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INSTITUTO POLITÉCNICO DE EMPREGO E GESTÃO DE

NEGÓCIOS – INATEC
Visão Empreendedora e Profissional

Curso de Saúde Materno Infantil 1º Ano


TEMA: PLANEAMENTO FAMILIAR

Disciplina: HIV/SIDA
Docente: dra Albertina Macuácua

Matola, Fevereiro de 2024


PLANEAMENTO FAMILIAR
O planeamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas têm acesso a informação,
a métodos de contracepção eficazes e seguros, a serviços de saúde que contribuem para a
vivência da sexualidade de forma segura e saudável.
É o direito que toda pessoa tem à informação e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e
conscientemente por ter ou não ter filhos. Este programa para ser eficaz deve englobar acções de
prevenção à gravidez precoce através da educação sexual.
Também Planeamento Familiar é um conjunto de acções que auxiliam homens e mulheres a
planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez não planejada. Todas as pessoas
possuem o direito de decidir se terão ou não filhos, e o Estado tem o dever de oferecer acesso a
recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática do
planeamento familiar.
O objectivo do planeamento familiar é garantir que qualquer casal, homem ou mulher que
tenha o numero de filhos que desejam e quando desejam.

II. MÉTODOS DE PLANEAMENTO FAMILIAR


Os métodos de planeamento Familiar são vários, entretanto iremos abordar os abaixo
mencionados.
 Métodos naturais/comportamentais. (Lactação, abstinência sexual, coito interrompido,
duchos vaginais, calendário, Muco Cervical e Temperatura basal);
 Métodos hormonais (contraceptivos orais, Depoprovera, Implante, etc)
 Métodos de barreira (preservativos feminino e masculino, diafragma e espermicidas)
 Métodos intra-uterinos. DIU.
 Métodos cirúrgicos. (Laqueação e vasectomia)
 Contracepção de emergência.

Os métodos contraceptivos naturais são formas de evitar a gravidez, sem o uso de medicamentos
ou dispositivos como a camisinha ou diafragma, por exemplo. Estes métodos
geralmente baseiam-se nas observações do corpo da mulher e do ciclo menstrual para estimar o
período fértil.
Embora esses métodos tenham as vantagens de serem completamente naturais e de não utilizar
harmónios, também possuem várias desvantagens, especialmente por não serem totalmente
eficazes e não prevenirem a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis.

A contracepção natural requer que não se tenha relações sexuais durante o período fértil da
mulher, sendo necessário o conhecimento do ciclo menstrual que pode levar até 12 ciclos.
Actualmente, alguns aplicativos de celular, em que se pode inserir dados do ciclo menstrual, do
muco e da temperatura, são úteis para ajudar a estimar o período fértil.

Em geral os métodos comportamentais tem

Baixa eficácia em uso rotineiro.

• Desaconselha-se o uso desses métodos em mulheres que apresentam longos perí-

odos de anovulação, ciclos irregulares ou amenorreia, assim como nas adolescentes,

nos períodos pós-parto, pós-aborto, durante a amamentação e na perimenopausa;

ou seja, nas situações em que as mulheres tenham dificuldade de interpretar seus

sinais de fertilidade. Esses métodos também não estão indicados em casos onde a

mulher tem dificuldades de seguir as orientações de uso do método e cuja gravidez

constitui risco de vida (LIMA,2005).

• Esses métodos requerem disciplina, conhecimento do funcionamento do corpo,

observação atenta e a cooperação de ambos os parceiros.

• A eficácia depende de seu uso correto e da cooperação de ambos os parceiros.

• Não têm efeitos colaterais orgânicos.

• Favorecem o conhecimento da fisiologia reprodutiva.


Lactação
É um método de planeamento familiar provisório baseado no efeito natural que a amamentação
tem sobre a fertilidade. (“Lactacional” significa relativo à amamentação. Que provoca
“Amenorréia” significa ausência de menstruação.)
Este método (LACTAÇÃO-AMENORRÉIA) baseia-se no aleitamento materno exclusivo nos
primeiros meses de pós-parto garante o espaçamento das gravidezes

Durante essa fase, a mulher não está fértil, sendo que geralmente volta a ovular de 10 a 12
semanas após o parto.

