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 Ministério da Saúde-1984- PAISM-

Planejamento Familiar- DIREITO legal com a


aprovação da Constituição Federal em
1988 (artigo 226).
 “Fundado nos princípios da dignidade da
pessoa humana e da paternidade
responsável, o planejamento familiar é livre
decisão do casal, competindo ao Estado,
proporcionar recursos educacionais e
científicos para o exercício desse direito”(
BRASIL, 1988)
 Direito das pessoas das pessoas de
decidirem de forma livre e responsável,
se querem ou não ter filhos, quantos e
em que momento de sua vida.
 Equipe de saúde
 Fornecer o direito de exercer a
sexualidade e a reprodução livre de
discriminação, imposição e violência.
 A Política Nacional de Planejamento
Familiar surgiu no ano de 2007, com a
ampliação das ações acerca do
oferecimento de métodos
contraceptivos gratuitamente para
homens e mulheres em idade
reprodutiva, por meio de serviços de
saúde.
 Planejamento familiar é o processo
consciente pelo qual o casal decide o
número de filhos que terá, o
espaçamento de idade entre eles e o
momento dos nascimentos,utilizando
métodos contraceptivos.
 Segundo dados de 1998, existem 44 milhões de
mulheres em idade fértil no Brasil, na faixa etária
entre 15 e 49 anos;

 Cerca de 70% dessas mulheres são usuárias do SUS


- 30,8 milhões;
Desse total, 21,5 milhões são sexualmente ativas;
 Em faixas etárias mais jovens, o controle de
natalidade é um problema. Em 2008, do
total de 3.030.211 nascidos vivos no Brasil,
21,82% tinham mães com idade entre 10 e
19 anos, comprovando a falta de
orientação e adesão aos métodos
contraceptivos entre adolescentes.
 43% das usuárias de métodos
anticoncepcionais interrompem o uso
durante os 12 meses após a sua adoção;

 Até 40% das mulheres usam métodos


anticoncepcionais para os quais
apresentam contra-indicações;
 Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de
2008 (PNDS-2008), financiada pelo Ministério da
Saúde, revela que a queda na taxa de
fecundidade entre as mulheres nordestinas caiu
de 3,1 filhos para 1,8 filho por mulher entre 1996 e
2008. O levantamento, com uma série de
variáveis, demonstra mudança de
comportamento da brasileira em idade fértil que
vive no Nordeste.
 Assim como as demais brasileiras, as nordestinas
querem menos filhos e iniciam a vida sexual mais
cedo. Segundo a pesquisa, caiu de 19,4 anos
para 16 anos a idade da primeira relação sexual.
 Diferentemente das demais regiões, a
precocidade não implicou aumento no número
de grávidas entre 14 e 19 anos de idade. No
Nordeste, em 1998, as jovens que afirmaram estar
grávidas do primeiro filho, à época da entrevista,
correspondiam a 3,7%. Em 2006, esse percentual
caiu para 3%. As jovens que afirmaram ser mães
representaram 16,9% da população, número que
não foi alterado em dez anos .
 A precocidade na vida sexual das mulheres
resultou no rejuvenescimento do padrão
reprodutivo. Em 1996, a média de idade para o
primeiro filho era de 22 anos, enquanto em 2006,
passou a ser de 20 anos. O aumento na
distribuição gratuita de métodos contraceptivos
também contribuiu para essa tomada de decisão.
 O acesso mais amplo a esses métodos implicou
redução dos procedimentos de esterilização em
mulheres. Em 1996, 43,9% das mulheres com
parceiros fixos haviam realizado essa cirurgia. Em
2006, o índice caiu para 36,7%. A participação dos
homens na anticoncepção, com a esterilização,
mais que dobrou em dez anos, passando 0,6%
para 1,4%.
 Predominância da esterilização feminina como
método anticoncepcional, sendo que as maiores
taxas são encontradas nas regiões Centro-Oeste e
Norte;
 Cerca de 50% das mulheres que foram mães entre
1990 e 1995 tiveram uma gravidez não-planejada.
 Estes problemas refletem a limitada oferta de
informações, de métodos anticoncepcionais e de
acompanhamento clínico.
• Respeito aos direitos sexuais e reprodutivos;

• Não tomar decisões e não emitir juízo de valor


pelas opções dos usuários;

• Incentivar a participação masculina;

• Desenvolver atividades educativas;


• Somente realizar prescrição de um método após
avaliação clínica;

• Oferecer acompanhamento periódico.


