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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL

DE JUSTIÇA DO ESTADO DO XXX.

Processo nº XXX - Xª Vara de Família da Comarca de XXX.


Agravante: FULANO
Agravados: MAE E FILHA

FULANO, brasileiro, solteiro, profissao, inscrito na cédula de identidade nº xxx – SSP/XX e


CPF/MF nº XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, CEP: XXX, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados com assinatura digital,
com endereços de e-mail: XXX e conforme documento de procuraçã o em anexo,
inconformado com a respeitá vel decisã o do juízo a quo, em que contende com MAE,
brasileira, solteira, estudante, inscrita no CPF/MF nº XXX e FILHA, menor impú bere, a
primeira residente e domiciliada na Rua XXX, CEP: XXX, interpor:
AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL
em consonâ ncia com o disposto nos artigos 1.015 e seguintes do CPC/15, requerendo seja
recebido no seu duplo efeito e processado na forma da lei, postulando, desde já , pela
juntada das razõ es em anexo, e a concessã o do BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA,
dispensando o agravante do pagamento das custas do preparo.
Para os efeitos do artigo 1.017, I do CPC/15, anexa ao presente Agravo de Instrumento as
peças obrigató rias, bem como, outras facultativas, que passa a minudenciar:
a) có pia da petiçã o inicial; (DOC. 01) b) có pia do instrumento de mandato outorgado aos
procuradores constantes nos autos; (DOC. 02) c) có pia da decisã o agravada; (DOC. 03) d)
có pia da certidã o de intimaçã o da decisã o agravada; (DOC. 04) e) Có pia do Boletim de
Ocorrência. (DOC. 05). f) Có pia dos extratos bancá rios do agravante. (DOC.06) Informa
que deixa de juntar a có pia da contestaçã o juntada nos autos, haja vista que o prazo para
Contestar se dará apó s a audiência de conciliaçã o que ainda nã o foi realizada, por sua vez,
até o presente momento nã o restou juntada ao processo.
O advogado subscritor deste Agravo de Instrumento DECLARA, sob as penas da lei, e nos
moldes do permissivo legal, que todos os documentos em có pia que seguem junto com as
presentes Razõ es de Recurso, conferem com os originais.
Ante o exposto, requer digne-se Vossa Excelência, em recebendo as razõ es do presente
Recurso de Agravo de Instrumento, bem como os documentos que o acompanham,
encaminhá -lo à posterior apreciaçã o desse Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do XXX
através de uma de suas Colendas Câ maras, a qual, por certo, fará a costumeira Justiça,
dando provimento ao presente, reformando a respeitá vel decisã o interlocutó ria proferida
pelo Juízo “a quo”.
Por fim, deixa de juntar o preparo, uma vez que adiante pugnará pelos beneplá citos da
gratuidade judiciá ria.
Nestes termos,
Pede deferimento.
CIDADE E DATA
ADVOGADO - OAB/UF

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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO XXX.

Recurso: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Processo nº XXX ª Vara de Família da Comarca de XXX.
Agravante: FULANO
Agravada: MAE E FILHA

RAZÕES RECURSAIS

Colenda Câ mara,
Ínclitos julgadores.

I – DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA


Inicialmente, requer na presente via recursal a concessã o do benefício mencionado, pois o
Agravante é pessoa pobre na acepçã o do termo e nã o possui condiçõ es financeiras para
arcar com as custas processuais e honorá rios advocatícios sem prejuízo do pró prio
sustento, razã o pela qual desde já requer o benefício da Gratuidade de Justiça, assegurados
pela Lei nº 1060/50 e consoante o art. 98, caput, do novo CPC/2015, verbis:
Art. 98 - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos
para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.
Mister frisar, ainda, que, em conformidade com o art. 99, § 1º, do novo CPC/2015, o pedido
de gratuidade da justiça pode ser formulado por petiçã o simples e durante o curso do
processo, tendo em vista a possibilidade de se requerer em qualquer tempo e grau de
jurisdiçã o os benefícios da justiça gratuita, ante a alteraçã o do status econô mico.
Assim, sendo, resta evidente que a concessã o do benefício é medida necessá ria e amparada
pela Lei e Jurisprudência.