O método da amenorreia lactacional não é um bom método contraceptivo, pois a mulher pode
ovular e não perceber, principalmente porque não há uma previsão de quando a menstruação
voltará ao normal. Além disso, não é recomendado para mulheres que não amamentam.

Vantagens

 Fornece o alimento ideal, mais barato e seguro até aos 6 meses (isto é para a família);
 O leite materno é completo em termos de nutrientes assegurando o crescimento e
desenvolvimento saudáveis do bebé;
 Contém agentes protectores, prevenindo contra o aparecimento de várias infecções como
diarreias, infecções intestinais e respiratórias;
 Ajuda a prevenir contra o excesso de peso e a obesidade na infância;
 Contém gorduras em quantidade e qualidade que favorecem o desenvolvimento do
cérebro da criança, o que favorece a sua capacidade de aprendizado na idade escolar;
 Apresenta uma digestão fácil;
 Reforça os laços afectivos com a mãe;
 Favorece o desenvolvimento mental do bebé;

Desvantagens

 Mulher pode ovular e não perceber (Gravidez indesejada)


 O aleitamento materno deve ser a única fonte de alimento do bebê. Portanto, a
amamentação deve ser exclusiva ao seio, na hora em que o bebê quiser, durante o dia e
durante a noite, sem chás, sucos ou água.

 Não protege o bebé contra infeções.

Método do calendário ou tabelinha

O método do calendário, também conhecido como tabelinha ou método Ogino Knaus, consiste
em evitar relações sexuais durante o período fértil. Para isto, deve-se calcular o início e o fim do
período fértil, baseado no calendário menstrual.

O método do calendário baseia-se nas últimas 12 menstruações. Assim, para calcular o período
fértil deve-se subtrair 18 dias do ciclo mais curto e 11 dias do ciclo mais longo. Por exemplo,
para uma mulher em que os ciclos variam de 28 dias a 30 dias, do dia 10 (28 menos 18) até o dia
19 (30 menos 11) de cada ciclo, não se deve ter relações sexuais. Quanto maior a variação dos
ciclos menstruais, maior o período de abstinência.

Mulheres com ciclo menstrual regulado têm melhores resultados com esse método, entretanto,
ainda é um método pouco eficaz para evitar a gravidez.

Vantagens

 Ajuda a descobrir quando é o período fértil, 


 É livre de hormônios.


 Não tem efeitos colaterais.

 Não interfere na fertilidad 

Desvantagens
 Exige um estilo de vida regrado.
 Não é confiável e apresenta alto índice de falhas.
 Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

Duchos vaginais

Consiste na lavagem do canal vaginal com água ou com uma solução de água e anticéptico.
Pouco eficaz

Método da temperatura basal

O método da temperatura corporal basal, baseia-se na variação de temperatura do corpo da


mulher, que pode estar mais elevada durante a ovulação. Este aumento de temperatura pode
chegar até 12ºC.

É um método simples, mas que requer tempo e disciplina pois a mulher tem que verificar a
temperatura todos os dias pela manhã, antes de se levantar. Para medir a temperatura, pode-se
usar o termómetro analógico ou digital e as medidas devem ser anotadas para se fazer um gráfico
e, assim, observar os dias mais férteis, que são os dias em que a temperatura está mais elevada.
Nesses dias, a mulher deve evitar ter relações sexuais para não engravidar.

Vantagens

É simples e acessível. É fácil de fazer em casa. Pode ajudá-la a compreender seu ciclo menstrual
e sua fertilidade.

Desvantagens

Mudanças nos padrões de sono e não ingestão do álcool, necessita de um termómetro digital, e
deve-se medir a temperatura as primeiras horas.