• Anamnese:
• Identificação;
• Antecedentes Familiares;
• Antecedentes Pessoais;
• Antecedentes Ginecológicos: comportamento
sexual, dados relacionados ao ciclo menstrual,
prática em planejamento familiar, ocorrência
de corrimentos vaginais, sintomas mamários,;
• Antecedentes obstétricos;
• Expectativas do casal em relação ao método;
• Disposição dos parceiros em relação aos
métodos.
 Exame Físico: Geral, ginecológico e das mamas
• Pesquisar e anotar sinais vitais;
• Realizar inspeção geral;
• Proceder palpação : mamas e abdômen;
• Exame Ginecológico: genitália externa e interna
 (toque simples, combinado e especular);
• Triagem de DST / Tto. por Abord. Sindrômica;
• Triagem de Câncer de Colo uterino;
• Solicitação de exames – se necessário.
 Recomendam-se métodos que
proporcionem conforto para os
parceiros, que devem usá-los
corretamente e com segurança.
 Existem vários métodos para regular a
reprodução humana. Nenhum deles
constitui um método ideal : todos
possuem vantagens e desvantagens.
 A maioria é para a aplicação no corpo
da mulher, ficando ao seu encargo
evitar a gravidez. Isso acontece por
razões biológicas objetivas,mas
principalmente por questões sociais e
culturais. Porém , os profissionais de
saúde devem trabalhar com mulheres e
homens, pois a geração de um novo ser
humano é de responsabilidade do
casal(independente de viverem juntos
ou não).
 A Enfermagem tem uma posição de
destaque no aconselhamento dos
clientes sobre os métodos
contraceptivos. Pode-se trabalhar essa
questão nas salas de espera, nos grupos
de discussão ou nas consultas
individuais.
 1- Ogino-Knauss – Tabelinha –
 Calendário:
• A tabelinha baseia-se no calculo dos
dias em que provavelmente estará mais
apta a engravidar ;
• Período Fértil ocorre no meio do ciclo
menstrual, quando acontece a
ovulação.
• Os ciclos variam entre 24 e 32 dias
• 14° ao 16° dias mais férteis.
2- Temperatura Basal: aumento da
temperatura basal, entre 0,3 e 0,8°C, devido
à ação da progesterona;

3- Método de Billings - Muco Cervical:


ocorrência de modificações cíclicas no muco
cervical; Muco transparente
Aspecto clara de ovo.
4- Método Sintotérmico – utilização de
indicadores múltiplos.

5- Método Lactação – Amenorréia


LAM – Método Amenorréia Lactacional sucção
promovendo anovulação,
envia impulsos nervosos ao hipotálamo materno,
alterando a produção de hormônios!
Critérios rigorosos.
 Quase todas as pessoas podem usar.
Protege contra doenças sexualmente
transmissíveis , inclusive Aids, previne
doenças de colo uterino, não faz mal à
saúde e é de fácil acesso. A camisinha
masculina é um envoltório de látex que
recobre o pênis, retendo o esperma no
ato sexual, impedindo o contato dele e
de microorganismos com a vagina e o
pênis ou vice-versa.
 1. Ser de boa qualidade e estar sempre
disponível;
 2. Cuidado na abertura da embalagem e no
manuseio;
 3. A colocação deve ser sempre feita com pênis
ereto antes da penetração;
 4. Segurar a ponta do reservatório de semen p/
evitar acúmulo de ar;
 5. Proceder a retirada do pênis pressionando as
bordas do condom contra o mesmo;
 6. Deve ser usado uma única vez e descartado.
Vantagens desvantagens
É um método seguro quando Alguns dizem que ela diminui a
usado corretamente; sensibilidade e “quebra o clima”;

Não é prejudicial à saúde; Muitas mulheres têm medo e


vergonha de parecer vulvar, ou
de aparentar estar pondo em
dúvida a fidelidade do parceiro;

Além de ser contraceptivo, evita Algumas pessoas afirmam que


as DST, em especial a Aids; não planejaram ter relação e por
isso não dispunham de um no
momento,aumentando o riso
iminente de contrais DST.

