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AV2- P2
ENVELHECIMENTO
POPULACIONAL
transição epidemiológica: refere-se às mudanças
ocorridas, no tempo, nos padrões de morbidade,
invalidez e morte que caracterizam uma população
específica.
• FEMINIZAÇÃO DO ENVELHECIMENTO
• AUMENTO DA PROPORÇÃO DE IDOSOS COM MAIS DE 80 ANOS ENTRE OS
PRÓPRIOS IDOSOS
4 Provimento de recursos
6 Divulgação da PNSPI
4. Provimento de recursos
• Suporte em todos os níveis de atenção, prioritariamente na atenção domiciliar
inclusive medicamentos
• Adequação de estrutura física dos serviços próprios do SUS
• Ações de qualificação e de capacitação de recursos humanos
•Produção de material de divulgação e informativos sobre a PNSPI
• Implementação de procedimento ambulatorial específico para a avaliação global do
idoso
• Determinação de critérios mínimos de estrutura, processo e resultados
5. Participação e fortalecimento do controle social
Alteração na marcha
Diminuição do equilíbrio
Alterações sensoriais
Fraqueza muscular
Fatores comportamentais
Riscos do ambiente
O uso de vários
medicamentos pode ser
fator de risco para quedas,
uma vez que pode
ocasionar sonolência,
tontura, hipotensão
postural
POLÍTICA
NACIONAL DE
HUMANIZAÇÃO
PRINCÍPIOS DA PNH:
1. Transversalidade
A Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e
programas do SUS. A PNH busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de
contato e da comunicação entre as pessoas e grupos, tirando-os do isolamento e das relações de poder
hierarquizadas.
2. Indissociabilidade entre atenção e gestão
As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde. Por isso, trabalhadores e usuários
devem buscar conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de saúde, assim como participar
ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva.
Ao mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às responsabilidades da equipe
de saúde. O usuário e sua rede sócio familiar devem também se corresponsabilizar pelo cuidado de si
nos tratamentos, assumindo posição protagonista com relação a sua saúde e a daqueles que lhes são
caros.
3. Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos
Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com a ampliação da autonomia e
vontade das pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades.
Os usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só cumprem ordens: as mudanças acontecem
com o reconhecimento do papel de cada um. Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como
legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde.
1. Acolhimento
O que é?
Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. Como valor
das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos
processos de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e
vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede sócio afetiva.
O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde, de forma a atender a todos
que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz
de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos usuários. Ou seja, requer prestar um
atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a
família em relação a outros serviços de saúde, para a continuidade da assistência, e estabelecendo
articulações com esses serviços, para garantir a eficácia desses encaminhamentos.
Como fazer?
Com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário, é possível
garantir o acesso oportuno desses usuários a tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando
a efetividade das práticas de saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam atendidos com
prioridades a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco
2. Clínica Ampliada
O que é?
É uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento
e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença.
Permite o enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos
danos e ineficácia. Não basta o diagnóstico para definir todo o tratamento para aquela pessoa: “cada caso é
um caso”. O diagnóstico pressupõe uma certa regularidade, uma repetição. Mas para que se realize uma
clínica adequada é preciso saber, além do que o sujeito apresenta de igual, o que ele apresenta de
diferente, de singular, inclusive, um conjunto de sinais e sintomas que somente nele se expressam de
determinado modo.
Como fazer?
Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis além do enfoque
orgânico, inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a qualificação do diálogo
(tanto entre os profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto destes com o usuário), de modo a
possibilitar decisões compartilhadas e compromissadas com a autonomia e a saúde dos usuários do SUS.
3. Ambiência
O que é?
Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no
processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas.
Como fazer?
A discussão compartilhada do projeto arquitetônico, das reformas e do uso dos espaços de acordo com as
necessidades de usuários e trabalhadores de cada serviço é uma orientação que pode melhorar o trabalho
em saúde.
4. Gestão Participativa e Cogestão
O que é?
Cogestão expressa tanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto a
ampliação das tarefas da gestão - que se transforma também em espaço de realização de análise dos
contextos, da política em geral e da saúde em particular, em lugar de formulação e de pactuação de tarefas
e de aprendizado coletivo.
Como fazer?
A organização e experimentação de rodas é uma importante orientação da cogestão. Rodas para colocar as
diferenças em contato de modo a produzir movimentos de desestabilização que favoreçam mudanças nas
práticas de gestão e de atenção. A PNH destaca dois grupos de dispositivos de cogestão: • aqueles que
dizem respeito à organização de um espaço coletivo de gestão que permita o acordo entre necessidades e
interesses de usuários, trabalhadores e gestores; e • aqueles que se referem aos mecanismos que
garantem a participação ativa de usuários e familiares no cotidiano das unidades de saúde.
5. Valorização do Trabalhador
O que é?
É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão, apostando
na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho.
Como fazer?
O Programa de Formação em Saúde e Trabalho (aprendizagem a partir do diálogo) e a Comunidade
Ampliada de Pesquisa são possibilidades que tornam possível o diálogo, intervenção e análise do que gera
sofrimento e adoecimento, do que fortalece o grupo de trabalhadores e do que propicia os acordos de como
agir no serviço de saúde. É importante também assegurar a participação dos trabalhadores nos espaços
coletivos de gestão
6. Defesa dos Direitos dos Usuários
O que é?
Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem incentivar o
conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde
a recepção até a alta.
Como fazer?
Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e também de
decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social
DISPOSITIVOS DA PNH:
É um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado
da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário. Geralmente é dedicado a
situações mais complexas. Foi bastante desenvolvido em espaços de atenção à saúde mental como forma de
propiciar uma atuação integrada da equipe valorizando outros aspectos, além do diagnóstico psiquiátrico e da
medicação, no tratamento dos usuários. Portanto, é uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são
importantes para ajudar a entender o Sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente,
para definição de propostas de ações. O nome Projeto Terapêutico Singular, em lugar de Projeto Terapêutico
Individual, como também é conhecido, nos parece melhor porque destaca que o projeto pode ser feito para grupos
ou famílias e não só para indivíduos, além de frisar que o projeto busca a singularidade (a diferença) como
elemento central de articulação.
DISPOSITIVOS DA PNH:
O programa Previne Brasil foi instituído pela Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019. O novo modelo de financiamento
altera algumas formas de repasse das transferências para os municípios, que passam a ser distribuídas com base em quatro
critérios: capitação ponderada, pagamento por desempenho, incentivo para ações estratégicas e Incentivo financeiro com base
em critério populacional.
A proposta tem como princípio a estruturação de um modelo de financiamento focado em aumentar o acesso das pessoas aos
serviços da Atenção Primária e o vínculo entre população e equipe, com base em mecanismos que induzem à responsabilização
dos gestores e dos profissionais pelas pessoas que assistem.
Pode ser definido como um modo de produzir saúde em que equipes complementam suas atividades, num processo de
construção compartilhada, com o fim último de tratar das dificuldades de uma pessoa por meio de uma proposta de intervenção
pedagógica e terapêutica conjunta. Nesse sentido, o sistema de saúde reestrutura-se e, por meio das estratégias de
matriciamento, surgem as “equipes de referência” e as “equipes de apoio matricial”, cada uma correspondendo a um setor
diferente de cuidados em saúde, mas criadas para complementarem-se entre si.Sendo assim, no Sistema Único de Saúde
(SUS), as equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) passam a funcionar como equipes de referência interdisciplinares,
proporcionando cuidados longitudinais, enquanto que, concomitantemente, as equipes de apoio matricial, proporcionando
cuidados psicossociais, passam a funcionar como equipes de saúde mental.
Projeto Terapêutico Singular
Em união de esforços, as equipes ficam responsáveis por criar para cada pessoa em dificuldade um Projeto Terapêutico Singular
(PTS), com o objetivo de estruturar o cuidado a ela através de metas, caminhos e adequações a serem feitas em relação a sua
vida e rotina.Ainda que o centro de um PTS seja o indivíduo, sua elaboração conta com a análise e valorização dos contextos
familiares e territoriais de cada um. Torna-se muito importante nesses casos o conhecimento dos ambientes, da estrutura da
família e dos lugares frequentados pelas pessoas para a construção plena do quadro.São diversas as observações feitas, as
ações tomadas em conjunto pelas equipes e suas reuniões, sejam somente de profissionais ou contando com a presença da
pessoa e sua família, para o desempenho de um cuidado pleno e especializado em saúde.
Interconsulta
Reunião entre especialistas faz parte do leque de atividades propostas pelas práticas de matriciamento e são de extrema
importância para o desempenho de cuidados integrais em saúde. Um encontro de profissionais de distintas áreas, saberes e
visões que permite que se construa uma compreensão integral do processo de saúde e doença, ampliando e estruturando a
abordagem psicossocial e a construção de projetos terapêuticos, além de facilitar a troca de conhecimentos, sendo assim um
instrumento potente de educação permanente.São realizadas quando há a necessidade de serem discutidos casos, formas de
intervenção, entre outras necessidades. São espaços de aprendizado e compartilhamento visando o desenvolvimento dos
serviços e dos quadros de atendimento em andamento e a serem realizados.
Consulta Conjunta
A consulta conjunta acontece quando se faz necessária a resolução de dúvidas a respeito da assistência ou da própria situação
da pessoa atendida. A demanda pode partir da pessoa ou mesmo de um familiar próximo.Nesse contexto, reúnem-se
profissionais membros das equipes de saúde, seja da família ou da saúde mental, para complementar ou elucidar aspectos
desse cuidado prestado e outras questões. A consulta serve como um meio importante na criação de vínculos e confiança entre
todas as partes.
Visita Domiciliar Conjunta
O recurso da visita domiciliar faz parte do arsenal terapêutico dos serviços de saúde de base territorial. Supõe-se que centros de
atenção psicossocial e equipes de saúde da família competentes realizem, com regularidade, visitas domiciliares a usuários que,
por diversas razões – em especial, dificuldade de deambulação ou recusa –, não podem ser atendidos nas unidades de saúde.
Genograma e Ecomapa
Dada a importância do estudo sobre o território e a origem familiar da pessoa a ser tratada, genograma e ecomapa são técnicas
complementares que permitem o mapeamento da família, das relações e padrões familiares e do território no qual essas relações
ocorrem.Com esses recursos, os profissionais das equipes podem avaliar os recursos e necessidades de cada pessoa, família e
região para que o melhor modelo de atendimento possa ser aplicado. São recursos fundamentais e permitem o olhar de um
panorama repleto de características, positivas e negativas, da vida do indivíduo.