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Parte Teórica
Emerson Bruno O. Freitas
Exercícios Simulados e Gabarito Remissivo
Noções de Teoria
Geral do Estado
Teoria e Exercícios
com gabarito remissivo à parte teórica
/ConcursosAlmg
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Belo Horizonte - MG
FICHA TÉCNICA
Editor
Emerson Bruno Oliveira Freitas
Diagramação / Capa
Emerson Bruno Oliveira Freitas
Esta obra foi produzida empregando-se o máximo de zelo, cuidado e dedicação. No entanto, podem ocorrer erros
de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos que entre em contato com a
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Capítulo I
Sociedade, Ordem Social e Ordem
Jurídica
1) Apresentação
Este trabalho é uma esquematização de partes do livro “ELEMENTOS DE TEORIA GERAL DO ESTADO” de autoria
do professor emérito da USP DALMO DE ABREU DALLARI.
A fidelidade às ideias do mestre paulista foi uma preocupação constante, buscando manter, na medida do possível,
as expressões utilizadas por ele em sua obra. Todavia, como os vários esquemas construídos são de total autoria do or-
ganizador, utilizou-se uma nova perspectiva da doutrina apresentada.
Mais do que um simples resumo, procurou-se apresentar uma nova abordagem no estudo da Teoria Geral do Esta-
do, traduzindo os densos conceitos dessa disciplina de uma forma ilustrativa e esquematizada. Contudo, não se pretende,
em hipótese alguma, reduzir conhecimentos tão importantes a meros esquemas/gráficos. O objeitivo foi a introdução de
uma forma simplificada de visualizar a matéria, que muitas vezes é relegada a um segundo plano pelos próprios profis-
sionais que atuam junto ao Estado, tendo em vista sua complexidade.
2) Introdução
A Teoria Geral do Estado (TGE) é uma disciplina complexa, que envolve diversas áreas do conhecimento no
intuito de compreender o Estado em sua completude. É essencial para entender a sociedade contemporânea, seus
problemas e suas instituições.
DALLARI, à respeito dessa afirmação, traça algumas considerações sobre a necessidade do estudo do Estado:
• Conhecer as instituições – Quem vive em uma sociedade sem consciência de sua organização é um mero
autômato, sem inteligência e vontade.
• Conhecer os problemas sociais – Conhecer a estrutura e os elementos do Estado permite conhecer seus
problemas e elaborar soluções. Evita importar fórmulas ou ideias inadequadas.
• Interdisciplinaridade – Teoria Geral do Estado (TGE) é mais que uma matéria jurídica.
Em suma, o estudo da Teoria Geral do Estado é primordial para aqueles que operam junto ao Estado.
Trata-se do estudo de uma disciplina síntese, capaz de reunir conhecimentos jurídicos, filosóficos, sociológi-
cos, políticos, históricos, antropológicos, econômicos e psicológicos. Tem o fim de buscar o entendimento do Esta-
do tanto como um fato social, quanto uma ordem estabelecida.
A Teoria Geral do Estado é uma disciplina relativamente nova, surgida no séc XIX. Contudo, encontram-se
estudos sobre o Estado desde a antiguidade.
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Gustavo Felipe Melo da Silva (Teoria) - Emerson Bruno O. Freitas (Exercícios)
3) Sociedade
A Teoria Geral do Estado (TGE) considera todos os aspectos. É o estudo do Estado em sua completude, tudo
que existe no Estado e influi sobre ele. Entretanto, antes do estudo do Estado, que é uma manifestação social, se
faz necessário o estudo da sociedade. Dessa forma, a primeira pergunta que se faz é:
Posição na qual o ser humano tem uma natureza gregária. Ou seja, a vida em sociedade é uma necessida-
de natural. Tal concepção tem origem na antiguidade e possui vários adeptos atualmente.
Aristóleles já afirmava que o “homem é um animal político”. Na continuação desse pensamento, o filósofo
grego dizia que o homem é um animal político, pois vive em sociedade. Fora da sociedade, é um animal comum.
Ou seja, o homem precisa da sociedade para se encontrar como homem.
São Tomás de Aquino ao preconizar a necessidade natural da sociedade, dizia que o homem é um animal
social e político, e só se afasta da sociedade se possuir uma natureza vil (demente), superior (santos eremitas), ou
de má sorte (náufrago).
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
Modernamente, existem vários autores que se filiam a essa corrente. Oreste Ranelletti afirma que a socieda-
de é uma condição de vida.
Contudo, é importante salientar que o impulso natural associativo não elimina a vontade humana.
Todavia, o primeiro autor a defender essa posição de forma clara foi Thomas Hobbes, autor em 1651 da obra:
O Leviatã.
Para Hobbes, o homem tem uma natureza má e voluntariamente constitui um contrato social para sua pro-
teção. O Homem vive no “estado de natureza”, na “guerra de todos contra todos”. Dessa forma, é preciso a
instituição de algo superior, capaz de evitar a barbárie e o conflito de todos contra todos.
Sob essa lógica, para formar a sociedade, Hobbes formula duas leis fundamentais sobre as quais funda-se o
contrato social:
Dessa forma, o “Contrato Social” consiste na transferência mútua de todos os direitos para um PODER VI-
SÍVEL – UM ROBUSTO HOMEM ARTIFICIAL - O ESTADO.
Tendo em vista os malefícios do estado de natureza, o soberano deve possuir todos os meios para garantir a
superação daquele estado. Seu poder deve ser ilimitado e, uma vez constituída a comunidade, deve-se fazer tudo
para mantê-la. Pela lógica de Hobbes, é melhor ter um governante ruim do que nenhum.
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Nesse sentido, cumpre salientar que a base filosófica criada por Hobbes foi o sustentáculo do Absolutismo,
que vigorou incontestavelmente até pouco antes da Revolução Francesa (iniciada em 1789). Nesta, surgiu a con-
cepção de que o homem não é mau. Assim, a existência necessária da sociedade não poderia estar fundada na
contenção da “guerra de todos contra todos”.
Dessa forma, as ideias preconizadas por Hobbes passaram a ser contestadas, sem, contudo, perder a cono-
tação contratualista.
Montesquieu, no seu livro “O Espírito das Leis”, concebe a ideia de que os homens são regidos por leis
naturais e também teoriza a respeito do estado de natureza. Em contraponto a Hobbes, o filósofo francês (Montes-
quieu) diz que nesse estado há paz, pois nele os homens se temem e o medo os impede de se atacarem, visto que
cada um se sente inferior em relação ao outro. Será apenas com a constituição de uma sociedade que os homens
perderão o medo de se enfrentarem, partindo efetivamente para o confronto. Portanto, é necessário a instituição
de um governo para a própria subsistência da sociedade. A sociedade só pode existir com a criação racional de
um governo. Apesar de naõ mencionar o pacto social expressamente, a estrutura voluntarista é patente nas ideias
de Montesquieu.
A linha apreciada por Hobbes foi retomada por Rousseau, divulgada em sua obra “O Contrato Social”. De-
fende os direitos naturais do ser humano. Entretanto, afirma que a ordem social é um direto sagrado, mas não na-
tural, pois deriva das convenções. Para Rousseau, a votade é o fundamento da sociedade.
Rousseau também conduz sua lógica a partir do estado de natureza, só que, aqui, o homem é bom. Cria
a ideia de que os seres humanos passam a se associar para se sobreporem aos obstáculos impostos pelo estado
natural. Assim, a associação dos homens é a conjugação da força comum de todos para proteger a pessoa e os
bens dos individuos. É uma forma de combinar força e liberdade. Portanto, todos devem alienar seus direitos em
favor da comunidade. Desse pacto, surge o Estado como um corpo moral e coletivo. Este é um mero executor de
decisões, já que o soberano é o conjunto, ou seja, a própria sociedade.
Nesse Pacto Social, o que vige é o interesse do todo, o interess comum – que engloba o interesse de cada
um; é chamado de "vontade geral", o que significa a síntese (não a soma) das vontades individuais.
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O "Pacto Social" visa a proteger a liberdade natural através da correção da igualdade natural (de desigualda-
de de força e engenho - para igualdade por convenção e direito).
Crítica à Teoria Contratualista – O contratualismo funda-se em um princípio meramente filosófico, não his-
tórico (não condiz com a realidade). O homem sempre viveu em sociedade, não resolveram se associar após um
suposto estado de natureza (Alexandre Groppalli).
Conclusão
Dada a origem da sociedade, procura-se, agora, caracterizar a sociedade, de modo a traçar seus elementos
comuns gerais. Um mero agrupamento de pessoas não é suficiente para caracterizar uma sociedade. Além disso,
toda sociedade apresenta:
Elementos da Sociedade:
A - Finalidade ou Valor Social
B - Manifestação de Conjunto Ordenadas
C - Poder Social
Na tentativa de responder essa pergunta, a doutrina se dividiu entre aqueles que negam a finalidade social e
aqueles que sustentam sua existência.
- Deterministas
Negam a existência de finalidade social. Todos nós estamos sujeitos e submetidos a um conjunto de leis
naturais, numa relação simples de causalidade. Existe um fator (ou fatores) que determinam a sucessão dos fatos
fundamentais da vida social (esses fatores podem ser de ordem econômica, geográfica, etc). Não há possibilidade
de fugir dessas determinações. Portanto, a vida social é condicionada a determinadas fatos, sem a possibilidade de
escolha.
Determinismo Social:
Não existe objetivo ou finalidade social, apenas a inevitável sequência de fatos.
Consequência: Como tudo está condicionado a fatores maiores, não há razão para questionar a ordem so-
cial. Existe uma voluntária submissão à ordem vigente.
- Finalistas
Apesar do impulso natural à associação, usa-se a inteligência pra fixar os objetivos da sociedade. Tal objetivo
deve ser um valor comum a todos – a finalidade social é o bem comum.
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O bem comum é um conjunto de condições, inclusive jurídicas, que objetivam favorecer o desenvolvimento
integral da personalidade humana.
Conclui-se que toda sociedade possui uma finalidade, que é a busca do bem comum.
Para constituir uma sociedade não basta a existência de um grupo com uma finalidade. É preciso que os
integrantes ajam como tal. Para ser considerada uma sociedade, os associados devem manifestar condutas de
conjunto ordenadas. Trata-se da ação harmônica dos indivíduos inseridos na vida social com o intuito de se atingir
a consecução de uma finalidade comum. Essa conduta deve ser reiterada, ordenada e adequada.
I – Reiteração
O agir social deve ser um costume, a conjugação de esforços continuamente desenvolvidos durante muito tempo.
II – Ordem
A conduta social deve ser ordenada, com obediência às leis capazes de regular a vida social.
DURKHEIM estabelece a diferenciação de duas ordens distintas: a Natural e a Humana, chamando-as, reci-
procamente, de mundo físico (leis da natureza – gravidade, etc) e de mundo ético. Neste último, estão compreen-
didas todas as leis que se referem ao agir humano.
KELSEN, partindo dessa mesma dicotomia, demonstra que essas ordens são regidas por princípios funda-
mentalmente diversos. A relação entre uma determinada condição e uma consequência, perfaz o cerne dessa
diferença.
O que interessa é a ordem humana, visto que é através dela que as manifestações de conjunto podem se con-
cretizar e agir em busca do bem comum. Ocorre que, nesse mundo ético, deve-se, ainda, traçar uma outra distinção.
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É composta de normas que determinam uma conduta desejável pelo corpo social, sem, contudo, exigir nenhu-
ma contrapartida. Alguém que descumpra determinado preceito moral, mesmo que cause desagrado, não pode ser
compelido a agir de outra forma. Ou seja, a norma não estabelece relacionamento com a conduta. Essa caracterís-
tica é chamada de UNILATERALIDADE DA MORAL.
Ordem Jurídica
As normas jurídicas, por outro lado, uma vez infringidas, podem ser exigidas pelo corpo social, obrigando o
infrator a cumprir a norma violada ou sofrer a punição prevista. A norma jurídica sempre estabelece uma relação
de direitos e deveres, ligando dois ou mais indivíduos. Essa característica é chamada de BILATERALIDADE DO
DIREITO.
Sob outra perspectiva, pode-se dizer que as normas morais são imperativas, e as jurídicas são imperativas-
atributivas. Ambas impõem comportamentos, mas somente a norma jurídica atribui a prerrogativa de exigir o seu
cumprimento ou a punição do ofensor.
Uma terceira espécie de normas de comportamento social se situa entre as duas ordens mencionadas. Con-
vencionalismos sociais, decôro, etiqueta, cortesia representam, segundo RADBRUCH:
I – normas jurídicas em formação, ou;
II – degeneração de um direito - norma que vem perdendo essa qualidade.
Segundo MAYNEZ, não são nem direito (falta atribuitividade), nem morais (falta interioridade).
III - Adequação
Deve-se entender que cada indivíduo, cada grupo humano ou que a própria sociedade no seu todo devem ter
em conta as exigências e as possibilidades da realidade social, de modo que as ações não se desenvolvam em
sentido diferente daquele que conduz efetivamente ao bem comum, ou para que a consecução deste não seja pre-
judicada pela utilização deficiente ou errônea dos recursos sociais disponíveis.
Em síntese:
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C - Poder Social
A questão do poder está inserida numa das temáticas mais importantes da vida social, afinal, é ele quem trata
diretamente da organização e do funcionamento da sociedade. Consiste, justamente, em um elemento de coerção,
capaz de impedir que a ação social se desvie.