II – DOS FATOS
Agravante e agravado conviveram sob uniã o está vel sem registro cartorá rio, mais
precisamente do ano de XX a meados do ano de YY. Nesse interregno, tiveram uma filha,
XXX, hoje com X (ANOS) anos de idade. Outrossim, quanto ao patrimô nio constituído sob a
constâ ncia da relaçã o amorosa, este se resume em um veículo XXX que foi posta somente
no nome da autora.
Na constâ ncia da uniã o está vel, o agravante nunca deixou faltar nada para as agravadas, de
modo que arcava com a manutençã o integral do nú cleo familiar, pagando mensalidade
escolar da filha (R$ XX) e curso profissionalizante para a genitora (R$ XX), além de lazer e
cultura.
Poucos dias depois da separaçã o, o agravante descobriu que teve toda suas economias
depositadas em poupança tinha retirada pela agravada, mais precisamente o valor de R$
XXX (reais), dinheiro esse oriundo do esforço de seus bicos por mais de 2 (dois) anos, que
estava sendo economizado para atender a uma possível situaçã o de urgência familiar. O
furto dessa quantia deixou o agravante em situaçã o de penú ria, onde além de ter
pouquíssimas vestimentas, teve de pedir dinheiro emprestado até para se alimentar.
Todavia, nã o desejou levar o caso à delegacia de polícia, conforme Boletim de Ocorrência
em anexo. (DOC. 05)
Além disso, descobriu também que, ao comunicar-se com a filha, esta afirmou que estava se
alimentando mal, em desconformidade com a exigência do agravante, quando do
pagamento da pensã o. Ora, nã o era para menos, uma vez que apó s o rompimento do
relacionamento, a agravada foi morar na casa dos pais, que sã o pessoas sem condiçõ es
financeiras que sobrevivem com apenas um salá rio mínimo.
Para piorar a situaçã o, o agravante, ao se dirigir à casa dos sogros, percebeu que os lanches
que a sua filha lhe pediu estavam sendo ingeridos pelo seu sogro, uma vez que este estava
com fome e nã o tinha nada na dispensa de casa, o que é comum. Outrossim, a agravada nã o
trabalha porque nã o quer, tendo em vista que tem apenas 27 (vinte e sete anos) de idade e
nã o padece de nenhuma enfermidade, o que onera ainda mais a sobrevivência da prole.
Devidamente citado e intimado da decisã o que fixou alimentos no patamar de 1 salá rio
mínimo, sendo ½ para cada uma das agravadas, bem como a fixaçã o da guarda da menor
em favor da genitora, o agravante se viu diante de uma decisã o praticamente impossível de
cumprir, uma vez que, conforme dito alhures, se encontra em sérias dificuldades
financeiras, sem dinheiro até para comprar parte das roupas que foram queimadas pela
agravada. Além do mais, por estar com a guarda da menor, tendo matriculado numa escola
particular e arca com todas as suas despesas.
Portando, sendo o presente remédio cabível apto a reformar a decisã o do juízo a quo, uma
vez que este fora ludibriado pelas inverdades e cirú rgicas omissõ es de fatos na peça
inaugural, vem o agravante buscar a pronta e efetiva tutela jurisdicional ao caso narrado.
III – DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL
Douto Relator, conforme se observa da decisã o agravada, o juízo a quo fixou a alimentos
provisó rios em favor das requerentes no patamar de 1 salá rio mínimo, ½ para cada uma
delas, devendo os primeiros alimentos serem pagos em apenas 5 (cinco) dias apó s a ciência
da intimaçã o, bem como fixou a guarda da prole com a genitora requerente.
Porém, tendo em vista que o agravante se deu por intimado no dia 28/02/2019, e levando-
se em consideraçã o a suspensã o dos prazos reiterada na PORTARIA CONJUNTA Nº
02/2019-TJ, DE 14 DE JANEIRO DE 2019, terá como prazo final para cumprimento da
decisã o o dia 12 de fevereiro do corrente ano, o que evidencia o cará ter urgente do
presente pedido.
Excelências, nã o se sabe e nem se imagina o motivo pelo qual a agravada mencionou que o
agravante percebe renda mensal entre R$ 6.000,00 e R$ 8.000,00 (seis e oito mil reais). O
que se sabe é que isso nã o merece guarida do Judiciá rio, uma vez que a realidade é que, a
despeito de trabalhar numa empresa familiar, o agravante nã o possui a CTPS assinada em
razã o da empresa nã o ter saú de financeira para arcar com os encargos sociais dessa
formalidade.
De mais a mais, a renda mencionada na exordial é pura ficçã o, pois o agravante, em muitos
meses, nã o chega a perceber valor igual a 3 salá rios mínimos. É de se perceber que, ao
mentir descaradamente na peça exordial, a agravada usa o Poder Judiciá rio para impingir
sua vingança ao agravante, uma vez que este, de fato, já constituiu nova família, que é
comumente atacada pela agravada, com difamaçõ es.
Com base apenas em relatos, o agravante está correndo o risco de ter sua prisã o civil
decretada, posto que está sem as mínimas condiçõ es financeiras para arcar com o valor de
1 salá rio mínimo, isso porque assumiu, repentinamente, a guarda da menor, está pagando
mensalidade escolar, alimentaçã o, vestuá rio, van de transporte escolar, entre outros.
Se a decisã o nã o for reformada, além da prisã o civil do agravante, a prole retornará ao lar
dos avó s maternos, onde todos passam dificuldades, conforme já explicitado acima,
deixando a criança em situaçã o de vulnerabilidade, uma vez que sua genitora nã o trabalha,
nã o quer trabalhar, e, milagrosamente, possui dinheiro para viajar e deixar a criança aos
cuidados dos seus avó s.
A reforma da decisã o é medida que se impõ e, principalmente levando-se em consideraçã o a
localizaçã o das residências das duas famílias. Uma na zona norte de Natal/RN (genitora) e a
outra na cidade de Parnamirim/RN (genitor), onde a criança se encontra matriculada numa
escola particular, com toda a estrutura e logística pensada em seu favor.
Conceder a guarda para a genitora da menor implicaria em ofensa ao melhor interesse da
criança (princípio do ECA), bem como que a mudança repentina de escola particular, onde
estuda atualmente, para escola pú blica, há de causar inú meros transtornos para a criança
que, com grande probabilidade, terã o interferência no seu aprendizado. Além disso, onde a
criança vai estudar? Terá vaga na rede pú blica a esta altura? Como se alimentará ? Quem irá
deixar e buscar na escola? Nã o é razoá vel impor tamanha e repentina mudança na vida da
criança, saindo de uma cidade onde estuda em escola particular e com transporte escolar,
para ir para a zona norte de Natal/RN, onde, talvez, nem encontre vaga em alguma escola
pú blica.
Isto posto, preenchidos os requisitos da antecipaçã o de tutela recursal, fumus boni iuris e o
periculum in mora, requer o agravante a reforma, in totum, da decisã o guerreada, de modo
que seja determinado a guarda da prole em seu favor, ante o melhor interesse da criança,
bem como que nã o sejam devidos alimentos a serem depositados na conta bancá ria da
agravada.
Todavia, caso assim nã o entenda Vossa Excelência quanto aos alimentos provisó rios,
requer que estes sejam reduzidos ao patamar do valor do curso profissionalizante que o
agravante pagava para a agravada (R$ 270,00), a ser depositado todo dia 30 de cada mês,
na conta bancá ria informada, até a conclusã o do referido curso, permanecendo a guarda da
prole em favor do genitor, e sendo assegurado o direito de visitas e convívio em finais de
semana alternados com a genitora.
IV - DOS ADVOGADOS CONSTANTES NO PROCESSO
Para fins do cumprimento das disposiçõ es do inciso III do artigo 1.016, IV do CPC/15,
informa:

