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49 peças processuais e pareceres da banca VUNESP extraídas exclusivamente de concursos


públicos anteriores com sugestão de resposta

Peças dos seguintes concursos: Procurador Municipal, Procurador Estadual, Procurador


Legislativo e Advogado

Peças que constam nesta obra: contestação, parecer, ação direta de inconstitucionalidade,
ação de obrigação de não fazer, ação de regresso, ação de reintegração de posse, agravo de
instrumento, apelação, embargos de declaração, ação de cobrança/execução fiscal,
impugnação, informações, mandado de segurança, pedido de suspensão de decisão, recurso
extraordinário, recurso ordinário constitucional e renovação do pedido de suspensão de
decisão

Respostas atualizadas de acordo com o Novo CPC e Reforma Trabalhista

2ª edição – www.questoesdiscursivas.com.br

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AUTORES:

BALTAZAR RODRIGUES

Procurador do Estado do Rio de Janeiro - PGE/RJ. Sócio do escritório Fontana, Maurell, Gaio e
Rodrigues Advogados. Mestre em Direito Processual pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro - UERJ. Ex-Diretor Jurídico do Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de
Janeiro (Rioprevidência - 2013/2014). Aprovado nos seguintes concursos: PGE/RJ (15º lugar -
2010); Advogado do BNDES (65º lugar - 2009).

HELDER BRAGA

Procurador do Estado de Alagoas - PGE/AL. Ex-Procurador Federal - AGU. Ex-Procurador do


Município de Aracaju (SE). Ex-Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Aprovado e nomeado no concurso de Defensor Público Federal – DPU. Aprovado e nomeado
no concurso de Procurador do Estado de Pernambuco – PGE/PE. Aprovado no concurso de
Procurador de Contas do Estado do Ceara – TCE/CE. Aprovado no concurso de Procurador do
Município de Natal - PGM-Natal/RN. Aprovado no concurso de Analista do Ministério Público
estadual do Ceará – MPE/CE. Aprovado no concurso de Analista do Tribunal Regional
Eleitoral do Rio Grande do Norte – TRE/RN. Mestrado Profissional em Direito e Gestão de
Conflitos. Professor de cursos preparatórios para concursos. Coach de concursos.

RODRIGO DUARTE

Advogado da União. Ex-Oficial de Justiça e Avaliador Federal no TRF da 2ª Região; Ex-Técnico


Administrativo do Ministério Público da União (MPU) e Ex-Técnico de Atividade Judiciária no
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ); Aprovado e nomeado no concurso de Analista
Processual do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPE/RJ).

MIGUEL BLAJCHMAN (Organizador)

Advogado. Fundador do site Questões Discursivas. Ex-Analista de Planejamento e


Orçamento da Secretaria Municipal da Fazenda do Rio de Janeiro (SMF/RJ). Aprovado nos
seguintes concursos: Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro (TCE/RJ). Analista e Técnico do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
(MPE/RJ) e Advogado da Dataprev.

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APRESENTAÇÃO

É com muita alegria que disponibilizamos esta obra a quem possua interesse em
prestar concursos para a Advocacia Pública. Os cargos possuem provas que demandam um
alto nível de conhecimento. Mas, além dele, também exigem uma boa escrita, já que ela será
uma parte essencial para a aprovação e também para o exercício do cargo.

Pensando nisso e de forma a suprir uma demanda não muito atendida no mercado,
todos os envolvidos neste livro tomaram o cuidado de buscar e responder peças e pareceres
da banca VUNESP como se estivéssemos no momento de realização da prova. Com isso, além
do aprofundamento doutrinário e jurisprudencial, respondemos de uma forma que
permitisse a estruturação adequada do texto, sempre tendo em mente facilitar a obtenção
da pontuação máxima.

Muitos ficam extremamente preocupados com as questões objetivas e acabam


deixando as peças e pareceres em segundo plano, o que é um erro muito grave. Afinal, é
desagradável a pessoa acertar várias questões objetivas e, no momento de elaborar a peça
prática/parecer, obter uma nota não muito favorável. Além disso, a confecção de peças e
pareceres contribuirá bastante para o exercício do seu futuro cargo.

