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SAÚDE

COLETIVA
Unidade 4
Parte II

Me. Janete Lane Amadei


Anos 90...
“ENVELHECIMENTO ATIVO” – discutir
para expandir os fatores que afetam o
envelhecimento para além da saúde.
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-47007878

POLITICAS PÚBLICAS ..
Pensar em ações que abordam a alimentação
saudável, prática de atividade física, combate às
situações de violência familiar e urbana, redução
do consumo do tabaco e álcool etc.
Políticas Públicas de Saúde do Idoso

1994 - Política Nacional do Idoso- propõe ações em no trabalho, lazer,


habitação e saúde.
Na saúde ... garantir ao idoso a assistência nos diferentes níveis de
atenção à saúde
2003 - Lei n° 10.741 - Estatuto do Idoso - dispõe sobre o papel da família,
da comunidade, e dos gestores públicos para garantir os direitos da pessoa
idosa.
2006 - Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI)
Finalidade: [...] recuperar, manter e promover a autonomia e a
independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e
individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e
diretrizes do Sistema Único de Saúde
Políticas de Saúde e Populações Vulneráveis

PESSOA VULNERÁVEL é aquela que está exposta a riscos


CONDIÇÕES que favorecem maior ou menor risco: aspectos
comportamentais do indivíduo e/ou do coletivo e a possibilidade e formas
para o seu enfrentamento.
CONHECER AS VULNERABILIDADES permite ...
realização de diagnósticos voltados para a elaboração de ações específicas
de acordo com as necessidades do grupo.
GRUPOS DE POPULAÇÕES VULNERÁVEIS
pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua, pessoas negras,
pessoas idosas e grupo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais).
Políticas de Saúde e Populações Vulneráveis
Pessoas com Deficiência
2002 - criada a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência.
2012 - Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência (Portaria
793, de 24/04/12), estabelecendo diretrizes para o cuidado às pessoas com
deficiência temporária ou permanente; progressiva; regressiva ou estável;
intermitente ou contínua.
2015 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência), a qual prevê uma série de direitos, entre eles o
direito à saúde.
Políticas de Saúde e Populações Vulneráveis
Pessoas em Situação de Rua
Pessoas em Situação de Rua
grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos
familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e
que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de
sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para
pernoite temporário ou como moradia provisória.
2009 - Criação do Comitê Técnico de Saúde para a população em situação de rua, por
meio da Portaria MS/GM n° 3.305.
2009 - Política Nacional para População em Situação de Rua
2013 - Plano Operativo para Implementação de Ações em Saúde da População em
Situação de Rua com 5 eixos:
1. Inclusão da PSR no escopo das redes de atenção à saúde.2. Promoção e Vigilância em
Saúde. 3. Educação Permanente em Saúde na abordagem da Saúde da PSR. 4.
Fortalecimento da Participação e do Controle Social. 5. Monitoramento e avaliação das
ações de saúde para a PSR.
Políticas de Saúde e Populações Vulneráveis
Pessoas em Situação de Rua
POLÍTICA NACIONAL PARA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA - Objetivos
• Assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as
políticas públicas de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança,
cultura, esporte, lazer, trabalho e renda.
• Garantir a formação e a capacitação permanente de profissionais para atuação no
desenvolvimento de políticas públicas intersetoriais, transversais e intergovernamentais
direcionadas às pessoas em situação de rua.
• Desenvolver ações educativas permanentes que contribuam para a formação de cultura de
respeito, ética e solidariedade entre a População em Situação de Rua e os demais grupos
sociais.
• Implantar centros de defesa dos direitos humanos para a População em Situação de Rua.
• Criar meios de articulação entre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e o Sistema
Único de Saúde (SUS) para qualificar a oferta de serviços.
• Implementar ações de segurança alimentar e nutricional suficientes para proporcionar acesso
permanente à alimentação pela População em Situação de Rua, com qualidade.
• Disponibilizar programas de qualificação profissional para as pessoas em situação de rua,
com o objetivo de propiciar o seu acesso ao mercado de trabalho.
Políticas de Saúde e Populações Vulneráveis
Pessoas Negras
2009 - Política Nacional de Saúde Integral da População Negra devido
às desigualdades em saúde que acometem essa população

OBJETIVO: Garantir maior grau de equidade no que tange a efetivação do


direito humano à saúde, em seus aspectos de promoção, prevenção,
atenção, tratamento e recuperação de doenças e agravos transmissíveis e
não transmissíveis, incluindo aqueles de maior prevalência nesse segmento
populacional
Políticas de Saúde e Populações Vulneráveis
Grupo LGBT
2011 - Política Nacional de Saúde Integral dos LGBT visando a inclusão social desse
grupo vulnerável.
OBJETIVO:
““[...] promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais,
eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo para a
redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal, integral e
equitativo.

