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DIREITO REAL HABITAÇÃO

▪ Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar,
nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família. (art. 1.414) FCC - 2009 - DPE-SP / CESPE - 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
SUBSTITUTO / 2016 - MPE-SC /

▪ “Habitação não se confunde igualmente com usufruto de casa ou apartamento, bastando dizer que ao usufrutuário
é permitida a cessão do exercício de seu direito, enquanto esta é vedada na habitação”. (Nader)
▪ Direito real de habitação é o direito personalíssimo e temporário de residir em imóvel, podendo ser cedido. (errada)
2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

▪ “O ordenamento não admite que a habitatio emane de um ato do usufrutuário, transferindo a habitação para
outra pessoa, para constituir um outro direito real a partir do seu usufruto. A habitação, que é um desmembramento
do direito de propriedade, quando decorrente de ato de vontade, há de emanar de um ato do proprietário”. (Nader)
▪ Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não
terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também
lhes compete, de habitá-la. (art. 1.415) 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / CESPE - 2013 - MPE-RO / FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ DE DIREITO / FGV - 2021 - DPE-RJ
▪ Conferido direito real de habitação a mais de uma pessoa, aquele que sozinho habitar o imóvel terá que pagar
aluguel à outra, ou às outras. (errada) 2012 - TJ-DFT – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
▪ São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto. (art. 1.416)
Ex.: O não uso do direito real de habitação sobre determinado imóvel é causa de sua extinção. (certa) CESPE - 2011 - TJ-
ES - JUIZ SUBSTITUTO / CESPE - 2012 - TJ-BA - JUIZ SUBSTITUTO

▪ “Destarte, em se tratando de constituição, tem-se que o título pode ser gerado por contrato, testamento, usucapião
ou por força de lei. O instrumento deve ser levado ao Registro de Imóveis, seja ele particular ou por escritura
pública. Esta é indispensável quando o valor do imóvel superar a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no
País”. (Nader)
▪ Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que
lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde
que seja o único daquela natureza a inventariar. (art. 1.831) FCC - 2009 - TJ-GO – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2010 - MPE-ES / FCC - 2012 - TJ-GO –
JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2012 - MPE-TO / FCC - 2012 - PGE-SP / 2012 - MPE-RJ / 2013 – MPDFT / 2013 - MPE-GO / 2013 - MPE-SP / CESPE - 2014 - TJ-DFT – JUIZ / VUNESP - 2015 - TJ-SP -
JUIZ SUBSTITUTO / FCC - 2015 - DPE-SP / 2015 – MPDFT / CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO / CESPE - 2017 - DPE-AL / 2017 - MPE-SP / CESPE - 2018 - DPE-PE / VUNESP - 2019 - TJ-AC - JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO / 2019 - MPE-SC / FCC - 2021 - DPE-GO / VUNESP - 2021 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO / CESPE - 2022 - MPE-TO / CESPE - 2022 - DPE-PA / FCC - 2022 - DPE-CE / FCC - 2023 - DPE-SP /
VUNESP - 2023 - TJ-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

▪ O direito real de habitação, assegurado ao cônjuge sobrevivente não dá direito aos frutos. (certa) VUNESP - 2015 - TJ-SP - JUIZ
SUBSTITUTO / VUNESP - 2022 - PC-RR - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

