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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO XXX.
RAZÕES RECURSAIS
Colenda Câ mara,
Ínclitos julgadores.
II – DOS FATOS
Agravante e agravado conviveram sob uniã o está vel sem registro cartorá rio, mais
precisamente do ano de XX a meados do ano de YY. Nesse interregno, tiveram uma filha,
XXX, hoje com X (ANOS) anos de idade. Outrossim, quanto ao patrimô nio constituído sob a
constâ ncia da relaçã o amorosa, este se resume em um veículo XXX que foi posta somente
no nome da autora.
Na constâ ncia da uniã o está vel, o agravante nunca deixou faltar nada para as agravadas, de
modo que arcava com a manutençã o integral do nú cleo familiar, pagando mensalidade
escolar da filha (R$ XX) e curso profissionalizante para a genitora (R$ XX), além de lazer e
cultura.
Poucos dias depois da separaçã o, o agravante descobriu que teve toda suas economias
depositadas em poupança tinha retirada pela agravada, mais precisamente o valor de R$
XXX (reais), dinheiro esse oriundo do esforço de seus bicos por mais de 2 (dois) anos, que
estava sendo economizado para atender a uma possível situaçã o de urgência familiar. O
furto dessa quantia deixou o agravante em situaçã o de penú ria, onde além de ter
pouquíssimas vestimentas, teve de pedir dinheiro emprestado até para se alimentar.
Todavia, nã o desejou levar o caso à delegacia de polícia, conforme Boletim de Ocorrência
em anexo. (DOC. 05)
Além disso, descobriu também que, ao comunicar-se com a filha, esta afirmou que estava se
alimentando mal, em desconformidade com a exigência do agravante, quando do
pagamento da pensã o. Ora, nã o era para menos, uma vez que apó s o rompimento do
relacionamento, a agravada foi morar na casa dos pais, que sã o pessoas sem condiçõ es
financeiras que sobrevivem com apenas um salá rio mínimo.
Para piorar a situaçã o, o agravante, ao se dirigir à casa dos sogros, percebeu que os lanches
que a sua filha lhe pediu estavam sendo ingeridos pelo seu sogro, uma vez que este estava
com fome e nã o tinha nada na dispensa de casa, o que é comum. Outrossim, a agravada nã o
trabalha porque nã o quer, tendo em vista que tem apenas 27 (vinte e sete anos) de idade e
nã o padece de nenhuma enfermidade, o que onera ainda mais a sobrevivência da prole.
Devidamente citado e intimado da decisã o que fixou alimentos no patamar de 1 salá rio
mínimo, sendo ½ para cada uma das agravadas, bem como a fixaçã o da guarda da menor
em favor da genitora, o agravante se viu diante de uma decisã o praticamente impossível de
cumprir, uma vez que, conforme dito alhures, se encontra em sérias dificuldades
financeiras, sem dinheiro até para comprar parte das roupas que foram queimadas pela
agravada. Além do mais, por estar com a guarda da menor, tendo matriculado numa escola
particular e arca com todas as suas despesas.
Portando, sendo o presente remédio cabível apto a reformar a decisã o do juízo a quo, uma
vez que este fora ludibriado pelas inverdades e cirú rgicas omissõ es de fatos na peça
inaugural, vem o agravante buscar a pronta e efetiva tutela jurisdicional ao caso narrado.
III – DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL
Douto Relator, conforme se observa da decisã o agravada, o juízo a quo fixou a alimentos
provisó rios em favor das requerentes no patamar de 1 salá rio mínimo, ½ para cada uma
delas, devendo os primeiros alimentos serem pagos em apenas 5 (cinco) dias apó s a ciência
da intimaçã o, bem como fixou a guarda da prole com a genitora requerente.
Porém, tendo em vista que o agravante se deu por intimado no dia 28/02/2019, e levando-
se em consideraçã o a suspensã o dos prazos reiterada na PORTARIA CONJUNTA Nº
02/2019-TJ, DE 14 DE JANEIRO DE 2019, terá como prazo final para cumprimento da
decisã o o dia 12 de fevereiro do corrente ano, o que evidencia o cará ter urgente do
presente pedido.