Como ocorrem com os outros temas relacionados, os autores se dividem sobre a necessidade do poder social
para caracterizar as sociedades.
Aqueles que julgam desnecessária a existência do poder social são chamados de anarquistas.
Contudo, a maioria da doutrina reconhece o poder social como necessário a vida social.
A concepção do poder evolui durante a história. Originou-se na Força, passou pelo fundamento divino e con-
substanciou a ideia de legitimidade. Formou-se a ideia de que o poder legítimo e o poder jurídico coincidiam-se.
Hoje, verifica-se que o poder não se confunde com o Direito, nem legitimidade com legalidade.
O poder legítimo é consentido, num cenário em que a coletividade reconhece seus liames com o poder. Logo,
a legitimidade do poder é auferida no seu exercício, e não na sua origem.
A) Legitimidade - O poder, reconhecido como necessário, deve também ser reconhecido como legítimo, pois
decorre do consentimento dos que a ele se submetem.
B) Vínculo com o Direito – O poder, apesar de não ser puramente jurídico, age concomitantemente com o direito.
C) Objetivação – O poder baseia-se na vontade objetiva dos governados (inexiste a característica de poder
pessoal)
D) Despersonalização – O poder pertence ao grupo, ao sistema, ao povo. Busca maneiras sutis de atuação.
4) Tipos de Sociedade
A classificação das sociedades não é unívoca, contudo, DALLARI assim apresenta:
A) Sociedade de Fins Particulares - Quando têm finalidade definida, voluntariamente escolhida por seus
membros. Suas atividades objetivam, direta e imediatamente, aquele fim que inspirou sua criação por um ato cons-
ciente e voluntário;
B) Sociedade De Fins Gerais - Objetivo indefinido e genérico. Consiste em criar as condições necessárias
para que seus membros consigam atingir seus fins particulares. A participação nessas sociedades quase sempre
independe de um ato de vontade. As sociedades de fins gerais são comumente denominadas sociedades políticas.
Pode-se enquadrar no grupo das sociedades políticas, em especial, três instituições devido às suas dilatadas
importâncias: a família, fenômeno e base da vida social, o Estado, autoridade superior fixadora de regras de con-
vivência de seus membros, e a Igreja.
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Capítulo ii
Estado: Origem, Formação,
Elementos e Finalidade
Primeiramente, é imperioso para o estudo do Estado saber quais são suas origens e quais são os motivos de
sua existência.
A palavra ESTADO vem do latim Status (sig: Estar Firme – situação permanente de convivência), e foi utili-
zada pela primeira vez para representar uma sociedade política em 1513, por Maquiavel no livro “O Príncipe” .
Para iniciar o estudo do Estado é preciso entender como eles são formados.
1) Origem do Estado
Ou os Estados partem de agrupamentos humanos não integrantes de outros Estados – Formação Originária
– ou se formam a partir de outros Estados pré-existentes – Formação Derivada.
As teorias sobre a formação originária do Estado podem ser agrupadas em dois blocos:
I. Formação natural - Afirmam a formação natural do Estado, não havendo coincidência sobre as causas do
aparecimento do Estado.
II. Formação contratual - O Estado surge através de um pacto ou contrato que afirma a vontade dos homens
(contratualistas).
Dentro do grupo que defende a causa não-contratualista (natural) do surgimento do Estado, os autores se
agrupam segundo a origem. Não há, necessariamente, uma corrente mais aceita, mas a adoção de qualquer uma
delas muda, sensivelmente a orientação da concepção do Estado.
Atualmente é a forma mais comum, diante da improbabilidade do surgimento de um Estado de forma originá-
ria. Possui uma maior relevância prática:
a) Fracionamento - Quando uma parte do território de um Estado se desmembra, formando um novo Estado
- Ex: descolonização da África e Ásia.
b) União - Quando Estados até então independentes se unem para formar um novo Estado - Ex: Alemanha
Oriental + Alemanha Ocidental = Alemanha Unificada em 1989.
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c) Formas Atípicas - São imprevisíveis. Imposições de guerra e acordos entre Estados são um exemplo - Ex:
Israel, Vaticano, Alemanha Oriental e Ocidental.
I. O Estado Sempre Existiu – Assim como a sociedade. O ser humano sempre se viu integrado à uma orga-
nização social, dotada de poder e autoridade para determinar o comportamento. O Estado é um elemento universal
na organização humana.
II. O Estado passou a existir após a sociedade – O Estado surge para atender as necessidades e conveni-
ências do corpo social. Tal surgimento não tem uma data uníssona para todos os Estados, e varia com a as condi-
ções de cada lugar. Representa a ampla maioria dos autores.
III. Só há Estado quando a sociedade política é dotada de determinadas características – O termo “Es-
tado” não pode ser utilizado para todas sociedades políticas organizadas. Um exemplo do próprio nome que só
apareceu em 1513. É um conceito histórico concreto que só pode ser utilizado pela idéia e exercício da soberania.
Alguns autores afirmam que o Estado surgiu em 1648 com a Paz de Westphalia.
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Com pequenas variações, os autores que trataram os tipos de Estado no decorrer da história adotaram uma
seqüência cronológica, compreendendo as seguintes fases:
• Estado Antigo (Oriental ou Teocrático);
• Estado Grego;
• Estado Romano;
• Estado Medieval (Feudal);
• Estado Moderno.
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4) Elementos do Estado
Existe muita controvérsia acerca da classificação e o número de elementos essenciais para caracterizar um
Estado.
DALLARI, adotando a concepção de GROPPALI, afirma que existem quatro elementos essenciais – sobera-
nia, território, povo e finalidade. A síntese desses elementos conduz a um conceito realista de Estado.
A) POVO e TERRITÓRIO são considerados elementos materiais.
B) SOBERANIA e FINALIDADE são considerados elementos formais.
4.1 - Soberania
Soberania (do latim superanu, ‘que está de cima’.) é um conceito controverso, que possui uma multiplicidade
de teorias . Contudo, é uma das bases da ideia de Estado moderno.
A ideia de soberania só pode existir num contexto em que existam vários “poderes vigentes”. O poder sobera-
no é justamente aquele que sobressai aos demais.
Para o estudo da soberania é imprescindível a verificação dos precedentes históricos que explicam seu
aparecimento.
O desenvolvimento desse processo gera uma ampliação do poder real. Muda a relação existente que passa a
ser de superlatividade. Reis superiores à barões.
Desaparece a distinção entre as atribuições do Estado e as de outras entidades (feudos e comunas). Os reis
passam a ter independência ao imperador e papa.
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• 1762 - Rousseau:
Influenciado pelas ideias liberais de John Locke, Rousseau, em "O Contato Social" desenvolve a ideia
de Soberania Popular – expressão da Vontade Geral. Ou seja, a transferência da titularidade da soberania
da pessoa do governante para o povo (soberania popular).
• O poder soberano é limitado apenas à vontade geral.
V - SÉC XIX
Soberania é compreendida como a expressão do poder político. Com a personificação do Estado, este passa
a ser o titular da soberania. Evolução do sentido puramente político para jurídico:
• Político – plena eficácia do poder (não necessariamente legitimo ou jurídico) lei do mais forte.
• Jurídico – eficácia do direito - tudo é passível de enquadramento jurídico. Não há Estados mais fortes ou
fracos já que a noção de direito é a mesma.
Características da Soberania
• Una: porque não se admite num mesmo Estado a convivência de duas soberanias;
• Indivisível: se aplica à universalidade dos fatos ocorridos no Estado, sendo inadmissível, por isso mesmo,
a existência de várias partes separadas da mesma soberania;
• Inalienável: aquele que a detém desaparece quando ficar sem ela, seja o povo, a nação, ou o Estado;
• Imprescritível: porque jamais seria verdadeiramente superior se tivesse prazo certo de duração. Todo po-
der soberano aspira a existir permanentemente e só desaparece quando forçado por uma vontade superior.
Conceitos de Soberania
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
Para REALE, a soberania não é simples expressão de um poder de fato, nem está integralmente submetida ao
direito, encontrando seus limites na exigência de não contrariar os fins éticos de convivência. Dentro desses limites,
o poder soberano tem a faculdade de utilizar a coação para impor suas decisões.
Teorias Teocráticas
(Fim da Idade Média e período absolutista do Estado Moderno)
Todo poder vem de Deus (omnis potestas Deo). É um direito divino sobrenatural quando afirmavam que o
próprio Deus concedera o poder ao príncipe, mas que, diretamente, ela vem do povo, razão pela qual apresenta
imperfeições. Em ambos os casos, o titular da soberania acaba sendo a pessoa do monarca.
Teorias Democráticas
Por poder, a grosso modo, deve-se entender a relação que uma determinada vontade exerce sobre a outra. O
poder soberano tem como objeto essa relação tangente aos indivíduos sob sua tutela.
Apesar da soberania ser una e indivisível, verifica-se que a soberania tem uma dupla conotação.
Soberania Interna – Dentro do âmbito do Estado, o poder soberano é absoluto e não se sujeita a nenhum outro.
Soberania Externa – No âmbito internacional, o poder soberano encontra-se em uma relação de independên-
cia, admitindo a existência de outros poderes iguais, mas nenhum superior.
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4.2 - Território
Território, como elemento constitutivo material do Estado, é uma noção que aparece com o Estado Moderno.
Com raras exceções, os autores reconhecem o território como elemento indispensável à existência do Estado. Sin-
tetizando as inúmeras teorias temos:
• Direito real de natureza pública – (Laband) reconhece o direito de propriedade do Estado que pode usar
o território e dispor dele, existindo uma relação de domínio diretamente sobre a coisa.
• Direito real institucional – (Burdeau) defende a incompatibilidade de um direito de propriedade estatal
com as propriedades privadas situadas no território, sendo a relação de domínio exercida indiretamen-
te sobre o território (sobreposição).
(Jellinek) Utiliza-se da noção de imperium (poder direto sobre as pessoas) e afirmam que o Estado tem di-
reito ao território apenas como um reflexo do poder exercido sobre as pessoas.
Ranelletti altera o conceito de imperium e afirma que o território é o espaço dentro do qual o Estado exerce
seu poder sobre tudo, pessoas e coisas, que se encontre neste território.
Sintetizando todos os aspectos fundamentais, pode-se estabelecer algumas conclusões, sobres as quais não há
divergência:
• Não existe Estado sem território.
• O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado.
• O território é objeto de direitos estatais, podendo até ser parcialmente alienado ou desapropriadas
porções particulares.
• Mar territorial – Por questões de segurança e, principalmente, por motivos econômicos, como a intensa
exploração do mar e dos territórios submersos. Invocando-se ainda razões de ordem fiscal, sanitária e
ecológica. Definição por meio de tratados internacionais.
• Espaço aéreo – A preocupação com o espaço aéreo surgiu com a II Guerra Mundial e só tem aumentado
com a evolução tecnológica e espacial. Uma convenção sobre a aviação civil internacional regulamentou
o direito à passagem livre “inocente” ou “inofensiva” de aeronaves sobre os territórios estatais. Com efeito,
um Estado nada pode fazer para impedir a passagem de uma nave espacial sobre o seu território.
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4.3 - Povo
Primeiramente:
População - mera expressão numérica, demográfica ou econômica que abrange a quantidade de pessoas
que se achem em um território, mesmo que temporariamente.
Nação - retrata uma comunidade formada por laços históricos e culturais, porém sem haver necessariamen-
te uma vinculação jurídica.
A noção jurídica de “povo” está relacionada à vinculação obrigatória dos seus indivíduos aos direitos e de-
veres estabelecidos pelo Estado. Em outras palavras, o conceito de “povo” está diretamente relacionado com
cidadania, pois seus indivíduos possuem direitos políticos, mesmo que não façam uso dele.
O povo é a fonte da lei e do poder soberano do Estado, sendo também componente essencial deste último.
Segundo Jellinek, nessa perspectiva do Estado como sujeito do poder público, o povo assume dois aspectos:
• Subjetivo: parte integrante do Estado
• Objetivo: objeto da atividade do Estado
Rousseau define “povo” como o conjunto de associados que compõe a sociedade do Estado, fazendo uma dis-
tinção entre cidadãos, quando participam do autoridade soberana, e sujeitos, quando submetidos às leis do Estado.
Jellinek, entretanto, entende que a designação de cidadãos cabe a todos que constituem a sociedade do
Estado, distinguindo apenas a cidadania ativa para aqueles que exercem atribuições reconhecidas pelo Estado.
Povo é o conjunto de indivíduos que, através de um momento jurídico, se unem para constituir o
Estado, estabelecendo com este um vínculo jurídico de caráter permanente.
O povo é um elemento essencial, pois dá condições ao Estado para formar e externar uma vontade, na medida
em que continua participando do exercício do poder soberano mesmo depois que o Estado foi constituído.
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4.4 Finalidade
Segundo DALLARI, a finalidade do Estado é de suma importância e perfaz um elemento essencial do Estado.
