O documento discute a importância de considerar o gênero nas intervenções em saúde mental. Relata a experiência de um grupo para homens em um centro de atenção psicossocial para dependentes de álcool e outras drogas no Distrito Federal. O grupo abordou temas como a relação entre masculinidade e uso de substâncias, sexualidade e cuidados de saúde. Permitiu discutir demandas não expressas antes e identificar necessidades específicas dos usuários.
O documento discute a importância de considerar o gênero nas intervenções em saúde mental. Relata a experiência de um grupo para homens em um centro de atenção psicossocial para dependentes de álcool e outras drogas no Distrito Federal. O grupo abordou temas como a relação entre masculinidade e uso de substâncias, sexualidade e cuidados de saúde. Permitiu discutir demandas não expressas antes e identificar necessidades específicas dos usuários.
O documento discute a importância de considerar o gênero nas intervenções em saúde mental. Relata a experiência de um grupo para homens em um centro de atenção psicossocial para dependentes de álcool e outras drogas no Distrito Federal. O grupo abordou temas como a relação entre masculinidade e uso de substâncias, sexualidade e cuidados de saúde. Permitiu discutir demandas não expressas antes e identificar necessidades específicas dos usuários.
Masculinidades em Perspectiva: atravessamentos de gênero na prática em saúde mental
Eduardo Borges do Carmo, Psicólogo Profissional de Saúde Residente, Escola Superior de
Ciências da Saúde.
No modelo biopsicossocial a compreensão de saúde mental, evidencia a importância de
categorias como gênero para as intervenções tendo em vista que o modo como se dá o sofrimento de homens e mulheres ocorre de modo distinto, isto porque que os “motivadores” do adoecimento são diferentes. No campo das políticas públicas de saúde mental, ao analisar o perfil dos usuários dos serviços de saúde mental, especificamente os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em suas diferentes configurações, se verifica um diferença significativa quanto ao acesso dos usuários considerando o gênero. Em sua maioria, os CAPS voltados para o atendimento de pessoas com necessidades em decorrência do uso de álcool e outras drogas tem como público mais de 80% homens em diferentes estados brasileiros Partindo disso, o presente trabalho tem como objetivo relatar experiência de intervenção em grupo para homens em um CAPS AD III do Distrito Federal. O grupo acontecia semanalmente, com duração de 1:30h, em formato de roda de conversa. As discussões eram conduzidas por um psicólogo e um enfermeiro. Os materiais utilizados eram diversificados, sendo um quadro branco e pinceis, vídeos e música e perguntas disparadoras. A escolha dos temas era feita pelos profissionais com base nas demandas que os usuários verbalizavam ou eram identificadas pelos profissionais. O grupo era realizado apenas por profissionais homens com o intuito de criar espaço que permitisse que os pacientes ficassem a vontade para discutir temas específicos, isso foi proposto a partir da experiência no serviço e do relato de vários pacientes de que não sentiam-se a vontade de falar sobre assuntos como sexo com profissionais mulheres. A estrutura básica do grupo consistia em: rodada de apresentação dos participantes e profissionais; apresentação do tema proposto para o dia; discussão do tema; avaliação do grupo e sugestão de temas para os encontros seguintes. Os dados que serão apresentados referem-se à 6 encontros do grupo, realizados entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019. A média de participantes foi de 10,3, os temas trabalhados foram: relação entre masculinidade e uso de substâncias psicoativas; mapa de cuidado; sexualidade e comportamento de risco; próstata; impotência sexual. Como resultados, pode-se salientar que a abertura de espaço de diálogo de demandas latentes como a relação entre uso de medicações e implicações sexuais como impotência; diálogo aberto sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis e apresentação de métodos de prevenção, antes não conhecidos pelos pacientes, bem como possibilidades de discutir preconceitos sobre orientação sexual, 2
identidade de gênero e sorologia; identificação e discussão de planejamento de cuidado,
identificando quais serviços os usuários acessam e permitindo assim levar tais dados para discussões de equipe; identifica-se também o perfil de acompanhamento dos usuários que a maioria de participantes, média de 48%, estava em Acolhimento Integral no CAPS AD, que consistem em acolhimento 24h em enfermaria. Evidencia-se assim que intervenções que consideram gênero apresentam potencial para criar espaços ricos de discussão e identificação de demandas específicas, além de pensar o adoecimento considerando aspectos sociais relevantes e que atravessam as vivencias e adoecimentos individuais.
Internação Compulsória e biopolítica: o direito fundamental à liberdade e autonomia à luz do pensamento de Michel Foucault e a política de drogas brasileira
O dependente químico de crack e a compreensão do tratamento em uma unidade de acolhimento mantida pelo SUS: um relato de experiência sobre a ressignificação do sujeito dependente químico do crack