Excelências, nã o se sabe e nem se imagina o motivo pelo qual a agravada mencionou que o
agravante percebe renda mensal entre R$ 6.000,00 e R$ 8.000,00 (seis e oito mil reais). O
que se sabe é que isso nã o merece guarida do Judiciá rio, uma vez que a realidade é que, a
despeito de trabalhar numa empresa familiar, o agravante nã o possui a CTPS assinada em
razã o da empresa nã o ter saú de financeira para arcar com os encargos sociais dessa
formalidade.
De mais a mais, a renda mencionada na exordial é pura ficçã o, pois o agravante, em muitos
meses, nã o chega a perceber valor igual a 3 salá rios mínimos. É de se perceber que, ao
mentir descaradamente na peça exordial, a agravada usa o Poder Judiciá rio para impingir
sua vingança ao agravante, uma vez que este, de fato, já constituiu nova família, que é
comumente atacada pela agravada, com difamaçõ es.
Com base apenas em relatos, o agravante está correndo o risco de ter sua prisã o civil
decretada, posto que está sem as mínimas condiçõ es financeiras para arcar com o valor de
1 salá rio mínimo, isso porque assumiu, repentinamente, a guarda da menor, está pagando
mensalidade escolar, alimentaçã o, vestuá rio, van de transporte escolar, entre outros.
Se a decisã o nã o for reformada, além da prisã o civil do agravante, a prole retornará ao lar
dos avó s maternos, onde todos passam dificuldades, conforme já explicitado acima,
deixando a criança em situaçã o de vulnerabilidade, uma vez que sua genitora nã o trabalha,
nã o quer trabalhar, e, milagrosamente, possui dinheiro para viajar e deixar a criança aos
cuidados dos seus avó s.
A reforma da decisã o é medida que se impõ e, principalmente levando-se em consideraçã o a
localizaçã o das residências das duas famílias. Uma na zona norte de Natal/RN (genitora) e a
outra na cidade de Parnamirim/RN (genitor), onde a criança se encontra matriculada numa
escola particular, com toda a estrutura e logística pensada em seu favor.
Conceder a guarda para a genitora da menor implicaria em ofensa ao melhor interesse da
criança (princípio do ECA), bem como que a mudança repentina de escola particular, onde
estuda atualmente, para escola pú blica, há de causar inú meros transtornos para a criança
que, com grande probabilidade, terã o interferência no seu aprendizado. Além disso, onde a
criança vai estudar? Terá vaga na rede pú blica a esta altura? Como se alimentará ? Quem irá
deixar e buscar na escola? Nã o é razoá vel impor tamanha e repentina mudança na vida da
criança, saindo de uma cidade onde estuda em escola particular e com transporte escolar,
para ir para a zona norte de Natal/RN, onde, talvez, nem encontre vaga em alguma escola
pú blica.
Isto posto, preenchidos os requisitos da antecipaçã o de tutela recursal, fumus boni iuris e o
periculum in mora, requer o agravante a reforma, in totum, da decisã o guerreada, de modo
que seja determinado a guarda da prole em seu favor, ante o melhor interesse da criança,
bem como que nã o sejam devidos alimentos a serem depositados na conta bancá ria da
agravada.
Todavia, caso assim nã o entenda Vossa Excelência quanto aos alimentos provisó rios,
requer que estes sejam reduzidos ao patamar do valor do curso profissionalizante que o
agravante pagava para a agravada (R$ 270,00), a ser depositado todo dia 30 de cada mês,
na conta bancá ria informada, até a conclusã o do referido curso, permanecendo a guarda da
prole em favor do genitor, e sendo assegurado o direito de visitas e convívio em finais de
semana alternados com a genitora.
IV - DOS ADVOGADOS CONSTANTES NO PROCESSO
Para fins do cumprimento das disposiçõ es do inciso III do artigo 1.016, IV do CPC/15,
informa:
Advogado do Agravante:
XXX, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB, com endereço de e-mail: XXX e endereço
profissional na XXX
Advogada das Agravadas: XXX, brasileira, advogada, inscrita na OAB XXX, com endereço
de e-mail: XXX