Existe grande controvérsia doutrinaria a respeito da inclusão das finalidades do Estado como um de seus elementos
formadores. Alguns consideram que finalidade é uma questão política (restrição técnico-jurídico); outros que é um Estudo
demasiadamente genérico. Entretanto, é possível uma sistematização científica do estudo da finalidade do Estado:
Uma classificação mais genérica dos fins do Estado, estabelece uma distinção entre:
• Fins Subjetivos – Os fins do Estado são a síntese de inúmeros fins individuais. Transformam-se no decorrer
do tempo, pois a finalidade da conduta individual, cuja síntese resulta nos fins subjetivos do Estado se transforma.
• Fins Expansivos – É a base dos Estados totalitários. Preconizam a grande amplitude do poder do Estado,
podendo ser divididas em:
I. “Utilitárias”, quando indicam o máximo desenvolvimento material em detrimento de valores fundamentais
do homem como a “liberdade” (Estado do bem-estar);
II. “Éticas”, quando o Estado é a fonte da moral e não tolera qualquer comportamento que não esteja rigoro-
samente de acordo com a moral oficial (Estado ético).
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• Fins Relativos – Teoria solidarista. Meio termo entre as outras correntes. Afirma serem as manifestações
sistemáticas da vida solidária dos homens a real e própria finalidade do Estado. Atribui-lhe as funções de con-
servar, ordenar e ajudar. As mais avançadas formas de solidarismo defendem que não basta assegurar a igualdade
formal, mas é necessário garantir a igualdade de todos os indivíduos nas condições iniciais da vida social.
• Fins Exclusivos – Só devem caber ao Estado as atribuições de segurança Interna e Externa. Groppali e
Ranelletti os denominam de Fins Essenciais, por serem imprescindíveis ao Estado.
• Fins Concorrentes – Apesar de grande importância social, não exigem que o Estado os trate com exclusi-
vidade. Para Groppali e Ranelletti, são Fins Complementares ou Integrativos, pois o Estado deve buscar favo-
recer o desenvolvimento e o progresso da vida social.
Síntese de todas as teorias - O Estado, enquanto sociedade política, tem como finalidade o “bem comum”.
Todavia, o Estado busca o bem comum de um certo povo, situado em um determinado território.
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Capítulo III
Estado e Direito
1) Conceito de Estado
Com base nos conhecimentos dos elementos essenciais do Estado, DALLARI, apresenta o seguinte conceito
de Estado:
Estado é uma ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum
de um povo situado em determinado território.
O Estado, ente notadamente político, a partir de sua concepção como pessoa jurídica, passa a conciliar seu
aspecto político e jurídico. A noção da personalidade jurídica do Estado, portanto, possibilita o estreitamento da relação
entre Estado e o Direito.
A) Teorias Ficcionistas
1º momento: Savigny – Personalidade é concebida como ficção, como sujeitos artificiais criados pela lei.
2º momento: Hans Kelsen – Concepção normativista onde o Estado é a personificação da ordem jurídica
(tudo é ficção, o Estado e a sua personalidade).
B) Teorias Realistas
Negam que personalidade jurídica do Estado seja uma mera ficção. Realmente existe o Estado pessoa-jurídi-
ca. Sustentam que o Estado pode ser comparado a um organismo vivo - organicismo biológico.
I. Gerber – Organicismo ético onde tudo é funcional (tem função). O Estado é um organismo moral (valores
éticos que fazem a personalidade).
II. Gierke – O Estado é um organismo que, através de órgãos próprios, atua sua vontade.
III. Laband – O Estado é uma unidade organizada, com personalidade jurídica e vontade própria. Também
seus direitos e deveres são distintos dos de seus cidadãos.
IV. Jellinek – Se o Estado é uma unidade coletiva, uma associação, e essa unidade não é ficção, mas uma
forma necessária de síntese de nossa consciência (...), então, tais unidades coletivas não são capazes de adquirir
subjetividade jurídica que os indivíduos humanos.
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
I. Max Seydel – O Estado não é unidade, nem organismo, nem sujeito de direitos, mas é tão-somente homens
e terras dominados por uma vontade superior.
II. Duguit – O Estado é apenas uma relação de subordinação entre os que mandam e os que são mandados.
Apesar da controvérsia doutrinária, é sólido o entendimento de que o Estado possui personalidade jurídica.
Através da noção de Estado como pessoa jurídica, estabelecem-se limites jurídicos eficazes à ação do Estado
no seu relacionamento com os cidadãos. Pode-se determinar os direitos de cada um em face do outro.
Kelsen – Separação total. Propõe estudar o Estado “como ele é”, sob o prisma puro de sua essência, que para
esse autor é uma mera construção jurídica. Não se deve indagar por que, como, onde e nem se preocupar com a
busca de um “melhor Estado”. (Proposição inaceitável, pois não é nítida a separação entre o jurídico e o político.)
Harold Laski – O Estado não é simplesmente norma. Serve para atingir finalidades, O Estado tem um dina-
mismo próprio.
Miguel Reale – Estabelece as várias facetas do Estado.
Teoria Tridimensional do Estado-Culturalista.
- Face Social: Relativa a formação e desenvolvimento em razão de fatores sócio-culturais.
- Face Jurídica: Relativa ao Estado enquanto ordem jurídica.
- Face Política: Relativa aos fins do Estado. Onde aparece o problema de finalidades do governo em razão
dos diversos sistemas de cultura.
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Capítulo IV
Estado e Governo
1) Democracia
A base do conceito de Estado Democrático é, sem dúvida, a noção de governo do povo e ideia de soberania popular.
O termo democracia nasce na Grécia significando o governo do povo. Contudo, verifica-se que a definição de
“povo”, e consequentemente aqueles que poderiam governar, era bem restrita. A concepção de democracia como
entendemos hoje surge no final do século XVII, com a influência de Locke e Rousseau. Três grandes movimentos
destacam-se na implementação prática dessas ideias:
Foram esses movimentos e essas ideias, expressões dos ideais preponderantes na Europa do século XVIII,
que determinaram as diretrizes na organização do Estado a partir de então.
Uma síntese dos princípios que passaram a nortear os Estados, como exigências da democracia, permite-nos
indicar três pontos fundamentais:
As transformações do Estado no século XIX e primeira metade do século XX, seriam determinadas pela busca
de realização desses preceitos, os quais se puseram também como limites a qualquer objetivo político.
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Democracia Direta - é qualquer forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamen-
te no processo de tomada de decisões.
Diante de colégios eleitorais numerosíssimos e decisões de interesse público muito freqüentes, exigindo uma
intensa atividade legislativa, é difícil pensar-se em constantes manifestações do povo.
A democracia direta em sua forma pura só existe na Landsgemeinde, órgão nos pequenos Cantões da Suíça.
Democracia Semidireta - forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no
processo de tomada de decisões, mas não dá a possibilidade de ampla discussão antes da deliberação.
• Referendo - consiste na consulta à opinião pública para a introdução de uma norma.
• Plebiscito - “referendo consultivo” - consiste numa consulta prévia à opinião popular.
• Veto popular - dá-se aos eleitores, após a aprovação de um projeto pelo Legislativo, um prazo para que
requeiram a aprovação popular. o eleitorado decidirá se ela será posta em vigor ou não.
• Recall - instituição norte-americana, que consiste na possibilidade de:
a) revogar a eleição de um legislador ou funcionário eletivo,
b) ou para reformar uma decisão judicial sobre constitucionalidade de lei.
Democracia Representativa - o povo concede um mandato a alguns cidadãos, para, na condição de repre-
sentantes, externarem a vontade popular e tomarem decisões em seu nome.
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3) Representação Política
A necessidade de governar por meio de representantes deixa para o povo o problema da escolha desses representantes.
Diante da multiplicidade de opiniões, é natural que se forme de grupos de opinião, cada um pretendendo prevalecer
sobre os demais. Ou seja, partidos.
Adverte DUVERGER que todos esses embates guardam semelhanças com as organizações populares das
democracias modernas. Todos querem conquistar o poder político e exercê-lo. Contudo, os partidos políticos, no
sentido moderno, só aparecem a partir de 1850, na Inglaterra.
MUNRO, por outro lado, considera que a noção de oposição política já existe desde 1680, quando se concebeu
que os adversários do governo não são inimigos do Estado e de que os opositores não são traidores ou subversivos.
O partido é "uma reunião de homens que professam a mesma doutrina política" (BENJAMIM CONSTANT)
Os autores modernos, contudo, começam a entender os partidos como instituições, dotadas de personalidade
jurídica e situadas no âmbito do direito público interno.
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A crítica aos partidos políticos – O sistema de representação política gera uma tendência oligárquica na de-
mocracia por considerar inevitável essa predominância de grupos. Constudo, os partidos políticos são úteis, desde
que sejam autênticos, formados espontaneamente e com a possibilidade de atuar livremente. Ressalta-se que a
existência de alternativas é indispensável para a caracterização do Estado Democrático.
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Capítulo V
Estado e Constituição
O Estado Constitucional, no sentido de Estado enquadrado num sistema normativo fundamental, é uma cria-
ção moderna, tendo surgido paralelamente ao Estado Democrático. Ambos têm suas raízes no desmoronamento
do sistema político medieval, passando por uma fase de evolução que iria culminar, no século XVIII, no surgimento
de documentos legislativos a que se deu o nome de Constituição.
O constitucionalismo, apesar de impulsionado sempre pelos mesmos objetivos básicos, apresenta configura-
ções diferentes de acordo com momento histórico e as circunstâncias de cada Estado, perfazendo diferentes para-
digmas constitucionais (Estado Liberal, Estado Social, Estado Democrático de Direito, etc)
1) Constituição Material
A própria substância, aquilo que está consagrado na Constituição como expressão dos valores de convivência
e dos fatos prováveis do povo a que ela se liga.
2) Constituição Formal
Lei fundamental de um povo, ou o conjunto de regras jurídicas dotadas de máxima eficácia, concernentes à
organização e ao funcionamento do Estado. O titular do poder constituinte é sempre o povo (resultante da conju-
gação dos sentidos material e formal). No povo se encontram os valores fundamentais que informam os comporta-
mentos sociais, sendo, portanto, ilegítima a Constituição que reflete os valores e as aspirações de um indivíduo ou
de um grupo e não do povo a que a Constituição se vincula.
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A constituição autêntica será sempre uma conjugação de valores individuais e valores sociais, que o próprio
povo selecionou através da experiência.
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Capítulo VI
Formas de Estado
Forma de Estado é a maneira pela qual o Estado organiza o povo, o território e estrutura o seu poder relativa-
mente a outros de igual natureza (soberania e autonomia), que a ele ficarão coordenados ou subordinados.
É a organização espacial do poder em virtude do território.
1) O Estado Federal
Os Estados federais conjugam vários centros de poder político, todos autônomo dentro de um mesmo territó-
rio. A palavra "Federação" vem do latim foedus, que quer dizer pacto, aliança.
Portanto, o Estado Federal é uma aliança ou união de Estados-Membros (entes federativos) para a criação de
um Estado Único. Historicamente, o Estado Federal é um fenômeno moderno, que só aparece no século XVIII, não
tendo sido conhecido na Antiguidade e na Idade Média.
Na prática, o Estado Federal nasceu com a Constituição dos Estados Unidos da América, em 1787. Passando
por uma formação confederada, a experiência norte-americana mostrou que os laços estabelecidos pela confede-
ração eram demasiadamente frágeis e que a união dela resultante era pouco eficaz. Assim, era necessário uma
formação mais sólida em que os Estados-membros da Confederação abririam mão de sua soberania e de sua in-
dependência em prol da união proposta.
Influenciados por MONTESQUIEU, o federalismo americano tinha como base o princípio da separação de
poderes. Elaborou-se, então, o sistema de freios e contrapesos, com os três poderes, Legislativo, Executivo e Ju-
diciário, independentes e harmônicos entre si, não se admitindo que qualquer deles seja mais importante que os
demais. Trata-se de uma concepção que inspirou os demais Estados Federais
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Por essas características, o Estado Federal passou a ser visto como o mais favorável à defesa das liberdades
do que o Estado centralizado (Estado Unitário), pois:
• Dificulta a acumulação de poder num só órgão, dificultando, por isso, a formação de governos totalitários.
• Assegura oportunidades mais amplas de participação no poder político ( possibilidade de participação nas
esferas federal, estadual, regional e municipal).
• Preserva características locais, reservando uma esfera de ação autônoma para cada unidade federada.
• Mais democrático, pois assegura maior aproximação entre governantes e governados.
O Estado federal passou a ser considerado a expressão mais avançada de descentralização política (inúmeros
Estados unitários refundaram sua Constituição, adotando a organização federativa como se, de fato, resultassem
de uma união de Estados – Exempo: Brasil, na Constituição de 1891).
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• Um Estado federal autêntico é aquele que se organiza com uma efetiva descentralização do poder, dotan-
do seus entes federados de certa autonomia. Num Estado-federal onde a autonomia política dos entes-
-federados não existe de fato, existe o federalismo nominal. A centralização do poder em uma única esfera
é uma característica mais apropriada ao Estado unitário. (EX: Brasil – “Constituição de 1969”)
• O grau de descentralização varia de Estado para Estado, sem, contudo descaracterizar o princípio básico
do federalismo. Todavia é necessário que exista alguma descentralização de atribuições entre os entes
federados.
[EX: Estados unidos (ampla descentralização) e Brasil (alto grau de centralização)]
• O Estado Federal é a união indissolúvel de seus membros. Essa característica fundamental do federalismo
faz com que, normalmente, todos os Estados Federais possuam mecanismos previstos em suas constitui-
ções para proteger e garantir a integridade da federação. Tais mecanismos são chamados de intervenção.
