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USUFRUTO (Usar e gozar): Direito real temporário sobre objeto alheio como fosse

próprio.
- Só existe se tiver matriculado em cartório (Deve estar na matrícula do imóvel);
- Geralmente é vitalício, ou seja, enquanto o usufrutuário viver;
Muito usual em direito da família: Colocar a propriedade no nome dos filhos e deixa o
usufruto em nome da mãe. O usufruto só cessa após a morte da mãe.

 Usufrutuário – aquele direito de usar e gozar da coisa alheia e dever de


preservar sua substância. (Não pode modificar o bem; não pode deteriorar)
- Pode defender a sua posse.
- Pode alugar (Pode usar diretamente ou dispor do uso e ficar recebendo o valor).
- Emprestar (Comodato).

 Nu-proprietário – direito à substância da coisa, e à prerrogativa de dispor


dela.
- Pode defender a sua propriedade.
OBJETO (CC, Art. 1.390) - O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou
imóveis, em um patrimônio inteiro ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em
parte, os frutos e utilidades.
CARACTERÍSTICAS
a) É direito real sobre coisa alheia
b) Temporário – Pode colocar um tempo certo ou colocar que é vitalício. Se for
vitalício, vai durar pelo tempo da morte do usufrutuário, ou seja, enquanto o
usufrutuário viver.
OBS.: Se o proprietário falecer antes do usufrutuário, irá passar de herança,
porém, os herdeiros terão que respeitar o usufrutuário.
c) Intransmissível – Não se pode vender ou negociar mediante o cartório, o
direito de usufruto.
d) Inalienável – Não pode ser vendido.
OBS.: O bem não fica inalienável. O proprietário poderá vender o bem, todavia,
irá com o ônus do direito de usufruto.
e) Impenhorável – Não pode ser negociado.
f) Divisível – Ex.: Falecido decido deixar em testamento o direito de usufruto
tanto para a mãe, quanto para a esposa. Os herdeiros que receberam o imóvel
terão que esperar as duas falecerem para recuperarem o usufruto pleno do
imóvel.
g) Necessita de conservação da forma e substância – O usufrutuário tem que
zelar da coisa. Conservar a forma e a substancia. Não pode trocar a destinação.
Ex.: Trocar de moradia para comercial.
h) Suscetível de posse – Usufruto por usucapião.
Ex.: João esqueceu de ir registrar o direito de usufruto na matricula do imóvel.

APLICABILIDADE
- A lei diz que no caso de filhos menores, os pais tem usufruto legal, não precisando
registrar em cartório. (Caso Angélica)
- No direito das coisas, como direito real de gozo e fruição – Instituir o direito em favor de
alguém (em cartório).

USO: O uso é considerado um usufruto restrito (GOLÇALVES, 2013), porque ostenta as


mesmas características de direito real, temporário e resultante do desmembramento
da propriedade, distinguindo-se, entretanto, pelo fato de o usufrutuário auferir o uso
e a fruição da coisa, enquanto ao usuário não é concedida senão a utilização restrita
aos limites das necessidades suas e de sua família.
- O uso é mais restrito que o usufruto.
- O usuário jamais poderá sair do imóvel e deixar alugado.
CC, Art. 1.412: O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem
as necessidades suas e de sua família.
§ 1º Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social
e o lugar onde viver.
§ 2º As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos
solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
HABITAÇÃO:
- Uso mais restrito ainda. Só serve para morar.
O instituto em apreço assegura ao seu titular o direito de morar e residir na casa
alheia. Tem, portanto, destinação específica: servir de moradia ao beneficiário e sua
família. (GONÇALVES, 2013)
A companheira tem direito de habitação. Os herdeiros não têm o direito de tira-la. Mas
deve morar.
DECISÃO TJDF – Se a companheira casar novamente ou constituir nova união estável, a
mesma perde o direito de habitação. Viúva que contrai novo casamento, perde direito
de habitação em móvel do cônjuge.
CC, Art. 1414: Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia,
o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-
la com sua família.
CC, Art. 1.415 – O uso e habitação também podem ser conferidos a mais de uma
pessoa.
EX.: O falecido deixa direito de habitação para três pessoas ao mesmo tempo em um
imóvel. Mãe. Esposa (Viúva) e um irmão.
Então a viúva decide casar novamente e o novo marido não quer ir morar com ela, e a
mesma decide sair e deixar o imóvel. As que ficaram na casa (Mãe e irmão) não terão
de pagar aluguel à viúva. Por ventura, caso a viúva decide acabar o novo casamento,
ele tem o direito de voltar ao direito de habitação.
- OBS.: Em regra, o IPTU é de responsabilidade do proprietário. Porém, o nu-
proprietário (que ainda não está usufruindo do bem) poderá passar para o
usufrutuário, como também para o usuário e ao habitante.
APLICAÇÃO
CC, Art. 1.831: Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será
assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de
habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o
único daquela natureza a inventariar.

DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR


CC, Art. 1.417. Direito real de aquisição do imóvel.
- Aquele que compra o imóvel através de contrato particular, que é chamado de
contrato de promessa de compra e venda.
- A pessoa não pode se arrepender da venda.
- Direito de reconhecimento da compra.
Adjudicação Compulsória: O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir
do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a
outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no
instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.

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