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Questões Discursivas – www.questoesdiscursivas.com.br
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Peças que constam nesta obra: contestação, parecer, ação direta de inconstitucionalidade,
ação de obrigação de não fazer, ação de regresso, ação de reintegração de posse, agravo de
instrumento, apelação, embargos de declaração, ação de cobrança/execução fiscal,
impugnação, informações, mandado de segurança, pedido de suspensão de decisão, recurso
extraordinário, recurso ordinário constitucional e renovação do pedido de suspensão de
decisão
2ª edição – www.questoesdiscursivas.com.br
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AUTORES:
BALTAZAR RODRIGUES
Procurador do Estado do Rio de Janeiro - PGE/RJ. Sócio do escritório Fontana, Maurell, Gaio e
Rodrigues Advogados. Mestre em Direito Processual pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro - UERJ. Ex-Diretor Jurídico do Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de
Janeiro (Rioprevidência - 2013/2014). Aprovado nos seguintes concursos: PGE/RJ (15º lugar -
2010); Advogado do BNDES (65º lugar - 2009).
HELDER BRAGA
RODRIGO DUARTE
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APRESENTAÇÃO
É com muita alegria que disponibilizamos esta obra a quem possua interesse em
prestar concursos para a Advocacia Pública. Os cargos possuem provas que demandam um
alto nível de conhecimento. Mas, além dele, também exigem uma boa escrita, já que ela será
uma parte essencial para a aprovação e também para o exercício do cargo.
Pensando nisso e de forma a suprir uma demanda não muito atendida no mercado,
todos os envolvidos neste livro tomaram o cuidado de buscar e responder peças e pareceres
da banca VUNESP como se estivéssemos no momento de realização da prova. Com isso, além
do aprofundamento doutrinário e jurisprudencial, respondemos de uma forma que
permitisse a estruturação adequada do texto, sempre tendo em mente facilitar a obtenção
da pontuação máxima.
Outro ponto importante é que o corpo docente é de excelente qualidade, sendo que
todos possuem vasta experiência na área de concursos públicos. O presente material possui
muitas questões, dos mais variados níveis de complexidade.
Esperamos que este material sirva aos seus propósitos de aprovação em um certame
público muito disputado, de forma que possamos ter em mente que contribuímos para a
concretização do seu sonho.
Bons estudos!
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ÍNDICE
CONTESTAÇÃO
AÇÃO DE REGRESSO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
APELAÇÃO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
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IMPUGNAÇÃO
INFORMAÇÕES
MANDADO DE SEGURANÇA
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
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CONTESTAÇÃO
Em outubro de 2017, Amélia e João tiveram seu primeiro filho, Pedro, que nasceu com uma
doença rara. Em razão da doença, Pedro precisa de transfusões de sangue semanais, além de
diversos remédios importados específicos para o tratamento. O Município de Corona, cidade
onde residem, no Estado de São Paulo, disponibiliza apenas remédios nacionais para o
tratamento da doença. Desde o nascimento de Pedro, Amélia está desempregada e João
recebe, em seu emprego, o valor de um salário-mínimo por mês, o que é insuficiente para o
pagamento do tratamento médico necessário. Em uma das inúmeras idas ao Hospital
Municipal para as transfusões de sangue, Amélia ouviu de um enfermeiro que o Município de
Corona deveria custear o tratamento com os remédios, porque se tratava de obrigação
constitucional da Prefeitura. No início de outubro de 2018, sem nenhum dinheiro para
custear o tratamento, o casal decide procurar um advogado para pedir judicialmente que o
Município custeasse o tratamento do seu filho com os remédios importados pelo período de
um ano, o que custaria aos cofres públicos o valor de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos
mil reais). Cumpre ressaltar que o Município de Corona não possui recursos para custear o
tratamento solicitado. No dia 25 de janeiro de 2019, o advogado protocola, perante a 2ª Vara
da Fazenda Pública da Comarca de Corona, uma petição inicial, na qual Amélia é autora, com
pedido de que a Prefeitura custeie integralmente os valores despendidos para aquisição dos
remédios importados de seu filho, uma vez que os remédios nacionais oferecidos não
possuem a mesma eficácia, alegando ser esta uma obrigação constitucional do Município.