O Federalismo foi instaurado no Brasil com a Constituição de 1891. Todas as constituições brasileiras poste-
riores adotaram a forma federal (pelo menos nominalmente). A constituição de 1988 inovou ao elevar o município
a condição de ente federado.
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Capítulo VII
Federalismo Brasileiro
1) Federalismo de Três Níveis
Nos termos dos artigos 1º e 18 da Constituição federal, município foram expressamente considerados uma
unidade federativa.
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Dis-
trito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
Art. 18. - A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Es-
tados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou
seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
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2.2 - Intervenção
Conforme dito alhures, a ideia do federalismo consiste na descentralização do poder político através da
distribuição de competências entre as unidades federadas, definindo e estabelecendo os limites da autonomia
política de cada um.
Competência: faculdade juridicamente atribuída a uma entidade que delimita sua esfera de atribuições.
A técnica adotada pela Constituição de 1988 consiste em enumerar as competências atribuídas à União (art.
21 e 22) e aos Municípios (art. 30). Aos Estados lhes são atribuídas as remacescentes nos termos do art 25.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princí-
pios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
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I - Vertical e Horizontal:
II – Quanto à Natureza:
IV – Quanto à extensão
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Conforme já dito, o Brasil é uma federação de três níveis composto da União, dos Estados e do Distrito Federal
e dos Município, todos eles dotados de autonomia política e competências próprias.
Ressalte-se, mais uma vez, que não existe hierarquia entre os entres federados, apenas atribuições diferentes.
A) União
A União é o ente federal competente para tratar dos interesses gerais do Estado Brasileiro.
Primeiramente, não se pode confundir a União com o Estado Federal. A União não tem soberania, que é atri-
buto exclusivo do Estado Federal (República Federativa do Brasil). A União é um ente federado como os outros,
dotada apenas de autonomia.
Contudo, à União cabe a competência de representar o Estado Brasileiro no plano internacional. Internamente
a União é uma pessoa jurídica de direito público que compõe a federação. Externamente representa a federação,
exercendo a soberania estatal (mas, não titularizando-a).
Bens da União
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As competências privativas da União, que se referem à sua competência legislativa, estão previstas no art. 22
abrangem os principais ramos do Direito.
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para
atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrário.
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B) Estados Federados
Inspirado no modelo norte-americano, foi dado o nome de Estado a cada unidade federada, mas apenas como
artifício político, porquanto na verdade não são Estados.
As previsões constitucionais que estabelecem a autonomia política dos Estados estão contidas, basicamente,
nos art 25 a 29 e 125 da constituição federal.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais
de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua re-
gulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995)
§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglome-
rações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos
nesta Constituição.
§ 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de
organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis
ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a
atribuição da legitimação para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do T ribunal de Justiça, a Justiça Militar
Imbui o Estado de: estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justi-
• Auto-organização ça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar
• Auto-legislação nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Re-
dação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os
crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares mili-
tares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e
julgar os demais crimes militares. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases
do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e
demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 45, de 2004)
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
A autoadministração é uma consequência lógica dos direitos estipulados, já que cabe ao Estado manter, orga-
nizar e prestar os serviços que lhe são próprios.
Constituição Estadual
A Constituição Estadual é a manifestação do poder constituinte decorrente dos Estados. Nela os Estados organi-
zarão toda a estrutura intra-estatal. Como os Estados-Membros não são soberanos, esse poder constituinte é limitado
pela Constituição Federal, devendo as cartas maiores estaduais obedecer certos princípios impostos pela Carta Magna.
Princípio da Simetria - determina que os princípios magnos e os padrões estruturantes do Estado, (direitos
fundamentais, princípios fundamentais etc...) segundo a disciplina da Constituição Federal, sejam tanto quanto pos-
sível, objeto de reprodução nos textos das constituições estaduais.
Princípios Federais Extensíveis - são aqueles que constituem normas comuns a serem observadas pela
União, Estados e Municípios em sua organização político-administrativa
Princípios Constitucionais Estabelecidos - são todos aqueles disseminados no Texto Fundamental que
balizam a autonomia dos entes federados e impõem respeito aos limites e prerrogativas recíprocos (EX. art 37)
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C) Municípios
Municípios são entidades federativas, elevados a tal condição pela Constituição de 1988.
Os municípios são regidos por Leis Organânicas, que devem observar os ditames previstos na constituição
federal e estadual, conforme o art. 29 da constituição federal.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios esta-
belecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
Ao contrário dos Estados, a Constituição confere uma gama de competências exclusivas aos municípios:
D) Distrito Federal
O Distrito Federal, assim como nos Estados Unidos, é um território à parte que não pertence a nenhum Estado
onde se estabelece a capital Federal.
O Distrito Federal também é uma entidade federativa, regido por lei orgânica própria, nos termos do art.
32 da CF\88.
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois tur-
nos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
§ 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Dis-
tritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do
corpo de bombeiros militar.
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Capítulo VIII
exercícios Simulados
01 - (Questão Simulada) - De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari, Teoria Geral do Estado, marque a afirmativa
INCORRETA:
(A) Segundo Aristóteles o “homem é um animal político”.
(B) Para São Tomás de Aquino o homem é um animal social e político, e só se afasta da sociedade se possuir uma natu-
reza vil (demente), superior (santos eremitas), ou de má sorte (náufrago).
(C) Para Hobbes o homem tem uma natureza má e voluntariamente constitui um contrato social para sua proteção, pois o
homem vive no “estado de natureza”, na “guerra de todos contra todos”.
(D) Para Maquiavel o homem é bom por natureza e se associam para se sobreporem aos obstáculos impostos pelo estado
natural.
02 - (Questão Simulada) - No estudo da Sociedade duas posições filosóficas foram criadas para responder por que o ser
humano vive em sociedade. De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari essas duas correntes são:
(A) Sociedade Natural (Naturalistas) e Sociedade Voluntária (Contratualistas).
(B) Naturalistas e Deterministas.
(C) Finalistas e Contratualistas.
(D) Naturalistas e Deterministas.
( ) Negam a existência de finalidade social. Todos nós estamos sujeitos e submetidos a um conjunto de leis naturais, numa
relação simples de causalidade. Existe um fator (ou fatores) que determinam a sucessão dos fatos fundamentais da
vida social (esses fatores podem ser de ordem econômica, geográfica, etc).
( ) A sociedade é fruto de um acordo de vontades, um “contrato”.
( ) O ser humano tem uma natureza gregária. Ou seja, a vida em sociedade é uma necessidade natural. Tal concepção
tem origem na antiguidade e possui vários adeptos atualmente.
( ) Existe uma finalidade na sociedade e ela é livremente escolhida pelo homem.
(A) 4 - 3 - 2 - 1;
(B) 4 - 1 - 2 - 3;
(C) 3 - 2 - 1 - 4;
(D) 3 - 1 - 2 - 4.
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04 - (Questão Simulada) - No âmbito do estudo da sociedade, são adeptos da corrente filosófica "Naturalista" (Sociedade
Natural), EXCETO:
(A) Aristóteles.
(B) Oreste Ranelletti.
(C) Hobbes.
(D) São Tomás de Aquino.
Autor:
( ) Montesquieu
( ) Hobbes
( ) Rousseau
(A) 2 - 3 - 1
(B) 3 - 2 - 1
(C) 1 - 2 - 3
(D) 2 - 1 - 3
06 - (Questão Simulada) - Dentre os autores citados abaixo, qual obra/autor foi o sustentáculo do Absolutismo:
(A) O Espírito das Leis / Montesquieu
(B) O Contrato Social / Rousseau
(C) O Leviatã / Hobbes
(D) A Bilateridade do Direito / Hans Kelsen
07 - (Questão Simulada) - "Em contraponto a Hobbes, o filósofo francês diz que no estado natural há paz, pois nele os
homens se temem e o medo os impede de se atacarem, visto que cada um se sente inferior em relação ao outro. Será
apenas com a constituição de uma sociedade que os homens perderão o medo de se enfrentarem, partindo efetivamente
para o confronto. Portanto, é necessário a instituição de um governo para a própria subsistência da sociedade. A sociedade
só pode existir com a criação racional de um governo."
Trata-se de pensamento manifestado por:
(A) Rousseau
(B) Montesquieu
(C) São Tomás Aquino
(D) John Locke
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08 - (Questão Simulada) - Para formar a sociedade, __________ formula duas leis fundamentais sobre as quais funda-se
o contrato social:
I. Todos devem se esforçar pela paz, enquanto existir esperança de conquistá-la.
II. Todos devem consentir em renunciar aos seus direitos.
Dessa forma, o “Contrato Social” consiste na transferência mútua de todos os direitos para um PODER VISÍVEL – UM
ROBUSTO HOMEM ARTIFICIAL - O ESTADO.
O autor do pensamento expresso acima é:
(A) Thomas Hobbes
(B) Montesquieu
(C) Rousseau
(D) Platão
10 - (Questão Simulada) - Marque a afirmativa mais correta de acordo com o pensamento de Rousseau:
(A) Dado a igualdade entre os homens, todos tinham medo que alguém lhes agredisse, portanto, deviam agredir antes. É
a guerra de todos contra todos.
(B) O homem é bom e os seres humanos se associam para se sobreporem aos obstáculos impostos pelo estado natural.
(C) O homem é um animal social e político, e só se afasta da sociedade se possuir uma natureza vil (demente), superior
(santos eremitas), ou de má sorte (náufrago).
(D) Instituiu as bases do "Contrato Social" em sua obra: "Leviatã".
11 - (Questão Simulada) - De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari, marque a afirmativa INCORRETA com rela-
ção aos "Elementos da Sociedade":
(A) Os "Deterministas" negam a existência de finalidade social, pois todos estamos sujeitos e submetidos a um conjunto
de leis naturais, numa relação simples de causalidade.
(B) Os "Finalistas" afirmam que existe uma finalidade na sociedade e ela é livremente escolhida pelo homem.
(C) No "Determinismo Social" não existe objetivo ou finalidade social, apenas a inevitável sequência de fatos.
(D) No pensamento "Determinista", os seres humanos, imbuídos de um impulso natural, se associam para propiciar o
bem comum (objetivo da sociedade), de modo que este crie as condições para a consecução dos respectivos fins
particulares.
12 - (Questão Simulada) - De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari, são "Elementos da Sociedade", EXCETO:
(A) o Poder Social;
(B) a Finalidade ou Valor Social;
(C) o Povo;
(D) Manifestação de Conjunto Ordenadas.
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Ordem Humana >> Relação de Imputação >> Se "A" (condição) é, B (consequência) deve ser.
14 - (Questão Simulada) - Autor que estabelece a diferenciação de duas ordens distintas: a Natural e a Humana, chaman-
do-as, reciprocamente, de mundo físico (leis da natureza – gravidade, etc) e de mundo ético. Neste último estão compre-
endidas todas as leis que se referem ao agir humano. Trata-se de:
(A) Maquiavel.
(B) Durkhein.
(C) Hobbes.
(D) Kelsen.
"Normas que determinam uma conduta desejável pelo corpo social, sem, contudo, exigir nenhuma contrapartida. Alguém
que descumpra determinado preceito moral, mesmo que cause desagrado, não pode ser compelido a agir de outra forma.
Ou seja, a norma não estabelece relacionamento com a conduta. (...)" (Adaptado de: SILVA, Gustavo Felipe Melo. Noções
de Teoria Geral do Estado. Série ALMG. Ed. Atualizar. BHte 2013)."
16 - (Questão Simulada) - No estudo da "Sociedade", o "Poder Social" constitui um dos "Elementos da Sociedade". Con-
tudo, existem pessoas que julgam desnecessária a existência de um "Poder Social". Tratam-se dos:
(A) Socialistas.
(B) Comunistas.
(C) Anarquistas.
(D) Deterministas.
17 - (Questão Simulada) - De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari existem dois "Tipos de Sociedade", que são:
(A) a Sociedade para Fins Gerais e a Sociedade Capitalista
(B) a Sociedade para Fins Particulares e a Sociedade para Fins Comunitários.
(C) a Sociedade para Fins Gerais e a Sociedade para Fins Lucrativos.
(D) a Sociedade para Fins Particulares e a Sociedade para Fins Gerais
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18 - (Questão Simulada) - No âmbito tipo de sociedade denominada "Sociedade para Fins Gerais" incluem-se três insti-
tuições de dilatada importância social. São elas:
(A) os Partidos Políticos, o Estado e a Filosofia.
(B) a Família, o Estado e a Igreja.
(C) os Movimentos Sociais, as Empresas e Capital Financeiro.
(D) os Partidos Políticos, a Igreja e os Movimentos Sociais.
19 - (Questão Simulada) - A palavra "Estado" foi utilizada pela primeira vez em 1513:
(A) por Montesquieu na obra "Do Espírito das Leis".
(B) por Maquiavel na obra "O Príncipe".
(C) por Hobbes na obra "Leviatã".
(D) por Rousseau na obra "O Contrato Social".
20 - (Questão Simulada) - De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari, marque a afirmativa INCORRETA.
(A) Segundo a teoria da formação contratual do Estado, este surge através de um pacto ou contrato que afirma a vontade
dos homens (contratualistas).