O homem divide com a mulher a


responsabilidade de evitar a
gravidez;
É fácil de ser comprada;
Pode ser adquirida nos programas
de distribuição gratuita (postos).
 A camisinha feminina constitui-se em um
tubo de poliuretano com uma
extremidade fechada e a outra aberta,
acoplada a dois anéis flexíveis, também
de poliuretano, protegendo a cérvix
uterina, as paredes vaginais e a vulva. O
produto já vem lubrificado, devendo ser
utilizado uma única vez, destacando-se
que o poliuretano, por ser mais resistente
que o látex, pode ser utilizado com
vários tipos de lubrificantes.
 Para o uso do preservativo feminino é
necessário:
1. Retirar da embalagem somente na
hora do uso;
2. Flexionar o anel, de modo que possa ser
introduzido na vagina;
3. Com os dedos indicador e médio,
empurrar o máximo que puder, de
modo que fique sobrando um pouco
para fora, o que deve permanecer
assim durante a relação;
4. Retirar logo após a ejaculação,
tomando cuidado para que o líquido
seminal não escorra para dentro da
vagina.
 Se usada corretamente, sua eficácia é
alta, variando entre 82 e 97%.
 Pode ter como efeitos colaterais alergia
ou irritação, as quais podem ser
reproduzidas trocando a marca e o tipo,
além do uso do lubrificante à base de
água
Vantagens Desvantagens
É segura, porém a camisinha Alguns casais dizem que é mais
masculina é mais eficaz; perceptível do que a camisinha
masculina;
Não é prejudicial à saúde; É muito mais cara;
Além de ser um método O homem se exime da
contraceptivo, evita as DST, em responsabilidade de prevenir DST
especial a Aids;
Alguns homens preferem que a
mulher use.
Dispositivo circular de borracha com
borda firme flexível, que ao ser colocado na
vagina forma uma barreira física com o colo
do útero . Utilizar com espermicida!

Remover + de 6 e – de
24h
Ação: Torna mais difícil a passagem dos
espermatozóides pelo trato genital. Devido a:
• Atrofia endometrial por  dos receptores de
estradiol – se DIU hormonal!
• Diminuição do sobrevida do óvulo e ação
espermicida.
• Longa duração, eficaz e reversível!!

• Risco de DST e de alteraçães menstruais;


•Após ser colocado, o DIU pode permanecer no útero
por muitos anos. Dependendo do tipo, por 5 a 10
anos.
• Pode ser colocado 60 dias após o parto.
•Não exige disciplina em seu uso porque permanece
continuamente no corpo da mulher;
• DIU não é recomendado na presença ou suspeita de:
gravidez, câncer no útero ou nas trompas,
malformação no útero, hemorragias e presença de
anemia constante.
• DIU aumenta a possibilidade de inflamações e de
manutenção no caso de aquisição de alguma DST.
• Em presença de DST, o DIU não deve ser
recomendado. Caso já esteja em uso, deve ser
retirado.
• Exige um acompanhamento médico periódico.
• Não protege contra doenças sexualmente
transmissíveis (DST), incluindo a AIDS.Apesar de
seguro, pode ocorrer uma gravidez com o DIU.
Quando isso acontece, o risco de aborto é maior.
Não precisa ser usado todos os dias.
Não prejudica a saúde e nem interfere no ciclo
menstrual.
O tempo de ação dos espermicidas é de 2 h e necessita
reaplicação em relações sexuais prolongadas ou
repetidas.
Em algumas pessoas pode provoca alergias. (Nesse
caso recomendamos a suspensão do uso e o uso de
métodos de camisinhas com lubrificantes a base de
água)
Por não ter muita eficácia contra a gravidez, deve ser
usado junto com outros métodos de barreira: diafragma
ou camisinha.
A mulher toma diariamente e não precisa
utilizar métodos na hora da relação sexual.
Quando suspenso o uso da pílula, os ovários
voltam à função normalmente.
Regula o ciclo menstrual, diminui o fluxo
menstrual e alivia as cólicas .
Exige disciplina, pois deve ser tomada
diariamente, sempre no mesmo horário. Se a
mulher esquecer de tomar o comprimido
poderá engravidar.
Contra indicado para mulheres com mais de
35 anos e fumantes.
Não previne contra as DST/AIDS
Inibem ovulação através do (a):
• Bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise;
• Modificação do muco cervical - hostil à espermomigração;
•  contratilidade das tubas;
•  resposta ovariana às gonadotrofinas.

