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PLANEJAMENTO FAMILIAR

MÉTODOS
CONTRACEPTIVOS

Prof: Enf/Obstetra
Giselmo Pinheiro Lopes
PLANO DE AULA

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Conhecer os métodos contraceptivos existentes, as formas corretas de utilização,
vantagens e desvantagens, efeitos adversos e eficácia de cada método.
Conhecer os critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos contraceptivos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. MÉTODOS HORMONAIS: Orais, Injetáveis, Implantes subcutâneos, Adesivo, Anel
vaginal
2. ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
3. DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS (DIU): DIU de cobre, DIU com levonorgestrel
4. MÉTODOS CIRÚRGICOS: Vasectomia, Laqueadura tubária
5. AMENORREIA LACTACIONAL
6. MÉTODOS DE BARREIRA: Preservativos, Diafragma, Espermicidas
7. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS: Tabelinha , Coito interrompido, Temperatura
basal, Muco cervical
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PLANO DE AULA

MÉTODO
Aula expositiva dialogada.
Uso de slides e projetor multimídia.

AVALIAÇÃO
Participação na aula
Estudo dirigido

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PLANEJAMENTO FAMILIAR

Conjunto de ações e estratégias realizadas de acordo com a


necessidade reprodutiva de cada indivíduo, com o objetivo de
auxiliar aqueles que desejam engravidar ou fornecer
informações a respeito dos métodos contraceptivos utilizados a
fim de evitar uma gravidez indesejada.

(KAUNITZ, 2016; BARBIERI; ECKLER, 2016)

KAUNITZ, A. M. Contraceptive counseling and selection. UpToDate, 15 nov. 2016. Disponível em


https://www.uptodate.com/contents/contraceptive-counseling-and-selection
BARBIERI, R. L.; MARTIN, K. A. Overview of the use of estrogen progestin contraceptives. UpToDate, 17 ago. 2016.
Disponível em: <http://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-use-of-estrogen-progestin-contraceptives>.
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PLANEJAMENTO FAMILIAR
Direitos reprodutivos e sexuais

Os direitos reprodutivos englobam o direito de decisão sobre o número de filhos


que cada indivíduo deseja ter ou não e o direito de acesso à informação e métodos
para ter filhos ou não.

Os direitos sexuais envolvem os direitos de viver plenamente a sexualidade, de ter


relação sexual independentemente da reprodução, de ter educação sexual e
reprodutiva, bem como direito ao sexo seguro, entre outros direitos (BRASIL,
2013).

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde
reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
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PLANEJAMENTO FAMILIAR
Profissional de saúde e usuário do sistema de saúde

O profissional de saúde deve considerar as condições econômicas e estado de


saúde de cada pessoa, suas características pessoais, fase da vida, padrão de
comportamento sexual e fatores culturais e religiosos.
(BRASIL, 2013)
O usuário vai na opção por um método satisfatório, de acordo com a fase
reprodutiva em que se encontra, através de orientações a respeito de todos os
métodos contraceptivos existentes, formas de acesso, eficácia, modo de uso e
efeitos colaterais de cada método, além da prevenção de infecções sexualmente
transmissíveis. (KAUNITZ,
2016)
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde
reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
KAUNITZ, A. M. Contraceptive counseling and selection. UpToDate, 15 nov. 2016. Disponível em
https://www.uptodate.com/contents/contraceptive-counseling-and-selection

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CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE - MEC

Objetivo de auxiliar profissionais da saúde no aconselhamento para a escolha do


melhor método contraceptivo por cada indivíduo, levando em consideração a
história clínica com os possíveis efeitos adversos e/ou proibição estrita do uso de
algum método.

Deve-se ressaltar que são normas globais, portanto, recomenda-se que sejam
adaptadas de acordo com as condições de cada país (BRASIL, 2013).

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde
reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
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CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CRITÉRIOS MÉDICO DE ELEGIBILIDADE (MEC) PARA OS CONTRACEPTIVOS

MEC 1 Condição para a qual não existe restrição para uso do método.

Condição para a qual as vantagens na utilização do método ultrapassam os riscos teóricos ou


comprovados. As mulheres que se encaixam nesta categoria, apresentam uma história clínica
MEC 2
onde os métodos contraceptivos podem ser usados, porém com precaução e acompanhamento
profissional.

Condição para a qual os riscos comprovados ou teóricos dos métodos contraceptivos ultrapassam
as vantagens de uso do método. Nesta categoria, as mulheres devem ter uma avaliação clínica
MEC 3
cuidadosa e acesso facilitado aos métodos contraceptivos, devendo levar em consideração a
possibilidade de utilização de outros métodos para contracepção.

Condição a qual representa um risco de saúde inaceitável caso o método seja utilizado, portanto,
MEC 4
não deve ser utilizado.

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PLANEJAMENTO FAMILIAR: MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

 Principal indicador da qualidade de um programa de planejamento


familiar: satisfação da usuária/casal

Tipo de atendimento oferecido

 Não existe um método perfeito, inócuo e eficaz.


 O melhor método é aquele que mais se apropria
às necessidades da mulher ou do casal.

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PLANEJAMENTO FAMILIAR: MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

 Métodos hormonais
 oral
 contracepção de emergência
 injetável
 oral de progestogênio
 implante de cápsulas
 anel vaginal
 Dispositivos intra-uterinos
 DIU de cobre
 DIU hormonal
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MÉTODO CONTRACEPTIVO ORAL

São comprimidos que contêm estrógenos e progesteronas (sintéticos)


que influenciam no ciclo menstrual, inibindo a ovulação e tornando o
muco cervical mais espesso, o que dificulta a mobilidade dos
espermatozoides.

