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SERVIDÃO
Desse modo, pode-se dizer que a servidão proporciona utilidade para o prédio
dominante (usufrui da servidão), e grava o prédio serviente (sofre a servidão), que pertence
a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por
testamento, e subsequente registro no Cartório de Registro de Imóveis.
1.1 CLASSIFICAÇÃO
a) APARENTE
É passível de usucapião (desde que não titulada), uma vez que se trata de direito
real, forte art. 1.379, do CC: “O exercício incontestado e contínuo de uma servidão
aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em
seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar
consumado a usucapião. Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da
usucapião será de vinte anos”.
b) NÃO-APARENTE
É a servidão que não se revela por obras exteriores. Ex: Servidão de não edificar
acima de certa altura, de não construir em determinado local.
Não é passível de usucapião, uma vez que não é visualizada.
c) CONTÍNUA
d) DESCONTÍNUA
1.2 CONSTITUIÇÃO
No inter vivos, realiza-se mediante escritura pública quando o valor for superior ao
equivalente a trinta vezes o maior salário mínimo vigente (art. 108, do CC). É necessária a
capacidade jurídica das partes. Pode ser gratuita ou onerosa.
No causa mortis, a instituição dar-se-á pelo testamento, sendo que o testador deve
ter capacidade específica para tanto. Jamais poderá determinar que seu prédio será o
dominante, mas apenas serviente. Será sempre gratuita.
b) Usucapião
Admite-se a aquisição de servidão por usucapião (art. 1.379, do CC), desde que
se trata de servidão aparente (Ordinário: 10 anos; Extraordinário: 20 anos). Ex: Servidão
de aqueduto; servidão de trânsito, desde que o caminho esteja demarcado. (olhar Súmula
415 STF).
c) Sentença
Prevista no art. 569, inc. II, do NCPC. Ex.: no momento de uma Ação de Divisão o
juiz determina a servidão quando da divisão de quinhões.
d) Destinação do proprietário
A servidão pode ser removida para outro local: Remoção pelo dono do prédio
serviente: a) não acarrete qualquer prejuízo ao prédio dominante; b) deve arcar com as
custas. Remoção pelo dono do prédio dominante: a) não acarrete prejuízo ao dono do
prédio serviente; b) deve arcar com as custas; c) proporcionar ao dono do prédio dominante
maior utilidade da coisa.
A servidão possui duração indefinida, mas não é perpétua. São suas causas
extintivas:
1) Renúncia
Por ser renúncia, a mesma será do dono do prédio dominante. Deve ser expressa,
havendo o cancelamento da servidão no Cartório de Registro de Imóveis.
4) Confusão
6) Pelo não-uso
Somente se for durante dez ou mais anos contínuos. Deve-se comprovar tal
condição, havendo o posterior cancelamento no Cartório de Registro de Imóveis.