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do Trabalho I
Unidade 2: Dissidio, individual e coletivo, atos processuais, forma dos atos processuais, prazos cartas,
citações e intimações, o processo: formação, suspensão e extinção, procedimentos, formas das iniciais
trabalhistas, respostas do réu (contestação e arguição de preliminares, exceção, reconvenção), revelia.
Ctrole de Nas
Princípios, ftes, interpretação, integração, autia e eficácia
Cceitos
Bezerra leite: Ramo da ciência jurídica constituído por um sistema de valores principais regras e instituições próprias,
que tem por objetivo por promover a concretização dos direitos sociais fundamentais individuais, coletivos e difusos
dos trabalhadores e a pacificação justa dos conflitos decorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e
de trabalho, bem como regular o funcionamento e a competência dos órgãos que compõem a justiça do trabalho.
Perceba que Bezerra Leite vê como objetivo do processo do trabalho a proteção a direitos sociais fundamentais dos
trabalhadores aliada a busca pela justiça social.
Sérgio P. Martins: Conjunto de princípios, regras e instituições destinada a regular a atividade dos órgãos jurisdicionais
na solução dos dissídios, individuais ou coletivos, sobre relações de trabalho. O conceito de Martins é fundamental e
formal, sem destaque a finalidade constitucionais e/ou sociais dos institutos que compõem o ramo.
É majoritária na doutrina e na jurisprudência a tese de que o direito processual do trabalho é um ramo autônomo do
direito.
Teoria Monista: O direito processual no Brasil é um só, visto que os princípios dos diferentes códigos processuais
Teoria Dualista: O direito processual do trabalho é autonomia e distinto do direito processual civil, porque possui
conjuntos normativos e princípios de sentidos próprios, distinto dos diferentes direitos processuais existentes. Essa é
a teoria aplicada.
Atualmente entende-se que para ser autônomo o ramo deve conter legislações e princípios próprios (teoria dualista). O
processo possui uma legislação codificada e grande, constante principalmente na CLT e me algumas leis esparsas,
especialmente na lei no 5.584/1970.
Ademais o processo do trabalho possui vários princípios que lhe são próprios e diferencial do direito processual civil.
Destaca-se o princípio da proteção, da finalidade social, da busca da verdade real, na normatização coletiva e da
conciliação, enfatizados por Bezerra Leite.
A autonomia do processo do trabalho no Brasil fica ainda mais evidente em razão de duas matérias legislativas:
1) O processo do trabalho possui título próprio na CLT e atribui ao direito processual civil o caráter de subsidiariedade,
com aplicação somente em caso de lacuna no referido título;
2) O próprio CPC de 2015 tem artigo específico dispondo que suas normas só serão aplicáveis ao processo trabalhista
diante da falta de norma especifica do respectivo ramo (art. 15 CPC)
Dessa forma mesmo que existam algumas vozes na doutrina dizendo o contrário é amplamente pacificado na
jurisprudência que o direito processual do trabalho é um ramo do direito totalmente autônomo, distinto do processo
civil, por ter conjuntos normativos e princípios próprios.
Há uma clássica divisão entre as fontes formais e fontes materiais. No processo do trabalho essa divisão é seguida
Considerando-se válida a inserção das fontes matérias ao processo do trabalho, devemos saber que , dentre essas
fontes, incluem-se os fatos socias, políticos, econômicos, culturais, éticos e morais materializados em determinado
momento da história, que incentivaram o legislador ou o poder judiciário a criar/interpretar uma lei em determinado
sentido.
As fontes formais do processo de trabalho, por sua vez, são todos os conjuntos de regras objetivamente
compreensíveis pelas pessoas. Podem ser desde a CF até costumes locais, pois ambos são objetivamente
compreensíveis, sem margens diversas.
O artigo 15 do novo CPC deu ao direito processual civil, expressamente, a possibilidade de ser aplicado ao processo do
trabalho de forma subsidiária e também supletiva. Portanto o CPC não será aplicado somente a lacuna da CLT, mas
também quando as normas da CLT não forem suficientes para tratar dos temas da melhor maneira.
O referido artigo diz o seguinte: “na ausência de normas que regulem processos eleitorais, administrativos ou
trabalhistas, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente”.
APLICAÇÃO SUPLEMENTAR ocorre mesmo que não exista lacuna em outra lei; é autorizada quando não contrariar
princípios e elementos básicos do ramo que receberá a aplicação suplementar.
Exemplo
Aplicação das hipóteses previstas no CPC para a impugnação ao cumprimento de sentença (art. 525,S 1°, CPC) no
caso de oposição de embargos à execução no processo do trabalho, que possui norma própria (ar. 884, § 10, CLT), a
qual é, no entanto, insuficiente para a observância dos fins do processo de execução.
Conclusão: a grande diferença entre a aplicação subsidiária e a aplicação suplementar, é que a subsidiária ocorre diante
de lacuna na lei, e a suplementar ocorre mesmo que não existe lacuna, com a finalidade de acrescentar/aumentar a
normatividade dos institutos jurídicos.
Cuidado; não confunda aplicação suplementar com complementar. A aplicação complementar pode ser assim
considerada tanto em caso de aplicacão subsidiária como em caso de aplicação suplementar pois, em ambos os casos,
está ocorrendo um complemento' da legislação. Portanto, é errado usar o adjetivo "complementar” como sinônimo de
“suplementar”, pois isso causaria uma confusão com a aplicação subsidiária, uma vez que a aplicação subsidiária
também produz um complemento.