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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Fundamentos
de enfermagem

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

1.Características da Saúde

1.1 Saúde
A saúde segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é definida como “um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não a mera ausência de moléstia ou enfermidade”.
O direito fundamental do ser humano, firmado na Declaração Universal dos Direitos dos Seres
Humanos e assegurado pela Constitução Federal, estabelece a saúde como: “direito de todos e dever
do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”. (BRASIL, 1988. Art. 196).
Sendo assim, no Brasil a saúde é considerada como um direito do cidadão, e um dever do Esta-
do, fundamentada legalmente, inter-relacionada com outros fatores como os sociais, econômicos
e culturais.
A Constituição Federal de 1.988, em seu artigo 198, define:
“As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sis-
tema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes
I – Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III – participação da comunidade;
Parágrafo único – O Sistema Único de Saúde (SUS) será financiado, nos termos do artigo 195, com
recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes.

Este é o principio que norteia o SUS (Sistema Único de Saúde) é um dos maiores sistemas públi-
cos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante
de órgãos, garantindo acesso integral, universal, com equidade e gratuito para toda a população.
O SUS além de oferecer consultas, exames e internações, também promove campanhas de va-
cinação, ações de prevenção e de vigilância sanitária, mapeando as necessidades da população e
através das ações de saúde, aprimorar o atendimento melhorando a qualidade de vida da população
de forma holística.

1.2 Doença
A doença no passado era conceituada como a “ausência de saúde”. Todavia as autoridades encara-
ram a doença e a saúde como estados de desconforto físico ou de bem-estar, ou seja, o desequilíbrio
dos mecanismos de adaptação do organismo.
A doença, diferentemente da saúde, é considerado como um estado de desequilíbrio do indivíduo
com os estímulos externos ou internos, que podem afetar o organismo, ocorrendo uma limitação
da capacidade de adaptação do corpo humano ao meio externo.
Saúde e doença envolvem questões complexas que permeiam o indivíduo. A saúde e doença não
devem ser consideradas separadamente, mas gradações de uma escala decorrente da qualidade de
vida e de determinantes que podem influenciar no adoecimento e na morte, conforme a organização
social e cultural da população.

1.3 Promoção de Saúde


É uma das estratégias de produção de saúde, um modo de pensar e operar, que articulado as
demais estratégias e políticas dos SUS, contribui para a construção de ações que possibilitem res-
ponder as necessidades sociais da população.

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“Produzir saúde por meio da perspectiva da promoção em saúde significa comprome-


ter-se com sujeitos e coletividades que expressem crescente autonomia, crescente
capacidade para gerenciar satisfatoriamente os limites e os riscos impostos pela do-
ença, pela constituição genética e pelo contesto sócio-economico-politico-cultural,
enfim pela vida”. (CAPONI, 2003).

As pessoas vêm ampliando seus conhecimentos sobre saúde e são estimuladas a ficar mais
interessadas e responsáveis por sua saúde e bem-estar. Programas organizados de educação para
o autocuidado enfatizam a promoção da saúde, prevenção de doença, tratamento ou manejo da
doença, automedicação e uso consciente do sistema de atenção à saúde.
Os profissionais de saúde estão preocupados com o comportamento que estimulam a promoção
da saúde, tendo como meta, motivar as pessoas a melhorar seu estilo de vida, modificar comporta-
mentos de risco (estresse, dieta inadequada, falta de atividade física, fumo, drogas, comportamento
de alto risco, práticas sexuais e higiene precária) e adotar comportamentos saudáveis.
Pensando em saúde, bem estar e promoção da saúde, o Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João
Amorim”, com o lema “Prevenir é viver com qualidade” desenvolve projetos como:
Deficiente Saudável: tem por objetivo levar informações e esclarecimentos aos deficientes e fa-
miliares, além de ajudá-los nas inúmeras solicitações recebidas
através do site, www.saudeprev.com.br/ds, pedindo auxílio na
compra de cadeiras de rodas, de cadeiras de banho, aparelhos
auditivos, etc.
Voluntariado Dr. Conforto: tem por objetivo dar atenção
psicossocial ao paciente sem interferência na orientação mé-
dica recebida, proporcionando orientação, e esclarecimento
ao mesmo, a família, aos amigos, etc, procurando assim tran-
quilizá-lo com suporte técnico da equipe de saúde que os
assistem.
DR. JOÃO AMORIM Além das diversas ações idealizadas pelo grupo, o Dr. João
Amorim criou o Lema: “ENXUGUE UMA LÁGRIMA”, Nosso
Médico Obstetra com 65 anos de atividades maior objetivo é ajudar Você!
profissionais, Patrono deste Centro de Estudos Campanha do Agasalho: tem por objetivo repassar as do-
e com uma carreira na qual pontificou como: ações recebidas às entidades assistenciais devidamente ca-
• Fundador da Casa Maternal Leonor Mendes dastradas, e aos municípios, ajudando a milhares de famílias
de Barros carentes a enfrentar o inverno com mais segurança, dignidade,
• Diretor Clínico do Hospital Pérola Byington e calor humano.
• Diretor da Pró-Matre Paulista Natal com Saúde: tem por objetivo distribuir presentes
para diversas crianças de comunidades carentes, podendo,
• Diretor Clínico da Maternidade Matarazzo
assim, tornar possível a realização de eventos de Natal para
• Chefe da Maternidade do Hospital do Servi- população mais carente.
dor Público Estadual
Projeto Viva Leite: tem por objetivo distribuir 4 litros de
• Membro Fundador do CEJAM leite por semana a 50 famílias carentes do bairro da Bela Vista,
que possuem crianças com idade entre 6 meses a 7 anos, cuja
a renda mensal é inferior a 2 salários mínimos.

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PAISM – Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher: Trata-se de um serviço gratuito para
mulheres. Através de uma equipe multidisciplinar em um Ambulatório, em atendimentos externos
em ações de saúde – Móvel ou com orientações por meio de uma ferramenta Virtual, oferece ser-
viços de consulta médica, de enfermagem e atendimento de serviço social.

2. As Necessidades Humanas Básicas

As necessidades humanas básicas são os estados de tensões, conscientes ou incons-


cientes, resultantes dos desequilíbrios hemodinâmicos dos fenômenos vitais”.
(Horta, 1979).

Entender essas necessidades significa maior compreensão do comportamento do paciente. O


esquema em forma de pirâmide mostra os cinco grupos das necessidades humanas e sua hierarquia,
começa da base para o topo. A intensidade da necessidade atual vai diminuindo conforme vai sendo
satisfeita. E assim, uma após a outra, vai emergindo. Abraham Maslow tinha a uma visão diferen-
ciada do comportamento humano. Tinha a ideia de que grande parte do comportamento humano
modificava em face das suas necessidades e desejo.
A hierarquia das necessidades conforme a teoria de Maslow é uma divisão hierárquica proposta
por Abraham Maslow, onde demonstra que as necessidades de nível baixo devem ser satisfeitas
antes das necessidades de nível alto. Segundo Maslow, as necessidades primárias (básicas) são as
primeiras a se manifestarem, logo, as pessoas procuram satisfazê-la antes das consideradas como
níveis mais altos. Ele afirmava que todo ser humano tem as necessidades comuns que motivam seu
comportamento. A necessidade de um nível precisa ser satisfeita, para o indivíduo buscar o próximo
nível. Os níveis distintos e hierarquizados são:

(vide infográfico na página seguinte)

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Necessidades de auto realização
Busca por desenvolvimento dos talentos e potencial de tornar-se
bom naquilo em que se é capaz. Procura focar no autodesenvolvi-
mento, realização do potencial criativo, desenvolvendo o aprendi-
zado, a maturidade, a competência, o domínio das situações, desa-
fios e oportunidades.

Necessidades de estima
A maioria das pessoas necessita de uma alta valorização de si mesmas,
e a busca através da atenção e reconhecimento do outro. Procuram
por confiança em si mesmo, prestígio, poder e controle. São necessi-
dades relacionadas com o amor-próprio/autoconfiança

Necessidades sociais
Necessidade de pertencer a vários grupos sociais e ser aceito por
eles.

Necessidades de segurança
Consiste na necessidade de garantir a satisfação das necessidades
fisiológicas, evitando privações. É a necessidade de autopreserva-
ção (habitação, saúde, estabilidade financeira, segurança contra
perigos, ameaças, privações, doenças).

Necessidades Fisiológicas
São necessidades humanas básicas para a própria subsistência
(alimentação, vestuário, sono, abrigo, ar, calor, roupa, água, excre-
ções, descanso).

A PIRÂMIDE DE
Maslow

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3.Características do Atendimento à Saúde


Sabe-se que as instituições de saúde desenvolvem diversas ações em nível de atenção primária,
secundária, terciária e quaternária, respectivamente de natureza preventiva, curativa, de reabilitação
e de intervenção, sendo todas com embasamento na prevenção de iatrogenias e minimização de
intervenções consideradas excessivas.

3.1 Ações de Promoção


Os grupos de ações podem ser desenvolvidos por instituições governamentais, empresas e as-
sociações comunitárias. As ações visam à redução de fatores de risco, que constituem ameaça à
saúde das pessoas, podendo provocar-lhes incapacidades e doenças. Esses grupos compreendem
um elenco bastante vasto e diversificado de ações, de natureza eminentemente preventiva, que,
em seu conjunto, constituem um campo de aplicação precípua do que se convencionou chamar,
tradicionalmente, de Saúde Pública, ou seja: o diagnóstico e tratamento científico da comunidade.
No campo da promoção, são exemplos de ações: educação em saúde, bons padrões de alimenta-
ção e nutrição, adoção de estilos de vida saudáveis, uso adequado e desenvolvimento de aptidões
e capacidades, aconselhamentos específicos, como os de cunho genético e sexual. Através dessas
ações, são estimuladas as práticas da ginástica e outros exercícios físicos, os hábitos de higiene
pessoal, domiciliar e ambiental e, em contrapartida, desestimulados o sedentarismo, o tabagismo,
o alcoolismo, o consumo de drogas, a promiscuidade sexual. No desenvolvimento dessas ações
devem ser utilizados, de forma programática e sistemática, com emprego de linguagem adequada
ao público-alvo, buscando os diferentes meios e veículos disponíveis de comunicação.

3.2 Ações de Proteção à Saúde no campo da proteção


São considerados exemplos de ações: vigilância epidemiológica, vacinações, saneamento básico,
vigilância sanitária, exames médicos e odontológicos periódicos, entre outros. Através da vigilância
epidemiológica, são obtidas as informações para conhecer e acompanhar, a todo o momento, o
estado de saúde da comunidade e para desencadear, oportunamente, as medidas dirigidas à pre-
venção e ao controle das doenças e agravos à saúde.

3.3 Ações de Prevenção à Saúde


A prevenção, ou atuação sobre determinantes específicos, como situação de imunidade ou ex-
posição a agentes patógenos. Prevenir é prever antes que algo aconteça, ou mesmo cuidar para
que não aconteça. É uma ação antecipada ao acontecimento, com o objetivo de anular ou intervir
na evolução de uma doença.

3.4 Ações de Recuperação à Saúde


Esse grupo de ações envolve o diagnóstico e o tratamento de doenças, acidentes e danos de
toda natureza, a limitação da invalidez e a reabilitação. Essas ações são exercidas pelos serviços pú-
blicos de saúde (ambulatórias e hospitalares) e, de forma complementar, pelos serviços particulares,
contratados ou conveniados, que integram a rede do SUS, nos níveis federal, estadual e municipal,
particularmente nos dois últimos, onde deve estar concentrada a maior parte dessas atividades. De
todo modo, nesses serviços as ações típicas são: consultas médicas e odontológicas, a vacinação,
o atendimento de enfermagem, exames diagnósticos e o tratamento, inclusive em regime de inter-
nação, e em todos os níveis de complexidade. A realização de todas essas ações para a população
deve corresponder às suas necessidades básicas.

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3.5 Ações de Tratamento à Saúde


O tratamento deve ser prestado ao paciente portador de qualquer alteração de sua saúde, desde
uma infecção corriqueira, cujo atendimento pode ser efetuado por pessoal de nível elementar, até
uma doença mais complexa, que exige a atenção por profissional especializado e tecnologia avança-
da. O tratamento deve ser conduzido, desde o início, com a preocupação de impedir o surgimento
de eventuais incapacidades decorrentes das diferentes doenças e danos.

3.6 Ações de Reabilitação à Saúde


A reabilitação consiste na recuperação parcial ou total das capacidades no processo de doença e
na reintegração do indivíduo ao ambiente social e a sua atividade profissional. Com essa finalidade,
são utilizados não só os serviços hospitalares como os comunitários, visando à reeducação e treina-
mento, ao reemprego do reabilitado ou à sua colocação seletiva, através de programas específicos
junto ás indústrias e ao comércio, para a absorção dessa mão-de-obra.
Na dimensão da saúde pública, o modelo da medicina preventiva se mostrou poderoso instru-
mento de mudanças, ampliando as possibilidades de atuação dos serviços de saúde, propondo a
integração da atenção médica com as ações preventivas, de controle ambiental e de educação para
a saúde.

3.7 Programas de Saúde:


Existem grupos populacionais que estão mais expostos a riscos na sua saúde. Isto é evidenciado
pelos registros disponíveis de morbidade e mortalidade, como por exemplo, menores de 01 ano,
gestantes, idosos, trabalhadores urbanos e rurais, condições de trabalho etc. A intensidade e a pe-
culiaridade dessa exposição variam bastante com os níveis sociais e características epidemiológicas
de cada região.

4. Direitos dos Pacientes


É fato que a conscientização cada vez mais elevada do paciente a respeito dos seus direitos e
a sua atuação frente ao tratamento vem evoluindo e tem contribuído para a mudança nas normas
disciplinares e inflexíveis outrora existentes, cuja função era controlar o comportamento do paciente.
O Fórum de Patologias do Estado de São Paulo, representando as associações e o interesse em
defender o paciente, com respaldo legal, elaborou a cartilha referente aos Direitos do Paciente
(1996). O objetivo não era somente defender o Direito do Paciente, mas sinalizar aos profissionais
de saúde, o direcionamento da conduta em face da assistência ao paciente.
Os direitos são:
» paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os
»O
profissionais da saúde. Tem direito a um local digno e adequado para seu atendimento.
» paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo
»O
nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas
impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas.
» paciente tem direito a receber do funcionário adequado, presente no local, auxílio imediato
»O
e oportuno para a melhoria de seu conforto e bem-estar.
» paciente tem direito a identificar o profissional por crachá preenchido com o nome completo,
»O
função e cargo.
» paciente tem direito a consultas marcadas, antecipadamente, de forma que o tempo de
»O
espera não ultrapasse há trinta minutos.

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» paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado seja rigorosamente esterilizado,
»O
ou descartável e manipulado segundo normas de higiene e prevenção.
» paciente tem o direito de receber explicações claras sobre o exame a que vai ser submetidas
»O
e para qual finalidade irá ser coletado o Materiais para exame de laboratório.
» paciente tem direito a informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua condi-
»O
ção cultural, sobre as ações diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do
tratamento, a localização de sua patologia, se existe necessidade de anestesia, qual o instrumental
a ser utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas pelos procedimentos.
» paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o diagnóstico é experimental ou
»O
faz parte de pesquisa, e se os benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe
probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e desenvolvimento da sua patologia.
» paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido à experimentação ou pesquisas.
»O
No caso de impossibilidade de expressar sua vontade, o consentimento deve ser dado por escrito
por seus familiares ou responsáveis.
» paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos, diagnósticas ou terapêuticas a
»O
serem realizados. Deve consentir de forma livre, voluntária, esclarecida com adequada informação.
Quando ocorrerem alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o con-
sentimento foi dado, este deverá ser renovado.
» paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a qualquer instante, por decisão
»O
livre, consciente e esclarecida, sem que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.
» paciente tem o direito de ter seu prontuário médico elaborado de forma legível e de consul-
»O
tá-lo a qualquer momento. Este prontuário deve conter o conjunto de documentos padronizados do
histórico do paciente, princípio e evolução da doença, raciocínio clínico, exames, conduta terapêutica
e demais relatórios e anotações clínicas.
» paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento por escrito, identificado com o nome
»O
do profissional da saúde e seu registro no respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legível.
» paciente tem direito de receber medicamentos básicos, e também medicamentos e equipa-
»O
mentos de alto custo, que mantenham a vida e a saúde.
» paciente tem o direito de receber os medicamentos acompanhados de bula impressa de
»O
forma compreensível e clara e com data de fabricação e prazo de validade.
» paciente tem direito de receber as receitas com o nome genérico do medicamento (Lei do
»O
Genérico), e não em código, datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia perfeitamente
legível, e com assinatura e carimbo contendo o número do registro do respectivo Conselho Profis-
sional.
» paciente tem direito de conhecer a procedência e verificar antes de receber sangue ou he-
»O
moderivados para a transfusão, se o mesmo contém carimbo nas bolsas de sangue atestando as
sorologias efetuadas e sua validade.
» paciente tem direito, no caso de estar inconsciente, de ter anotado em seu prontuário, me-
»O
dicação, sangue ou hemoderivados, com dados sobre a origem, tipo e prazo de validade.
» paciente tem direito de saber com segurança e antecipadamente, através de testes ou exa-
»O
mes, que não é diabético, portador de algum tipo de anemia, ou alérgico a determinados medica-
mentos (anestésicos, penicilina, sulfas, soro antitetânico, etc) antes de lhe serem administrados.
» paciente tem direito a sua segurança e integridade física nos estabelecimentos de saúde,
»O
públicos ou privados.
» paciente tem direito de ter acesso às contas detalhadas referentes às despesas de seu tra-
»O
tamento, exames, medicação, internação e outros procedimentos médicos. (Portaria do Ministério
da Saúde nº 1286 de 26/10/93, art. 8º e nº 74 de 04/05/94).
» paciente tem direito de não sofrer discriminação nos serviços de saúde por ser portador
»O
de qualquer tipo de patologia, principalmente no caso de ser portador de HIV/AIDS ou doenças
infectocontagiosas.
» paciente tem direito de ser resguardado de seus segredos, através da manutenção do sigilo
»O
profissional, desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública. Os segredos do paciente
correspondem a tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio paciente, possa o profissional

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da saúde ter acesso e compreender através das informações obtidas no histórico do paciente, exame
físico, exames laboratoriais e radiológicos.
» paciente tem direito a manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades fisiológicas,
»O
inclusive alimentação adequada e higiênica, quer quando atendido no leito, ou na unidade onde
está internado ou aguardando atendimento.
» paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto nas consultas, como nas internações.
»O
As visitas de parentes e amigos devem ser disciplinadas em horários compatíveis, desde que não
comprometam as atividades médico/sanitárias. Em caso de parto, a parturiente poderá solicitar a
presença do pai.
» paciente tem direito de exigir que a maternidade, além dos profissionais comumente neces-
»O
sários, mantenha a presença de um neonatologista, por ocasião do parto.
» paciente tem direito de exigir que a maternidade realize o teste do pezinho para detectar a
»O
fenilcetonúria nos recém-nascidos.
» paciente tem direito à indenização pecuniária no caso de qualquer complicação em suas
»O
condições de saúde motivadas por imprudência, negligência ou imperícia dos profissionais da saúde.
» paciente tem direito à assistência adequada, mesmo em período festivos, feriados ou durante
»O
greves profissionais.
» paciente tem direito de receber ou recusar assistência moral, psicológica, social e religiosa.
»O
» paciente tem direito a uma morte digna e serena, podendo optar ele próprio (desde que
»O
lúcido), a família ou responsável, por local ou acompanhamento e ainda se quer ou não o uso de
tratamentos dolorosos e extraordinários para prolongar a vida.
» paciente tem direito à dignidade e respeito, mesmo após a morte. Os familiares ou respon-
»O
sáveis devem ser avisados imediatamente após o óbito.
» paciente tem direito de não ter nenhum órgão retirado de seu corpo sem sua prévia apro-
»O
vação.
» paciente tem direito a órgão jurídico de direito específico da saúde, sem ônus e de fácil
»O
acesso.

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5. Nomenclatura Hospitalar
Hospital: conforme o Ministério da Saúde (MS) é definido como “parte de uma organização médica
e social, com a função básica em proporcionar à população a assistência médica integral, curativa e
preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-se também
em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas em saúde, bem como de
encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde
a ele vinculados tecnicamente”.
Hospital Geral: hospital destinado a prestar assistência sanitária a doentes, nas quatro especialida-
des básicas (Ministério da Saúde-Terminologia Básica em Saúde-1987). A assistência sanitária por sua
vez, é classificada como a modalidade de atuação realizada pela equipe de saúde, junto à população,
atuando na promoção, proteção, recuperação e reabilitação de pacientes.
Hospital especializado: são destinadas a prestar assistência sanitária ao doente em determinadas
especialidades (Ministério da Saúde – Terminologia Básica em Saúde – 1987)
Hospital Oficial: é o que pertence a órgãos oficiais da administração pública direta ou indireta,
federal, estadual ou municipal.
Hospital particular ou privado: é o que pertence à pessoa jurídica de direito privado.
Hospital filantrópico: é o hospital particular, cujo caráter não é lucrativo e destina um percentual
de seus leitos para assistir, gratuitamente os pacientes que são desprovidos de qualquer cobertura
de saúde e de recursos para provê-la. Não concede remuneração, gratificação, vantagem ou benefício
de qualquer espécie e a qualquer título, a dirigentes superiores, diretores, sócios, irmãos ou outras
pessoas, salvo aquelas com as quais mantêm vínculos legais de empregador.
Hospital beneficente: é o hospital particular de caráter não lucrativo, destinado a assistir grupos
específicos de pessoas, e mantido pela contribuição de seus associados e pela pacientela que o utiliza,
não distribuindo dividendos e reaplicando os resultados financeiros nas finalidades da instituição.
Hospital I (pequeno porte): é o que tem a capacidade instalada de até 49 leitos.
Hospital II (médio porte): é o que tem a capacidade instalada de 50 a 149 leitos.
Hospital de grande porte: é o que tem capacidade instalada de 200 a 499 leitos.
Hospital de porte especial III à IV: é o que tem a capacidade normal igual ou superior a 500 leitos.
Hospital pavilhonar: é aquele cujos serviços estão distribuídos por edificações isoladas de pequeno
porte que podem ou não estar interligadas.
Hospital monobloco: é aquele cujos serviços estão concentrados em um único edifício.
Assistência hospitalar domiciliar: é a prestação da assistência sob a responsabilidade do hospital
ao paciente no domicílio.
Prontuário médico: é o conjunto de documentos destinados ao registro dos cuidados médicos e
paramédicos prestados ao paciente pelo hospital, desde sua matrícula até a alta.
Hospital-dia: é o tipo de Unidade com modalidade de assistência na qual o doente utiliza, com
regularidade, os serviços e os leitos hospitalar apenas durante o período diurno. (Ministério da Saúde
– Terminologia Básica em Saúde).
Prontuário médico: é o conjunto de documentos destinados ao registro dos cuidados médicos e
paramédicos prestados ao paciente pelo hospital, desde sua matrícula até a alta.
Elemento do hospital: é a área ou dependência que entra na composição de uma Unidade do Hospital
Unidade de internação: é o conjunto de elementos destinado à acomodação do paciente internado
e à prestação dos cuidados necessários à seu atendimento.
Quarto hospitalar: é o compartimento da Unidade de internação destinado a acomodar um ou
dois pacientes.
Enfermaria: é o compartimento da Unidade de internação destinado a acomodar três ou mais pacientes.
Leito hospitalar: é a cama destinada à internação do paciente no hospital.
Posto de enfermagem: é o local da Unidade de internação destinado ao comando e controle técnico
e administrativo das atividades aí desenvolvidas.

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Sala de serviço: é o local da unidade de internação destinado ao preparo, guarda e distribuição


dos materiais e medicamentos utilizados nos cuidados ao paciente.
Sala de expurgo: é o local da Unidade de Internação destinado à coleta e higienização dos ma-
teriais utilizados nos cuidados ao paciente.
Internação: é a admissão de um paciente para ocupar um leito hospitalar.
Alta hospitalar: é o encerramento da assistência prestada ao paciente do hospital por decisão
médica. A alta pode ser definitiva ou provisória, a pedido, disciplinar ou administrativa, por remoção,
abandono ou óbito.
Censo diário: é o levantamento a cada 24 horas, do número de leitos ocupados.

6. Caracterizando o Serviço de Enfermagem

“Enfermagem é a arte de assistir ao ser humano, no atendimento de suas


necessidades humanas básicas, de torná-lo independente desta assistência,
quando possível, pelo ensino do auto cuidado; de recuperar, manter e pro-
mover a saúde em colaboração com outros profissionais”.
(HORTA, 1979, pg 29)

A Enfermagem - reconhecida por seu respectivo conselho profissional (COREN). É uma profissão
que possui um corpo de conhecimentos próprios, voltados para o atendimento do ser humano nas
áreas de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, composta pelo Enfermeiro,
Técnico e Auxiliar de Enfermagem.
A Enfermagem realiza seu trabalho em um contexto mais amplo e coletivo de saúde, em par-
ceria com outras categorias profissionais representadas por áreas como Medicina, Serviço Social,
Fisioterapia, Odontologia, Farmácia, Nutrição, etc. O atendimento integral à saúde pressupõe uma
ação conjunta dessas diferentes categorias, pois, apesar do saber específico de cada uma, existe
uma relação de interdependência e complementaridade.

Setor de
Enfermagem Imagem Administrativo

Medicina Laboratório

paciente
Fisioterapia e família Farmaucêtico

Nutrição Odontologia

Psicólogo Assistente Social

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7. Legislação e Papéis na Enfermagem


A lei nº. 7.498, de 25 de junho de 1986, regulamenta o exercício profissional da enfermagem de
acordo com esta lei, a enfermagem é exercida pelo:
Enfermeiro: é um profissional de nível universitário que exerce todas as atividades de enferma-
gem, cabendo-lhe privativamente: a organização e direção dos serviços de enfermagem: planeja-
mento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem;
consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre assuntos de enfermagem; consulta e prescrição
de enfermagem; cuidados direitos de enfermagem; a pacientes graves; cuidados de enfermagem
de maior complexidade técnica.
Como integrante da equipe de saúde: participação no planejamento, execução e avaliação da
programação de saúde e dos planos assistenciais de saúde estabelecidos em programa de saúde
pública e em rotina de unidades de internação; prevenção e controle sistemático de danos, da
infecção hospitalar, doenças transmissíveis; assistência de enfermagem à gestante, parturiente e
puérpera; educação em saúde;
Técnico de enfermagem: profissional de nível médio que exerce as atividades de nível médio,
envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar e partici-
pação no planejamento da assistência de enfermagem.
Auxiliar de enfermagem: profissional de nível fundamental, que exerce as atividades de nível
médio. Quanto à equipe de enfermagem cabe desenvolver um trabalho alinhado, diferenciado e
focado em ações de saúde realizadas pela equipe multiprofissional, com integração multissetorial,
fundamentada em evidências científicas. O Atendente de enfermagem: pessoal sem formação es-
pecifica regulamentada em lei e, portanto, em processo de extinção a partir de Junho de 1996.

8. Conforto e Segurança
O conforto e a segurança do paciente tem sua fundamentação estabelecida pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), com a preconização das seis metas internacionais principais referentes
à saúde e segurança do paciente. Elas são soluções cujo objetivo é promover melhorias em áreas
específicas e problemáticas na assistência.

01 Identificação do paciente 04 Cirurgias em locais de intervenção, prcedimentos


e pacientes certo
(Pulseira ou etiqueta) pois identifica o paciente como o prin- Assegurar essas medidas para minimizar a ocorrência de
cipal receptor da assistência. incidentes, eventos adversos e mortalidade cirúrgica.

02 comunicação efetiva 05 Redução dos riscos de infecção associado aos


cuidados de saúde:
Determinar estratégias que possam melhorar a comunicação A principal medida de combate a disseminação de infecção
entre os profissionais de saúde, paciente e família. é a higienização das mãos.

03 segurança dos medicamentos 06 reduções


quedas
de lesões ao paciente proveniente de

Melhorar a segurança na prescrição, dispensação e adminis- Promover a manutenção da integridade da pele e minimizar
tração dos medicamentos ao paciente, ou anular o risco de queda evitando transtornos futuros.

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O conforto e a segurança abrangem aspectos físicos, psicossociais e espirituais e constituem necessidades


básicas do ser humano. Os procedimentos utilizados para restabelecer a saúde do individuo normalmente ge-
ram medo e ansiedade porque a maioria deles determinam sofrimento físico e insegurança. Um dos objetivos
da enfermagem é proporcionar conforto e segurança ao paciente, o que pode também pode ser alcançado
com adoção de medidas simples como:

»
»Manter unidade limpo, arejado, em ordem, temperatura adequada e leito confortável;
»
»Orientar o paciente antes de executar qualquer procedimento terapêutico;
»
»Manter postura adequada e tomar medidas preventivas contra úlceras de decúbito e deformidades;
»
»Proporcionar recreação de acordo com as suas condições físicas e recursos existentes na instituição.
Constituem medidas recreativas: televisão, rádios, trabalhos manuais, leituras etc.;
»
»Atender as necessidades espirituais, facilitando o encontro com autoridade ou representantes da sua
igreja ou congregação; dar-lhe atenção e ouvi-lo, sem, contudo impor a sua crença;
»
»Manter atitude que contribua para que o paciente tenha confiança, segurança e otimismo.

O estado de inatividade condicionado pela doença compromete o sistema musculoesquelético, observan-


do-se níveis variados de problemas que vão desde a fraqueza muscular a um quadro irreversível de atrofias,
contraturas e deformidades como, por exemplo, o pé equino. Os outros órgãos também acabam afetados e
diversas complicações podem se instalar como:
Complicações do sistema tegumentar: apresenta alto índice de comprometimento em pacientes acamados,
caracterizado pela solução de continuidade da pele, denominada úlcera por pressão, que aparecem devido à
compressão e maceração de tecidos moles presentes nas saliências ósseas.
Nestas condições, a enfermagem procura organizar as ações, visando evitar ao máximo as complicações
e incentivando o paciente quando ao autocuidado, dentro dos limites de sua capacidade ou estabelecido
terapeuticamente.

9. Higienização das Mãos


O objetivo da higienização das mãos é: minimizar a disseminação de infecção; diminuir a quantidade de
microrganismos na flora transitória, eliminar sujidade e resíduos e proteger a saúde do profissional da saúde
e do paciente.
A sua indicação é: ao iniciar o turno de trabalho, antes e após a realização de procedimentos com o paciente,
antes de preparar as medicações, antes de manipular o material estéril, antes e após utilizar o banheiro, antes
de realizar as refeições, em presença de sujidade e ao término do turno de trabalho.

Procedimentos de Enfermagem
1. Conferir os materiais necessários para a higienização;

Materiais
Água; sabão líquido neutro ou são antisséptico; toalhas de papel e lixeira com pedal.

2. Retirar os adornos (anel, aliança, pulseira, relógio);


3. Dobrar o punho do vestuário com manga longa;
4. Manter distância da pia ou do lavabo antes de abrir a torneira;
5. Molhar as mãos e ensaboá-las (mãos e punhos), friccionando bem; da seguinte forma:
»» Palma a palma;
»» Palma sobre o dorso com dedos entrelaçados e repetir na outra mão;
»» Entrelaçar os dedos com fricção interdigital;

13
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

»» Fricção da palma com a polpa digital e repetir na outra mão;


»» Envolver e higienizar os polegares;
»» Entrelaçar as pontas dos dedos fechados e friccionar o leito ungueal, as unhas e as extremidades;
»» Finalizar com os movimentos circulares, em volta de cada punho;
»» Enxaguar as mãos ligeiramente inclinadas para cima;
»» Secar as mãos com a toalha de papel e desprezar na lixeira após o uso.
Imagens retiradas de: http://bit.ly/2hXq1yo

Higienização simples das mãos

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem
Imagens retiradas de: http://bit.ly/2hXq1yo

Higienização
das Mãos com
Preparações
Alcoólicas

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

9.3 Antissepsia ou Preparo Pré-Operatório das Mãos e Escovação Cirúrgica das Mãos
O objetivo desse procedimento é a prevenção da infecção hospitalar, reduzindo a flora residente
da pele e removendo a flora bacteriana transitória da pele.

Materiais
Água; sabão líquido neutro; escova de cerdas macias (seca ou impregnada com an-
tisséptico degermante) e compressa esterilizada.

Procedimento
1. Higienizar as mãos e antebraços com água corrente e solução degermante;
2. Enxaguar em seguida;
3. Retirar a escova do suporte e segurá-la por uma das extremidades;
4. Molhar as cerdas e adicionar a solução antisséptica degermante (caso a escova não esteja impregnada)
5. Friccionar 25 vezes a palma da mão e dedos, cada fricção deverá corresponder a um movi-
mento iniciado na região da palma que está em contato com o punho, terminando na ponta do dedo;
6. Escovar 25 vezes os espaços interdigitais de cada dedo. Cada escovadela deverá iniciar na
base do dedo e terminar na ponta do mesmo;
7. Unir e fletir os dedos indicador, médio, anelar e mínimo, expondo os leitos subungueais. Es-
covar 50 vezes. Cada escovadela deverá corresponder a um movimento terminando no dedo mínimo;
8. Escovar 50 vezes a unha do polegar isoladamente;
9. Friccionar 25 vezes a região dorsal do antebraço. Cada fricção deverá corresponder a um
movimento iniciado na região do punho, terminando aproximadamente 0,5 cm acima do cotovelo.
10. Friccionar 25 vezes, do mesmo modo, a região ventral, lateral e medial do antebraço;
11. Friccionar 25 vezes o cotovelo em movimentos circulares;
12. Enxaguar a mão e o antebraço direito deixando a água escorrer da ponta dos dedos para o cotovelo;
13. Enxaguar, do mesmo modo a mão e o antebraço esquerdo; conservar as mãos elevadas man-
tendo-as na posição de enxágue;
14. Fechar a torneira usando o cotovelo, caso a torneira não tenha sensor ou acionador de pé;
15. Apanhar a compressa esterilizada pela face externa, com uma das mãos, por uma das pontas,
abrindo-a totalmente;
16. Colocar a compressa cobrindo a palma da outra mão;
17. Utilizar um lado da compressa para enxugar a mão e antebraço direito com movimentos de pressão;
18. Utilizar o outro lado da compressa para enxugar a mão e o antebraço esquerdo, usando os
mesmos movimentos;
19. Enxugar os dois cotovelos usando um único lado da compressa.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

HIgienização das mãos


Anti-sepsia ou preparo pré-operatório das mãos

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

10. Luvas

10.1 As luvas de procedimentos


São limpas, porém não esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o profissional durante a
manipulação de material, quando do contato com superfícies contaminadas ou durante a execução
de procedimentos com risco de exposição a sangue, fluído corpóreo e secreções. Não há nenhum
cuidado especial para calçá-las, porém devem ser removidas da mesma maneira que a luva estéril,
para evitar que o profissional se contamine.
Após o seu uso, as luvas devem ser removidas e desprezadas em lixo infectante, evitando a
transferência de microrganismos para outros pacientes. Após desprezá-las, higienizar as mãos com
água e sabão.