(B) Segundo a teoria da formação natural do Estado, não há coincidência sobre as causas do aparecimento do Estado, sua
criação é consequência de um processo natural.
(C) Dentre aqueles que entendem ser o Estado fruto de uma formação contratual, existem autores que preconizam a ori-
gem familiar ou patriarcal do Estado.
(D) Dentre aqueles que entendem ser o Estado fruto de uma formação natural, existem autores que preconizam a origem
do Estado em atos de força, de violência ou de conquista.
21 - (Questão Simulada) - Sobre as teorias relativas à formação originária do Estado, especialmente dos autores natu-
ralistas, associe as colunas abaixo:
(1) Filmer.
(2) Oppenheimer.
(3) Platão, Heller, Marx e Engels.
(4) Lowie.
( ) A formação do Estado surge para captar os proveitos econômicos de cada um. A posse gera propriedade e poder. O
Estado é um produto da sociedade quando ela atinge um determinado grau de desenvolvimento. Depois, passa a ser
um instrumento de dominação da classe não possuidora.
( ) O Estado decorre de atos de força, de violência ou de conquista. Submissão dos grupos mais fracos através da força.
Surge o Estado na regulamentação da relação entre vencedores e vencidos
( ) Origem familiar ou patriarcal. A ampliação da família primitiva deu origem ao Estado.
( ) Desenvolvimento interno da sociedade – O Estado é um germe latente em todas as sociedades que se desenvolve
quando aquela sociedade evolui em complexidade
(A) 4 - 1 - 2 - 3;
(B) 2 - 4 - 1 - 3;
(C) 3 - 2 - 1 - 4;
(D) 3 - 4 - 1 - 2.
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23 - (Questão Simulada) - Tendo em vista a "Formação Derivada do Estado", associe as colunas abaixo:
( 1 ) Formação por Fracionamento.
( 2 ) Formação Atípica.
( 3 ) Formação por União entre Estados.
( ) Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, pós 2a Guerra Mundial.
( ) Descolonização da África.
( ) Descolonização da Ásia.
( ) Vaticano e Israel.
( ) Alemanha após 1989.
(A) 1 - 2 - 2 - 1 - 3
(B) 2 - 1 - 1 - 2 - 3
(C) 2 - 2 - 2 - 1 - 3
(D) 1 - 1 - 1 - 2 - 3
25 - (Questão Simulada) - A chamada “Paz de Westphalia” é apontada por alguns autores como um marco na ori-
gem do Estado. A corrente de pensamento que assim se posiciona é aquela:
(A) segundo a qual o Estado sempre existiu.
(B) segundo a qual o Estado passou a existir após a sociedade.
(C) segundo a qual só há Estado quando a sociedade política é dotada de determinadas características. Nem toda socie-
dade política organizada é um Estado.
(D) segundo a qual o ser humano sempre se viu integrado à uma organização social.
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27 - (Questão Simulada) - Sobre o tema "Evolução do Estado" presente na obra de Dalmo de Abreu Dallari, associe cor-
retamente as colunas abaixo.
(1) Estado Antigo
(2) Estado Grego
(3) Estado Romano
(4) Estado Medieval
(5) Estado Moderno
( ) Período de infinita multiplicidade de centros de poder. Disputa: poder temporal x espiritual. Cristianismo, culto da terra,
feudalismo, confusão entre público e privado.
( ) Confusão entre Estado, Família, organização econômica. Inexiste distinção do pensamento político, religioso, filosófico
ou jurídico.
( ) Possui marco na Paz de Westfalia. Delimitação territorial formada por Estados.
( ) Patrícios tinham privilégios. Base familiar ancorada na nobreza. Integração dos povos conquistados através do direito.
( ) Auto-suficiência da Cidade-Estado. Elite política (democracia restrita). Sem expansão ou integração dos vencidos.
(A) 1 - 4 - 5 - 2 - 3
(B) 4 - 2 - 5 - 1 - 3
(C) 4 - 1 - 5 - 3 - 2
(D) 3 - 4 - 2 - 1 - 5
28 - (Questão Simulada) - De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari, dentre outros são "Elementos do Estado",
EXCETO:
(A) Soberania.
(B) Nação.
(C) Território.
(D) Finalidade.
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31 - (Questão Simulada) - Sobre as teorias de justificação e titularidade da soberania, associe as colunas abaixo:
(1) Teorias Teocráticas
(2) Teorias Democráticas
( ) Soberania se origina do próprio povo. Apresentam três fases sucessivas: 1. Aparece como titular da soberania o próprio
povo, como massa amorfa, situado fora do Estado; 2. Revolução Francesa, século XIX e início do século XX, a titulari-
dade é atribuída à nação, que é o povo concebido numa ordem integrante; 3. O titular da soberania é o Estado, o que
começaria a ser aceito na segunda metade do século XIX e ganharia grande prestígio no século XX.
( ) Todo poder vem de Deus (omnis potestas Deo). É um direito divino sobrenatural quando afirmavam que o próprio Deus
concedera o poder ao príncipe, mas que, diretamente, ela vem do povo, razão pela qual apresenta imperfeições. Em
ambos os casos, o titular da soberania acaba sendo a pessoa do monarca.
(A) 1 - 2;
(B) 2 - 1;
(C) 1 - 1;
(D) 2 - 2.
32 - (Questão Simulada) - De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari, são elementos materiais do Estado:
(A) soberania e finalidade.
(B) povo e soberania.
(C) povo e território.
(D) finalidade e território.
33 - (Questão Simulada) - De acordo com o previsto na obra de Dalmo de Abreu Dallari, marque a afirmativa INCORRETA.
(A) Durante a Antiguidade até o fim do Império Romano, a ideia de soberania era inexistente. Não havia oposição entre o
poder do estado e outros poderes.
(B) Em 1576 - Jean Bodin - estabelece o conceito da soberania em sua obra "Os seis livros da República". A Soberania é
um poder absoluto e perpétuo de uma República em relação aos que manipulam todos os negócios de uma República
(monopólio do direito mediante o poder legislativo).
(C) Em 1651 Thomas Hobbes introduz uma nova concepção de impessoalidade no "Leviatã". Soberano é o Estado.
(D) Em 1762 - Rousseau conceitua que a soberania é a expressão do poder político. Com a personificação do Estado, este
passa a ser o titular da soberania. Trata-se da evolução do sentido puramente político para jurídico.
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35 - (Questão Simulada) - Sobre o "Território" marque a afirmativa que se encontra em desacordo com o exposto na obra
de Dalmo de Abreu Dallari:
(A) O Território, como elemento constitutivo material do Estado, é uma noção que aparece com o Estado Moderno.
(B) Segundo Laband, o Território é um direito real de natureza pública. Reconhece o direito de propriedade do Estado que
pode usar o território e dispor dele, existindo uma relação de domínio diretamente sobre a coisa.
(C) De acordo com Paulo Bonavides, o Território é um direito real institucional. Defende a incompatibilidade de um direito
de propriedade estatal com as propriedades privadas situadas no território, sendo a relação de domínio exercida indi-
retamente sobre o território (sobreposição).
(D) Para Jellinek, o Estado tem direito ao território apenas como um reflexo do poder exercido sobre as pessoas. Utiliza-se
da noção de imperium (poder direto sobre as pessoas).
36 - (Questão Simulada) - De acordo com o posicionamento majoritário da doutrina, pode-se afirmar, EXCETO:
(A) Pode existir Estado sem território.
(B) O território é objeto de direitos estatais, podendo até ser parcialmente alienado ou desapropriadas porções particulares.
(C) O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado.
(D) O território é protegido pelo Princípio da Impenetrabilidade com a impossibilidade de convivência de duas soberanias
num mesmo espaço.
38 - (Questão Simulada) - No conceito de "Território" compreende-se as seguintes esferas de domínio por parte do Estado:
(A) domínio terrestre; domínio fluvial; domínio marítimo; domínio aéreo.
(B) domínio terrestre; domínio marítimo e domínio aéreo apenas.
(C) domínio terrestre e domínio aéreo apenas.
(D) domínio terrestre apenas.
40 - (Questão Simulada) - Sobre o "Povo", um dos elementos do Estado, marque a afirmativa INCORRETA:
(A) Povo e População são conceitos sinônimos.
(B) O "povo" é um dos elementos materiais do Estado.
(C) O conceito jurídico de povo está diretamente relacionado com o conceito de cidadania.
(D) Rousseau define “povo” como o conjunto de associados que compõe a sociedade do Estado, fazendo uma distinção
entre cidadãos, quando participam do autoridade soberana, e sujeitos, quando submetidos às leis do Estado.
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(A) 1 - 2 - 3;
(B) 1 - 3 - 2;
(C) 3 - 1 - 2;
(D) 2 - 3 - 1.
43 - (Questão Simulada) - De acordo com a obra de Dalmo de Abreu Dallari, marque a afirmativa INCORRETA
(A) A classificação genérica dos fins do Estado estabelece uma distinção, dentre outras, entre fins objetivos e fins subjetivos.
(B) Dentre os fins objetivos do Estado estão os fins universais e os fins particulares objetivos.
(C) Dentre os fins limitados do Estado tem-se o Estado-Polícia, o Estado-Liberal e o Estado de Direito.
(D) De acordo com a amplitude de funções do Estado a finalidade do Estado se divide em fins objetivos e fins subjetivos.
45 - (Questão Simulada) - No âmbito das Teorias Sobre a Personalidade Jurídica do Estado associe as colunas abaixo:
Teorias:
(1) Teorias Ficcionistas.
(2) Teorias Realistas.
(3) Teorias que Negam a Personalidade Jurídica do Estado.
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Autores:
( ) Gerber; Gierke; Laband; Jellinek.
( ) Max Seydel; Duguit;
( ) Savigny; Hans Kelsen.
(A) 2 - 3 - 1;
(B) 1 - 2 - 3;
(C) 3 - 2 - 1;
(D) 2 - 1 - 3.
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(A) 1 - 3 - 2; (C) 3 - 1 - 2;
(B) 3 - 2 - 1; (D) 2 - 1 - 3.
50 - (Questão Simulada) - O Recall, o Referendo, o Plebiscito e o Veto Popular são instrumentos típicos:
(A) De uma democracia direta.
(B) De uma democracia semidireta.
(C) De uma democracia representativa.
(D) Nenhuma das alternativas anteriores.
51 - (Questão Simulada) - Sobre o histórico dos Partidos Políticos, associe as colunas abaixo:
(1) Atenas.
(2) Roma.
(3) Idade Média.
( ) Formação de agrupamentos definidos, geralmente em torno de um líder, que se digladiavam, sobretudo, a respeito da
política externa ou da extensão dos direitos da plebe.
( ) Instauração da democracia com a definição de partidos na assembléia, como conseqüência das lutas entre interesses
opostos (democráticos X oligárquicos).
( ) Eram freqüentes as manifestações de cunho partidário. EX: partido Guelfo (Papa) X Gibelinos (Imperador).
(A) 2 - 1 - 3;
(B) 3 - 2 - 1;
(C) 1 - 3 - 2;
(D) 1 - 2 - 3.
52 - (Questão Simulada) - Partido é "uma reunião de homens que professam a mesma doutrina política".
O conceito de partido exposto acima pertence a:
(A) Dalmo de Abreu Dallari.
(B) Miguel Reale.
(C) Winston Churchill.
(D) Benjamim Constant.
53 - (Questão Simulada) - Quanto à sua organização interna (composição dos membros) os partidos políticos podem ser
classificados em:
(A) partidos nacionais; regionais ou locais.
(B) partidos de quadros; partidos de massas.
(C) partidos de vocação universal; partidos locais.
(D) partido único; bipartidarismo.
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55 - (Questão Simulada) - Segundo Loewenstein são requisitos mínimos de uma Constituição autêntica, EXCETO:
(A) O reconhecimento e a proteção expressos dos direitos individuais e das liberdades fundamentais.
(B) A diferenciação das funções estatais e sua atribuições com o objetivo de evitar a concentração do poder.
(C) O estabelecimento da limitação e da distribuição do exercício do poder.
(D) Ausência de mecanismo que impeça a sobreposição de uma parcela autônoma do poder sobre outra no caso de
embaraço.
(A) 1 - 4 - 5 - 3 - 2. (C) 2 - 4 - 5 - 3 - 1.
(B) 2 - 5 - 3 - 4 - 1. (D) 1 - 5 - 3 - 4 - 2.
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60 - (Questão Simulada) - O Federalismo Norte-Americano de 1787 apresenta um sistema de "freios e contrapesos". Isso
demonstrando uma influência da classica doutrina de:
(A) Rousseau.
(B) Descartes.
(C) Montesquieu.
(D) George Washington.
61 - (Questão Simulada) - Dentre outras, são características fundamentais do Estado Federado, EXCETO:
(A) A união dos Estados preexistentes faz nascer um novo Estado, de modo que aqueles que aderiram à federação perdem
a condição de Estados e passam a ser Estados-Membros, espécie de ente federativo.
(B) A instituição do Estado Federal se dá por uma "Constituição", e não por um tratado, como ocorre com com a confederação.
(C) Na federação não existe o direito de secessão: aderido à federação, um membro não pode mais se retirar por meios legais.
(D) No Estado Federal todos os Estados-Membros são dotados soberania. Nele os Estados-membros perdem sua autono-
mia, mas preservam uma soberania política limitada.
