Bissexuais, Travestis e Transexuais Política Nacional de Saúde Integral de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travesti e Transexuais Matéria: Psicologia e Políticas Públicas Professora Vanda Nascimento UNIP Pinheiros Grupo: Anderson Pereira da Silva R.A. C48659-0 Beatriz Sales Ribeiro da Cruz R.A. C65EJA-0 Jaqueline Ferreira da Cruz R.A. C5868I-6 Thaís Procópio Vieira R.A. C569JI-5 Victoria Baldusco Pereira R.A. C653EI-0 Contexto histórico, social, político e econômico • Só em 1980 começou a preocupação com a saúde da população LGBT, por conta do surto de epidemia de HIV/AIDS. • O Ministério da Saúde, juntamente com movimentos sociais de luta por direitos de homens gays, começou a criar estratégias para tentar minimizar e acabar com esta situação. • Grande parte do descaso com a saúde dessa comunidade se dá por causa dos grandes estigmas que a rodeia desde sempre. Até 1990 a homossexualidade era vista e entendida como doença mental (constava no CID). • Com a ampliação dos movimentos sociais e a inserção de lésbicas e travestis há pressão no Estado para um olhar mais preocupado e humanizado com essa população que ainda tem sua saúde marginalizada muito por conta da inadequação do atendimento nacional de saúde. • Fez-se necessário a ampliação da discussão da saúde não somente sobre HIV/AIDS, mas cuidado da saúde de uma forma geral, em que houve a criação da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais de Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011, embasada pelo programa federal Brasil sem homofobia, criado em 2004. Relação com direitos humanos e sociais • A PP de saúde à população LGBT se relaciona a garantia de direitos humanos pois contribui para a eliminação do estigma e da discriminação advindos da homofobia. • Visa-se a superação das desigualdades sociais e econômicas, o enfrentamento das discriminações e opressões para eficácia na garantia dos direitos sociais. • Exemplo: uso do nome social por parte de agentes da saúde ao se direcionarem a população de travestis e transexuais que buscam atendimento em alguma unidade de saúde. Relação com leis e/ou outras Políticas Públicas • Lei Orgânica de Saúde (nº 8080/90): amplia o conceito de saúde como resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso ao serviço de saúde; • Artigo 13 da lei 8080/90: garante ao indivíduo universalidade, integralidade e equidade às ações e serviços prestados pelo SUS; • Plano Nacional de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos de LGBT’s; • Determinações da 13ª Conferência Nacional de Saúde acerca da orientação sexual e identidade de gênero; • Considera-se também o artigo 196 da Constituição Federal de direito a saúde. Público Direcionado • Inicialmente visava-se somente os homens homossexuais mas após muitas reivindicações, começou-se a pensar na saúde da comunidade LGBT como um todo. • Lésbicas: prevenção e combate ao HPV, câncer de mama, câncer de coloco do útero. • Transexuais e travestis: qualidade no tratamento de terapia hormonal. Gestão, implementação e execução • Gestão: entendimento da agenda e das propostas do movimento LGBT, para suprir as deficiências relacionadas aos direitos sexuais, de sexualidade e de gênero no Brasil. • Implementação: visar o bem-estar da população em questão, transformando as lutas constantes em ações concretas e efetivas por meio de práticas governamentais. • Execução: garantir o acesso dessa comunidade a serviços de saúde de qualidade, através da humanização e da qualificação dos atendentes; incluir na formação dos trabalhadores da saúde questões que abordem as relações de gênero, de orientação sexual, raça, etnia e socioeconômicas, pois todas estão intimamente interligadas. Papel dos governos Federal, Estadual e Municipal • Federal: definição de estratégias, apoiar politicamente as ações, acolhimento adolescentes LGBT’s, garantindo seu bem-estar e sua saúde mental, bem como no atendimento a essa comunidade em situação carcerária e de violência doméstica. • Estadual e Municipal: colocar em prática todas as ações propostas, além da fiscalização e da criação de projetos sociais considerando as especificidades de cada território. Papel da sociedade civil, cidadãos e movimentos sociais • Para a efetivação dessa política, o papel social foi e é de grande valia, pois toda a luta direcionada a conquista de direitos de saúde se deu por conta dos movimentos sociais. • Exemplo: Caminhada Lésbica, Parada de Orgulho LGBT, Movimento de Travestis e Transexuais, Orgulho em Ser e etc. • É dever da população reconhecer, aceitar, apoiar, respeitar e lutar a favor dos direitos dessa comunidade. Equipes Interdisciplinares e o olhar da Psicologia • Para uma execução eficiente da Política é necessária a existência de uma equipe interdisciplinar atuando em compromisso com a saúde da população LGBT. Necessita-se de um trabalho conjunto de diversos profissionais tais como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e mais outros diversos agentes da saúde compromissados em romper com as discriminações que colocam essa população em situação de vulnerabilidade social. • Hoje com relação ao olhar da psicologia nos aspectos de saúde LGBT podemos constatar o compromisso social na resolução do CFP Nº 0001/99 de 22 de março de 1999: • “Art. 2° - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas”. • E em seu parágrafo único: “Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”. • Em setembro deste ano (2017) o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, concedeu liminar que legalizava a “cura gay”, uma terapia de reversão sexual que seria oferecida por psicólogos. Imediatamente após o ocorrido o CFP liberou um recurso contra a decisão. O juiz negou o recurso oferecido, e ainda há luta e mobilização. Subjetividade(s) • A visão de subjetividade presente nesta Política é uma visão que está diretamente ligada ao convívio social dos indivíduos LGBT’s. Se faz extremamente necessário o recorte social em que as subjetividades desses indivíduos se constroem para que possamos entender as especificidades que lhe comentem em suas diversas realidades.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)