Ainda na petição inicial, a autora apresentou o pedido de tutela de urgência. Ao despachar a
petição inicial, o magistrado informou que o pedido de tutela de urgência seria examinado
após a apresentação da defesa. No dia 11 de março de 2019, a Prefeitura Municipal de
Corona foi citada pessoalmente, por oficial de justiça, para apresentar defesa. No mesmo dia,
o mandado cumprido foi juntado aos autos do processo. Considerando os fatos hipotéticos
narrados, apresente a peça processual cabível para a defesa do Município de Corona no
último dia do prazo, considerando os feriados nacionais dos dias 19 de abril e 1º de maio.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE CORONA
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
Processo nº
SÍNTESE DA DEMANDA
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DA TEMPESTIVIDADE
Assim, dispondo esta parte ré de 30 dias úteis para apresentar sua resposta e
considerando-se que o mandado que propiciou sua citação foi juntado aos autos em
11.03.2019, é inegável que o dia de hoje, 23.04.2019, é o termo final de seu prazo, o que
acarretar na absoluta tempestividade desta contestação.
DA ILEGITIMIDADE ATIVA
Com efeito, a autora narra que deseja ver custeado o tratamento de seu filho, que é
o detentor do direito material em análise. O menor é que deveria figurar como autor da
presente demanda, até porque não é permitido pleitear em nome próprio um direito alheio,
salvo nas raras exceções previstas em lei.
Assim, AMELIA deveria ser mera representante de seu filho, o legítimo autor, e não
simplesmente ter rogado a concessão do direito em seu nome, o que faz não restarem
dúvidas de que o presente processo deve ser extinto sem resolução de mérito, com fulcro no
art. 485, VI, do CPC.
No mérito, a autora alega que o tratamento no exterior é muito mais eficaz e que o
Município deveria custeá-lo, já que ela é hipossuficiente. Contudo, não lhe assiste qualquer
razão.
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adaptado aos remédios fornecidos, bem como que as transfusões de sangue são impossíveis
de lhe serem feitas.
DA RESERVA DO POSSÍVEL
Para além dos argumentos expostos no item anterior, há outro elemento que deve
ser levado em conta no caso ora em análise: a necessidade de se atender à reserva do
possível.
Em primeiro lugar, inexiste fumaça do bom direito, tal como explicitado nas razões
acima. Ademais, o perigo na demora é irrelevante, pois já está sendo fornecido tratamento
com remédios nacionais e eficazes.
Por outro lado, o periculum in mora reverso é muito grande, pois os remédios serão
consumidos e os envolvidos jamais terão condições de ressarcir os cofres públicos, o que
implicará em lesão a toda a coletividade.
CONCLUSÃO
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pede deferimento.
Procurador do Município
Matrícula - OAB
Caio Semprônio é um jornalista político, muito conceituado na cidade “X”, e com frequência
é visto nas sessões legislativas da Câmara Municipal da cidade. Para melhorar a
infraestrutura do local, a Câmara realizou em março de 2012, uma licitação, para realização
da ampliação do corredor central, que é utilizado para dar acesso ao local das sessões
plenárias. Durante a obra, a Câmara alterou o fluxo de usuários, criando um novo corredor
de passagem, para assegurar a segurança e conforto de todos. Ocorre que Caio, em
10.08.2013, mesmo com todas as sinalizações pertinentes, avançou no corredor interditado,
desrespeitando inclusive um dos seguranças, que fazia a guarda do local no momento. Ao se
aproximar do local da sessão legislativa, escorregou, e uma das vigas que faziam a
sustentação do novo teto acabou caindo em sua cabeça, levando a escoriações de ordem
grave. Em razão de todo o infortúnio que passou, Caio Semprônio decidiu, em 05.12.2018,
ingressar com ação de Responsabilidade Civil em face da Câmara Legislativa da cidade, e
também em face do segurança que fazia a guarda no local do acidente. Dentre seus
principais argumentos na petição inicial, Caio argumenta: – que o Estado deve responder de
forma objetiva pelos prejuízos causados, aplicando a teoria do risco integral da
Administração Pública; – que o servidor público estável deveria ser demitido em razão de não
ter garantido a segurança do autor; – que a indenização, objeto do pedido principal do autor,
deve ser paga com a penhora de um dos carros pertencentes à Câmara Legislativa, que
conforme alegações de Caio Semprônio, não está sendo utilizado pela entidade há mais de
02 anos. A Câmara Legislativa foi citada em 10.12.2018 para apresentar defesa ao juízo da 1a
Vara da Fazenda Pública do Município X. Na defesa que será apresentada, o procurador
legislativo da Câmara deverá combater todos os argumentos apresentados pelo autor da
ação inicial, buscando afastar a responsabilidade da Câmara Legislativa, sem criar fatos
novos.
SUGESTÃO DE RESPOSTA:
Processo nº
10