Podem ser divididos em:


i) combinados (monofásicos, bifásicos e trifásicos);
ii) apenas com progestágenos.

(FINOTTI, 2015)
FINOTTI, M. Manual de anticoncepção. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO), 2015.
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PÍLULA ORAL COMBINADA

•Pílula combinada monofásica: mesma dose de hormônio em todos os


comprimidos;
•Pílula combinada bifásica: contêm dois tipos de comprimidos ativos (cores
diferentes) em dosagens distintas. Devem ser tomados na ordem em que
indica a cartela;
•Pílula combinada trifásicas: contêm três tipos de comprimidos ativos (cores
diferentes) os mesmos hormônios em dosagens distintas, devendo ser
tomados na ordem da embalagem.
(BRASIL, 2013)
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva –
Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.

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PÍLULA ORAL COMBINADA

Eficácia: 0,1 mulheres grávidas por 100 mulheres (1 em cada mil).

VANTAGENS:
Muito eficazes quando usadas corretamente;
Não interferem no momento da relação sexual;
Podem ser usados pelo tempo que a mulher
desejar, não precisa fazer intervalos para descanso;
A mulher pode interromper o uso quando quiser;
A fertilidade retorna logo após deixar de tomar.

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PÍLULA ORAL COMBINADA
Modo de uso

Podem ser iniciados a qualquer momento, desde que a


mulher tenha certeza de que não está grávida
(CURTIS et al.,
2016).

Para maior eficácia do método, o recomendado é que a


mulher comece a tomar os comprimidos no primeiro dia do
ciclo (algumas mulheres desenvolvem precocemente o
folículo, antecipando a ovulação.
(BARBIERI; MARTIN, 2016)

BARBIERI, R. L.; MARTIN, K. A. Overview of the use of estrogen progestin contraceptives. UpToDate, 17 ago. 2016. Disponível
em: <http://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-use-of-estrogen-progestin-contraceptives>.
CURTIS et al. U.S. Selected Practice Recommendations for Contraceptive Use. Morbidity and Mortality Weekly Report. v. 65, n. 4,
2016. Disponível em <https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/rr/rr6504a1.htm#suggestedcitation>. 14
PÍLULA ORAL COMBINADA
Modo de uso

 Início do primeiro ao quinto dia: não há necessidade de outro tipo de


contracepção.
 Início após o 5º dia do ciclo: usar outro tipo de contracepção em conjunto em
até 7 dias ou se abstenha de relações sexuais nesse período.

(CURTIS et al., 2016)

Os comprimidos são tomados diariamente, no mesmo horário.


Cartelas com 21 comprimidos, 28, 22, 24 ou 26 comprimidos.
Em cartelas com 28 comprimidos, a pausa não deve ser feita.
(POLLI et al., 2009)
CURTIS et al. U.S. Selected Practice Recommendations for Contraceptive Use. Morbidity and Mortality Weekly Report. v. 65, n. 4, 2016.
Disponível em <https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/rr/rr6504a1.htm#suggestedcitation>.
POLI, M. E. H. et al. Manual de anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO.
Femina. v. 37, n. 9, 2009.
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PÍLULA ORAL COMBINADA

ESQUECEU?

O comprimido deve ser tomado assim que lembrado.


O comprimido seguinte, tomado no horário habitual, não havendo
contraindicações de serem tomados dois comprimidos no mesmo dia.
Se dois ou mais comprimidos forem esquecidos, é
recomendado que a mulher faça uso de outro método
contraceptivo em conjunto.
(BARBIERI; MARTIN, 2016)

BARBIERI, R. L.; MARTIN, K. A. Overview of the use of estrogen progestin contraceptives. UpToDate, 17 ago. 2016. Disponível
em: <http://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-use-of-estrogen-progestin-contraceptives>.
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ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO
Pílula combinada

Atrasou para começar a tomar a pílula?


Usar métodos de barreira ou abstinência até ter tomado as
primeiras 7 pílulas.
Esqueceu uma pílula?

Tome a pílula imediatamente. Continuar a cartela.


Esqueceu duas ou mais pílulas na sequência?
Tome a pílula assim que lembrar. Continuar a cartela
e usar métodos de barreira até o final da cartela.

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CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CATEGORIA CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE

Idade <40 anos, mulheres com mais de 42 dias pós-parto, pós-aborto 1º e 2º trimestres, gravidez
ectópica anterior, cirurgia pélvica anterior, veias varicosas, cefaleia ligeira ou grave no início do
método, epilepsia (em uso de anticonvulsivantes, ver interações medicamentosas), situações
depressivas (ver interações medicamentosas), perdas hemáticas vaginais irregulares, endometriose,
tumores benignos no ovário, dismenorreia grave, doença do trofoblasto benigna ou maligna, doença

MEC 1 benigna da mama, histórico familiar de neoplasia, neoplasia do endométrio, miomas uterinos, doença
inflamatória pélvica (DIP), infecções de transmissão sexual, excluindo HIV e hepatite, tuberculose,
histórico de diabetes gestacional, hipertireoidismo ou hipotireoidismo, hepatite viral (portadora),
talassemia, mulheres com alto riso de infecção para o HIV ou já infectadas, mulheres vivendo com a
forma clínica do HIV leve ou assintomático (AIDS).