Outro ponto importante é que o corpo docente é de excelente qualidade, sendo que
todos possuem vasta experiência na área de concursos públicos. O presente material possui
muitas questões, dos mais variados níveis de complexidade.

A grande quantidade de questões pode até assustar em um primeiro momento, mas


é essencial que a pessoa interessada, além de estudar, faça muitos exercícios. Essa prática
constante certamente será o diferencial para a aprovação e a nomeação. Devemos lembrar
que a diferença entre um aprovado e um não aprovado está na dedicação, persistência e na
realização constante de provas anteriores.

Esperamos que este material sirva aos seus propósitos de aprovação em um certame
público muito disputado, de forma que possamos ter em mente que contribuímos para a
concretização do seu sonho.

Bons estudos!

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ÍNDICE

PEÇAS PROCESSUAIS DE CONCURSOS PÚBLICOS ANTERIORES

CONTESTAÇÃO

 Procurador do Município – PGM-Arujá/SP – 2019 – VUNESP - 7


 Procurador Legislativo – Câmara de Orlândia/SP – 2019 – VUNESP - 10
 Procurador Legislativo - Câmara de Tanabi/SP – 2018 – VUNESP - 13
 Procurador do Município - PGM-Bauru/SP - 2018 – VUNESP - 16
 Advogado - FUNDAÇÃO CASA - 2013 – VUNESP - 19
 Advogado - Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos - 2014 – VUNESP - 22
 Procurador Legislativo – Câmara de São José do Rio Preto/SP - 2015 – VUNESP - 24
 Procurador do Município - PGM-Atibaia/SP - 2005 – VUNESP - 30
 Procurador do Município - PGM-Suzano/SP - 2015 – VUNESP - 35
 Advogado - ITESP - 2013 – VUNESP - 38
 Procurador do Município - PGM – Atibaia/SP – 2014 – VUNESP - 40

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

 Procurador do Município - PGM-Poá/SP - 2013 – VUNESP - 48

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER

 Procurador do Município - PGM-Sorocaba/SP - 2008 – VUNESP - 51

AÇÃO DE REGRESSO

 Procurador Legislativo – Câmara de Olímpia/SP – 2018 – VUNESP - 55

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

 Procurador do Município - PGM-Rosana/SP - 2016 – VUNESP - 58


 Procurador do Município - PGM-Sertãozinho/SP - 2008 – VUNESP - 60

AGRAVO DE INSTRUMENTO

 Procurador Legislativo – Câmara de Sertãozinho /SP – 2019 – VUNESP - 63


 Procurador Legislativo – Câmara de Monte Alto/SP – 2019 – VUNESP - 66
 Procurador do Município - PGM-Presidente Prudente/SP - 2016 – VUNESP - 69
 Procuradoria Legislativa - Câmara de Sertãozinho - 2014 – VUNESP - 73
 Procurador do Município - PGM-Sorocaba/SP - 2012 – VUNESP - 78

APELAÇÃO

 Procurador do Estado - PGE/SP – 2018 – VUNESP - 83


 Procurador Legislativo - Câmara de Mogi das Cruzes-SP - 2017 – VUNESP - 89
 Advogado - SPTrans - 2014 – VUNESP - 93

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

 Procurador Legislativo – Câmara de Poá/SP - 2016 – VUNESP - 96

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AÇÃO DE COBRANÇA/EXECUÇÃO FISCAL

 Procurador Legislativo – Câmara de Orlândia/SP – 2019 – VUNESP - 98

IMPUGNAÇÃO

 Procurador do Município - PGM-São Bernardo do Campo/SP - 2018 – VUNESP - 103

INFORMAÇÕES

 Procurador Legislativo - Câmara de Cotia/SP - 2017 – VUNESP - 107


 Procuradoria Previdenciária - IPRES Barueri - 2017 – VUNESP - 110
 Procurador Legislativo – Câmara de Caieiras/SP – 2015 – VUNESP - 116
 Procurador Legislativo - Marília/SP - 2016 – VUNESP - 118
 Advogado- TJSP - 2013 – VUNESP - 127
 Procurador do Município - PGM-Sorocaba/SP – 2012 – VUNESP - 130
 Procurador Legislativo - Caieiras/SP - 2015 – VUNESP - 133
 Advogado - São Paulo Urbanismo - 2014 – VUNESP - 135
 Advogado - SPTrans - 2014 - VUNESP - 139