Este método não é totalmente eficaz pois factores como stresse, insónia, doenças e até mesmo a
forma como se mede a temperatura, podem levar ao aumento da temperatura corporal.

3. Método do muco cervical


O método do muco cervical, também conhecido como método de Billings, é baseado na
observação do muco vaginal. Logo após a menstruação, a vagina fica seca e durante a ovulação
ocorre produção de muco cristalino, semi - transparente, sem odor, e elástico, semelhante à clara
de ovo. A presença desse muco indica que a mulher está fértil e não deve ter relação sexual
desde o primeiro dia do aparecimento do muco e até sete dias após parar o muco.

Para verificar a presença do muco, a mulher deve inserir dois dedos no fundo O método do coito
interrompido implica no homem retirar o pénis da vagina no momento da ejaculação, limitando
as chances do esperma atingir o óvulo. Entretanto, durante as preliminares e mesmo antes de
ejacular. Além disso, é necessário que o homem tenha auto-controle e saiba o momento exacto
em que está prestes a ejacular. Ainda, é preciso muita confiança da mulher no parceiro para
utilizar o método do coito interrompido.

Desvantagem : Este método tem baixíssima eficácia, além de interromper o momento íntimo do
casal.

Coito Interrompido
O coito interrompido é quando, numa relação sexual, o homem pressente a ejaculação, retira o
pénis e ejacula fora da vagina. É um dos métodos contraceptivos mais antigos que existe.
Possui baixa efectividade, pois as secreções do pénis na fase de excitação podem conter
espermatozóides viáveis. Além disso, pode ser difícil conter a ejaculação. Mesmo quando há o
controle, é possível que alguns espermatozóides estejam na uretra devido à liberação do fluido
pré-ejaculatório (também conhecido como lubrificação) e com isso, a possibilidade de haver
fecundação também existe.
Eficácia de 64 %.
Vantagens

É um método que pode ser usado por qualquer pessoa, pois não possui contra-indicação, além de
ser uma alternativa que não afecta a fertilidade do casal. Entretanto, como desvantagem,
destaca-se a não protecção contra doenças sexualmente transmissíveis.

CONTRACEPÇÕES ORAIS
Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais, são
esteroides utilizados isoladamente ou em associação, com a finalidade básica de impedir a
concepção. Entretanto, atualmente, seu emprego clínico transcende a indicação exclusiva como
método contraceptivo. Os anticoncepcionais hormonais orais classificam-se em: • Combinados:
monofásicos, bifásicos e trifásicos.. Os anticoncepcionais orais combinados contêm dois
hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo ovário da
mulher. São mais conhecidos como pílula
Eficácia A eficácia das pílulas anticoncepcionais relaciona-se diretamente à sua forma de
administração, ou seja, esquecimento na ingestão de comprimidos e irregularidades na posologia
podem interferir. A orientação adequada é fundamental para que as mulheres usem a pílula
corretamente. São muito eficazes quando usadas correta e consistentemente, podendo a sua taxa
de falha ser da ordem de 0,1%, ou seja, uma mulher grávida em cada 1.000 mulheres no primeiro
ano de uso
A minipílula ou pílula sem estrogênio possui somente progesterona. É a pílula indicada para
mulheres que estão amamentando e querem evitar uma nova gravidez.
Tipos As pílulas combinadas dividem-se em monofásicas, bifásicas e trifásicas. Nas
monofásicas, que são as mais comuns, a dose dos esteróides é a mesma nos 21 ou 22
comprimidos ativos da cartela. A apresentação pode ser em cartelas com 21 ou 22 comprimidos
ativos ou em cartelas com 28 comprimidos, sendo 21 ou 22 comprimidos ativos, que contêm
hormônios, seguidos de 6 ou 7 comprimidos de placebo, de cor diferente, que não contêm
hormônios. As pílulas combinadas bifásicas contêm dois tipos de comprimidos ativos, de
diferentes cores, com os mesmos hormônios, mas em proporções diferentes. Devem ser tomadas
na ordem indicada na embalagem. As pílulas combinadas trifásicas contêm três tipos de
comprimidos ativos, de diferentes cores, com os mesmos hormônios, mas em proporções
diferentes. Devem ser tomadas na ordem indicada na embalagem.

