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SERVIDÃO PREDIAL

§ A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso
dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro
no Cartório de Registro de Imóveis. (art. 1.378) CESPE - 2011 - TJ-ES - JUIZ SUBSTITUTO / CESPE - 2012 - TJ-BA - JUIZ SUBSTITUTO / 2012 - TJ-DFT – JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO / 2012 - TJ-RS – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / CESPE - 2013 - MPE-RO / CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / CESPE - 2014 -
PGE-PI / FCC - 2015 - TJ-PI - JUIZ SUBSTITUTO / 2022 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ SUBSTITUTO

§ A voluntariedade é da essência da servidão predial e não se presume. (certa) CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
§ Ainda que contínua e aparente, a servidão não será presumida. (certa) CESPE - 2010 - AGU
§ O titular do prédio dominante pode alienar a servidão em separado da propriedade. (errada) 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

§ “Os prédios devem ser vizinhos (praedia debent esse vicina), embora não haja necessidade de que sejam
contíguos. Hão de guardar tal proximidade que a servidão se exerça em efetiva utilidade do prédio dominante. É o
que sucede, por exemplo, na servidão de aqueduto, em que o proprietário de um prédio tem o direito real de passar
água por muitos outros, dos quais só um deles lhe é contíguo.” (Carlos Roberto Gonçalves, Direito das Coisas (V5), p. 226, 13ª ed.)
§ A servidão, que consiste na obrigação de possibilitar a utilização mais cômoda do prédio dominante, tem como
pressuposto a existência de prédios contíguos. (errada) 2013 – MPDFT

§ O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por 10 anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o
interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar
consumado a usucapião. (art. 1.379) FCC - 2009 - MPE-CE / 2011 - DPE-AM / VUNESP - 2013 - TJ-SP – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO / 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

§ Se o possuidor NÃO TIVER TÍTULO, o prazo da usucapião será de 20 anos. (art. 1.379, § único) 2012 - AGE-MG
§ SÚMULA 415-STF: Servidão de trânsito não titulada, mas tomada permanente, sobretudo pela natureza das obras
realizadas, considera-se aparente, conferindo direito a proteção possessória.

§ O dono de uma servidão pode fazer todas as obras necessárias à sua conservação e uso, e, se a servidão pertencer
a mais de um prédio, serão as despesas rateadas entre os respectivos donos. (art. 1380)
§ As obras devem ser feitas pelo dono do prédio dominante, se o contrário não dispuser expressamente o título. (art.
1381)

§ Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio serviente, este poderá exonerar-se, abandonando, total ou
parcialmente, a propriedade ao dono do dominante. (art. 1382)
§ Se o proprietário do prédio dominante se recusar a receber a propriedade do serviente, ou parte dela, caber-lhe-
á custear as obras. (art. 1382, § único)

§ O dono do prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício legítimo da servidão. (art. 1.383) 2011 - DPE-
AM / 2012 - TJ-PR – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

Ex.: Se determinada família possuir servidão de passagem no terreno de João, ainda que a passagem incomode o
sossego de João, este não poderá fixar horário de passagem unilateralmente. (certa) CESPE - 2011 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA
§ A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada
diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver considerável incremento
da utilidade e não prejudicar o prédio serviente. (art. 1.384) VUNESP - 2012 - TJ-RJ – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2019 - MPE-SC
SERVIDÃO PREDIAL
§ Restringir-se-á o exercício da servidão às necessidades do prédio dominante, evitando-se, quanto possível,
agravar o encargo ao prédio serviente. (art. 1.385)
§ Constituída para certo fim, a servidão não se pode ampliar a outro. (§ 1º)
§ Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais onerosa. (§ 2º)
§ Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono
do serviente é obrigado a sofrê-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso. (§ 3º) VUNESP - 2012 - TJ-RJ - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

§ Passagem forçada e servidão de trânsito implicam restrição ao direito de propriedade e decorrem, a primeira, da
lei, a segunda, de manifestação de vontade. (certa) VUNESP - 2009 - TJ-SP – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

§ As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das
porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou
destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro. (art. 1.386.) VUNESP - 2012 - TJ-RJ - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
Ex.: João, proprietário de um imóvel rural, denominado Fazenda São João, de difícil acesso a estrada, adquiriu
servidão de passagem com dois mil metros de extensão, pela Fazenda dos Coqueiros, de propriedade de Pedro,
levando o título aquisitivo ao Registro de Imóveis. Falecendo João, sua Fazenda foi partilhada entre seus filhos
Antônio e José, que promoveram a divisão geodésia, passando, cada qual, a ser dono de um imóvel com registro
distinto no Registro Imobiliário. Em seguida, José vendeu seu imóvel para Joaquim. Nesse caso, a servidão
subsiste, em benefício de cada porção do prédio dominante, salvo se a servidão se aplicar apenas a certa parte
de um dos imóveis resultantes da divisão. (certa) FCC - 2021 - TJ-GO - JUIZ SUBSTITUTO

§ Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com respeito a terceiros, quando
cancelada. (art. 1.387)
§ Um bem imóvel gravado do ônus real de servidão não pode ser objeto de hipoteca. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

§ Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título hipotecário, será também preciso,
para a cancelar, o consentimento do credor. (art. 1.387, § único) 2011 - DPE-AM / 2011 - MPE-MS

§ O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do
prédio dominante lho impugne: (art. 1.388)
quando o titular houver renunciado a sua servidão; (I) FCC - 2012 - MPE-AL / 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição da
servidão; (II)
quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão. (III)
§ Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, mediante a
prova da extinção: (art. 1.389)
pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa; (I)
pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso; (II)
pelo não uso, durante 10 anos contínuos. (III) 2011 - DPE-AM / FCC - 2012 - MPE-AL / 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2014 - MPE-PR

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