10.2 As luvas esterilizadas


Denominadas luvas cirúrgicas, são indicadas para a realização de procedimentos invasivos ou
manipulação de Materiais estéril, impedindo a deposição de microrganismos no local. Exemplos:
cirurgias, suturas, curativos, cateterismo vesical, dentre outros.
As mãos devem ser lavadas antes de calçar e ao descalçar as luvas.

Materiais
Par de luvas esterelizadas.

Procedimentos
Antes de qualquer coisa, ressalte-se que a luva deve ter um ajuste adequado, cuja numeração
corresponda ao tamanho da mão, observando se o invólucro está seco, lacrado e dentro do prazo
de validade de esterilização. Evite falar durante o procedimento.
O objetivo é prevenir a disseminação da infecção hospitalar, promover a proteção individual,
manusear o material esterilizado e a realização da técnica asséptica;

18
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

1. Selecionar o material que será utilizado conforme o tamanho adequado, observando a in-
tegridade do material e o prazo de validade;
2. Retirar os adornos (anéis, aliança, pulseira e relógios);
3. Higienizar as mãos;
4. Posicionar o material em superfície rígida;
5. Abrir o pacote contendo o par de luvas;
6. Com a mão dominante, retirar a luva do invólucro externo pela parte interna do punho;
7. Calçar a luva na mão dominante atentando para não contaminar a parte externa;
8. Colocar a mão enluvada dentro da cobra do punho da outra luva;
9. Calçar a luva na mão não dominante atentando para não contaminar a mão enluvada;
10. Ajeitar as luvas externamente com as mãos já enluvadas;
11. Após o uso, retirar a luva de uma das mãos puxando-a externamente pelo punho, sobre a
mão, virando-a pelo avesso;
12. Quanto à outra luva, segurá-la pela parte interna do punho, puxando-a e virando-a pelo
avesso;
13. Promover a higienização das mãos.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

11. Precauções Padrão


As Precauções Padrão são definidas como a utilização dos equipamentos para evitar a contami-
nação do meio hospitalar, do paciente e da equipe multiprofissional.
As Precauções Padrão segundo a ANVISA incluem: higienização das mãos, o uso de luvas, uso
do avental, uso da máscara, descarte de Materiais perfuro cortante e a imunização do profissional.

»» Higienização das Mãos: procedimento utilizado antes e após o contato com o paciente, com
objetivo de remover ou minimizar a propagação de microrganismos e doenças, remoção de sujidade
e na realização de procedimentos com o paciente;
»» Luvas: utilizada em risco de contato com sangue, fluidos corporais, secreção, excreções ou
Materiais infectantes;
»» Avental: utilizado em possibilidade de contato com sangue ou fluidos corporais, proteção do
profissional de saúde e preservação da limpeza da roupa. Pode ser de tecido ou descartável;
»» Máscara, óculos e protetor facial: utilizada em possibilidade de contato com respingos de
sangue ou líquidos corporais atingirem a face do profissional;
»» Descarte de Materiais Perfurocortante: utilizar o recipiente específico para descarte, disposto
em locais visíveis e de fácil acesso;
»» Imunização: é a medida profilática que deve ser adotada pelo profissional da saúde, como
medida de proteção à sua saúde e em cumprimento a Norma Regulamentadora NR-32.

20
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

12. Posições para Exames


As posições para exames têm a finalidade de favorecer a realização de determinados exames,
procedimentos e possibilitar a coleta de Materiais, respeitando a individualização de cada paciente.

12.1 Posição Horizontal ou Decúbito Dorsal


Usado para realização de exame físico e para permitir o relaxamento dos músculos. A indicação
é para a realização de exame físico do tórax, parte anterior do abdome e extremidades, além de
banho no leito, higiene íntima e sondagem vesical.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Colocar a mesa de exames ou cama na posição horizontal;
7. Deitar o paciente horizontalmente de costas;
8. Manter os membros superiores ao longo do corpo em posição anatômica e os infe-
riores alinhados;
9. Manter o paciente protegido com o lençol, expondo apenas a área a ser examinada;
10. Recolher todo o material;
11. Deixar o paciente confortável;
12. Higienizar as mãos;
13. Deixar a unidade em ordem;
14. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
15. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

12.2 Posição Ereta ou Ortostática


O paciente precisa ficar de pé, com o peso distribuído igualmente nos membros inferiores (MMII)
e os pés ligeiramente afastados. A indicação é para o exame neurológico e ortopédico.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Manter o paciente protegido com o vestuário próprio ou com um lençol;
7. Pedir ao paciente para ficar em pé, com o tronco ereto e os braços ao longo do corpo, os
pés ligeiramente afastados e o topo da cabeça paralelo ao teto;
8. Recolher todo o material;
9. Deixar o paciente confortável;
10. Higienizar as mãos;
11. Deixar a unidade em ordem;
12. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
13. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

12.3 Posição Fowler


Usada para alimentação, higiene oral, melhora do quadro dispneico, pós-operatório de tireoide,
tórax, abdome, descanso e conforto do paciente, em casos cardíacos para facilitar a respiração e
na prevenção de aspiração brônquica. A indicação, portanto é para alimentação, aos portadores de
patologias respiratórias e cardiopatias, em geral.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

5. Colocar os EPIs;
6. Colocar o paciente em decúbito dorsal;
7. Elevar a cabeça e o tórax do paciente até formar um ângulo de 45º a 90º;
8. Colocar um coxim sob as dobras dos joelhos, mantendo-os ligeiramente fletidos;
9. Proteger o paciente com lençol, expondo toda a área a ser examinada;
10. Deixar o paciente em posição confortável após o exame ou procedimento;
11. Recolher todo o material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

12.4 Posição semi-Fowler


É semelhante à descrição acima, porém, a elevação da cabeceira é sem flexão dos membros
inferiores, pois eles permanecem estendidos.

12.5 Posição Genupeitoral


Posição utilizada para realização de exames vaginais e retais. Consiste em decúbito ventral, com
tórax e coxas flexionadas, elevação da região glútea, apoiando-se no joelho e cotovelos. A cabeça
fica lateralizada apoiada sobre os braços.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente
7. Colocar o paciente em decúbito ventral;
8. Solicitar ao paciente para ajoelhar-se na cama ou na mesa de exames com os joelhos ligei-
ramente afastados;
9. Solicitar ao paciente para que abaixe os ombros de modo que encoste a face e tórax na
cama ou mesa;
10. Proteger o paciente com lençol, expondo toda a área a ser examinada;
11. Deixar o paciente em posição confortável após o exame ou tratamento;
12. Recolher todo o material;

23
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

13. Deixar o paciente confortável;


14. Higienizar as mãos;
15. Deixar a unidade em ordem;
16. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
17. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

Imagem retirada do site djc-tecenfermagem.blogspot.com

12.6 Posição Ginecológica


Posição utilizada para realização de exames, tratamentos e cirurgias vaginais e retais. Constitui
em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas. Essa posição é também utilizada para
cirurgias, cateterismo vesical, partos entre outros.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos e separar todo o material;
4. Colocar os EPIs;
5. Promover a individualização do paciente;
6. Deitar o paciente em decúbito dorsal;
7. Flexionar um dos membros inferiores, apoiando o calcanhar na cama ou no estribo da mesa
de exame, ou apoiar a dobra do joelho na perneira acolchoada da mesa ginecológica;
8. Repetir o procedimento para o outro membro;
9. Afastar os joelhos;
10. Proteger o paciente com um lençol em diagonal, de tal forma que uma ponta fique sobre o
peito e a outra na região pélvica;
11. Prender as duas pontas sob os calcanhares do paciente;
12. Dobrar a ponta que cobre a região pélvica para trás, no momento do exame;
13. Deixar o paciente em posição confortável após o exame, tratamento ou cirurgia;
14. Recolher todo o material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;

24
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;


18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

12.7 Posição Lateral:


Usado para realização de exames vaginais, clister e lavagem intestinal. Consiste na posição lateral
esquerda ou direita, com a perna que está do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na super-
fície de repouso. Essa posição também é utilizada para conforto e verificação de temperatura retal.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Colocar o paciente deitado sobre um dos lados (direito ou esquerdo);
8. Se for realizar qualquer procedimento que exponha o paciente, é necessário providenciar a
individualização do mesmo;
9. Apoiar a cabeça sobre o travesseiro;
10. Fletir os braços mantendo-os à frente do corpo;
11. Manter a perna que está no plano superior mais fletida que a perna que está no plano inferior;
12. Proteger o paciente com um lençol;
13. Recolher todo o material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

www.conteudodeenfermagem.com

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

12.8 Posição Sims


Uado para realização de exames vaginais, clister e lavagem intestinal. Colocar o paciente deitado
sobre o lado esquerdo do corpo, sendo que o membro inferior direito (MID) deve estar flexionado
até quase encostar o joelho no abdome. O membro inferior esquerdo (MIE) deve manter-se estirado.
Tal posição é utilizada para aplicação de supositório, realização de Fleet enema ou enteroclisma.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Colocar o paciente deitado sobre o lado esquerdo;
8. Se for realizar qualquer procedimento que exponha o paciente, é necessário providenciar a
individualização do mesmo;
9. Colocar a cabeça apoiada sobre um travesseiro;
10. Colocar o braço esquerdo para trás, ao lado das costas;
11. Colocar o braço direito do paciente à frente do mesmo;
12. Manter o membro inferior direito flexionado até quase encostar o joelho no abdome, apoian-
do-o na cama ou mesa;
13. Manter o membro inferior esquerdo estirado ou levemente flexionado;
14. Proteger o paciente com um lençol, expondo apenas a área a ser examinada;
15. Recolher todo o material;
16. Deixar o paciente confortável;
17. Higienizar as mãos;
18. Deixar a unidade em ordem;
19. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
20. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

12.9 Posição Ventral


Usado para realização de exames da coluna vertebral e da região cervical. Consiste na posição de
abdome para baixo, usada para exames da parte posterior do tórax, região cervical, lombar e glútea.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Se for realizar qualquer procedimento que exponha o paciente, é necessário providenciar a
individualização do mesmo;
8. Colocar o paciente com o abdome sobre a cama ou sobre a mesa de exames;
9. Apoiar a axila do paciente com coxim para elevar o tórax;
10. Colocar a cabeça do paciente voltada para um dos lados;
11. Manter os membros superiores ao longo do corpo e os inferiores alinhados;
12. Proteger o paciente com um lençol, expondo apenas a área a ser examinada;
13. Recolher todo o material e deixar o paciente confortável;
14. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

12.10 Posição de Litotomia


Usado para cirurgia, exames de períneo, reto, vagina, bexiga e parto vaginal. Consiste na posição
em decúbito dorsal, com pernas afastadas e suspensas sobre perneiras, usadas para exames dos
órgãos genitais internos e externos. Ela é considerada uma variação da posição ginecológica.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Colocar o paciente em decúbito dorsal;
8. Se for realizar qualquer procedimento que exponha o paciente, é necessário providenciar a
individualização do mesmo;
9. Elevar ligeiramente a cabeça e os ombros;
10. Flexionar os joelhos do paciente sobre o abdome e as pernas sobre as coxas;
11. Instruir o paciente para manter as coxas bem afastadas uma da outra;
12. Colocar as nádegas do paciente fora da mesa ou colchão;
13. Manter as pernas do paciente nesta posição de flexão, usando um suporte para os joelhos
ou suporte de alça para os pés;
14. Proteger o paciente com um lençol especial, com perneiras e abertura no centro ou usar a
mesma proteção para a posição ginecológica;
15. Recolher todo o material;
16. Deixar o paciente confortável;
17. Higienizar as mãos;
18. Deixar a unidade em ordem;
19. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
20. Checar prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

12.11 Posição de Trendelemburg


Usado para cirurgias da região pélvica, facilita a drenagem da secreção brônquica e melhora a
circulação venosa (varizes e tromboflebites). Consiste em decúbito dorsal, com o corpo inclinado
para trás, pernas e pés acima do nível da cabeça. Essa posição também pode variar com as pernas e
pés mais elevados que o corpo, normalmente utilizada em casos de hemorragia, edema de membros
inferiores (MMII) entre outros.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal;
8. Colocar o corpo num plano inclinado, de forma que a cabeça fique mais baixa em relação
ao corpo;
9. Manter os joelhos e quadris elevados;
10. Proteger com suporte na altura dos ombros para amparar o corpo, não permitindo que deslize
da mesa;
11. Proteger o paciente com lençol, expondo somente a região necessária;
12. Recolher todo o material;
13. Deixar o paciente confortável;
14. Higienizar as mãos;
15. Deixar a unidade em ordem;
16. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
17. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

13.Contenção no Leito
O objetivo da contenção no leito é impedir ou limitar a movimentação do paciente, através de
imobilização prevenindo acidentes durante tratamento.
Ela poderá ser realizada da seguinte forma:

Medicamentos: Uso de tranquilizantes e aplicação de sedativos segundo prescrição médica se


indicado.
Mecânica: É a limitação dos movimentos usando-se para isso lençóis, algodão ortopédico, atadura
de crepe, talas e esparadrapo.
Manual: Segurar o paciente com as mãos.
Outros: Cama com grades laterais, etc.

Materiais
Atadura de crepe, coxims (se necessário), algodão ortopédico ou compressa e esparadrapo.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Explicar os motivos do procedimento à família;
8. Solicitar autorização ao familiar para realização do procedimento;
9. Colocar biombo ao redor do leito;
10. Retirar as roupas de cama que cobrem o paciente e o travesseiro;
11. Posicionar o paciente;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

12. Apoiar a cabeça, pescoço e região escapular com travesseiro; realizar a contenção (dos
punhos, tornozelos e tórax conforme a necessidade) com algodão ortopédico e atadura de crepe,
realizando. O movimento circular com a atadura amarrando as pontas nas laterais da cama, mantendo
uma leve folga (não apertar excessivamente);
13. Apoiar os braços sobre o travesseiro com os cotovelos ligeiramente flexionados;
14. Assegurar o alinhamento dos membros inferiores com coxims;
15. Colocar suporte nas regiões plantares;
16. Recolher todo o material;
17. Deixar o paciente confortável;
18. Higienizar as mãos;
19. Deixar a unidade em ordem;
20. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
21. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Proporcionar a segurança do paciente é uma das funções da equipe de saúde. Assim
como manter a privacidade e, prevenir as infecções.

Posições indicadas para contenção no leito

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Ao realizar contenção no leito ao paciente, é importante que a equipe de enfermagem
atente fielmente para algumas situações que podem desencadear problemas ao pa-
ciente em relação a pele e circulação, sendo assim, as observações abaixo pode nortear
a ação da enfermagem:
* Vigilância constante do local restringido, refazendo-as se houver cianose, edema,
queixas de dor ou formigamento;
* As restrições deverão ser aplicadas com cuidado, para evitar complicações;
* Retirar as restrições duas vezes ao dia e proceder a lavagem com água e sabão no local
restringido. Massagear, proteger, aquecer, hidratar e restringir novamente se necessário.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

14.Transporte do Paciente
O objetivo do transporte do paciente é promover transporte seguro e humanizado ao paciente.

Materiais
Cadeira de Rodas, maca, escadinhas, lençóis, travesseiro.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Forrar a cadeira de rodas ou maca com o lençol;
8. Posicionar a cadeira de rodas ou maca travada e com o descanso; dos pés recolhidos late-
ralmente à cama;
9. Auxiliar o paciente a passar para a cadeira ou maca;
10. Posicionar o paciente corretamente e aquecê-lo com o lençol, elevar as grades de proteção;
11. Transportá-lo voltado para frente evitando movimentos bruscos;
12. Solicite apoio se necessário;
13. Recolher todo o material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
É sempre importante tranquilizar o paciente.
Em caso de isolamento, seguir as orientações do Manual CCIH. Ao promover o
transporte do paciente, sempre o faça seguindo as orientações de segurança do
paciente; evitando quedas.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

15. Unidade do Paciente


A unidade do paciente compreende o espaço físico hospitalar onde o paciente permanece a maior
parte do tempo durante seu período de internação. É notável que cada vez mais, os estabelecimen-
tos de saúde se preocupam em adequar o espaço físico para atender às necessidades do paciente,
preocupando-se em torná-lo em um ambiente humanizado.
A unidade do paciente, seja o quarto individualizado ou o espaço coletivo (enfermaria), deve
proporcionar-lhe completa segurança e bem-estar. Nesse sentido, lembramos que o estado de
conservação do teto, piso e paredes, instalação elétrica e hidráulica, disposição do mobiliário e os
espaços para a movimentação do paciente, da equipe e dos equipamentos são aspectos importantes
a ser considerados.
Outra questão é a influência da unidade e dos fatores estéticos sobre o estado emocional e o
humor das pessoas. Decoração atraente, as cores de paredes e tetos agradáveis, iluminação adequa-
da, unidade arejado, calmo e silencioso, proporcionam maior aconchego às pessoas, especialmente
quando doentes. As unidades também têm característica específica que variam conforme: o paciente
e a unidade. A unidade por sua vez pode ser classificada em:
Unidade de internação: consiste no local de prestação do atendimento à saúde para pacientes
que necessitam de assistência direta programada por período superior a 24 horas.
Unidade do paciente: corresponde ao local onde o paciente ficará acomodado, durante a internação.

15.1 Organização e Higiene da Unidade


Uma unidade limpa e organizada como preconizava a, precursora da enfermagem Florence Ni-
ghtingale, fornece boa impressão do serviço, não somente para o paciente, mas também para os
acompanhantes, auxilia também no controle de infecções, na eficiência do trabalho, na prevenção
de acidentes e na gestão do processo de trabalho. Para isso, é necessário que a equipe observe
alguns preceitos necessários:

»
»Organizar e identificar os materiais de uso geral;
»
»Remover os materiais que estiver em excesso;
»
»Observar as condições da unidade do paciente;
»
»Não misturar os produtos químicos como, por exemplo, sabão com hipoclorito de sódio, pois
o sabão neutraliza a ação do cloro.

34
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

15.2 A Limpeza da Unidade do Paciente


Para que possa ocorrer uma limpeza adequada nos estabelecimentos de saúde, é necessário seguir
o que preconiza a Resolução da ANVISA RDC nº 306/2004, que institui sobre o Regulamento Técnico
para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Assim, a equipe de saúde pode destinar
mais tempo para cuidar do paciente, haja vista que muitas instituições de saúde contratam empresas
responsáveis pela higiene, na unidade de trabalho e pela coleta dos resíduos, no serviço de saúde.
A equipe que realiza a limpeza da unidade deve atentar para a sequência, pois requer conheci-
mentos básicos de assepsia e uso de técnica adequada, visando evitar a disseminação de microrga-
nismos e a contaminação ambiental. Assim, o profissional responsável por essa tarefa deve ater-se
a algumas medidas de extrema importância:

»
»Executar a limpeza com luvas de procedimento;
»
»Realizar a limpeza das superfícies com movimentos amplos e num único sentido;
»
»Seguir do local mais limpo para o mais contaminado;
»
»Colocar sempre a superfície já limpa sobre outra superfície limpa;
»
»Limpar com solução desinfetante e, em seguida, remover o resíduo;
»
»Substituir a água, sempre que necessário.

A limpeza da unidade deve abranger a parte interna e externa da mesa de cabeceira, travesseiro
(se impermeável), colchão, cabeceira da cama, grades laterais, estrado, pés da cama, cadeira e es-
cadinha. Os tipos de limpeza são:

15.3 Limpeza diária ou concorrente


É feita diariamente com um pano úmido e/ou álcool a 70% sobre o mobiliário externo, que con-
templa a unidade do paciente do paciente. O objetivo é prevenir a infecção hospitalar, e remover
mecanicamente o acúmulo de sujidade ou matéria orgânica presente no mobiliário. Também tem a
intenção de minimizar o crescimento de microrganismos presentes e assim, promover o bem estar
do paciente.

Materiais
Água; sabão, balde, bacia, pano, esponjas, desinfetante padronizado pela CCIH e em
conformidade com as normas da ANVISA, álcool a 70%, luvas de procedimento ou de
borracha, hamper, saco de lixo.

Procedimentos:
1. Higienizar as mãos;
2. Calçar luvas de procedimento;
3. Proceder à limpeza do mobiliário que pertence à unidade do paciente;
4. Seguir os passos da técnica de limpeza terminal:
5. Retirar a roupa de cama, e realizar a limpeza concorrente do colchão;
6. Limpar mesa de refeição, criado-mudo e cadeira com um pano umedecido com desinfetante;
7. Limpar as partes internas e externas do mobiliário;
8. Deixar a unidade em ordem;
9. Realizar arrumação da cama;

35
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

10. Retirar as luvas;


11. Higienizar as mãos;
12. Realizar anotação de enfermagem.

15.4 Limpeza geral ou terminal


É aquela que inclui a parede, piso e todo o mobiliário da unidade do paciente. O objetivo principal
é manter a unidade limpa e com aspecto agradável, além de remover as sujidades e microrganismos
para prevenir as infecções.
As indicações são: por ocasião de óbito, alta ou transferência do paciente, permanência prolon-
gada no leito ou suspensão das medidas de precaução e isolamento.

Materiais
Água; sabão, balde, bacia, pano, esponjas, desinfetante padronizado pela CCIH e em
conformidade com as normas da ANVISA, álcool a 70%, hamper, saco de lixo.

Procedimentos:
1. Higienizar as mãos;
2. Calçar luvas de procedimento;
3. Abrir janelas para arejar o quarto;
4. Retirar todos os pertences desnecessários à unidade;
5. Encaminhar comadre e/ou papagaio para desinfecção;
6. Encaminhar travesseiros e cobertores para a lavanderia;
7. Limpar mesa de refeição, criado-mudo e cadeira com um pano umedecido com desinfetante;
8. Limpar as partes internas e externas do mobiliário;
9. Fazer movimentos únicos, trazendo o pano do ponto mais distal para o mais proximal a você;
10. Fazer a limpeza da superfície do colchão que fica em contato com o paciente;
11. Iniciar pela parte superior, partindo do mais distante para o mais próximo;
12. Limpar as laterais com movimentos amplos e firmes;
13. Dobrar o colchão, colocando a parte superior sobre a inferior (ambas já limpas);
14. Iniciar a limpeza do lado oposto superior do colchão, do estrado e da cabeceira da cama;
15. Proceder do mesmo modo com a parte inferior do colchão, do estrado e da cabeceira da cama;
16. Recolocar o colchão na posição original;
17. Aplicar álcool a 70% nas superfícies;
18. Variar a posição do colchão;
19. Organizar e recolher os materiais de limpeza;
20. Manter a unidade em ordem;
21. Retirar as luvas;
22. Higienizar as mãos;
23. Realizar a arrumação da cama;
24. Realizar anotações de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

15.5 Limpeza e Desinfecção de Banheiras Pediátricas

O objetivo principal desse procedimento é evitar a disseminação de microrganismos e infecção cruzada.


Materiais
Luva de Procedimento, banheira, sabão líquido neutro, panos limpos/álcool a 70%.

Procedimentos:
1. Higienizar as mãos;
2. Reunir os materiais;
3. Proceder à higienização no expurgo;
4. Calçar as luvas;
5. Higienizar a banheira com água e sabão.
6. Enxaguar, secar e passar álcool a 70%;
7. Esperar secar e acondicionar em saco plástico, identificando com data e nome do funcionário.
8. Reunir os materiais, organizando o expurgo e retirando as luvas;
9. Higienizar as mãos;
10. Proceder à anotação.

15.6 Limpeza Concorrente da Incubadora


O objetivo desse procedimento é eliminar os agentes infecciosos, proporcionando segurança no
tratamento do RN, conforto e bem estar.

Materiais
Água, sabão líquido neutro (padronizado pela CCIH e em conformidade com as normas
da ANVISA), panos de limpeza.

Procedimentos:
1. Higienizar as mãos;
2. Preparar os materiais e, colocar próximo à incubadora;
3. Com o auxílio de outro profissional de enfermagem, segurar o RN erguendo-o sem retirá-lo
da incubadora;
4. Realizar a limpeza do colchonete, utilizando pano úmido com água e sabão e secar ao tér-
mino;
5. Forrar o colchão e posicionar o RN confortavelmente.
6. Limpar a cúpula, inicialmente na parede;
7. Interna e a seguir na parede externa, removendo secreções sangue e outras sujidades;
8. Ajustar a temperatura da incubadora;
9. Reunir os materiais e organizar a unidade do RN
10. Higienizar as mãos
11. Realizar anotação de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

15.7 Limpeza Terminal da Incubadora


O objetivo é evitar a infecção cruzada.

Materiais
Água, sabão líquido neutro (padronizado pela CCIH), panos de limpeza, tanque de
desinfecção do painel.

Procedimentos:
1. Higienizar as mãos
2. Preparar os materiais, levar a incubadora ao expurgo (após resfriamento);
3. Remover as guarnições das portinholas, abrir a cúpula, travar, retirar o colchonete, a bandeja,
a guarnição de borracha e demais acessórios;
4. Ensaboar a parte interna da cúpula e a câmara interna, retirar o sabão com pano úmido e
secar. Ensaboar a parte externa da cúpula, retirar o sabão com pano úmido e secar;
5. Remover o painel, imergir a ventoinha no tanque de desinfecção com solução de água e
sabão. Ligar o motor até a remoção dos resíduos. Após substituir a solução do tanque por água,
imergir a ventoinha, enxaguar e secar com pano limpo.
6. Verificar a validade do filtro (a troca ocorre normalmente a cada 3 meses ou seguir padrão
da CCIH). Utilizar máscara e luva de procedimento, ensaboar a parte interna e externa do gabinete,
retirar o sabão com pano úmido e secar.
7. Higienizar as mãos.
8. Ligar à incubadora e manter temperatura adequada;
9. Realizar anotação de enfermagem.

15.8 Limpeza Concorrente do Berço Aquecido


O objetivo é eliminar os agentes infecciosos, proporcionando segurança e bem estar no trata-
mento do RN.

Materiais
Água, sabão liquido neutro e panos de limpeza.

Procedimentos:
1. Higienizar as mãos;
2. Preparar os materiais, colocar próximo ao berço aquecido;
3. Calçar as luvas de procedimento;
4. Ensaboar o berço retirar o sabão com pano úmido e secar;
5. Colocar o colchão sobre o estrado e limpar ambas as faces e recolocá-lo no berço;
6. Forrar o colchão com lençol;
7. Promover a organização da unidade
8. Retirar as luvas e higienizar as mãos;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Realizar diariamente, após o banho do RN e sempre que necessário.

15.9 Limpeza Terminal do Berço Aquecido

Procedimentos:
1. Higienizar as mãos;
2. Calçar as luvas de procedimento;
3. Preparar os materiais, e levar para o expurgo.
4. Desligar o berço da tomada e levar ao expurgo;
5. Remover o berço acrílico e colchão e colocá-los sobre o balcão;
6. Ensaboar a parte superior que protege o termostato, a armação metálica, e o estrado, retirar
o sabão com pano úmido secar;
7. Recolocar o berço acrílico e o colchão;
8. Datar o procedimento e encaminhar para o uso;
9. Deixar a unidade em ordem;
10. Retirar as luvas;

16. Preparo da Cama Hospitalar


O leito é um fator importante na obtenção do repouso e conforto adequados, sendo essencial na
manutenção e recuperação da saúde. A técnica preconizada tem por função proporcionar conforto
e segurança ao paciente e a família, promover um ambiente acolhedor, facilitando a prestação da
assistência da enfermagem, tornando o processo célere e com qualidade.

16.1 Tipos de Cama


Cama fechada: preparada logo após a limpeza terminal, quando o paciente tem alta ou transfe-
rência. É arrumada para aguardar o próximo paciente;
Cama aberta: preparada no mínimo uma vez ao dia durante a permanência do paciente na uni-
dade;
Cama aberta com paciente acamado: é aquela ocupada pelo paciente acamado, que se encontra
impossibilitado de locomover-se. Ela é preparada por dois profissionais: enquanto um profissional
apoia o paciente, o outro arruma a cama;
Cama de operado: preparada para receber o paciente que foi submetido a um processo cirúrgico.

Materiais (Cama Fechada e Cama de Operado)


02 lençóis, 01 travesseiro, 01 fronha, 01 forro e 01 cobertor s/n.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Materiais (Cama Aberta e Cama Aberta para Acamado)


Luvas de procedimento, 03 lençóis, 01 travesseiro, 01 fronha, 01 cobertor e 01
impermeável s/n, pijama ou camisola.

16.2 Procedimentos para Arrumação da Cama Fechada


1. Higienizar as mãos;
2. Calçar as luvas de procedimento;
3. Reunir os materiais: dois lençóis, uma colcha, uma fronha, um cobertor;
4. Dispor a roupa na cadeira, na sequência de uso: colcha, cobertor, lenços de cima, lenços
móvel e lençol de baixo;
5. Dispor o lençol debaixo, fazendo o canto da cabeceira, parte dos pés e lateral da cama;
6. Estender o lençol móvel e prendê-los sempre juntos;
7. Colocar o lençol de cima, deixando o barrado rente ao colchão na cabeceira da cama;
8. Posicionar o cobertor abaixo da cabeceira;
9. Estender a colcha rente ao colchão na cabeceira da cama, prendendo junto às três peças no
canto dos pés da cama e deixando as laterais soltas;
10. Dobrar o travesseiro já com a fronha, posicionando-o na cabeceira da cama;
11. Finalizar no outro lado da cama e completar a arrumação;
12. Deixar a unidade em ordem com o mobiliário alinhado;
13. Higienizar as mãos;
14. Anotar.

16.3 Procedimentos para Arrumação da Cama Aberta


1. Lavar as mãos
2. Arrumar a roupa de cama em ordem de uso e colocá-la no encosto da cadeira lenços de
cima, virado sobre o cobertor e a colcha na parte da cabeceira;
3. Cobertor e/ou colcha; lençol de cima; lençol móvel; impermeável; lençol de baixo;
4. Explicar o procedimento ao paciente;
5. Calçar as luvas de procedimento;
6. Retirar os lençóis usados, colocando-os no hamper;
7. Desprender os lençóis da cama;
8. Retirar a fronha do travesseiro e colocá-lo na mesa de alimentação ou no criado-mudo;
9. Posicionar o paciente em decúbito dorsal, protegendo-o com um lençol;
10. Enrolar o lençol de baixo, o impermeável e o lençol móvel até a metade da cama por baixo
do paciente;
11. Estender o lençol de baixo até a metade do leito que está desforrado;
12. Posicionar o impermeável e o lençol móvel até a metade do leito;
13. Prender o lençol na cabeceira na lateral e nos pés da cama;
14. Virar o paciente para o lado forrado, mantendo-o protegido pelas grades ou com ajuda de
outro auxiliar de enfermagem;
15. Retirar o lençol, o impermeável e o lençol móvel sujos;
16. Jogá-los no hamper (exceto o impermeável);
17. Puxar o lençol, o impermeável e o lençol móvel limpos e prendidos à cama;
18. Posicionar o lençol de cima juntamente com a colcha;
19. Prender nos pés da cama, deixando uma prega na localização dos pés;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

20. Colocar o cobertor de lã e colocar a fronha no travesseiro;


21. Enfronhar o travesseiro;
22. Posicionar o paciente no meio do leito;
23. Elevar as grades;
24. Deixar a unidade em ordem;
25. Retirar as luvas;
26. Lavar as mãos.

16.4 Procedimentos para Arrumação da Cama de Operado


1. Lavar as mãos;
2. Arrumar a roupa de cama em ordem de uso e colocá-la no encosto da cadeira:
3. Cobertor ou colcha; lençol de cima; lençol móvel; impermeável; lençol de baixo.
4. Estender o lençol de baixo até a metade do leito;
5. Prender a cabeceira e os pés da cama fazendo a prega nos cantos;
6. Posicionar o impermeável a o lençol móvel;
7. Prendê-los na lateral da cama;
8. Posicionar o lençol móvel na parte superior da cama, fazendo duas pregas laterais;
9. Estender o lençol de cima;
10. Estender o cobertor de lã;
11. Estender a colcha;
12. Pegar as pontas do lençol de cima, do cobertor e da colcha, fazendo uma dobra das partes
superior e inferior deles até o meio da cama, de modo que formem um envelope;
13. Dobrar o lençol de cima, o cobertor e a colcha em forma de envelope para o lado da cama
oposto à porta de entrada do paciente;
14. Enfronhar o travesseiro e colocá-lo sobre a cadeira;
15. Retirar o travesseiro, conforme o tipo de cirurgia;
16. Providenciar um suporte de soro, s/n.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

17. Medidas de Conforto, Higiene e Segurança do Paciente


Os hábitos de higiene pessoal variam em conformidade com as necessidades de cada paciente,
sendo tais medidas fundamentais para a promoção da saúde e manutenção da higiene.
A enfermagem deve proporcionar medidas de conforto e higiene ao individuo que está impos-
sibilitado de cuidar-se sozinho, e tentar sempre que possível promover o autocuidado, respeitando
a sua privacidade e individualidade.
É importante ressaltar que as medidas de conforto e higiene contemplam formas variadas tais
como: oral, dos cabelos, íntima e corporal. As medidas de conforto e higiene englobam:

17.1 Higiene Oral:


A promoção e a manutenção de boas condições de higiene da boca e dos dentes são fundamen-
tais para a saúde e conforto do paciente. É culturalmente o hábito de realizar a escovação dentária
pelo menos, 3 vezes/dia. Certas condições patológicas predispõem a irritação e a lesão da mucosa
oral, como estado de coma, hipertermia, problemas gástricos, sendo necessário, nesses casos, maior
frequência da higiene oral.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Materiais
Objetivo: prevenção de doenças; conforto, e prevenção da halitose; remoção de resíduos ali-
mentares, secreções e sujidades da cavidade bucal, língua e dentes, prevenção da cárie dentária e
outras infecções.
Escova dentária, copo com água, creme dental ou solução antisséptica bucal,
cuba rim, toalha de rosto e luvas de procedimentos.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Forrar o tórax e o pescoço do paciente com a toalha: selecionar os materiais dispondo-o
sobre a mesa de cabeceira ao alcance do paciente;
8. Levantar a cama em posição semi- Fowler;
9. Calçar as luvas de procedimento. Entregar ao paciente a escova com creme dental e o copo
com água. Dar água para bochechar e aproximar a cuba- rim, secar os lábios e o queixo com a toalha;
10. Recolher todo o material;
11. Deixar o paciente confortável;
12. Higienizar as mãos;
13. Deixar a unidade em ordem;
14. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
15. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

17.3 Higiene Oral de pacientes com dependência parcial de enfermagem:

Materiais
Um par de luvas de procedimento, escova dental ou haste de espuma ou espátula en-
volvida em gaze, creme dental ou solução dentifrícia, fio dental, copo com água (canudo
s/n), Cuba rim, toalha de rosto, lubrificante para os lábios s/n.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Posicioná-lo, elevando o decúbito da cama, se possível;
8. Colocar a toalha cobrindo o tórax do paciente;
9. Auxiliar o paciente, conforme o grau de dependência do mesmo;
10. Escovar no sentido da gengiva para o dente, em seguida a bochecha, a língua e o palato;
11. Oferecer água para bochechar, aproxima a cuba rim para escoar o líquido da boca;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

12. Secar os lábios e o queixo com a toalha;


13. Lubrificar os lábios se houver indicação;
14. Recolher todo o material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos;
17. Deixar a unidade em ordem;
18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

17.4 Higiene oral de paciente com dependência total ou inconsciente

Materiais
Bandeja contendo: pacote de higiene oral (espátulas com gaze), cuba rim, copinho com
solução antisséptica bucal, toalha de rosto, luva de procedimento, saco plástico branco.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Forrar o tórax e o pescoço do paciente com a toalha;
8. Levantar a cama em posição semi- Fowler;
9. Colocar luvas de procedimento. Umedecer a espátula montada, em solução antisséptica.
Afastar os lábios e proceder a higiene da cavidade oral quantas vezes forem necessárias;
10. Realizar a higiene com movimentos firmes e delicados;
11. Recolher todo o material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

17.5 Cuidados com Prótese Dentária:


É responsabilidade da enfermagem a manutenção da prótese dentária do paciente, zelando pela
sua integridade (evitando queda ou extravio), durante a permanência do paciente no hospital.
Objetivo: Manter higiene e conforto do paciente.