A garantia de atendimento à saúde é um


direito de todo cidadão, devendo-se
respeitar as suas especificidades,sejam
elas quais forem. Para tanto,foram criadas
as políticas públicas de saúde para as
populações vulneráveis.
Políticas Públicas de Saúde Mental

Antes da reforma Psiquiátrica..


Abordagem ao indivíduo com doença mental
era autoritária, agressiva, violenta e totalmente
excludente.
→Hospícios ou manicômios, longe dos
familiares.
→Tratamento: eletro choque, contenção em
“camisas de força” ou acorrentados e
trancados em salas escuras.

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Políticas Públicas de Saúde Mental

REFORMA PSIQUIÁTRICA
Inicio .. médico italiano Franco Basaglia – lutou por melhores
condições das instalações que atendiam as pessoas com
transtornos mentais criticando o modelo hospitalocêntrico.
1978 – I Simpósio Internacional de Psicanálise, Grupos e
Instituições – inicia a luta antimanicomiale a reforma psiquiátrica
no Brasil
Década de 70 _ Inicia a Reforma Psiquiátrica no Brasil.
Políticas Públicas de Saúde Mental

1978 - Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental (MTSM) mostra


seu descontentamentocom a assistência prestada ao paciente com
transtorno mental, critica o modelo centrado nos hospitais, destaca as
péssimas condições de trabalho e a privatização da atenção psiquiátrica.

1987 - I Conferência Nacional de Saúde Mental, a qual contou com


membros de diversos segmentos da sociedade.
Políticas Públicas de Saúde Mental

1987 - I Encontro Nacional do Movimento de Trabalhadores de Saúde


Mental: “Por uma sociedade sem manicômios”
– sugere a necessidade de discutir sobre a saúde mental e uma nova
assistência psiquiátrica por parte da sociedade.
1990 – Declaração de Caracas - Documento da Organização Pan--
Americana de Saúde e a Organização Mundial da Saúde - “a reestruturação
da atenção psiquiátrica na América Latina: uma nova política para os
serviços de Saúde Mental”
Políticas Públicas de Saúde Mental
Lei da Reforma Psiquiátrica – Lei nº 10.126 /2001
DIREITOS DAS PESSOAS COM TRANSTORNO MENTAL:
I. ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas
necessidades;
II. ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde,
visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III. ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV. ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V. ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou
não de sua hospitalização involuntária;
VI. ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII. receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII. ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX. ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental
Políticas Públicas de Saúde Mental

Lei 10.216 – Criação da Política Nacional de Saúde Mental.


→ Desinstitucionalização - busca inserir a pessoa com transtorno mental na
sociedade,permitindo sua (re)inserção no mercado de trabalho,nos estudos,
nas práticas de lazer, além de permitir seu convívio com a família e a sua
desestigmatização.
Nesse modelo de assistência em saúde mental...
... a família é considerada co participante no processo de reabilitação do
indivíduo com transtorno mental, precisando ser amparada e capacitada
pelos profissionais de saúde.
Políticas Públicas de Saúde Mental

2011 - Rede de Atenção Psicossocial


Para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas
CAPS como serviço estratégico em saúde mental, é um dos pontos importante
para a garantia de acesso, integralidade do cuidado, além de resolutividade e
qualidade no serviço prestado
Objetivo do CAPS é:
““[...] oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o
acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao
trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e
comunitários. É um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser
substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos”
Holocausto
brasileiro
Hospital Colônia de
Barbacena –Minas
Gerais

https://projetomedicina.com.br/wp-
content/uploads/2016/08/caps_dois.jpg
O conhecimento das políticas públicas
de saúde específicas para cada público
a ser assistido é extremamente
relevante quando se deseja analisar a
situação da saúde atual, além de
permitir uma visão mais ampliada sobre
as conquistas alcançadas, desafios e
rumos a serem trilhados.
.

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