*
24,7
25,0 23,5

20,0 18,5

15,0
%

10,0 8,6 9,0


6,8
5,9
5,0
2,0

0,0

Relação com a vítima

FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS.


PROPORÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA
SEXUAL NO SEXO FEMININO SEGUNDO LOCAL
DE OCORRÊNCIA.
70 BRASIL, 2012*

60 58,8

50

40
%

30

20
15,2
13,4
9,8
10

1,6 1,2
0
Residência Via pública Escola Comércio/ serviços Outros Sem informação

Local de ocorrência

FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS.


PROPORÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA
SEXUAL NO SEXO FEMININO SEGUNDO
VIOLÊNCIA DE REPETIÇÃO E CICLOS DE VIDA.
BRASIL, 2012*
20,0
18,3
18,0

16,0

14,0

12,0
%
10,0 9,4

8,0
6,9

6,0

4,0

2,0
0,3
0,0
0 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 59 anos 60 anos e mais

Ciclos de Vida
FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS.
PROPORÇÃO DOS PRINCIPAIS
PROCEDIMENTOS REALIZADOS EM PESSOAS
DO SEXO FEMININO DECORRENTES DA
VIOLÊNCIA SEXUAL. BRASIL, 2012*
35,0

29,4
30,0
27,5

25,0

20,8
%
20,0 18,9

15,0

10,0

5,0

0,8
0,0
Profilaxia de DST Profilaxia de HIV Profilaxia de Hepatite B Contracepção de Aborto previsto em lei
emergência

Procedimento realizado

FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS. .


NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL NO
SEXO FEMININO
VIVA /SINAN

Fichas de Notificação e Instrumento de Entrada de Dados


F ICHA DE NOTIFICAÇÃO TIPOLOGIA DA
VIOLÊNCIA E VIOLÊNCIA SEXUAL
INTERVALO!
A violência contra mulheres e os
desafios do SUS
• O serviço de saúde pode ser o primeiro (e único)
lugar que as mulheres em situação de violência
procura.

• Cabe a ele:
– Identificar a situação de violência
– Acolher, notificar e prestar atenção qualificada e
humanizada
– Encaminhar aos outros pontos da rede
A violência
A violência contrae mulheres
contra mulheres e SUS
os desafios do os
desafios do SUS

O setor de saúde, por ser um dos espaços


privilegiados para identificação e cuidado das
pessoas em situação de violências, tem papel
fundamental na definição e articulação dos
serviços e organizações que, direta ou
indiretamente, atendem situações de
violências.
A violência contra mulheres e os
desafios do SUS

• O serviço de saúde pode ser também produtor de violência


contra a mulher:

• Violência institucional

• Não cumprimento dos direitos legais das mulheres:


acesso aos cuidados em caso de violência, contracepção
de emergência, interrupção da gravidez nos casos
previstos em lei

Cal/Jun/12
Reconhecer o atendimento como um direito das
mulheres afetadas pela violência:
• Ação ético-política que compõe o conjunto de ações de
enfrentamento à violência (junto com prevenção e
responsabilização).

• Prática profissional que deve funcionar como instrumento de


proteção e promoção dos direitos humanos das mulheres.

Atender é consolidar os Direitos Humanos na prática


• Os serviços de saúde precisam ter ambientes
adequados e profissionais qualificados para o
atendimento da pessoa na sua
totalidade/integralidade e singularidade,
considerando a complexidade da situação em
que se encontra.

• Para esta atenção é imprescindível equipe


multiprofissional, tendo como foco o CUIDAR
O conhecimento técnico-científico aliado à
sensibilidade dos/as profissionais de saúde para
aplicação de práticas humanizadas são
elementos essenciais na atenção às mulheres
em situação de violência sexual.
(Ministério da Saúde, 2006, p.
05)

Acima de tudo, não revitimizar a


mulher
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER

No SUS não se faz necessária a apresentação de Boletim de


Ocorrência Policial (BO) para atendimento nos serviços de saúde,
inclusive para os casos de violência doméstica e/ou sexual, devendo
as instituições de saúde, orientar a mulher sobre a necessidade de
buscar a defesa de seus direitos e a responsabilização de
agressores.

(Lei nº 11.340/2006 – Lei Maria da Penha - Coíbe a violência


doméstica e familiar contra a mulher). Essa é uma regra preconizada
em todas as normas técnicas em vigor.

91
MARCOS POLÍTICOS NACIONAIS
RECENTES

• Lei nº 12.845/13 - sobre o atendimento obrigatório e


integral de pessoas em situação de violência sexual

• Decreto nº 7.958/13 - estabelece diretrizes para o


atendimento às vítimas de violência sexual pelos
profissionais de segurança pública e da rede de
atendimento do SUS, com coleta de informações e
vestígios no SUS
LEI nº 12.845 DE
01/08/2013
Dispõe sobre o atendimento
obrigatório e integral de
pessoas em situação de
violência sexual
NORMATIVAS RECENTES

• Portaria n° 485 de 1° de abril de 2014 e Portaria nº 618 de 18 de julho de 2014, que


definem o funcionamento do Serviços de Violência Sexual no âmbito do SUS e seu
cadastramento no SCNES como Serviço especializado nº 165 e suas classificações.