MANDADO DE SEGURANÇA

 Procurador Legislativo – Câmara de Ilha Solteira/SP – 2018 – VUNESP - 143

PEDIDO DE SUSPENSÃO DE DECISÃO

 Procurador do Município - PGM-Porto Ferreira/SP - 2017 – VUNESP - 147

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

 Procuradoria do Município - PGM-São José do Rio Preto/SP – 2014 - 150

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

 Procurador Legislativo – Câmara de Bragança Paulista/SP - 2013 – VUNESP - 154

RENOVAÇÃO DO PEDIDO DE SUSPENSÃO DE DECISÃO

 Procurador do Município - PGM-São Paulo/SP - 2014 – VUNESP - 158

COMO ELABORAR UM PARECER - 161

PARECERES DE CONCURSOS PÚBLICOS ANTERIORES

 Procurador Legislativo - Câmara de Mogi das Cruzes/SP - 2017 – VUNESP - 167


 Procurador Municipal - PGM-Sertãozinho/SP - 2017 – VUNESP – 169
 Procurador da UNICAMP - 2014 – VUNESP - 173
 Procurador do Município - PGM-Osasco/SP – 2017 – VUNESP - 175
 Procurador Legislativo – Câmara de Pradópolis/SP - 2016 – VUNESP-176
 Procurador Legislativo – Câmara de Registro/SP - 2016 – VUNESP - 180
 Procurador do Município - PGM-Arujá/SP – 2015 – VUNESP - 183
 Procurador Legislativo – Câmara de Serrana/SP – 2019 – VUNESP - 185

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CONTESTAÇÃO

Procurador do Município – PGM-Arujá/SP – 2019 – VUNESP

Em outubro de 2017, Amélia e João tiveram seu primeiro filho, Pedro, que nasceu com uma
doença rara. Em razão da doença, Pedro precisa de transfusões de sangue semanais, além de
diversos remédios importados específicos para o tratamento. O Município de Corona, cidade
onde residem, no Estado de São Paulo, disponibiliza apenas remédios nacionais para o
tratamento da doença. Desde o nascimento de Pedro, Amélia está desempregada e João
recebe, em seu emprego, o valor de um salário-mínimo por mês, o que é insuficiente para o
pagamento do tratamento médico necessário. Em uma das inúmeras idas ao Hospital
Municipal para as transfusões de sangue, Amélia ouviu de um enfermeiro que o Município de
Corona deveria custear o tratamento com os remédios, porque se tratava de obrigação
constitucional da Prefeitura. No início de outubro de 2018, sem nenhum dinheiro para
custear o tratamento, o casal decide procurar um advogado para pedir judicialmente que o
Município custeasse o tratamento do seu filho com os remédios importados pelo período de
um ano, o que custaria aos cofres públicos o valor de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos
mil reais). Cumpre ressaltar que o Município de Corona não possui recursos para custear o
tratamento solicitado. No dia 25 de janeiro de 2019, o advogado protocola, perante a 2ª Vara
da Fazenda Pública da Comarca de Corona, uma petição inicial, na qual Amélia é autora, com
pedido de que a Prefeitura custeie integralmente os valores despendidos para aquisição dos
remédios importados de seu filho, uma vez que os remédios nacionais oferecidos não
possuem a mesma eficácia, alegando ser esta uma obrigação constitucional do Município.
Ainda na petição inicial, a autora apresentou o pedido de tutela de urgência. Ao despachar a
petição inicial, o magistrado informou que o pedido de tutela de urgência seria examinado
após a apresentação da defesa. No dia 11 de março de 2019, a Prefeitura Municipal de
Corona foi citada pessoalmente, por oficial de justiça, para apresentar defesa. No mesmo dia,
o mandado cumprido foi juntado aos autos do processo. Considerando os fatos hipotéticos
narrados, apresente a peça processual cabível para a defesa do Município de Corona no
último dia do prazo, considerando os feriados nacionais dos dias 19 de abril e 1º de maio.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:

EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE CORONA
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

Processo nº

O MUNICÍPIO DE CORONA, por meio da Procuradoria que o representa (art. 182 do


CPC), nos autos do processo em epígrafe, no qual litiga com AMÉLIA, vem, com fulcro no art.
335 do CPC, apresentar sua CONTESTAÇÃO, consoante as razões de fato e direito adiante
aduzidas.