Materiais
Escova dental, copo com água, creme dental ou solução dentifrícia bucal, cuba rim,
saco plástico branco, toalha de rosto, espátula e gaze.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Forrar o tórax e o pescoço do paciente com a toalha: selecionar o material dispondo-o sobre
a mesa de cabeceira;
8. Levantar a cama em posição semi- Fowler;
9. Calçar as luvas, retirar a prótese dentária utilizando gaze, higienizá-la com creme dental e
enxaguá-la em água corrente;
10. Oferecer água com solução antisséptica para o paciente bochechar, após a limpeza da boca
com espátula e gaze. Secar os lábios e queixo com a toalha e recolocar a prótese;
11. Recolher todo o material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

17.6 Banho no leito


Procedimento cuja finalidade é a higienização corporal e o conforto de paciente hospitalizado
e acamado. Geralmente é executado no período da manhã e repetido se for necessário. Tal proce-
dimento proporciona a, interação enfermagem e o paciente, além de possibilitar a identificação de
alguma anormalidade.
Outra finalidade a ressaltar é o conforto e o bem-estar que o procedimento proporciona ao pa-
ciente, remoção de sujidades e odores desagradáveis, estimula a circulação, remove células mortas
e microrganismos.

Materiais
Luvas de procedimentos, bacia, jarro com água morna, sabonete, pano ou luva de
banho descartável, toalha de banho, roupa de cama e para o paciente, desodorante
ou talco se o paciente não for alérgico, pente ou escova para cabelos, Materiais para
higiene oral ou tricotomia facial s/n, cortador de unha, comadre e papagaio s/n, hamper
e biombo.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Fechar as portas e janelas;
8. Oferecer a comadre ou o papagaio para realização das necessidades fisiológicas antes de
iniciar o banho;
9. Proceder à higienização oral;
10. Soltar as bordas da roupa da cama e remover o travesseiro, se possível;
11. Retirar a roupa do paciente, deixando-o coberto com lençol;
12. Iniciar o banho pelo rosto, orelhas, pescoço;
13. Realizar a barba se for necessário;
14. Higienizar os braços e as axilas, iniciando da parte distal para a proximal; se possível, favo-
recer a imersão das mãos na bacia e secar;
15. Higienizar o tórax anterior e o abdome;
16. Manter a toalha de banho protegendo a região, enquanto providencia a vestimenta limpa
do paciente;
17. Higienizar os membros inferiores (MMII) e os pés, imergindo-os na bacia colocada sobre a
toalha, na cama; desprezar água utilizada na higienização dos pés;
18. Colocar o paciente em decúbito lateral, forrar a cama com a toalha, higienizar as costas;
19. Colocar a toalha e a comadre sob o paciente, oferecer a luva de banho com sabonete para
que ele proceda à higiene íntima, auxiliando-o no que for necessário;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

20. Promover a higienização das mãos do paciente após a higiene íntima;


21. Promover a massagem de conforto na região das costas com creme ou talco, conforme
descrito na prescrição de enfermagem;
22. Proceder à arrumação do leito ou pode ser realizada simultaneamente, durante o banho;
23. Reposicionar o paciente em posição confortável;
24. Pentear os cabelos;
25. Limpar e cortas as unhas s/n;
26. Recolher todo o material;
27. Deixar o paciente confortável;
28. Higienizar as mãos;
29. Deixar a unidade em ordem;
30. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
31. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
É importante observar alguns detalhes antes de iniciar o banho no leito, tais como:
* Esvaziar coletores de drenos, sondas e colostomia;
* Expor somente a região que está sendo higienizada, pois a privacidade precisa ser
preservada;
* Secar bem axilas, interdigitais e inguinais;
* Proteger curativos e dispositivos que não podem ser umedecidos e tracionados
durante o banho;
* Em pacientes que deambulam, o banho pode ser de aspersão (chuveiro), porém, é
necessário que a enfermagem supervisione. O paciente deve estar sempre seguido
dos olhos atentos da enfermagem. Se for necessário, providenciar cadeira de banho
para evitar quedas.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

17.7 Banho de aspersão (chuveiro)


1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Fechar as portas e janelas;
8. Encaminhar o paciente ao banheiro;
9. Verificar a temperatura da água, dispor as toalhas, sabonete e roupas de modo acessível;
10. Acompanhá-lo até o chuveiro;
11. Pedir ao paciente para fechar a porta sem trancar;
12. Calçar a luvas de procedimento.
13. Arrumar o leito do paciente;
14. Recolher todo o material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos;
17. Deixar a unidade em ordem;
18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

17.8 Higiene Externa:


Consistem na limpeza das regiões genital, perineal e anal. Pode ser realiza da no momento do
banho ou quando necessário, por exemplo: coleta de exames, menstruação, corrimento vaginal, pós
e pré- parto, pré-sondagem vesical, evacuações.
Objetivo: proporcionar conforto; higienização e prevenção de infecção.

Materiais
Jarro, protetor plástico, água, sabão líquido de preferência neutro, luvas de procedi-
mento, comadre gazes e bolas de algodão.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Posicionar o paciente para a lavagem externa;
8. Proteger o leito com plástico ou Materiais impermeável;
9. Calcar luvas de procedimento;
10. Posicionar a comadre no paciente;
11. Colocar uma bola de algodão nas regiões inguinal direita e esquerda;

48
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

12. Testar a temperatura da água no próprio braço;


13. Despejar água sobre a região;
14. Recolher todo o material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos;
17. Deixar a unidade em ordem;
18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

Se mulher se homem
1. Ensaboar os grandes lábios de cima 1. Ensaboar o corpo do pênis de cima
para baixo, iniciando pelo lado distal para baixo até a região perianal;
até a região perianal; desprezar o algo-
dão e enxaguar; 2. Retrair o prepúcio, fazendo a limpeza
da glande e do meato uretral com movi-
2. Ensaboar o meato urinário com movi- mentos circulares;
mentos circulares, desprezar o algodão e
enxaguar. 3. Enxaguar abundantemente e secar;

17.9 Higiene dos cabelos e couro cabeludo


Essa higienização contempla: pentear e escovar os cabelos. É necessário observar se há presença
de lesões, descamações, seborreia e pediculose, tomando as devidas providências (s/n).
O principal objetivo além do conforto ao paciente é, remover a sujidade do couro cabeludo, con-
servando-os limpos, estimular a circulação do couro cabeludo e completar a higienização corporal.

Materiais
Jarro com água morna impermeável, balde, bacia, bola de algodão, pente, sabonete ou
shampoo, toalha de rosto e banho, luva de procedimento e biombo.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo o material;
3. Colocar os EPIs;
4. Promover a individualização do paciente;
5. Fechar as portas e janelas para evitar correntes de ar;
6. Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal, forrando a cabeceira com imperme-
ável e toalha;
7. Ocluir os ouvidos do paciente com bolas de algodão;
8. Posicionar a bacia sob a cabeça, segurando a nuca com uma das mãos e, com a outra, pro-
ceder à lavagem, molhando, ensaboando e friccionando bem o couro cabeludo e o cabelo;
9. Enxaguar até remover todo o resíduo do xampu, despejando a água do jarro sobre a cabe-
ça. Desprezar a água da bacia no balde e repetir o procedimento, sempre que for necessário, até a
retirada de toda a sujidade e do xampu;

49
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

10. Escorrer bem a água do cabelo, retirar a bacia, proteger a cabeça, enrolando-a na toalha e
posicionar o travesseiro;
11. Em caso de xampu a seco, aplicar uma pequena porção do produto, remover a sujidade e a
oleosidade do couro cabeludo, dispensando o uso de água;
12. Pentear o cabelo e deixar o paciente confortável no leito;
13. Recolher todo o material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

17.10 Utilização de comadre e papagaio


O uso da comadre e papagaio é indicado em pacientes acamados ou quando houver necessi-
dade de recolher Materiais para exame ou controle de diurese. Geralmente, o paciente enfrenta
dificuldades no seu uso, cabendo à enfermagem atendê-lo com compreensão e tato. A privacidade é
fundamental para evitar constrangimento. A colocação da comadre ou papagaio deve ser feita com
exposição mínima do paciente, e de preferência deve ser executada por pessoal de enfermagem
do mesmo sexo.
O objetivo é proporcionar ao paciente acamado, os meios adequados para atender as necessi-
dades básicas de eliminação.

Materiais
Comadre ou papagaio, papel higiênico, luva de procedimento, bacia, sabonete, papel
toalha para forrar a comadre.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Calçar as luvas;
8. Promover a individualização da unidade s/n (com biombo);
9. Orientar o paciente para flexionar as pernas e elevar os quadris. Colocar a comadre pre-
viamente aquecida. Na utilização do papagaio posicioná-lo entre os membros inferiores e o pênis
dentro do recipiente;
10. Manter o paciente em posição confortável deixá-lo sozinho com a campainha próxima e o
papel higiênico ao seu alcance;
11. Para retirar a comadre, solicitar ao paciente que eleve os quadris, flexionando os joelhos;
12. Oferecer ao paciente a bacia com água morna, sabonete e toalha para higiene das mãos.
Mantê-lo em posição confortável;
13. Levar a comadre ao banheiro, observar o conteúdo e medir, se necessário. Remover sujidade
e proceder à desinfecção no expurgo;

50
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

14. Lavar com água e sabão;


15. Manter embalado;
16. Retirar as luvas;
17. Recolher todo o material;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Higienizar as mãos;
20. Deixar a unidade em ordem;
21. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
22. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

18. Mudança de Decúbito


Na realização da mudança de decúbito, é recomendada a padronização de um protocolo, com a
sistematização das indicações, números de profissionais necessários, em conformidade com o grau
de dependência do paciente, o intervalo de tempo a ser considerada para a mudança de decúbito,
sequência de orientação do posicionamento, respeitando os princípios ergonômicos e o correto
alinhamento corporal na realização do procedimento.
Durante a movimentação ou o transporte do paciente, é preciso ter cuidado com as extensões,
soros, cateteres, drenos, sondas e outros dispositivos, com o objetivo de não tracioná-los.
O apoio adequado e mudança frequente da posição facilitam o repouso, pois proporcionam re-
laxamento alternado dos diversos grupos de músculos do organismo. Para manter um alinhamento
correto do corpo e diminuir a fadiga muscular, são necessários cama e colchão adequados, além de
dispositivos como almofadas ou travesseiros, suporte para os pés, sacos de areia, rolo de panos etc.
O principal objetivo é proporcionar conforto ao paciente e evitar a formação de úlcera de pressão.

Materiais
Travesseiro / rolo improvisado com cobertores e lençóis (coxim) ou coxim (pré-fabricado).

51
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

18.1 Posições:

18.1.1 Decúbito lateral:


Essa posição proporciona conforto ao paciente, após longos períodos em decúbito dorsal, ali-
viando a pressão exercida nas regiões proeminentes do dorso.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Retirar as roupas de cama que cobrem o paciente;
8. Posicionar-se ao lado ao qual se quer virar o paciente;
9. Aproximar o paciente para a beira oposta da cama;
10. Virá-lo para lado escolhido com movimentos suaves;
11. Apoiar o dorso com travesseiro ou coxim;
12. Colocar travesseiro sob a cabeça e pescoço;
13. Flexionar o membro inferior que está por cima e apoiá-lo sobre o travesseiro;
14. Manter fletido o membro superior que está em contato com o colchão;
15. Retirar as luvas;
16. Recolher todo o material;
17. Deixar o paciente confortável;
18. Higienizar as mãos;
19. Deixar a unidade em ordem;
20. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
21. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

18.1.2 Decúbito dorsal:


Essa posição para o paciente com a mobilidade preservada, dispensa o apoio de dispositivo.
No entanto, aos pacientes que estão com a mobilidade prejudicada, necessitam de dispositivos
(travesseiros, rolos ou coxims) para apoiar a cabeça, o pescoço, o ombro e os antebraços. Apoia-se
também os joelhos e a região plantar.

52
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Há também outra modalidade desse decúbito que reduz a pressão na região do glúteo, sendo
ela a posição do tronco com leve inclinação em 30º.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Retirar as roupas de cama que cobrem o paciente;
8. Colocar travesseiro sob a cabeça e pescoço;
9. Apoiar as pernas com coxim adequado deixando calcanhares livres;
10. Colocar suporte nas regiões plantares;
11. Assegurar o alinhamento dos membros inferiores com coxims;
12. Apoiar os braços sobre o travesseiro com os cotovelos ligeiramente flexionados;
13. Recolher todo o material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

18.1.3 Decúbito ventral ou posição prona:


Essa posição possibilita que o paciente fique com os membros inferiores (MMII) apoiados de
maneira que os artelhos não toquem a cama. A cabeça pode estar apoiada lateralmente em um tra-
vesseiro pequeno e os membros superiores (MMSS) podem estar em posição de abdução ou flexão.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Retirar as roupas de cama que cobrem o paciente;
8. Posicionar o paciente em decúbito lateral e em seguida ventral; mantendo a face para o lado
direito ou esquerda;
9. Apoiar a cabeça e clavículas com travesseiro;
10. Assegurar o alinhamento dos membros inferiores com coxims;
11. Colocar suporte nas regiões plantares;
12. Apoiar os braços sobre o travesseiro com os cotovelos ligeiramente flexionados;
13. Recolher todo o material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;

53
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

16. Deixar a unidade em ordem;


17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

54
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

19. Massagem Corporal (conforto)


Ela é conceituada como uma técnica que envolve a manipulação sistemática dos tecidos do
corpo, geralmente feita na região dorsal, para estimular a circulação, proporcionando relaxamento
muscular, conforte e bem-estar e prevenindo também a úlcera de pressão.
É indicada de rotina durante o banho de leito e aconselhável após o uso de comadre ou durante
a mudança de decúbito. Os movimentos básicos que devem ser observados durante a massagem
são: deslizamento e amassamento.

Materiais
Toalha de banho e creme hidratante.

Movimento de deslizamento: consiste no deslizar as mãos suavemente, iniciando pela base da


coluna vertebral, em direção aos ombros, retornando ao lado das costas até o ponto inicial. Sem
tirar as mãos, repetir o movimento até a altura da região torácica, retornando ao ponto inicial. É
necessário continuar o movimento até a altura da cintura e retornar ao ponto inicial e reiniciar os
movimentos, repetindo a operação.
Movimento de amassamento: consiste em segurar a massa muscular, comprimindo e descom-
primindo ritmicamente. Na região dorsal, iniciar pela região glútea em direção aos ombros e descer
pelo lado oposto. Utilizar movimentos longos e suaves pelo centro e para cima, retornar para baixo,
massageando com a palma da mão, executando movimentos circulares.
De uma forma geral os procedimentos consistem:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo o material;
3. Colocar os EPIs e promover a individualização do paciente;
4. Abaixe a cabeceira da cama e coloque o paciente em decúbito lateral direito, esquerdo ou
ventral;
5. Solte o pijama ou a camisola, descobrindo as costas até as nádegas;
6. Disponha a toalha no sentido longitudinal junto ao paciente, protegendo a cama;
7. Coloque pequena quantidade de creme na palma de uma mão e espalhe, friccionando uma
mão na outro;
8. Inicie o deslizamento, iniciando das nádegas junto à coluna vertebral aos ombros até os
deltoides, retornando pela superfície lateral;
9. Repita esses movimentos nesta sequência: três deslizamentos leves, três deslizamentos
peados e mais três leves;
10. Inicie o amassamento na parte superior das nádegas, junto a coluna vertebral, procurando
comprimir e descomprimir os músculos ritmicamente até o pescoço;
11. Deslize as mãos comprimindo os músculos, descendo pelas costas e retornando pela super-
fície lateral;
12. Repita o amassamento do outro lado;
13. Mantenha sempre as mãos sobre a pele do paciente e faça três deslizamentos leves;
14. Una os dedos e realize movimentos circulares conjuntos de fricção nas proeminências de
cada vértebra, cintura escápulo-umeral, nuca e área de incisão do couro cabeludo, costelas e crista
ilíaca;
15. Recomponha a camisola ou o pijama e retire a toalha;
16. Recolher todo o material e deixar o paciente confortável;
17. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;

55
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;


19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

20. Tricotomia
O banho e a rigorosa limpeza da região onde será feita a incisão cirúrgica devem ser realizados
para diminuir a possibilidade de contaminação. Em conformidade com o tipo de cirurgia, o paciente
pode ser encaminhado para a cirurgia sem pêlos na região operatória, sendo então necessária uma
tricotomia da região. As áreas a serem tricotomizadas variam conforme as técnicas e tecnologias
usadas no processo cirúrgico. Entretanto, existem cirurgias nas quais a tricotomia é absolutamente
necessária, como as cranianas. Para exemplificar, listamos as áreas de tricotomia segundo a região
da cirurgia:

»
»Cirurgia craniana: raspa-se o couro cabeludo total ou parcialmente, e o pescoço. Nas cirurgias
de pescoço, deve-se incluir o colo e as axilas;
»
»Cirurgia torácica: raspam-se os pêlos do tórax anterior e posterior até a cicatriz umbilical,
podendo-se estender tal processo até a axila e região inguinal;
»
»Cirurgia cardíaca: as áreas a serem raspadas são o tórax, metade do dorso, punhos, dobras
dos cotovelos e região inguinal, acrescentando-se a face interna das coxas quando das cirurgias de
revascularização do miocárdio;
»
»Cirurgia abdominal: recomenda-se a tricotomia da região mamária até a região pubiana ante-
rior (posterior no caso das cirurgias renais); nas cesáreas e cirurgia abdominal via baixa, raspa-se a
região pubiana;
»
»Cirurgia dos membros: raspa-se o membro a ser operado, acrescentando-se ou não as regiões
axilar e pubiana.

Antes de iniciar a tricotomia em áreas de grande pilosidade, recomenda-se cortar o excesso de


pêlos com uma tesoura e, ao realizar a tricotomia, rever marcador das cirurgias anteriores para não
ficar igual. Quando realizada com barbeador, deve-se esticar a pele e realizar a raspagem dos pêlos
no sentido do crescimento dos mesmos, tendo-se o cuidado de não provocar arranhaduras na pele.
O uso de depilatórios tem sido utilizado em algumas instituições, mas apresenta a desvantagem
de, em algumas pessoas, provocar reações alérgicas e deixar a pele avermelhada. A forma de utili-
zação varia de acordo com as orientações do fabricante.
Existem ainda aparelhos que ao invés de rasparem os pêlos, cortam rente à pele, evitando esco-
riações e diminuindo o risco de infecção.
O principal objetivo é a remoção de pêlos visando reduzir a probabilidade de infecção e facilitar
a visualização da área a ser manipulada.

Materiais
Bandeja; bolas de algodão; papel higiênico; gaze; cúpula redonda; água; Sabão líquido; cuba
rim; aparelho de barbear; luva de Procedimento; papel toalha e biombo.

Procedimento:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Isolar o leito com biombo ou cortina;
8. Calçar as luvas e forrar o leito com papel toalha, em áreas extensas utilizar lençol ou toalha;
9. Expor a região e ensaboar com o algodão;
10. Estirar a pele com a mão protegida com gaze e proceder à tricotomia em movimentos amplos
e suaves. O sentido da raspagem é em direção ao crescimento dos pêlos;
11. Proceder à tricotomia evitando arranhaduras na pele;
12. Retirar com papel higiênico o excesso de pêlos e sabão do aparelho de barbear;
13. Após a tricotomia da área operatória, recomenda-se aplicação de antisséptico;
14. Recolher todo o material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos;
17. Deixar a unidade em ordem;
18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

57
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

21 . Cuidado Pós Morte - Tamponamento


Objetivo: Proporcionar condições para que o corpo seja velado durante algumas horas.

Materiais
01 pinça Pean de tamponamento; 01 pacote de algodão; pacotes de gaze e chu-
maços de algodão; artigos de toalete do paciente; 02 ataduras de crepe 10 cm; 02
aventais não esterilizados; luvas de procedimento; máscara descartável e mortalha.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Isolar o leito com biombo ou cortina;
8. Utilizando a pinça Pean e algodão, proceder ao tamponamento das cavidades (oral, nasal,
vaginal, anal e ouvido se necessário);
9. Realizar higiene corporal e vestir o paciente e realizar contenção da mandíbula e membros
utilizando atadura de crepe;
10. Observar se o paciente está com a pulseira de identificação, com nome, registro de inter-
nação. Caso não esteja, providenciar nova pulseira;
11. Aspirar sondas e drenos, antes de retirá-los. Realizar curativo compressivo, se necessário.
Curativos em feridas, aproximar as bordas e manter curativo compressivo;
12. Cerificar-se que o tamponamento, foi realizado corretamente. Comprimir bem o algodão
nas cavidades tamponadas;
13. Identificar o corpo do paciente com uma via do impresso: “Aviso de óbito”, internamente
junto ao paciente, e outra via do lado externo da mortalha e transportar o paciente ao Morgue
(necrotério);
14. Recolher todo o material;
15. Retirar as luvas;
16. Higienizar as mãos após o procedimento;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

22. Preparo para Cirurgias


Objetivo: preparar os pacientes para o ato cirúrgico.

Materiais
Aparelho de tricotomia descartável; solução de preparo intestinal; espátula com solução
para assepsia bucal; removedor de esmalte; camisola do paciente; prontuário médico.

58
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo o material;
3. Colocar os EPIs e promover a individualização do paciente;
4. Tricotomia, quando necessário da área indicada pelo médico e/ou enfermagem;
5. Preparo intestinal prescrito pelo médico e executado pela enfermagem e higiene corporal
e oral;
6. Preparo da pele prescrita pelo médico e executado pela enfermagem e remoção de próteses
no ato do encaminhamento ao Centro Cirúrgico;
7. Remoção de esmalte e administração dos medicamentos prescritos pelo cirurgião e anes-
tesista;
8. Colocação de camisolas e recolher todo o material;
9. Deixar o paciente confortável e higienizar as mãos;
10. Deixar a unidade em ordem;
11. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
12. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

23. Nutrição
O estado nutricional interfere diretamente nos diversos processos orgânicos e no desenvolvi-
mento, nos mecanismos de defesa imunológica e resposta às infecções, na cicatrização de feridas
e na evolução das doenças.
O profissional de enfermagem tem a responsabilidade de acompanhar as pessoas de quem cui-
da, tanto no nível domiciliar como no hospitalar, preparando o ambiente e auxiliando-as durante
as refeições.
É importante verificar se os pacientes estão aceitando a dieta e identificar precocemente pro-
blemas como as bandejas de refeição posta fora do alcance do mesmo e sua posterior retirada sem
que ele tenha tido a possibilidade de tocá-la. É importante que o profissional da saúde identifique a
aceitação do paciente em relação à dieta e informar a nutricionista qualquer anormalidade observada.
Os horários das refeições se aproximam do início e término do plantão, momentos em que há
grande preocupação da equipe em dar continuidade ao turno anterior ou encerrar o turno de plantão,
aspecto que representa motivo adicional para o abandono do paciente. No entanto, os profissio-
nais não devem eximir-se de tal responsabilidade, que muitas vezes compromete os resultados do
próprio tratamento.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Os pacientes impossibilitados de alimentarem-se sozinhos devem ser assistidos pela enfermagem,


a qual deve providenciar os cuidados necessários de acordo com o grau de dependência existente.
Visando evitar que o paciente se desidrate, a enfermagem deve observar o atendimento de sua
necessidade de hidratação.

23.1 Alimentação Via Oral (VO)


Objetivo: promover as reais condições para que o paciente se alimente sozinho, promovendo e
estimulando o autocuidado.

Materiais
Recipiente com a dieta prescrita, mesa de refeição, talheres.

23.2 Sondagem Enteral


Objetivo: proporcionar ao paciente impossibilitado de se alimentar por via oral, a administração
de alimentos e medicamentos, através da introdução de uma sonda no orifício nasal até o duodeno.
Fornecer apoio nutricional, quando o trato gastrintestinal está funcionando nas situações de: trauma
intenso, queimadura importante, doenças gastrintestinais de síndrome de má absorção, fístulas,
colite ulcerativa aguda e obstrução crônica e parcial, em outras causas mais e também quando o
paciente é incapaz de ingerir, digerir e/ou absorver alimentos.

Materiais
Pacote de gaze, seringa de 20 ml, xilocaína geleia, esparadrapo, sonda enteral com fio
guia, luvas de procedimento, biombo, estetoscópio e toalha de rosto.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Posicionar o paciente em posição Fowler. Cobrir o tórax com a toalha de rosto;
8. Abrir os materiais com técnica asséptica;
9. Calçar as luvas de procedimento;
10. Mensurar a sonda do lóbulo da orelha, a ponta o nariz, deste ao apêndice xifoide e cicatriz
umbilical e marcar a sonda com fita adesiva;
11. Lubrificar a sonda com xilocaína;
12. Introduzir a sonda lentamente, solicitando que o paciente faça movimento de deglutição
até a marca com fita adesiva;
13. Fixar a sonda, não retirar o fio guia. Evitar compressão da asa do nariz ou narina;
14. Após a passagem deixar o paciente em posição decúbito lateral por 30 minutos;
15. Solicitar RX, após 1 hora da passagem da sonda para comprovar posicionamento;

60
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

16. Recolher todo o material;


17. Deixar o paciente confortável;
18. Higienizar as mãos;
19. Deixar a unidade em ordem;
20. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
21. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE À ENFERMAGEM


A liberação do uso da sonda só será realizada após avaliação do Enfermeiro. Aspirar
a sonda antes de iniciar a dieta, caso resíduo maior ou igual a 150ml, comunicar o
Enfermeiro;
* Administrar a dieta sempre com o paciente em decúbito elevado.
* Lavar a sonda com 20 ml de água filtrada, em seringa, após a administração de
medicação e realizar higiene nasal diariamente;
* Observar fixação, atenção quanto aos sinais de úlcera na asa do nariz e narina.

61
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

23.3 Alimentação por Gastrostomia


Objetivo: a gastrostomia é um procedimento cirúrgico, realizado para criar uma abertura no
estômago com a finalidade de administrar alimentos e líquidos, por meio de uma sonda plástica ou
de uma prótese em caso permanente.

Materiais
Dieta prescrita /Seringa de 20 ml / Equipo/ Copo com água / gaze/ luva de procedimento.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Colocar o paciente em posição adequada semi-Fowler
8. Adaptar a seringa ou equipo na sonda;
9. Verificar a temperatura da dieta;
10. Infundir a dieta lentamente;
11. Limpar a superfície externa da sonda com gaze se houver extravasamento;
12. Ao término da dieta introduzir 30ml de água filtrada para lavar a sonda;
13. Manter paciente em semi- Fowler por 30 minutos aproximadamente;
14. A sonda deve ser marcada com uma fita adesiva ao nível da pele para comparações futuras;
15. Recolher todo o material;
16. Deixar o paciente confortável;
17. Higienizar as mãos;
18. Deixar a unidade em ordem;
19. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
20. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

24. Medidas e Parâmetros


Os sinais vitais (SSVV) são medidas de controle que fornecem importantes dados fisiológicos,
que evidenciarão o funcionamento e as alterações das funções vitais do paciente, indicando as reais
condições de saúde, além de direcionar o profissional da saúde na tomada de decisão e nas interven-
ções específicas. As medidas e parâmetros utilizados são: aferição da pressão arterial, temperatura,
pulso, respiração e avaliação do grau de dor.
A sua verificação / aferição são indispensáveis em qualquer etapa processual, como: na admis-
são, alta, transferência, rotina diária, antes e após procedimentos invasivos, cirúrgicos, em qualquer
alteração do estado geral do paciente entre outros.

Materiais
Bandeja, termômetro, esfigmomanômetro, estetoscópio, álcool 70%, algodão e gaze
não estéril.

24.1 Temperatura (Tª)


É proveniente do calor produzido pelo nosso corpo. Há vários processos que podem interferir
na temperatura e promover a produção ou perda de calor, cujo equilíbrio é resultante da ação do
mecanismo termorregulador, controlado pelo hipotálamo. A perda de calor é determinada por im-
pulsos nervosos que provocam vasodilatação periférica, já a retenção, são estímulos nervosos que
provocam a vasoconstrição periférica, com diminuição do sangue circulante local e menor perda
na superfície corpórea.
Temperatura corporal é verificada na cavidade oral, no reto, na região axilar e na região inguinal.
A temperatura axilar varia entre 35.8º a 37.5ºC conforme a hora do dia, sendo mais baixa durante
a madrugada, e mais alta no final da tarde. Normalmente a temperatura do reto é cerca de 0.4ºC
mais alta que a cavidade bucal que por sua vez é 0.2 a 0.3ºC mais elevada que a axilar e inguinal. A
Temperatura acima ou abaixo dos limites normais constitui respectivamente hipertermia ou febre
e hipotermia, sendo devidas as várias causas que provocam desequilíbrio entre a produção e a
eliminação do organismo.

24.1.1 Alterações fisiológicas da temperatura: sono e repouso, idade, exercícios, emoção, fator
hormonal, desnutrição, banhos muito frio ou muito quente e agasalhos.

24.1.2 Alterações patológicas da temperatura: hipertermia geralmente é devido a processos


infecciosos e inflamatórios e reações a distúrbios emocionais e a determinadas drogas.

24.1.3 Observações quanto o local de verificação da temperatura: o termômetro é colocado


sobre diferentes regiões, preferencialmente em local com rede vascular intensa ou grande vasos
sanguíneos, e mantidos por determinado tempos para a leitura correta da temperatura.

»» Temperatura Axilar: O termômetro é colocado na axila e o braço é colocado sobre o peito


durante 7 a 10 minutos (média de 5 minutos). Não é indicado para pacientes com furunculose axilar,
pessoas magras.
»» Temperatura oral ou sublingual: O termômetro é colocado sob a língua (na região sublingual)
e a boca fechada, deixar durante 7 a 10 minutos. Caso o paciente tenha fumado ou acabado de
tomar uma bebida fria ou quente, é melhor aguardar pelo menos 15 minutos. - Não é indicado em
pacientes com distúrbios mentais.

63
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

»» Temperatura Retal: Costuma-se verificar em lactentes. É indicada para adultos também. Deve-
-se usar termômetro próprio (formato achatado é mais resistente). Deixar o paciente em decúbito
lateral, lubrificar o termômetro com vaselina e inserir entre 2,5 cm a 5 cm no reto por 2 ½ minutos.
Não é indicado para pessoas portadoras de enfermidades retais, que apresentem diarreia ou tenha
sido submetida a cirurgias retais.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Realizar a desinfecção do termômetro com algodão embebido em álcool a 70% e observar
se pronto para iniciar leitura (35º C);
8. Secar a axila com gaze não estéril;
9. Colocar o termômetro com reservatório (bulbo) na parte côncava de maneira que fique em
contato direto com a pele de 3 a 4 minutos;
10. Retirar o termômetro proceder à leitura, limpar novamente com álcool a 70%;
11. Recolher todo o material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

24.2 Respiração:
A respiração é uma das funções vitais do organismo por meio da qual é efetuada a troca de gases
entre o organismo e o seu ambiente, é regulada e mantida em movimentos rítmicos pelo centro
respiratório, pelas fibras nervosas do sistema nervoso autônomo e pela composição química do
sangue. Quanto maior for à atividade da célula maior será a quantidade de oxigênio que necessita.
A frequência normal de movimentos respiratórios num homem adulto é considerada entre 18 a
20 movimentos por minuto. Um aumento anormal da frequência respiratória é chamado de taquip-
neia e um decréscimo normal é denominado de bradipneia. Há alguns fatores, como os exercícios
físicos, emoções, choro, variações climáticas, medicamentos entre outros que podem provocar
as alterações respiratórias. A respiração normal, sem esforço, regular e sem ruído é chamada de
eupneia, enquanto que a ausência de movimentos respiratórios é apneia. A dificuldade de respirar
denomina-se dispneia e pode ser resultante de vários fatores.
O controle da respiração pode ser realizado apenas visualmente ou colocando-se a mão
sobre o tórax.
Estando-se ainda verificando o pulso observar-se-á a respiração do paciente. Contar a respiração
durante um minuto, observar o tipo de respiração e características da mesma.

24.3 Pulso:
O sangue é lançado do ventrículo esquerdo (VE) para a artéria aorta, a pressão e o volume pro-
vocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, que são evidenciadas na com-
pressão da artéria contra a estrutura rígida como o osso. Verifica-se na artéria radial, por ser este
vaso facilmente acessível devido sua situação anatômica. O pulso pode ser verificado ainda nas
seguintes artérias: temporal, carótida, braquial, poplítea, tibial posterior, dorsal do pé e a femural.

64
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

A frequência é caracterizada pelo número de batimentos por minutos que varia com a idade do
paciente, sendo mais alta (90 a 120 bpm) na infância e mais baixa (60 a 80 bpm) nos adultos.
O aumento da frequência da pulsação é chamado de taquicardia, ocorre nas emoções, no exer-
cício, na insuficiência cardíaca, etc.
A diminuição da frequência da pulsação é chamada de Bradicardia é observada em alguns indi-
víduos com problemas cardíacos de condução a impulsos cardíacos, etc.
Quanto ao volume o pulso pode ser: cheio e fino.
Quanto ao ritmo o pulso pode ser: rítmico ou regular / arrítmico ou irregular.

Procedimento:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Posicionar o paciente confortavelmente com o braço apoiado;
8. Com os três dedos médios da mão, localizar a artéria no local desejado, geralmente se escolhe
a artéria radial;
9. Sentir a artéria, pressionar levemente e contar por 1 minuto;
10. Recolher todo o material;
11. Deixar o paciente confortável;
12. Higienizar as mãos;
13. Deixar a unidade em ordem;
14. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
15. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

65
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

24.4 Pressão Arterial (PA)


A pressão arterial (PA) é a resultante da força exercida pelo sangue nas paredes das artérias, do
volume de sangue circulante, da força de contração do coração e da resistência das paredes dos
vasos. O ventrículo esquerdo tem a tarefa de ejetar grande quantidade de sangue arterializado na
artéria aorta com o objetivo de nutrir todos os tecidos corpóreos. Por meio de equipamentos para
mensuração da pressão arterial percebe-se quando esse evento acontece. Essa pressão é chamada
de pressão sistólica ou máxima e é mensurada no momento em que ocorre a contração dos ventrí-
culos. A ejeção final do sangue na artéria aorta ocorre quando o ventrículo esquerdo está iniciando o
processo de diástole, ou seja, de relaxamento. Um ciclo cardíaco compreende uma sístole (contração)
e depois diástole (relaxamento) das câmaras cardíacas.
A pressão de um adulto oscila entre 95 e 140 mmHg de pressão sistólica (PS) e entre 60 e 90
mmHg de pressão diastólica (PD).
A PA é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) com um equipamento chamado esfigmoma-
nômetro e o auxílio de um estetoscópio. Ela é registrada em forma de fração.

