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Transexualidade

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Parte da série sobre a

Transgeneridade

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 Nota: Não confundir com Transgeneridade, nem com Travestilidade.
Transexualidade refere-se à condição do indivíduo cuja a identidade de
gênero diverge do gênero ligado ao sexo físico biológico lhe atribuído ao
nascimento. Uma pessoa transexual pode realizar processos que melhorem o
bem-estar pessoal da pessoa enquanto transexual, através da forma como se
apresenta e de intervenções no corpo com o intuito de alterar as características
sexuais secundárias e fenótipos das características sexuais primárias.[1]
O processo de transição de gênero envolve aspectos comportamentais, de
vestimenta ou vestuário e biológicos anatômicos ligados ao dimorfismo
sexual na espécie humana, como a administração de hormônios, cirurgias
plásticas e/ou cirurgia de redesignação sexual,[2][3] sendo o último menos
acessível financeiramente.
A transexualidade atualmente é tida como uma variação esperada da
diferenciação biológica entre os sexos.
Pessoas transexuais podem passar pela disforia de gênero, que apresenta-se
não só como a aversão por características primárias e secundárias sexuais,
mas também pelo desenvolvimento de apatia, ansiedade, depressão, e outros
transtornos desenvolvidos pela angústia do indivíduo de viver em desacordo
com sua identidade de gênero, sendo diferente do transtorno dismórfico
corporal.
A França, onde a transexualidade deixou de ser considerada como transtorno
mental em 2010, foi o primeiro país a tomar esta decisão. [4] Em 2018,
a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a transexualidade da lista de
transtornos mentais, porém, continua na Classificação Estatística Internacional
de Doenças (CID), mas em uma nova categoria, denominada "saúde sexual". [5]
O gênero não-binário é comumente incluído dentro do termo guarda-chuva da
transexualidade, havendo muitas pessoas não-binárias que são trans. [6]

Definições[editar | editar código-fonte]
Se entende como transexual o indivíduo que não apresenta a disforia de
gênero em função de outro transtorno, tal como esquizofrenia, nem está
associado a qualquer condição intersexual, genética ou do cromossomo
sexual,[7] e quando há persistência do transtorno durante um longo período de
tempo, que a OMS quantifica como no mínimo de dois anos. Segundo a
mesma, só pode ser considerado como transexual aquele que demonstra
angústia e aversão ao seu sexo biológico, buscando tratamento médico para
congruir seu corpo ao sexo pretendido.[2][3][7]
Alguns consideram que as mudanças provocadas por tratamento hormonal,
sem alterações cirúrgicas, são suficientes para qualificar o uso do termo
transexual, ideia essa baseada em alterações físicas ligadas ao dimorfismo
sexual. Outros, especialmente agentes de saúde, acreditam que existe um
conjunto de procedimentos, que engloba psicoterapia, hormonoterapia e
cirurgia que devem ser seguidos de acordo cada caso e não de forma
padronizada para todos[carece  de fontes].
O público em geral muitas vezes define "transexual” como alguém que fez ou
planeja fazer uma cirurgia de "mudança de sexo". Uma definição mais simples,
utilizada por alguns autores, considera como transexual alguém que se
identifica com o gênero oposto.[8] O termo corrente para definir mudanças de
características sexuais é Cirurgia de Reatribuição Sexual - CRS (Sex
Reassignment Surgery - SRS, em inglês), um termo que reflete a ideia de que
as pessoas transexuais não estão “mudando de sexo”, mas corrigindo seus
corpos. Entretanto, tem sido comumente aceito que o desejo de pertencer ao
gênero oposto, ou a afirmação de que determinada pessoa é do gênero oposto
ao gênero designado no nascimento, já é condição suficiente para alguém ser
transexual. Em contraste, algumas pessoas transgêneros muitas vezes não se
identificam como sendo ou querendo pertencer ao gênero oposto, mas como
sendo ou querendo ser do gênero oposto.
Transexualidade (também conhecida como neurodiscordância de gênero) é um
termo entre os comportamentos ou estados que abrigam o termo transgênero.
Transgênero é considerado um termo guarda-chuva para pessoas que fogem
dos papéis sociais de gênero. Entretanto muitas pessoas da comunidade
transexual não se identificam como transgênero. Alguns vêem transgênero
como descaracterização e não reconhecimento de suas identidades porque,
para estes, o termo significa uma "quebra de papéis sociais de gênero",
quando de fato vêem a si mesmos como pertencendo ao sexo diferente do que
lhes foi designado no nascimento.
Pessoas transexuais são muitas vezes definidas como pertencentes à
comunidade LGBTQ+ ou queer e alguns se identificam dentro da comunidade;
outros não, ou preferem não usar o termo. Deve ser ressaltado que a
transexualidade não está associada ou é dependente da orientação
sexual. Mulheres e homens transexuais exibem uma gama de orientações
sexuais, da mesma forma que os cissexuais (não-transexuais). Eles sempre
usam termos para sua orientação sexual que estejam relacionados com
o gênero final. Por exemplo, alguém designado como do gênero masculino no
nascimento, mas que se identifica a si como uma mulher e que é atraída tão
somente por homens, irá identificar-se como heterossexual, não como gay; da
mesma forma, alguém que foi designado como do sexo feminino no
nascimento, se identifica como homem e prefere parceiros homens irá se
identificar como gay, não como heterossexual.
Em outra abordagem, velhos textos médicos descrevem, com frequência, a
transexualidade como uma variante da orientação sexual em relação ao sexo
designado e não como uma variante do gênero ou da identidade; em outras
palavras, referem-se a uma transexual MtF (de Homem para Mulher, do
inglês Male-to-Female) que é atraída por homens como "um homossexual
transexual masculino". Atualmente considera-se os termos MtF e FtM como
cientificamente imprecisos e clinicamente insensíveis. Hoje tais pessoas seriam
chamadas, e provavelmente se identificam, como uma mulher trans-
heterossexual (para MtF) e vice-versa para FtM.
Um certo número de pessoas de fora da comunidade transexual mantém o uso
de termos em referência a pessoas transexuais associado com seu sexo de
nascimento (por exemplo, chamando uma mulher transexual como "ele"). Esse
uso é considerado no mínimo uma insensibilidade. Mulheres transexuais, não
confundir com travestis[9] palavra que vem de trans-vestir, que sequer almejam
uma cirurgia de reatribuição de sexo, preferem ser chamadas como "elas" no
convívio social.

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