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CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CATEGORIA CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE

Idade ≥40 anos, fumantes <35 anos, mulheres que estejam amamentando e tenham mais do que 6
meses pós-parto, de 21 a 42 dias pós-parto sem fator de risco para tromboembolismo venoso,
histórico de hipertensão durante a gravidez com avaliação da pressão arterial (PA) possível e normal,
trombose venosa superficial, histórico familiar de trombose venosa profunda (TVP), dislipidemias sem
qualquer outro fator de risco vascular conhecido, doença valvular cardíaca sem complicações, cefaleia
MEC 2
ligeira ou grave com o método já iniciado, enxaqueca sem aura (idade < 35) no início do método,
perdas hemáticas vaginais não explicadas, neoplasia cervical intraepitelial, neoplasia do colo do útero,
massa na mama não diagnosticada, diabetes sem doença vascular, doença da vesícula tratada com
colecistectomia, doença de células falciformes, mulheres sob terapia anti retroviral.

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CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CATEGORIA CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE

Mulheres que estejam amamentando de 6 semanas até 6 meses pós-parto, mulheres com
menos de 21 dias pós-parto mesmo sem fator de risco para tromboembolismo venoso,
fumantes ≥ 35 anos (menos de 15 cigarros/dia), mulheres com histórico de hipertensão
(incluindo na gravidez) quando a PA não pode ser avaliada, hipertensão controlada, mulheres
com pressão arterial sistólica de 140 a 159 ou diastólica de 90 a 99, enxaqueca sem aura (idade
MEC 3 <35) com o método já iniciado, enxaqueca sem aura com idade ≥ 35 no início do método,
mulheres que tiveram neoplasia da mama, mas não tem evidência da doença nos últimos cinco
anos, diabetes com lesão renal, oftalmológica ou neurológica (MEC 3 ou 4, dependendo da
gravidade), doença da vesícula tratada com medicamento ou em curso, cirrose compensada.

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CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CATEGORIA CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE

Mulheres que estejam amamentando com menos de 6 semanas pós-parto, fumantes ≥ 35 anos
(mais de 15 cigarros/dia), PA elevada (sistólica ≥ 160 ou diastólica ≥ 100), doença vascular arterial,
mulheres com menos de 21 dias pós-parto com fator de risco para tromboembolismo venoso,
história de TVP, e EP, TVP em curso, mutações trombogênicas conhecidas, doença cardíaca
MEC 4 isquêmica (atual ou histórico), acidente vascular cerebral (AVC) (ou histórico), doença valvular
cardíaca com complicações, enxaqueca sem aura com idade ≥ 35 e método já iniciado, enxaqueca
com aura em qualquer idade, neoplasia da mama, hepatite viral ativa, cirrose descompensada,
tumores do fígado

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PÍLULA ORAL DE PROGESTOGÊNIO

 Contém doses baixas de apenas um tipo de hormônio – progestogênio.


 São apropriadas para nutrizes, pois não reduzem a produção de leite.
 Mulheres que não estão amamentando podem usar essa pílula.

(CURTIS et al., 2016)

Mecanismo de ação: atua diretamente no endométrio e no muco cervical,


dificultado a passagem do espermatozoide.
Tem a vantagem de poder ser utilizada por pessoas com problemas
cardiovasculares e tabagistas, as quais têm contraindicação ao estrogênio.
(BRASIL, 2013)
CURTIS et al. U.S. Selected Practice Recommendations for Contraceptive Use. Morbidity and Mortality Weekly Report. v. 65, n. 4, 2016. Disponível em
<https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/rr/rr6504a1.htm#suggestedcitation>.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CATEGORIA CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE

Mulheres em qualquer idade, nulíparas ou multíparas, mulheres que estão entre 6 semanas e 6
meses no pós-parto e estejam amamentando, mulheres com mais de 6 meses pós-parto e
amamentando, mulheres em qualquer momento do pós-parto e que não estejam amamentando, pós-
aborto, cirurgia pélvica anterior, fumantes em qualquer idade, obesas, hipertensão controlada,
mulheres com PA sistólica de 140 a 159 ou diastólica de 90 a 99, histórico de hipertensão durante a
gravidez com avaliação da PA possível e normal, história familiar de TVP e EP, veias varicosas,
tromboflebite superficial, doença cardíaca, cefaleias, enxaqueca sem aura com idade <35 anos no
MEC 1 início do uso, enxaqueca sem aura com idade ≥35 anos no início do uso do método, epilepsia,
situações depressivas (ver interações medicamentosas), endometriose, tumores benignos do ovário,
dismenorreia grave, doença do trofoblasto benigna ou maligna, neoplasia cervical intraepitelial,
neoplasia do colo do útero, doença benigna da mama, história familiar de neoplasia mamária,
neoplasia do endométrio, miomas uterinos, DIP seguida ou não de gravidez ou em curso, infecções
sexuais, tuberculose, história de diabetes gestacional, patologias da tireoide, história de colestase
relacionada com a gravidez, portadoras do vírus da hepatite, anemias, mulheres com alto risco de
infecção pelo HIV, já infectadas e/ou com AIDS. 23
CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CATEGORIA CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE

Mulheres com menos de seis semanas pós-parto e que estão amamentando, gravidez ectópica,
obesas com fatores de risco para doenças cardiovasculares, histórico de hipertensão (incluindo na
gravidez), quando a PA não pode ser avaliada, pressão arterial elevada (sistólica ≥ 160 ou diastólica
≥ 100), doença vascular arterial, história de TVP e EP, doença cardíaca isquêmica, AVC, mutações
trombogênicas conhecidas, hiperlipidemia conhecida, enxaqueca sem aura com idade <35 anos com o
MEC 2 método já iniciado, enxaqueca sem aura com idade ≥35 anos com método já iniciado, enxaqueca com
aura em qualquer idade com o método no início do uso, perdas hemáticas vaginais irregulares,
abundantes ou não explicadas, massa na mama não diagnosticada, diabetes sem doença vascular
com lesão renal, oftalmológica ou neurológica, outras doenças vasculares ou diabetes com mais de 20
anos de duração, doença da vesícula tratada ou em curso, história de colestase relacionada com o uso
de contraceptivos orais combinados, cirrose compensada, mulheres sob terapia anti retroviral.