PA = pressão sistóica (máxima)


pressão diastólica (mínima)

A pressão sistólica representa a intensidade da contração do ventrículo e a diastólica, o grau de


resistência periférica. Ela varia ao longo do ciclo vital, assim como a respiração, a temperatura e o
pulso.

Materiais
Bandeja, estetoscópio e esfigmomanômetro, algodão embebido em álcool a 70%.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;

66
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

6. Promover a individualização do paciente;


7. Deixar o braço ligeiramente flexionado;
8. Posicionar o braço aproximadamente ao nível do coração;
9. Colocar o manguito no braço e palpar a artéria radial;
10. Insuflar o manguito até não mais sentir o pulso radial continuar insuflando até 20 mmHg a mais;
11. Desinsuflar o manguito, e esperar de 2 à 3 minuto, para verificar a pressão e posicionar o
estetoscópio na artéria braquial, e insuflar o manguito até o valor memorizado anteriormente;
12. Abrir a válvula da pêra lentamente e ao auscultar as pulsações lê-se a pressão sistólica;
13. Continuando a descompressão o som fica fraco e abafado, o momento que cessam de todo
corresponde à pressão diastólica;
14. Recolher todo o material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos;
17. Deixar a unidade em ordem;
18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

67
SOCIEDADE BRASILEIRA
Fundamentos DE
e técnicas básicas HIPERTENSÃO
da enfermagem
Departamento de Enfermagem
Saiba como medir sua pressão com aparelho eletrônico
Siga corretamente as instruções

Preparo antes da medida da pressão Como manusear o aparelho

1Evite grandes refeições, bebida alcólica, café ou fumo pelo


menos 30 minutos antes da medida. Descanse 5 a 10 minu-
tos. Após exercício físico, aguarde 60-90 min.
6Com a mão direita conecte a extensão de borracha da
braçadeira e aperte o botão para ligar o aparelho.

2Sente-se em uma cadeira com as costas relaxadas e apoia-


das no encosto, sem cruzar as pernas.
7Espere o aparelho indicar no visor que está pronto para
iniciar a medida. Aperte o botão para iniciar, a braçadeira
começara a encher, apertando seu braço. Não converse
nem movimente seu braço durante a medida.

3Retire qualquer roupa do braço antes de colocar a braçadei-


ra. Não coloque a braçadeira sobre roupas.
8Quando a braçadeira esvaziar e aparecer uma sequência
de números no visor, a medida terminou. O primeiro valor

4Coloque a braçadeira no braço esquerdo, sem folgas, 2 a 3


dedos acima da dobra do braço, com a marca da braçadeira
sobre a artéria, na parte interna do braço.
é a pressão sistólica ou máxima, o segundo é a diatólica ou
mpinima, se aparecer um terceiro valor, ele corresponde
ao poulso.

5Mantenha o braço relaxado, apoiado na altura do coração e


vire a palma da mão para cima. 9Anote os valores da pressão iguais aos mostrados no visor,
com data e horário. Se você tem pressão alta o ideal é
medir a pressão pelo menos duas vezes, com intervalo de
1 a 2 min antes de tomar seus remédios.
126 85 p 75
Pressão mínima
Pressão máxima
Pulso 10
Quando terminar, aperte o botão para desligar o aparelho.

Atenção!

Certifique-se que seu aparelho é de qualidade, o que permite medidas exatas da pressão. Para tanto, o aparelho deve ter
sido validado e aprovado por entidades científicas.

Se você tem pressão alta não modifique o tratamento em função dos valores da pressão. Se tiver dúvida, consulte seu
médico e mostre os valores da pressão.

O que pode significar o valor da sua pressão

Pressão máxima entre


Pressão maior ou igual
130-139 ou pressão Pressão menor ou igual
a 140/90
mínima entre 85-89 Pressão menor que a 120/80
130/85
CUIDADO! ATENÇÃO! Sua pressão está PARABÉNS!!
normal.
Pode significar que sua
Sua pressão está no Sua pressão está ótima.
pressão está alta.
limite.

68
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Aferir pressão pelo menos


uma vez por ano Mantenha o peso ideal,
evite obesidade

Pratique atividades físicas


todos os dias Adote uma alimentação
saudável: pouco sal, sem
frituras e mais frutas, ver-
duras e legumes
Abandone o cigarro

Siga as orientações do seu


médico ou profissional da
Nunca pare o tratamento, saúde.
é para a vida toda

Evite estresse. Tenha tempo


para a família, os amigos e o
Reduza o consumo de álcool.
lazer. Ame e seja amado.
Se possível, não beba.

24.5 Verificação de Peso:


O peso assim como a altura, são verificados quando o médico solicita, não sendo incluídos como
medidas de rotina na maioria das unidades de internação. A balança utilizada pode ser mecânica
ou do tipo digital.
O objetivo é mensurar a massa corpórea com o objetivo de identificar possíveis alterações metabólicas.
Materiais: balança clínica.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo o material;
3. Colocar os EPIs;
4. Promover a individualização do paciente;
5. Testar, tarar e travar a balança quando for do tipo mecânico;
6. Forrar o piso da balança com papel;
7. Solicitar ao paciente para retirar o calçado, o roupão ou excesso de roupa;
8. Auxiliá-lo a subir na balança;
9. Destravar a balança e deslocar o massor do quilograma até o valor do peso estimado do paciente;
10. Deslocar o massor do grama até que a régua graduada fique em posição horizontal e
travar a balança;
11. Registrar o peso e auxiliar o paciente para virar de costas para o antropômetro, permane-
cendo ereto;
12. Posicionar o antropômetro de maneira que a barra toque na parte superior da cabeça e
registrar a altura;

69
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

13. Recolher todo o material e deixar o paciente confortável;


14. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

24.6 Mensuração do grau de dor


São vários os métodos utilizados para mensurar a percepção da dor. Os instrumentos quantificam
apenas a gravidade ou a intensidade da dor para obter informações rápidas, não invasivas e válidas
sobre a dor e a analgesia. São elas:
Escala visual analógica (EVA): em uma reta de 10cm, solicite ao paciente que assinale no ponto
da linha correspondente à intensidade da dor.

Escala numérica: solicite ao paciente que zero corresponde à ausência de dor e 10, à dor mais intensa.

Escala de faces: solicite ao paciente que indique qual a face correspondente à intensidade da
dor que está sentindo. Indicada também para crianças. O registro do valor corresponde de 0 à 5.

70
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

25. Medicação
A administração de medicamentos é uma das atividades que a enfermagem desenvolve com
frequência, requerendo atenção e sólida fundamentação técnico-científica para subsidiá-lo na re-
alização de tarefas correlatas, pois envolve uma sequência de ações que visam a obtenção de me-
lhores resultados no tratamento do paciente, sua segurança e a da instituição na qual é realizado
o atendimento. Assim, é importante compreender que o uso de medicamentos, os procedimentos
envolvidos e as próprias respostas orgânicas decorrentes do tratamento envolvem riscos potenciais
de provocar danos ao paciente, sendo imprescindível que o profissional esteja preparado para assu-
mir as responsabilidades técnicas e legais decorrentes dos erros que possa vir a incorrer. Geralmente,
os medicamentos de uma unidade de saúde são armazenados em uma área específica, dispostos em
armários ou prateleiras de fácil acesso e, organizados e protegidos contra poeira, umidade, insetos,
raios solares e outros agentes que possam alterar seu estado. Ressalte-se que certos medicamentos
necessitam ser armazenados e conservados em refrigerador.
Os recipientes contendo a medicação devem possuir tampa e rótulo, identificados com nome
(em letra legível) e dosagem do fármaco.
Os pacientes e/ou familiares necessitam ser esclarecidos quanto à utilização dos medicamentos
receitados pelo médico, e orientados em relação ao seu armazenamento e cuidados, principalmente
se houver crianças em casa, visando evitar acidentes domésticos.
A administração de medicamentos segue normas e rotinas que uniformizam o trabalho em todas
as unidades de internação, facilitando sua organização e controle. Para preparar os medicamentos,
faz-se necessário verificar qual o método utilizado para se aviar a prescrição, sistema de cartão,
receituário, prescrição médica, folha impressa em computador.
Visando administrar medicamentos de maneira segura, a enfermagem tradicionalmente utiliza
a regra de administrar:

1. Medicamento certo
2. Validade certa
3. Dose certa
4. Paciente certo
5. Via certa
6. Hora certa

Durante a fase de preparo, o profissional de enfermagem deve ter muita atenção para evitar
erros, assegurando ao máximo que o paciente receba corretamente a medicação, isto também sig-
nifica que o medicamento deve ser administrado por quem o preparou, não sendo recomendável a
administração de medicamentos preparados por outra pessoa.

71
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
* Lavar sempre as mãos antes do preparo e administação de medicamentos, e logo
após;
* Prepara medicamento em ambiente com boa iluminação;
* Concentrar-se no trabalho, evitando distrair a atenção com atividades paralelas e
interrupções que podem aumentar a chance de cometer erros;
* Ler e conferir o rótulo do medicamento três vezes: ao pegar o frasco, ampola ou
envelope de medicamento; antes de colocar o medicamento no recipiente próprio
para administração e ao recolocar o recipiente na prateleira ou descartar a ampola/
frasco ou outra embalagem; todo cuidado é pouco quando se trata de preparar e
administrar medicamentos;
___________

* Realizar o preparo somente quando tiver a certeza do medicamento prescrito,


dosagem e via de administração; as medicações devem ser administradas sob pres-
crição médica;
* Identificar o medicamento preparado com o nome do paciente, número do leito,
nome da medicação, via de administração e horário;
* Observar o aspecto e características da medicação, antes de prepará-la;
* Deixar o local de preparo de medicação em ordem e limpo, utilizando álcool a 70%
para desinfetar a bancada;
* Utilizar bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos e desinfetados
com álcool a70%;
* Quando da preparação de medicamentos para mais de um paciente, é conveniente
organizar a bandeja dispondo-os na sequência de administração;
___________

* Efetuar o registro do que foi fornecido ao paciente, após administrar o medica-


mento;
* Todo medicamento administrado deve ser registrado e rubricado na prescrição;
* Alguns medicamentos pressupõe a coleta de informações e cuidados específicos
antes ou após a sua administração, tais como a medida da frequência cardíaca antes
da administração de cardiotônicos ou antiarrítmicos, o controle da temperatura após
a administração
de antitérmicos, etc.; episódios que devem ser devidamente anotados na papelaria
do paciente, para acompanhamentode possíveis alterações;
* A omissão inadvertida de um medicamento deve ser registrada e comunicada à
enfermeira e/ou médico tão logo seja detectada e anotada no prontuário;
* Verificr o(s) motivo(s) de recusa do paciente e tentar reorientá-lo quanto à impor-
tância do(s) medicamento(s)em seu tratamento.

72
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

É comum o paciente queixar-se dos efeitos que alguns medicamentos produzem no seu organis-
mo, e a equipe de enfermagem pode ajudá-lo avaliando e procurando alternativas que melhorem a
situação de acordo com os problemas apresentados. Às vezes, o simples fato de desconcentrar os
medicamentos em horários diferentes pode oferecer resultados satisfatórios.

25.1 Cuidados gerais no preparo e administração de medicamentos


O objetivo é conscientizar a equipe de enfermagem, com relação a atenção durante o preparo
da técnica asséptica, evitar infecção e manter a segurança do paciente.
De uma forma geral, o profissional de enfermagem deve atentar para:

»» Estar ciente do estado geral do paciente e os dispositivos que ele apresenta;


»» Manter atenção no trabalho, evitar conversas e atividades paralelas;
»» Organizar previamente a área de trabalho;
»» Higienizar as mãos;
»» Verificar atentamente o rótulo do medicamento, por no mínimo, três vezes antes de: retirar o
frasco/ampola da embalagem, colocar o medicamento no recipiente e aspirá-lo e recolocar o frasco
no lugar ou desprezar ampola/frasco vazios;
»» Se houver dúvida, letra ilegível, medicamento sem rótulo, sem a descrição do prazo de validade,
não preparar o medicamento até o devido esclarecimento;
»» Preparar a dose prescrita;
»» Identificar o medicamento diluído;
»» Desprezar o medicamento quando houver alteração de odor, consistência ou outras caracte-
rísticas indesejáveis;
»» Providenciar o medicamento em falta na unidade, não substituir por outro se tiver dúvidas e
sem autorização da chefia.

Materiais
Copo descartável, seringa, agulha, algodão, álcool a 70%, esparadrapo ou micropore.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Promover a individualização do paciente;
7. Verificar a prescrição médica;
8. Evitar atividades paralelas;
9. Limpar bandeja e balcão, com álcool a 70%, onde será preparada a medicação;
10. Identificar copinhos ou outros recipientes com o nome do paciente, nº do leito, horário e
via de administração;
11. Se prescrição ilegível ou medicamento sem rótulo, não preparar até esclarecimento;
12. Verificar o rótulo do medicamento antes de preparar;
13. Preparar a medicação com técnica asséptica;
14. Não ultrapassar a dose prescrita;
15. Deixar o local, após preparo, em ordem e limpo (utilizar álcool a 70%);

73
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

16. Antes de administrar, conferir nome do paciente e nº do leito;


17. Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa;
18. Observar presença de sinais e sintomas que contra indiquem a administração da medicação;
19. Comunicar enfermeira ou medico;
20. Via oral, verificar jejum, deglutição, SNG, náuseas e vômitos. Triturar se necessário;
21. Via parenteral verificar flebite, infiltração ou dor local;
22. Via intramuscular, fazer rodízio do músculo. Administrar no máximo 3ml;
23. Observar efeitos colaterais do medicamento;
24. Não permitir que os familiares administrem medicamentos;
25. Não deixar a bandeja de medicação no quarto do paciente;
26. Checar medicação após aplicação;
27. Circular horário se paciente recusar a medicação ou por outro motivo que não tenha
sido administrado;
28. Justificar no relatório de enfermagem;
29. Em caso de emergência é permitido administrar medicação por ordem verbal, anotar em
relatório de enfermagem e o médico devem prescrever logo após o atendimento;
30. Anotar e notificar as anormalidades que ocorrerem;
31. Após administrar, lavar e guardar os materiais utilizados;
32. Descartar perfurocortante em local adequado;
33. Recolher todo material;
34. Deixar o paciente confortável;
35. Higienizar as mãos;
36. Deixar a unidade em ordem;
37. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
38. Checar a prescrição de enfermagem e a prescrição médica.

26. Procedimentos Terapêuticos (vias de administração)


O objetivo: Manter uma via de administração de medicamento segura para o paciente.
Materiais: seringa descartável, agulha descartável, bolas de algodão, esparadrapo ou micropore e gaze.
Vias de administração: as vias de administração são: oral ou bucal, lingual ou sublingual, cutânea,
retal, ocular, nasal, otológica, vaginal, intradérmica, intramuscular, endovenosa e subcutânea.
As medicações tópicas: é a aplicação da droga diretamente sobre o corpo (pele e mucosa). As
medicações parenterais consistem na aplicação do medicamento pelas vias IM, E.V, I.D e S.C.

Conceitos sobre algumas vias de administração


Oral ou bucal
É a ingestão dos medicamentos através da boca: deverão ser ingeridos com água ou previamente
diluídos. É a mais segura, econômica e o método mais natural de administração de medicamentos.
Esta via poderá ser contraindicada por irritar a mucosa gástrica, interferir na digestão ou pelo re-
baixamento do nível da consciência do paciente.
Lingual ou sublingual
Consiste em colocar o medicamento sob ou sobre a língua, deixar que seja absorvido pela mucosa
bucal. Esta via impede a ação do suco gástrico sobre o medicamento e ação se faz mais rapidamente
porque a droga passa diretamente para a circulação geral. Antes de administrar o medicamento dar
água para o paciente, umedecer a boca e solicitar que permaneça alguns minutos sem engolir a
saliva para permitir que ocorra a absorção.

74
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Cutânea
Consiste em aplicar o medicamento por contato ou fricção sobre a pele a fim de obter uma ação
local geral.
Retal
É a introdução de medicamento no reto através de supositório, clister irrigação ou gota à gota.
O paciente deve ser colocado em posição do SIMS (decúbito lateral esquerdo) o que facilita a
retenção do medicamento por haver o auxílio da ação da gravidade (considerar a anatomia das alças
do intestino grosso).
Ocular
É quando aplica-se o medicamento (pomada ou colírio) na conjuntiva ocular.
Nasal
É a aplicação de medicamento líquido na cavidade nasal.
Otológica
É a introdução de medicamento no canal auditivo externo.
Vaginal
Consiste na introdução na vagina de líquidos ou medicamentos.
Intramuscular
É a posição do medicamento nas camadas musculares. Depois da via endovenosa é a de mais
rápida ação. A agulha de calibre e comprimento adequados num ângulo de 90 graus para alcançar
o tecido muscular.

75
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

27. Escolha da Agulha

Áreas recomendadas
»» Região deltoide: contra indicada para criança abaixo de 10 anos e adultos com pequeno de-
senvolvimento muscular. Nos 3 cm proximais à área de inserção do músculo.
»» Região da face anterolateral da coxa: contra indicada para menores de 28 dias e indicada
especialmente para lactentes e crianças até 10 anos.
»» Região ventro-glútea: é indicada para qualquer idade. Para localizar esta área coloque o dedo
indicador esquerdo sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio abaixo da crista ilíaca. Aplique a
injeção no espaço compreendido entre as duas falanges médias.
»» Região dorso-glútea: contra indicada para menores de 2 anos, maiores de 60 anos e pessoas
excessivamente magras. Trace na linha horizontal imaginária do início da fissura interglútea à crista
ilíaca e outra vertical no meio da região glútea.
»
»Via subcutânea: é a introdução de medicamentos no tecido subcutâneo. A absorção é quase
sempre completa, quando o paciente tem boa circulação.
O tecido subcutâneo se acha logo abaixo da pele a administração de medicamento nessa área é
praticamente indolor, por não ter terminações nervosas.
O volume máximo a ser usado por esta via é de 1 a 2 ml, a fim de não haver compressão nos
tecidos vizinhos.
»
»Via intradermica: a injeção intraderrmica é a injeção de uma quantidade pequena de líquido
na capa dérmica da pele. Esta via é utilizada para provas de alergia ou vacinas. Para a administra-
ção a agulha deve ser colocada a um ângulo de 15º e deve fazer aspiração para verificar se não foi
puncionado algum vaso.

76
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

27.1 Procedimentos para via parenterais


Esse termo é originado do grego para (ao lado) e enteros (tubo digestivo), significando administra-
ção de medicamentos que não utilizam o trato digestório e consiste na injeção de medicamentos por
diferentes vias. As vantagens dessa via é a absorção imediata e ação rápida, independente do nível
de consciência para aplicação e o medicamento não sofre ação do suco gástrico. Em contrapartida, a
desvantagem fica pelo custo elevado, alta complexidade no manejo e na aplicação, menor aceitação
do paciente, principalmente as crianças, em decorrência do medo e da dor ocasionada pela injeção.
Em razão dos riscos de contaminação e infecção, deve-se aplicar técnica asséptica rigorosa e
utilizar seringas, agulhas e medicamentos estéreis.

Materiais
Seringa e agulhas esterilizadas, scalp ou jelco, bolas de algodão com álcool (retirar o
excesso de álcool), esparadrapo ou micropore, bandeja medicamentos e garrotes.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Agitar a ampola. Fazer a desinfecção na ampola com álcool 70%;
9. Quebrar o gargalo da ampola envolvida com algodão e segurá-la entre os dedos indi-
cador e médio;
10. Introduzir a agulha na ampola, com o bisel para cima, tendo-se o cuidado de não contaminar
a parte interna da ampola com o canhão da agulha;
11. Aspirar o conteúdo, retirá-lo do interior da ampola e em posição vertical, expelir o ar;
12. Manter a agulha protegida com o próprio protetor;
13. Expor a região a ser introduzida a medicação;
14. Aplicar a medicação lentamente e observar as reações do paciente durante a aplicação;
15. Após a aplicação fazer breve compressão no local com algodão e, ocluir com um pedaço de
esparadrapo ou micropore;
16. Recolher todo material;
17. Deixar o paciente confortável;
18. Higienizar as mãos;
19. Deixar a unidade em ordem;
20. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
21. Checar a prescrição de enfermagem e a prescrição médica.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Recomenda-se trocar agulha após o conteúdo de medicamentos irritantes para o
tecido subcutâneo;
Usar agulha de espessura grossa para aspirar líquidos concentrados e trocar o calibre
da agulha.

Sendo medicamento em frasco (pó):


1. Retirar a tampa superior, fazer a desinfecção na borracha com algodão embebido em álcool
70% e mantê-la protegida com este algodão;
2. Montar a seringa e aspirar o conteúdo do diluente (soro fisiológico ou água destilada);
3. Retirar o algodão sobre o frasco, introduzir o diluente e retirar agulha do frasco;
4. Agitar o frasco em movimento circulares a fim de evitar a formação de espuma;
5. Fazer assepsia na borracha da tampa do frasco;
6. Reintroduzir a agulha, aspirar todo o medicamento diluído e trocar a agulha;

27.2 Procedimentos para medicamento via oral (VO)


Materiais: copo descartável e comprimido.
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Identificar os copinhos utilizando uma tira com os dados de identificação;
8. Não colocar o comprimido, drágea ou cápsula na mão;
9. Medir o medicamento líquido ou em pó que será utilizado;
10. Por convenção: colher de sopa = 1 medida – 15 ml
colher de sobremesa – 10 ml
colher de chá = 5 ml.
11. Quando necessário triturar o medicamento, diluir e em água, misturar deixando ao
lado do copinho;
12. Identificar o paciente ao ministrar-lhe o medicamento, certificando-se quanto a sua ingestão;
13. Recolher todo material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

27.3 Procedimentos para medicamento sublingual (SL)


Materiais: copo descartável e comprimido, seringa s/n.

1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Identificar os copinhos utilizando uma tira com os dados de identificação;
8. Colocar o medicamento sob a língua do paciente;
9. Triturar e diluir o medicamento para o paciente que estiver com SNG;
10. Administrar com auxílio de uma seringa na região sublingual.
11. Recolher todo material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

27.4 Procedimentos para medicamento via intramuscular (IM)

Materiais
Bandeja, papel toalha, seringa e agulhas esterilizadas ou scalp, bolas de algodão com
álcool (retirar o excesso de álcool), esparadrapo ou micropore e medicamentos.

1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Preparar a medicação, levar a bandeja para o quarto, colocando-a sobre a mesa de cabeceira;
9. Colocar o paciente na posição correta e fazer antissepsia ampla do local com algodão em-
bebido em álcool a 70%;
10. Colocar o algodão entre o dedo mínimo e anular da mão esquerda.
11. Segurar a seringa e retirar o ar com a mão direita;
12. Esticar a pele e segurar firmemente o músculo com a mão esquerda;
13. Introduzir a agulha em um só movimento;
14. Manter a mão direita segurando a seringa, podendo-se apoiá-la sobre o músculo a fim de
proporcionar maior firmeza;
15. Aspirar o êmbolo com a mão esquerda, para verificar a presença de sangue: em caso de
positivo puxar um pouco a agulha e aspirar, se ainda refluir sangue, retirar a agulha do músculo e
repetir o procedimento em outro local;
16. Injetar a medicação, aproximar o algodão embebido em álcool, retirar a agulha e fazer uma
ligeira compressão na pele com algodão e em seguida massagear;
17. Recolher todo material;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Higienizar as mãos;
20. Deixar a unidade em ordem;
21. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
22. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

Observação Importante:
Fazer rodízio do músculo e administrar no máximo 5 ml.

27.5 Procedimentos para medicamento via intravenosa (IV)

Materiais
Bandeja, papel toalha, seringa e agulhas esterilizadas ou scalp, jelco bolas de algodão com
álcool (retirar o excesso de álcool), esparadrapo ou micropore, medicamentos e garrotes.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Preparar a medicação, levar a bandeja para o quarto, colocando-a sobre a mesa de cabeceira;
9. Pedir para o paciente abrir e fechar a mão com o braço voltado para baixo;
10. Escolha o acesso venoso, garrotear sem compressão exagerada, acima do local escolhido;
11. Após selecionar a veia, retirar o garrote;
12. Fazer uma antissepsia no sentido de baixo para cima ou em caracol com álcool 70%;
13. Expelir todo o ar da seringa, com a mão esquerda esticar a pele, fixar o acesso venoso e
segurar o algodão embebido em álcool;
14. Colocar o bisel voltado para cima, segurar o canhão da agulha com o dedo do indicador da
mão direita, e a seringa com os demais dedos;
15. Introduzir a agulha e após o refluxo de sangue na seringa, pedir para o paciente abrir a mão,
com a mão esquerda retirar o garrote;
16. Administrar a medicação, retirar a agulha e comprimir com algodão sem massagear;
17. Recolher todo material;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Higienizar as mãos;
20. Deixar a unidade em ordem;
21. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
22. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
* A solução cristalina é a que deve ser aplicada por veia, nunca uma solução oleosa;
* Retirar a agulha na presença de hematomas, infiltração ou dor;
* Recomenda-se trocar agulha após o conteúdo de medicamentos irritantes para
o tecido subcutâneo;
* Usar agulha de espessura grossa para aspirar líquidos concentrados e trocar o
calibre da agulha;
* Sendo medicamento em frasco (pó);
* Retirar a tampa superior, fazer a desinfecção na borracha com algodão embebido
em álcool 70% e mantê-la protegida com este algodão;
* Montar a seringa e aspirar o líquido do diluente (soro fisiológico ou água des-
tilada);
* Retirar o algodão sobre o frasco, introduzir o diluente e retirar agulha do frasco;
* Agitar o frasco em movimento circulares a fim de evitar a formação de espuma;
* Fazer assepsia na borracha da tampa do frasco;
* Reintroduzir a agulha, aspirar todo o medicamento diluído e trocar a agulha.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

27.6 Procedimentos para medicamento via subcutânea (SC)

Materiais
Bandeja, papel toalha, seringa e agulhas esterilizadas bolas de algodão com álcool (retirar
o excesso de álcool), esparadrapo ou micropore e medicamentos.

1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;


2. Higienizar as mãos e separar todo material;
3. Colocar os EPIs e ler a prescrição médica;
4. Dispor o material a ser usado e preparar a medicação;
5. Escolher o local, fazer a antissepsia com álcool 70%;
6. Introduzir a agulha em ângulo de 90º (agulha hipodérmica) e de 45º (agulha comum ou hi-
podérmica em criança);
7. Aspirar, injetar a medicação, retirar a agulha e massagear;
8. Recolher todo material;
9. Deixar o paciente confortável e higienizar as mãos;
10. Deixar a unidade em ordem e realizar anotações de enfermagem pertinentes;
11. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

Observação importante: Após a aplicação de insulina não se deve massagear.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

27.7 Procedimentos para medicamento via intradermica (ID)

Materiais
Bandeja, papel toalha, seringa e agulhas esterilizadas bolas de algodão com álcool (retirar
o excesso de álcool), esparadrapo ou micropore e medicamentos.

1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;


2. Higienizar as mãos e separar todo material;
3. Colocar os EPIs e ler a prescrição médica;
4. Dispor o material a ser usado e preparar a solução;
5. Fazer a antissepsia local com álcool 70%;
6. Esticar a pele e introduzir a agulha mais ou menos 2 mm com o bise voltado para cima em
ângulo de 15º;
7. Injetar a solução;
8. Observar a formação de pápula e retirar a agulha, tendo-se o cuidado de não friccionar ou
massagear a região;
9. Proceder à leitura: testes alérgicos (15 minutos após a aplicação), PPD (72 horas após a
aplicação);
10. Recolher todo material e deixar o paciente confortável;
11. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
12. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
13. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

27.8 Procedimentos para medicamento via retal

Materiais
Medicação, gaze, seringa 20 ml, água destilada, sonda e a luva de procedimento.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Explicar ao paciente o que vai ser feito e colocá-lo na posição.
9. No supositório: afastar as nádegas e introduzir no orifício anal, o supositório envolto em gaze.
10. Pedir para o paciente contrair o ânus.
11. Na medicação líquida: aspirar o conteúdo em uma seringa, conectar a sonda retal e introduzir
a sonda no ânus.
12. Injetar o medicamento, após introduzir 20 ml de água, esperar mais ou menos 5 minutos,
pinçar e retirar a sonda.
13. Recolher todo material e deixar o paciente confortável;
14. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

27.9 Procedimentos para medicamento via nasal

Materiais
Bandeja, medicamento com conta - gotas, gazes ou lenço de papel.

1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

8. Colocar o paciente na posição correta: sentado ou deitado com a cabeça inclinada para trás;
9. Segurar uma das narinas com uma gaze e pingar o medicamento;
10. Explicar para o paciente para manter-se por alguns minutos nessa posição e segurando a
gaze de encontro com a narina;
11. Recolher todo material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição e a prescrição de enfermagem.

Observação: O medicamento deverá ser de uso individual.

27.10 Procedimentos para medicamento via otológica

Materiais
Bandeja, medicamento com conta - gotas, gazes ou bolas de algodão.

1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;


2. Higienizar as mãos e separar todo material;
3. Colocar os EPIs e verificar a prescrição médica;
4. Dispor o material a ser usado e inclinar lateralmente
a cabeça e pingar a solução, puxando-se o pavilhão auditivo
para baixo e para trás (criança), e para cima e para baixo (adulto).
5. Recolher todo material e deixar o paciente confortável;
6. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem e
realizar anotações de enfermagem pertinentes;
7. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfer-
magem.

85
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

27.11Procedimentos para medicamento via vaginal

Materiais
Bandeja, par de luvas, gazes e medicamentos com aplicador.

1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado e higienizar as mãos e separar todo


material;
2. Colocar os EPIs e ler a prescrição médica e dispor o material a ser usado e colocar a pomada
em aplicador próprio.
3. Colocar o paciente em posição ginecológica, após
higiene íntima.
4. Afastar os pequenos lábios com o dedo médio e
introduzir o aplicador.
5. Injetar a pomada e retirar o aplicador e pedir para
a paciente ficar deitada por alguns minutos.
6. Orientá-la a usar absorvente e lavar o aplicador
com água e sabão (o aplicador é de uso individual).
7. Recolher todo material e deixar o paciente con-
fortável;
8. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
9. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
10. Checar a prescrição médica e a prescrição de
enfermagem.

28. Venoclise
É a administração através de uma veia de regular quantidade de líquido no organismo. Ela con-
siste na administração de volumes de líquidos no organismo através de uma veia. Dependendo das
condições do vaso, das características do paciente, do tipo de soluções e medicamentos utilizados,
podem ocorrer alterações no ponto de inserção do cateter e ao longo do trajeto venoso, ocasionando
hiperemia, dor e sinais flogísticos. A observação atenta do profissional da saúde é muito importante
para evitar danos ao paciente.
A indicação é:

»» Repor líquidos nos casos de hemorragia, choque e desidratação.


»» Manter a veia para administrar medicamentos EV de horário.
»» Administrar medicamentos: proteínas, eletrólitos, vitaminas, etc.

Os locais de aplicação: quaisquer veias de membros superiores, evitando-se as localizadas nas


articulações. Em criança indica-se também a região cefálica.
Pontos a serem observados:
»» O soro poderá ser administrado por veia periférica ou por intracath e flebotomia (realizada
pelo médico);
»» Na nutrição parenteral prolongada (NPP) recomenda-se usar uma via exclusiva para sua ad-
ministração;

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

»» Retirar o material igual à EV, acrescentando frasco com a solução prescrita, esparadrapo,
equipo, medicamentos, garrote, scalp ou jelco;
»» Aspirar à medicação e injetá-la ao frasco de soro, obedecendo a uma destas técnicas;
»» Fazer a desinfecção do local definido para corte com álcool 70%;
»» Injetar o medicamento sem introduzir o canhão da agulha na parte interna do frasco;
»» Conectar o equipo;
»» Retirar o ar da extensão;
»» Fazer o rótulo de soro, que deve constar: nº do leito, nome do paciente, composição do soro;
»» Em quantas horas deve correr;
»» Nº de gotas por minuto;
»» Horário que foi ligado;
»» Horário do término do soro;
»» Data, assinatura e nº COREN;
»» Colocar o soro no suporte;
»» Cortar fita de esparadrapo;
»» Localizar a veia, garrotear, fazer a antissepsia com álcool 70% e puncionar;
»» Retirar o garrote, conectar o equipo de soro e fixar o scalp ou jelco com esparadrapo;
»» Controlar o gotejamento.

Observação Importante: Fazer a escala de soro.

28.1 Anormalidades decorrentes de acidentes ou falhas técnicas que podem ocorrer ao paciente
na medicação por via intramuscular (IM)

»» Le são de nervos: principalmente nervo ciático na região glútea.


»» Lesão de vasos: por perfuração de um vaso sanguíneo.
»» Lesão de tecido subcutâneo: por injeções superficiais, provocando dor, nódulos e abcessos.
»» Abcessos: por falhas assépticas.
»» Outras alterações orgânicas, por reação ao medicamento introduzido e quando se injeta no
vaso sanguíneo, medicações que não podem ser administrada por essa via.