Contra Indicação
 Câncer de mama atual ou anterior
 Cirrose descompensada grave, adenoma hepatocelular ou câncer hepático
 A tromboembolia venosa

 Enxaqueca com aura ou enxaqueca de qualquer tipo em mulheres > 35


 Hipertensão
 Doença cardíaca isquêmica
 Miocardiopatia periparto
 Diabetes por > 20 anos ou com doença vascular (p. ex., neuropatia, nefropatia,
retinopatia)
 Distúrbios cardíacos valvares com complicações
 Transplante de órgão sólido com complicações

EFEITOS SECUNDÁRIOS

Efeitos secundários. Os principais efeitos secundários que podem estar relacionados com o uso
da pílula são: • Alterações de humor, como depressão e menor interesse sexual, que são pouco
comuns. • Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico (mais comum nos três primeiros meses). •
Cefaleia leve. • Leve ganho de peso. • Nervosismo. • Acne (pode melhorar ou piorar, mas
geralmente melhora). • Tonteira. • Mastalgia. • Alterações do ciclo menstrual: manchas ou
sangramentos nos intervalos entre as menstruações, especialmente quando a mulher se esquece
de tomar a pílula ou toma tardiamente (mais comum nos três primeiros meses), e amenorreia. •
Cloasma.

Complicações • Acidente vascular cerebral. • Infarto do miocárdio. • Trombose venosa profunda

Vantagens

 Diminui a incidência de gravidez ectópica, câncer de endométrio, doença inflamatória


pélvica (DIP), mioma uterino. • Pode ajudar a prevenir câncer de ovário e cistos de
ovário. • Pode ajudar a diminuir a frequência de crises de falcização, em portadoras de
anemia falciforme, por promover estabilização da membrana das hemácias. • Pode ajudar
a diminuir a frequência de crises convulsivas, em portadoras de epilepsia. • Muito eficaz
e seguro • Alterações no ciclo menstrual são comuns • Atraso no retorno da fertilidade •
Pode ser usado durante a amamentaçãoRedução da doença inflamatória pélvica (DIP);
 Redução da frequência de cistos funcionais de ovário;
 Redução da incidência do adenocarcinoma de ovário e endométrio
 Redução da doença benigna da mama;
 Redução da desmemoria e dos ciclos hipermenorrágicos;
 Redução da anemia.

Desvantagens

Em algumas mulheres, pode causar redução do apetite sexual; A progesterona, hormônio contido
nas pílulas, pode causas retenção de líquido e inchaço; Altera a coagulação do sangue, o que
pode levar à formação de coágulos dentro dos vasos; Pode causar dores de cabeça, enxaquecas e
alterações no humor.

Método injectável

Os anticoncepcionais injetáveis mensais são combinados e, em suas diferentes formulações,


