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Bianca 001201708779
Laura 001201903653
Manoel 001201914372
Paula 001201904076
Transição de gênero é o processo pelo qual uma pessoa passa para adequar sua apresentação
de gênero à sua identidade de gênero. Ela ocorre de maneira médica, podendo recorrer a
tratamentos hormonais, cirúrgicos, fonoaudiológicos, entre outros, para paulatinamente
transformar suas características primárias e secundárias nas do gênero desejado; e também de
maneira social e civil, com mudança de nome, novo tratamento social de gênero por conhecidos
e familiares e acompanhamento psicológico.
O termo trans é utilizado para se referir a uma pessoa que não se identifica com o gênero ao
qual foi designado em seu nascimento. Quando nascemos, nossos gêneros são determinados
pelo nosso sexo. Assim, uma pessoa que nasce com um pênis é considerada como um homem
e uma pessoa que nasce com uma vagina, como uma mulher. Contudo, algumas pessoas
percebem que se identificam com outro gênero e passam a viver como assim desejam e se
sentem melhor consigo mesmas.
Travesti é uma pessoa que foi designada homem no seu nascimento, mas se entende como uma
figura feminina. Durante muito tempo, o termo era considerado pejorativo ou associado à
prostituição. Contudo, atualmente o conceito vem sendo ressignificado e passou a ter mais peso
político. Há pessoas que afirmam com orgulho que são travestis devido à história do termo.
Há algumas pessoas que diferenciam os termos com base em cirurgias que as pessoas realizam
em seus corpos. Porém, é tecnicamente difícil apontar as diferenças entre esses conceitos. Pelo
fato das identidades se basearem na ideia de autoidentificação, o melhor caminho é entender
como a pessoa se vê e respeitar isso. Contudo, vale a pena mencionar que os termos trans,
transgênero e transexual podem ser utilizados tanto para identidades masculinas, quanto
femininas. Já o termo travesti é utilizado apenas pessoas trans com identidades femininas. Desse
modo, o artigo e os pronomes corretos são A travesti e ELA.
Importância da discussão
Discutir sobre o tema e questões de gênero é fundamental porque se trata de uma questão de
direitos humanos e justiça social. As pessoas transgênero enfrentam muitas formas de
discriminação e violência em todo o mundo, incluindo a exclusão social, a falta de acesso a
cuidados de saúde adequados, o bullying e o assédio, a discriminação no local de trabalho e a
violência física. Ao falar sobre essas questões, podemos ajudar a educar as pessoas e a criar uma
sociedade mais inclusiva e justa.
Brasil é conhecido por ser o país que mais mata pessoas trans no mundo. De acordo com a
Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), foram registrados 131 assassinatos de
pessoas trans no Brasil em 2022 --- 72% dos acusados de comerem esses assassinatos não
possuíam nenhum vínculo, nenhuma ligação com essas vítimas.
Dossiê levantado pelo antra a média de vida de uma pessoa trans no brasil não ultrapassa 29
anos.
A violência contra pessoas trans não se restringe apenas a assassinatos, mas também inclui
outros tipos de violência, como agressões físicas e verbais, bullying, exclusão social e falta de
acesso a serviços básicos. Essa realidade é agravada pelo fato de que muitas pessoas trans são
expulsas de suas casas e acabam vivendo em situação de rua, o que aumenta ainda mais sua
vulnerabilidade.
É importante ressaltar que a garantia dos direitos das pessoas trans é uma questão de justiça
social e direitos humanos. Todos devem ter o direito de viver com dignidade e sem
discriminação, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual. É
necessário promover ações que combatam a discriminação e a violência contra pessoas trans e
garantam o acesso a serviços básicos de saúde e educação, bem como o direito ao trabalho e à
moradia digna. Além disso, é fundamental que haja políticas públicas efetivas para garantir a
segurança e proteção das pessoas trans e punir os responsáveis pelos crimes cometidos contra
elas.
Avaliação Psicológica
No ano de 2008, o SUS realizou o Processo Transexualizador, de forma gratuita, o qual oferece
a avaliação psicológica, o tratamento hormonal e a cirurgia de adequação do corpo biológico à
identidade de gênero e social, além do acolhimento e uso do nome social, garantindo assim o
atendimento integral de saúde a pessoas trans. A(O) Psicóloga(o) faz parte da equipe
multidisciplinar que irá fazer o atendimento psicológico da(o) paciente neste processo,
acompanhando desde o início do acolhimento até o período pós-operatório, caso o indivíduo
opte pela intervenção cirúrgica.
De maneira geral, a PBE em saúde é uma maneira de abordar a prática do profissional em que
a tomada de decisão é realizada com base em três pilares fundamentais: a expertise do
profissional, os valores do paciente ou cliente, e a melhor evidência científica disponível.
A expertise profissional é a sua competência clínica. Envolve sua formação como profissional
atrelada a sua experiência prática no contexto de trabalho. No Brasil, a formação do psicólogo
é generalista, buscando capacitar para uma ampla gama de possibilidades de atuação. Porém,
há uma grande demanda e mercado para a atuação na área clínica que é apenas parcialmente
compreendida dentro do curso, gerando uma busca por outros cursos de formação e pós-
graduação. Além disso, estágios supervisionados na graduação e na pós irão complementar as
competências de conhecimento teórico com competências práticas do psicólogo clínico.
A busca pela melhor evidência científica disponível talvez seja o aspecto menos enfatizado na
formação do profissional da saúde e talvez o mais importante. Não é uma atividade trivial, pois
envolve uma série de conhecimentos, como buscar e encontrar estudos na literatura científica,
compreender as diferentes metodologias de pesquisa em clínica e avaliar criticamente a
qualidade das evidências encontradas.
REFERÊNCIAS
http://dx.doi.org/10.1037/0003-066X.61.4.271
Como é feita uma transição de gênero na prática? g1 explica. (2023, February 4). G1.
https://g1.globo.com/g1-explica/noticia/2023/02/04/como-e-feita-uma-transicao-de-
genero-na-pratica-g1-explica.ghtml