62 - (Questão Simulada) - Dentre outras, também são características fundamentais do Estado Federado, EXCETO:
(A) Distribuição de competências: apresenta uma distribuição de competências fixadas na Constituição, com atribuições
entre a União e as demais unidades federadas. Porém, não existe hierarquia na organização federal, porque para cada
esfera de poder corresponde uma competência determinada.
(B) Existência de um renda própria para cada esfera de competência (autonomia tributária), pois sem recursos financeiros
a autonomia política se torna apenas nominal.
(C) Compartilhamento do poder político pelas unidades federadas. Os membros da Federação devem participar na cons-
trução da vontade do Estado Federal.
(D) Todos os cidadãos do Estado que adere à federação adquirem a cidadania do novo Estado Federal que passar a cons-
tituir. Contudo, mantêm a cidadania anterior, ocorrendo uma coexistência de cidadanias.
63 - (Questão Simulada) - Sobre as possíveis vantagens do Estado Federado em relação ao Estado Unitário, podemos
afirmar, EXCETO:
(A) O Estado Federal dificulta a acumulação de poder num só órgão, dificultando, por isso, a formação de governos
totalitários.
(B) O Estado Federal assegura oportunidades mais amplas de participação no poder político, com possibilidade de parti-
cipação nas esferas federal, estadual, regional e municipal por parte do cidadão.
(C) O Estado Federal preserva características locais, reservando uma esfera de ação soberana para cada unidade federada.
(D) O Estado Federal é mais democrático, pois assegura maior aproximação entre governantes e governados.
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64 - (Questão Simulada) - Sobre a formação originária do Estado Federal, associe as colunas abaixo:
(1) Estado Unidos.
(2) Brasil.
( ) Federalismo por desagregação, também chamado de "centrífugo" (de dentro para fora).
( ) Federalismo por agregação, também chamado de "centrípeto" (de fora para dentro).
( ) Estados separados e independentes abrem mão de sua soberania para criar um Estado Federal.
( ) Estado unitário passa a se descentralizar e formar um Estado Federal.
(A) 1 - 2 - 1 - 2.
(B) 2 - 1 - 2 - 1.
(C) 1 - 2 - 2 - 1.
(D) 2 - 1 - 1 - 2.
65 - (Questão Simulada) - Na Federação são características da Autonomia dos entes federados, EXCETO:
(A) Auto-governo.
(B) Auto-secessão.
(C) Auto-organização.
(D) Autoadministração.
66 - (Questão Simulada) - Sobre a autonomia dos entes federados, associe as colunas abaixo:
(1) Auto-governo.
(2) Auto-legislação.
(3) Auto-organização.
(4) Autoadministração.
( ) Competência de cada ente federado criar suas próprias leis dentro de sua autonomia política.
( ) Competência de cada ente federado estabelecer sua lei estruturante (nos limites da Constituição Federal).
( ) Competência de cada ente federado organizar, manter e prestar os serviços que lhe são próprios.
( ) Competência de cada ente federado organizar seus poderes, bem como a escolha de seus integrantes.
(A) 2 - 1 - 4 - 3.
(B) 1 - 2 - 3 - 4.
(C) 2 - 1 - 3 - 4.
(D) 1 - 2 - 4 - 3.
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71 - (Questão Simulada) - Sobre a repartição de competências no Estado Federal brasileiro, marque a afirmativa
INCORRETA.
(A) A ideia do federalismo consiste na descentralização do poder político através da distribuição de competências entre as
unidades federadas, definindo e estabelecendo os limites da autonomia política de cada um.
(B) A predominância de interesses é uma diretriz balizadora da repartição de competências na federação brasileira.
(C) A técnica adotada pela constituição de 1988 consiste em enumerar as competências atribuídas à União e aos Municí-
pios. Aos Estados lhes são atribuídas as remanescentes.
(D) Na predominância dos interesses à União cabe o interesse geral e aos Estados e aos Municípios as competências de
interesse local.
72 - (Questão Simulada) - Quanto as classificações da doutrina sobre a repartição de competências no Estado Federado,
marque a alternativa que representa uma classificação quanto à natureza:
(A) Critério Vertical e Critério Horizontal.
(B) Competências Expressas, Competências Remanescentes e Competências Implícitas.
(C) Competências Exclusivas, Competências Privativas, Competências Concorrentes, Competências Suplementares e
Competências Comuns.
(D) Material ou Administrativa (práticas dos atos de gestão) e Legislativa (faculdade de elaboração das leis).
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Capítulo IX
Gabarito Remissivo à Parte Teórica
QUESTÃO 01
RESPOSTA: D
“A linha apreciada por Hobbes foi retomada por Rousseau, divulgada em sua obra “O Contrato Social”. Defende os direitos nat-
urais do ser humano. Entretanto, afirma que a ordem social é um direto sagrado, mas não natural, pois deriva das convenções.
Para Rousseau, a votade é o fundamento da sociedade.Rousseau tambem conduz sua lógica a partir do estado de natureza,
só que, aqui, o homem é bom. Cria a ideia de que os seres humanos passam a se associar para se sobreporem aos obstáculos
impostos pelo estado natural."
QUESTÃO 02
RESPOSTA: A
QUESTÃO 03
RESPOSTA: C
1) Finalidade
Existe finalidade na sociedade humana? Há um sentido de ser, um objetivo?
Na tentativa de responder essa pergunta, a doutrina se dividiu entre aqueles que negam a finalidade social e aqueles que sus-
tentam sua existência.
- Deterministas
Negam a existência de finalidade social. Todos nós estamos sujeitos e submetidos a um conjunto de leis naturais, numa relação
simples de causalidade. Existe um fator (ou fatores) que determinam a sucessão dos fatos fundamentais da vida social (esses
fatores podem ser de ordem econômica, geográfica, etc). Não há possibilidade de fugir dessas determinações. Portanto, a vida
social é condicionada a determinadas fatos, sem a possibilidade de escolha.
Determinismo Social:
Não existe objetivo ou finalidade social, apenas a inevitável sequência de fatos.
Consequência: Como tudo está condicionado a fatores maiores, não há razão para questionar a ordem social. Existe uma
voluntária submissão à ordem vigente.
- Finalistas
Existe uma finalidade na sociedade e ela é livremente escolhida pelo homem.
Apesar do impulso natural à associação, usa-se a inteligência pra fixar os objetivos da sociedade. Tal objetivo deve ser um valor
comum a todos – a finalidade social é o bem comum.
O bem comum é um conjunto de condições, inclusive jurídicas, que objetivam favorecer o desenvolvimento integral da person-
alidade humana.””
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QUESTÃO 04
RESPOSTA: C
QUESTÃO 05
RESPOSTA: D
O Leviatã - Hobbes.
O Espírito das Leis - Montesquieu.
O Contrato Social - Rousseau.
QUESTÃO 06
RESPOSTA: C
“Tendo em vista os malefícios do estado de natureza, o soberano deve possuir todos os meios para garantir a superação daquele
estado. Seu poder deve ser ilimitado e, uma vez constituída a comunidade, deve-se fazer tudo para mantê-la. Pela lógica de
Hobbes, é melhor ter um governante ruim do que nenhum.
Nesse sentido, cumpre observar que a base filosófica criada por Hobbes foi o sustentáculo do Absolutismo, que vigorou incon-
testavelmente até pouco antes da Revolução Francesa (iniciada em 1789). Nesta, surgiu a concepção de que o homem não é
mau. Assim, a existência necessária da sociedade não poderia estar fundada na contenção da “guerra de todos contra todos.
QUESTÃO 07
RESPOSTA: B
“Montesquieu, no seu livro “O Espírito das Leis”, concebe a ideia de que os homens são regidos por leis naturais e também teo-
riza a respeito do estado de natureza. Em contraponto a Hobbes, o filósofo francês (Montesquieu) diz que nesse estado há paz,
pois nele os homens se temem e o medo os impede de se atacarem, visto que cada um se sente inferior em relação ao outro.
Será apenas com a constituição de uma sociedade que os homens perderão o medo de se enfrentarem, partindo efetivamente
para o confronto. Portanto, é necessário a instituição de um governo para a própria subsistência da sociedade. A sociedade só
pode existir com a criação racional de um governo. Apesar de naõ mencionar o pacto social expressamente, a estrutura volun-
tarista é patente nas ideias de Montesquieu. ”
QUESTÃO 08
RESPOSTA: A
“ Sob essa lógica, para formar a sociedade, Hobbes formula duas leis fundamentais sobre as quais funda-se o contrato social:
Dessa forma, o “Contrato Social” consiste na transferência mútua de todos os direitos para um PODER VISÍVEL – UM ROBUS-
TO HOMEM ARTIFICIAL - O ESTADO. “”
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QUESTÃO 09
RESPOSTA: C
A - Os representantes da corrente da “Sociedade Natural” presentes na obra de Dalmo de Abreu Dallari são: Aristóteles, São
Tomás Aquino e Orestes Ranelletti.
C - São representantes da corrente “Contratualista”: Thomas Hobbes, Montesquieu, Rousseau e Alexandre Gropalli. Hobbes
realmente afirmava que o homem em seu “Estado de Natureza” é mau, egoísta e luxurioso.
D - Hobbes afirmava que todos devem se esforçar pela paz, enquanto existir esperança de conquistá-la.
QUESTÃO 10
RESPOSTA: B
B - “Rousseau também conduz sua lógica a partir do estado de natureza, só que, aqui, o homem é bom. Cria a ideia de que os
seres humanos passam a se associar para se sobreporem aos obstáculos impostos pelo estado natural. ”
C - “São Tomás de Aquino, ao preconizar a necessidade natural da sociedade, dizia que um homem é um animal social e políti-
co, e só se afasta da sociedade se possuir uma natureza vil (demente), superior (santos eremitas), ou de má sorte (náufrago). ”
D - “O Leviatã” e de autoria de Thomas Hobbes. Rosseau retoma a linha contratualista preconizada por Hobbes e expõe seu
pensamento na obra “O Contrato Social”.
QUESTÃO 11
RESPOSTA: D
A, B, C - CORRETAS.
QUESTÃO 12
“Elementos da Sociedade:
1 - Finalidade ou Valor Social.
2 - Manifestação de Conjunto Ordenadas.
3 - Poder Social.
”
QUESTÃO 13
RESPOSTA: B
Enquanto “Elemento da Sociedade” as “Manifestações de Conjunto Ordenadas” requerem (1) reiteração; (2) Ordem, e; (3)
Adequação. No campo da ordem destaca-se, além do pensamento de Durkhein, o pensamento de Kelsen. Ambos preconizam
a existência de duas ordens: a natural e a humana. Porém, Kelsen é quem demonstra as relações acima. Para Kelsen o que
importa é a ordem humana, pois é em virtude dela que as manifestações de conjunto ordenadas podem ser concretizadas em
busca do bem comum.
QUESTÃO 14
RESPOSTA: B
“DURKHEIM estabelece a diferenciação de duas ordens distintas: a Natural e a Humana, chamando-as, reciprocamente, de
mundo físico (leis da natureza – gravidade, etc) e de mundo ético. Neste último estão compreendidas todas as leis que se ref-
erem ao agir humano. ”
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Gustavo Felipe Melo da Silva (Teoria) - Emerson Bruno O. Freitas (Exercícios)
QUESTÃO 15
RESPOSTA: C
QUESTÃO 16
RESPOSTA: C
“A questão do poder está inserida numa das temáticas mais importantes da vida social, afinal, é ele quem trata diretamente da
organização e do funcionamento da sociedade. Consiste, justamente, em um elemento de coerção, capaz de impedir que a
ação social se desvie.
Como ocorrem com os outros temas relacionados, os autores se dividem sobre a necessidade do poder social para caracterizar
as sociedades:
• Aqueles que julgam desnecessária a existência do poder social são chamados de anarquistas.
• Contudo, a maioria da doutrina reconhece o poder social como necessário a vida social. (”
QUESTÃO 17
RESPOSTA: C
A) Sociedade de Fins Particulares - quando têm finalidade definida, voluntariamente escolhida por seus membros. Suas ativi-
dades objetivam, direta e imediatamente, aquele fim que inspirou sua criação por um ato consciente e voluntário;
B) Sociedade De Fins Gerais - objetivo indefinido e genérico. Consiste em criar as condições necessárias para que seus mem-
bros consigam atingir seus fins particulares. A participação nessas sociedades quase sempre independe de um ato de vontade.
As sociedades de fins gerais são comumente denominadas sociedades políticas. "
QUESTÃO 18
RESPOSTA: B
“Pode-se enquadrar no grupo das sociedades políticas, em especial, três instituições devido às suas dilatadas importâncias: a
família, fenômeno e base da vida social, o Estado, autoridade superior fixadora de regras de convivência de seus membros, e a
Igreja. O Estado, portanto, é uma sociedade tipificada como sociedade política."
QUESTÃO 19
RESPOSTA: B
“A palavra ESTADO vem do latim Status (sig: Estar Firme – situação permanente de convivência), e foi utilizada pela primeira
vez para representar uma sociedade política em 1513, por Maquiavel no livro “O Príncipe” .
QUESTÃO 20
RESPOSTA: C
A e B - “As teorias sobre a formação originária do Estado podem ser agrupadas em dois blocos:
I. Formação natural - afirmam a formação natural do Estado, não havendo coincidência sobre as causas do aparecimento do
Estado.
