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Nulli res sua servit – não existe servidão sobre a própria coisa de
alguém. –
Servitus in faciendo consistere nequit – a servidão não sujeita a
pessoa, mas a coisa.
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante
pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente
fixado, se necessário.
§ 1 o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
§ 2 o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública,
nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3 o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem
através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra.
“Ação confessória. Servidão de passagem. Obstrução. Prova dos autos que confirma a
passagem contínua e permanente há anos, conforme depoimentos das testemunhas.
A servidão encontra-se devidamente registrada no ofício imobiliário. Sentença
mantida. Apelo desprovido. Unânime” (TJRS, Apelação Cível 575852-
17.2010.8.21.7000, Pelotas, 20.ª Câmara Cível, Rel. Des. Rubem Duarte, j.
27.04.2011, DJERS 06.05.2011).
§ 1º Constituída para certo fim, a servidão não se pode ampliar a outro (se a servidão é de
passagem de água de chuva, não é possível também passar a água de esgoto).
§ 2º Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais
onerosa (se a servidão é de passagem de carros, inclui a passagem de pessoas, motos e
bicicletas. Todavia, a recíproca não é verdadeira. Uma passagem de motos e bicicletas não
inclui a passagem de carros).
III - pelo não uso, durante dez anos contínuos (desuso da servidão –
prazo decadencial e não prescricional – conta-se a partir da data da
ultima utilização).