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POPULAÇÃO LGBTQIAPN+
INTRODUÇÃO
Este ensaio tem como objetivo interpretar as políticas públicas voltadas à população
LGBTQIAPN+ no Brasil, apresentando contribuições teóricas de extrema relevância que são
primordiais para apresentar uma abordagem que vai ao encontro de perspectivas críticas que
buscam discutir acerca das configurações de políticas públicas que regem e influenciam as
decisões relacionadas a esses indivíduos discriminados sócio-político-economicamente nos
contextos atuais.
Nesta continuidade, será pautado também as relações das políticas que são
direcionadas aos indivíduos LGBTQIAPN+ e seu enlace com a saúde dessa comunidade, suas
relações que são marcadas pela divergência entre necessidade de atendimento e precarização
do mesmo.
Este texto é formado por três partes: A primeira de título “Um olhar nas políticas
públicas do Governo Lula” apresentará medidas realizadas com o objetivo sancionar os
problemas relacionados a homofobia; a segunda parte, de nome “Inclusão e foco na saúde
pública” abordará especificamente as políticas públicas presentes na área da saúde; por fim, a
última parte nomeada “Conclusão e apontamentos” encerrará este ensaio.
A metodologia que irá conduzir este ensaio será pautada nos textos oficiais
direcionados à essas políticas: Brasil sem homofobia; Anais das Conferências; Plano
Nacional; Política de Saúde Integral, entre outros. Outrossim, como extensão desses
conhecimentos previamente ditados, será utilizado materiais fundamentais para o curso de
Serviço Social, que desenvolvem a formação crítica e fornecem embasamento teórico para
elaboração de análises importantes no contexto educacional, que irá engrandecer também a
atuação profissional crítica pautada nos direitos humanos.
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Àquela época, também se deve registrar a frente prioritária de atuação do
movimento LGBT estava no Poder Legislativo, ainda que já fossem visíveis as
resistências às demandas relativas a direitos sexuais e reprodutivos, especialmente
em função da atuação de parlamentares vinculadas a grupos religiosos.
(MELLO,2012)
Com essa resistência, a atuação passou a ser voltada para o Poder Executivo no
Governo Lula, onde passou a ter maior visibilidade e consequentemente houve a criação de
iniciativas para o combate a Homofobia, sendo elas: Brasil Sem Homofobia (BSH);I
Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais; Plano Nacional
de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais ;Programa Nacional de Direitos Humanos 3; Criação da Coordenadoria Nacional
de Promoção dos Direitos de LGBT ;Implantação do Conselho Nacional LGBT. (Pg 07, do
bom uso do mau gênero)
Essas medidas foram implementadas com o objetivo de reduzir as questões da
homofobia no País, progressos tão importantes foram fruto de uma liderança de movimentos
sociais que tiveram papel decisivo no enfrentamento das desigualdades, que também narraram
com a colaboração de atores governamentais de diversos departamentos que confirmaram
com ações voltadas para a prevenção e tratamento de doenças, sempre levando em
consideração as realidades e particularidades enfrentadas pelas pessoas LGBTQIAPN+.
É importante comentar sobre essas iniciativas de combate à homofobia, pois elas são
fundamentais para promoção do bem estar dessa comunidade. Sendo assim, o programa Brasil
sem Homofobia (BSH), lançado em 2004, tem como princípio:
O programa Brasil sem Homofobia, foi uma das primeiras medidas relacionadas ao
combate a homofobia do Governo Lula. Entretanto, apenas uma medida não é suficiente para
sanar essa problemática, sendo assim, em 2008 houve a I Conferência Nacional GLBT, que
contou com a presença do Presidente Lula e teve como tema: "Direitos Humanos e Políticas
Públicas: O caminho para garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e
Transexuais".(Clam,2007)
Após um ano, lançou o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos
Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que foi resultado da I
Conferência Nacional GLBT (decreto planalto), esse projeto teve como missão desenvolver
políticas públicas para enfrentar o preconceito e a discriminação contra LGBTQIA+ (Brasil,
Governo Federal,2008)
No mesmo ano, em 2009, foi criado O Programa Nacional de Direitos Humanos 3 e
tem como objetivo promover e proteger os direitos humanos no Brasil, em diversas áreas,
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como saúde, educação, segurança pública, meio ambiente, entre outras. (BRASIL. DECRETO
Nº 7388,2010)
Em 2010, foi criada a Coordenadoria Nacional de Promoção dos Direitos de LGBT,
que realiza capacitações para profissionais que atuam na área da saúde e da segurança pública,
e a promoção de debates e seminários sobre temas relacionados aos direitos LGBT. Luiz
Mello, et al (2012)
Ainda no mesmo ano, foi criado o Conselho Nacional LGBT por meio do Decreto
Presidencial n°7388, com a finalidade de defender os direitos LGBT, além de contribuir com
a mobilização e elaboração de políticas públicas.