Advogado do Agravante:
XXX, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB, com endereço de e-mail: XXX e endereço
profissional na XXX
Advogada das Agravadas: XXX, brasileira, advogada, inscrita na OAB XXX, com endereço
de e-mail: XXX

V - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS


Ante o exposto, REQUER a esta Colenda Câ mara que se digne em acolher as razõ es acima
explanadas, CONHECENDO e PROVENDO o presente Recurso de Agravo de Instrumento,
para o justo fim de ser reformada a r. decisã o agravada, no sentido minorar os alimentos
provisó rios fixados, para que estes sejam no valor de R$ 270,00 (duzentos e setenta reais)
mensais, pelas razõ es expostas acima.
Requer antecipadamente o deferimento da Justiça Gratuita, conforme expendido
alhures, de igual forma, a suspensão da decisão do juiz a quo que fixou 1 salário
mínimo como pensão provisória, até que seja julgado o presente recurso, ou,
alternativamente, caso não seja este o entendimento de Vossas Excelências, que seja
concedida tutela de urgência para que os alimentos provisórios sejam minorados
para R$ 270,00, tendo em vista o prazo para pagamento da primeira parcela vencer
dia 08/03/2019 e não ter o Agravante condições de arcar com R$ 998,00 (1 salário
mínimo), correndo o risco de, em não cumprindo com os alimentos, ser executado
sob pena de prisão civil pelas agravas.
A teor do artigo 1.017 do CPC/15, requer a juntada dos documentos essenciais e dos
demais, necessá rios para instruir o presente recurso, informando que apenas nã o junta a
có pia original da contestaçã o, tendo em vista que, nã o houve audiência de conciliaçã o, a
qual começará a fluir o prazo para a sua juntada nos autos.
Conforme previsã o expressa no artigo 425, IV, do CPC/15, este procurador declara que as
có pias do processo, anexas ao presente recurso, sã o autênticas e conferem com as vias
originais.
É o que confia poder esperar deste Proficiente Colegiado, em mais uma liçã o de DIREITO e
realizaçã o da JUSTIÇA!
Nesses termos,
Pede e aguarda deferimento.
LOCAL E DATA
ADVOGADO OAB/UF

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