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"Cis x Trans”

Cisgênero é o indivíduo que se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu. Um exemplo de cisgênero é uma pessoa que
nasceu com genitália feminina e cresceu com características físicas de “mulher”, além disso adotou padrões sociais ligados ao
feminino, comumente expressados em roupas, gestos, tom de voz.
Transgênero é uma pessoa que nasceu com determinado sexo biológico, e não se identifica com o seu corpo. Um exemplo é o
indivíduo que nasceu com genitália masculina, cresceu com as transformações causadas pelos hormônios masculinos, mas sua
identificação é com o físico feminino. Dentro dos transgêneros, estão inclusos os transexuais e as travestis.
O (a) transexual pode ser homem ou mulher que se identifica com o gênero oposto. Muitos transexuais sentem como se tivessem
nascido em um corpo errado. Para adequarem-se ao gênero com o qual se identificam, essas pessoas fazem tratamentos hormonais
para alcançar a aparência desejada, modificar a voz e, com autorização psiquiátrica, realizar a cirurgia de redesignação sexual e
outras intervenções cirúrgicas que forem necessárias.
A travesti nasce em um corpo masculino e identifica-se com a figura feminina. Muitas travestis não passam por cirurgias de
redesignação sexual, mas algumas optam por colocar implantes nos seios. Elas adotam o visual feminino em seu cotidiano.
A diferença entre transexuais e travestis está ligada, principalmente, à forma como encaram seu sexo biológico durante a vida.
Transexuais podem ser homens ou mulheres e são pessoas que se sentem psicologicamente insatisfeitas com a genitália com a qual
nasceram e com os padrões impostos pela sociedade. A maioria das travestis, no entanto, não se sente extremamente
desconfortável com seu órgão sexual, tanto que optam pela permanência do sexo de nascimento, mesmo mudando a aparência
física e o tom de voz.
Identidade de Gênero x Orientação Sexual
Identidade de gênero e orientação sexual são dois aspectos diferentes de todo ser humano. A identidade, como explicada
anteriormente, é a forma como a pessoa identifica-se fisicamente e psicologicamente (cisgênero ou transgênero). A orientação é a
atração sentimental ou sexual que um indivíduo tem por outro(s) (heterossexual, homossexual, bissexual ou assexual).
Heterossexual: pessoa que se atrai apenas por pessoas do sexo oposto.
Homossexual ou homoafetivo: pessoa que se atrai somente por pessoas do mesmo sexo.
Bissexual ou biafetivo: pessoa que se atrai pelo sexo oposto e por pessoas do mesmo sexo.
Assexual: pessoa que não sente atração por nenhum gênero.
Transgêneros são homossexuais?
Não necessariamente. Uma mulher que faz a redesignação para o sexo masculino e, ao adotar o gênero masculino, relaciona-se
com mulheres será considerada heterossexual, já que, socialmente, ela passa a ser “homem”. Esse é o caso do ator Thammy
Miranda, filho da cantora Gretchen. Ele é um transexual com características masculinas e mantém um relacionamento com uma
mulher.
Cisgêneros, por exemplo, também podem ser homossexuais ou bissexuais. Homens e mulheres que se identificam com seu
gênero de nascimento, os cis, podem relacionar-se com pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto ou com os dois. Isso é o que os
define como homossexuais, heterossexuais ou bissexuais.
Uso ele ou ela?
Uma dúvida muito recorrente é quanto ao uso do pronome ao referir-se a transexuais ou travestis, por exemplo. Alguns
transgêneros não se importam com o uso de “a” ou “o”, “ele” ou “ela” para se referirem a eles, mas a maioria incomoda-se com a
incompreensão das pessoas. Por isso, ao ter dúvida, pergunte como a pessoa gostaria de ser tratada.
Via de regra, o tratamento é feito levando em consideração o gênero com o qual a pessoa identifica-se. Para travestis, o mais
apropriado é usar o artigo “a”, já que é uma figura feminina. Para transexuais, depende se o gênero adotado é masculino ou
feminino.
Nomenclatura
No Brasil, o movimento social de representatividade e luta pelos direitos de minorias ligadas à sexualidade é chamado de LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). A nomenclatura foi adotada em 2008 e modificou o termo GLS (Gays, Lésbicas e
Simpatizantes).
A forma de nomear tal movimento muda conforme o país. Alguns locais utilizam LGBTQI (termo em que estão inseridos os termos
queer e intersexual) como forma oficial, assim como há lugares em que o termo assexual está englobado.
Um erro comum entre as pessoas é o uso do sufixo -ismo para falar de homossexuais. “Homossexualismo” é um termo que não
existe desde 1993, ano em que as práticas homoafetivas deixaram de ser consideradas como doença, de acordo com a Classificação
Internacional de Doenças (CID). O correto é usar a palavra homossexualidade, já que o sufixo -dade significa prática ou vivência.
Novos termos podem surgir nos próximos anos para denominar os diferentes tipos de identidades de gênero. Seja qual for o
gênero com o qual uma pessoa identifica-se, o importante é respeitar a individualidade do ser humano."
FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/sexualidade/cisgenero-transgenero.htm

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