contêm um éster de um estrogênio natural, o estradiol e um progestogênio sintético,
diferentemente dos anticoncepcionais orais combinados, nos quais ambos os hormônios são
sintéticos.
O anticoncepcional injetável possui o mesmo mecanismo de ação das pílulas, pois ele suspende
a ovulação, reduz a espessura endometrial e espessa o muco cervical. O fluxo menstrual pode
diminuir devido a maior quantidade de hormonios no contraceptivo, basicamente, existem
quatro tipos de injecção: intradérmica, subcutânea, intravenosa e intramuscular. A diferença está
no ponto do corpo que elas atingem.
Efeitos secundários • Alterações do ciclo menstrual: manchas ou sangramento nos intervalos
entre as menstruações, sangramento prolongado e amenorreia. • Ganho de peso. • Cefaleia. •
Náuseas e/ou vômitos. • Mastalgia. Riscos • Embora não existam dados sobre os efeitos dos
anticoncepcionais injetáveis mensais sobre a composição e a quantidade do leite materno, seu
uso entre as lactantes deve ser evitado, pelo menos até o sexto mês após o parto. • Para evitar o
risco de doença tromboembólica no período puerperal, não devem ser utilizados antes dos 21
dias após o parto, entre não lactantes. • Podem causar acidentes vasculares, tromboses venosas
profundas ou infarto do miocárdio, sendo que o risco é maior entre fumantes (mais de 20
cigarros/dia), com 35 anos ou mais.
Eficácia São muito eficazes. A taxa de falha desse método varia de 0,1% a 0,3%, durante o
primeiro ano de uso.
Vantagens
É fácil de utilizar, não interfere com o contacto íntimo, é um método reversível e não altera a
flora vaginal promove a diminuição do fluxo menstrual, combate os sintomas da TPM, diminui o
risco de câncer de endométrio, de ovário e de doença inflamatória pélvica. Pode afectar o peso;
Pode demorar um ano para que sua menstruação e fertilidade voltem após parar a injecção; Pode
causar efeitos colaterais, como perda de cabelo, diminuição da libido, alterações de humor e
dores de cabeça

Desvantagens
Não protege contra DST's, pode levar a aumento do peso e não pode ser usado em vários casos,
como problemas no fígado ou pressão alta, metroragia, emagrecimento, cefaleias.

O implante
O implante contraceptivo é uma pequena cápsula de 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro,
contendo o hormônio etonogestrel. Este dispositivo é semelhante a um palito de fósforo em seu
tamanho, e tem como função impedir a liberação do óvulo no ovário, além de alterar a secreção
de muco no colo do útero, dificultando a entrada de espermatozoides.
Os implantes são métodos contraceptivos constituídos de um sistema de silicone polimerizado
com um hormônio no seu interior, responsável pelo efeito anticoncepcional quando liberado na
corrente sanguínea. Esse sistema é disponível atualmente no Brasil à base de progestagênio. O
mais comercializado contém etonogestrel (3-keto-desogestrel). Tipos e composição Os implantes
atualmente existentes são: • Implantes que contêm levonorgestrel: norplant e norplant 2. •
Implantes que contêm acetato de nomegestrol: uniplant. • Implantes que contêm nestorone ou
elcometrina: elmetrin. • Implantes que contêm etonogestrel (3-keto-desogestrel): implanon
Vantagens
Além do longo tempo de duração e o fato de ser um método prático, o implante contraceptivo
apresenta diversas vantagens como a possibilidade de ser usado como tratamento para
desmemoria (cólica e outros desconfortos na menstruação) e o uso por mulheres que estão
amamentando.
 Prevenção da gravidez ectópica (gestação do óvulo fora do útero);
 Alta eficiência na prevenção da gravidez, iniciando poucos dias após o implante;
 Redução da tensão pré-menstrual;
 Redução da menstruação, ideal para mulheres com fluxos intensos;
 Alternativa para o uso do estrógenio, visto que muitas mulheres não podem realizar o uso
de anticoncepcionais à base desse hormônio;
 Não afecta o sistema gástrico e hepático
 Tratamento para doenças ginecológicas como endometriose, adenomiose, miomas, TPM,
reposição hormonal da menopausa

Desvantagens

 Ganho de peso;
 Aumento de acne;
 Sangramento irregular e falta de menstruação;
 Dores de cabeça, perda de libido, variações no humor e cistos nos ovários também foram
relatados.

 Ausência da menstruação (Amenorreia)


 Menstruação em menor volume e diminuição de cólicas;
 Sangramentos irregulares eventualmente (metroragia)

Dispositivo intra-uterino (DIU)

Os dispositivos intra-uterinos (DIUs) são pequenos dispositivos de plástico flexíveis em forma


de T que são colocados no útero.