Podem ser: Monofásicas, bifásicas ou trifásicas;


Esteróides mais usados: EE = Etinilestradiol e LVG =
Levonorgestrel.
Usar: 1º comprimido no 1º dia da menstruação...
Contra – indicações: vasculopatias, diabetes, H.A.S., Lupus...
•Não interfere nas relações sexuais
•Não precisa ser usada no dia a dia.
•Exige os mesmos cuidados para o uso que a
pílula anticoncepcional;
•Alguns tipos acarretam sobrecarga
hormonal, portanto aumento da circulação
sanguínea, com risco de varizes, hipertensão,
trombose e problemas circulatórios;
•Não deve ser utilizada por fumantes ou
mulheres acima de 35 anos de idade.
• A mulher introduz diariamente e não precisa
utilizar métodos na hora da relação sexual.
• Como é colocada na vagina não causa mal
estar estomacal, nem vômitos ou náuseas.
• Quando suspenso o uso dessa pílula vaginal,
os ovários voltam à função normalmente.
• Regula o ciclo menstrual, diminui o fluxo
menstrual e alivia as cólicas.
• Exige disciplina, pois deve ser introduzida na
vagina diariamente, sempre no mesmo horário.
• Se a mulher esquecer de tomar o comprimido
poderá engravidar.
• Contra indicado para mulheres com mais de 35
anos e fumantes.
• Não previne contra as DST/AIDS.
• Costuma ter um custo mais elevado do que as
pílulas anticoncepcionais orais.
• A mulher introduz na vagina e não precisa
utilizar métodos na hora da relação sexual.
• Como é colocada na vagina não causa mal
estar estomacal, nem vômitos ou náuseas.
• Quando suspenso o uso desse anel vaginal, os
ovários voltam à função normalmente.
• Regula o ciclo menstrual, diminui o fluxo
menstrual e alivia as cólicas.
• É contra indicado para mulheres com mais de
35 anos e fumantes.
• Não previne contra as DST/AIDS.
• Costuma ter um custo mais elevado do que as
pílulas anticoncepcionais orais.
•É um adesivo anticoncepcional que deve
ser colado na pele, em diversos locais do
corpo, permanecendo na posição
durante uma semana.
•A mulher não precisará tomar a pílula
todo dia e nem esquecerá.
•Os hormônios serão absorvidos
diretamente pela circulação evitando
alguns efeitos colaterais desagradáveis
da pílula oral.
• A mulher não precisa se preocupar com a
utilização de métodos no dia-a-dia. É contra
indicado para mulheres com mais de 35 anos
e fumantes. ·
• Não previne contra as DST/AIDS.
• Reduz o ciclo menstrual com o passar do
tempo e tende a suprimi-lo (a mulher passa
a não menstruar mais).Seu uso não pode ser
interrompido instantaneamente, é necessário
procurar um médico para retirar o implante.
Lei : “ Esterilização cirúrgica voluntária” Permitida para: homens
e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de
idade ou pelo menos dois filhos vivos, desde que observado o
prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o
ato cirúrgico, período em que será propiciado à pessoa
interessada, acesso ao serviço de regulação de fertilidade,
incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando
desencorajar a esterilização precoce.

Proibido realização de LT durante cesárea ou aborto, até 42 dias


após. Exceto se condição de risco comprovado e registrado.
Portaria 048 11 / FEV / 1999
• A mulher não precisa mais utilizar outros
meios para evitar a gravidez.
A possibilidade de falha é muito rara.
• Trata-se de uma cirurgia, portanto com os
mesmos riscos que qualquer outra, exigindo
exames pré-operatórios, internação e
anestesia.
• A cirurgia é definitiva e irreversível, pois o
retorno favorece gravidez nas trompas e não é
recomendado.
• Várias mulheres se arrependem de não poder
engravidar mais, anos após a realização da
cirurgia, apesar de no momento da operação
terem tido certeza da escolha.
• Este método não protege contra as DST/Aids.
• Este método não altera o desempenho sexual.
• Favorece a participação do homem na contracepção.
• A cirurgia é simples, com anestesia local e pode ser
realizada em consultório não havendo necessidade de
internação.
• Não há mais necessidade de uso de outros métodos
contraceptivos.
• Por ser uma cirurgia, necessita de exames pré
operatórios.
• A cirurgia é de difícil reversão por isso deve ser uma
escolha bem pensada.
• Há muitos casais que se arrependem ou homens que
casam com novas parceiras que desejariam ter filhos.
• É necessário o uso de outro método contra a gravidez
nas próximas ejaculações após a cirurgia.
• Este método não protege contra as DST, inclusive a
AIDS
Um tablete original contém dois comprimidos.
O primeiro comprimido deve ser tomado no
máximo 72 horas após a ocorrência de uma
relação sexual desprotegida (nunca após esse
prazo). O segundo deve ser tomado 12 horas
após o primeiro. Se ocorrer vômito, a dose
deve ser repetida.

Índice de falha:
Se usada até 24 horas da relação - 5 %.
Entre 25 e 48 horas - 15 %.
Entre 49 e 72 horas - 42 %
Não chore
porque
terminou,
sorria
porque
aconteceu.
OBRIGADA !

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