28.2Reações que o paciente pode apresentar durante ou após medicação (EV)


»» Choque: apresenta como sintomas palidez, lipotimia, ansiedade, tremores, hipertermia e cianose;
»» Pirogênica: devido à introdução de solução contaminada na veia;
»» Anafilático: hipersensibilidade do paciente à droga;
»» Periférico: diversas causas como aplicações rápidas, dosagem elevada, etc;
»» Embolia: geralmente é fatal, pode ser:
* Gasoso: ar na circulação sanguínea;
* Oleoso: solução oleosa na circulação sanguínea;
»» Sanguínea: solução de trombo;
»» Flebite e Tromboflebites: processo inflamatório das veias;
»» Esclerose da Veia: devido a injeções frequentes no mesmo local;
»» Abcessos: processo infeccioso por falta de assepsia;
»» Hematomas: coleção de sangue devido acidentes de punção;
»» Infiltração Medicamentosa: extravasamento do medicamento fora do interior da veia.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

29. Transfusão sanguínea – Suporte Hemoterápico


O suporte hemoterápico consiste na administração intravenosa de sangue ou hemocomponentes,
mediante a compatibilidade entre os grupos sanguíneos do receptor e doador.
A transfusão de sangue é um procedimento utilizado, por meio de acesso venoso, para administrar
sangue total ou um de seus componentes, tais como plasma, concentrado de hemácias, criopreci-
pitado, concentrado de plaquetas aos pacientes.
O tratamento com produto hemoterápico deve ser realizado de maneira criteriosa e por pro-
fissional competente, que detenha conhecimento sobre os procedimentos técnicos da transfusão,
natureza do produto, possíveis reações adversas e cuidados com o paciente, além das implicações
éticas que envolvem essa terapêutica.
A transfusão sanguínea, assim como outros medicamentos, deve ser realizada mediante prescri-
ção médica, na qual deve constar o nome legível do médico, sua assinatura e número de inscrição
no Conselho Regional de Medicina (CRM) local. Além disso, o pedido de transfusão, que será en-
caminhado ao banco de sangue, deve conter a identificação do receptor, o produto hemoterápico
indicado e sua respectiva quantidade, a indicação da transfusão e/ou dados que permitam uma
avaliação correta pelo hemoterapeuta.
Deve-se colher uma amostra de sangue do paciente, colocada em frasco com anticoagulante,
devidamente identificado e encaminhado junto com o pedido para o banco de sangue, visando
determinação do grupo sanguíneo (tipagem sanguínea).
O grupamento mais importante para a transfusão é o sistema ABO, o qual inclui os grupos A, B,
O e AB, determinados pela presença ou ausência de antígenos A e B nas células vermelhas. Quando
dizemos que pertencemos ao grupo A, é porque possuímos o antígeno A; ao grupo B, o antígeno B e
ao grupo O é porque não possuímos antígeno A nem B; consequentemente, as pessoas com grupo
sanguíneo AB possuem os antígenos A e B. Outro aspecto que deve ser observado nas transfusões
sanguíneas é o fator Rh, antígeno também presente nas células vermelhas da maioria da população,
sendo denominado fator Rh positivo (Rh+); quando ausente fator Rh negativo (Rh.).
As reações de transfusão decorrem de uma reação antígeno-anticorpo, podendo variar de uma
reação suave a um choque anafilático.
O produto hemoterápico deverá ter uma etiqueta de identificação com os seguintes dados: nome
completo; número de registro e localização do paciente; grupo ABO e tipo Rh do receptor; data e
nome do responsável pela realização dos testes e sua liberação; e resultado dos testes de compa-
tibilidade. É muito importante que o profissional que vai administrar o sangue ou seu componente
confira atentamente a etiqueta, para verificar se os dados estão corretos.
O sangue conservado em refrigerador deve ser retirado aproximadamente 30 minutos antes de
ser administrado. O aquecimento de rotina não é indicado, exceto nos casos de transfusões rápidas
ou maciças (se absolutamente necessário), considerando-se o risco de hemólise.
Deve-se evitar o banho-maria, mas, se este for o único recurso disponível, deve-se assegurar
que a água esteja limpa, a temperatura não exceda a 37°C e a bolsa convenientemente protegida
para evitar contato direto com a água.
Antes de iniciar a transfusão, faz-se preciso identificar o paciente, perguntando-lhe diretamente
o nome ou verificando a pulseira de identificação, e realizar o controle de seus sinais vitais. O pro-
duto hemoterápico deve ser sempre instalado com equipo próprio com filtro, e trocado a cada 4
horas, se houver sinais de saturação ou de contaminação. Nos primeiros 15 minutos, deve-se deixar
o sangue gotejar lentamente, observando as condições do paciente, procurando evitar a ocorrência
de hemólise. A seguir, pode-se aumentar a velocidade se não houver nenhuma contraindicação. É
importante manter vigilância durante todo o processo de transfusão, observando as reações do
paciente e o aparecimento de sinais ou sintomas como febre, calafrios, tremores, erupções na pele,
prurido (coceira) generalizado, cefaleia, hipotensão, taquicardia, dispneia. Nesses casos, recomen-
da-se que sejam tomadas as seguintes providências:

88
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

• Interromper a transfusão, mantendo a punção venosa com uma solução


fisiológica a 0,9%;
• Comunicar o fato à enfermeira, ao médico e ao banco de sangue, o
mais rapidamente possível;
• Examinar cuidadosamente todas as etiquetas, rótulos e registros, con-
ferindo novamente os dados do paciente com os da unidade de sangue ou
componente em uso;
• Encaminhar a bolsa contendo o restante do sangue ou componente,
o equipo e a etiqueta de identificação da bolsa, para o banco de sangue,
tendo o cuidado de não contaminar o produto durante a manipulação;
• Colher amostras de sangue para exame;
• Colher amostra de urina para determinação da hemoglobina.

O objetivo é repor as perdas sanguíneas, tratar anemia/hemofilia e perdas líquidas no caso de


queimaduras.

Materiais
Suporte de soro e material para venoclise.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Informar ao Banco de Sangue a solicitação médica;
9. Orientar ao paciente sobre a coleta de amostra
pré-transfusional;
10. A amostra deve ser coletada em tubo seco, e tem sua validade no Banco de Sangue por 72 horas;
11. Os exames pré-transfusionais realizados são: Tipagem ABO Direta e Reversa, Tipagem Rh,
Pesquisa de Anticorpos séricos Irregulares (PAI), Redeterminação do grupo sanguíneo ABO/Rh e
Prova de compatibilidade;
12. Recolher todo material e deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
14. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;

89
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

15. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

29.1 Cuidados na Instalação da Transfusão (Banco de Sangue/Enfermagem)


»» A unidade deve estar rotulada com as seguintes informações: nome do paciente, registro
hospitalar, quarto e leito, especificação do componente e quantidade, grupo sanguíneo ABO/Rh
do paciente e da unidade, dados da prova de compatibilidade e da pesquisa de anticorpos, data,
número da unidade e rótulo de liberação sorológica.
»» Conferir os dados do rótulo anexo a bolsa de sangue com os do prontuário do paciente: Nome
completo, número do leito e número do registro.
»» Conferir a prescrição médica.
»» Verificar os sinais vitais do paciente: Pressão arterial, pulso e temperatura.
»» Obrigatório o uso de filtros apropriados.
»» Instalar a transfusão controlando o gotejamento.
»» Tempo máximo de infusão: 4 horas.
»» Observar periodicamente o paciente.
»» Manter o rótulo de identificação afixado à bolsa até o final do procedimento.
»» Registrar na prescrição.
»» É terminantemente proibida a adição, ao sangue ou componente, de quaisquer substâncias
ou medicamentos assim como sua infusão concomitantemente pela mesma linha que a do sangue.
»» Não aquecer a unidade.
»» Deixar o sangue sob ação da temperatura ambiente, pois se recomenda não administrá-lo gelado.
»» Checar e anotar no relatório de enfermagem: hora, volume e anormalidades.
»» Observar e controlar as reações à transfusão, notificando as anormalidades.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Sintomas que o paciente pode apresentar Ações da enfermagem a uma reação


quando ocorrer reação a transfusão transfusional

• Febre com ou sem calafrios; • Interromper imediatamente a transfusão;


• Tremor com ou sem febre; • Manter acesso venoso;
• Dor no local de infusão, tórax, abdô- • Chamar imediatamente o médico;
men ou flancos; • Avisar o serviço de hemoterapia;
• Mudança de pressão arterial (hiper ou • Medir pressão arterial, pulso e tem-
hipotensão); peratura;
• Insuficiência respiratória ( dispneia, • Não desprezar o hemocomponente e
taquipneia, hipoxemia); não danificá-lo.
• Rash cutâneo, urticária, edema gene-
ralizado;
• Náusea, vômito;
• Sobrecarga circulatória;
• Mudança na coloração da urina;
• Choque Circulatório.

30. Punção Venosa


O objetivo é administrar medicamentos por infusão contínua ou não, em uma via endovenosa.

Materiais
Garrote, seringas, luvas de procedimento, chumaço de algodão seco, álcool 70%, cateter
venoso (jelco ou scalp), polifix ou torneirinha s/n, esparadrapo ou micropore, talas para
fixação, etiqueta de identificação.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Escolher o cateter que será utilizado de acordo com o calibre da veia;
9. Selecionar o local da punção no sentido proximal para distal e colocar o garrote;
10. Solicitar que o paciente abra e feche a mão;
11. Fazer antissepsia da área com álcool a 70% e deixar secar;
12. Introduzir o cateter com bisel para cima, paralelo a veia;
13. Perfurar a veia com a ponta do cateter, levantando para que não haja perfuração da outra
parede do vaso;

91
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

14. Após certificar-se que o cateter está na luz do vaso, completar sua introdução;
15. Soltar o garrote;
16. Introduzir a solução (medicamento, soroterapia e outros) em seguida retirar as luvas;
17. Fixar a alça do cateter com esparadrapo / micropore, se necessário e utilizar as talas
para fixação;
18. Colocar a etiqueta de identificação: data, hora e assinatura;
19. Recolher todo material;
20. Deixar o paciente confortável;
21. Higienizar as mãos;
22. Deixar a unidade em ordem;
23. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
24. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

31. Instalação de Soroterapia


O objetivo é tratar o paciente através da reposição de líquidos, eletrólitos, transfusões, admi-
nistração de drogas e outros.

Materiais
Bandeja, soroterapia prescrita, identificação com rótulo, escala de horário, equipo (micro-
gotas, macrogotas ou bureta), polifix, adaptador ou torneirinha, esparadrapo ou micropore
e luvas de procedimento.

92
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Preparar o soro de acordo com a prescrição médica, colocando o equipo e retirando o ar do
sistema e acessórios (polifix ou torneirinha) utilizando técnica asséptica;
9. Observar durante o preparo das soluções, turvações, corpo estranho, fendas e perfurações,
data de vencimento, vedação e perda de vácuo;
10. Utilizar o equipo de microgotas para soros com infusão lenta;
11. Identificar o soro com rótulo de identificação com todas as informações
12. Identificação do equipo ou bureta com a etiqueta, marcando a data de instalação;
13. Manter o sistema fechado, não utilizar agulhas de respiro. Administrar outras medicações
em polifix ou torneirinhas;
14. Após o preparo, colocar o material na bandeja e dirigir-se ao leito do paciente para instalação;
15. Orientar ao paciente o procedimento a ser realizado e proceder à instalação
16. Observar sistematicamente sinais de infecção, tais como: sinais inflamatórios, presença de
secreção, tromboflebites, bacteremia, sepsis e febre de origem indeterminada que possam estar
relacionadas ao cateter venoso periférico;
17. Retirar de imediato o cateter em caso de infecção, obstrução ou infiltração;
18. Após instalação controlar o gotejamento;
19. Recolher todo o material;
20. Deixar o paciente confortável;
21. Higienizar as mãos;
22. Deixar a unidade em ordem;
23. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
24. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

93
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

32. Horários de Administração de Medicação


O objetivo é sistematizar este procedimento evitando falhas e maximizando a utilização do tempo.
Materiais: prescrição médica e de enfermagem.
Indicação de horários na prescrição médica / enfermagem
Quando o medicamento não necessitar de rigidez de intervalos de horário cabe à enfermeira
detectar os horários;
Os medicamentos que possuem restrições na administração devem ter horários que satisfaçam
estas restrições para evitar prejuízos ao paciente;
Os horários de cada medicamento serão anotados na folha de prescrição em coluna própria pelo
enfermeiro;
Caso o médico altere o padrão de horário de medicamentos em um ou mais itens da prescrição,
enfermagem seguirá o horário que estiver determinado.
Exemplo de horários:

33. Permeabilização de Cateteres Venosos


O objetivo é manter o acesso venoso permeável, em pacientes que recebem medicação endo-
venosa regular ou intermitente, mas que não necessitam de infusão contínua de líquidos.

Materiais
Scalp, jelco, algodão, álcool a 70%, garrote, micropore, seringa, agulha para aspiração,
ampola de cloreto de sódio 0,9% com 10 ml, tala, esparadrapo para fixação, equipo polifix
e luvas de procedimento.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo material;
3. Colocar os EPIs e verificar a prescrição médica;
4. Dispor o material a ser usado;
5. Antes de puncionar a rede venosa, retire o ar do sistema polifix com auxílio da seringa com
cloreto de sódio a 0,9%, e feche o clamp das duas vias do polifix (os clamps deverão estar próximos
da saída do “Y” do polifix);

94
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

6. Em uma das vias do sistema polifix, retirar a tampa protetora (protegendo-a cuidadosamente
evitando sua contaminação);
7. Conectar a seringa com cloreto de sódio à 0,9% e injetar;
8. Manter sempre uma pressão positiva até clampear a via do polifix novamente. A manutenção
da pressão positiva evita o refluxo de sangue que poderá ocasionar a obstrução do cateter;
9. Após clampear a via, retirar a seringa e adaptar a tampa protetora do sistema polifix;
10. Realizar o procedimento após cada medicação ou quando necessário e salinizar o acesso
venoso;
11. Adulto: utilizar 8 a 10ml de SF0,9% e entre as medicações lavar com 5ml;
12. Crianças até 1 ano: utilizar 1 a 2 ml de SF 0,9%;
13. Crianças acima de 1 ano: utilizar 3 a 5 ml de SF 0,9%;
14. Recolher todos os material e deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
16. Realizar anotações de enfermagem pertinentes, checar a prescrição médica e a prescrição
de enfermagem.

33.1 Cuidados de Enfermagem


»» Para assegurar uma boa permeabilidade do cateter, o equipo polifix não deverá ter refluxo de
sangue em nenhuma situação.
»» A manutenção da pressão positiva no momento de se clampear o cateter é muito importante
para evitar o refluxo de sangue.
»» Os clamps do cateter deverão estar localizados logo na saída do “Y”, e não próximo à
tampa protetora.
»» Em todo o procedimento deve-se evitar que as tampas protetoras sejam contaminadas, tro-
cá-las a cada abertura do sistema.
»» As tampas de proteção não podem ser guardadas em gavetas, mesas, nas mãos, nos bolsos, etc.
»» Em caso de presença de flebite comunicar a enfermeira e retirar o sistema.

95
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

34. Monitorização de PVC


O objetivo é avaliar hemodinamicamente o paciente em estado grave, devendo ser interpretada
de forma integrada a outros parâmetros como débito urinário, frequência cardíaca, pressão arterial,
débito cardíaco e o quadro clínico.

Materiais
Suporte de soro, solução fisiológica 0,9% ( 250 ml ), equipo plástico em Y.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Fixar a fita no suporte de soro com o ponto médio correspondente à altura da superfície
do colchão;
9. Fixar o equipo no suporte de soro com o Y coincidindo com o número zero da fita graduada;
10. Preencher o equipo com soro;
11. Eliminar bolhas de ar no interior do equipo;
12. Colocar o paciente em posição confortável, decúbito dorsal horizontal ou com a cabeceira
elevada à 30 a 45º;
13. Localizar a linha axilar média e nivelar com a fita graduada. Lavar as mãos novamente;
14. Instalar o sistema no cateter desligando as drogas e soros que estão infundidos, mantendo
o soro que preencheu o equipo fechado;
15. Observar o nível em que a coluna de líquido parar de oscilar;
16. Fechar o sistema e abrir o cateter para infundir as drogas e soros;
17. Recolher todo material;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Higienizar as mãos;
20. Deixar a unidade em ordem;
21. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
22. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

96
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

35. Curativos
O Curativo é o tratamento utilizado para promover a cicatrização de ferida, proporcionando um
meio adequado para este processo. Sua escolha dependerá do tipo e condições clínicas da ferida.
O tratamento de feridas com curativos requer competência profissional e conhecimento do
processo patológico para realizar o procedimento com habilidade.
A finalidade do curativo é: promover o ambiente ideal para o processo de cicatrização da lesão,
prevenir infecção, favorecer a cicatrização, facilitando a drenagem e removendo as secreções, pro-
teger a ferida contra traumatismos mecânicos e promover o conforto do paciente.

35.1 Critérios para o curativo ideal

»» Manter alta umidade entre a ferida e o curativo, o promove epitelização


mais rápida;
»» Remover o excesso de exsudação;
»» Fornecer isolamento térmico durante o processo de cicatrização;
»» Ser impermeável às bactérias, funcionando como uma barreira mecânica
entre a ferida e o meio ambiente;
»» Estar isento de partículas e substâncias tóxicas, contaminadoras de feridas;
»» Permitir a retirada sem provocar traumas, os quais com frequência ocorrem
quando o curativo adere à superfície da ferida; nessas condições, a remoção
provoca uma ruptura considerável de tecido recém-formado, prejudicando o
processo de cicatrização.
»» O curativo aderido à ferida deve ser retirado após o umedecimento com
solução fisiológica (composta por água, cloreto de sódio), sem esfregá-la ou
atritá-la.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

35.2 Tipos de curativos

Fechado ou bandagem
Sobre a ferida é colocada gaze, pasta ou compressa, fixando-se com esparadrapo
ou atadura de crepe.
• Absorver a drenagem de secreções;
• Proteger o ferimento das lesões mecânicas
• Promover hemostasia, através de curativo compressivo;
• Impedir contaminação do ferimento por fezes, vômito, urina;
• Promover o conforto psicológico do paciente.

aberto
Recomendado nas incisões limpas e secas, deixando-se a ferida exposta.
• Eliminar as condições necessárias para o crescimento de microorganismos
(calor, umidade, ausência de luz solar, etc.)
• Permitir melhor observação e detecção precoce de dificuldades no processo de
cicatrização;
• Facilitar a limpeza;
• Evitar reações alérgicas às fitas adesivas;
• Ser mais barato

compressivo
Indicado para estancar uma hemorragia ou vedar uma incisão.

35.3 Tipos de Materiais para curativo

35.3.1 Ácido linoleico


É vital para a função de barreira, é o maior componente lipídico no extrato córneo normal gorduroso;
É vital para a resistência à água, pois é o maior constituinte da barreira epidérmica (60%).
É o único que tem capacidade de reverter ou reparar a função de barreira da pele onde a defici-
ência dietética não está envolvida.
Estes têm grande ação na aceleração do processo de cicatrização.
Indicações: para lesões abertas não intactas, e profilaxia das ulceras de pressão.
Modo de usar: aplicar no local afetado utilizando uma gaze; Trocar a cada 12 a 24 horas.

98
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

35.3.2 Sulfadiazina de Prata:


Éuma pomada hidrofílica, composta por sulfadiazina de prata a 1%. Pode ser associada: nitrato
de sérico acida hialurônico. A prata: confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas
residuais, provoca precipitação proteica e age diretamente na membrana citoplasmática bacteriana.
Frequência de troca é recomendada a cada 12 horas.

35.3.3 Hidrogel
Composto de carboximetilcelulose + propilenoglico + água (70 a 90%). Tem ação: debridamento
autolitico/ remove crostas e tecidos desvitalizados em feridas abertas.
Forma de apresentação: amorfo e placa

35.3.4 Purilon Gel


É um hidrogel com uma combinação única das propriedades de hidratação e absorção, as quais
promovem o debridamento autolítico natural e a cicatrização em ambiente úmido. O gel reidrata
onde é necessário e absorve a necrose e o exsudato quando é preciso. Composto de carboximetil-
celulose + alginato de cálcio e sódio + 90% de água purificada

35.3.5 Hidrocolóide
Composto de carboximetilcelulose + gelatina + pectina. Tem a forma de apresentação: amorfo
e placa. Ação hidrofílica absorve o exsudato da ferida, formando um gel viscoso e coloidal que irá
manter a umidade da ferida.

35.3.6 Papaína
Composta de enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules. Forma de apresentação:
pó, gel e pasta.
Atuação: debridante (enzimático) não traumática, anti-inflamatória, bactericida, estimula a força
tensil das cicatrizes, ph ótimo de 3 – 12, atua apenas em tecidos lesados, devido a anti-protease
plasmática (alfa anti-tripsina).
Observações: diluições: 10% para necrose, 4 a 6% para exsudato purulento e 2% para uso em
tecido de granulação.
Cuidados no armazenamento (fotossensível) e substancias oxidante (ferro/iodo/oxigênio), manter
em geladeira.

35.3.7 Alginato de Cálcio e Sódio


Composto de 80% íon cálcio + 20% íon sódio + ácidos gulurônico e manurônico (derivados de
algas marinhas). Forma de apresentação: cordão e placa
Ação: hemostasia, debridamento osmótico, grande absorção de exsudato, umidade (formação
de gel).

35.3.8 Filmes Transparentes


Filme de poliuretano, aderente (adesivo), transparente, elástico e semipermeável.
Ação: umidade, permeabilidade seletiva, impermeável a fluidos.
Observação: pode ser utilizado como cobertura secundária. Trocar até 7 dias.

35.3.9 Gaze de Acetato impregnada com Petrolatum (ADAPTIC)


Tela de acetato de celulose, impregnada com emulsão de petrolatum, hidrossolúvel. Ação: pro-
porciona a não aderência da ferida. Indicado áreas doadoras e receptoras de enxerto, abrasões e
lacerações.

35.4.1 Carvão Ativado e Prata


Carvão ativado com prata à 0,15%, envolto por não tecido de nylon poroso, selado nas quatro
bordas. Tem ação de absorve exsudato, absorve os microrganismos, filtra odor, bactericida (prata).
Indicações: feridas fétidas, infectadas ou com grande quantidade de exsudato.

99
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Contra indicações: feridas com exposição ósteo-tendinosas, e pacientes que apresentem hiper-
sensibilidade ao náilon.
Observação: não pode ser cortado.
Pode ser associado a outros produtos, como: alginato de cálcio e sódio.
Frequência de troca segundo a saturação, em média com 48 a 72 horas.

35.4.2 Ácido Graxo e Essencial (AGE)


Óleo vegetal composto por ácidos linoleico, caprílico, cáprico, vitaminas a, e lecitina de soja.
Ação: quimiotaxia leucocitária, angiogênese, umidade, bactericida.
Indicação: prevenção e tratamento de ulceras, tratamento de feridas abertas.
Contraindicação: alergia
Observação: pode ser associado a outras coberturas.

35.4.3 Bota de UNNA


Destina-se ao tratamento de úlceras venosas de perna e edema linfático. A bota de UNNA elás-
tica consiste de uma gaze elástica contendo óxido de zinco que não endurece, goma acácia, óleo de
rícino e glicerina, mantendo a lesão úmida e acelerando o processo de cicatrização. Bota de UNNA
elástica adapta-se aos contornos da perna, esticando-se suavemente, permanecendo flexível.
A bandagem pode ser mantida intacta por até 07 dias, a menos que haja desconforto, vazamento
de exsudato, sinais clínicos de infecção, dormência e latejante dos dedos ou em caso de quaisquer
outras irritações locais.
Indicações: tratamento ambulatorial de úlceras venosas de perna e edema linfático.
Contraindicações: úlceras arteriais e úlceras mistas (arteriais e venosas). A bota de UNNA, elás-
tica curatec não deve ser utilizada em indivíduos com sensibilidade conhecida ao produto ou seus
componentes. Não é aconselhável seu uso em pacientes idosos com diabetes mellitus, pois há o
risco de diminuição de perfusão do membro acometido.
Modo de Usar: limpeza da ferida; Irrigar a lesão com jatos de solução fisiológica a 0,9%; Remo-
ver o excesso de exsudato e tecidos desvitalizados, quando necessário; Secar a região. Aplique a
bandagem.

35.4.4 Sistema V.A.C. (fechamento assistido a vácuo)


Auxilia no fechamento de feridas aplicando pressão negativa localizada para atrair as bordas da
ferida ao centro. A terapia V.A.C. De pressão negativa é aplicada numa esponja especial colocada
sobre a cavidade da ferida ou sobre um retalho ou enxerto de pele. Essa pressão distribuída sobre
toda a ferida ajuda a remover fluídos da ferida e estimula o crescimento de granulação de tecido
saudável. De acordo com pesquisas, o fechamento assistido à vácuo estimula a formação de tecido
de granulação.

100
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

36. Feridas e Cicatrização


A ferida é toda solução de continuidade na superfície interna ou externa do organismo, podendo
ser de dois tipos:

Ferida não cirúrgica


É a decorrente de doenças, traumatismos, etc.

Ferida cirúrgica
É a realizada pelo cirurgião por meio de intrumentos especializados. As feridas
poderão sangrar e infectar-se, podendo provocar saída ou retenção de secreção
(purulenta, serosa), deiscência dos pontos, aumento da extensão e/ou profundidade
da ferida.

36.1 Cicatrização
É a transformação do tecido de granulação em tecido cicatricial, sendo a cicatriz a etapa final
do processo curativo da ferida.
A cicatrização ocorre de duas formas:

Por primeira intenção ou primária


É quando se aproximam as superfícies da ferida por sutura, fita adesiva e outros
mecanismos.

Por segunda intenção, granulação ou secundária


É quando não acontece aproximação das superfícies, e nesse espaço proliferam as
granulações, que, por sua vez, serão recobertas pelo epitélio.

36.2 Fatores
Os fatores que afetam a cicatrização normal são:

»» Nível nutricional: a diminuição dos elementos proteicos, vitamina c e desidratação são os


principais causadores do retardo da cicatrização;
»» Condições de vascularização: como o sangue fornece os elementos cicatrizantes, quanto
melhor a circulação, mais eficiente será a cicatrização.
»» Idade: ocorre um retardo nos idosos;
»» Edema: por dificultar a união das extremidades da ferida e diminuir a vascularização local;
»» Administração de drogas que mascaram a presença de infecção.
»» Administração de drogas anticoagulantes
»» Técnica de curativo: provocada pela troca insuficiente, falhas de técnica asséptica, curativo
apertado e outros.
»» Alteração da taxa de glicose sanguínea.

101
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

36.3 Realizando Curativos – com Pinças

Materiais
Bandeja; pacote de curativo composto por pinças anatômicas e Kelly, estéreis; gazes
estéreis; adesivos (micropore, esparadrapo ou similar); Cuba – rim; solução fisiológica
morna; cobertura ou solução prescrita; luvas de procedimento (devido à presença de
secreção, sangue).

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;
9. Abrir o pacote de gaze, cuidadosamente para não contaminar seu interior;
10. Calçar as luvas de procedimento mantendo a mão predominante para manipular a gaze e a
área da ferida, seguindo rigorosamente os princípios de assepsia;
11. Com a outra mão manusear o material (pacote de curativo, pinças, luvas estéreis) com técnica
asséptica;
12. Montar a pinça Kelly com gaze, auxiliando com a pinça anatômica, umedecer com SF e fazer
assepsia, executando a limpeza da lesão a partir da área menos contaminada;
13. Secar a área com gaze;
14. Colocar gaze estéril dobrada, ou utilizar curativo específico, quando padronizado;
15. Retirar as luvas;
16. Recolher todo material;
17. Deixar o paciente confortável;
18. Higienizar as mãos;
19. Deixar a unidade em ordem;
20. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
21. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

37. Curativo de Traqueostomia


O objetivo é a prevenção de infecções e manter a área limpa.

Materiais
02 pacotes de curativo (com 2 pinças); 02 pares de luvas estéreis; 02 pacotes de gazes;
cadarço; 01 seringa de 10 ml para insuflar o cuff; solução fisiológica a 0,9%; saco plástico
branco pequeno; 01 cuba rim; Materiais para aspiração traqueal; 01 toalha de rosto; 01
máscara; 01 óculos de proteção individual.

102
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo material;
3. Colocar os EPIs e verificar a prescrição médica;
4. Dispor o material a ser usado;
5. Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal, com coxim a altura dos ombros (pouco abaixo)
e proteger o tórax do paciente com toalha;
6. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;
7. Colocar gaze em quantidade suficiente dentro do campo estéril;
8. Certificar-se que o cuff da cânula de traqueostomia esteja insuflado;
9. Remover o curativo antigo com auxilio da pinça dente de rato;
10. Desprezar o curativo sujo no saco plástico próprio;
11. Calçar as luvas;
12. Aspirar a traqueia da cânula de traqueostomia. Se necessário, aspirar vias aéreas nariz e boca
utilizando outra sonda;
13. Retirar a cânula metálica interna, colocando-a na cuba rim, lavar com água e sabão neutro;
14. Remover as secreções e crostas da cânula interna, com o auxílio da pinça anatômica, passando
quantas gazes for necessário pelo interior da cânula;
15. Enxaguar a cânula interna, em água corrente abundante ou utilizar soro fisiológico, com auxílio
da cuba rim. Colocar a cânula no campo estéril do curativo;
16. Adaptar uma nova sonda de aspiração na extensão de látex, deixando-a protegida na própria
embalagem;
17. Calçar as luvas;
18. Na retirada do cateter, colocar um chumaço de algodão seco sobre o local; comprimir por alguns
instantes;
19. Montar a pinça Kocher com gaze, auxiliando com a pinça anatômica, umedecer com SF e limpar
a área ao redor da traqueostomia;
20. Secar a área com gaze;
21. Introduzir a cânula interna no orifício da externa, girando-a no interior da traqueia ou a troca
do conjunto de cânula;
22. Colocar uma gaze estéril dobrada, de cada lado da traqueostomia ou utilizar curativo específico,
quando padronizado;
23. Retirar as luvas e recolher todo material;
24. Deixar o paciente confortável e higienizar as mãos;
25. Deixar a unidade em ordem, realizar anotações de enfermagem pertinentes, checar prescrição
médica e a prescrição de enfermagem.

103
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

38. Retirada de Pontos


A retirada de pontos consiste na remoção de pontos de uma incisão, de acordo com a orientação
médica.

Materiais
Pacote de curativo, lâmina bisturi, S.F 0,9% (ampolas com 10ml), gaze estéril, micropore
se necessário.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo material;
3. Colocar os EPIs e verificar a prescrição médica;
4. Dispor o material a ser usado;
5. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;
6. Retirar o curativo anterior se houver;
7. Realizar a limpeza da incisão com SF 0,9%;
8. Remover os pontos e colocá-los sobre uma gaze, observando a cicatrização da incisão;
9. Realizar a limpeza da incisão com SF 0,9%. Manter incisão com curativo aberto;
10. Retirar as luvas e recolher todo material;
11. Deixar o paciente confortável e higienizar as mãos;
12. Deixar a unidade em ordem, realizar anotações de enfermagem pertinentes, checar prescrição
médica e a prescrição de enfermagem.

104
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

39. Terapêutica – Aplicação de Frio e Calor


A aplicação de calor e frio deve incluir informações relacionadas à área corpórea a ser tratado, o
tipo, a frequência e a duração da aplicação. As aplicações quentes e frias podem ser administradas
nas formas secas e úmidas. Exemplos: aplicações frias secas (bolsa térmica de gelo) e úmidas (ba-
nho e compressa); aplicações quentes secas (bolsa térmica de água quente, fonte de luz natural e
artificial, cobertores térmicos, outros) e úmidas (banho, compressa, outros).
A aplicação de compressas quentes é similar à de compressas frias, apenas se substitui a água
fria pela quente. É importante verificar a integridade da bolsa térmica antes de seu uso, como as
condições da tampa e do vedamento. A bolsa térmica deve ser preenchida, com gelo ou água quen-
te, de 1/3 a 2/3 de sua capacidade, o que proporciona um contato homogêneo, amoldando-se à
superfície aplicada e dando maior conforto ao paciente.
Ao utilizar bolsa de água quente, retirar o ar antes de fechá-la, evitando aumento da pressão
interna e contato diferenciado com a área de aplicação.
Antes de colocar a bolsa térmica no paciente, envolvê-la com tecido, evitando, assim, seu con-
tato direto com a pele. O local de aplicação deve ser observado com frequência, para prevenir a
ocorrência de queimaduras. Jamais utilizar a bolsa térmica sob superfícies corporais pesadas, que
possam vir a comprimi-la e extravasar seu conteúdo.
Para maior conservação da bolsa térmica, deve ser sempre guardada limpa, seca e preenchida
com ar, para evitar aderência de suas paredes. As compressas úmidas frias devem ser aplicadas nas
regiões frontotemporal, axilar e inguinal bilateral, devido à superficialidade de vasos calibrosos o
que facilita a liberação de calor e promove a redução da temperatura corporal.
No uso de foco de luz artificial, aplicar em área seca; para evitar queimaduras, observar a distância
da lâmpada à pele, o que dependerá da potência da lâmpada e tolerância do paciente.
Ao aplicar calor e frio seco, observar o prazo máximo de 30 minutos; na aplicação de calor e frio
úmidos, de 15 a 20 minutos tempos que não comprometem a circulação e integridade cutânea e
garantem a eficácia. Para se evitar o esfriamento rápido da compressa, sugere-se colocar sobre a
mesma uma toalha ou plástico, que retardam a dissipação do calor no meio ambiente.
A aplicação deve ser feita sobre a área prescrita e pelo tempo indicado, observando os sinais
e sintomas apresentados pelo paciente e as condições de sua pele na eventualidade de qualquer
anormalidade, interromper o procedimento.

39.1 Aplicação de frio

39.1.1 bolsa de gelo


Ainda é uma prática utilizada com frequência para diminuir a hipertermia, amenizar a dor e conter
edema e hematoma pós-trauma imediato. Sua aplicação diminui a inflamação devido à redução do
fluxo sanguíneo.
O objetivo é a aplicação de frio sobre a pele, podendo ser realizado através de bolsa de gelo (frio
seco) ou compressas frias (frio úmido). Visando diminuir a hipertermia, diminuir a dor e hemostasia.

Materiais
Bolsa de gelo, toalha, cuba com pedras de gelo, bacia com água gelada ou gelo ou compressas.

105
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Encher a bolsa até a metade com gelo, envolver na toalha;
9. Aplicar a bolsa de gelo no local indicado;
10. Recolher todo material;
11. Deixar o paciente confortável;
12. Higienizar as mãos;
13. Deixar a unidade em ordem;
14. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
15. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

39.1.2 Compressas frias


1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Forrar a cama e o local da aplicação com a toalha.
9. Molhar as compressas e torcê-las, retirar a toalha do local da aplicação e colocar a compressa
fria. Enxugar o local com a toalha.
10. Recolher todo material;
11. Deixar o paciente confortável;
12. Higienizar as mãos;
13. Deixar a unidade em ordem;
14. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
15. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.
 Observação importante: observar sinais de isquemia e necrose nas aplicações demoradas.

39.2 Aplicação de Calor


É uma medida terapêutica indicada em áreas de inflamação e/ou infecção para melhorar a dor
e facilitar os processos supurativos. O calor é também útil para promover o relaxamento da mus-
culatura, reduzindo a dor provocada por espasmos ou contrações. Como provoca vasodilatação e
aumenta a circulação onde é aplicado, não é indicado para traumas imediatos, pois facilita o extra-
vasamento de sangue.

39.2.1 bolsa de água quente


O objetivo é a aplicação de calor sobre a pele, através de bolsa de água quente (calor seco) e
compressa quente (calor úmido), com a finalidade principal de relaxar a musculatura, aquecer o pa-
ciente, aumentar a circulação no local da aplicação, aliviar a dor e facilitar os processos supurativos.

106
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Materiais
Bolsa de borracha, toalha, jarro (quando houver necessidade de esquentar a água), com-
pressas, bacia, água quente.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Reunir o material e colocar a água quente na bolsa. Fechar bem com a tampa;
9. Virar a bolsa para baixo, para escorrer a água do gargalo;
10. Secar a bolsa e envolver com a toalha e aplicar na região indicada;
11. Recolher todo material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;

16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.


39.2.2 compressas quentes:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Forrar a cama e o local da aplicação com a toalha.
9. Molhar as compressas e torcê-las, retirar a toalha do local da aplicação e colocar a com-
pressa quente.
10. Secar a região e envolve-la com a toalha.
11. Recolher todo material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

107
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Observar a temperatura da água, para não provocar queimaduras;
Não colocar a bolsa de água quente sobre o paciente;
Torcer bem as compressas, para não molhar o paciente e a cama;
Pode-se colocar sobre a compressa uma bolsa de água quente, a fim de conservar
o calor por um tempo maior.