Efeitos secundários São efeitos secundários comuns (5 a 15% dos casos): • Alterações no ciclo
menstrual (comum nos primeiros três meses, geralmente diminuindo depois desse período) •
Sangramento menstrual prolongado e volumoso. • Sangramento e manchas (spotting) no
intervalo entre as menstruações. • Cólicas de maior intensidade ou dor durante a menstruação.

Vantagens

 Os DIUs previnem a gravidez ao


 Matar ou imobilizar os espermatozoides
 Impedir a fertilização do óvulo pelo espermatozoide
 Criar uma reacção inflamatória dentro do útero que é tóxica para o espermatozoide
 Altamente eficaz;

 Fácil de usar;
 Não requer lembrar um horário de uso diário, semanal ou outro;

 Seguro para a maioria das mulheres, incluindo adolescentes e mulheres que nunca
engravidaram;

 Alternativa à esterilização cirúrgica definitiva;

 Discreto e não interfere com a espontaneidade do sexo; Método de longa duração: o TCu-
380 A dura 10 anos após a sua inserção, mas pode ser retirado a qualquer momento, se a
mulher assim desejar ou se apresentar algum problema. • Muito eficaz. • Não interfere
nas relações sexuais. • Não apresenta os efeitos colaterais do uso de hormônios. • A
fertilidade retorna logo após a sua remoção. • Não interfere na qualidade ou quantidade
do leite materno. • Pode ser usado até a menopausa (até um

Desvantagem

 Pode aumentar os dias e a intensidade do fluxo menstrual e das cólicas.


 Cólicas fortes.
 Causar aumento do peso,
 Depressão, períodos longos sem menstruação,
 Perda da libido, acne, dores nas mamas e dores de cabeça em algumas pacientes.

DIAFRAGMA O diafragma é um método vaginal de anticoncepção que consiste em um capuz


macio de látex ou de silicone côncavo, com borda flexível, que recobre o colo uterino. Existem
diafragmas de diversos tamanhos, sendo necessária a medição por profissional de saúde treinado
para determinar o tamanho adequado a cada mulher. O produto de fabricação nacional está
disponível nos tamanhos: 60 mm, 65 mm, 70 mm, 75 mm, 80 mm e 85 mm.

Mecanismo de ação do diafragma impede a penetração dos espermatozoides no útero e trompas.


Eficácia A eficácia depende do uso do diafragma de forma correta, todas as vezes em que a
mulher tenha relação sexual. Em uso rotineiro, não consistente, são pouco eficazes: a taxa de
gravidez é de 20 para cada 100 mulheres, no primeiro ano de uso. Usados correta e
consistentemente são eficazes: a taxa de gravidez é de 6 para cada 100 mulheres, no primeiro ano
de uso. Prazo de validade A durabilidade do diafragma é de aproximadamente dois a três anos, se
observadas as recomendações do produto; após esse período deverá ser trocado. Efeitos
secundários Raramente ocorrem.

Benefícios não contraceptivos • Ausência de efeitos sistêmicos. • Prevenir algumas DST


(cervicites) e suas complicações. • Possivelmente auxilia na prevenção do câncer de colo de
útero.
ESPERMATICIDAS São substâncias químicas que, quando introduzidas na vagina, destroem
ou imobilizam os espermatozoides ou ainda inativam as enzimas necessárias para a penetração
deles no óvulo.

provocar lesões (fissuras/microfissuras) na mucosa vaginal e retal, dependendo da frequência de


uso e do volume A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta, então, que as mulheres que
estejam sob risco acrescido para a infecção pelo HIV/DST, especialmente as que têm muitas
relações sexuais diárias, não devem usar este métodos contraceptivos. Não se recomenda o uso
de espermicida para as mulheres que têm mais de um parceiro sexual ou cujos parceiros têm
outros parceiros/parceiras e não usam camisinha em todas as relações sexuais, pois, nessas
situações, existe maior risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis.

Eficácia Em uso rotineiro, não consistente, são pouco eficazes, a taxa de gravidez é de 26 para
cada 100 mulheres, no primeiro ano de uso. Usados correta e consistentemente são eficazes, a
taxa de gravidez é de 6 para cada 100 mulheres, no primeiro ano de uso.