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CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CATEGORIA CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE

Mulheres com menos de 6 semanas pós-parto e estejam amamentando, TVP e EP em


curso, enxaqueca com aura em qualquer idade com o método já iniciado, mulheres que
tiveram neoplasia da mama, mas não tem evidência da doença nos últimos cinco anos,
hepatite viral ativa, cirrose descompensada, tumores do fígado benignos ou malignos.

MEC 3

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CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE – MEC
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Medical eligibility criteria for contraceptive use - 5th ed. 276p., 2015.

CATEGORIA CRITÉRIOS MÉDICOS DE ELEGIBILIDADE

Mulheres com neoplasia mamária atual.

MEC 4

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CONTRACEPÇÃO ORAL DE EMERGÊNCIA
Pílula do dia seguinte

Previne
gravidez após uma relação sexual sem proteção contraceptiva.
MECANISMO: inibição da ovulação, NÃO interrompe gestação em andamento.

Não deve ser usada como substituto dos


métodos de planejamento familiar.
Usos:
Sexo forçado;
Rompimento do preservativo;
deslocamento do DIU;
Esquecimento de duas ou mais pílulas.
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CONTRACEPÇÃO ORAL DE EMERGÊNCIA
Pílula do dia seguinte

Até 72 horas após uma relação sexual sem proteção contraceptiva.

Anticoncepcionais de progestogênio: com 0,075 mg - 20 pílulas.


Após 12h: 20 pílulas.
(Ovrette, Neogest, Norgeal)
Anticoncepcional de progestogênio: com 0,030 mg - 25 pílulas.
Após 12h: 25 pílulas.
(Nortrel)

Levonogestrel: com 0,75mg: 1 pílula. Após 12h 1 pílula.


(Postinor)
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CONTRACEPÇÃO ORAL DE EMERGÊNCIA
Pílula do dia seguinte

Combinados de baixa dosagem: com 0,15 mg de levonorgestrel e 0,03mg


(Microvlar, Nordette) de etinilestradiol - 4 pílulas.
Após 12h: 4 pílulas.
Combinados na dosagem padrão: com 0,25mg de levonorgestel e 0,05mg de
(Evanor, Neovlar) etinilestradiol - 2 pílulas.
Após 12h: 2 pílulas.

Pílulas de progestogênio são mais eficazes para a


contracepção de emergência do que as combinadas, e
causam menos náuseas e vômitos.

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ANTICONCEPCIONAL ORAL

30
ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL

Os contraceptivos injetáveis também podem ser


combinados
apenas de progestágenos

Mecanismo de ação: é o mesmo do anticoncepcional oral.


(BRASIL, 2013)

31
ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL

Podem ser mensais ou trimestrais, que é o caso dos


injetáveis de apenas progestágenos, indicados para
serem usados durante a amamentação.

Observa-se maiores alterações no ciclo menstrual,


podendo ocorrer sangramentos nos intervalos entre
os ciclos, sangramento prolongado ou amenorreia
(BRASIL, 2013; POLLI et al., 2009)

POLI, M. E. H. et al. Manual de anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia –
FEBRASGO. Femina. v. 37, n. 9, 2009.>
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde
reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
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ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL

Os injetáveis apenas de progesterona podem ser aplicados pela via intramuscular (150 mg) ou via subcutânea
(104 mg), sendo a única diferença entre elas a via de administração.

São administrados a cada 3 meses, preferencialmente até o 7º dia do ciclo, e caso não seja possível, é indicado
a associação com outro método pelos próximos 7 dias.
(CURTIS et al. 2016)

CURTIS et al. U.S. Selected Practice Recommendations for Contraceptive Use. Morbidity and Mortality Weekly Report. v.
65, n. 4, 2016. Disponível em <https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/rr/rr6504a1.htm#suggestedcitation>. 33
ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL

DESVANTAGENS:
 Alterações no fluxo menstrual (escapes,amenorréia)
 Aumento do peso
 Atraso no retorno da fertilidade (até que os níveis

hormonais sanguíneos caiam);


 Não protege contra DST e AIDs.

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ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL
QUANDO COMEÇAR:

MULHER QUE MENSTRUA NORMALMENTE: qualquer momento,


desde que não esteja grávida. Se estiver dentro dos 7 primeiros dias do
ciclo, não é preciso métodos de barreira. Após o 7° dia, usar método de
barreira por 48 horas.
PÓS-PARTO (AMAMENTANDO): 6 semanas após o parto.
PÓS-PARTO SE NÃO ESTIVER AMAMENTANDO: A qualquer
momento dentro de 6 semanas após o parto. Após 6 semanas, a
qualquer momento desde que não esteja grávida. Se não souber se
está grávida, usar métodos de barreira e aguardar o retorno da
menstruação para iniciar o uso de anticoncpcional.