▪ O objetivo do legislador, ao criar o instituto do direito real de habitação, foi o de promover a proteção ao cônjuge
supérstite que, desfavorecido de fortuna, corresse o risco de cair em situação de penúria ou grande inferioridade
em comparação àquela de que desfrutava quando vivo o consorte, de modo que, mesmo havendo dois imóveis a
serem inventariados, pode-se garantir ao cônjuge supérstite o direito real de habitação por sua utilidade, como fonte
de sobrevivência. (certa) CESPE - 2014 - TJ-DFT – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
Ex.: Roberto foi casado com Beatriz, em segundas núpcias, no regime da separação obrigatória de bens. Quando faleceu,
deixou 2 filhos do primeiro casamento e um único imóvel a inventariar, que havia sido adquirido antes do casamento com
Beatriz. Durante a união, Roberto e Beatriz residiram juntos no referido imóvel. Com a abertura da sucessão, o imóvel
será transmitido aos filhos de Roberto, somente, assegurando-se a Beatriz direito real de habitação, que lhe possibilita
ocupar o bem, mas não alugar. (certa) FCC - 2014 - MPE-PA
▪ A renúncia ao usufruto não alcança o direito real de habitação, que decorre de lei e se destina a proteger o cônjuge
sobrevivente, mantendo-o no imóvel destinado à residência da família. (certa) CESPE - 2011 - TJ-PB – JUIZ
▪ O STJ possui precedentes afirmando que o direito real de habitação em favor do cônjuge sobrevivente se dá ex vi
legis, ou seja, por força de lei, dispensando registro no registro imobiliário, já que guarda estreita relação com o
direito de família. (STJ. 3ª Turma. REsp 565.820/PR, julgado em 16/09/2004).
▪ Exige-se o registro imobiliário para constituição do direito real de habitação do viúvo. (errada) VUNESP - 2021 - TJ-SP - JUIZ
SUBSTITUTO

a
DIREITO REAL HABITAÇÃO
▪ O reconhecimento do direito real de habitação, a que se refere o art. 1.831 do Código Civil, não pressupõe a
inexistência de outros bens no patrimônio do cônjuge/companheiro sobrevivente. DOD. STJ. 3ª Turma. REsp 1.582.178-RJ,
11/09/2018 (Info 633).

▪ Em outras palavras, mesmo que o cônjuge ou companheiro sobrevivente possua outros bens, ele terá direito real
de habitação. Isso se justifica porque o objetivo da lei é permitir que o cônjuge/companheiro sobrevivente
permaneça no mesmo imóvel familiar que residia ao tempo da morte como forma, não apenas de concretizar o
direito constitucional à moradia, mas também por razões de ordem humanitária e social, já que não se pode negar
a existência de vínculo afetivo e psicológico estabelecido pelos cônjuges/companheiros com o imóvel em que,
no transcurso de sua convivência, constituíram não somente residência, mas um lar. DOD. STJ. 3ª Turma. REsp 1.582.178-RJ,
11/09/2018 (Info 633).

▪ Não há direito real de habitação sobre imóvel comprado pelo falecido em copropriedade com terceiro. O STJ
negou o pedido de uma viúva que pretendia ver reconhecido o direito real de habitação sobre o imóvel em que
morava, comprado pelo seu falecido marido em copropriedade com um filho dele, antes do casamento. DOD. STJ. 2ª
Seção. EREsp 1.520.294-SP, 26/08/2020 (Info 680).

▪ O cônjuge supérstite pode opor o direito real de habitação aos irmãos do cônjuge falecido, caso eles já fossem,
antes da abertura da sucessão, coproprietários do imóvel em que ela e o marido residiam. (errada) CESPE - 2016 - TJ-DFT –
JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

▪ O direito real de habitação tem caráter gratuito, razão pela qual os herdeiros não podem exigir remuneração
do(a) companheiro(a) ou cônjuge sobrevivente pelo fato de estar usando o imóvel. Seria um contrassenso dizer
que a pessoa tem direito de permanecer no imóvel em que residia antes do falecimento do seu companheiro ou
cônjuge, e, ao mesmo tempo, exigir dela o pagamento de uma contrapartida (uma espécie de “aluguel”) pelo uso
exclusivo do bem. DOD. STJ. 3ª Turma. REsp 1.846.167-SP, 09/02/2021 (Info 685)

▪ Apesar de não estar previsto no Código Civil, o companheiro supérstite tem o direito real de habitação sobre o
imóvel de propriedade do falecido onde o casal residia. (certa) CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
▪ Dissolvida a união estável por morte de um dos conviventes, o sobrevivente terá direito real de habitação,
enquanto viver ou não constituir nova união ou casamento, relativamente ao imóvel destinado à residência da
família. (Lei 9.278/96, art. 7º, § único) FCC - 2013 - DPE-SP / CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / VUNESP - 2014 - TJ-PA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2016 - DPE-MT /
FGV - 2021 - DPE-RJ /

▪ O direito real de habitação não pode ser estendido ao companheiro. (errada) CESPE - 2014 - TJ-DFT – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

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