O espermicida pode ter efeitos secundários • Irritação ou alergia na vagina ou pênis. • Fissuras e
microfissuras na mucosa vaginal ou retal, que são mais elevadas com o uso mais frequente
(várias vezes ao dia) e em dosagens mais elevadas

Laqueação tubária

A laqueadura tubária, também conhecida como ligadura tubária, ligadura de trompas e


anticoncepção cirúrgica voluntária, é um método de esterilização feminina que consiste em
algum procedimento cirúrgico de oclusão da trompa de Falópio, com a finalidade de interromper
a sua permeabilidade e, consequentemente, a função do órgão, com fim exclusivamente
contraceptivo. Laqueação tubária bilateral é um método contracepção cirúrgico. Neste
procedimento, as trompas de Falópio são interrompidas de forma a evitar a fecundação
do óvulo pelo espermatozoide

A eficácia desse procedimento é de quase 100%

 Vantagens e desvantagens da laqueadura?

 Contracepção eficaz e Permanente;

 Ausência do uso de hormônios;

 Acessível: a cirurgia é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde;

 Redução ou ausência de efeitos colaterais;

 Manutenção do desejo sexual e da libido;


Desvantagens da laqueadura tubária:

 Não evita a transmissão de DSTs;

 Muitas mulheres se arrependem e o procedimento, em alguns casos, é de difícil reversão;

 Complicações relacionadas à cirurgia ou à anestesia: embora o risco é bem reduzido,


pode ocorrer infecção no local da cirurgia ou sangramento interno;

Vasectomia

É uma cirurgia, relativamente simples, realizada em homens que não desejam ter filhos, sendo,
portanto, um método contraceptivo. Esse método é considerado definitivo, por envolver uma
cirurgia que garante a interrupção dos vasos deferentes, os quais são responsáveis por levar os
espermatozóides até a uretra, por meio do corte e da selagem dos vasos deferentes.

É um procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro e rápido. Consiste na ligadura


dos ductos deferentes. Tem por objetivo interromper o fluxo de espermatozoides em direção à
próstata e vesículas seminais para constituição do líquido seminal. Pode ser realizado em
ambulatório, com anestesia local, desde que se observem os procedimentos adequados para a
prevenção de infecções. É também conhecida como esterilização masculina e anticoncepção
cirúrgica masculina (HATCHER; RINEHART; BLACKBURN; GELLER; SHELTON, 2001;
GROMATZKY; LUCON; BAUTZER, 2005). A vasectomia não altera a vida sexual do homem.
O desejo e a potência sexual continuam iguais ao que eram antes da cirurgia. A única diferença é
que o esperma ejaculado não contém mais espermatozoides, mas não ocorrem alterações na
quantidade e no aspecto do esperma.