40. Ataduras
São definidas como faixas utilizadas para envolver, fixar e proteger as partes do corpo que foram
lesadas, ou ainda, para manter curativos e talas na posição correta. Elas podem ser de gaze, crepe
e elástico.

40.1 Tamanhos
Variam de 4,5 m de comprimento e diferentes larguras, sendo recomendados:

108
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

40.2 Formas fundamentais de ataduras e sua utilização

40.2.1 Circular
As voltas se sobrepõem. Usada para fixar a atadura no inicio e no fim, e também em partes cilín-
dricas e curtas no corpo: região frontal (testa), pescoço, pulso calcâneo, tórax.

40.2.2 Espiral
A atadura é enrolada obliquamente num segmento corporal. À volta em espiral é sempre colocada
do diâmetro menor para o maior, para evitar que se desfaça.
Pode ser:
a) Lenta: cada volta recobre 2/3 ou 1/2 da largura anterior, como se fosse um dedo, tronco, perna.
b) Apressada ou obliqua: as voltas não se tocam entre si. Deve-se tomar cuidado, pois os espaços
sem compressão que ficam entre as voltas da atadura podem ocasionar edema, devido à deficiência
circulatória, se a atadura estiver muito apertada. É usada para fixar talas imobilizando as articulações
e para unir com a mesma atadura duas partes como mão e cotovelo.
c) Reserva ou espiral com inversão: em cada volta se inverte a atadura, de forma tal que sua
parte interna fica sendo externa e na seguinte volta interna. Desta forma há diminuição na largura
da atadura, evitando que fique frouxa. À volta em espiral reserva é aplicada nas partes cônicas, isto
é, regiões onde há acentuado aumento do diâmetro: braço, antebraço, pernas, coxas.

40.2.3 Recorrente
É aplicada na cabeça (capacete), pontas dos dedos e colos de membros ou segmentos amputa-
dos. Após a fixação circular, aplicar a atadura com idas e vindas lateralizadas, finalizando com volta
circular dupla, firmando-a bem.

109
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Conversar com o paciente sobre o cuidado a ser executado, colocando-o em posição cômoda.
9. Organizar o material
10. Posicionar o paciente e colocar-se de frente para ele. Colocar a atadura sobre o segmento
corporal, de modo que o rolo se abra para cima.
11. Aplicar no sentido do ponteiro do relógio, salvo se a pessoa for canhota.
12. Segurar a extremidade com a mão esquerda, enquanto a direita dá a volta.
13. Passar a atadura com as duas mãos, que devem tracionar o rolo uniformemente.
14. Iniciar a envoltura fazendo a fixação: aplicar várias voltas circulares na parte cilíndrica. Na
1ª volta dobrar a ponta da atadura e atravessar obliquamente.
15. Desenrolar a atadura, à medida que for atingido a superfície corporal.
16. Fixar a atadura com alfinete, esparadrapo, ou então, cortando a extremidade da atadura ao
meio, envolvendo o membro, amarrando as duas extremidades.
17. Recolher todo material;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Higienizar as mãos;
20. Deixar a unidade em ordem;
21. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
22. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

Observação Importante!
A atadura deve ser bem feita e apresentar aspecto agradável.

110
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

40.2.4 Ao aplicar uma atadura observar:

»» O local e a extensão da lesão;


»» As condições da circulação;
»» A presença de lesões edema;
»» Ao passar uma atadura, evitar pregas e rugas;
»» As ataduras devem ficar firmes, adaptando-se às formas corporais, sem serem muito apertadas.
Para controlar as condições de irrigação sanguínea, é necessário deixar descobertas as extremidades
(dedos da mão e do pé);
»» Ao enfaixar um membro, colocá-lo em posição funcional;
»» As talas para imobilização devem ser resistentes e leves;
»» Evitar que duas superfícies corporais fiquem em contato, para evitar escaras ou aderências;
»» Todas as voltas deverão sempre percorrer o caminho mais curto, para evitar que se soltem
com facilidade;
»» A porção terminal da atadura não deverá ser aplicada em parte do corpo que se estreita,
porque se desajusta facilmente, nem sobre lesão, porque pode traumatizar;
»» A largura da atadura deve ser de acordo com o diâmetro do membro, ou parte do corpo a ser
enfaixado;
»» Caso queira exercer compressão, as ataduras deverão ser acolchoadas com algodão ou gaze;
»» Ao fixar a atadura com alfinete ou nó, cuidar para que não fiquem sobre o ferimento, saliência
óssea, ou do lado que o paciente deita, ou outro lugar que possa incomodá-lo;
»» Caso seja necessário um segundo rolo de atadura, coloca-se a sua extremidade inicial sob a
extremidade terminal da primeira.

40.2.5 Para retirar a atadura


»» Retirar a atadura passando-a de uma mão para outra, enrolando-a.
»» Caso a atadura esteja aderente, umedecê-la com soro fisiológico aquecido.
»» Ataduras muito sujas devem ser removidas com pinças e luvas.

40.2.6 Cuidados com o material retirado


Se a atadura está muito suja ou contaminada, o melhor é desprezá-la.

40.2.7 Ataduras improvisadas


Possuem a mesma finalidade que as de crepe. Na prática e nos socorros de urgência, as ataduras
de pano desempenham importante função.

Materiais
Panos de uso pessoal ou caseiro. Ex: lenços e guardanapos (quadrados), toalhas de mão e
de rosto (retangular), gravatas, cintas (faixas).

40.2.8 Formas mais utilizadas:


Duas pontas: tiras de pano ou pano dobrado em forma de faixa. É usada para cabeça, pescoço,
olhos, nariz, mandíbula, tórax, olecrano, coxa patela.
Triangular: pano triangular aberto ou lenço de cabeça dobrado em diagonal, formando um tri-
ângulo. É usada para cabeça, mão pé, coto de amputação e tipoia.
Quatro pontas: um pano triangular aberto, com uma ponta fundilhada, usada para ombro e com
suspensório mamário.

111
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

41. Aspiração

41.1 Aspiração de secreção endotraqueal


O objetivo é manter as vias aéreas livres e permeáveis; garantir ventilação e oxigenação ade-
quadas; prevenir complicações no quadro clínico geral do paciente, provocadas por acúmulo de
secreções nos pulmões.

Materiais
Luva estéril, sondas de aspiração (compatível com a cânula), ampolas de soro fisiológico,
ambú conectado a rede de oxigênio com extensão de PVC, gaze, um frasco coletor de
secreções com extensão de PVC estéril, máscara cirúrgica, óculos e avental.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Testar o vácuo e O2
9. Colocar máscara, óculos e avental, luva de procedimento;
10. Verificar tipo e características da respiração, saturação e condições dos batimentos cardíacos.
Observar se o paciente encontra-se em ventilação mecânica (assistida, controlada) ou espontânea;
11. Utilizar sonda de aspiração compatível com o número da sonda endotraqueal do paciente;
12. Abrir a embalagem da sonda de aspiração esterilizada e conectá-la à extremidade do PVC
(com técnica asséptica);
13. Ventilar o paciente com ambú e oxigênio a 100% (cinco litros).
14. Retirar as luvas de procedimento e calçar luvas estéreis (com técnica asséptica);
15. Segurar sonda de aspiração (com técnica asséptica), e ligar o aspirador ou solicitar que um
segundo elemento ligue o aspirador;

112
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

16. Desconectar o respirador ou solicitar com que um segundo elemento o faça;


17. Iniciar o procedimento Introduzindo a sonda de aspiração no tubo endotraqueal, mantendo
o PVC pressionado;
18. Depressionar o PVC para a criação da sucção: realizar movimentos circulares lentos na sonda
de aspiração, trazendo-o para fora do tubo endotraqueal;
19. Não ultrapassar 15 segundos no total de tempo de sucção;
20. Para sucção do brônquio direito, voltar a cabeça do paciente para o lado esquerdo;
21. Para sucção do brônquio esquerdo, voltar a cabeça do paciente para o lado direito;
22. Suspender a aspiração e ventilar o paciente se apresentar alteração
23. Conectar o respirador mecânico ou o nebulizador no paciente; desligar o aspirador de se-
creções e desprezar a sonda de aspiração;
24. Lavar a extensão do PVC, no final do ciclo de aspirações, aspirando a água potável;
25. Realizar aspiração orofaríngea, com outra sonda, procedendo da seguinte forma:
26. Introduzir sonda alternadamente em cada narina e depois na boca até a faringe, mantendo
o PVC sob sucção.
27. Desligar o aspirador de secreções desprezando a cada aspiração a secreção do frasco coletor
e o PVC. Lavar o frasco após as aspirações. (Consultar o protocolo preconizado pela SCIH)
28. Recolher todo material;
29. Deixar o paciente confortável;
30. Higienizar as mãos;
31. Deixar a unidade em ordem;
32. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
33. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

42. Sondagem Gástrica


Consiste na introdução de uma sonda de calibre variado através do nariz (SNG) ou da boca
(SOG) até a cavidade gástrica. Recomenda-se pausar a alimentação por cerca de 4 horas, antes do
procedimento. Tal procedimento tem a finalidade de favorecer a alimentação, drenagem, coleta de
material para exames e administração de medicação.

113
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Indicações: intubação, hemorragia digestiva, preparo pré-operatório de algumas cirurgias, lavagem


gástrica, coleta de material para exames, alívio de distensões abdominais, alimentação e medicação.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Posicionar o paciente em Fowler ou semi-Fowler com queixo encostado no esterno.
9. Limpar a pele do nariz e testa com gaze umedecida com água e sabão.
10. Abrir a toalha de rosto sobre o tórax do paciente.
11. Abrir o pacote de gazes, sonda nasogástrica e xilocaína.
12. Remover a prótese dentária com o apoio de uma gaze
13. Calçar a luva de procedimento.
14. Retirar a sonda da embalagem e marcar a distância que a sonda será introduzida (do lóbulo
da orelha a base do nariz, mais a distância da base do nariz até a parte inferior do apêndice xifoide).
15. Marcar com tira de esparadrapo essa medida da sonda.
16. Colocar xilocaína na sonda.
17. Pedir para o paciente ir deglutindo a cada movimento com a sonda.
18. Não usar força no caso de impedimento de progressão da sonda, promover movimentos
suaves de rotação da sonda.
19. Retirar a sonda e tentar a outra narina caso este impedimento persista.
20. Retirar imediatamente a sonda se o paciente apresentar sinais de angústia, respiração ofe-
gante, tosse ou cianose.
21. Verificar se a sonda está no estômago através dos seguintes testes:
22. Aspirar o conteúdo gástrico com seringa de 20 ml*.
23. Fixar a sonda com micropore de modo que a visão não fique prejudicada e que a sonda
também não entre em atrito com a mucosa nasal.
24. Adaptar a sonda na extensão de PVC ou equipo
25. Fixar a extensão ao leito do paciente.
26. Recolher todo material;
27. Deixar o paciente confortável;
28. Higienizar as mãos;
29. Deixar a unidade em ordem;
30. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
31. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.
Viaje Seguro!Viaje sem se preocupar com imprevisos.

43. Aspiração Gástrica


O objetivo é a eliminação de ar ou conteúdo gástrico, com a finalidade de retirar material para
exame, diminuir as distensões por retenção de líquido ou ar no estômago. Ela consiste na retirada
de ar ou conteúdo gástrico, com a finalidade de coletar material para exame, diminuir ou prevenir
distensões abdominais por retenção de líquidos ou ar no estômago.

114
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Materiais
Gaze, seringa de 20ml, cuba rim, máscara, óculos e luva de procedimento.

Procedimentos:

1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Calçar as luvas;
9. Dobrar a SNG e desconectá-la da extensão, protegendo-a com gaze;
10. Conectar a seringa à extremidade da SNG, envolvendo-a com gaze e desdobrar a sonda;
11. Aspirar, dobrar a sonda, desconectar a seringa e desprezar o conteúdo gástrico na cuba rim;
12. Medir o volume da secreção aspirada;
13. Recolher todo material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

44. Cateterização

44.1 Cateterização de alívio


O objetivo é promover alívio da distensão urinária através da drenagem imediata de diurese.

Materiais
Sonda uretral (calibre adequado), gaze estéril, seringa 20ml (se masculino), luva estéril,
PVPI tópico, bandeja de sondagem vesical ( cúpula, cuba rim, pinça e campo ), xilocaína
gel e luva de procedimento.

Descrição da Rotina: seguir os passos da sondagem vesical de demora masculina e feminina


até o item 06.

115
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo o material;
3. Colocar os EPIs e verificar a prescrição médica;
4. Dispor o material a ser usado e calçar as luvas estéreis;
5. Feminino: Lubrificar a sonda uretral com xilocaína
6. Masculino: Colocar 10ml de xilocaína na seringa.
7. Feminino: Realizar antissepsia com PVPI da vulva, grandes e pequenos lábios e por último
meato urinário.
8. Masculino: Realizar antissepsia com PVPI corpo do pênis, glande, pregas do prepúcio e por
último meato urinário.
9. Masculino: Posicionar o pênis e colocar o bico da seringa no meato urinário e injetar a xilocaína.
10. Introduzir a sonda uretral e drenar a urina na cuba rim.
11. Retirar a sonda imediatamente após a drenagem da urina.
12. Recolher todo material;
13. Deixar o paciente confortável e higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

45. Cateterismo Vesical


Consiste na introdução de um cateter estéril através da uretra até a bexiga, com o objetivo de
drenar a urina. Deve-se utilizar a técnica asséptica no procedimento a fim de evitar uma infecção
urinária no paciente. Ela tem as seguintes finalidades:

»» Esvaziar a bexiga dos pacientes com retenção urinária;


»» Controlar o volume urinário;
»» Preparar para as cirurgias, principalmente as abdominais;
»» Promover a drenagem urinária dos pacientes com incontinência urinária;
»» Auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário.

A sondagem vesical é indicada também na retenção urinária. Nesse caso, antes de promover as
manobras invasivas como a sondagem, empregue algumas medidas não invasivas para estimular a
micção, espontaneamente, tais como:

»» Abrir a torneira, próximo ao paciente;


»» Despejar água morna, na região perineal;
»» Aplicar calor na região abdominal, se possível;
»» Promover a privacidade do paciente e aguardar a eliminação da urina.

O cateterismo vesical consiste na introdução de um cateter estéril na bexiga, pela uretra, com a fi-
nalidade de drenar urina. Procedimento que deve ser realizado com todo o rigor da técnica asséptica.
Pode ser de alívio ou de demora. No de alívio, o cateter é introduzido com a indicação de esva-
ziamento da bexiga de pacientes com retenção urinária, sendo retirado em seguida, tendo como
vantagem promover menor risco de infecção.

116
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

No de demora, o cateter é introduzido com a finalidade de manter a drenagem contínua da urina


nos casos de controle rigoroso de volume urinário, cirurgias e pacientes com obstrução urinária,
podendo permanecer no paciente por vários dias.
O cateter mais comumente utilizado é o de Folley, composto de látex com balão de retenção na
extremidade. Havendo necessidade de irrigação contínua da bexiga, utiliza-se um cateter similar
de três vias.
Atualmente, encontram-se disponíveis no mercado outras opções de cateteres uretrovesicais,
como o de silicone - porém, devido ao alto custo, seu uso ainda é restrito.
A higiene íntima, realizada antes do cateterismo vesical, reduz a colonização local, tornando
o meio mais seguro para a introdução do cateter. A utilização de água morna e sabão promove a
remoção mecânica eficiente de secreções e microrganismos.
Por ser um procedimento invasivo e a bexiga um local isento de microrganismos, todo o material
a ser utilizado no cateterismo deve ser esterilizado e manuseado estritamente com técnica asséptica.
Para evitar a contaminação do lubrificante, desinfetar o lacre antes de perfurar com agulha estéril
- o lubrificante visa facilitar a introdução do cateter na uretra masculina ou feminina, reduzindo o
atrito e traumatismo de mucosa. Ressaltamos que se faz necessário dispor um espaço livre junto
ao períneo, para colocar o campo, com todo o material esterilizado, entre as pernas do paciente.
No cateterismo de demora, os especialistas em infecção hospitalar recomendam a conexão do
sistema de drenagem fechado à sonda no momento em que são colocados no campo estéril, ou
seja, antes da inserção da sonda no paciente.
A fixação adequada é aquela que evita a tração da sonda. Na mulher, a sonda é fixada na face
interna da coxa; no homem, na região hipogástrica - cuidado que reduz a curva uretral e a pressão
no ângulo peniano-escrotal, prevenindo a formação de fístulas.

45.1 Cateterismo Vesical Feminino


Esse procedimento invasivo tem o objetivo de promover diurese, e controle do volume urinário.

Materiais
Bandeja estéril contendo (1 cúpula,1 pinça cheron, 1 campo fenestrado), luva esterilizada
e procedimento, xilocaína gel, seringa 20 ml, agulha (40x12), coletor de urina sistema
fechado, ampola de água destilada, sonda Folley, esparadrapo, solução antisséptica de
PVPI tópico ou clorexidine tópica (em situações de alergia ao PVPI e em recém-nascidos),
gaze estéril, água e sabão, biombo ou cortina.

117
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Colocá-la em posição (decúbito) ginecológica;
9. Fazer higiene perineal com água e sabão usando luva de procedimento;
10. Abrir campo estéril sobre o leito, no sentido diagonal, colocando uma das pontas junto à
região glútea;
11. Abrir o restante do material sobre o campo;
12. Colocar solução antisséptica de PVPI tópico na cúpula;
13. Abrir a ampola de água destilada;
14. Calçar as luvas esterilizadas;
15. Aspirar à água destilada da ampola e testar o balão;
16. Conectar previamente a sonda vesical ao coletor fechado;
17. Lubrificar a sonda com xilocaína;
18. Antissepsia de vulva: os movimentos deverão ser no sentido anteroposterior (vulva, grandes
lábios, pequenos lábios, meato uretral). As gazes utilizadas deverão ter uso único;
19. Introduzir a sonda vesical progressivamente, até aproximadamente mais 3 cm após o apa-
recimento da urina;
20. Insuflar o balão com o volume de água destilada recomendada;
21. Tracionar levemente a sonda até encontrar resistência;
22. Fixar a sonda na face anterolateral da coxa;
23. Recolher todo material e deixar o paciente confortável;
24. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
25. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
26. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

118
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

45.2 Cateterismo Vesical Masculino


O objetivo do cateterismo vesical masculino é promover a eliminação da diurese, e o controle
do volume urinário.

Materiais
Bandeja estéril contendo (1 cúpula, 1 pinça cheron, 1 campo fenestrado), luva estéril e
procedimento, xilocaína gel, seringa 10 ml, seringa de 20 ml, agulha (40x12) , coletor
de urina sistema fechado, ampola de água destilada, sonda Folley, esparadrapo, solução
antisséptica de PVPI tópico ou clorexidine tópico ( em situações de alergia e em recém-
-nascidos), gaze estéril, água e sabão, biombo ou cortina.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Colocá-la em posição (decúbito) dorsal com as pernas ligeiramente afastadas;
9. Fazer higiene do prepúcio com água e sabão usando luva de procedimento;
10. Abrir campo estéril sobre as pernas do paciente, no sentido diagonal, colocando uma ponta
junto á raiz peniana;
11. Abrir o restante do material sobre o campo;
12. Colocar solução de PVPI antisséptica tópico na cúpula;
13. Abrir ampola de água destilada;
14. Calçar as luvas esterilizadas;
15. Aspirar à água destilada da ampola;
16. Testar o balão;
17. Conectar previamente a sonda vesical ao coletor fechado;
18. Colocar 10 ml de xilocaína na seringa (que deverá ser feito por outra pessoa);
19. Antissepsia do pênis: os movimentos deverão ser da posição distal para a proximal do pênis;
20. Afastar o prepúcio e segurar firmemente o pênis perpendicularmente ao corpo;
21. Realizar a antissepsia da glande, pregas do prepúcio e meato uretral;
22. Posicionar o pênis e introduzir o bico da seringa de 20 ml com xilocaína no meato urinário
e injetar ± 10 ml de xilocaína lentamente;
23. Introduzir a sonda no meato urinário e aguardar o refluxo da diurese;
24. Insuflar o balão com o volume de água destilada recomendada;
25. Tracionar levemente a sonda até encontrar resistência;
26. Fixar a sonda na face anterolateral da coxa;
27. Recolher todo material;
28. Deixar o paciente confortável;
29. Higienizar as mãos;

119
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

30. Deixar a unidade em ordem;


31. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
32. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

46. Irrigação Vesical


A irrigação vesical consiste, na irrigação contínua da bexiga, cuja finalidade é a remoção de re-
síduos, sangue, coágulos, infusão de medicamentos e tratamento de algumas patologias, além de
prevenir as obstruções e hemostasia com solução fisiológica.

Materiais
Solução prescrita pelo médico (normalmente soro fisiológico 0,9%) equipo macrogotas,
luvas de procedimento, antibioticoterapia (se prescrito) e cálice graduado.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Colocá-la em posição (decúbito) dorsal com as pernas ligeiramente afastadas ou posição
ginecológica (pernas fletidas e ligeiramente afastadas);
9. Colocar biombo ao redor do leito ou cortina;
10. Instalar o equipo no frasco de solução fisiológica e conectá-lo a via da sonda permane-
cendo fechado;
11. Calçar luvas de procedimento e esvaziar a bolsa coletora no cálice graduado;
12. Retirar as luvas com técnica asséptica;
13. Calçar o outro par de luvas de procedimento;
14. Abrir o equipo infundir a solução fisiológica, conforme prescrição médica;
15. Deixar o paciente em ordem;
16. Desprezar o débito drenado da bolsa coletora;
17. Recolher todo material;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Higienizar as mãos;
20. Deixar a unidade em ordem;
21. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
22. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

120
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Estimular a hidratação se não houver contraindicação.
Observar fixação da sonda para não ocasionar lesão na uretra.
Manter a higiene íntima adequada.

47. Uripen
É utilizado em Uripen homens com incontinência urinária, ele é constituído de borracha macia,
que fica ao redor do pênis conectado com uma bolsa de drenagem aberta.

Materiais
Uripen (ver a numeração), adesivo para fixação, bolsa coletora, bacia com água morna,
sabão, lâmina e aparelho de tricotomia, toalha, luva de procedimento, biombo ou cortina.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;

121
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

6. Verificar a prescrição médica;


7. Dispor o material a ser usado;
8. Calçar as luvas;
9. Realizar a higienização peniana e tricotomia s/n;
10. Segurar o pênis firmemente;
11. Desenrolar o uripen sobre o pênis na forma de um preservativo;
12. Deixar um espaço de 2,5cm para fixar o uripen no pênis com adesivo, atenção para não
garrotear o pênis;
13. Conectar o uripen na extensão da bolsa de drenagem;
14. Recolher todo material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos;
17. Deixar a unidade em ordem;
18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

48. Lavagem Intestinal


Lavagem intestinal ou enteroclisma consiste na introdução de líquido (volume máximo de 2.000ml)
no intestino, através do ânus ou da bolsa de colostomia, com o objetivo de promover o esvaziamento
do bolo fecal, melhorando a constipação intestinal e preparar o paciente para cirurgias ou exames.
»» Colostomia: é o orifício artificial feito para exteriorização de uma alça intestinal fixada na
parede abdominal, criando uma abertura temporária ou permanente para a saída das fezes.
»» Enema: é a aplicação de no máximo 500ml de substância (contraste radiológico, medica-
mento, etc.) pelo reto.
A numeração das sondas retais deve ser selecionada de acordo com a idade e sexo do paciente,
sendo de 14 a 20 para crianças e adolescentes, de 22 a 24 para as mulheres e 24 a 26 para os
homens.
Caso a sonda apresente diâmetro maior do que o do ânus do paciente, ou seja, introduzida sem
lubrificante, poderá provocar dor e lesões durante a sua passagem. Os frascos com solução pronta
para uso dispensam a utilização da sonda retal, dependendo das orientações do fabricante.
Antes da introdução da sonda, o paciente deve ser orientado para relaxar a musculatura anal,
inspirando e prendendo a respiração.
O esvaziamento intestinal no pré-operatório diminui o risco de liberação do conteúdo intestinal
durante a cirurgia, provocado pelo efeito de medicamento relaxante muscular. Geralmente, este
preparo ocorre entre 8 e 12 horas antes do ato cirúrgico.
A solução pode vir pronta para uso individual ou ser preparada pela enfermagem de acordo com
a prescrição médica, mas antes de ser aplicada no paciente deve ser aquecida, para ficar morna.
Para que a lavagem intestinal tenha melhor efeito, recomenda- se que o paciente tente reter o
líquido da lavagem por cerca de 20 minutos.
O objetivo da lavagem intestinal é aliviar a distensão abdominal, flatulência e constipação intes-
tinal, preparar o paciente para exames e cirurgias.

Materiais
Gaze, papel higiênico, impermeável, biombo, comadre, solução glicerina, luva de procedi-
mento, lubrificante (xilocaína gel) e sonda retal.

122
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Verificar a prescrição médica;
7. Dispor o material a ser usado;
8. Colocar o paciente em posição lateral, proteger com impermeável forrado com lençol;
9. Lubrificar mais ou menos 10 cm da sonda retal com gaze, afastar os glúteos com gaze não
estéril, introduzir a sonda e infundir o líquido;
10. Colocar a comadre no paciente e deixar papel higiênico a seu alcance ou encaminhar o pa-
ciente ao banheiro;
11. Verificar o efeito da lavagem;
12. Manter o paciente em posição confortável, reunir o material e organizar a unidade;
13. Recolher todo material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
* Orientar o paciente a não dar descarga no vaso sanitário ou desprezar as fezes da
comadre antes de ser verificado o efeito da lavagem.
* No caso de colostomia, introduzir a sonda no trajeto do intestino.
* Observar lipotimia nos pacientes, que necessitam repetir várias vezes a lavagem
intestinal.

123
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

49. Lavagem Gástrica: Adulto e Criança


É a introdução, através da sonda nasogástrica (SNG), de líquido na cavidade gástrica, seguida da
sua remoção. Tem por objetivo retirar o conteúdo excessivo ou nocivo (intoxicação medicamentosa
ou alimentar, retenção de alimentos não digeridos), preparar a cavidade gástrica para exames ou
cirurgia e/ou estancar hemorragia gástrica ou esofágica.

Materiais
Equipo, seringa de 20ml, luvas de procedimento, solução prescrita, cuba rim e toalha de rosto.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Comunicar a mãe ou responsável pela criança;
3. Promover ambiente adequado;
4. Higienizar as mãos;
5. Separar todo o material;
6. Colocar os EPIs;
7. Verificar a prescrição médica;
8. Dispor o material a ser usado;
9. Colocar o paciente em decúbito dorsal e proteger o tórax com uma toalha;
10. Calçar as luvas;
11. Conectar a seringa na sonda dobrada ou o equipo conectado ao soro;
12. Introduzir a solução prescrita
13. Virar a extremidade da sonda para baixo, para que fique em nível inferior;
14. Durante o procedimento, observar as reações do paciente: dispneia, cianose, palidez;
15. Recolher todo material;
16. Deixar o paciente confortável;
17. Higienizar as mãos;
18. Deixar a unidade em ordem;
19. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
20. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

124
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

50. Drenos
Dreno pode ser definido como um objeto de forma variada, produzido em materiais diversos,
cuja finalidade é manter a saída de líquido de uma cavidade para o exterior.
Algumas cirurgias exigem a necessidade da colocação de drenos para facilitar o esvaziamento
do ar e líquidos (sangue, secreções) acumulados na cavidade.
De maneira geral, os cuidados de enfermagem são:

»» manter a permeabilidade, visando garantir uma drenagem eficiente;


»» realizar o posicionamento adequado do dreno, evitando que ocorra tração e posterior des-
locamento;
»» realizar o curativo conforme a necessidade e com o material determinado para a prevenção
de infecções;
»» controlar a drenagem, atentando para a quantidade e aspecto da secreção drenada, e registrar
corretamente todos estes dados.
Para melhor entendimento, apresentaremos a seguir alguns tipos de drenos, seu posicionamento,
cuidados específicos e em que tipos de cirurgia podem ser utilizados.

50.1 Dreno de Tórax


Consiste na introdução de um dreno tubular em uma das cavidades pleurais, cujo objetivo prin-
cipal é retirar as coleções líquidas ou gasosas que venham a interferir no bom funcionamento do
sistema respiratório.

Materiais
01 frasco de drenagem de tórax descartável, 01 frasco de água destilada esterilizada
500 ml; 01 fita adesiva; 01 par de luva estéril; 01 pacote de curativo ( 01 pinça ); 01
micropore ou esparadrapo.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente ou comunicar a mãe ou responsável pela criança;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos e separar todo o material;
4. Colocar os EPIs;
5. Verificar a prescrição médica e dispor o material a ser usado e calçar a luva;
6. Abrir o Frasco de drenagem de tórax descartável;
7. Encher a câmara de vedação com AD esterilizada:
»» frasco de 1500 ml encher com 500 ml;
»» frasco de 1000 ml, encher com 300 ml;
»» frasco de 500 ml (uso pediátrico) encher com 80 a 100 ml (nível que equivale a 2 cm de água);
8. Conectar a tampa no frasco de drenagem;
9. Colocar no frasco de drenagem uma tira de esparadrapo de 2 cm de largura em sentido vertical;
demarcar no esparadrapo com um traço horizontal, o nível da água e escrever data, hora e assinar;
10. Levar o frasco de drenagem em bandeja inox junto ao paciente, mantendo-o protegido com
o invólucro;

125
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

11. Pinçar o dreno de tórax do paciente com a pinça Kelly (5 cm da inserção) ou outra pinça
protegida com esparadrapo
12. Conectar a extensão do dreno oriundo do espaço pleural (paciente) ao intermediário que
vem da câmara de coleta do sistema de vedação com água esterilizada (frasco de drenagem)
13. Retirar a pinça do dreno e deixá-la próxima do leito.
14. Observar a oscilação de coluna d’água de acordo com a respiração profunda
15. Observar o aspecto e volume de líquido drenado
16. Proceder à troca do curativo do dreno de tórax diariamente
17. Recolher todo material e deixar o paciente confortável;
18. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
19. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
20. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
* Manter o frasco de drenagem sempre abaixo do nível do tórax (60 a 90 cm);
* Anotar p volume, aspecto e odor proveniente da drenagem;
* Realizar a manutenção do frasco de coleta (selo d`água) conforme rotina;
* Observar o padrão respiratório do paciente, ou queixas de dor torácica;
* Realizar ordenha na extensão do dreno somente quando indicado;
* Realizar a troca de curativo do dreno somente com prescrição médica.

126
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

50.2 Cuidados de Enfermagem com o Dreno de Porto-Vac


O objetivo é liberar o sangue acumulado (coágulos), líquido orgânico, secreção purulenta e ma-
terial necrótico que de outra forma permaneceriam na ferida oferecendo um meio de crescimento
para os microrganismos..

Materiais
01 par de luvas de procedimento, 01 pacote de curativo, 02 pacotes de gazes, 01 frasco
de SF - 150 ml, 01 frasco de PVPI alcoólico, micropore, 01 cuba rim, 01 seringa 20 ml.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Comunicar a mãe ou responsável pela criança;
3. Promover ambiente adequado;
4. Higienizar as mãos;
5. Separar todo o material;
6. Colocar os EPIs;
7. Verificar a prescrição médica;
8. Dispor o material a ser usado;
9. Fazer o curativo no local da incisão do dreno diariamente, mantendo oclusivo;
10. Remover o plugue, e com movimentos giratórios do recipiente, desprezar o líquido drenado
na cuba rim;
11. Comprimir o recipiente de drenagem contra uma superfície firme, para expelir o ar e, man-
tendo em posição baixa, recoloque o plugue com a outra mão;
12. Aspirar o conteúdo do líquido que se encontra na cuba rim, medir o volume e desprezar em
local apropriado;
13. Retirar luvas de procedimento;
14. Higienizar as mãos;
15. Deixar o paciente em ordem, recompor a unidade e recolher o material;
16. Anotar no relatório de enfermagem o procedimento realizado, o volume do débito drenado,
características, e aspectos;
17. Recolher todo material;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Higienizar as mãos;
20. Deixar a unidade em ordem;
21. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
22. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

127
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

50.3 Cuidados de Enfermagem com Dreno de Penrose


O objetivo: drenar secreções por capilaridade.

Materiais
Luvas de procedimento, pacote de curativo, gazes, S.F 0,9% 100ml, bolsa coletora, PVPI
tópico (em pacientes alérgicos utilizar clorexidina aquosa ou degermante).

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Comunicar a mãe ou responsável pela criança;
3. Promover ambiente adequado;
4. Higienizar as mãos;
5. Separar todo o material;
6. Colocar os EPIs;
7. Verificar a prescrição médica;
8. Dispor o material a ser usado;
9. Realizar o curativo no local da inserção do dreno, diariamente utilizando inicialmente SF
0,9% e após PVPI tópico;
10. Colocar bolsa coletora;
11. Recolher todo material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

Observação Importante: O dreno de penrose com baixo débito poderá ser realizado curativo
oclusivo.

50.4 Cuidados com a colostomia e ileostomia


A bolsa auxilia a controlar o odor e a proteger o estoma e a pele periostomal. A maioria dos
sistemas de bolsas descartáveis pode ser usada por 2 a 7 dias. Alguns modelos duram até 14 dias.
Qualquer sistema de bolsa necessita de troca imediata se houver vazamento. E todas as bolsas
precisam ser esvaziadas quando estiverem de um terço à metade cheia. O paciente com uma ileos-
tomia pode necessitar esvaziar a bolsa em quatro a cinco vezes ao dia.
Naturalmente, a melhor hora para a troca do sistema de bolsa é quando o intestino está menos
ativo, geralmente entre 2 a 4 horas após a alimentação. Após alguns meses, a maioria dos pacientes
é capaz de prever a melhor hora para a troca.
A escolha do sistema de bolsa deve levar em consideração qual sistema fornece a melhor sela-
gem adesiva e proteção para a pele em cada paciente, individualmente. O tipo de bolsa escolhida
depende da localização e da estrutura de orifício, da disponibilidade de suprimentos, do tempo de
durabilidade, da consistência do efluente, da preferência pessoal e do aspecto financeiro.

128
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Materiais
Sistema de bolsa; pasta para o orifício (se a drenagem for de aquosa a pastosa ou o orifício
secreta muco em excesso); bolsa plástica; água; esponja para o banho e toalha; grampo
de fechamento; apetrecho de coleta intestinal ou comadre; água ou solução de limpeza
para bolsa; luvas; toalhas de rosto.
Opcional: cinta para colostomia, fita crepe, sabonete suave neutro, equipamento de
barbear, selante líquido para pele, desodorante para bolsa.