SÍNTESE DA DEMANDA

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Trata-se de demanda pela qual a parte autora pleiteia o fornecimento de remédios


importado para o tratamento de seu filho, durante um ano. Alega que os medicamentos
fornecidos pela Prefeitura não apresentam a mesma eficácia, devendo ser substituídos por
tratamento que não apresenta condições financeiras de pagar, por girar em torno de 1
milhão de reais. Entretanto, como se passa a demonstrar, o pleito deve ser julgado
improcedente.

DA TEMPESTIVIDADE

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a presente resposta é absolutamente


tempestiva. Com efeito, não se pode olvidar que a Fazenda Pública dispõe de prazo em
dobro para se manifestar nos autos (art. 183 do CPC), bem como que o prazo para contestar
previsto no Código de Processo Civil é de 15 dias úteis (art. 335) a contar da juntada do
mandado (art. 335, III, c/c art. 231, ambos do CPC).

Assim, dispondo esta parte ré de 30 dias úteis para apresentar sua resposta e
considerando-se que o mandado que propiciou sua citação foi juntado aos autos em
11.03.2019, é inegável que o dia de hoje, 23.04.2019, é o termo final de seu prazo, o que
acarretar na absoluta tempestividade desta contestação.

DA ILEGITIMIDADE ATIVA

Em sede preliminar, o processo em comento não pode ir adiante por conta da


absoluta impossibilidade de a parte autora perseguir o direito ora pleiteado.

Com efeito, a autora narra que deseja ver custeado o tratamento de seu filho, que é
o detentor do direito material em análise. O menor é que deveria figurar como autor da
presente demanda, até porque não é permitido pleitear em nome próprio um direito alheio,
salvo nas raras exceções previstas em lei.

Assim, AMELIA deveria ser mera representante de seu filho, o legítimo autor, e não
simplesmente ter rogado a concessão do direito em seu nome, o que faz não restarem
dúvidas de que o presente processo deve ser extinto sem resolução de mérito, com fulcro no
art. 485, VI, do CPC.

DA IMPOSSIBILIDADE DE CUSTEIO DE TRATAMENTO IMPORTADO COM EQUIVALENTE


NACIONAL (E MAIS BARATO)

No mérito, a autora alega que o tratamento no exterior é muito mais eficaz e que o
Município deveria custeá-lo, já que ela é hipossuficiente. Contudo, não lhe assiste qualquer
razão.

Muito embora a Constituição determine que o Município deva fornecer o serviço


universal de saúde, ela não determina que esse serviço deva ser absoluto e voltado para o
amplo e irrestrito conforto do administrado, muito menos que possa escolher qual
tratamento lhe é mais conveniente. Há, portanto, uma ponderação de direitos: enquanto o
doente apresenta o direito à saúde, a coletividade tem o direito de não ser demasiadamente
gravada com o custeio de tratamentos caríssimos quando assim não é necessário.

No caso em tela, o Município fornece um tratamento que não é meramente


experimental: é perfeitamente eficaz, apenas necessitando que o paciente aguarde um
tempo maior de adaptação. Não há qualquer prova nos autos de que o paciente não tenha se

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adaptado aos remédios fornecidos, bem como que as transfusões de sangue são impossíveis
de lhe serem feitas.

Ou seja: o que os interessados buscam, na verdade, é escolher o tratamento que lhes


é mais conveniente, às custas do erário. Não se trata apenas de buscar um remédio, mas de
obter aquele que é o mais caro, desde que pago com dinheiro público. E isso, absolutamente,
não é tutelado pela Constituição.

Por tais motivos, devem ser julgados improcedentes os pedidos formulados na


petição inicial.

DA RESERVA DO POSSÍVEL

Para além dos argumentos expostos no item anterior, há outro elemento que deve
ser levado em conta no caso ora em análise: a necessidade de se atender à reserva do
possível.