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ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL
COMBINADOS/ MENSAIS

 Contém estrogênio e progestogênio;


 Método muito efetivo e reversível;
 Menor alteração no padrão menstrual do que o somente
de progesterona;
 Recomenda-se os mesmos critérios adotados para os
anticoncepcionais orais combinados.
aplicados uma vez por mês e proporcionarem o retorno à
fertilidade mais rapidamente (em média de 60 dias após a
última administração).
(BRASIL, 2013)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde
reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde, 300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013. 36
IMPLANTES SUBCUTÂNEOS

 São constituídos por um material maleável, siliconizado o qual contém


hormônio progestogênio que é liberado homogeneamente na corrente
sanguínea.
Permitem a liberação lenta e constante do hormônio, não
necessitando de nenhum tipo de ação e/ou manipulação por parte da
mulher, que poderiam gerar algum erro de uso.
(CURTIS et al., 2016; FINOTTI,
2015)

CURTIS et al. U.S. Selected Practice Recommendations for Contraceptive Use. Morbidity and Mortality Weekly Report. v. 65, n. 4, 2016. Disponível em
<https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/rr/rr6504a1.htm#suggestedcitation>.
FINOTTI, M. Manual de anticoncepção. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2015.
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IMPLANTES SUBCUTÂNEOS

 O implante deve ser inserido preferencialmente cinco dias após


o início da menstruação;
 A mulher deve realizar um teste de gravidez de urina antes do
implante;
 A mulher deve ser orientada a ficar em abstinência sexual ou
usar outro método contraceptivo durante sete dias após a inserção
do implante e realizar outro teste de gravidez após três ou quatro
semanas de uso do implante.

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IMPLANTES SUBCUTÂNEOS

• É um método de longa duração (de três a cinco anos), rapidamente


reversível após a sua remoção
• Pode ser usado por mulheres de todas as idades e não previne contra
as infecções sexualmente transmissíveis.
• Apresentam alguns efeitos secundários, como: sangramento,
amenorreia, acne, dor nas mamas, aumento do peso, cistos ovarianos,
inflamação ou infecção no local de implante.
(BRASIL, 2013; CURTIS et al., 2016)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva – Brasília : Ministério da Saúde,
300 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26), 2013.
CURTIS et al. U.S. Selected Practice Recommendations for Contraceptive Use. Morbidity and Mortality Weekly Report. v. 65, n. 4, 2016. Disponível em
<https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/65/rr/rr6504a1.htm#suggestedcitation>.
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IMPLANTES SUBCUTÂNEOS

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ANEL VAGINAL

•Anel vaginal flexível contendo etinilestradiol e etonogestrel que é colocado na vagina


permanecendo por três semanas, seguidas por sete dias de pausa.
•Libera quantidade definida de hormônio diariamente não permitindo que ocorra ovulação.
•Vintee um dias após a aplicação, o ciclo fica encerrado, ocorrendo um sangramento por
deprivação hormonal.
•Os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos
colaterais desagradáveis da pílula oral.
•Comrelação aos adesivos e aneis vaginais, os critérios médicos de elegibilidade são os
mesmos dos contraceptivos orais combinados.
(WHO, 2015)

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ANEL VAGINAL

42
ANEL VAGINAL

Pode ser colocado com a a mulher deitada, agachada ou de pé

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ANEL VAGINAL

Após ser retirado da embalagem deve ser flexionado conforme visto na figura

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ANEL VAGINAL

A mulher deve introduzi-lo na vagina empurrando-o com o dedo até não senti-
lo mais.

45
ADESIVO TRANSDÉRMICO

 Adesivo transdérmico com 3 adesivos para


um ciclo.
 Os hormônios (combinados) são absorvidos
pela pele diariamente.
 Eficácia: 1% de gestações.
 Utiliza ciclos de 21 dias.
 A troca do adesivo deve ocorrer toda a
semana nos dias 1, 8, 15.

46
ADESIVO TRANSDÉRMICO

47
ADESIVO TRANSDÉRMICO

48
ADESIVO TRANSDÉRMICO

VANTAGENS:
 Não é necessário tomar pílulas todos os
dias;
 Os hormônios (combinados) são absorvidos
pela pele para a circulação evitando efeitos
colaterais desagradáveis da pílula.

49
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO - DIU

 Dispositivo intra uterino de plástico flexível revestido de cobre.


 São inseridos no útero através da vagina.
 Mais comum: DIU de cobre.
 Menos comum: DIU hormonal – liberam continuamente hormônio
progestogênio (Mirena e Progestasert)

Impedem o encontro dos espermatozóides com o óvulo, pois


torna mais difícil a passagem.
Previne a implantação do ovo fertilizado na parede do útero.

50
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO - DIU

EFICÁCIA:
 Dura 10 anos
 Muito eficaz: 0,6 a 0,8% de gestação
 Os hormônios (combinados) são absorvidos
pela pele para a circulação evitando efeitos
colaterais desagradáveis da pílula.

51
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO - DIU

MLCu - 375
Tcu – 380A

52
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO - DIU

VANTAGENS:
 Contracepção eficaz e duradoura;
 Método de longa duração – 10 anos;
 Não há necessidade da mulher/casal
lembrar-se de nada;
 Não apresentam efeitos colaterais de
hormônios;
 Imediatamente reversível.
 Podem ser inseridos imediatamente após o
parto (exceto os hormonais)
53
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO - DIU

DESVANTAGENS:
 Alterações no ciclo menstrual: sangramento
prolongado e volumoso, escapes menstruais,
cólicas;
 Não previne contra DST/AIDS;
 Não é indicado para mulheres com múltiplos
parceiros ou que teve DST recentemente;
 Não se pode parar de usar o DIU por conta
própria (necessita profissional de saúde).
54
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO - DIU

55
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO HORMONAL- DIU
Mirena

56
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO HORMONAL- DIU
Mirena

57
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO HORMONAL- DIU
Mirena

PONTOS CHAVE:
 Método muito efetivo, reversível e de longa
duração;
 Baixa frequência de efeitos hormonais
sistêmicos;
 Alteração no padrão menstrual;
 Amenorréia prolongada;

58
DISPOSITIVO INTRA-UTERINO HORMONAL- DIU
Mirena

Consiste em uma matriz de plástico em forma de T


em cuja haste vertical foi adicionado um
reservatório contendo levonorgestrel, que libera
uma quantidade de hormônio no útero por 5 anos.

