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Criança e do
Adolescente
Estatuto da Criança e do Adolescente
Introdução
Objetivo
●●O objetivo é entender que, os direitos humanos convertidos em direito positivo se transformam em
Direitos Fundamentais do Direito da Criança e Adolescente, gerando uma posição privilegiada.
●●Assim necessário se faz observar a importância destas normas destacadas pelo Estado Democrático
de Direito.
Tópicos Abordados
Constituição Federal
A garantia Constitucional possibilita uma tutela ampla ao Direito infanto-juvenil, diante da relevância desses
direitos protegidos pelo Estado Democrático de Direito.
O marco divisor do Direito Infanto-juvenil é o Estatuto da Criança e Adolescente, estabelecendo uma lei
especial. Mas foi a Constituição Federal de 1988, art. 227, que introduziu a DOUTRINA DA PROTEÇÃO
INTEGRAL em substituição a DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR.
A par disso, cabem algumas notas sobre os aspectos constitucionais e os Direitos Fundamentais da
Criança e do Adolescente.
O Direito das Crianças e dos adolescentes são espécies de Direitos particulares de uma categoria de
pessoas, derivado do Direito Social em Sentido Estrito ou Restrito, previsto nos artigos 226 à 229 da
CRFB/88. Nesse sentido dispõe Guilherme Peña de Moraes que:
“Os direitos das Crianças, adolescentes são intrínsecos à categoria de pessoas com idade inferior ou igual
a 18 anos”. (1)
No que tange a interpretação constitucional, as garantias serão firmadas por um rol extensivo de partes,
pois a Constituição empenhou responsabilidade à Todos: Família, Sociedade e Estado.
Assim são todos responsáveis a colocar a salvo de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, bem como assegurar com absoluta prioridade à criança e ao
adolescente, os seguintes direitos: (2)
●●Vida; ●●Cultura;
●●Saúde; ●●Dignidade;
●●Alimentação; ●●Respeito;
●●Educação; ●●Liberdade;
●●Lazer; ●●Convivência Familiar e Comunitária.
●●Profissionalização;
(1) MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. Niterói / RJ : Impetrus, 2008;
(2)LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 12. Ed, São Paulo: Saraiva, 2008. Pág. 757 – 758.
O Direito à Vida e a Saúde é um Direito Fundamental que proíbe qualquer forma que dê fim a Vida
Humana, ou a coloque em risco ou ameace-a. Clique na imagem ao lado e veja o que explica Guilherme
Peña, no que tange à vida humana, ao citar Luis Siches.
“A vida humana é defendida como complexo de propriedade e qualidades graças às quais as pessoas
naturais se mantêm em contínua atividade Funcional, que se desenvolve entre o nascimento e a morte,
embora a ordem jurídica brasileira ponha a salvo os direitos do nascituro desde a concepção, como
também possibilita a reclamação de perdas e danos por ameaça ou lesão a direitos após o falecimento,
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.” (3)
O Direito à vida é protegido desde a concepção, com direitos salvaguardados à gestante, como
exemplo: os Programas Assistências de alimentação; os Programas assistenciais de saúde e auxílio
psicológico, etc (4)
(3) MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. Niterói / RJ: Impetrus, 2008, pág.
504; apud SICHES, Luis Recaséns. Vida Humana. 3ª Ed. México: Porrúa, 1952, p.254;
(4) Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal.
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos
específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema.
§ 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal.
§ 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele necessitem.
§ 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e
pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal.
Saiba Mais
O assunto sobre a transfusão de sangue em pacientes Testemunha de Jeová é polêmico. Mas a Doutrina majoritária
entende que o médico não comete nenhum ilícito quando há risco de vida iminente.