Procedimentos
1. Comunicar o paciente;
2. Comunicar a mãe ou responsável pela criança;
3. Promover ambiente adequado;
4. Higienizar as mãos;
5. Separar todo o material;
6. Colocar os EPIs;
7. Verificar a prescrição médica;
8. Dispor o material a ser usado;
9. Inicie os seguintes procedimentos começando por fornecer privacidade e apoio emocional;
10. Mensurar o orifício com um guia de medidas para estoma. Escolha o tamanho de abertura
que se adapta ao estoma;
11. Fazer um traço do tamanho escolhido de abertura sobre o papel existente do lado da barreira
e corte a abertura;
12. Evitar fixar a bolsa muito apertada porque o estoma não tem receptores para dor. Evite
cortar a abertura muito grande porque isso pode expor a pele à matéria fecal e à mistura;
13. Certificar se a abertura da bolsa está do tamanho do estoma do paciente.

Para aplicar ou trocar uma bolsa:


1. Comunicar o paciente comunicar a mãe ou responsável pela criança;
2. Promover ambiente adequado higienizar as mãos;
3. Separar todo o material colocar os EPIs;
4. Explique o procedimento ao paciente. Conforme se executa cada passo, explique o que você
está fazendo e a razão, porque o paciente eventualmente irá executar o procedimento sozinho;
5. Remova e descarte da bolsa usada;
6. Limpar o estoma e a pele periostomal, suavemente com lenço de papel;
7. Lavar e secar cuidadosamente a pele periostomal, inspecionando-a;
8. Raspar os pêlos circundantes, se necessário, para promover uma selagem melhor e evitar
irritação dérmica com o arrancar dos pêlos grudados no adesivo;
9. Se for aplicar uma barreira de pele separadamente, retire o papel da parte de trás da barreira
já preparada, centralizando-a sobre o estoma e pressione suavemente para garantir a adesão.
10. Pode ser conveniente circundar o orifício ou a parte de trás da barreira (dependendo do
produto) com um anel fino de pasta especifica para fornecer uma proteção dérmica adicional;
11. Remover o papel da parte de trás do lado adesivo do sistema de bolsa e centralize a abertura
da bolsa sobre o orifício;
12. Pressionar suavemente;
13. Alinhar a borda da bolsa com a borda inferior da barreira para pele;

129
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

14. Estimular o paciente a permanecer quieto nessa posição por aproximadamente 5 minutos
para melhorar a aderência e a amaciar uma barreira para a pele;
15. Acoplar uma cinta para colostomia para prender a bolsa;
16. Deixar um pouco de ar na bolsa para permitir que a drenagem flua para o fundo da mesma;
17. Aplicar um grampo de fechamento, se necessário;
18. Aplicar fita crepe ao redor da borda da bolsa por segurança adicional.

Para esvaziar a bolsa:


1. Inclinar o fundo da bolsa para cima e remova o grampo de fechamento;
2. Levantar uma ponta de extremidade inferior da bolsa e deixar que ela drene para o apetrecho
de coleta intestinal ou comadre;
3. Limpar o fundo da bolsa e reaplicar o grampo de fechamento;
4. Não direcionar a água para cima perto da parte superior da bolsa porque isso pode afrouxar
a selagem na pele;
5. Deixar a drenagem fluir para o apetrecho de coleta intestinal;
6. Aliviar a flatulência através da válvula de liberação de gases, caso a bolsa possua tal dispositivo;
7. Nunca faça um furo numa bolsa para aliviar os gases. Isso destrói a selagem para a prova
de odores.

51. Oxigenoterapia
O oxigênio é um gás inflamável que exige cauteloso manuseio relacionado ao seu transporte,
armazenamento em ambiente livre de fontes que favoreçam combustão (cigarros, substâncias) e
cuidados no uso da válvula do manômetro. Na maioria das instituições de saúde, o oxigênio é ca-
nalizado; mas também existe o oxigênio armazenado em cilindros de aço portáteis, que permitem
seu transporte de um setor para outro, em ambulâncias, para residências, etc. A administração de
oxigênio deve ser feita com cautela, pois em altas doses pode vir a inibir o estímulo da respiração.

51.1 Cateter Nasal


O oxigênio é administrado através de cânulas plásticas nas narinas do paciente.

Vantagens
Seguro e simples; confortável e facilmente tolerado; as bifurcações para as narinas podem tor-
readas para se ajustar em qualquer rosto; eficiente para baixas concentrações de oxigênio; permite
movimentos, alimentação e fala; barato e descartável.

Desvantagens
Não se podem aplicar concentrações além de 40%; não pode ser utilizada na obstrução nasal
completa; pode provocar dores de cabeça ou ressecamento das mucosas se a velocidade de fluxo
exceder 6 litros/minuto; pode ser deslocada facilmente.

Administração
Certifique-se das narinas do paciente usando uma lanterna. Se não estiverem obstruídas, engan-
che o prolongamento do cateter por trás das orelhas do paciente e abaixomento (queixo).

51.2. Máscara Simples


O oxigênio flui através de um orifício de entrada parte inferior da máscara e sai através de orifícios
amplos nas laterais da máscara.

130
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Vantagens
Podem ser administradas concentrações de 40% a 60%.

Desvantagens
Pode irritar a pele do paciente; o seu ajuste apertado que provoca desconforto é necessário
quando se aplica uma centração de oxigênio mais elevada; interfere na fala e na alimentação; im-
praticável na terapia a longo prazo por causa da imprecisão.

Administração
Selecione o tamanho de máscara que ofereça o melhor ajuste. Coloque a máscara sobre o na-
riz, a boca e o mento (queixo) do paciente, moldando o grampo metalizado sobre a raiz do nariz.
Ajuste a tira elástica ao redor da cabeça do paciente para prender firmemente a máscara mas com
conforto sobre as bochechas, mento (queixo) e raiz do nariz. E necessário de 1 a 5 litros/minuto de
administração em todas as máscaras.

51.3. Máscara de respiração parcial


O paciente inspira o oxigênio de uma bolsa-reservatório juntamente com o ar atmosférico e o
oxigênio da máscara. Como o ar que entra na bolsa-reservatório é proveniente da traquéia e dos brô-
nquios, onde não ocorre a troca gasosa, o paciente reaspira o ar oxigenado que ele acaba de exalar.
Vantagens
Deposita efetivamente concentrações de 40% a 60%; aberturas na máscara que permitem ao
paciente a inalação do ar ambiente se houver falha na fonte de oxigênio.

Desvantagens
O seu ajuste apertado que provoca o desconforto é necessário quando se aplica uma concentra-
ção de oxigênio mais elevada; Administração: se a bolsa-reservatório colapsar em demasia durante
a inspiração, eleve a velocidade do fluxo até que se observe uma pequena diminuição. Garanta a
expansão livre certificando-se que ela não esteja presa pela roupa do paciente nem pela roupa de
cama.

51.4. Máscara sem respiração


Na inalação há a abertura de uma válvula de sentido único, direcionando o oxigênio de uma
bolsa-reservatório para a máscara.

Vantagens
Deposita a concentração de oxigênio mais elevada possível (60% a 90%) abaixo da administração
pela entubação e pela ventilação mecânica.

Desvantagens
Requer um ajuste apertado para a vedação, o qual pode ser difícil de ser mantido e pode causar
desconforto e pode irritar a pele do paciente.

Guia de administração
Siga os procedimentos citados para a máscara simples. Certifique-se de que a máscara esteja
bem ajustada e que as válvulas estejam funcionando adequadamente e com segurança. Como a
máscara isola o ar ambiente, o mau funcionamento pode provocar o acúmulo de dióxido de carbono,
sufocando um paciente inconsciente. O esvaziamento notável ou completo é indicativo do fluxo
de oxigênio insuficiente. Evite que a bolsa-reservatório se enrole ou fique torcida. O objetivo é a
administração de medicamentos pela via respiratória através de inalação.

131
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Materiais
Inalador e extensão, medicamentos prescritos, fluxômetro de ar comprimido e se prescrição
médica (oxigênio), papel toalha.

Procedimentos:

1. Comunicar o paciente;
2. Comunicar a mãe ou responsável pela criança;
3. Promover ambiente adequado;
4. Higienizar as mãos;
5. Separar todo o material;
6. Colocar os EPIs;
7. Verificar a prescrição médica;
8. Dispor o material a ser usado;
9. Posicionar o paciente em Fowler ou sentado;
10. Conectar o inalador à extensão e este ao fluxômetro abrindo a válvula de ar comprimido
para 2 à 5 litros;
11. Orientar o paciente para que respire inalando o medicamento pelo nariz e soltar o ar pela boca;
12. Interromper a inalação caso ocorra reações ao medicamento;
13. Organizar o material e encaminhá-lo para desinfecção;
14. Recolher todo material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos;
17. Deixar a unidade em ordem;
18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

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Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

51.5 Máscara CPAP


O sistema permite ao paciente capaz de respirar espontaneamente que receba uma cânula de
ar com pressão positiva contínua (CPAP, sigla derivada da expressão inglesa) com ou sem uma via
aérea artificial.

Vantagens
Melhora a oxigenaçao arterial de modo não invasivo elevando a capacidade funcional residual;
permite evitar a entubação do paciente; permite que o paciente fale e tussa sem a interrupção da
pressão positiva.

Desvantagens
Requer um ajuste apertado, o qual pode causar desconforto; risco elevado de aspiração se o
paciente vomitar; risco elevado de pneumotórax, redução do débito cardíaco e distensão gástrica;
contraindicado em pacientes com doença pulmonar obstrutiva, enfisema bolhoso, baixo débito
cardíaco ou pneumotórax hipertensivo.

Administração
Coloque uma tira atrás da cabeça do paciente e a outra tira sobre a cabeça para garantir um
ajuste preciso. Acople uma tira de látex à bifurcação de conexão a um dos lados da máscara. A se-
guir, utilize uma das mãos para posicionar a máscara sobre a face do paciente enquanto se utiliza a
outra mão para conectar a tira ao outro lado da máscara.

51.6. Oxigênio via traqueal


O paciente recebe oxigênio via um cateter inserido pela base do pescoço em um procedimento
ambulatorial simples.

Vantagens
Fornece oxigênio aos pulmões por todo o ciclo respiratório; fornece oxigênio contínuo sem im-
pedir a mobilidade; não interfere com a alimentação e a fala; não resseca a mucosa; o cateter pode
ser faci mente ocultado por uma camisa ou um cachecol.

Desvantagens
Inadequado para o uso em pacientes com risco de hemorragia ou naqueles com broncospasmo
grave, acidose respiratória descompensada, formação de hérnia pleural dentro da base do pescoço
ou com altas dosagens de corticosteróides.

Administração
Após a inserção, obtenha uma radiografia de tórax para a confirmação da posição. Monitorize
o paciente para sangramentos, desconforto respiratório, pneumotórax, dor, tosse ou afonia. Não
use o cateter por aproximadamente 1 semana após a inserção para diminuir o risco de enfisema
subcutâneo.

51.7. Máscara Venturi


A máscara é conectada em um dispositivo Venturi que combina um volume específico de ar e
oxigênio.

Vantagens
Fornece concentrações de oxigênio altamente precisas a despeito do padrão respiratório do
paciente porque sempre há a penetração da mesma quantidade de ar; jatos diluídos podem ser
alternados ou regulados para alterar a concentração de oxigênio; não resseca a mucosa; pode ser
adicionado umidade ou aerossol.

133
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Desvantagens
Confinamento e pode irritar a pele.

Guia de administração
Verifique se a vazão de oxigênio está ajustada corretamente em cada máscara, e que a válvula
Venturi esteja regulada para a fração desejada de oxigênio inspirado.

51.8. Aerossóis
Máscaras faciais, tendas, ou um tubo ou colar de traqueostomia podem ser conectados a uma
cânula de grande calibre que recebe oxigênio em aerossol vindo de um nebulizador a jato. O ne-
bulizador a jato, conectado em local próximo à fonte de oxigênio, ajusta a entrada de ar de forma
similar ao que acontece no dispositivo Venturi.

Vantagens
Administra umidade alta; o gás pode ser aquecido (quando ministrado através de uma via aérea
artificial) ou resfriado (quando provido com o uso de tenda).

Desvantagens
Condensação no colar de traqueostomia ou na sonda T pode drenar para a traqueostomia; o
peso na sonda T pode tensionar a sonda de traqueostomia.

Administração
Os guias variam de acordo com o tipo de nebulizador utilizado, incluindo o ultrassônico, o de
volumes elevados, o de volumes pequenos e o em-linha. Quando utilizar um nebulizador de saída,
verifique por sinais de hidratação excessiva, edema pulmonar, crepitações e desequilíbrio eletrolítico.

51.9 Coleta de Material para Exames


Os exames de laboratórios destinam-se à complementação diagnóstica e assumem importância
considerável, desde que observadas às normas corretas na coleta do material.

134
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Geralmente cabe à enfermagem, o preparo do paciente, a obtenção e encaminhamento de amos-


tras de urinas, fezes e escarro. Em muitos serviços só a coleta de exsudatos e sangue é feita pelo
pessoal do laboratório.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Dispor o material a ser usado;
7. Informar o paciente sobre o exame que deverá ser feito, suas finalidades, método de coleta e
necessidade de sua colaboração, minimizando preocupações, ansiedade e morosidade na realização
dos mesmos;
8. Empregar frascos ou recipientes adequados e com tampas perfeitamente ajustáveis;
9. Lavar corretamente as mãos antes e após a coleta do material usar luvas;
10. Rotular o frasco com etiqueta, onde deve constar: Nome do paciente e o numero de registro
geral; Número da enfermaria, leito, quarto ou apartamento; Exame solicitado; Data e hora da coleta;
Pessoa responsável pela coleta do material; Caso haja necessidade de mais amostras, numerar os
frascos (exemplos: hemocultura);
11. Colher o material segundo a técnica ou método indicado;
12. Manter a parte externa dos frascos limpos e orientar o paciente para que não o contamine
ao fazer uso do mesmo;
13. Todo material coletado deve seguir imediatamente para o laboratório acompanhado de
respectiva requisição. Caso seja impossível o encaminhamento imediato do material ao laboratório,
seguir orientações ou rotinas estabelecidas pelo responsável ou pelo bioquímico;
14. Recolher todo material;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Higienizar as mãos;
17. Deixar a unidade em ordem;
18. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
19. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

51.10 Coleta de Urucultura


Objetivo: Coleta de urina para exame laboratorial, com finalidade diagnóstica.

Materiais
Sabonete neutro, luva procedimento, frasco próprio, gaze.

Procedimentos
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;

135
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

6. Dispor o material a ser usado;


7. Orientar o paciente quanto ao procedimento;
8. Fornecer o material necessário e ensiná-lo a realizar higiene íntima;
Higiene íntima Sexo masculino: fazer higiene do pênis, com gaze água e sabão.
9. Retrair o prepúcio, limpar glande, pregas do prepúcio e por último meato uretra;
Sexo Feminino: fazer higiene na região da vulva, grandes lábios, pequenos lábios (segurar com
os dedos polegar e indicador, mantendo-os afastados) e por último meato uretral.
10. Usar uma gaze por vez, retirar o excesso do sabão com gaze e água. Secar a região.
11. Orientar a urinar em frasco próprio, desprezando o primeiro jato, sem interromper o fluxo.
12. Identificar o frasco com a etiqueta do paciente, data e horário. Lavar as mãos.
13. Recolher todo material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

51.11 Coleta de Urucultura de Sonda Vesical de Demora


Objetivo: coleta de urina para exame laboratorial, com finalidade diagnóstica.

Materiais
Seringa 10ml, agulha 30x7, algodão com álcool a 70%, luvas de procedimento.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Dispor o material a ser usado;
7. Pinçar a extensão do sistema fechado por 2 minutos;
8. Calçar as luvas de procedimento;
9. Realizar desinfecção do injetor lateral do coletor com álcool 70%;

136
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

10. Puncionar o local adequado, na extensão aspirar a quantidade de urina necessária e soltar
a pinça de extensão do coletor;
11. Retirar a luvas, lavar as mãos e deixar o ambiente em ordem;
12. Identificar a seringa com o material, evitar manipulação ou transferência para outro frasco.
Colocar etiqueta do paciente e providenciar o encaminhamento ao ambulatório;
13. Recolher todo material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

51.12 Coleta de Urina 24 horas


Objetivo: coleta de urina de 24 horas para fins diagnósticos.

Materiais
Frasco adequado para o exame solicitado, luvas de procedimento, papagaio ou comadre.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Dispor o material a ser usado;
7. Orientar o paciente: esvaziar completamente a bexiga no início do controle desprezando a
primeira micção. Guardar toda a diurese e avisar a enfermagem quando urinar, durante o período
de 24 horas;
8. Identificar frasco com etiqueta do paciente, horário de início e horário de término da coleta;
9. Esvaziar a bexiga na hora de fechar o controle, colocando no frasco a última micção;
10. Encaminhar o frasco ao laboratório;
11. Recolher todo material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

51.13 Coleta de Fezes


Objetivo: coleta de material para exame (Fezes), com finalidade diagnóstica.

Materiais
Comadre, espátula, frasco coletor adequado, luvas de procedimento.

137
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Dispor o material a ser usado;
7. Orientar o paciente à evacuar na comadre;
8. Calçar as luvas, coletar o material com espátula, identificar o frasco;
9. Retirar a comadre;
10. Recolher todo material;
11. Deixar o paciente confortável;
12. Higienizar as mãos;
13. Deixar a unidade em ordem;
14. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
15. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

51.14 Coleta de Escarro


Objetivo: coleta de material para fins diagnósticos.
Materiais: frasco próprio

Procedimentos:
16. Comunicar o paciente;
17. Promover ambiente adequado;
18. Higienizar as mãos;
19. Separar todo o material;
20. Colocar os EPIs;
21. Dispor o material a ser usado;
22. Orientar o paciente, a escovar os dentes, a mucosa bucal e a língua, sem utilizar pasta dental;
23. Enxaguar a cavidade oral;
24. Orientar o paciente a tossir e expectorar no frasco, tendo cuidado de evitar saliva;
25. Identificar o frasco com etiqueta do paciente, data e horário;
26. Encaminhar material ao laboratório;
27. Recolher todo material;
28. Deixar o paciente confortável;
29. Higienizar as mãos;
30. Deixar a unidade em ordem;
31. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
32. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

138
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

51.15 Glicemia Capilar


Objetivo: verificação da dosagem de glicose no sangue por meio do glicosímetro.

Materiais
Bandeja, luvas de procedimento, bolas de algodão, álcool a 70%, caneta preparada com
lanceta, tiras reagentes, glicosímetro.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Dispor o material a ser usado;
7. Fazer antissepsia da ponta do dedo, previamente escolhida para ser puncionada;
8. Esperar a região secar;
9. Puncionar fazendo pressão acima do local da punção, até que se obtenha uma gota de san-
gue. Punção região lateral do dedo (menor sensibilidade dolorosa);
10. Molhar a tira reagente com a gota de sangue. Pressionar a área puncionada utilizando bola
de algodão seco;
11. Proceder a leitura da dosagem de glicose de acordo com as orientações do fabricante do aparelho;
12. Descartar a tira, no lixo infectante;
13. Recolher todo material;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Higienizar as mãos;
16. Deixar a unidade em ordem;
17. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
18. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

139
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

51.16 Impressão Plantar “Impress Baby” e Digital (Materna)


Objetivo: coleta da impressão plantar (RN).

Materiais
Almofada, gaze ou compressa estéril, vaselina líquida, algodão seco e Luva estéril.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Dispor o material a ser usado;
7. Promover a limpeza do vérnix na região plantar do recém-nascido;
8. Aplicar a almofada na região plantar com suavidade,
9. Apoiar o impresso em placa de acrílico, carimbar sem fazer movimentos de um lado para o outro;
10. Ao término da impressão, limpar a região plantar com compressa seca;
11. Recolher todo material;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Higienizar as mãos;
14. Deixar a unidade em ordem;
15. Realizar anotações de enfermagem pertinentes;
16. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
* Fechá-la após o uso.
* Não utilizar qualquer tipo de tinta.
* Quando ocorrer o ressecamento, deixá-la de cabeça para baixo.
* Não jogá-la fora.
* Média vida útil: 600 impressões.

140
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

51.17 Impressão Digital (Materna)


Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;
5. Colocar os EPIs;
6. Dispor o material a ser usado;
7. Promover a limpeza do polegar da mãe. Aplicar a almofada no polegar, apoiando o impresso
próprio em placa de acrílico. Carimbar o polegar no local específico.
8. Ao término da impressão, limpar o polegar utilizando gaze.
9. Recolher todo material;
10. Deixar o paciente confortável;
11. Higienizar as mãos;
12. Deixar a unidade em ordem;
13. Realizar anotação de enfermagem pertinente;
14. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

51.18 Coleta de Exsudato


Objetivo: coleta do material exsudado de feridas ou cavidades naturais.

Materiais
Luva estéril, cotonete, swab, tubo de coleta.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente;
2. Promover ambiente adequado;
3. Higienizar as mãos;
4. Separar todo o material;

141
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

5. Colocar os EPIs;
6. Dispor o material a ser usado;
7. Passar o cotonete, estilete ou swab na região indicada, colhendo uma amostra significativa
do material solicitado;
8. Recolocar o instrumento de coleta no frasco ou tubo e tampá-lo devidamente;
9. Enviar ao laboratório, juntamente com a requisição;
10. Recolher todo material;
11. Deixar o paciente confortável;
12. Higienizar as mãos;
13. Deixar a unidade em ordem;
14. Realizar anotação de enfermagem pertinente;
15. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

51.19 Coleta de Sangue


Solicitados com grande frequência, tanto nos ambulatórios como nas unidades de internação, os
exames de sangue possuem um significativo valor diagnóstico e na avaliação terapêutica. Para alguns
exames é necessário jejum de 12 horas, como por exemplo: dosagem de hormônios, de proteínas
totais, colesterol e triglicerídeos, albuminas, ácido úrico, alguns exames de sorologia e imunologia,

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Em se tratando de coleta de pus de uma ferida, o procedimento antecederá à reali-
zação do curativo. Retiram-se as gazes com pinça, colhe-se o material e após coleta,
efetua-se o curativo.

especialmente o de Rubéola.
Já os exames bacteriológicos para hepatite, sífilis, AIDS e outros, não se faz necessário jejum,
nem o anticoagulante.
Objetivo: promover a coleta do material solicitado.

Materiais
Bandeja, seringa de 5 ou 10 ml ou tubo “vacutainer”; agulha 25 x 8 ou 9; luvas de pro-
cedimento; garrote; algodão; álcool a 70%; saco plástico para resíduos; frascos ou tubos
rotulados adequado ao exame; requisição.

Procedimentos:
1. Comunicar o paciente e promover ambiente adequado;
2. Higienizar as mãos e separar todo o material;
3. Colocar os EPIs e dispor o material a ser usado;
4. Posicioná-lo, se possível sentado ou deitado em decúbito dorsal apoiando o braço, de modo
a mantê-lo confortável e facilitar a visualização das veias;
5. Colocar o material na mesa-de-cabeceira, de modo a facilitar seu acesso;
6. Calçar as luvas esterilizadas;

142
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

7. Palpar e selecionar a veia a ser puncionada, no antebraço ou na mão;


8. Prender o garrote aproximadamente 5 cm acima do local da punção e pedir para que feche
a mão;
9. Fazer antissepsia da área com algodão embebido em álcool, no sentido do retorno venoso,
para estimular o aparecimento das veias;
10. Deixar o algodão na bandeja ou segurá-lo com o dedo mínimo;
11. Com o polegar da mão não dominante fixar a veia, esticando a pele abaixo do ponto de
punção;
12. Segurar a seringa horizontalmente, com a mão dominante, mantendo o indicador sobre o
canhão da agulha;
13. Introduzir a agulha com o bisel e a graduação da seringa voltada para cima;
14. Aspirar a seringa com a mão que fixava a veia. Isto evitará movimentos desnecessários e
deslocamento de agulha. Se usar “vacutainer” aguardar seu enchimento;
15. Após a coleta do sangue necessário, pedir para o paciente abrir a mão, desprender o garrote
e remover a agulha, com movimento único e suave, apoiando o local com algodão embebido de
álcool;
16. Para facilitar a hemostasia, fazer leve pressão no local da punção com o algodão embebido
em álcool;
17. Desconectar a agulha da seringa. Fazer com que a amostra de sangue escorra vagarosamente
pela parede do tubo, evitando a hemólise;
18. Se o frasco tiver anticoagulante, agitá-lo levemente, para misturar bem o conteúdo;
19. Observar a hemostasia no local e desprezar o algodão no saco plástico;
20. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem;
21. Providenciar a limpeza e a ordem do material;
22. Recolher todo material e deixar o paciente confortável;
23. Higienizar as mãos e deixar a unidade em ordem;
24. Realizar anotação de enfermagem pertinente;
25. Checar a prescrição médica e a prescrição de enfermagem.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Na escolha da veia para punção, procurar locais isentos de feridas, queimaduras, trauma-
tismo e hematomas;
* Não bater como os dedos para que a veia apareça. Pedir que o paciente Abaixar a mão ou
o braço, e/ou abra e feche a mão;
* Qualquer veia acessível pode ser puncionada, preferentemente e dos membros superiores;
* Para evitar movimentos da veia, preferir puncioná-la na bifurcação;
* Evitar movimentos desnecessários e traumatismo venoso, mantendo até o final do pro-
cedimento a mão na seringa que puncionou a veia;
* Se o bisel da agulha não penetrou na veia, introduzi-lo, mas, e se não refluir sangue pun-
cionar outra veia;
* Se a agulha transfixar a veia, retrocedê-la para que penetre na luz do vazo.
* A pele do paciente deve estar aquecida. Se estiver muito fria não tentar a punção venosa
sem antes aquecê-la com água morna ou compressas quentes, promovendo a dilatação da
veia;
* O sistema de coleta à vácuo oferece maior segurança para o coletador e conforto para o
paciente porque a punção venosa é menos traumática e dolorosa;

143
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

52. Terminologias

A
Abdução - afastamento de um membro do eixo do corpo.
Ablepsia - cegueira.
Abrasão - esfoladura, arranhão.
Abscesso - coleção de pus externa ou internamente.
Absorção - penetração de liquido pela pele ou mucosa.
Abstinência - contenção, ato de evitar.
Acesso - repetição periódica de um fenômeno patológico.
Acinésia - impossibilidade de movimentos voluntários, paralisia.
Acinesia - lentidão dos movimentos ou paralisia parcial.
Acne - doença inflamatória das glândulas sebáceas.
Acromia - falta de melanina, falta de pigmentação “albinismo”.
Adenosa - tumor de uma glândula e que reproduz a estrutura dela.
Adiposo - gordura.
Adução - mover para o centro ou para a linha mediana.
Afagia - impossibilidade de deglutir.
Afagia - impossibilidade de deglutir.
Afasia - impossibilidade de falar ou entender a palavra falada.
Afebril - sem febre, apirético.
Afluxo - vinda para determinado lugar.
Afonia - perda mais ou menos acentuada da voz.
Agrafia - não consegue escrever.
Algia - dor em geral.
Algidez - resfriamento das extremidades.
Álgido - frio.
Alopecia - é a queda total ou parcial dos cabelos.
Alopecia - queda total ou parcial dos cabelos e pelos.
Aloplastia - (prótese), substituto de uma parte do corpo por material estranho.
Alucinação - percepção de um objeto, que na realidade não existe.
Ambidestro - habilidade de usar as duas mãos.
Ambliopia - diminuição da acuidade visual.
Amenorréia - falta de menstruação.
Analgesia - abolição da sensibilidade á dor.
Anasarca - edema generalizado.
Ancilose - imobilidade de uma articulação.
Anemia - é a diminuição dos números de hemácias.
Anfiantrose - articulação que se movimenta muito pouco,ex.falange.
Aniridia - ausência ou falha da íris.
Anisocoria - desigualdade de diâmetro das pupilas.
Anodontia - ausência congênita ou adquirida dos dentes.
Anoretal - região referente ao anus e reto.
Anorexia - falta de apetite, inapetência.

144
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Anorexia - perda do apetite.


Anosmia - diminuição ou perda completa do olfato.
Anóxia - redução do suprimento de oxigênio nos tecidos.
Anoxia - falta de oxigênio nos tecidos.
Anquitose - diminuição ou supressão dos movimentos de uma articulação.
Anterior - a parte da frente.
Anuperineal - região referente ao anus e períneo
Anúria - ausência da eliminação urinaria
Ânus - orifício de saída retal.
Apalestesia - perda do sentido das vibrações
Apático - sem vontade ou interesse para efetuar esforço físico ou mental.
Apelo - sem pele, não cicatrizado, aplicado a feridas.Desprovido de de prepúcio, circuncidado.
Apeplexia - perda súbita dos sentidos, com elevação da temperatura, mas sem hemiplegia.
Apnéia - parada dos movimentos respiratórios.
Aposia - ausência de sede.
Aptialismo - deficiência ou ausência de saliva.
Ascite - edema localizado na cavidade peritonial com acúmulo de líquido.
Asfixia - sufocação, dificuldade da passagem do ar.
Astasia - incapacidade de permanecer em pé, por falta de coordenação motora.
Astenia - enfraquecimento
Astenia - fraqueza, cansaço.
Ataxia - não coordena os músculos e a locomoção.
Atresia - ausência ou fechamento de um orifício natural.
Atrofia - diminuição do tamanho ou peso natural de um órgão ou tecido.
Auricular - referente à orelha.
Azia - sensação de ardor estomacal, eructação azeda e ácida.

B
Balanite - inflamação da glande ou da cabeça do pênis.
Balanopostite - inflamação da glande e do prepúcio.
Bandagem - enfaixe.
Benigno - que não ameaça a saúde nem á vida.Não maligno, como certos tumores, inócuo.
Bilioso - referente á bile, peculiar a transtornos causados por excesso de bile.
Binasal - referente a ambos os campos visuais nasais.
Biópsia - extirpação de um fragmento de tecido vivo com finalidade diagnóstico.A peça extirpada
dessa maneira.
Blefarite - inflamação das pálpebras.
Blenofitalmia - secreção mucosa nos olhos.
Blenorréia - secreção abundante das mucosas, especialmente da vagina e uretra.
Blenúria - presença de muco na urina.
Bócio - hiperplasia da glândula tireóide.
Bócio - hiperplasia da glândula tireóide.
Borra de café - aspecto do vômito ou da defecação que contém sangue.
Bradicardia - diminuição das batidas cardíacas
Bradicardia - diminuição dos batimentos cardíacos.
Bradipnéia - movimento respiratório abaixo do normal.
Braquialgia - dor no braço.

145
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Braquialgia - dor no braço.


Bucal - oral, referente à boca.
Bucal - oral, referente à boca.
Bulimia - fome exagerada.
Bulimia - fome excessiva e patológica.
Bursite - inflamação da bolsa sinovial.
Bursite - inflamação da bolsa sinovial.

C
Cacofonia - voz anormal e desagradável
Cãibra - contração muscular, espasmódica e dolorosa.
Calafrio - contrações involuntárias da musculatura esquelética com tremores e bater dos dentes.
Caquexia - desnutrição adiantada, emagrecimento severo.
Cefaléia - dor de cabeça.
Choque - síndrome que se manifesta com pele fria, queda de temperatura, cianose e morte.
Cianose - coloração azulada por falta de oxigênio.
Cianose - coe azulada da pele por falta de oxigênio no sangue.
Cianótico - com cianose.
Cirrose - fibrose com destruição do tecido.
Cistite - inflamação da bexiga.
Cistocéle - hérnia de bexiga.
Cistostomia - abertura de comunicação da bexiga com o exterior.
Claudicação - fraqueza momentânea de um membro.
Clister - introdução de pequena quantidade de água, medicamento ou alimento no intestino.
Cloasma - manchas escuras na pele, principalmente na face da gestante.
Coagulação - espessamento de um líquido formando coágulo.
Colecistectomia - remoção da vesícula biliar.
Colecistite - inflamação da vesícula biliar.
Cólica - dor espasmódica.
Colostomia - abertura artificial para saída de fezes a nível do cólon.
Colpoperineorrafia - operação reparadora em torno da vagina e períneo.
Colúria - presença de bilirrubina ou bílis na urina.
Coma - estado de inconsciência
Congênito - doença herdada no nascimento.
Congestão - acúmulo anormal ou excessivo de sangue numa parte do organismo.
Constipação - não evacua normalmente.
Constipação - retenção de fezes ou evacuações insuficientes.
Contaminação - presença de micróbios vivos.
Contratura - rigidez muscular.
Convalescença - caminha para o restabelecimento.
Convulsão - contrações violentas involuntárias do músculo, agitação desordenada.
Coprólito - massa endurecida de matéria fecal nos intestinos.
Cordialgia - dor no coração.
Costal - relativo as costelas.
Curativo compressivo - curativos nas feridas que sangram.
Curativo frouxo - curativo em feridas que supuram.
Curativo seco - feito apenas com gaze.

146
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Curativo úmido - quando há aplicação de medicamentos líquidos ou úmidos.


Cutâneo - referente à pele.
Cútis - derma.

D
Dactilite - inflamação de um dedo, ou artelho.
Debilidade - fraqueza, falta de forças.
Debridamento - limpeza de um tecido do infectado ou necrótico de um ferimento.
Decúbito - posição deitada.
Deltóide - músculo do braço em forma de “D”,onde se aplicam injeções intramuscular.
Dentro - cito a direita.
Dermatite - inflamação da pele.
Dermatose - doenças da pele.
Desidratação - diminuição anormal dos tecidos do organismo
Desidratação - perda exagerada de liquido no organismo.
Desmaio - lipotínea, ligeira perda dos sentidos.
Diaforese - sudorese excessiva.
Diarréia - evacuações freqüentes e liquidas.
Diplegia - paralisia bilateral.
Diplopia - visão dupla.
Disfagia - dificuldade de deglutir.
Disfonia - distúrbio na voz.
Dismenorréia - menstruação difícil e dolorosa.
Dismenorréia - menstruação difícil e dolorosa.
Dispnéia - dificuldade respiratória.
Dispnéia - falta de ar, dificuldade para respirar.
Dispnéico - com dispnéia.
Disquesia - evacuação difícil e dolorosa.
Disseminado - espalhado.
Distensão - estiramento de alguma fibra muscular, intumescimento ou expansão.
Distrofia - perturbação da nutrição.
Disúria - micção difícil e dolorosa.
Diurese - secreção urinaria.
Diurese - volume de urina coletado.

E
Ecopraxia - repetição dos movimentos ou maneirismo de outra pessoa.
Edema - retenção ou acúmulo de líquidos no tecido celular
Emese - ato de vomitar.
Enema - clister, lavagem, introdução de líquidos no reto.
Enteralgia - dor intestinal.
Entérico - relativo ao intestino.
Enurese - incontinência urinaria noturna.
Enxaqueca - dor de cabeça unilateral.
Epigastralgia - dor no epigástrio.
Epigástrio - porção média e superior do abdômen
Episiorrafia - sutura no períneo ou dos grandes lábios.

147
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Episiorragia - hemorragia perineal.


