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Por: Gabriela C. Martins, Júlia S. Acorsi, Pâmela S. Ramos Priscila Guedens, Thais A.

Cavani
O que é DIREITO
Direito pode se referir à
ciência do direito ou ao
conjunto de normas jurídicas
vigentes em um país (direito
objetivo). Também pode ter o
sentido de íntegro, honrado. É
aquilo que é justo, reto e
conforme a lei. É ainda uma
regalia, um privilégio, uma
prerrogativa.
Os direitos sexuais e reprodutivos se tornaram uma prioridade, garantindo a saúde sexual e
reprodutiva de homens e mulheres, tanto adultos como adolescentes. Devem abranger toda e
qualquer pessoa, se incluem no status de direitos humanos e devem, assim, ser reconhecidas no
mesmo patamar dos direitos sociais e econômicos.
Os direitos sexuais referem-se não só ao potencial do
indivíduo expressar sua sexualidade com liberdade, sem
nenhum tipo de coerção, mas também se referem ao acesso à
educação sexual durante toda a vida. Tais direitos se originam
nos movimentos gays e lésbicos que almejam desestigmatizar
as sexualidades referidas como alternativas.
A Conferência Internacional do Cairo, de 1994, e a IV Conferência sobre
a Mulher de Pequim, em 1995, foram eventos essenciais para a
elaboração de uma nomenclatura que melhor expressasse estes
direitos. Consolidou-se nestas ocasiões o entendimento de que as
questões sobre sexualidade não estão necessariamente ligadas apenas
à reprodução, pois devem-se considerar as possíveis sexualidades não
heterossexuais e, até mesmo, individuais.
A saúde da mulher deve ser compreendida como o resultado de um
amplo aspecto de fatores que, assim como o pleno exercício de sua
sexualidade, estão relacionados com a sua qualidade de vida.
Os direitos sexuais e reprodutivos se
tornaram uma prioridade, já que
visam garantir a saúde sexual e
reprodutiva de homens e mulheres,
tanto adultos como adolescentes.

Visando garantir e promover o exercício dos


(DHSR), o Ministério da Saúde apresenta
diversas propostas e diretrizes que vão desde a
elaboração e distribuição de manuais técnicos
e cartilhas educativas sobre reprodução e
sexualidade, até a ampliação da oferta de
métodos anticoncepcionais reversíveis e
esterilização cirúrgica voluntária no SUS .
Optou-se por uma pesquisa de natureza descritiva com abordagem qualitativa.
A coleta de dados foi realizada em julho de 2009 e o cenário de estudo foi um
Centro Municipal de Saúde (CMS), localizado no Município do Rio de Janeiro. Os
dados foram obtidos durante a permanência das mulheres no serviço, enquanto
aguardavam atendimento junto aos filhos, principalmente próximo aos
ambulatórios pediátricos e setor de imunização.
Buscando atender aos objetivos da pesquisa, durante a entrevista
procurou-se seguir um roteiro elaborado previamente que continha
questões como: “quando e como foi o início da sua atividade sexual?”; “a
gravidez ocorreu de forma acidental?” “em quanto tempo você retomou a
atividade sexual após o parto?”; e “como as relações sexuais tem sido?”;
“houve orientação em relação à prática sexual?”

O grupo foi constituído por mulheres jovens, 75% delas tinham idade
inferior a 30 anos. A faixa etária variou entre 18 e 44 anos e 55% das
depoentes tinham dois filhos ou mais.
As mulheres entrevistadas não puderam separar a relação
sexual da reprodução, visto que 17 informantes tiveram uma
gravidez não planejada, de forma a não escolher o número de
filhos, bem como o momento de tê-los.

Foi só a partir de 1985 que o PAISM professou a concepção


de que a saúde da mulher deveria abranger todo o seu
ciclo vital e não contemplar apenas aquelas que
desejavam vivenciar a maternidade. A partir daí o
programa passou a incluir diversas propostas como a
atenção ginecológica e o planejamento familiar.
A dificuldade enfrentada por algumas mulheres, que vivenciam uma sexualidade conturbada e
influenciada pela insegurança, quando procuram acesso e orientação de uso correto de métodos
contraceptivos.

A interferência do método na satisfação sexual do homem ou do casal


representa um fator que interfere na adesão do mesmo.
Entre inúmeros aspectos relacionados ao termo “violência sexual”, destaca-se
também o impedimento ao uso de qualquer método contraceptivo ou negação
por parte do parceiro em usar preservativo.
A laqueadura além da dificuldade de acesso ao método, evidenciou-se
uma informação equivocada sobre o direito de esterilização voluntária.

A não utilização ou o uso inadequado dos meios contraceptivos contribuem para o


aumento de gestações indesejadas que, por sua vez, acabam levando mulheres a
cometerem o aborto considerado ilegal no Brasil. Qual seja aquele feito por meio de
serviços ditos como clandestinos. A consequência é bem conhecida: o aumento da
mortalidade materna advinda das hemorragias, infecções e perfurações uterinas.
Sexualidade e amamentação = inúmeros
conflitos relacionados à vivência sexual
tanto no que se refere à primeira relação
sexual quanto à sua sexualidade durante o
período puerpera.
(Não) Expressar sua
sexualidade sem
violência e
imposições
Se referindo a livre expressão de
sexualidade:
Uma sofreu violência sexual durante a sexarca.