Encontramos decisões que não permitem a transfusão sem a autorização do paciente, diante da capacidade
de consentimento, conforme noticiou o site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, referente ao processo nº
2009.205.025742-5:
“O Juiz André Nicolitt, do Plantão Judiciário, negou o pedido de autorização judicial feito pela Casa de Saúde e
Maternidade Joari para realizar uma transfusão de sangue em um paciente que se recusou a passar pelo
procedimento. O idoso José Ferreira, de 81 anos, é Testemunha de Jeová, religião que não permite que seus
adeptos recebam sangue de outras pessoas. Ele está lúcido e conhece os riscos, mas prefere seguir sua fé, como
comprova uma certidão apresentada por seu advogado.
O paciente tem insuficiência renal, hemorragia digestiva e graves problemas nas artérias.
Sobre a situação do médico que cuida do caso do idoso, o juiz afirmou que “ao proceder à intervenção no intuito de
salvar a vida, o médico age em cumprimento ao seu dever ético profissional. Por outro lado, se não age em respeito
à liberdade do paciente, sua omissão está respaldada pela Constituição”.
Segundo o juiz, a liberdade do idoso deve ser respeitada e, por isso, o Estado não deve intervir. O magistrado entende
que diminuir o sofrimento do idoso é manter viva a sua crença no paraíso. E afirma que mesmo não comungando
das convicções religiosas do paciente, os princípios de justiça e a ordem constitucional conduziram a decisão, ainda
que esbarrando em suas convicções intuitivas, culturais e religiosas. (Fonte: Site do Tribunal de Justiça / RJ )”
Decorrem dos Direitos individuais constitucionais, previstos nos Direitos e garantias fundamentais.
A par disso cabe a Criança e o Adolescente o direito de ir e vir, o direito à liberdade religiosa, o direito de
liberdade à estudar, etc., defeso os casos proibidos em lei.
Importante
Tratar com respeito, está relacionado com a lntegridade física e moral, compreendendo os
direitos à intimidade, privacidade, honra e imagem.
Exemplo
Na falta dos Pais, recorre à família extensa, aos laços de afetividade, sempre vislumbrando o melhor
interesse infanto-juvenil.
Saiba Mais
O Estatuto disponibiliza atendimento em creche e pré-escolar (0 à 6 anos), bem como acesso ensino
fundamental, observado a proximidade com a residência do aluno, conforme dispõe o artigo 56 e seguintes.
Veja o que Valter Ishida dispõe sobre o direito a Cultura, esporte e lazer.
“Tendo em Vista que o direito a Cultura, esporte e lazer é garantia subjetiva da criança e adolescente, deve
o Poder Executivo Municipal implementar programas nesse sentido, logicamente auxiliados pelo Estado
e pela União”. (5)
(5) Ishida, Valter Kenji. Estatuto da Criança e do Adolescente, Doutrina e Jurisprudência, Ed. Atlas,São
Paulo, 6ª Edição, 2005. Pág. 103.
É proibido o trabalho ao menor de 16 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos,
conforme artigo 7º, XXXIII da CRFB / 88. (6)
O conceito de aprendizagem está previsto no artigo 428 da CLT, clique sobre ela e confira!
“Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo
determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de
24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica,
compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e
diligência as tarefas necessárias a essa formação”.
Saiba Mais
Avaliação a Distância
Abaixo você encontra algumas crianças e adolescentes. Você tem uma missão: mantê-las
resguardas em seus direitos conforme especificados no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Para isto, responda as perguntas relacionadas ao direito de convivência familiar e comunitária da
criança e do adolescente.
1 - Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais,somente de forma
conjunta, no próprio termo de nascimento, por testamento,mediante escritura ou outro documento
público, qualquer que seja a origem da filiação.
A - Certo B - Errado
A - Certo B - Errado
Respostas - 1 - A, 2 - B.
Atividade Complementar
A construção de conhecimentos é diária. Não deixe de ler as Jurisprudências que trata sobre o tema desta
Unidade para aprofundar mais no assunto.
Síntese
Os direitos fundamentais estão interligados a pessoa humana de modo permanente. E assim, além destes,
goza a criança e o adolescente do direito subjetivo de desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
social, preservando-se sua liberdade e dignidade.
Bibliografia Recomendada