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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca

de ______________________.

Autos nº:

XXXXX, menor, representado por sua genitora


XXXXXX, já qualificados nos autos da Ação REVISIONAL DE ALIMENTOS, em
epígrafe, que lhe move XXXXX, por sua procuradora infra-assinada, vem à
presença de V. Exa., propor:

CONTESTAÇÃO

à pretensão autoral, baseada nos fatos que expõe, para ao final, requerer o
seguinte:

Primeiramente, o requerido informa que vem


espontaneamente apresentar sua defesa, uma vez que até a presente não havia
sido citado da presente ação.

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

REQUER que seja concedido aos Requeridos, o


benefício da Justiça Gratuita, nos termos da Lei nº. 1060/50, eis que os mesmos
são pessoas pobres nos termos da lei e não possui condições financeiras de arcar
com despesas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu próprio
sustento.

DO MÉRITO

DOS FATOS

Pretende o requerente, via Ação Revisional de


Alimentos, a redução da obrigação alimentar, tendo em vista a sua atual situação
financeira, reduzindo o valor da pensão alimentícia para 10 % deus rendimentos.

Alega ainda a seu favor, que é pai de mais 2 filhos


menores e que arca com a quantia de 1 (hum) salário mínimo a título de pensão
alimentícia para cada um deles.

DO DIREITO

Na questão de fundo, melhor sorte não assiste ao


requerente, pois caso contrário à obrigação alimentar será imposta única e
exclusivamente a genitora do requerido, fazendo-se letra morta de todo
ordenamento jurídico, sobretudo das disposições legais e constitucionais que
atribuem aos pais (leia-se, pai e mãe) o dever de prover o sustento dos filhos
menores.

Cediço quanto à matéria, que os alimentos


compreendem não apenas o sustento "... como também o vestuário, habitação,
assistência médica em caso de doença, enfim, de todo o necessário para atender
às necessidades da vida..." (Silvio Rodrigues, Direito Civil, vol. 6, Dir. de Família,
pág. 378, editora Saraiva, 1991), - e ao requerente não é permitido se esquivar de
contribuir de maneira digna para o sustento de seus filhos, pois conforme
disposição constitucional expressa no art. 229, é dever de ambos os pais, assistir,
criar e educar os filhos menores.

Nesse ponto, é preciso levar ao conhecimento do Juízo


que a requerente não vem pagando nada a título de pensão alimentícia, vide as
ações de Execução de Alimentos em andamento, juntada pelo próprio autor.
Não é crível que apenas sete meses após a audiência
frutífera que fixou os alimentos em 3,5 (três e meio) salários mínimos, o
requerente tenha tido uma queda tão drástica em sua situação financeira, uma vez
que o termo de audiência data de 02 de junho de 2016.

Além disso, o requerente junta recibos de pagamentos


referente ao ano de 2016, justamente o ano em que o valor de 3,5 (três e meio)
salários mínimos foram fixados nos autos do Proc. XXXXXXXXXXXX.

Ademais da breve leitura do termo de audiência supra


citado, podemos observar que o requerente é devedor contumás, pois já existia,
na data da audiência que fixou os alimentos que se pretende revisionar, ação de
Execução Alimentos em curso (Proc. XXXXXXXXXXXXXXXX), além de outra ação
datada de 2012 que o próprio requerente juntou aos autos.

Portanto, não há que se falar que a causa do


inadimplemento do devedor esteja no valor dos alimentos, objeto da presente
Revisional.
Importante frisar, que o requerente é empresário
conhecido na cidade. Assíduo frequentador de casas noturnas de alto padrão,
tanto na cidade, quanto litoral catarinense.

É comumente visto pela cidade a bordo de carros luxuosos.

O requerente é proprietário de 3 (três) empresas e inclusive,


uma deles tem endereço de sede no endereço residencial do autor.

Importante ressaltar que o requerido conta hoje com


dezesseis anos de idade. Estuda em escola particular, que encontra-se com
mensalidade em atraso, conforme documento anexo.

O requerido também faz tratamento dentário (aparelho


ortodôntico), o que demanda um considerável gasto mensal.

Além disso, um adolescente nessa idade tem muitas


necessidades a serem supridas que vão muito além dos alimentos, por si só. A
genitora, que detém a guarda do menor, detém também TODOS os gastos com
vestuário, medicamentos, lazer e etc.

DOS PEDIDOS

Em face do exposto, impugnados todos os termos da


inicial, requerem seja julgado improcedente o pedido de revisão de pensão
alimentícia, permanecendo incólumes os valores devidos a título de alimentos aos
requeridos, requerendo ainda:

a) a concessão da gratuidade de Justiça, na forma da Lei 1.060/50, em favor


dos requeridos;

b) requer, em caráter de urgência, a reconsideração do r. despacho de fls.


87, pelas razões de fato e de direito expostas acima;

c) seja o requerente intimado a depositar os valores referente a pensão


alimentícia na conta poupança de titularidade da genitora do menor
XXXXXX.

Provará o alegado por todos os meios de provas em


direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do requerente, sob pena
de confissão, oitiva de testemunhas oportunamente arroladas, juntadas de
documentos, etc. Protesta por outras provas.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Sorocaba, 4 de agosto de 2017.

XXXXXXXXXXXXX

OAB/SP XXXXXXXXXXX

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