De fato, o Poder Público deve se ater às suas possibilidades efetivas, especialmente


no que tange ao orçamento disponível. Como em qualquer instituição que administra
recursos, não se pode gastar mais do que se arrecada, especialmente quando se trata de
dinheiro que é de outrem (neste caso, dinheiro de toda a coletividade).

E, no presente caso, está-se diante de uma situação absurdamente custosa, cujo


montante total gira em torno de 1 milhão de reais. A Prefeitura não dispõe de tais valores, o
que torna materialmente impossível cumprir o julgado caso o pedido venha a ser julgado
procedente.

Trata-se do princípio da reserva do possível, ou da primazia da realidade, segundo os


quais o dinheiro público deve ser utilizado dentro de suas notórias limitações, e não como se
fosse infinito. Também por tais relevantes razões, deve ser julgado improcedente o pedido.

DO IMPERIOSO INDEFERIMENTO DA TUTELA DE URGÊNCIA

Finalmente, a tutela de urgência que foi requerida, no sentido de que os remédios


importados sejam fornecidos imediatamente, deve ser indeferida.

Em primeiro lugar, inexiste fumaça do bom direito, tal como explicitado nas razões
acima. Ademais, o perigo na demora é irrelevante, pois já está sendo fornecido tratamento
com remédios nacionais e eficazes.

Por outro lado, o periculum in mora reverso é muito grande, pois os remédios serão
consumidos e os envolvidos jamais terão condições de ressarcir os cofres públicos, o que
implicará em lesão a toda a coletividade.

CONCLUSÃO

Diante do exposto, pugna o Estado pela improcedência do pleito, tendo em vista o


manifesto descabimento do mesmo.

Ademais, protesta pela produção de todos os meios de prova que se fizerem


necessários, em especial a documental.

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Para os fins do art. 106, I, do CPC, as intimações devem ser encaminhadas à


Procuradoria Municipal de Corona, situada em; ou, se por meio eletrônico, através do e-mail.

São os termos em que

pede deferimento.

Procurador do Município

Matrícula - OAB

Procurador Legislativo – Câmara Municipal de Orlândia/SP – 2019 – VUNESP

Caio Semprônio é um jornalista político, muito conceituado na cidade “X”, e com frequência
é visto nas sessões legislativas da Câmara Municipal da cidade. Para melhorar a
infraestrutura do local, a Câmara realizou em março de 2012, uma licitação, para realização
da ampliação do corredor central, que é utilizado para dar acesso ao local das sessões
plenárias. Durante a obra, a Câmara alterou o fluxo de usuários, criando um novo corredor
de passagem, para assegurar a segurança e conforto de todos. Ocorre que Caio, em
10.08.2013, mesmo com todas as sinalizações pertinentes, avançou no corredor interditado,
desrespeitando inclusive um dos seguranças, que fazia a guarda do local no momento. Ao se
aproximar do local da sessão legislativa, escorregou, e uma das vigas que faziam a
sustentação do novo teto acabou caindo em sua cabeça, levando a escoriações de ordem
grave. Em razão de todo o infortúnio que passou, Caio Semprônio decidiu, em 05.12.2018,
ingressar com ação de Responsabilidade Civil em face da Câmara Legislativa da cidade, e
também em face do segurança que fazia a guarda no local do acidente. Dentre seus
principais argumentos na petição inicial, Caio argumenta: – que o Estado deve responder de
forma objetiva pelos prejuízos causados, aplicando a teoria do risco integral da
Administração Pública; – que o servidor público estável deveria ser demitido em razão de não
ter garantido a segurança do autor; – que a indenização, objeto do pedido principal do autor,
deve ser paga com a penhora de um dos carros pertencentes à Câmara Legislativa, que
conforme alegações de Caio Semprônio, não está sendo utilizado pela entidade há mais de
02 anos. A Câmara Legislativa foi citada em 10.12.2018 para apresentar defesa ao juízo da 1a
Vara da Fazenda Pública do Município X. Na defesa que será apresentada, o procurador
legislativo da Câmara deverá combater todos os argumentos apresentados pelo autor da
ação inicial, buscando afastar a responsabilidade da Câmara Legislativa, sem criar fatos
novos.

SUGESTÃO DE RESPOSTA:

EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE X

Processo nº

10

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