 Altera as características do muco cervical,


tornando-o impenetrável;
 Inibe a ovulação;
 Reduz a espessura do endométrio

59
PLANEJAMENTO FAMILIAR: MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

 Métodos comportamentais
 Calendário
 Muco cervical
 Temperatura corporal basal
 Métodos de barreira
 Preservativo feminino e masculino
 Espermicida
 Diafragma e capuz cervical
 Métodos definitivos
 Laqueadura tubária e vasectomia
60
MÉTODOS COMPORTAMENTIAS

Auxiliam a mulher a identificar o período fértil. O casal evita a gravidez mudando seu comportamento sexual
durante os dias férteis.

Abstinência sexual;
Uso de métodos de barreira;
Praticar coito interrompido.

IMPORTANTE: O casal nunca deve tentar adivinhar qual é o


período fértil e deve procurar abster-se de relações sexuais
neste período.

61
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
CALENDÁRIO
Ogino-Knaus, tabela, tabelinha, ritmo

Determinação do período fértil, por meio da observação do padrão


menstrual prévio, durante 6 a 12 meses, e do cálculo para encontrar seu
início e fim.

ORIENTAR A MULHER
Registrar o 1° dia da menstruação, duração
de cada ciclo, anotar o ciclo mais curto e o mais
longo.

62
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
CALENDÁRIO
Ogino-Knaus, tabela, tabelinha, ritmo

Subtrair 18 do número de dias do ciclo mais curto (estima-se o primeiro


dia do período fértil).
Subtrair 11 do número de dias do ciclo mais longo (estima-se o último
dia do período fértil).

O CASAL DEVE EVITAR RELAÇÕES SEXUAIS,


USAR MÉTODO DE BARREIRA DURANTE O
PERÍODO FÉRTIL

63
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
CALENDÁRIO
Ogino-Knaus, tabela, tabelinha, ritmo

Exemplo:
Se o ciclo menstrual da mulher variou de 26 a 32 dias durante o registro:
 26 - 18: 8. Evitar relações sexuais sem proteção a partir do dia 8 de
cada ciclo.
 32 – 11: 21. Relações sexuais sem proteção a partir

do 21° dia de cada ciclo.

Evitar sexo sem proteção do dia n.8 até o dia 21 do


ciclo, ou seja, 14 dias de cada ciclo menstrual.

64
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
CALENDÁRIO
Ogino-Knaus, tabela, tabelinha, ritmo

Este método é pouco eficaz, não sendo recomendado para mulheres com
doenças que predispõe gravidez de risco;
Índice de falha é de 14 a 47%.
Não é recomendado para mulheres com ciclo menstrual

irregular, com variação de 10 dias ou mais em cada


ciclo;
Não é recomendado para mulheres em lactação;

ou com alterações psicológicas.

65
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
MUCO CERVICAL
método de Billings, método da ovulação

 Baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-


observação das características do muco cervical
 No período fértil há aumento da umidade e da lubrificação da vagina
devido ação estrogênica e o muco torna-se:

 Transparente
 Elástico
 Escorregadio
 Semelhante à clara de ovo
66
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
MUCO CERVICAL
método de Billings, método da ovulação

ORIENTAR A MULHER
Examinar diariamente o muco cervical. Se perceber que a vagina está
úmida ou observar secreções nos dedos e na calcinha período fértil.

O CASAL DEVE EVITAR RELAÇÕES SEXUAIS,


USAR MÉTODO DE BARREIRA POR ATÉ 4 DIAS
APÓS O PICO DO MUCO

 A secreção de muco cervical atinge um pico


quando o muco está mais fino, fluido e elástico.

67
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
MUCO CERVICAL
método de Billings, método da ovulação

Muco cervical ovulatório com aproximadamente 8 cm

68
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
MUCO CERVICAL
método de Billings, método da ovulação

Este método é simples, toda mulher bem orientada pode identificar o


muco cervical;
Índice de falha é de 15 a 28%;
Não é recomendado para mulheres com alterações

psicológicas ou psiquiátricas graves;


Pode ser utilizado para concepção e contracepção.

69
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
TEMPERATURA CORPORAL BASAL (TCB)
Método térmico

Fundamenta-se nas alterações da temperatura corporal da mulher ao longo do ciclo


menstrual.
No período próximo à ovulação, ocorre aumento da TCB entre 0,3 e 0,8% devido a
ação da progesterona no centro termorregulador
do hipotálamo. Geralmente no meio do ciclo.

ORIENTAR A MULHER
 Verificar a temperatura diariamente a partir do 1° dia
do ciclo, pela manhã, antes de qualquer atividade,
durante 5 min., de preferência na mesma hora e
após um período de sono de 5 horas no mínimo.

70
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
TEMPERATURA CORPORAL BASAL (TCB)
Método térmico

 Para não engravidar: Evitar relações sexuais durante toda a primeira


fase do ciclo no pré-ovulatório até a manhã do dia
em que se observa o quarto dia de elevação da
TCB, acima da linha de base.

 Realizar este procedimento nos primeiros meses de


uso. Posteriormente, a abstinência poderá limitar-se
ao período de 4 a 5 dias antes da data prevista da
ovulação e até a manhã do quarto dia de
temperatura elevada.