Vantagens

• É provavelmente um pouco mais eficaz. • É um pouco mais segura. • É mais fácil de ser
realizada. • É de menor custo. • Sua eficácia pode ser verificada a qualquer momento por meio de
espermograma. Eficácia Muito eficaz e permanente, com taxa de gravidez de 0,15 para cada 100
homens após o primeiro ano do procedimento (HATCHER; RINEHART; BLACKBURN;
GELLER; SHELTON, 2001)
 O paciente não precisa de internamento, e a recuperação é relativamente simples, sendo
necessários apenas alguns dias de repouso.
 É uma cirurgia simples, não dolorosa e em alguns casos provocará somente um desconforto
nos primeiros dias.
 É um dos métodos contraceptivos mais seguros, desde que o homem e/ou o casal decida que
não há o desejo de ter filhos.
 A vasectomia não interfere nas relações sexuais, na capacidade de ereção, no desejo sexual,
nem na possibilidade de chegar ao orgasmo. O homem que passou pelo procedimento de
vasectomia pode seguir com a vida sexual normalmente.
 Após a cirurgia, o homem pode retomar a sua vida sexual em uma semana. No entanto, é
recomendável que nas primeiras relações sexuais seja usada a camisinha, até a realização do
espermograma para ter a certeza de que não há mais espermatozoides.
 A vasectomia evita que haja a necessidade do uso de outros métodos contraceptivos, além de
ser um procedimento mais eficaz e sujeito a menos complicações do que a laqueação das
trompas na mulher.
 A vasectomia pode ser reversível, mas o sucesso da cirurgia de reversão depende de cada
caso. As chances de sucesso num homem que fez a vasectomia há muito tempo são menores
do que aqueles que fizeram recentemente.
Desvantagens
A vasectomia não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Durante os primeiros
meses, é necessário o uso de um método contraceptivo adicional para evitar gravidez. A reversão
da vasectomia é um procedimento completo, e trata-se de uma cirurgia cara e que pode não ser
100% eficaz.
Orientações importantes • Após a vasectomia, usar condons ou outro método anticoncepcional
eficaz durante as próximas 20 ejaculações ou por três meses após o procedimento. Estudos mais
recentes reforçam a orientação de que a liberação de relações sexuais sem proteção
anticoncepcional adicional só deverá ocorrer após a realização de um espermograma cujo
resultado indique azoospermia. • Realizar o espermograma três meses após a vasectomia ou após
20 ejaculações. • Liberar a atividade sexual sem outra proteção anticoncepcional somente quando
o espermograma não indicar presença de espermatozoides. • Enfatizar que a vasectomia não
protege contra DST/HIV/Aids. Estimular o uso da dupla proteção, orientando o uso combinado
da vasectomia com a camisinha masculina ou feminina.

ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Anticoncepção ou contracepção de emergência


consiste na utilização de pílulas contendo estrogênio e progestogênio ou apenas progestogênio
depois de uma relação sexual desprotegida, para evitar gravidez. Deve ser usada somente como
método de emergência, e não de forma regular, substituindo outro método anticoncepcional. O
método também é conhecido como “pílula do dia seguinte” ou “pílula pós-coital”, que utiliza
compostos hormonais concentrados e por curto período nos dias seguintes da relação sexual.
Indicação As indicações da anticoncepção de emergência são reservadas a situações especiais e
excepcionais. A anticoncepção não deve ser usada de forma planejada, previamente programada,
ou substituir método anticonceptivo como rotina. Entre as principais indicações da anticoncepção
de emergência, encontram-se: • Relação sexual sem uso de anticoncepcional. • Falha ou
esquecimento do uso de algum método: ruptura do preservativo, esquecimento de pílulas ou
injetáveis, deslocamento do DIU ou do diafragma. • No caso de violência sexual, se a mulher não
estiver usando nenhum método anticoncepciona
A eficácia da anticoncepção de emergência pode variar de forma importante em função do tempo
entre a relação sexual e a sua administração.
Acompanhamento • Aconselhar a mulher a retornar ou consultar um profissional de saúde se a
sua próxima menstruação for bastante diferente da usual, especialmente se: -- For escassa, e isso
não corresponder ao usual. -- Não ocorrer dentro de quatro semanas (gravidez é possível). -- For
dolorosa (possibilidade de gravidez ectópica. Porém a anticoncepção oral de emergência não
causa gravidez ectópica). • Orientar a mulher sobre doenças sexualmente transmissíveis e
investigar situações de risco ou agressão sexual. • Conversar com a mulher sobre a continuidade
da anticoncepção e a proteção contra DST/HIV/Aids e ajudá-la na escolha de um método
anticoncepcional eficaz.

Bibliografia

 FERTILITY APPRECIATION COLLABORATIVE TO TEACH SCIENCE. Billings Ovulation


Method. 2017. Disponível em:
<https://www.factsaboutfertility.org/wp-content/uploads/2017/12/BillingsPEH_REV3.pdf>.
Acesso em 02 dez 2019
 BREUNER, Cora Collette. Natural Contraception. Adolesc Med. 16. 603-616, 2005

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