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POLÍTICAS PÚBLICAS EM DEFESA DA PLURALIDADE CULTURAL

INTEGRAÇÃO DAS POLÍTICAS

Crislaine Fernandes
Daniele Cabral
Juliana Da Luz
Sthefany Amorim
Conjuntos de programas, ações e decisões tomadas pelos
governos (nacionais, estaduais ou municipais) com a participação,
direta ou indireta, de entes públicos ou privados que visam
assegurar determinado direito de cidadania para vários grupos da
sociedade ou para determinado segmento social, cultural, étnico
ou econômico. Ou seja, correspondem a direitos assegurados na
Constituição.
Políticas públicas com recorte de gênero são as que reconhecem a
diferença de gênero e, com base nesse reconhecimento, implementam
ações diferenciadas dirigidas às mulheres (Farah, 2004; Silveira, 2003).
Compreender a determinação social no dinâmico processo saúde-
doença das pessoas e coletividades requer admitir que a exclusão
social decorrente do desemprego, da falta de acesso à moradia e à
alimentação digna, bem como da dificuldade de acesso à educação,
saúde, lazer, cultura interferem, diretamente, na qualidade de vida e
de saúde.

Requer também o reconhecimento de que todas as formas de


discriminação, como no caso das homofobias que compreendem
lesbofobia, gayfobia, bifobia, travestifobia e transfobia, devem ser
consideradas na determinação social de sofrimento e de doença.
A SAÚDE É DIREITO DE TODOS
E DEVER DO ESTADO.

RELAÇÃO DIRETA COM OS


CONCEITOS DE IGUALDADE E DE
A CONSTITUIÇÃO JUSTIÇA.
AFIRMA QUE O ELA TRATA DO ATENDIMENTO AOS
ATENDIMENTO INTEGRAL INDIVIDUOS DE ACORDO COM SUAS
DEVE PRIORIZAR AS AÇÕES NECESSIDADES.
PREVENTIVAS, SEM PREJUÍZO
DAS AÇÕES DE ASSISTÊNCIA.
2004 - Criação do Brasil Sem Homofobia (BSH) Programa de Combate à Violência e
à Discriminação contra GLBT e de Promoção da Cidadania Homossexual;

2008 - Realização da I Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais,


Travestis e Transexuais, com o tema Direitos humanos e políticas públicas: o
caminho para garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e
Transexuais;

2009 - Lançamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos


Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNDCDH-LGBT);
2009 - Publicação do decreto que cria o Programa Nacional de Direitos Humanos –
(PNDH);

2010 - Criação da Coordenadoria Nacional de Promoção dos Direitos de LGBT, no


âmbito da Secretaria de Direitos Humanos;

2010 - Implantação do Conselho Nacional LGBT, em 2010, com representação


paritária do governo federal e da sociedade civil;

2013 - Sistema Nacional de Promoção de Direitos e enfrentamento à violência


contra LGBT.
NOME SOCIAL - No ano de 2012 foi incluído o nome social no Cartão SUS, garantindo o
respeito à Portaria nº1.820, de 13 de agosto de 2009, que dispõe sobre os direitos e
deveres de usuários de saúde, entre eles o direito ao uso do nome social no SUS.
Essa medida promove maior visibilidade e serve de instrumento de debate social e
formação no SUS. No ano de 2013, ainda que o Sistema de Cadastramento de Usuários
do Sistema Único de Saúde (CADSUS) possibilitasse a impressão do Cartão SUS
somente com o nome social.

PROCESSO TRANSEXUALIZADOR - As ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde


no sentido de concretizar a ampliação do Processo Transexualizador no SUS iniciaram-
se no ano de 2011 com a aprovação e pactuação do Plano Operativo da Política Nacional
de Saúde Integral LGBT, destacando a necessidade de ampliar em mais dois serviços de
referência nos país, para atender as demandas das pessoas trans.
SAÚDE DE GAYS E BISSEXUAIS - No ano de 2015, foi realizada a Oficina sobre Saúde
de Gays e Bissexuais, em parceria com o movimento social. Teve como objetivo debater
as necessidades específicas de saúde dos homens gays e bissexuais e as Políticas de
Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e de Atenção
Integral à Saúde do Homem, afirmando a importância da participação social na promoção
de direitos dessa população e sensibilizando gestores, profissionais do SUS e a
sociedade em geral.
INSTRUMENTO DE NOTIFICAÇÃO ÀS VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS E
AUTOPROVOCADAS DO SINAN - A notificação de violências é uma exigência legal,
fruto de uma luta contínua para que a violência perpetrada contra alguns segmentos da
população, voltadas para grupos em situação de vulnerabilidade em saúde, como a
população negra, população do campo e da floresta, pessoas com deficiência, Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).
O e-SUS AB é um sistema utilizado por todas as equipes que atuam na Atenção Básica.
Conforme a Ficha de Cadastro Individual, a partir da versão 1.3.0 do e-SUS AB, passou a
ser utilizado no prontuário eletrônico do cidadão (PEC), receitas e atestados,
encaminhamentos com o nome social, quando preenchido. No caso de receitas e
atestados, o nome social deve ser utilizado junto com o nome de registro civil em
segundo plano, considerando a necessidade de respaldo jurídico. O campo de cadastro
individual também conta com as opções de preenchimento da orientação sexual e
identidade de gênero do usuário.
I. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf

II. https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/25385/1/TCC%20MILENE%20SOB
ROSA%20PLAZA%20FINALIZADO%20OFICIAL.pdf

III. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34597/29159

IV. Lionço, T.(2008). Que direito à saúde para a população GLBT? Considerando direitos humanos, sexuais, reprodutivos em busca da
integralidade e da equidade. Saúde e Sociedade.

V. SHIHADEHET, Nizar Amin; PESSOA, Elisângela Maia; SILVA, Fabiane Ferreira da. A (in) visibilidade no acolhimento no âmbito da saúde:
Em pauta as experiências de integrantes da comunidade LGBTQIA+. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n. 58, p. 172- 194, jan./jun., 2021.
Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/view/14765. Acesso em: 29 mar. 2022.

VI. Programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e de promoção da cidadania homossexual. Brasília, DF: SEDH. 2004
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria SAS nº 457, de 19 de agosto de 2008. Regulamentação do
Processo Transexualizador no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS Brasília, DF, 2008.

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