II. Formação contratual - o Estado surge através de um pacto ou contrato que afirma a vontade dos homens (contratualistas).
C e D - “Dentro do grupo que defende a causa não-contratualista (natural) do surgimento do Estado, os autores se agrupam
segundo a origem. Não há, necessariamente, uma corrente mais aceita, mas a adoção de qualquer uma delas muda, sensivel-
mente a orientação da concepção do Estado.
a) Familiar ou patriarcal – A ampliação da família primitiva deu origem ao Estado. (Filmer);
b) Atos de força, de violência ou de conquista – Submissão dos grupos mais fracos através da força. Surge o Estado na regula-
mentação da relação entre vencedores e vencidos (Oppenheimer); (...) "
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
QUESTÃO 21
RESPOSTA: C
“Dentro do grupo que defende a causa naturalista do surgimento do Estado, os autores se agrupam segundo a origem. Não
há, necessariamente, uma corrente mais aceita, mas a adoção de qualquer uma delas muda, sensivelmente a orientação da
concepção do Estado.
a) Familiar ou patriarcal – A ampliação da família primitiva deu origem ao Estado. (Filmer);
b) Atos de força, de violência ou de conquista – Submissão dos grupos mais fracos através da força. Surge o Estado na regula-
mentação da relação entre vencedores e vencidos (Oppenheimer);
c) Causas econômicas ou patrimoniais – a formação surge para captar os proveitos econômicos de cada um. A posse gera
propriedade e poder. A teoria marxista diz que o Estado é um produto da sociedade quando ela atinge um determinado grau de
desenvolvimento. Depois, passa a ser um instrumento de dominação da classe não possuidora. (Platão, Heller, Marx, Engels);
d) Desenvolvimento interno da sociedade – O Estado é um germe latente em todas as sociedades que se desenvolve quando
aquela sociedade evolui em complexidade (Lowie).”
QUESTÃO 22
RESPOSTA: C
A - Afirmativa CORRETA.
B, C e D - “Formação Derivada do Estado:
a) Fracionamento - quando uma parte do território de um Estado se desmembra, formando um novo Estado - Ex: descoloniza-
ção da África e Ásia.
b) União - quando Estados até então independentes se unem para formar um novo Estado - Ex: Alemanha Oriental + Alemanha
Ocidental = Alemanha em 1989.
c) Formas atípicas - são imprevisíveis. Imposições de guerra e acordos entre Estados são um exemplo - Ex: Israel, Vaticano,
Alemanha Oriental e Ocidental.
QUESTÃO 23
RESPOSTA: B
QUESTÃO 24
RESPOSTA: D
QUESTÃO 25
RESPOSTA: C
I. O Estado Sempre Existiu – Assim como a sociedade. O ser humano sempre se viu integrado à uma organização social,
dotada de poder e autoridade para determinar o comportamento. O Estado é um elemento universal na organização humana.
II. O Estado passou a existir após a sociedade – O Estado surge para atender as necessidades e conveniências do corpo so-
cial. Tal surgimento não tem uma data uníssona para todos os Estados, e varia com a as condições de cada lugar. Representa a
ampla maioria dos autores.
III. Só há Estado quando a sociedade política é dotada de determinadas características – O termo “Estado” não pode ser
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Gustavo Felipe Melo da Silva (Teoria) - Emerson Bruno O. Freitas (Exercícios)
utilizado para todas sociedades políticas organizadas. Um exemplo do próprio nome que só apareceu em 1513. É um conceito
histórico concreto que só pode ser utilizado pela ideia e exercício da soberania. Alguns autores afirmam que o Estado surgiu em
1648 com a Paz de Westphalia.”
QUESTÃO 26
RESPOSTA: D
“Com pequenas variações, os autores que trataram os tipos de Estado no decorrer da história adotaram uma seqüência cro-
nológica, compreendendo as seguintes fases:
• Estado Antigo (Oriental ou Teocrático);
• Estado Grego;
• Estado Romano;
• Estado Medieval (Feudal);
• Estado Moderno.
QUESTÃO 27
RESPOSTA: C
“1 - Estado Antigo: Confusão entre Estado, Família, Religião, organização econômica. Não há distinção do pensamento político,
religioso, filosófico ou jurídico. Natureza unitária, unidade geral, não admite nenhuma divisão interior. Religiosidade: Governante
representa ou é a divindade / ou se submete ao controle religioso.
2 - Estado Grego: Vários Estados (polis), civilização helênica. Apesar de culturas e costumes diversos, assemelham-se na con-
cepção da sociedade política. Auto-suficiência da Cidade-Estado. Elite política (democracia restrita). Sem expansão ou integra-
ção dos vencidos.
3 - Estado Romano: Roma sempre manteve características básicas de cidade Estado (Grega). Base familiar. Para alguns, a
civitas resultou da união de grupos familiares (gens). Patrícios tinham privilégios. Mudança da base familiar para a nobreza.
Integração do povos conquistados através do direito. Império Romano.
4 - Estado Medieval: Período de infinita multiplicidade de centros de poder. Disputa: poder temporal x espiritual. Quebra da
rigidez e bem definida organização romana. Cristianismo. Invasões. Feudalismo (culto à terra). Confusão entre o público e o
privado. Caracterização do Estado mais como aspiração do que realidade: Poder superior (imperador) com uma pluralidade de
poderes menores, sem hierarquia definida, incontestável multiplicidade de ordens jurídicas.
5 - Estado Moderno: tem como marco de surgimento a Paz de Westfalia. Delimitação territorial formada por Estados e para
Estados. Busca de unidade (afirmação de um poder soberano). Nova distribuição de terras.
Tratado de Westfalia: conjunto de tratados firmados em 1648, nas cidades de Muster e Osnabruck (na região alemã de Westfa-
lia), entre os principais envolvidos na Guerra dos Trinta Anos. Neles foi definida, mediante uma série de modificações territori-
ais, a ideia de equilíbrio entre as potências.
QUESTÃO 28
RESPOSTA: B
QUESTÃO 29
RESPOSTA: C
“A ideia de soberania só pode existir num contexto em que existam vários “poderes vigentes”. O poder soberano é justamente
aquele que sobressai aos demais.”
(...)
“Conceitos de Soberania
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
QUESTÃO 30
RESPOSTA: D
“Características da Soberania
• Una: porque não se admite num mesmo Estado a convivência de duas soberanias;
• Indivisível: se aplica à universalidade dos fatos ocorridos no Estado, sendo inadmissível, por isso mesmo, a existência de
várias partes separadas da mesma soberania;
• Inalienável: aquele que a detém desaparece quando ficar sem ela, seja o povo, a nação, ou o Estado;
• Imprescritível: porque jamais seria verdadeiramente superior se tivesse prazo certo de duração. Todo poder soberano aspira a
existir permanentemente e só desaparece quando forçado por uma vontade superior.”
QUESTÃO 31
RESPOSTA: B
Teorias Teocráticas
(Fim da Idade Média e período absolutista do Estado Moderno)
Todo poder vem de Deus (omnis potestas Deo). É um direito divino sobrenatural quando afirmavam que o próprio Deus con-
cedera o poder ao príncipe, mas que, diretamente, ela vem do povo, razão pela qual apresenta imperfeições. Em ambos os
casos, o titular da soberania acaba sendo a pessoa do monarca.
Teorias Democráticas
QUESTÃO 32
RESPOSTA: C
“DALLARI, adotando a concepção de GROPPALI, afirma que existem quatro elementos essenciais – soberania, território, povo
e finalidade. A síntese desses elementos conduz a um conceito realista de Estado.
A) POVO e TERRITÓRIO são considerados elementos materiais.
B) SOBERANIA e FINALIDADE são considerados elementos formais.”
QUESTÃO 33
RESPOSTA: D
A - “ANTIGUIDADE ATÉ FIM DO IMPÉRIO ROMANO: A ideia de soberania era inexistente. Não havia oposição entre o poder
do estado e outros poderes.
GRÉCIA - Política – ideia de autoarquia (auto-suficiencia)
ROMA – majestas, imperium, potestas. Atribuições muito específicas do Estado. (segurança – economia)”
B - “IV - SURGIMENTO DO CONCEITO DE SOBERANIA
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V - SÉC XIX
Soberania é compreendida como a expressão do poder político. Com a personificação do Estado, este passa a ser o titular da
soberania. Evolução do sentido puramente político para jurídico:
Político – plena eficácia do poder (não necessariamente legitimo ou jurídico) lei do mais forte.
Jurídico – eficácia do direito - tudo é passível de enquadramento jurídico. Não há Estados mais fortes ou fracos já que a noção
de direito é a mesma. “
QUESTÃO 34
RESPOSTA: D
A e D - “ Teorias Democráticas
QUESTÃO 35
RESPOSTA: C
“Território, como elemento constitutivo material do Estado, é uma noção que aparece com o Estado Moderno. Com raras
exceções, os autores reconhecem o território como elemento indispensável à existência do Estado. Sintetizando as inúmeras
teorias temos:
- Direito real de natureza pública – (Laband) reconhece o direito de propriedade do Estado que pode usar o território e dispor
dele, existindo uma relação de domínio diretamente sobre a coisa.
- Direito real institucional – (Burdeau) defende a incompatibilidade de um direito de propriedade estatal com as propriedades
privadas situadas no território, sendo a relação de domínio exercida indiretamente sobre o território (sobreposição).
(Jellinek) Utiliza-se da noção de imperium (poder direto sobre as pessoas) e afirmam que o Estado tem direito ao território ape-
nas como um reflexo do poder exercido sobre as pessoas.
(...)
Paulo Bonavides efetua uma nova divisão de teorias:
Território-patrimônio – Característico do Estado Medieval, conceitua o poder do Estado sobre o território exatamente como o
direito de qualquer proprietário sobre um imóvel.
Território-objeto – Concebe o território como objeto de um direito real de caráter público do Estado, estabelecendo uma relação
de dominium, na qual se enquadram as posições de Laband (Direito real público) e de Burdeau (Direito real institucional).
Território-espaço – Teoria segundo a qual o território é a extensão espacial da soberania do Estado, com uma relação de impe-
rium, na qual se enquadram as visões de Jellinek e Ranelletti.
Território-competência – Considera o território o âmbito de validade da ordem jurídica do Estado, defendida por Hans Kelsen.”
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
QUESTÃO 36
RESPOSTA: A
“Sintetizando todos os aspectos fundamentais, pode-se estabelecer algumas conclusões, sobres as quais não há divergência:
• Não existe Estado sem território.
• O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado.
• O território é objeto de direitos estatais, podendo até ser parcialmente alienado ou desapropriadas porções particulares.
O território é protegido pelo Princípio da Impenetrabilidade:
Impossibilidade de convivência de duas soberanias num mesmo espaço.
QUESTÃO 37
RESPOSTA: B
Mar territorial – Por questões de segurança e, principalmente, por motivos econômicos, como a intensa exploração do mar e
dos territórios submersos. Invocando-se ainda razões de ordem fiscal, sanitária e ecológica. Definição por meio de tratados
internacionais.
Espaço aéreo – A preocupação com o espaço aéreo surgiu com a II Guerra Mundial e só tem aumentado com a evolução
tecnológica e espacial. Uma convenção sobre a aviação civil internacional regulamentou o direito à passagem livre “inocente”
ou “inofensiva” de aeronaves sobre os territórios estatais. Com efeito, um Estado nada pode fazer para impedir a passagem de
uma nave espacial sobre o seu território.”
QUESTÃO 38
RESPOSTA: A
QUESTÃO 39
RESPOSTA: D
QUESTÃO 40
RESPOSTA: A
B - “DALLARI, adotando a concepção de GROPPALI, afirma que existem quatro elementos essenciais – soberania, território,
povo e finalidade. A síntese desses elementos conduz a um conceito realista de Estado.
A) POVO e TERRITÓRIO são considerados elementos materiais.
B) SOBERANIA e FINALIDADE são considerados elementos formais.”
C - “A noção jurídica de “povo” está relacionada à vinculação obrigatória dos seus indivíduos aos direitos e deveres estabeleci-
dos pelo Estado. Em outras palavras, o conceito de “povo” está diretamente relacionado com cidadania, pois seus indivíduos
possuem direitos políticos, mesmo que não façam uso dele. “
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D - “Rousseau define “povo” como o conjunto de associados que compõe a sociedade do Estado, fazendo uma distinção entre
cidadãos, quando participam do autoridade soberana, e sujeitos, quando submetidos às leis do Estado.”
QUESTÃO 41
RESPOSTA: C
“População - mera expressão numérica, demográfica ou econômica que abrange a quantidade de pessoas que se achem em
um território, mesmo que temporariamente.
Nação - retrata uma comunidade formada por laços históricos e culturais, porém sem haver necessariamente uma vinculação
jurídica.
Povo é o conjunto de indivíduos que, através de um momento jurídico, se unem para constituir o Estado, estabelecendo com
este um vínculo jurídico de caráter permanente.”
QUESTÃO 42
RESPOSTA: B
“População - mera expressão numérica, demográfica ou econômica que abrange a quantidade de pessoas que se achem em
um território, mesmo que temporariamente.
Nação - retrata uma comunidade formada por laços históricos e culturais, porém sem haver necessariamente uma vinculação
jurídica.