• Portaria nº 2.415, de 7 de novembro de 2014, que inclui o procedimento Atendimento


Multiprofissional para Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual do
SUS. Através da criação do procedimento no BPAi, tornou possível a remuneração
pelo conjunto de ações realizadas nos serviços de saúde de referência para a atenção
integral às pessoas em situação de violência sexual, devidamente cadastrados no
SCNES.
É preciso resignificar o olhar para
transformar o fazer!
… intervalo para o almoço!
M O D E L O D E AT E N Ç Ã O X M O D E L O D E
GESTÃO- COMO ISTO INFLUENCIA A
SSSR

• Gestão hierarquizada – produz alienação no trabalho


• Gestão compartilhada e democrática – produz sujeitos
co-responsáveis
PNH,2003
M O N I T O R A M E N T O E AVA L I A Ç Ã O E M
S A Ú D E S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• A avaliação é uma atividade que acompanha a própria história do homem, tida


como inerente ao próprio processo de aprendizagem.
• Deve contribuir para "encorajar o diálogo e a reflexão" e "estimular o co-
aprendizado entre atores", aprendizagem esta que é "a chave para o
desenvolvimento de capacidades para os grupos e organizações locais.
• Podemos avaliar o impacto das nossas ações se tivermos dados sobre os
processos de cuidado e sobre os resultados das nossas ações. Estes dados
podem ser traduzidos em indicadores
M O N I T O R A M E N T O E AVA L I A Ç Ã O E M
S A Ú D E S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• Indicadores de saúde são medidas ou sinalizadores que contêm informações relevantes


sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como, de maneira
geral, do desempenho do sistema de saúde de maneira ampla.
• A interpretação conjunta dos indicadores ajuda os profissionais e gestores a refletirem
sobre a situação sanitária de uma população ou comunidade, e serve para subsidiar a
criação de políticas públicas, de maneira a aperfeiçoar o sistema de saúde.
M O N I T O R A M E N T O E AVA L I A Ç Ã O E M
S A Ú D E S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• Em saúde sexual e reprodutiva, os indicadores gerais mais utilizados, são:


• Mortalidade materna
• Mortalidade perinatal
• Gravidez na adolescência
• Uso de contraceptivos
• HIV e sífilis, incluindo transmissão vertical
• Taxa de cesariana
M O N I T O R A M E N T O E AVA L I A Ç Ã O E M
S A Ú D E S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• Cada serviço de saúde pode construir indicadores de


processo e de resultados locais, de acordo com o perfil
epidemiológico, refletindo as prioridades do território
REVENDO ALGUNS PONTOS DO MÓDULO
S A Ú D E S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• A conquista dos direitos sexuais e direitos reprodutivos são sempre forjados na lutas das
mulheres, que buscam mais liberdade, autonomia, autodeterminação sobre seus corpos
e suas vidas
• A saúde sexual e saúde reprodutiva engloga estratégias e ações para garantir que toda
mulher tenha os meios para viver a sexualidade livre de imposições e preconceitos, e
que possam escolher ter ou não ter filhos, quantos, quando, como e com quem.
• A morte materna evidencia violação destes direitos, incluindo as necessidades
reprodutivas não satisfeitas, a penalização do aborto e o modelo inadequado de
assistência ao parto
REVENDO ALGUNS PONTOS DO MÓDULO
S A Ú D E S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• O planejamento reprodutivo é fundamental para reduzir as mortes maternas e a gravidez


não intencional
• O planejamento reprodutivo deve ser composto de atividades educativas grupais e
individuais, e atividades clínicas, sempre pautadas no respeito, sigilo, privacidade,
confiabilidade, e na autonomia das pessoas.
• Os métodos de longa duração e alta eficácia devem ser ofertados sem barreiras, como o
DIU de cobre, disponibilizado no SUS
• A dupla proteção deve ser sempre enfatizada
REVENDO ALGUNS PONTOS DO MÓDULO
S A Ú D E S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• O modo como organizamos os processos de trabalho pode reduzir ou aumentar


barreiras para que as mulheres, jovens e adolescentes tenham acesso a informações e
os meios de planejamento reprodutivo de forma qualificada
• Espaços coletivos de discussão dos processos de trabalho, são fundamentais para
análise coletiva do trabalho, aumento da corresponsabilização e produção de sentido no
trabalho
• Monitoramento e avaliação de indicadores de processo e de resultado são etapas
fundamentais para o aprendizado e a qualificação das ações
EXPLICAÇÃO DO TRABALHO DE
FINALIZAÇÃO DO MÓDULO SAÚDE
S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• 5 artigos, cada turma de 10 alunos fará o trabalho sobre um artigo.


• Grupos 1 e 2 : artigo 1
• Grupos 3 e 4: artigo 2
• Grupos 5 e 6: artigo 3
• Grupos 7 e 8: artigo 4
• Grupos 9 e 10: artigo 5
EXPLICAÇÃO DO TRABALHO DE
FINALIZAÇÃO DO MÓDULO SAÚDE
S E X U A L E S A Ú D E R E P R O D U T I VA

• O trabalho deverá constar:


• Tema do artigo, objetivos, metodologia, resultados e análise
crítica do grupo sobre a temática desenvolvida e os
resultados/conclusões
• Deverá ser entregue no período de 1 semana após o término
do módulo

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