Ou seja, apesar de não conter neste tópico todas as políticas que contribuem para o
combate à homofobia, as que foram apresentadas contemplam uma gama de informação
acerca de suas funções sociais e os papéis que desempenham nessa função. Sendo assim, deve
levar-se em consideração a relação desses projetos com a interseccionalidade, que deve ser
levada em conta quando se trata de políticas públicas, pois não há homogeneidade nas pessoas
e suas características e realidades devem ser mencionadas nesses processos de alcance da
promoção dos direitos dessa comunidade.
No ano de 2012 foi incluído o nome social no Cartão SUS, garantindo o respeito à
Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, que dispõe sobre os direitos e deveres de
usuários de saúde, entre eles o direito ao uso do nome social no SUS.
(SENA e SOUTO, 2017)
CONCLUSÃO E APONTAMENTOS
Compendiando o que foi apresentado neste ensaio, e analisando diferentes aspectos de
vários projetos, portarias e cartilhas, proporcionou-se uma contribuição significativa nesta
área de estudo. Cabe destacar a importância deste tema para a formação de assistentes sociais,
haja vista a atuação desses profissionais na linha de frente em todos os âmbitos
governamentais, principalmente na saúde, o que evidencia a necessidade de possuir
conhecimento acerca da comunidade LGBTQIAPN+, para estar capacitado e possuir um olhar
crítico dessa realidade vivenciada.
A política nacional LGBT brasileira surge no bojo das contradições neoliberais, o que
implicará em disputas orçamentárias e limitará a proposta governamental. (IRINEU,2019).Ou
seja, essas ações surgiram em um período em que a política de direitos humanos no Brasil
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estava começando a ter espaço em uma sociedade recém dominada pelo liberalismo e por
conseguinte pelo capitalismo.
Todos os conteúdos apresentados contemplam o avanço das medidas conquistadas
durante esses dezenove anos e expõe sua relevância e feitos na sociedade. Essas
determinações foram fundamentais para fortalecer os movimentos sociais LGBT no Brasil,
pois estavam minimamente amparados por disposições que engrandeciam a causa, trouxe uma
inclusão maior em relação ao Sistema Único de Saúde e tornou-o mais receptivo e humano
para receber e tratar indivíduos LGBT de acordo com suas necessidades e demandas.
Portanto, vale ressaltar que apesar desses avanços, é primordial continuar melhorando
e mantendo as políticas públicas que foram construídas durante esses anos, pois os direitos
LGBTQIAPN+ são incertos e podem ser retirados com mudança de poder e políticas
governamentais.
REFERÊNCIAS
Mello, Luiz et al. Políticas públicas para a população LGBT no Brasil:notas sobre
alcances e possibilidades. cadernos pagu (39), julho-dezembro de 2012.
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SENA, Ana Gabriela Nascimento, Souto, Kátia Maria Barreto. Avanços e desafios na
implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT. Tempus, actas de saúde
colet, Brasília, 2017.
Irineu, Bruna Andrade. Nas tramas da política pública LGBT: um estudo crítico acerca
da experiência brasileira (2003-2015) / Bruna Andrade Irineu. – 1. ed. –Cuiabá: EdUFMT,
2019.