Povo é o conjunto de indivíduos que, através de um momento jurídico, se unem para constituir o Estado, estabelecendo com
este um vínculo jurídico de caráter permanente.”
QUESTÃO 43
RESPOSTA: D
“Uma classificação mais genérica dos fins do Estado, estabelece uma distinção entre:
• Fins Subjetivos – Os fins do Estado são a síntese de inúmeros fins individuais. Transformam-se no decorrer do tempo, pois a
finalidade da conduta individual, cuja síntese resulta nos fins subjetivos do Estado se transforma.
• Fins Expansivos – É a base dos Estados totalitários. Preconizam a grande amplitude do poder do Estado, podendo ser dividi-
das em:
I. “Utilitárias”, quando indicam o máximo desenvolvimento material em detrimento de valores fundamentais do homem como a
“liberdade” (Estado do bem-estar);
II. “Éticas”, quando o Estado é a fonte da moral e não tolera qualquer comportamento que não esteja rigorosamente de acordo
com a moral oficial (Estado ético).
• Fins Relativos – Teoria solidarista. Meio termo entre as outras correntes. Afirma serem as manifestações sistemáticas da vida
solidária dos homens a real e própria finalidade do Estado. Atribui-lhe as funções de conservar, ordenar e ajudar. As mais avan-
çadas formas de solidarismo defendem que não basta assegurar a igualdade formal, mas é necessário garantir a igualdade de
todos os indivíduos nas condições iniciais da vida social.
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
• Fins Concorrentes – Apesar de grande importância social, não exigem que o Estado os trate com exclusividade. Para Groppali
e Ranelletti, são Fins Complementares ou Integrativos, pois o Estado deve buscar favorecer o desenvolvimento e o progresso
da vida social.”
QUESTÃO 44
RESPOSTA: D
“Com base nos conhecimentos dos elementos essenciais do Estado, DALLARI, apresenta o seguinte conceito de Estado:
Estado é uma ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território.”
QUESTÃO 45
RESPOSTA: A
I. 1º momento: Savigny – personalidade é concebida como ficção, como sujeitos artificiais criados pela lei.
II. 2º momento: Hans Kelsen – concepção normativista onde o Estado é a personificação da ordem jurídica (tudo é ficção, o
Estado e a sua personalidade).
B) Teorias Realistas
Negam que personalidade jurídica do Estado seja uma mera ficção. Realmente existe o Estado- pessoa-jurídica. Sustentam que
o Estado pode ser comparado a um organismo vivo - organicismo biológico.
I. Gerber – organicismo ético onde tudo é funcional (tem função). O Estado é um organismo moral (valores éticos que fazem a
personalidade).
II. Gierke – o Estado é um organismo que, através de órgãos próprios, atua sua vontade.
III. Laband – o Estado é uma unidade organizada, com personalidade jurídica e vontade própria. Também seus direitos e de-
veres são distintos dos de seus cidadãos.
IV. Jellinek – “Se o Estado é uma unidade coletiva, uma associação, e essa unidade não é ficção, mas uma forma necessária
de síntese de nossa consciência ... então, tais unidades coletivas não são capazes de adquirir subjetividade jurídica que os
indivíduos humanos”.
I. Max Seydel – o Estado não é unidade, nem organismo, nem sujeito de direitos, mas é tão-somente homens e terras domina-
dos por uma vontade superior.
II. Duguit – o Estado é apenas uma relação de subordinação entre os que mandam e os que são mandados.”
QUESTÃO 46
RESPOSTA: C
QUESTÃO 47
RESPOSTA: C
“Com base nos conhecimentos dos elementos essenciais do Estado, DALLARI, apresenta o seguinte conceito de Estado:
Estado é uma ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território.”
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QUESTÃO 48
RESPOSTA C
A e B - “O termo democracia nasce na Grécia significando o governo do povo. Contudo, verifica-se que a definição de “povo”,
e consequentemente aqueles que poderiam governar, era bem restrita. A concepção de democracia como entendemos hoje
surge no final do século XVII, com a influência de Locke e Rousseau. Três grandes movimentos destacam-se na implementação
prática dessas ideias:
I. Revolução Inglesa de - 1689;
II. Revolução Americana - 1776;
III. Revolução Francesa - 1789”
C - “Uma síntese dos princípios que passaram a nortear os Estados, como exigências da democracia, permite-nos indicar três
pontos fundamentais:
A supremacia da vontade popular - problema da participação popular no governo (representatividade, sufrágio e sistemas eleitorais)
A preservação da liberdade - sem qualquer interferência do Estado.
A igualdade de direitos - entendida como a proibição de distinções no gozo de direitos, sobretudo por motivos econômicos ou
de discriminação entre classes sociais.”
D - “A base do conceito de Estado Democrático é, sem dúvida, a noção de governo do povo e ideia de soberania popular.”
QUESTÃO 49
RESPOSTA: C
“Democracia direta - é qualquer forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no processo de
tomada de decisões.”
(...)
“Democracia semidireta - forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no processo de to-
mada de decisões, mas não dá a possibilidade de ampla discussão antes da deliberação.”
(...)
“Democracia representativa - o povo concede um mandato a alguns cidadãos, para, na condição de representantes, externarem
a vontade popular e tomarem decisões em seu nome.”
QUESTÃO 50
RESPOSTA: B
“Democracia semidireta - forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no processo de to-
mada de decisões, mas não dá a possibilidade de ampla discussão antes da deliberação.
• Referendo - consiste na consulta à opinião pública para a introdução de uma norma.
• Plebiscito - “referendo consultivo” - consiste numa consulta prévia à opinião popular.
• Veto popular - dá-se aos eleitores, após a aprovação de um projeto pelo Legislativo, um prazo para que requeiram a aprova-
ção popular. o eleitorado decidirá se ela será posta em vigor ou não.
• Recall - instituição norte-americana, que consiste na possibilidade de:
a) revogar a eleição de um legislador ou funcionário eletivo,
b) ou para reformar uma decisão judicial sobre constitucionalidade de lei.”
QUESTÃO 51
RESPOSTA: A
• Atenas - Instauração da democracia. Houve a definição de partidos na assembléia, como conseqüência das lutas entre inter-
esses opostos (democráticos X oligárquicos).
• Roma - também revela a formação de agrupamentos definidos, geralmente em torno de um líder, que se digladiavam, sobre-
tudo, a respeito da política externa ou da extensão dos direitos da plebe.
• Idade Média - Eram freqüentes as manifestações de cunho partidário. EX: partido Guelfo (Papa) X Gibelinos (Imperador).
QUESTÃO 52
RESPOSTA: D
“O partido é “uma reunião de homens que professam a mesma doutrina política” (BENJAMIM CONSTANT)”
RESPOSTA: D
“O partido é “uma reunião de homens que professam a mesma doutrina política” (BENJAMIM CONSTANT)”
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
QUESTÃO 53
RESPOSTA: B
QUESTÃO 54
RESPOSTA: C
QUESTÃO 55
RESPOSTA: D
QUESTÃO 56
RESPOSTA: B
“Magna Carta: Rei João Sem Terra. Limitação do Poder do Monarca. Início da concepção de “governo de leis, não de homens”.
Iluminismo: Introduz a ideia de que o indivíduo é dotado de direitos naturais inalienáveis. Base do constitucionalismo: superiori-
dade do indivíduo; limitação do poder do governante; racionalização do poder.
Constituição da Virgínia (1776): Primeira Constituição Escrita.
Constituição dos Estados Unidos (1787): Primeira Constituição posta em prática.
Constituição Francesa (1789): onstituição com maior repercussão revestida de universalidade.
QUESTÃO 57
RESPOSTA: C
“Forma de Estado é a maneira pela qual o Estado organiza o povo, o território e estrutura o seu poder relativamente a outros de
igual natureza (soberania e autonomia), que a ele ficarão coordenados ou subordinados. É a organização espacial do poder em
virtude do território. ”
QUESTÃO 58
RESPOSTA: C
“Estado Unitário:
- Forma de Organização do Estado tida como “simples”.
- Existência de um Poder Central que representa a cúpula e o núcleo do Poder Político.
Estado Federado ou Confederado:
- Conjugação de vários centros de Poder Político.
- Forma de Organização do Estado tida como “composta”.
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Gustavo Felipe Melo da Silva (Teoria) - Emerson Bruno O. Freitas (Exercícios)
QUESTÃO 59
RESPOSTA: C
“Os Estados federais conjugam vários centros de poder político, todos autônomo dentro de um mesmo território. A palavra “Fed-
eração” vem do latim foedus, que quer dizer pacto, aliança.
Portanto, o Estado Federal é uma aliança ou união de Estados-Membros (entes federativos) para a criação de um Estado
Único. Historicamente, o Estado Federal é um fenômeno moderno, que só aparece no século XVIII, não tendo sido conhecido
na Antiguidade e na Idade Média.
Na prática, o Estado Federal nasceu com a Constituição dos Estados Unidos da América, em 1787. Passando por uma forma-
ção confederada, a experiência norte-americana mostrou que os laços estabelecidos pela confederação eram demasiadamente
frágeis e que a união dela resultante era pouco eficaz. Assim, era necessário uma formação mais sólida em que os Estados-
membros da Confederação abririam mão de sua soberania e de sua independência em prol da união proposta.”
QUESTÃO 60
RESPOSTA: C
“Influenciados por MONTESQUIEU, o federalismo americano tinha como base o princípio da separação de poderes. Elaborou-
se, então, o sistema de freios e contrapesos, com os três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e har-
mônicos entre si, não se admitindo que qualquer deles seja mais importante que os demais. Trata-se de uma concepção que
inspirou os demais Estados Federais”.
QUESTÃO 61
RESPOSTA: D
QUESTÃO 62
RESPOSTA: D
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Série ALMG - Noções de Teoria Geral do Estado
QUESTÃO 63
RESPOSTA: C
“O Estado Federal passou a ser visto como o mais favorável à defesa das liberdades do que o Estado centralizado (Estado
Unitário), pois:
- Dificulta a acumulação de poder num só órgão, dificultando, por isso, a formação de governos totalitários.
- Assegura oportunidades mais amplas de participação no poder político ( possibilidade de participação nas esferas federal,
estadual, regional e municipal).
- Preserva características locais, reservando uma esfera de ação autônoma para cada unidade federada.
- Mais democrático, pois assegura maior aproximação entre governantes e governados.”
QUESTÃO 64
RESPOSTA: D
Federalismo Americano:
- Federalismo por agregação, também chamado de “centrípeto” (de fora para dentro).
- Estados separados e independentes abrem mão de sua soberania para criar um Estado Federal.
Federalismo Brasileiro:
- Federalismo por desagregação, também chamado de “centrífugo” (de dentro para fora).
- Estado unitário passa a se descentralizar e formar um Estado Federal.
QUESTÃO 65
RESPOSTAS: B
QUESTÃO 66
RESPOSTA: A
Auto-Governo: Competência de cada ente federado estabelecer sua lei estruturante (nos limites da Constituição Federal).
Auto-Legislação: Competência de cada ente federado criar suas próprias leis dentro de sua autonomia política.
Auto-Organização: Competência de cada ente federado organizar seus poderes, bem como a escolha de seus integrantes.
Autoadministração: Competência de cada ente federado organizar, manter e prestar os serviços que lhe são próprios.
QUESTÃO 67
RESPOSTA: C
Um Estado federal autêntico é aquele que se organiza com uma efetiva descentralização do poder, dotando seus entes fed-
erados de certa autonomia. Num Estado-federal onde a autonomia política dos entes-federados não existe de fato, existe o
federalismo nominal. A centralização do poder em uma única esfera é uma característica mais apropriada ao Estado unitário.
(EX: Brasil – “Constituição de 1969”)
O grau de descentralização varia de Estado para Estado, sem, contudo descaracterizar o princípio básico do federalismo. Toda-
via é necessário que exista alguma descentralização de atribuições entre os entes federados.
[EX: Estados unidos (ampla descentralização) e Brasil (alto grau de centralização)]
O Estado Federal é a união indissolúvel de seus membros. Essa característica fundamental do federalismo faz com que, nor-
malmente, todos os Estados Federais possuam mecanismos previstos em suas constituições para proteger e garantir a integri-
dade da federação. Tais mecanismos são chamados de intervenção.
”
QUESTÃO 68
RESPOSTA: D
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Gustavo Felipe Melo da Silva (Teoria) - Emerson Bruno O. Freitas (Exercícios)
Art. 18. - A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
QUESTÃO 69
RESPOSTA: C
RESPOSTA: A
QUESTÃO 71
RESPOSTA: D
Conforme dito alhures, a ideia do federalismo consiste na descentralização do poder político através da distribuição de com-
petências entre as unidades federadas, definindo e estabelecendo os limites da autonomia política de cada um.
Competência: faculdade juridicamente atribuída a uma entidade que delimita sua esfera de atribuições.
Princípio Geral de Repartição de Competência >> Predominância de interesses:
- Geral: União.
- Regional: Estado.
- Local: Município.
A técnica adotada pela Constituição de 1988 consiste em enumerar as competências atribuídas à União (art. 21 e 22) e aos
Municípios (art. 30). Aos Estados lhes são atribuídas as remacescentes nos termos do art 25.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Consti-
tuição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.”
QUESTÃO 72
RESPOSTA: D
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BIBLIOGRAFIA
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.
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