71
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
TEMPERATURA CORPORAL BASAL (TCB)
Método térmico

Não é recomendado em casos de estresse, irregularidades menstruais;


Índice de falha é de 6 a 20%;
Não é recomendado para mulheres com alterações psicológicas ou
psiquiátricas graves; mulheres em climatério;
Não é recomendado em casos de mulheres com

período de sono irregular;


Pode ser utilizado para concepção e contracepção.

72
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
SINTOTÉRMICO
Múltiplos indicadores

 Significa a utilização de múltiplos indicadores da ovulação com a


finalidade de determinar o período fértil com maior precisão e
confiabilidade, reduzindo o período de abstinência sexual.

ORIENTAR A MULHER
 Início do período fértil:detectar aparecimento do muco

e fazer o cálculo do calendário.


 Final do período fértil: observar as modificações no

muco e avaliar as variações da TCB.

73
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
SINTOTÉRMICO

 A mulher deve estar familiarizada com as técnicas


naturais dos métodos do muco cervical, do calendário e
da TCB.
 As contra-indicações são as mesmas citadas nos
métodos individualmente.
 O índice de falha é de 6 a 19%

74
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
VANTAGENS

 Podem ser usados para contracepção e para concepção de acordo com


o desejo do casal;
 Não há efeitos colaterais orgânicos;
 Custo baixo ou inexistente;
 Eficazes quando usados corretamente;
 Reversíveis imediatamente;
 Requerem a participação do homem;
 Educam a população sobre o ciclo reprodutivo;

75
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS
DESVANTAGENS

 Em geral não são muito eficazes;


 Aprendizado do muco cervical e TCB pode levar até três ciclos;
 A prática da abstinência requer um período longo sem relações sexuais
vaginais – de 8 a 16 dias em cada ciclo;
 A abstinência pode ser difícil para alguns casais;
 Somente funcionam se ambos, homem e mulher

estiverem dispostos a colaborar corretamente


e consistentemente;
Não protege contra DTS/AIDS.

76
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS

A MAIORIA DAS MULHERES PODE USAR MÉTODO COMPORTAMENTAL

Magras/obesas Que não têm filhos


Que têm filhos Fumantes
Em situações de:
Hipertensão TVP
Varizes Cefaléia leve ou severa
Dismenorréia Endometriose
Anemia Cistos ovarianos
77
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVO MASCULINO
Camisinha, condon

É constituído por um envoltório de borracha de látex que se adapta ao


pênis ereto.
Oferece alta proteção anticoncepcional e protege contra DST/AIDS.
Não permitem que o esperma e os microorganismos

contidos no sêmen entrem em contato com a vagina;


Impedem que os microorganismos da vagina

penetrem no pênis.

Deve ser usado corretamente, todas as


vezes, para ser altamente eficaz.
78
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVO MASCULINO
Camisinha, condon

Índice de falha é de 2 a 10%.


Evita HIV/AIDS, gonorréia, sífilis, clamídia, tricomoníase.

ORIENTAR O CASAL
Uso adequado em todas as relações sexuais.
Deve ser colocado antes de qualquer contato do pênis
com os genitais femininos e ser sempre desenrolado
no pênis ereto – deixando um espaço na extremidade,
sem ar para depósito do sêmen.
Após a ejaculação deve ser retirado do pênis ainda
ereto.
79
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVO MASCULINO
Camisinha, condon

Com a ponta dos dedos aperta-se a ponta do


Desenrolar o preservativo desde a ponta até a
preservativo evitando a entrada de ar.
base, cobrindo totalmente o pênis sem esticar o
Assegurar-se de que o preservativo está do lado
preservativo.
correto. 80
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVO MASCULINO
Camisinha, condon

Desenrolar o preservativo desde a ponta até a base, cobrindo


totalmente o pênis sem esticar o preservativo.
81
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVO FEMININO
Camisinha feminina

É constituído de poliuretano transparente, é lubrificado e possui dois


anéis flexíveis.
Adequadamente posicionado recobre o colo do útero, paredes da vagina
e parte da vulva.
Protege contra a transmissão de DTS/AIDS.
Índice de falha: 3 a12%.
Contra-indicado em mulheres com alergia ao

poliuretano.

82
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVO FEMININO
Camisinha feminina

83
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVO FEMININO
Camisinha feminina

84
MÉTODOS DE BARREIRA
PRESERVATIVO FEMININO
Camisinha feminina

85
PRESERVATIVOS
VANTAGENS

 Previnem DST/AIDS e gravidez;


 Ajudam a proteger das complicações causadas pelas DSTs: DIP, dor
crônica, câncer de colo de útero, infertilidade;
 Podem ser usados logo após o parto;
 O uso pode ser interrompido a qualquer momento;
 Oferecem contracepção para sexo ocasional;
 Fácil de obter;
 Permite ao homem participar do planejamento familiar.

86
PRESERVATIVOS
DESVANTAGENS

 Preservativos de látex causam alergia em algumas pessoas;


 O lubrificante pode causar alergia em algumas pessoas;
 O casal precisa de tempo para colocar o preservativo, interrompendo a
relação sexual;
 Há uma pequena chance do preservativo romper;
 Podem tornar-se frágeis se não forem armazenados

de forma inadequada;
 Algumas pessoas podem ficar embaraçadas de

comprar preservativos, de pedir para o companheiro usar,


colocar e tirar o preservativo.
87
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
ESPERMICIDA, DIAFRAGMA E CAPUZ VAGINAL

É um método que a mulher coloca em sua vagina antes da relação sexual.


ESPERMICIDAS: tabletes, supositórios efervescentes, espuma,
supositórios que se dissolvem, geléias e cremes.

DIAFRAGMA: capuz macio de borracha que cobre o


colo. Deve ser usado com geléia ou creme.

CAPUZ CERVICAL: como um diafragma, mas menor.