Outra era forçada a manter relações sexuais com


companheiro.
Diversos danosfísicos,comogravidez
indesejada, IST’s quea violência podetrazer,
nóspodemoscitar tambémosqueafetam a
saúdemental, comoporexemploa
ansiedade, adepressãoeemdiversos casos
até mesmosuicídio.
Violência sexual está muito interligada a alguns tabus

uma gravidez o que seria viabilizado um


sendo resultante de um estupro
aborto

porém o processo judicial que normalmente acaba sendo


para a autorização do mesmo é tão inviável a
demorado intervenção em tempo hábil.
GERALMENTE OS AUTORES DESSAS AGRESSÕES SÃO PARCEIROS, MARIDOS E/OU
NAMORADOS, ENTÃO TRATAR desse assunto diretamente é um ponto delicado, pois elas tem
medo de sofrer represálias e até mesmo se sentir culpada e humilhada, pois no contexto social (e
até mesmo em serviços de saúde) há o pensamento de que a mulher é culpada.
Outra dificuldade
é a dificuldade
na vida sexual,
no período
puerperal, já que
há a diminuição
do libido devido
as alterações
hormonais, e
muitas dessas
mulheres ainda
consideram
obrigação
atender a
satisfação sexual
do companheiro.
Ainda podemos relatar o
incentivo em que os rapazes têm
sobre ter maiores quantidades de
relações sexuais para alcançarem
mais experiências, e de outro lado
a supervalorização da
virgindade, do recato e
casamento que as mulheres ainda
sofrem.
Assim é que a mulher, ou por medo de sofrer represálias, quando o autor é
conhecido, ou por sentir-se humilhada ou culpada, resolve silenciar e reprimir
suas angústias. Este tipo de comportamento persiste porque no contexto social -
e até mesmo entre os profissionais de saúde que prestam atendimento a essas
mulheres nos serviços de emergência – permanece o entendimento de que a
mulher é culpada pela violência sexual sofrida.
A depoente revelou ter sido influenciada por um familiar que, com
base na percepção da moralidade da mulher associada à
valorização da virgindade, impôs o argumento de que se ela já havia
mantido relações sexuais, deveria, a partir daquele momento,
estabelecer uma união estável com o parceiro.

‘você é mulher dele?’ e eu falei assim ‘não,


não moro com ele pra ser mulher dele’, mas
ela falou ‘não, você se perdeu com ele, você,
agora você é mulher dele’
Com base no slide anterior, quando este evento ocorre e
a vítima da sociedade é forçada a ir morar com o
companheiro, ela acaba engravidando e vários outros
eventos ocorrem, como...
O puerpério, período que se inicia após o parto, é marcado por
transformações as quais possuem a finalidade de restabelecer o
organismo da mulher à situação pré-gravídica.

O início do puerpério se dá uma a duas horas após a saída


da placenta, já o seu término não é previsto, pois, durante
o período pós- parto, a mulher passa por transformações,
e essas transformações não ocorrem somente no âmbito
fisiológico, endócrino e genital, mas na sua totalidade
enquanto pessoa.
Com relação às mudanças em seus corpos, algumas mulheres relatam sentimentos
negativos após o parto. Nas falas de algumas mulheres, pode-se observar que essa
insatisfação com o próprio corpo influenciou negativamente a vida sexual.
Pode-se observar, dessa forma, que falta, por parte dos profissionais, um olhar mais amplo da assistência
obstétrica sobre a sexualidade da mulher no período puerperal.
Os profissionais de enfermagem obstétrica possuem papel fundamental, pois, ao atuarem diretamente na
atenção à saúde das mulheres no ciclo gravídico-puerperal, podem detectar medos, dúvidas e problemas das
mulheres nessa área, logo no início do pré-natal, de forma a trazer soluções diante das demandas que as
mulheres apresentam. Dessa forma, o acompanhamento durante o puerpério por essas profissionais mostra-se
muito importante diante das vivências das mulheres.
Sexualidade e Educação Sexual
A sexualidade é um
fenômeno que todo
indivíduo enfrenta,
perpassando todas as etapas
da vida (ZIMMERMANN et al,
2022). Manifesta-se desde o
nascimento, e é definida
como um fenômeno
composto de diversos
fatores, psicológicos,
biológicos, sociais, históricos
e culturais, que repercutem
sobre a saúde e vida de todo
indivíduo, exercendo
influência sobre seu modo
de pensar, ser e agir no
mundo (BRASIL, 2017).
Na infância, o desejo e a curiosidade pelo “descobrimento” das situações e comportamentos
ligados à sexualidade é um processo natural, pelo qual todo indivíduo passa.
Por meio dos estudos de Freud acerca da sexualidade na infância, as concepções sobre o tema
passam a enfrentar algumas transformações. Ele foi o primeiro estudioso a evidenciar que as
experiências, vividas na infância, provocam grande influência sobre a constituição do caráter e
comportamento do adulto, e a partir de suas pesquisas, a temática da sexualidade infantil
passou a receber mais destaque.
Desta forma, desde 2015 tornou-se obrigatório trabalhar esse tema em sala de aula, porém o
que se observa na prática docente, é a limitação desta tratativa, focada em conteúdo
específicos, e ainda, a resistência prevalente dos professores e da família dos alunos, que
muitas vezes se opõem à abordagem do tema (ZIMMERMANN et al, 2022).
As evidências têm demonstrado uma grande dificuldade na abordagem da temática
sexualidade, tanto no campo da educação, como na saúde (ZIMMERMANN et al, 2022).
A necessidade de debater a sexualidade na escola tem como objetivo a formação de um sujeito
crítico e coerente sobre questões contemporâneas do ser e da sociedade, talvez se isso fosse
mais abrangente, poderia evitar ou amenizar diversas situações vistas nessa apresentação.
OBRIGADA PELA
ATENÇÃO!

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