Episiotomia - incisão lateral do orifício vulvar para facilitar o parto.
Epistaxe - hemorragia nasal.
Epistótomo - contrações musculares generalizados com encurvamento do corpo para frente.
Equimose - extravasamento de sangue por baixo dos tecidos “manchas escuras ou avermelhadas”.
Equimose - pequeno derrame sanguíneo debaixo da pele.
Eritema - vermelhidão na pele.
Eructação - emissão de gases estomacais pela boca,arroto.
Erupção na pele - avermelhamento da pele com vesículas.
Erupção - lesão, amarela ou enegrecida que se forma nas queimaduras ou feridas infectadas.
Erupção - lesões visíveis na pele.
Escabiose - moléstia cutâneas contagiosa, caracterizada por lesão multiformes, acompanhadas
por prurido intenso.
Escara de decúbito - úlcera perfurante em região de proeminências ósseas.
Esclerodermia - afecção cutânea com endurecimento da pele.
Esclerose - endurecimento da pele,devido a uma proliferação exagerada de tecido conjuntivo.
Alteração de tecidos ou órgãos caracterizado pela formação de tecidos fibroso.
Esclerose - endurecimento dos vasos ou perda de elasticidade.
Escoriações - abrasão, erosão, perda superficial dos tecidos.
Escótomo cintilante - pontos luminosos no campo visual, na hipertensão arterial.
Escótomo - ponto cego no campo visual.
Escrotal - relativo ao escroto.
Escrotite - inflamação do escroto.
Escroto - saco de pele suspenso na região do períneo e que aloja os testículos e os epidídimos.
Escrotocele - hérnia do escroto.
Esfacelo - necrose, gangrena
Esfacelodermia - gangrena da pele.
Esfenoidal - referente ao esfenóide.
Esfenóide - osso situado no centro do assoalho do crânio
Esfígmico - relativo ao pulso.
Esfigmocardiógrafo - aparelho que registra graficamente os movimentos do pulso e do coração.
Esfignomanometro - aparelho para verificar a pressão arterial.
Esfimógrafo - aparelho que registra graficamente os movimentos do pulso.
Esfíncter - músculo circular que constrói o orifício de um órgão.
Esfincterolgia - dor no esfíncter.
Esfíncteroplastia - reparação cirúrgica de um esfíncter.
Esfíncterotomia - divisão dos músculos de um esfíncter.
Esfoliação - desprendimento de tecido necrosado sob a forma de lâminas.
Esfregaço cervical - esfregaço das secreções mucosas do colo do útero.
Esfregaço - material espalhado numa lâmina de vidro para exame.
Esmalte - camada externa dos dentes.
Esmegma - secreção caseosa em redor do prepúcio ou dos pequenos lábios.
Esofagismo - espasmo do esôfago.
Esôfago - tubo longo situado atrás da traquéia e pelo qual caminham os alimentos para irem ao
estômago.
Esofagocele - hérnia do esôfago.
Esofagomalácia - amolecimento do esôfago.

148
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Esofagoptose - prolapso do esôfago.


Esofagoscópio - instrumento para exame visual do esôfago.
Esofagostenose - estreitamento do esôfago.
Esofagostomia - abertura de comunicação entre o esôfago e o exterior. Formação de uma fistula
esofagiana.
Esofagotomia - incisão do esôfago.
Espasmo - contrações involuntárias, violenta e repentina de um músculo ou grupo de músculo;
pode acometer as vísceras ocas como estômago e os intestinos.
Espasmódico - rígido, com espasmo.
Espasmofilia - tendência aos espasmos e ás convulsões.
Espasmolítico - medicamento que combate o espasmo.
Espástico - em estado espasmódico.
Especulo - instrumento para examinar o interior de cavidades como a vagina, reto, ouvido.
Espermatite - inflamação do canal deferente.
Espermatocistite - inflamação da vesícula seminal.
Espermatorréia - incontinência de esperma.
Espermatúria - presença de esperma na urina.
Espermicida - que destrói o espermatozóide.
Espirômetro - aparelho que mede a capacidade respiratória dos pulmões.
Esplenectopia - queda do baço.
Esplenelcose - úlcera do baço.
Esplenite - inflamação do baço.
Esplenocele - hérnia do baço.
Esplenoctomia - extirpação do baço.
Esplenodimia - dor no baço.
Esplenomalácia - amolecimento do baço.
Esplenomegalia - aumento do volume do baço.
Esplenopatia - afecção do baço.
Esplenopexia - fixação cirúrgica do baço.
Esplenotomia - incisão no baço.
Espondilalgia - dor nas vértebras.
Espondilartrite - inflamação das articulações vertebrais.
Espondilite - inflamação de uma ou mais vértebras.
Esposticidade - capacidade de entrar em espasmo.
Esprometria - medida da capacidade respiratório dos pulmões.
Esputo - escarro, material expectorado,pode ser mucótico, mucopurolento,purulento, hemorrá-
gico, espumoso.
Esqueleto - o arcabouço ósseo do corpo.
Esquinência - qualquer doença inflamatória da garganta.
Estado de mal asmático-ataque severo de asma, que dura mais de 24 horas e quase impede a
respiração.
Estado de mal - crises contínuas, uma se emendando na outra.
Estado epilético - uma sucessão de ataques epiléticos graves.
Estado-período, fase.
Estafiledema - edema da úvula.
Estafilete - inflamação da úvula.
Estafilococemia - presença de estafilococos no sangue.

149
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Estafilococos - bactérias em forma de cachos de uva.


Estafiloplastia - cirurgia plástica da úvula.
Estafilorrafia - sutura da úvula.
Estase intestinal - demora excessiva das fezes no intestino.
Estase - estagnação de um líquido anteriormente circulante.
Esteatoma - lipoma, tumor de tecido gorduroso.
Esteatorréia - evacuação de fezes descoradas, contendo muita gordura.
Esteatose - degeneração gordurosa.
Estenose do piloro - estreitamento do piloro.
Estenose - estreitamento.
Estercólito - fecólito, massa dura e compacta de fezes “cibalo”.
Estereognose - reconhecimento de um corpo pelo tato.
Estéril-incapaz de conceber ou de fecundar - em cirurgia livre de qualquer micróbio.
Esterilização - operação pela qual, uma substância ou um objeto passa a não conter nenhum micróbio.
Esterização - anestesia pelo éter
Estermitatório - que provoca espirro.
Esternal - relativo ao osso externo.
Esternalgia - dor no esterno.
Esterno - o osso chato do peito.
Esternutação - espirro.
Estertor - ruído respiratório que não se ouve á auscultação no estado de saúde.Sua existência
indica um estado mórbido.
Estertorosa - respiração ruidosa.
Estetoscópio - aparelho para escuta, ampliando os sons dos órgãos respiratórios ou circulatórios.
Estomacal - estimulante do estômago.
Estômago - a porção dilatada do canal digestivo onde terão alimentos que passam pelo esôfago.
Estomatite - inflamação da boca.
Estomatorragia - hemorragia da boca.
Estrabismo - falta de orientação dos eixos visuais para o objeto, devido a falta de coordenação
dos músculos motores oculares.
Estrangúria - micção dolorosa.
Estreptococo - gênero de bactéria gram-positiva que se apresentam em forma de cadeia ou rosário.
Estrias - cicatrizes na pele do abdômen ou da cocha, pela dilatação das fibras na gestação ou parto.
Estritura - estreitamento de um canal.
Estrófulo - dermatose benigna, comum no recém-nascido.
Estrumite - inflamação da glândula tiróide.
Estupor - inconsciência total ou parcial, mutismo sem perda da percepção sensorial.
Estutor - inconsciência total ou parcial.
Eteromania - embriagues habitual pela inalação de éter.
Etilismo - vício do uso de bebidas alcoólicas, intoxicação crônica pelo álcool etílico.
Etilista - alcoólatra.
Etiologia - estudos das causas da doença.
Etmóide - osso cito no assoalho do crânio ao lado esfenóide.
Euforia - sensação de bem estar.
Eupnéia - respiração normal.
Eupnéia - respira normal
Eutanásia - morte tranqüila, facilitando da morte nos casos incuráveis.é proibida.pela ética mé-
dica e pela lei.

150
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Eutócia - parto natural.


Eutrofobia - boa alimentação.
Evacuante - medicamento que produz evacuações de um órgão, seja purgativo, vômito, diurético ou outro.
Eventração - hérnia do intestino na parede abdominal.
Eventração - saída total ou parcial de vísceras na parede abdominal, mas a pele continua íntegra.
Evisceração - remoção de vísceras.
Evisceração - saída das vísceras de sua situação normal.
Exacerbação - agravação dos sintomas.
Exantema - deflorência cutânea, qualquer erupção cutânea.
Exantema - erupção da pele.
Excisão - corte ou retirada de um órgão ou parte dele.
Excitabilidade - capacidade de reagir a um estímulo.
Excreta - os resíduos eliminados do corpo.
Exftalmia - projeção dos olhos para fora.
Exodontia - extração de dentes.
Exostose - projeção óssea para fora da superfície do corpo.
Expectação - ato de deixar a doença evoluir limitando-se o médico a atenuar os sintomas.
Expectoração - expelir secreção pulmonar “escarro”.
Expectorante - medicamento que promove a expulsão de catarro e mucosidade da traquéia e
brônquios.
Exsudato - substância liquida eliminada patologicamente.
Extirpação - retirada completa.
Extrofobia - reviramento de um órgão para fora.

F
Fadiga - cansaço, esgotamento.
Falo - pênis.
Faringectomia - ablação cirúrgica da faringe.
Faringite - inflamação da faringe.
Faringodímia - dor na faringe.
Faringoplegia - paralisia dos músculos da faringe.
Faringoscópio - instrumento para exame da faringe.
Faringotomia - incisão da faringe.
Fastígio - o ponto máximo da febre.
Fatal - causador de morte, desastroso.
Febre cerebral - meningite.
Febre de feno - manifestação alérgica, com renite e ligeira febre.
Febre entérica - febre tifóide.
Febre eruptiva - qualquer doença febril que se acompanha de erupção na pele.
Febre glandular - mononucleose infecciosa.
Febre intermitente - alternativas de febre e temperatura normal.A malária por exemplo produz
febre intermitente, com intervalos certos.
Febre recorrente - alguns dias com febre, seguidos de outros sem febre e novamente outros
com febre.
Febre remitente - febre que apresenta melhoras ou diminuição, mas sem chegar a desaparecer.
Febrícula - febre pouco elevada e passageira.
Febrífugo - que afasta a febre.

151
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Fecalóide - semelhante ás fezes.


Fêmur - osso da coxa,é o maior osso do corpo.
Fenestrado - com aberturas ou janelas.
Feocromocitoma - tumor das glândulas supra-renais, que produz elevação da pressão arterial.
Ferida cirúrgica - a incisão cirúrgica asséptica.
Ferida incisiva - corte.
Ferida infectada - aquela em que há micróbios.
Ferida lacerada - quando há arrancamento ou laceração dos tecidos.
Ferida perfurada - ferida produzida pela penetração de objeto perfurante.
Ferida séptica - ferida infectada.
Ferida - lesão.
Fétido - mau cheiro.
Feto a termo - feto em condições de nascer, com aproximadamente 280 dias de gestação.
Feto - o produto da concepção a partir do 4º mês de vida intra-uterina.
Fibrilação auricular - fibrilação cardíaca
Fibrilação - tremor muscular, a fibrilação cardíaca é mortal.
Fíbula - outro nome do osso rótula (joelho).
Filático - que protege.
Filaxia - proteção, defesa.
Filiforme - em forma de fio.
Fimatose - tuberculose.
Fimose - estreitamento do orifício do prepúcio, este não pode ser puxado para traz.
Fisiatria - fisioterapia, tratamento por meios físicos.
Fisiologia - estudo das funções do organismo.
Fissura do ânus - pequena fenda ulcerada na mucosa do ânus.
Fissura - fenda.
Fissura - ulceração de mucosa.
Fístula cega - fístula em que uma das extremidades é fechada.
Fistula - canal em forma de tubo e que normalmente não existe no organismo.
Flácido – mole
Flambagem - ato de imergir o objeto em álcool e deitar fogo.
Flato - ar ou gases no intestino.
Flatulência - distensão do intestino pelo acúmulo de fezes e gazes.
Flatulência - distensão dos intestinos por gases.
Flebectomia - extirpação de uma veia.
Flebite - inflamação de uma veia.
Fleborrexe - ruptura de uma veia.
Flebosclerose - esclerose das veias.
Flebotomia - incisão de uma veia, venosecção.
Flegmasia - inflamação.
Flictema - levantamento da epiderme, formando pequenas bolhas.
Flictema - vesícula, pequena bolha cheia de liquido.
Flogístico - inflamatório.
Flogorgênico - que provoca inflamação.
Flogose - inflamação.
Fobia - temor mórbido, sem motivo.

152
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Foco - sede principal de uma doença.


Foliculite - inflamação de folículos.
Folículos - órgão microscópio existente no ovário, e que ao amadurecer forma o óvulo, também
pequeno saco ou cavidade.
Fomentação - aplicação quente e úmida.
Fontanela - ou “moleira”, parte não ossificada dos ossos do crânio em crianças até 10 á 12 meses.
Forame - orifício, abertura.
Fórceps obstétrico - fórceps para aprender o feto e apressar ou facilitar o parto.
Fórceps - pinça.
Fratura cominutiva - fratura em que o osso de divide em mais de dois fragmentos.
Fratura espontânea - fratura óssea por rarefação (osteoporose) ou por outra doença óssea.
Fratura exposta - fratura com ruptura da pele e tecidos.
Fratura - divisão de ossos.
Frenalgia - dor no diafragma.
Frenite - inflamação no diafragma.
Frontal - osso da frente no crânio.
Fulminante - de marcha rápida e fatal.
Fumigação - desinfecção por meio de gases.
Funda - aparelho para manter a hérnia no lugar.
Fungicida - que mata os fungos.
Fungo - cogumelo parasito.
Furúnculo - infecção e inflamação de um folículo piloso.
Furunculose - aparecimento de vários furúnculos.

G
Galactagogo - que estimula a secreção de leite.
Galactocelo - dilatação da glândula mamária em forma de cisto cheio de leite.
Gânglio linfático - é um nódulo ou um aglomerado de tecidos linfóide, dividido em comparti-
mentos por um tecido fibroso.
Gangliomite - inflamação do gânglio.
Gangrena de Raynound - gangrena simétrica das extremidades.
Gangrena - necrose maciça dos tecidos devido á falta de irrigação sanguínea.
Garrote - curativo compressivo para deter hemorragia, faz-se com um torniquete , é preciso
afrouxar a cada hora,para evitar isquemia e gangrena.
Gastralgia - dor de estômago.
Gastrectomia - excisão de parte do estomago em casos de úlcera, câncer...
Gástrico - relativo ao estomago.
Gastrite - inflamação do estomago.
Gastrocele - hérnia do estomago.
Gastrocolotomia - incisão do estomago e do cólon.
Gastrocópio - instrumento para examinar o interior do estomago, mediante a introdução pelo
esôfago de um foco luminoso e um espelho.
Gastrodínia - dor no estomago.
Gastroduodenite - inflamação do estomago e do duodeno.
Gastroenterite - inflamação simultânea do estomago e do intestino.
Gastro-hepatico - relativo ao estomago e ao fígado.
Gastrolgia - dor de estomago.

153
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Gastrólito - presença de cálculo no estomago.


Gastromalácia - amolecimento do estomago.
Gastropatia - qualquer doença ou distúrbio do estomago
Gastropexia - operação para fixação do estomago caído.
Gastroplastia - operação plástica no estomago.
Gastroplegia - paralisia do estomago.
Gastroptose - prolapso do estomago.
Gastrorrafia - sutura do estomago.
Gastrorragia - hemorragia pelo estomago.
Gastrorréia - secreção excessiva pelo estomago.
Gastroscopia - exame do interior do estomago.
Gastrostomia - abertura de uma fístula gástrica.
Gastrosucorréia - excessiva secreção de suco gástrico pelo estomago.
Gastrotaxia - hemorragia no estomago.
Gastrotomia - incisão do estomago.
Geléia de petróleo - vaselina.
Gemioplástia - cirurgia plástica do queixo.
Genal - relativo á bochecha.
Gengivite - inflamação da gengiva.
Geniano - relativo a queixo.
Genitália - os órgãos genitais.
Genoplástia - cirurgia plástica da bochecha.
Geriatria - estudo das doenças dos velhos.
Germe - micróbios.
Germicida - que mata os germes.
Gigantismo - doença causada pelo excesso da função hipófise.
Glândula - órgão que segrega um produto específico.
Glicosúria - presença de açúcar na urina normalmente isto não deve ocorrer.
Glomerulite - inflamação dos glomérulos do rim.
Glossalgia - dor na língua.
Glossite - inflamação da língua.
Glúteo-referente ás nádegas.
Glutural - relativo á garganta.

H
Hálito diabético - hálito adocicado, cheiro de maça estragada.
Halitose - mau hálito.
Hallux - dedo grande do pé.
Hematêmese - vômito com sangue.
Hematêmese - vômitos com sangue.
Hematoma - extravasamento de sangue fora da veia.
Hematúria - presença de sangue na urina.
Hematúria - presença de sangue na urina.
Hemeralopia - cegueira diurna, diminuição da visão á luz do dia.
Hemianalgesia - analgesia de um lado ou de uma metade do corpo.
Hemicolectomia - remoção cirúrgica de metade do cólon.
Hemicrânea - enxaqueca, dor (em metade do crânio).

154
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Hemiparesia - fraqueza muscular em um lado do corpo.


Hemiparesia - fraqueza muscular em um lado do corpo.
Hemiplegia - paralisia de metade do corpo.
Hemiplegia - paralisia dos MMII.
Hemocultura - cultura de sangue através de técnicas laboratoriais.
Hemodiálise - extração de substâncias tóxicas contidas em excesso no sangue mediante difusão
através de uma membrana semipermeável.
Hemofílico - doença congênita na qual a pessoa esta sujeita a hemorragias freqüentes, por de-
ficiência de coagulação.
Hemoftalmia - hemorragia no olho.
Hemoglobina - pigmentos de glóbulos vermelhos, destinados a fixar o oxigênio do ar e levá-los
aos tecidos.
Hemólise - destruição dos glóbulos vermelhos do sangue.
Hemoptise - hemorragia de origem pulmonar,escarro com sangue.
Hemoptise - hemorragia que provém dos órgãos respiratórios e passa pela glote.
Hemorragia - sangramento, escape do sangue dos vasos sanguíneos.
Hemostasia - processo para conter a hemorragia, coagulação do sangue.
Hemotórax - coleção de sangue, na cavidade pleural.
Hemotórax - derrame sanguíneo no interior do tórax.
Hepatalgia - dor no fígado.
Hepatite - inflamação do fígado.
Hepatoesplenomegalia - aumento do volume do fígado e do baço.
Hepatomegalia - aumento do volume do fígado.
Herpes - infecção por um vírus com erupção de pequenas vesículas com base avermelhadas e
causando forte dor.
Heteroinfecção - infecção por germes vindo do exterior.
Heteroplástia - enxerto de tecidos de outras pessoas.
Hidramnio - excesso de líquido amniótico
Hidratado - com água.
Hidrocefalia - aumento anormal da quantidade de líquidos na cavidade craniana.
Hidruxia - urina excessiva e com baixa densidade, quase aquosa.
Hiperalgesia - excesso de sensibilidade á dor.
Hiperalgesia - sensibilidade exagerada á dor.
Hipercalcemia - quantidade excessiva de cálcio no sangue.
Hipercapnia - excesso de gás carbônico no sangue.
Hiperêmese - vômito excessivo.
Hiperemese - vômitos excessivos ou incoercíveis.
Hiperglicemia - excesso de glicose no sangue.
Hiperpirexia - febre alta.
Hiperpirexia - febre muito alta, acima de 40 graus c.
Hiperpnéia - respiração acelerada.
Hiperpnéia - respiração anormal, acelerada, com movimentos respiratórios exagerados.
Hipersônia - sonolência excessiva.
Hipertensão - aumento da pressão arterial.
Hipertricose - excesso de pêlos, ou sua localização anormal.
Hipertrofia - aumento anormal de um órgão ou tecido.
Hipoestesia - diminuição da sensibilidade.

155
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Hipofixia - falta de oxigênio.


Hipotensão - baixa pressão arterial.
Hipotonia - tonicidade muscular diminuída.
Histerectomia - extirpação do útero.
Histeropexia - operação para fixar o útero.
Homolateral - do mesmo lado.

I
I.A.M - infarto agudo do miocárdio.
I.C.A - isquemia coronária aguda.
Icterícia - coloração amarelada da pele e mucosa.
Inapetência - falta de apetite, anorexia.
Indolor - sem dor.
Ingestão - ato de engolir, alimentos ou outras substâncias.
Inguinal - relativo á virilha.
Insônia - falta de sono, impossibilidade de dormir.
Intra - dentro.
Intranasal - dentro da cavidade nasal.
Intra-ósseo - dentro do osso.
Involução - volta, regressão.
Isquemia - insuficiência local de sangue.
Isquialgia - dor no quadril.

J
Jejuno - a segunda porção do intestino delgado.
Jejunostomia - ligação cirúrgica do jejuno ao abdômen, formando uma abertura artificial.
Jugular - referente ao pescoço.

L
Laparoscópio - endoscópio para exame da cavidade abdominal.
Laparotomia - incisão do abdômen
Lienteria - diarréia de fezes líquidas contendo matéria não digerida.
Lipotímia - desmaio ligeiro com perda dos sentidos
Luxação - separação das superfícies óssea de uma articulação.

M
Mácula - mancha rósea da pele sem elevação.
Mácula - mancha rósea na pele, sem elevação.Com elevação é Pápula.
Marca passo - aparelho elétrico (a pilha) que se implanta perto do coração para regular os impulsos
destes, quando o nódulo sinoventricular não funciona normalmente.
Mastalgia - dor no seio.
Meato - abertura.
Melena - fezes escuras e brilhantes, com presenças de sangue.
Melena - hemorragia pelo ânus em forma de borra de café, é o sangue que vem do estômago ou
duodeno e sofreu transformações químicas.
Menarca - primeira menstruação
Menorralgia - hemorragia menstrual.
Metrorragia - sangramento fora do período menstrual.

156
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Míase - presença de larvas de moscas no organismo.


Miastemia - fraqueza muscular.
Micção - ato de urinar.
Micção - expulsão de urina da bexiga pela uretra.
Mictúria - micção freqüente á noite.
Midríase - dilatação da pupila.
Miose - contração da pupila.

N
Náusea - enjôo, vontade de vomitar.
Náuseas - desconforto gástrico com impulsão para vomitar.
Necrose - morte dos tecidos localizados, de uma região do corpo.
Nefro - Prefixo que indica “rim”.
Neo - neoplasia, câncer.
Neurastemia - esgotamento nervoso, depressão, cansaço facial.
Nictalopia - cegueira noturna.
Nictúria - micção freqüente á noite.
Notalgia - dor na região dorsal.

O
Obeso - Indivíduo com índice de massa corpórea a partir de 30.
Obstipação - constipação rebelde, prisão de ventre.
Obstrução - bloqueio de um canal.
Odontalgia - dor de dentes.
Oligomenorréia - menstruação insuficiente.
Oligúria - deficiência de eliminação urinaria “escassez”.
Oligúria - diminuição da quantidade de urina.
Omalgia - dor no ombro.
Ortopnéia - acentuada falta de ar em decúbito dorsal.
Otalgia - dor de ouvido.

P
P - pulso.
PCR - parada cárdio-respiratória.

R
RAA - reumatismo articular agudo.
RCD - recesso costal direito.
RCI - ritmo cardíaco irregular.
RCI - ritmo cardíaco irregular.
RCI - ritmo cardíaco irregular.
RCR - ritmo cardíaco regular.
RCR - ritmo cardíaco regular.
REG - regular estado geral.
REOP - reoperação.
RJ - ritmo juncional.
RM - resvacularização do miocárdio.
RS - ritmo sinusal.

157
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

S
S/RA - sem roncos aparentes.
S/S - sem poros.
S/VM - sem visceromegalias.
SARA - síndrome da angústia respiratória no adulto(edema pulmonar).
SIC - segundo informações colhidas.

T
TA - taquicardia atrial.
TV - taquicardia ventricular.
TVAO - troca da válvula aorta.
TVM - troca de válvula mitral.

V
V - volemia.
VD - ventrículo direito.
VE - ventrículo esquerdo.
VJD - veia jugular direita.
VJE - veia jugular esquerda.
VJE - veia jugular esquerda.
VSCD - veia subclávia direita.
VSCE - veia subclávia esquerda.

PRINCIPAIS ABREVIATURAS UTILIZADAS


amp = ampola
cp ou comp = comprimido
cc, cm3 = centímetro cúbico = ml (mililitro)
EV = endovenosa
fr = frasco
fr amp = frasco ampola
g = grama
gt = gota
h = hora
ID = intradérmica
IM = intramuscular
IV = intravenosa
l = litro
mgt = microgota
mg = miligrama
mcg = micrograma
SC = subcutâneo
s/n = se necessário
SNG = sonda nasogástrica
Sol = solução

158
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

VO = via oral
UI = unidades internacionais
2 x/d = duas vezes ao dia
3 x/d = três vezes ao dia
4 x/d = quatro vezes ao dia
3/3h = de 3 em 3 horas
4/4h = de 4 em 4 horas

Referências Bibliográficas
Perry, Anne Griffin
Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem / Anne Griffin Perry, Patricia
A. Potter, Paul I. Desmarais, - 8. Ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.

Kawamoto, Emilia Emi


Fundamentos de enfermagem / Emilia Emi Kawamoto, Julia Ikeda Fortes ; atualizado por Lucia
Tobase – 3.ed. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2015.

Manual de procedimentos para estágio em Enfermagem/Sandra Regina L.P.T.Silva; Marcelo Tardelli


da Silva. 4 ed. – São Paulo: Martinari, 2013.

Referências de Sites
http://www.andresenalab.com.br/escarro.php
http://saudedoadultoenfermagem.blogspot.com.br
http://classroom.orange.com/pt/oxigenoterapia.html
http://mariacrisgomez.blogspot.com.br/
http://enfermagemcontinuada.blogspot.com.br/2010/10/cateterismo-vesical-de-demora-e.html
http://pt.wikihow.com/Dar-um-Banho-no-Leito
http://www.enfermagemnovidade.com.br/2014/08/posicao-cirurgica-e-os-cuidados-de.html
http://www.sbn.pt/Default.aspx?tabid=247&itemId=6861
http://slideplayer.com.br/slide/3208505/
http://interligadonaatualidade.blogspot.com.br/2011/04/medidas-de-conforto.html
http://www.cuidarebemestar.com.br/prevencao-de-escaras-ulcera-de-pressao/
http://www.saladeayurveda.com
http://revistacrescer.globo.com/Crescer/0,19125,EFC1061027-2215,00.html
http://www.progastrojoinville.com.br/enciclopedia/cuidados_com_gastrostomia
https://www.slideshare.net/uas/login
http://www.soenfermagem.net/tecnicas/cateterismo.html
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABdToAA/sonda-vesical-trabalho-final
http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br/2016/02/como-funciona-o-dreno-de-torax.html
http://leonildonet.blogspot.com.br/2013/08/controle-de-irrigacao-vesical.html
http://slideplayer.com.br/slide/375297/
https://www.tuasaude.com/tudo-sobre-o-dreno-depois-da-cirurgia/

159
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br/2016/02/como-funciona-o-dreno-de-torax.html
http://www.sbh.org.br/geral/oque-e-hipertensao.asp
http://www.masternursing.com.br/coleta-de-exames-laboratoriais/
http://www.laboratoriolaborclin.com.br/coleta.html
http://lenitadepaula.blogspot.com.br;
http://produto.mercadolivre.com.br
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/

160
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

Sobre o CEJAM
O Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” - CEJAM, pessoa jurídica de direito privado,
é uma entidade sem fins lucrativos, com duração por prazo indeterminado e regida por estatuto
próprio, legislação pertinente e sem qualquer vinculação política ou religiosa. Foi criado em 20 de
Maio de 1991 por um grupo de médicos, advogados e profissionais de saúde do Centro de Refe-
rencia da Saúde da Mulher e de Nutrição Alimentação e Desenvolvimento Infantil - CRSMINADI,
Hospital Perola Byington, para dar apoio àquela Instituição.
Sua denominação deu-se em homenagem ao Dr. João Amorim, médico Obstetra, um dos seus
fundadores e o 1.º Diretor Clínico do Hospital Perola Byington e com ampla experiência na admi-
nistração em saúde.
Nos seus primeiros dez anos de existência, o CEJAM concentrou suas ações na Atenção Integral
à Saúde da Mulher, (coordenado pelo Prof.º José Aristodemo Pinotti e sua equipe), graças a um
convênio com a Secretaria de Estado da Saúde, encerrado em 2001.
Com o desligamento da maioria da referida equipe, o CEJAM passou a dedicar-se a três áreas
sendo: Saúde, Educação e Responsabilidade Social. Começando pelo Programa Saúde da Família
- PSF no Jardim Ângela, a seguir pela Escola de Saúde, instalada na Rua Humaitá n.º 349, quase
concomitantemente iniciamos o Social pelos Programas “Dr. Conforto” e “Deficiente Saudável”,
visando o apoio psicossocial e a inclusão aos mais carentes.
A fim de garantir a integração dessas áreas e a transparência de suas atividades, foi desenvolvida
a sua informatização, pelo Portal “www.cejam.org.br”. Nesses últimos 10 anos o CEJAM centrali-
zou seus esforços nessas áreas para tornar-se a grande Instituição que é hoje, com mais de 7.000
colaboradores e estendendo sua dedicação por programas e projetos sociais de outros municípios
paulistas e com perspectivas de assumir compromissos em outros Estados e mesmo internacionais.
Com o lema “Prevenir é viver com Qualidade”, atualmente o CEJAM é uma Organização Social,
reconhecida em São Paulo, Mogi das Cruzes, Americana, Arujá e Rio de Janeiro, atuando com con-
tratos de gestão e convênios em São Paulo, Mogi das Cruzes, Arujá, Rio de Janeiro e Embu das Artes,
visando à saúde da família com ênfase na mulher, na criança, no idoso e na pessoa com deficiência.
Graças aos seus compromissos com a comunidade e seu Estatuto, realiza suas ações respeitando
o Sistema Único de Saúde - SUS e busca sempre novos caminhos para aprimorar a qualidade da
assistência oferecida à população mais carente.

Missão
Promover melhoria da qualidade de vida das pessoas ofertando ações de saúde, educação e
responsabilidade social.

Visão
Ser reconhecido como instituição de excelência na gestão de saúde, educação e responsabilidade social.

Valores
• Ética
• Transparência
• Cidadania
• Valorização das Pessoas
• Qualidade na Gestão
• Inovação
• Responsabilidade Social

Lema
“Prevenir é Viver com Qualidade”

161
Programa de Atenção à Saúde Recebe Título de Utilidade Nasce o Programa
Fundação do CEJAM da Saúde da Mulher, implantado Pública Municipal, Estadual de voluntariado “Dr. Conforto” Firmada a parceria
para apoiar o CRSMNADI na UBS Jardim Souza com e Federal, Certificado e o AMA - Programa de Atendimento com a Secretaria Municipal
Hospital Pérola Byington. a primeira equipe de agentes Criação de Posto de Entidade de Fins Filantrópicos Móvel Avançado Saúde da Mulher. de Saúde para a implantação
Convênio com a Fundanção comunitários de saúde nas visitas de Atendimento pelo Conselho Nacional Lançado o site: do PSF, Nasce o Programa
Adib Jatene. domiciliares. no Jardim Pantanal. de Assistência Social - CEBAS. www.saudeprev.com.br Deficiente Saudável.

1991 1994 1996 1998 2000 2002


1992
Assume seu 1º convênio
1995
Atendimento à saúde da
1997
Ampliação do PAISM
1999
Recebe Título da Cota
2001
Recebe convite da
2003
Recebe Certificado do Conselho
com a Secretaria de Estado mulher feito pelas Unidades para atendimento 24 horas. Patronal pelo INSS. SecretariaMunicipal de Saúde Municipal de Assistência Social.
da Saúde para a cooperação Móveis do PAISM em áreas de São Paulo para a implantação O PAISM - Programa de Atenção
técnica e execução do Centro de vulnerabilidade social. do Programa Saúde da Família Integral à Saúde da Mulher
de Referência à Saúde da Mulher (PSF) no Jardim Ângela. ganha uma versão para internet
e de Nutrição, Alimentação (PAISM- Virtual).
e Desenvolvimento Infantil
(CRSMNADI).

CM

MY
Em Março de 2009 o CEJAM
Fundamentos e técnicas básicas da enfermagem

CY

CMY

assinou o contrato de parceria Inaugura, na Ilha do Governador


com a Secretaria Municipalde Saúde RJ, o Hospital Municipal Evandro
para o Programa Mãe Paulistana, Freire e, em anexo, mais uma
que oferece assistência integral Coordenação de Emergência
à gestante e recém-nascidos. Nova sede administrativa, Regional - CER. CEJAM assume o gerenciamento
Inaugurada a Escola Em Julho de 2009 o CEJAM, no bairro da Liberdade, Entrega à população do Jardim das Unidades de Saúde do distrito
de Saúde CEJAM. Por meio de um Assina Contrato de Gestão em parceria com a Prefeitura em São Paulo. Ângela, três novos serviços: do Capão Redondo.
convênio com a Secretaria Municipal para o desenvolvimento Municipal de Embu das Artes, É qualificado como Organização a UBS Integral Vera Cruz UBS Vila Calu e AMA E Jd. São Luiz
de Saúde é inauguradaa 1ª AMA de de ações e serviços de saúde inaugurou o Serviço de Atendimento Social no Município e os Hospitais Dia Rede Hora Certa conquistam selo de acreditação
São Paulo, a UARS - Jardim Ângela. na Microrregião M’ Boi Mirim - SP. Domiciliar em Saúde. de Arujá e no Rio de Janeiro. M’ Boi Mirim I e II. ONA Nível I.

2005 2007 2009 2011 2013 2015


2004
Parceria com a Prefeitura
2006
Qualificado como Organização
2008
Assina Contrato de Gestão
2010
Início do funcionamento
2012
Implantação do ambulatório
2014
Em parceria com o Hospital
2016
O CEJAM comemora 25 anos.
de Embu das Artes para Social no Município de São Paulo. para a operacionalização do Centro de Reabilitação do PAISM - Programa de Atenção Israelita Albert Einstein, inaugura
a implantação do PSF. O Jardim Ângela torna-se do Hospital Municipal Dr. Moysés do Jardim Herculano. Integral à Saúde da Mulher, em sua o Laboratório Municipal de Exames
O CEJAM passa a fazer parte a 1ª região com 100% Deutsch M’ Boi Mirim, em parceria Assina contrato de gestão com sede administrativa. e Diagnósticos em Mogi das Cruzes.
do Projeto Viva Leite. de cobertura de PSF. com o Hospital Israelita Albert Einstein. a cidade de Mogi das Cruzes. Início dos cursos de Pós-Graduação Lato
Sua maternidade é batizada Sensu na Escola de Saúde.
com o nome do Patrono do CEJAM, Inaugura a 1ª Coordenação Regional
Dr. João Amorim. de Emergência - CER, no Rio de Janeiro.
Inaugurada a 1ª AMA Especialidades Assina contrato de gestão em Arujá.
de São Paulo, no Capão Redondo. Inaugura a UNICA - Unidade Clínica
Ambulatorial, em Mogi das Cruzes.
Inauguração de um serviço próprio
de ressonância magnética,

162
em Mogi das Cruzes. CEJAM
CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS
“DR. JOÃO AMORIM”

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