Não é disponivel no Brasil (América do Norte, Europa,
Austrália e Nova Zelândia).
88
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
ESPERMICIDA

Anticoncepcional químico que forma uma película que recobre a vagina e o


colo do útero.
Atuam destruindo ou mobilizando os espermatozóides devido a lesão em
sua membrana celular.
Disponíveis no mercado na forma de:
 Cremes
 Geléias
 Espumas
 Óvulos

89
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
ESPERMICIDA
Recomenda-se o uso associado com outro método de barreira como preservativo ou diafragma, para aumentar a eficácia.

Fácil uso, baratos e isentos de efeitos colaterais

Pouco utilizados no Brasil e não são encontrados


facilmente

90
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
ESPERMICIDA

A qualquer momento no período de 1h antes da ESPUMA OU


relação sexual; CREME:
Aplicador com a espuma ou creme contidos na
lata do espermicida;
A mulher coloca o espermicida com o aplicador o
mais fundo possível;
No caso de espuma, deverá agitar o frasco e
depois aplicar.

91
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
ESPERMICIDA

Aplicar no máximo uma hora antes da relação TABLETES OU


sexual e pelo menos 10 min. antes. SUPOSITÓRIOS
Colocar o tablete ou supositório no interior da
vagina, o mais fundo possível com aplicador ou
com o dedo.
Armazenando: estocados em local seco e fresco,
pois podem derreter.

92
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
DIAFRAGMA

É um dispositivo circular de borracha ou silicone em forma de cúpula,


possui uma mola flexível em sua borda que ao ser introduzida na vagina
forma uma barreira física no colo do útero.

Possuem diversos tamanhos e deve ser medido por um profissional de saúde.


MEDIDA: arcada púbica à parede posterior da vagina.

Antes da introdução recomenda-se o uso de um espermicida para aumentar a


eficácia do método.

93
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
DIAFRAGMA

94
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
INSERINDO O DIAFRAGMA

95
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
INSERINDO O DIAFRAGMA

96
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
INSERINDO O DIAFRAGMA

97
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
INSERINDO O DIAFRAGMA

98
MÉTODOS DE BARREIRA VAGINAIS
REMOVENDO O DIAFRAGMA

Deve ficar no lugar por no mínimo 6 horas após a ejaculação.


Não deve ficar na vagina mais de 24 horas pois há risco de choque tóxico.
Coloca-se o dedo na vagina até sentir a borda do

diafragma.

Descola-se o diafragma para baixo e para fora. Cuidado para não rasgar com
as unhas.
Lavar com água e sabonete depois de cada uso.
Verificar se não apresenta furos.
Secar o colocar em local limpo e seco

99
MÉTODOS VAGINAIS
VANTAGENS

 Seguros, controlados pela mulher, quase todas podem usar;


 Prevenção de algumas DSTs (DIP,infertilidade);
 Contracepção somente quando necessário;
 Previne efetivamente a gravidez;
 Sem efeitos hormonais;
 Podem ser interrompidos a qualquer momento;
 Fáceis de usar mesmo com pouca prática;
 Diafragma: pode ser inserido até 6 horas antes da

relação sexual, não interrompendo a relação.


100
MÉTODOS VAGINAIS
DESVANTAGENS

 Os espermicidas podem causar irritação em algumas mulheres;


 Ter o método sempre à mão: pouca espontaneidade;
 Podem causar interrupção da relação se não forem

colocados antecipadamente;
 Os espermicidas podem ser desagradáveis pela

lubrificação excessiva;

101
MÉTODOS DEFINITIVOS
LAQUEADURA TUBÁRIA

 Método permanente de contracepção no qual as trompas são


seccionadas, ligadas ou ocluídas.
 O método requer procedimento cirúrgico simples, que pode ser feito via
laparoscopia .

 Método muito eficaz, mas depende de como as


trompas foram bloqueadas.

102
MÉTODOS DEFINITIVOS
LAQUEADURA TUBÁRIA
VANTAGENS

 Muito eficaz;
 Permanente;
 Não há necessidade da mulher lembrar-se do uso do método;
 Não interfere nas relações sexuais;
 Maior prazer sexual, pois não há preocupação;
 Não apresenta efeitos colaterais ao longo do tempo.

103
MÉTODOS DEFINITIVOS
LAQUEADURA TUBÁRIA
DESVANTAGENS

 A reversão é difícil e cara;


 Não protege contra DST/AIDS;
 Causa dor nos primeiros dias;
 Causa muito arrependimento.

104
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA

 Oferece anticoncepção permanente para homens que não desejam ter mais filhos.
 Procedimento cirúrgico simples, seguro e rápido.
 Não é castração, não afeta os testículos e não afeta

o desempenho sexual

 Método muito eficaz, mas depende de como as


trompas foram bloqueadas.

105
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA

106
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA

 Após a vasectomia o homem deve usar preservativo ou outro método


pelo menos nas primeiras 20 ejaculações ou nos primeiros três meses, o
que ocorrer primeiro.

107
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA
VANTAGENS

 Muito eficaz;
 Permanente;
 Não há necessidade do homem lembrar-se de contracepção;
 Não interfere nas relações sexuais;
 Não afeta o desempenho sexual do homem;
 Não há riscos para a saúde a longo prazo;
 Maior prazer sexual, pois não há preocupação

com gravidez.

108
MÉTODOS DEFINITIVOS
VASECTOMIA
DESVANTAGENS

 Desconforto por dois ou três dias;


 Requer cirurgia de pequeno porte;
 Não é imediatamente eficaz;
 Procedimento de reversão é trabalhoso e caro
 Não protege contra DST/AIDS.

109

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